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Augusto César Vannucci

AUGUSTO CÉSAR VANUCCI
(58 anos)
Ator, Diretor e Produtor de TV

* Uberaba, MG (11/01/1934)
+ Rio de Janeiro, RJ (30/11/1992)

Com dez anos de idade ele já cantava em uma sorveteria. Com 17 anos muda-se para o Rio de Janeiro e trabalha como cantor nas rádios e de crooner nas orquestras.

Sua carreira de ator começa no teatro Jardel, em 1954. Fez parte da Companhia de Teatro César Ladeira-Renata Fronzi.

Logo em seguida, Vannucci estreou no cinema, no filme "Colégio De Brotos" (1956).

Usando o nome artístico de Augusto César, participou de vários filmes como "Alegria de Viver", "Zé do Periquito", "O Quinto Poder" e "Rio, Verão e Amor".

Na televisão, em 1964, dirigiu musicais e, em 1965 participou da fundação da TV Globo, onde estreou comandando o humorístico "TV1", com Agildo Ribeiro. Tornou-se um dos principais diretores da emissora, lá permanecendo até 1978.

Augusto César Vannucci foi o responsável pela concepção e direção dos grandes musicais da emissora como "Globo de Ouro", "Alô Brasil, Aquele Abraço" e "Fantástico".

Em 1988, se transferiu para a Rede Bandeirantes e, logo depois, para a TV Manchete, retornando à Globo em 1990.

Espiritualista, dirigiu vários programas voltados ao terna como "Terceira Visão" na Bandeirantes e "Fronteiras do Desconhecido" na Manchete.

Foi casado com a comediante Sonia Mamede e com a cantora Vanusa, com quem teve o filho Rafael Vanucci.

Morreu aos 58 anos de idade, de Isquemia Cerebral, e seu último trabalho na TV foi a direção do "Criança Esperança" no dia 12 de outubro de 1992. Ele também dirigiu 19 especiais de fim de ano do cantor Roberto Carlos na Globo.

João Só

JOÃO EVANGELISTA MELO FORTES
(48 anos)
Cantor e Compositor

* Teresina, PI (03/11/1943)
+ Salvador, BA (20/06/1992)

João Evangelista de Melo Fortes, ou simplesmente João Só, nasceu no dia 3 de novembro de 1943 em Teresina no Piauí. Filho caçula da família que já contava com 11 irmãos, mudou-se ainda bem cedo para Salvador na Bahia, onde passou boa parte da infância e da vida. João Só era portanto, como ele mesmo costumava dizer, baiano de coração.

O início de João Só na música aconteceu muito cedo. Costumava olhar um dos seus irmãos tocando violão, a fim de tentar memorizar algumas posições, e logo conseguiu base suficiente para destacar-se no cavaquinho, tendo inclusive feito uma apresentação em um programa chamado "Hora da Criança" de Adroaldo Ribeiro Costa na Rádio Cultura da Bahia.

A música então incorporou-se de vez à vida de João Só. Aos 15 anos, já era um grande instrumentista, projetando-se no mercado profissional. Depois do cavaquinho, dedicou-se ao violão, seu principal instrumento. Trabalhando na noite, foi levado ao piano e a outros instrumentos como o violino, o bongô e o contrabaixo. No início da década de setenta, realizou várias apresentações no Norte e Nordeste em uma caravana da gravadora EMI, com o objetivo de engajar-se no cenário nacional. A oportunidade não demorou muito. Levado pelo cantor Miltinho, gravou na Odeon o seu primeiro e grande sucesso: "Menina da ladeira".

João Só concebeu esta música de uma maneira muito natural e espontânea. Após participar de um jantar oferecido aos profissionais de publicidade num dos restaurantes da Ribeira, onde se localizava o antigo aeroporto, começou a tocar o violão e cantar alguns versos. Já sozinho e com a casa fechando as portas, desenvolveu todo o tema da música: "Parecia até que era um trabalho antigo, conhecido" dizia. Quando chegou em casa, gravou tudo para não esquecer. No outro dia, viu que quase nada precisava ser mudado.

Com "Menina da ladeira", João Só começou a participar de shows em várias partes do País: "O disco estourou em todas as paradas em apenas quatro meses. A partir daí, minha vida ficou muito agitada. Tinha que atender compromissos em várias cidades. Às vezes saía de um avião para entrar em outro" costumava dizer. Nesse ritmo, se tornou cada vez mais conhecido. Em 1972, após apresentar-se na Argentina, ao lado de Paulo Diniz, gravou o primeiro LP, com músicas do porte de "Canção pra Janaína" e "Copacabana". Foi convidado para gravar outros discos. A partir de 1978, João se dedicou exclusivamente a shows: "Deixei um pouco de lado as gravações. E não estou arrependido, principalmente por causa do aprimoramento da música na noite" disse ele.

João Só veio a falecer de infarto no dia 20 de junho de 1992, quando descansava na casa de sua família em Salvador, aos 48 anos de idade. Em cerca de 20 anos de carreira, gravou 15 discos e algumas fitas, compôs mais de 40 músicas gravadas e fez centenas de shows por todo o Brasil. Deixou, além do trabalho, o único filho Richard Evangelista Fortes.

Fonte: http://joao.so.vilabol.uol.com.br/bio.htm

Herivelto Martins

HERIVELTO DE OLIVEIRA MARTINS
(80 anos)
Cantor, Compositor, Músico e Ator


* Rodeio, RJ (Atual Engenheiro Paulo de Frontim) (30/01/1912)
+ Rio de Janeiro, RJ (17/09/1992)

Filho do agente ferroviário Félix Bueno Martins e da costureira e doceira Dona Carlota, nascido no distrito de Rodeio, em Engenheiro Paulo de Frontin, Herivelto Martins, aos três anos de idade, já se apresentava de casaca, declamando versos em eventos organizados por seu pai.

Em 1916, a família mudou-se para Barra do Piraí, onde "seu" Félix fundou a Sociedade Dramática Dançante Carnavalesca Florescente de Barra do Piraí, que além de bailes, criava e dirigia espetáculos teatrais. Ele organizou, ainda, o grupo Pastorinhas de Barra do Piraí, que se apresentava no Natal, com Herivelto vestido de Papai Noel.

As atividades artísticas do pai motivaram o pequeno Herivelto a criar o seu próprio grupo teatral, com seus irmãos Hedelacy, Hedenir e Holdira e algumas meninos da vizinhança. Aos 9 anos de idade, compôs a paródia Quero Uma Mulher Bem Nua (Quiero una mujer desnuda) e o samba Nunca Mais, que não foi gravado.

Aos 10 anos aprendeu música na Sociedade Musical União dos Artistas, de Barra do Piraí, onde tocou bombardino, pistom, e caixa, até a idade de 19 anos, mas apresentava preferência pelo violão e cavaquinho, que já "arranhava". Entre 1922 e 1931, participou como músico da banda da Sociedade Musical União dos Artistas de Barra do Piraí.

Os problemas financeiros eram constantes, assim como as discussões domésticas. Herivelto e seus irmãos ajudavam, vendendo os doces que sua mãe fazia. A família acabou falindo e perdendo a casa, para pagamento de dívidas da Sociedade fundada por "Seu" Félix. Aos 12 anos de idade, Herivelto foi ser caixeiro em uma loja de móveis, emprego que o pai lhe arranjou.

Em 1925, com apenas 13 anos, Herivelto conheceu os artistas circenses Zeca Lima e Colosso, que passavam pela cidade, e com eles formou um trio e seguiu para Juparanã, onde apresentaram um grandioso espetáculo. Durante um ano, o trio apresentou-se pelo interior do Rio de Janeiro, até que, procurados pela Polícia, Colosso e Zeca Lima foram presos em Vassouras e o delegado mandou Herivelto para casa.

Em 1930, com a promoção de "Seu" Félix, a família foi morar no Brás, a Rua Saião Lobato, em São Paulo e se empregou em um botequim, onde ganhou o apelido de Carioca.

Após mais uma discussão com o pai, aos 18 anos de idade e com apenas 1 conto e 200 réis no bolso, Herivelto partiu para o Rio de Janeiro, com o desejo de tentar uma carreira artística. Ele passou a dividir o aluguel de um pequeno quarto com seu irmão, Hedelacy, e mais seis rapazes, quatro deles mortos na Revolução de 32. Para sobreviver, teve de vender o relógio Roskoff "Estrada de Ferro", presente de seu padrinho.

No Rio de Janeiro, Herivelto foi palhaço de circo, vendedor, ajudante de contabilidade e, aos sábados, fazia barbas na barbearia onde o irmão Hedelacy trabalhava. Com o dinheiro da gorjeta, garantia o "Feijão à Camões" (prato fundo com feijão preto e uma colher de arroz no meio), do Bar de "Seu" Machado", da semana.

Foi no Bar de "Seu" Machado que Herivelto recebeu o convite de "Seu" Licínio, para gerenciar sua barbearia no Morro de São Carlos. Era sua oportunidade de conhecer os grandes sambistas que ali moravam. Foi no São Carlos onde Herivelto conheceu o compositor José Luís da Costa - Príncipe Pretinho - que lhe apresentou a J.B. de Carvalho, do Conjunto Tupi, amigo do dono da gravadora RCA Victor.

Em 1932, Herivelto Martins, através de uma parceria com J.B. de Carvalho, conseguiu lançar, pela RCA Victor, sua composição Da Cor do Meu Violão, homenagem a uma namorada que teve no bairro do Carvão, em Barra do Piraí, que seu pai insistia em dizer que era escura demais para ele. A marchinha fez grande sucesso no carnaval daquele ano, o que levou Herivelto a integrar o coro do Conjunto Tupi como ritmista. Ele inovou ao fazer breques durante as gravações, quando isso não era permitido, e por essa e outras iniciativas, Mister Evans, diretor geral da RCA Victor, o promoveu a diretor do coro.

Em 1933, Herivelto teve mais duas músicas gravadas: O Terço do Zé Faustino, com Euclides J. Moreira, pelo Conjunto Tupi, e O Enterro da Filomena, pelo Conjunto RCA.

Em uma época em que o samba ainda não havia descido o morro e ganhado a cidade, Herivelto criou várias músicas para homenagear a Estação Primeira de Mangueira, entre elas: Saudosa Mangueira e Lá em Mangueira.

Em 1986, Herivelto Martins foi homenageado pela escola de samba Unidos da Ponte, com o enredo Tá na hora do samba, que fala mais alto, que fala primeiro, o homenageado participou do desfile.

Faleceu devido a uma Embolia pulmonar.

Hoje, a par de inúmeras gravações e orquestrações internacionais, suas inesquecíveis composições têm em seu filho Pery Ribeiro um de seus maiores intérpretes.


A Dupla Preto e Branco


Em 1932, Herivelto Martins conheceu Francisco Sena, seu colega no Conjunto Tupi, e com ele começou a ensaiar algumas canções, entre as quais a música Preto e Branco. No ano seguinte, o Teatro Odeon estava em busca de um grupo que pudesse se apresentar nos intervalos das sessões. O Conjunto Tupi se apresentou e não foi aprovado. A convite de Vicente Marzulo, Herivelto e Francisco fizeram o teste, em dueto, chamando a atenção de todos. Foram contratados. o nome da Dupla, O Preto e O Branco, foi dado por Marzulo. Herivelto passou a compor para a dupla.

Em 1934, Herivelto gravou, com Francisco Sena, o primeiro disco da Dupla Preto e Branco, lançado pela Odeon, contendo os sambas Quatro Horas, com Sena, e Preto e Branco, de sua autoria. Compôs, em parceria com Francisco Sena, as marchas A Vida é Boa, gravada por Carlos Galhardo e Vamos Soltar Balão, gravada pela Dupla. Gravou, ainda, Como é Belo, de Gastão Viana e Pereira Filho.

Em 1935, a Dupla Preto e Branco gravou as marchas Bronzeada, de Moisés Friedman e Pedro Paraguassu, Passado, presente, futuro, de sua autoria, Um pouquinho só e Bela morena, ambas de Príncipe Pretinho, e fez algumas apresentações na Rádio Tupi do Rio de Janeiro, mas o sucesso foi interrompido com a morte de Francisco Sena.

Herivelto passou a atuar sozinho, até ser contratado pelo Teatro Pátria, de Pascoal Segreto, no Largo da Cancela, em São Cristóvão, onde criou o palhaço caipira Zé Catinga, que fez muito sucesso, principalmente com as crianças. No ano seguinte, um amigo de infância de Herivelto lhe apresentou seu irmão, o cantor e compositor Nilo Chagas, com quem formou a nova Dupla Preto e Branco, por ter gostado da voz de Nilo.

Em 1937, a Dupla Preto e Branco gravou, junto com Dalva de Oliveira, o batuque Itaquari e a marcha Ceci e Peri, ambas do Príncipe Pretinho. O disco foi um sucesso, rendendo várias apresentações nas Rádios. Foi César Ladeira, em seu programa na Rádio Mayrink Veiga, que pela primeira vez anunciou o Trio de Ouro.


Os Casamentos


No início da década de 30, Herivelto conheceu Maria Aparecida Pereira de Mello, sua primeira mulher, com quem teve os filhos Hélcio Pereira Martins e Hélio Pereira Martins. A convivência durou, aproximadamente, cinco anos. Separaram-se por Maria não aguentar mais as bebedeiras e traições de Herivelto.

Em 1935, no Cine Pátria, Herivelto conheceu Dalva de Oliveira e passaram a cantar em dueto. Iniciaram um namoro e, no ano seguinte, iniciaram uma convivência conjugal, oficializada em 1939 num ritual de umbanda, que gerou os filhos Pery Ribeiro e Ubiratan de Oliveira Martins. A União durou até 1947, quando as constantes brigas e traições da parte dele deram fim ao casamento. Mesmo casado, passava as noites fora de casa, bêbado e com prostitutas. Em 1949, após a separação oficial do casal e o final da primeira formação do Trio de Ouro, Herivelto e Dalva iniciaram uma discussão, inclusive através das composições que gravaram, bastante explorada pelos jornais e revistas da época. Depois de uma pequena turne na Venezuela, Herivelto sai de casa, logo depois, tira de Dalva a guarda dos filhos, e os manda para um internato. Passa a publicar em todos os jornais que Dalva é prostituta e promove orgias dentro de casa, o que a levou a fazer as canções "de guerra" um para o outro.

Em 1946, Herivelto passou a namorar a Aeromoça Lurdes Nura Torelly, uma mulher desquitada que tem um filho do 1º casamento. Ela é rica e é prima do Barão de Itararé, e em 1952, passaram a viver juntos, tendo oficializado a união em 1978. Herivelto e Lurdes geraram os filhos: Fernando José (já falecido), a atriz Yaçanã Martins e Herivelto Filho, além dele criar o filho de Lurdes como seu. O casamento durou 44 anos, até a morte de Lurdes, em 1990. A única esposa que mais respeitou e não traiu foi Lurdes. Foi muito feliz com Lurdes, que era doce e calma, Dalva era intensa e explosiva.

Fonte: Wikipédia

Older Cazarré

OLDER BERNARD CAZARRÉ
(57 anos)
Ator e Dublador

☼ Pelotas, RS (16/01/1935)
┼ Rio de Janeiro, RJ (26/02/1992)

Older Cazarré foi um dos mais importantes artistas do nosso país. Destacou-se como ator e um grande dublador da televisão brasileira. Nasceu no dia 15/01/1935, em Pelotas, RS. Era filho de Darcy Cazarré e de Dea Selva e era também irmão do ator e dublador Olney Cazarré.

Older Cazarré estreou no cinema em 1956, participando neste mesmo ano de "Sai de Baixo" e "Samba da Vila".

Na televisão estreou no programa "TV de Vanguarda" e também da "TV de Comédia", posteriormente passou a atuar como ator em diversas novelas da extinta TV Tupi, tais como "Hospital" (1971), "Na Idade do Lobo" (1972), "O Conde Zebra" (1973), "O Machão" (1974), "O Sheik de Ipanema" (1975), "Vila do Arco" (1975), "Canção Para Isabel" (1976) e "O Julgamento" (1976).

Permaneceu na TV Tupi por mais de 20 anos. Após o fechamento da emissora, foi trabalhar na TV Globo onde estreou participando da novela "Feijão Maravilha" (1979), depois em outras novelas como "O Amor é Nosso" (1981), "Ti Ti Ti" (1985) e "O Direito de Amar" (1987).

Sua voz também era bastante famosa em diversos desenhos animados. Quem não se lembra do Dom Pixote cantando "Ô Querida... Ô Querida Clementina!!!" e de tantos outros?

Morte

Infelizmente, 15 dias antes de estrear a peça "Das Duas... Uma", escrita e produzida por ele, morreu no dia 26/02/1992, aos 57 anos de idade, vítima de uma bala perdida de alguns traficantes do morro, enquanto dormia em seu apartamento em Copacabana.

O ator chegou a ser socorrido por sua parceira, Lucília Braga, mas morreu a caminho do Hospital Rocha Maia, no bairro de Botafogo.

Televisão

  • 1971 - Hospital
  • 1972 - Na Idade do Lobo
  • 1973 - O Conde Zebra
  • 1974 - O Machão
  • 1975 - O Sheik de Ipanema
  • 1975 - Vila do Arco
  • 1976 - O Julgamento
  • 1976 - Canção Para Isabel
  • 1977 - Cinderela 77
  • 1979 - Feijão Maravilha
  • 1981 - O Amor é Nosso
  • 1985 - Ti Ti Ti
  • 1987 - O Direito de Amar
  • 1988 - Fera Radical

Cinema

  • 1986 - Os Trapalhões e o Rei do Futebol
  • 1982 - Os Paspalhões em Pinóquio 2000
  • 1978 - A Mulher Que Põe a Pomba no Ar
  • 1977 - Pintando o Sexo ... Drº Nestor
  • 1976 - O Quarto da Viúva
  • 1976 - Guerra é Guerra
  • 1975 - Passaporte Para o Inferno
  • 1975 - Sexualista
  • 1975 - O Supermanso
  • 1973 - A Superfêmea
  • 1973 - O Detetive Bolacha Contra o Gênio do Crime
  • 1958 - Chico Fumaça
  • 1956 - Sai de Baixo
  • 1956 - Samba na Vila

Personagens Dublados

  • Dom Pixote
  • O carteiro Jaiminho de Chaves
  • Loop Le Beau
  • O ratinho Plic de Plic, Ploc & Chuvisco
  • O zelador Henry Órbita de "Os Jetsons"
  • O Homem Fluido de "Os Impossíveis"
  • Zorak de "Space Ghost"
  • Senhor Peebles de "Maguila, o Gorila"
  • Professor Gizmo de "Jambo e Ruivão"
  • Chumbinho em "Bacamarte & Chumbinho"
  • O Rei no desenho "Mosquito, Mosquete e Moscado"
  • Zé Colméia
  • Chacal, um dos mutantes de "Thundercats"
  • Homem-Garra de "He-Man"
  • O gato Gênio em "Manda Chuva"
  • Dom Pixote no desenho dos anos 80 "Zé Colméia e os Caçadores de Tesouros"
  • Efeitos vocais de Bam-Bam (junto com a dubladora Maria Inês) no desenho "Os Flintstones"
  • Walt Disney em "Disneylândia" (1ª dublagem)
  • O Decepticon Thundercracker da série "Transformers" exibida na Rede Globo em 1985

Fonte: Wikipédia e TV Sinopse

Sérgio Murilo

SÉRGIO MURILO MOREIRA ROSA
(50 anos)
Cantor

* Rio de Janeiro, RJ (02/08/1941)
+ Rio de Janeiro, RJ (19/02/1992)

O cantor Sergio Murilo nasceu como Sergio Murilo Moreira Rosa, no bairro do Catete, Rio de Janeiro, no dia 2 de agosto de 1941. Foi um garoto precoce que aos 12 anos de idade já animava um programa infantil na extinta TV Rio. Aos 15 anos de idade já cantava no programa "Os Curumins" da Rádio Tamoio.

Em 1956, já era considerado como melhor de cantor de rock'n roll e aparecia com freqüência no programa "Trem da Alegria" da Rádio Tamoio, com músicas rock-balada muito em voga na época e, principalmente, embaladas no mesmo caminho do estilo de canções que faziam sucesso com cantores como Tony Campello e Celly Campello.

Em 1959 começou a participar no programa de Paulo Gracindo na Rádio Nacional, quando conheceu o compositor Edson Borges, e por intermédio dele conseguiu um contrato com a gravadora Columbia e lançou seu primeiro disco cantando a toada "Mudou Muito" (Edson Borges e Enrico Simonetti) e também um samba canção chamado "Menino Triste" (Edson Borges). Nessa mesma época chegou ao sucesso com a música "Marcianita" (Marconi e Alderete), uma versão de Fernando César que se tornou um clássico. Esta música chegou a ser reagravada mais tarde por Raul Seixas e Caetano Veloso.


Também obteve um grande sucesso com a música "Broto Legal" (Barnhat), cuja versão foi feita pelo humorista Renato Corte Real. O sucesso o levou a participar de filmes como "Alegria de Viver" e também recebeu uma grande reportagem na revista Radiolândia.

Sérgio Murilo participou do filme "Matemática Zero, Amor Dez" de Carlos Augusto Hugo Christensen, onde cantou a música "Rock da Morte". Seus sucessos continuaram até por volta de 1964, onde se apresentava freqüentemente no programa "Alô Brotos", com a cantora Sônia Delfino.

Em 1963 obteve um grande sucesso no Peru chegando a receber um prêmio como o "Artista Estrangeiro Mais Popular" e o "Microfone de Prata".

No auge de sua carreira foi considerado pela Revista do Rock como o "Rei do Rock" devido ao seu sucesso cantando versões de sucessos norte-americanos, em especial de Neil Sedaka e Paul Anka.


Sérgio Murilo também foi um dos primeiros cantores brasileiros de rock a mexer os quadris estilo Elvis Presley e também considerado como o pioneiro do rock pauleira ao lançar a música "Lúcifer" que chegou a ser bastante criticada, por ser muito avançada para a época.

Depois dessa época sua carreira já entrava em decadência e quando surgiu o programa "Jovem Guarda", Sérgio Murilo já era um nome pouco cogitado. Na época surgiram fofocas sobre Sérgio Murilo ter ficado magoado por não ser convidado a comandar o programa "Jovem Guarda". Na realidade ele só não foi convidado porque seu estilo já não mais combinava com a época.

Com seu sucesso em decadência no Brasil, existem notícias de que trabalhou cantando no Peru e também continuou a gravar seus discos até o início dos anos 70.


Depois disso muito pouco se sabe a respeito de sua carreira e de sua vida. Sabe-se apenas que se formou em Direto pela Faculdade Cândido Mendes e por muitos anos trabalhou como advogado. Também existem notícias que gravou em 1978 músicas em ritmo de discoteca no Peru, incluindo a música "Eu Sou a Mosca Que Pousou na Sua Sopa" de autoria de Raul Seixas, em estilo discoteque.

Em 1989 chegou a gravar um LP com coletâneas de seus antigos sucessos, e também com músicas inéditas, mas a coisa não aconteceu.

Sérgio Murilo morreu no dia 19 de fevereiro de 1992, aos 50 anos. Infelizmente seu nome se tornou pouco conhecido nos dias atuais, e poucos são as referências que podem ser encontradas a seu respeito atualmente.

Assim como Meire Pavão, Wilson Miranda e alguns outros artistas que fizeram grande sucesso no passado, foram praticamente esquecidos pela mídia falada e escrita.

Discografia

  • 1972 - Anda Rapaz / Toda Colorida (Continental)
  • 1971 - Tomando Café / Falei E Disse (Continental)
  • 1970 - Tanta Chuva Em Meu Caminho / O Que Eu Quero É Viver (Continental)
  • 1968 - A Tramontana / Pra Chatear (Continental)
  • 1968 - Sérgio Murilo (Continental)
  • 1968 - A Felicidade (Continental)
  • 1968 - Sérgio Murilo (Continental)
  • 1966 - Sérgio Murilo (RCA Victor)
  • 1965 - Te Agradeço Porque / Você É De Chorar (RCA Victor)
  • 1965 - Sérgio Murilo (RCA Victor)
  • 1964 - Lá Vai Ela / Sinfonia Do Castelinho (RCA Victor)
  • 1964 - Sérgio Murilo (RCA Victor)
  • 1964 - Festa Do Surf / Dá-me Felicidade (RCA Victor)
  • 1962 - Só Twist (Colúmbia)
  • 1961 - Teenage dance/Abandonado (Colúmbia)
  • 1961 - Merci Meu Bem / Balada Do Homem Sem Rumo (Colúmbia)
  • 1961 - Broto Legal / Quando Ela Sai / My Home Town / Pagando Trinta (Colúmbia)
  • 1961 - Brotinho de Biquini / Rock De Morte / Shimmy Shimmy / Ko-ko-bop / Tudo Serás (Colúmbia)
  • 1961 - Baby (Colúmbia)
  • 1960 - Oh Carol / Put Your Head On My Shouder / Personalit / The Diary (Colúmbia)
  • 1960 - Olhos Cor Do Céu / Se Eu Soubesse  /É Hora De Chorar / Trem Do Amor (Colúmbia)
  • 1960 - Broto Legal / Quando Ela Sai (Colúmbia)
  • 1960 - Sérgio Murilo (Colúmbia)
  • 1960 - Brotinho De Biquini / Tudo Serás (Colúmbia)
  • 1960 - Abandonado / Quem Não Gosta De Rock (Colúmbia)
  • 1959 - Se Eu Soubesse / Marcianita (Colúmbia)
  • 1959 - Sérgio Murilo (Colúmbia)
  • 1958 - Menino Triste / Mudou Muito (Colúmbia)

Ulysses Guimarães

ULYSSES SILVEIRA GUIMARÃES
(76 anos)
Político, Advogado e Professor

* Itirapina, SP (06/10/1916)
+ Angra dos Reis, RJ (12/10/1992)

Ulysses Silveira Guimarães foi um político e advogado brasileiro que teve grande papel na oposição à ditadura militar e na luta pela redemocratização do Brasil. Morreu em um acidente aéreo de helicóptero no litoral ao largo de Angra dos Reis, sul do estado do Rio de Janeiro.

Infância e Juventude

Ulysses Guimarães nasceu na vila de Itaqueri da Serra, hoje distrito do município de Itirapina, que na época era parte do município de Rio Claro, no interior paulista. Filho de Ataliba Silveira Guimarães e de Amélia Correa Fontes, foi casado com Ida de Almeida Guimarães e teve dois filhos, Tito Enrique e Celina Ida.

Teve uma vida acadêmica ativa, participando do Centro Acadêmico XI de Agosto e exercendo a vice-presidência da União Nacional de Estudantes (UNE). Bacharelou-se em Ciências Jurídicas e Sociais, pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP).

Vida Profissional

Foi professor durante vários anos na Faculdade de Direito da Universidade Mackenzie, onde veio a se tornar professor titular de Direito Internacional Público. Lecionou ainda Direito Municipal na Faculdade de Direito de Itu, e Direito Constitucional na Faculdade de Direito de Bauru.

Exerceu profissionalmente a advocacia, especializando-se em Direito Tributário.

No Santos Futebol Clube, Ulysses Guimarães se associou em 10 de janeiro de 1941. Em 1942, foi nomeado diretor-presidente da subsede em São Paulo do clube, cargo que voltou a ocupar em 1945.

Em 1944, foi eleito vice-presidente do clube na gestão do Drº Antônio Ezequiel Feliciano da Silva. Por anos defendeu os interesses do clube na Câmara dos Deputados e em Brasília ao lado de outros santistas ilustres como Mário Covas e Aloizio Mercadante.

Ulysses Guimarães foi eleito deputado estadual, por São Paulo, à Constituinte de 1947, na legenda do Partido Social Democrático (PSD). A partir deste momento, não deixaria mais a política, elegendo-se deputado federal pelo Estado, por onze mandatos consecutivos, de 1951 a 1995, não tendo terminado o último mandato.

O primeiro discurso político ocorreu na década de 1940, à sombra de uma centenária figueira, até hoje frondosa e exuberante, no Distrito de Itaqueri da Serra, município de Itirapina, Estado de São Paulo, sua verdadeira terra natal, já que na época do nascimento todas as pessoas lá nascidas eram registradas em Rio Claro, que era então a sede do município. Ainda hoje, ao chegarmos em Itaqueri da Serra, deparamo-nos com diversos parentes e inesquecíveis histórias do Drº Ulysses, como era carinhosamente chamado.

Ulysses Guimarães assumiu a pasta do Ministério da Indústria e Comércio no gabinete Tancredo Neves, durante a curta experiência parlamentarista brasileira (1961-1962).

Apoiou, inicialmente, o movimento militar que, em 1964, depôs o presidente João Goulart, mas logo passou à oposição. Com a instauração do bipartidarismo, em 1965, filiou-se ao Movimento Democrático Brasileiro (MDB), do qual seria vice-presidente e, depois, presidente.

Ulysses Guimarães foi presidente do Parlamento Latino-Americano, de 1967 a 1970.

Ulysses Guimarães defendendo no plenário da Câmara a redemocratização do Brasil
Luta Pela Abertura Política

Em 1973, lançou sua anti-candidatura simbólica à Presidência da República como forma de repúdio ao regime militar, tendo como vice o jornalista e ex-governador de Pernambuco, Barbosa Lima Sobrinho.

Em 29 de novembro de 1976, no Plenário Tiradentes da Assembleia Legislativa de São Paulo, fundou a Ordem dos Parlamentares do Brasil (OPB), uma associação de classe, sem vínculos partidários, religiosos ou sociais, da qual é Patrono.

À frente do partido, participou de todas as campanhas pelo retorno do país à democracia, inclusive a luta pela anistia ampla, geral e irrestrita. Com o fim do bipartidarismo, em 1979, o Movimento Democrático Brasileiro (MDB) converteu-se em Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), do qual seria presidente nacional.

Ulysses segurando uma cópia da Constituição de 1988
Ativismo Político

Junto com Tancredo Neves, Orestes Quércia e Franco MontoroUlysses Guimarães liderou novas campanhas pela redemocratização, como a das eleições diretas, popularmente conhecidas pelo slogan Diretas Já.

Ulysses Guimarães quase foi o candidato a presidente da República em 1985 pelo Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), quando as eleições foram realizadas no colégio eleitoral. As articulações políticas da época acabaram levando à eleição de uma chapa "mista", com Tancredo Neves como candidato a presidente pelo Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) e o candidato a vice José Sarney, ex Partido Democrático Social (PDS) / Frente Liberal.

Exerceu a presidência da Câmara dos Deputados em três períodos (1956-1957, 1985-1986 e 1987-1988); presidindo a Assembleia Nacional Constituinte, em 1987-1988. A nova Constituição, na qual Ulysses Guimarães teve papel fundamental, foi promulgada em 5 de outubro de 1988, tendo sido por ele chamada de Constituição Cidadã, pelos avanços sociais que incorporou no texto.

No ano de 1986, esteve pela última vez em Itaqueri da Serra, inaugurando o asfaltamento da rodovia vicinal que leva seu nome, ligando as cidades de Itirapina a São Pedro, prestigiando pessoalmente aquela conquista, um objetivo do então prefeito de Itirapina, João Gobbo e da então vereadora Maria Ângela de Oliveira Leite.

Em 01/02/1987, tomou posse como presidente da Assembleia Nacional Constituinte, responsável por estabelecer nova Constituição democrática para o Brasil após 21 anos sob regime militar.

Como presidente da Câmara dos DeputadosUlysses Guimarães era o substituto do Presidente José Sarney e assumiu várias vezes a presidência, sendo o primeiro paulista a fazê-lo desde que Ranieri Mazzilli assumira a presidência em 1964.

Devido à sua grande popularidade, candidatou-se à Presidência da República, na sigla do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), nas eleições de 1989.

Os acervos do Conselho Nacional de Segurança, da Comissão Geral de Investigações (CGI) e do próprio Serviço Nacional de Informações (SNI), revelam que o então deputado Ulysses Guimarães foi alvo de investigação, mesmo no período de redemocratização do país, enquanto dirigia a Câmara e a Assembleia Nacional Constituinte e o Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB).

A avaliação registrada em 1987, afirmava que Ulysses Guimarães poderia causar crise partidária entre os aliados. Um dos fatos descritos em documentos de março de 1987 é o início das negociações para a indicação do líder do partido na Constituinte sendo um dos candidatos Mário Covas, que contava com a simpatia do Serviço Nacional de Informações (SNI), mas contra vontade de Ulysses Guimarães.

Ulysses Guimarães e sua esposa Dona Mora
Morte

Ulysses Guimarães morreu em acidente aéreo de helicóptero, ao largo de Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, em 12 de outubro de 1992, junto à esposa Dona Mora, o ex-senador Severo Gomes, a esposa deste e o piloto. O corpo de Ulysses Guimarães foi o único que nunca foi encontrado.

Publicações

  • 1940 - Vida Exemplar de Prudente de Moraes
  • 1973 - Navegar é Preciso, Viver Não é Preciso
  • 1978 - Socialização do Direito
  • 1982 - Esperança e Mudança
  • 1983 - Tentativa
  • 1984 - Diretas Já
  • 1988 - PT Saudações
  • 1989 - Da Fé fiz Companheira
  • 1991 - Ou Mudamos ou Seremos Mudados
  • 1992 - Parlamentarismo - Além de Ser Mais Forte, Substitui Um Regime Fraco

Em 22 de junho de 1992 apresentou o Projeto Lei 2938 que posteriormente foi sancionada como a Lei 8.906/1994, criando assim o Estatuto e Codigo de Ética e Disciplina da OAB, o que gerou o Exame de Ordem como obrigatório para os quadros da advocacia.

Fonte: Wikipédia

Carlos Imperial

CARLOS EDUARDO DA CORTE IMPERIAL
(56 anos)
Ator, Cineasta, Apresentador de TV, Compositor e Produtor Musical

* Cachoeiro de Itapemerim, ES (24/11/1935)
+ Rio de Janeiro, RJ (04/11/1992)

Como produtor musical, tentou lançar a carreira de Roberto Carlos como um "Príncipe da Bossa Nova", inclusive produzindo seu primeiro disco "Louco Por Você", em 1961. Entretanto, seu pupilo foi acusado de imitar descaradamente João Gilberto, e o disco não fez sucesso. Mas continuou até Roberto Carlos assinar contrato com a CBS em 1958. Nessa época era chamado de "Papai" pelo cantor.

Apresentou o programa de televisão "O Clube do Rock", nos anos 60. No início dos anos 70 tornou-se um polêmico jurado do programa de calouros apresentado por Chacrinha. No final da mesma década, apresentava pela TV Tupi uma atração aos sábados à noite que levava seu nome, posteriormente migrando para a TVS - Canal 11 do Rio de Janeiro.

Carlos Imperial também foi colunista da revista Amiga, publicada pela Bloch Editores, desde seu primeiro número em 1969, numa coluna que marcou época pela irreverência.




Foi vereador na cidade do Rio de Janeiro, eleito em 1982, pela legenda do Partido Democrático Trabalhista (PDT). Foi candidato a prefeito do Rio de Janeiro em 1985, mas perdeu a eleição.

No Carnaval de 1984, Carlos Imperial se notabilizou por divulgar as notas dos jurados nas apurações dos desfiles das escolas de samba cariocas. A cada nota máxima ele exclamava em alto e bom som a frase dez, nota dez. Tal frase caiu no gosto popular, se transformando em um verdadeiro bordão.

É autor das canções muito conhecidas dos anos 60 como "A Praça", sucesso na voz de Ronnie Von e que virou tema de abertura do humorístico "A Praça é Nossa", e de "Mamãe Passou Açúcar Em Mim", grande sucesso popular de Wilson Simonal. Também fez muito cinema, como ator, diretor e produtor.

Em sua última aparição pública, apresentou para toda a nação a sua nova namorada, a linda amazonense Jana, de apenas 14 anos. Na época Carlos Imperial tinha 42 anos a mais que a moça.

Carlos Imperial foi vítima de uma doença rara: a Miastenia Grave. Após operação para a retirada do timo, não resistiu e faleceu, em 4 de novembro de 1992, no Rio de Janeiro, aos 56 anos de idade.


Programas de TV


  • 1977 - Programa Carlos Imperial (TV Tupi)
  • 1979 - Carlos Imperial Show (TVS)

Cinema


Diretor:
  • 1981 - Mulheres, Mulheres
  • 1981 - Um Marciano em Minha Cama
  • 1981 - Delícias do Sexo
  • 1979 - Loucuras, o Bumbum de Ouro
  • 1976 - O Sexomaníaco
  • 1976 - O Sexo das Bonecas
  • 1975 - O Esquadrão da Morte
  • 1974 - Um Edifício Chamado 200


Ator:
  • 1986 - Perdidos no Vale dos Dinossauros
  • 1985 - Os Bons Tempos Voltaram: Vamos Gozar Outra Vez
  • 1981 - Mulheres, Mulheres
  • 1981 - Delícias do Sexo
  • 1978 - Amada Amante
  • 1978 - A Noiva da Cidade
  • 1977 - Férias Amorosas
  • 1977 - Mau Passo
  • 1977 - O Tarado
  • 1976 - A Ilha das Cangaceiras Virgens
  • 1976 - Meninas Querem... E os Coroas Podem
  • 1976 - O Sexo das Bonecas
  • 1975 - O Esquadrão da Morte
  • 1975 - O Monstro Caraíba
  • 1975 - O Palavrão
  • 1974 - O Pica-Pau Amarelo
  • 1974 - Um Edifício Chamado 200
  • 1974 - Banana Mecânica
  • 1973 - As Depravadas
  • 1972 - A Viúva Virgem
  • 1972 - Cassy Jones, o Magnífico Sedutor
  • 1972 - Independência ou Morte
  • 1972 - O Doce Esporte do Sexo
  • 1971 - Os Amores de um Cafona
  • 1969 - O Rei da Pilantragem
  • 1969 - Tempo de Violência
  • 1967 - Bebel, Garota Propaganda
  • 1964 - Asfalto Selvagem
  • 1962 - Sangue na Madrugada
  • 1961 - O Dono da Bola
  • 1961 - Rio à Noite
  • 1961 - Mulheres, Cheguei
  • 1960 - Vai que é Mole
  • 1959 - Mulheres à Vista
  • 1959 - Pé na Tábua
  • 1959 - Garota Enxuta
  • 1958 - Aguenta o Rojão
  • 1958 - Contrabando
  • 1958 - Minha Sogra é da Polícia
  • 1958 - Sherlock de Araque
  • 1958 - E o Bicho Não Deu
  • 1958 - Alegria de Viver
  • 1957 - De Vento em Popa
  • 1957 - Canjerê
  • 1954 - O Petróleo É Nosso

Fonte: Wikipédia
#FamososQuePartiram #CarlosImperial

Irmã Dulce

MARIA RITA DE SOUSA BRITO LOPES PONTES
(77 anos)
Religiosa Católica

* Salvador, BA (26/05/1914)
+ Salvador, BA (13/03/1992)

Maria Rita de Sousa Brito Lopes Pontes, mais conhecida como Irmã Dulce, Beata Dulce dos Pobres ou Bem-Aventurada Dulce dos Pobres, tendo recebido o epíteto de "O Anjo Bom da Bahia", foi uma religiosa católica brasileira. Irmã Dulce notabilizou-se por suas obras de caridade e de assistência aos pobres e necessitados.

Quando criança, Maria Rita, filha de Dulce Maria de Souza Brito Lopes Pontes e do Drº Augusto Lopes Pontes, dentista e professor da Universidade Federal da Bahia, costumava rezar muito e pedia sinais a Santo Antônio, pois queria saber se deveria seguir a vida religiosa ou casar. Desde os treze anos de idade, depois de visitar áreas carentes, acompanhada por uma tia, ela começou a manifestar o desejo de se dedicar à vida religiosa. Começou a ajudar mendigos, enfermos e desvalidos. Nessa mesma idade, foi recusada pelo Convento de Santa Clara do Desterro, em Salvador, por ser jovem demais, voltando a estudar.

Com o consentimento da família e o apoio de sua irmã, Dulcinha, foi transformando a casa da família num centro de atendimento a pessoas necessitadas.

Bem Aventurada Dulce dos Pobres
Em 8 de fevereiro de 1933, logo após se formar professora primária, 1932, Maria Rita entrou para a Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, na cidade de São Cristóvão, em Sergipe. Em 15 de agosto de 1934, após seis meses de noviciado, ela fez sua profissão de fé e votos perpétuos, tomando o hábito de freira e recebendo o nome de Irmã Dulce, em homenagem a sua mãe, e em seguida, voltou a Salvador. Sua primeira missão como religiosa foi ensinar em um colégio mantido pela sua congregação, na Cidade Baixa. Também dava assistência às comunidades pobres da região onde viria a concentrar as principais atividades das Obras Sociais Irmã Dulce.

Em 1936, com apenas 22 anos, fundou, com Frei Hildebrando Kruthaup, a União Operária São Francisco, primeiro movimento cristão operário da Bahia. No ano seguinte, sempre com Frei Hildebrando, criou o Círculo Operário da Bahia, mantido com a arrecadação de três cinemas que ambos haviam construído através de doações. Tinham como finalidade a difusão das cooperativas, a promoção cultural e social dos operários e a defesa dos seus direitos.

Em maio de 1939, Irmã Dulce inaugurou o Colégio Santo Antônio, voltado para os operários e seus filhos. No mesmo ano, para abrigar doentes que recolhia nas ruas, Irmã Dulce invadiu cinco casas na Ilha dos Ratos. Depois de ser expulsa do lugar, teve que peregrinar durante uma década, instalando os doentes em vários lugares, até transformar em albergue o galinheiro do Convento de Santo Antônio, que mais tarde deu origem ao Hospital Santo Antônio, centro de um complexo médico, social e educacional que continua atendendo aos pobres.

Mesmo com a saúde frágil, a Irmã Dulce construiu e manteve uma das maiores e mais respeitadas instituições filantrópicas do país.

Em 1988, foi indicada para o Prêmio Nobel da Paz, pelo então presidente do Brasil José Sarney, com o apoio da Rainha Silvia da Suécia.

Em 2000 foi distinguida pelo Papa João Paulo II com o título de "Serva de Deus". O processo de beatificação da Irmã Dulce tramitou na Congregação das Causas dos Santos do Vaticano.

Entre os diversos estabelecimentos que a Irmã Dulce fundou estão o Hospital Santo Antônio, capaz de atender setecentos pacientes e duzentos casos ambulatoriais. O atendimento médico conta com especialização geriátrica, cirúrgica, hospital infantil, centro de atendimento e tratamento de alcoolismo, clínica feminina, unidade de coleta e transfusão de sangue, laboratórios e um centro de reabilitação e prevenção de deficiências. Além do hospital, Irmã Dulce também criou o Centro Educacional Santo Antônio, instalado em Simões Filho, que abriga mais de trezentas crianças de 3 a 17 anos. No Centro, os jovens têm acesso a cursos profissionalizantes. Irmã Dulce fundou também o Círculo Operário da Bahia, que, além de escola de ofícios, proporcionava atividades culturais e recreativas.

Durante mais de cinquenta anos de entrega total a caridade e amor ao próximo, em 11 de novembro de 1990 Irmã Dulce começou a apresentar problemas respiratórios, sendo internada no Hospital Português da Bahia, depois transferida à UTI do Hospital Aliança e finalmente ao Hospital Santo Antônio. Em 20 de outubro de 1991, recebeu no convento, em seu leito de morte, a visita do Papa João Paulo II para receber a bênção e extrema unção.

Morte

"O Anjo Bom da Bahia" morreu em seu quarto, de causas naturais, aos setenta e sete anos, às 16:45 hs do dia 13 de março de 1992, ao lado de pessoas queridas por ela, como as irmãs do convento. Seu corpo foi sepultado no alto do Santo Cristo, na Basílica de Nossa Senhora da Conceição da Praia e depois transferido para a capela do Hospital Santo Antônio, centro das Obras Assistenciais Irmã Dulce.

Irmã Dulce também tocava sanfona para detentos da penitenciária (Foto: Acervo Osid)
Beatificação

A 21 de janeiro de 2009, a Congregação Para as Causas dos Santos do Vaticano anunciou o voto favorável que reconhece Irmã Dulce como venerável.

A 3 de abril de 2009, o Papa Bento XVI aprovou o decreto de reconhecimento de suas virtudes heroicas.

No dia 9 de junho de 2010 o corpo da Irmã Dulce foi desenterrado, exumado, velado e sepultado pela segunda vez, sendo este o último estágio do processo de beatificação.

No dia 27 de outubro de 2010, foi anunciada pelo cardeal arcebispo de Salvador e Primaz do Brasil, Dom Geraldo Majella Agnelo, em coletiva de imprensa realizada na sede das Obras Sociais Irmã Dulce a beatificação, última etapa antes da canonização, da religiosa Irmã Dulce, tornando-a a primeira beata (ou bem-aventurada) da Bahia. O anúncio foi sucedido pelo decreto em 10 de dezembro de 2010 e aconteceu após o reconhecimento de um milagre pela intercessão da religiosa na recuperação de uma mulher sergipana, que havia sido desenganada pelos médicos após sofrer uma hemorragia durante o parto.

No dia 22 de maio de 2011, Irmã Dulce foi beatificada em Salvador, e passou a ser reconhecida como Bem Aventurada Dulce dos Pobres. A Solene Eucaristia de Beatificação foi presidida pelo enviado especial do Papa Bento XVI, Dom Geraldo Majella Agnelo, arcebispo emérito de Salvador.

Fonte: Wikipédia
#FamososQuePartiram #IrmaDulce

Antônio Marcos

ANTÔNIO MARCOS PENSAMENTO DA SILVA
(46 anos)
Cantor, Compositor e Ator

☼ São Paulo, SP (08/11/1945)
┼ São Paulo, SP (05/04/1992)

Antônio Marcos Pensamento da Silva, mais conhecido por Antônio Marcos, foi um cantor e compositor, nascido em São Miguel Paulista, distrito da Zona Leste de São Paulo, SP, no dia 08/11/1945.

Antônio Marcos levou multidões à loucura com sua bela voz e porte de galã. Cantor e compositor de clássicos populares dos anos 70, fez Roberto Carlos vender milhares de discos com a música "Como Vai Você". Ex-marido da cantora Vanusa e da atriz Débora Duarte, deixou muitas mulheres apaixonadas, mas foi tragado pelo alcoolismo.

Antônio Marcos é o segundo dos oito filhos do alfaiate e vendedor de livros Vicente e de Dona Eunice, costureira, poetisa e compositora. Como era fraquinho, o aluno do Grupo Escolar Vila Sinhá costumava contar que chegou a tomar injeção de sangue de cavalo na infância, seguindo as instruções de uma benzedeira.

Começou a trabalhar cedo para ajudar a família de baixa renda. Torcedor aficionado pelo time do São Paulo, foi office-boy do Banco Ítalo-Brasileiro e balconista de uma loja de sapatos. Desde pequeno cantava nas formaturas da escola. Conhecia as canções de Bob Nelson, cantor country pioneiro no Brasil. Aos 12 anos, já dava os primeiros goles nos botecos de São Miguel Paulista. Matava aulas para ir ao cinema, compor poesias e tocar violão na casa dos amigos. Por isso, só conseguiu concluir o segundo grau com muito esforço.


Antônio Marcos
chamava a atenção por seu belo porte e carisma. Fazia pontas em programas da TV Tupi. Sua voz garantiu-lhe uma vaga no Coral Golden Gate, dirigido por Georges Henry e uma participação no programa de rádio de Albertino Nobre, onde foi nomeado "A Voz de Ouro de São Miguel".

Em 1962, esteve na Ginkana Kibon, apresentada por Vicente Leporace e Clarice Amaral, na TV Record. Lá, cantou sucessos de Elvis Presley, de quem era fã e colecionava os discos. Dois anos depois foi destaque ao cantar, tocar violão e imitar cantores no programa de Estevam Sangirardi, na Rádio Bandeirantes.

Em 1965, juntou-se a mais três rapazes e montaram o quarteto Os Iguais. Estouraram com a música "A Partida". Mas Antônio Marcos nasceu para brilhar sozinho e, dois anos depois, lançou seu primeiro compacto com duas músicas: "A Estória de Quem Amou Uma Flor" e "Perdi Você". O disco não fez muito sucesso, mas aquela voz sobressaiu. O cantor logo conseguiu gravar seu segundo compacto e estourar nas paradas de sucesso com a música "Tenho Um Amor Melhor Que o Seu" (Roberto Carlos e Erasmo Carlos), que reapareceu em seu primeiro LP e vendeu mais de 300 mil exemplares. A música tocou em todas as rádios e Antônio Marcos tornou-se a coqueluche nacional: O homem ideal das mocinhas românticas da época, com 1,82 m, cabelos lisos, robusto e dono de uma voz de ouro.


Em 1967 integrou o coral Golden Gate e atuou nas peças "Pé Coxinho" e "Samba Contra 00 Dólar", de Moraci do Val, no Teatro de Arena.

Os tempos das vacas magras vão ficando para trás. Na estante de casa, já acumulava prêmios, como o Roquete Pinto e o Chico Viola, de 1969, e comprou seu primeiro carro, um Corcel Luxo. Embalou um romance com uma das estrelas da Jovem Guarda, o "Queijinho de Minas" Martinha.
"Antônio Marcos foi o grande amor da minha vida. Ficamos dois anos juntos como num conto de fadas. Na minha casa, tinha uma parede, como se fosse uma cortina, com seus poemas. Só que ele queria juntar e eu queria casar!"
(Martinha)

Em 1969, com 21 anos, Antônio Marcos deu uma guinada durante o IV Festival de Música Popular Brasileira, da TV Record, quando ganhou o prêmio de melhor intérprete. Ele nem ligou para as vaias, cantou bem, com os cabelos longos e uma camisa de renda preta aberta até o umbigo, exibindo o tórax cabeludo. Ao ver Vanusa, que levou o terceiro lugar do festival cantando "Comunicação", se encantou e deu a ela uma flor, ao vivo e em preto e branco, como era a televisão na época.

Antônio Marcos e Vanusa
Os dois já haviam se encontrado meses antes, rapidamente, no escritório da gravadora RCA Victor: "Nos vimos e o ar parou. Ele me deu um disco e, em casa, quando ouvi aquela tremenda voz, eu me apaixonei na hora!", lembrou Vanusa, que naquele dia, terminou o namoro com o cantor Fábio. Após o Festival da Record, alguns cantores foram comemorar na casa de Antônio Marcos, no Brooklin, bairro da capital paulista. Providencialmente, Edith, na época assessora de Roberto Carlos, deu um jeito de Vanusa pegar uma carona no Sinca Chambord lilás de Antônio Marcos. Na casa de Antônio Marcos era só festa: Todos cantando e bebendo em volta da piscina. Até que Vanusa arrumou um maiô emprestado, deu um mergulho que deixou todos os convidados surpresos.
"Saí tremendo de frio e fui para o um quarto, na edícula. Tirei o maiô, fiquei nua e entrei embaixo da coberta. De repente, sinto alguém entrando. Sabia que era ele. Fizemos amor na cama da empregada!"
(Vanusa)

Na tarde do dia seguinte, já tomavam sorvete juntos. E, daquela casa, Vanusa não saiu mais. Os dois passaram a morar juntos, mas não eram casados, como exigiam os padrões rígidos da época. Isso porque os artistas naquele tempo não podiam se casar para alimentar os sonhos dos fãs. Vanusa ficou grávida e passou a ser xingada nas ruas pelas tietes de Antônio Marcos. Em uma apresentação do cantor em "Quem Tem Medo da Verdade", o casal foi tão massacrado que Vanusaassistindo ao programa sozinha em casa, passou mal e acabou perdendo o bebê aos cinco meses de gravidez. Com o sofrimento da cantora, as fãs se sensibilizaram e a imprensa passou a chamá-los de Casal 20.

Antônio Marcos e Débora Duarte
No mesmo ano, Antônio Marcos emplacou nas rádios a música "Menina de Tranças" e, na televisão, como galã do folhetim "Toninho On The Rocks", feito para ele estrelar no horário nobre da TV Tupi, que também tinha Raul Cortez e Marilu Martinelli no elenco. A mocinha da trama? Débora Duarte.

Em uma tarde, um silêncio constrangedor tomou conta dos estúdios da TV Tupi, no Sumaré, onde gravavam a novela. Vanusa passou por lá para fazer uma surpresa para Antônio Marcos e flagrou-o, na cama do cenário, dando um beijo em Débora Duarte. Ele justificou que era o ensaio de uma cena, mas a desculpa não colou. Vanusa, novamente grávida, disse-lhe que estava tudo acabado e sumiu pelos corredores da emissora indo para a casa da mãe. Inconformado, Antônio Marcos ligava para ela de hora em hora, mandou flores, presenteou-a com um anel de brilhante, até que a cantora o aceitou de volta.

São Paulo, verão de 1975, o casal Antônio MarcosVanusa tomam o café da manhã ao lado das pequenas filhas, Amanda e Aretha. De repente, a mais velha diz que não quer mais ir para a escola: "As crianças, durante o recreio, gritam que meu pai é bêbado!"Vanusa gela e pede a babá que leve as meninas para o jardim. Há tempos que ela adiava aquele momento:

"Está vendo Toninho, o que você está causando à suas filhas?". Antônio Marcos nada responde. Vanusa continua: "Chegou a hora de você escolher: Ou a nossa vida ou o seu scotch!". Antônio Marcos ergue a garrafa de whisky, dá um gole e diz, sem encará-la: "Nunca vou parar de beber!". Sem nada mais dizer, ele levanta-se e vai embora. Vanusa debruça sobre a mesa e desaba a chorar. A xícara vira e o café escorre pela toalha. Terminou assim o casamento que durante seis anos foi o mais badalado da música popular dos anos 70.

O Auge

Foi lançado no cinema por J. B. Tanko, no filme "Pais Quadrados... Filhos Avançados" (1970), participando também de "Som, Amor e Curtição" (1972) e de outros, além de atuar em peças teatrais, como "Arena Conta Zumbi" (Teatro de Arena, direção de Augusto Boal, 1969) e "Hair" (Teatro Aquarius, direção de Altair Lima, 1970).

"Ele chegou atrasado à pré-estreia, no antigo Cine Regina. Depois do filme, nem falou e nem subiu no palco. Estava indisposto!", contou Mauricio Kus, um grande divulgador de filmes nacionais dos anos 70.

A indisposição era em decorrência de umas doses a mais: "Ele bebia muito e não comia. Seu café da manhã era Whisky", confirmou Vanusa. Antônio Marcos chegou a bater o carro várias vezes por dirigir alcoolizado. Certa vez, teve perda total de uma Ferrari: Como estava no auge da carreira, em 15 dias já tinha outra garagem.

Apesar da bebida constante, ele era muito vaidoso. Tinha um closet cheio, com diversos tipos de botas e ternos de muitos tons e com brilho. Em uma loja, se gostasse do modelo de uma camisa, levava de todas as cores. E lançou moda: foi um dos primeiros homens a usar macacão no Brasil. Afinal, Antônio Marcos, ao lado de Wanderley Cardoso e Paulo Sérgio, era ídolo do programa "Os Galãs Cantam e Dançam", de Sílvio Santos. Também fazia sucesso nas fotonovelas: Em uma delas, apareceu dando um beijo em Vera Fischer, na época estrela da pornochanchada "A Super Fêmea".


No cinema, em "Som, Amor e Curtição", contracenou com as belas Betty Faria e Rosemary. E, no mesmo ano, em 1972, Antônio Marcos oficializou o casamento com Vanusa, depois que Amanda, a primeira filha do casal, nasceu. O casal ainda teve mais uma filha, Aretha, e, com a ajuda de Sílvio Santos, que sempre gostou muito do cantor, compraram uma casa na Rua Joaquim Nabuco, em São Paulo.

Antônio Marcos era também respeitado como compositor. Foi em um jantar na casa de Roberto Carlos e Nice, no Morumbi, que ele apresentou "Como Vai Você", que rendeu a Roberto Carlos mais de 700 mil discos vendidos.

Antônio Marcos ganhava malas de dinheiro com seus shows, mas também gastava muito. Chegou a dar seu carro para um taxista bêbado que lamuriava em um bar. Aliás, não era raro o cantor fazer essas doações. Costumava comprar comida em restaurantes nobres para dar a mendigos e dividia o que tinha na carteira se um amigo estivesse sem dinheiro. Atitudes de um homem generoso, lamentavelmente consumido pelo alcoolismo. "Eu perguntava por que ele bebia tanto e ele respondia: 'Não sou deste planeta, o mundo é muito cruel e desigual'", disse Vanusa.

Antônio Marcos saía sem avisar seu paradeiro e chegava a virar noites fora de casa. Certa vez, chegou a sumir por quatro dias. A atriz Elza de Castro sabe bem:
"Eu era louca por ele. Jantávamos na churrascaria Eduardo´s, no centro. Ele bebia muito, mas era gentil e não parava de falar na Vanusa. Aí, eu o levava para casa!"

Devido aos sumiços, Vanusa chegou a ter de substituí-lo em dois shows: "Nunca fui tão vaiada, foi tão traumático quanto o vídeo do Hino Nacional no YouTube [referindo-se a uma interpretação polêmica que a cantora fez em março de 2009]", comparou Vanusa.

Em abril do ano seguinte, uma manchete chega às bancas de todo Brasil: "Bomba: Confirmado, Romance de Débora Duarte e Antônio Marcos!"

A atriz, segundo o cantor dizia para os amigos, apresentara a ele um novo mundo, que se refletiu em seu novo visual: Cortou o cabelo, passou a usar franja e bigode. Meses depois, o casal mostrou sua residência, no Morumbi, na capa de um especial da revista Amiga: "Os Ídolos da TV e Suas Casas Fabulosas". A mansão tinha piscina, campo de futebol society, veludo nos sofás e um bar de aço escovado. E, em julho de 1977, tiveram a primeira filha, Paloma Duarte.

Débora Duarte e Antônio Marcos apresentaram juntos o programa "Rosa e Azul", na TV Bandeirantes, que tinha, em 1979, atrações musicais como Miss Lane, Djavan, Lady Zu e Sidney Magal. Na mesma emissora, estrelaram a novela "Cara a Cara", de Vicente Sesso, onde tinha no elenco Fernanda Montenegro, David Cardoso e Luiz Gustavo. Antônio Marcos até gravou um compacto com as músicas da novela.

No início dos anos 80, Antônio Marcos se separou de Débora Duarte e entrou em parafuso, como ele mesmo declarou. Pensou em largar tudo para ser garçom em Amsterdã: "Se tenho de ir ao fundo do poço, eu vou. Sou mais ou menos insuportável!", reconheceu. Dois anos depois, o casal tentou uma reconciliação, que não durou muito tempo.

A Decadência

Aos 39 anos, Antônio Marcos conheceu sua terceira mulher, no aeroporto de Natal, RN. A modelo Rose, quase 20 anos mais nova que ele, teve um menino, Antônio Pablo, que levou este nome em homenagem ao poeta Pablo Neruda, um dos favoritos do cantor. Pai novamente, Antônio Marcos se viu em um mau momento: Sua carreira já não era a mesma, ele não era mais convidado para fazer novelas e não estourava hits nas rádios.

Até que uma nova parceria com o compositor e produtor Antônio Luiz, deu-lhe novo ânimo. Antônio Marcos se aproximou do autor de "Tic Tic Nervoso", um hit dos anos 80, nos bastidores do Programa do Bolinha. "As pessoas davam drogas para ele, mas não davam mantimento. Cheguei a fazer ligações anônimas ameaçando mandar a polícia atrás delas", contou Antônio Luiz, que, em 1985, compôs com Antônio Marcos 12 músicas para a peça "Zé Criança", onde Paloma Duarte, com apenas 8 anos, atuou com o pai no Teatro Nelson Rodrigues, em Guarulhos.

Em 1987, Antônio Luiz foi parceiro em quatro canções de "O Anjo de Cada Um", o último disco de músicas inéditas que Antônio Marcos lançou.

Internações em clínicas de desintoxicação passaram a fazer parte da rotina de Antônio Marcos depois que ele resolveu, enfim, travar uma luta contra o álcool e as drogas.
"Nesse período, percebi como a bebida transforma a gente. Você bebe, cheira tóxico e pensa que seu poder de criação está mais aguçado. Tudo palhaçada!"
(Antônio Marcos em entrevista a Revista Contigo)


Mas o declínio era evidente. Ele não conseguiu largar a bebida e acabou tendo que se mudar para Mairiporã, segundo Antônio Luiz, com dificuldades financeiras até mesmo para comer. Para socorrer o ex-marido, Vanusa, que já havia sido casada com o diretor Augusto César Vannucci, na época poderoso na TV Bandeirantes, pediu ao ex-marido para promover um show na emissora para arrecadar dinheiro para Antônio Marcos. O show seria promovido, mas com uma condição: Que Antônio Marcos se internasse para ficar sóbrio.

Três meses depois, em junho de 1987, Antônio Marcos saiu da clínica para o teatro Záccaro, onde aconteceria o especial. Mas, no caminho, deu um jeito de tomar um porre e chegou bêbado aos bastidores. Vanusa trancou o cantor no camarim até a hora dele entrar em cena. Antônio Marcos implorava por um copo e ela deu-lhe um dedo de uísque. O show acabou sendo um sucesso, mas o cantor não apareceu ao jantar com os convidados, que incluiu Alcione, Chitaõzinho & Xororó, Fagner, Ronnie Von, Sandra de Sá e Antônio Luiz.

No início dos anos 90, Antônio Marcos separou-se de Rose para se unir a Ana Paula Braga, enteada de Roberto Carlos.

Em 1991, depois de uma série de internações por problemas no fígado, ele ainda fez uma temporada de shows na extinta casa noturna paulistana Inverno e Verão.

Morte

Antônio Marcos faleceu no domingo, 05/04/1992, aos 46 anos, em São Paulo, SP, vítima de insuficiência hepática, consequência do alcoolismo.

O cantor foi enterrado no Cemitério Parque dos Girassóis com a presença de fãs que acenavam com lenços brancos.

Após sua morte, foram lançados os CDs "Acervo" (1994, coletânea RCA/BMG) e "Aplauso" (1996, coletânea RCA/BMG). A música "Como Vai Você" foi regravada pela cantora Daniela Duarte e Zezé di Camargo & Luciano.

Após a morte de Antônio Marcos, um exame de DNA comprovou a paternidade de mais um menino, Manoel Marcos, que passou a ser o primogênito da prole. Assim, após a trajetória de um típico romântico, ele deixou cinco filhos, quatro ex-mulheres, 14 discos e centenas de músicas.

Em São Miguel Paulista foi fundada a Casa de Cultura de São Miguel Paulista - Antônio Marcos e, em 2006, sua filha lançou o CD e DVD "Aretha Marcos Ao Vivo - Homenagem aos 60 anos de Antônio Marcos".

"Meu pai me ensinou que o importante na vida é ser feliz e falar sempre a verdade, mesmo que isso doa!", encerra Amanda, sua filha mais velha. Antônio Marcos também costumava dizer: "Nunca vou morrer. Vou ficar encantado!"

Discografia

  • 1965 - Antônio Marcos
  • 1970 - Antônio Marcos
  • 1971 - 08-11-1945
  • 1972 - Sempre
  • 1973 - Antônio Marcos
  • 1974 - Cicatrizes
  • 1975 - Ele... Antônio Marcos
  • 1976 - Felicidade
  • 1978 - Antônio Marcos
  • 1982 - O Tempo Conta Dobrado
  • 1984 - O Sonho Não Acabou
  • 1987 - Antônio Marcos
  • 1988 - Todos Os Caminhos
  • 1994 - Acervo (Coletânea)
  • 1996 - Aplauso (Coletânea)
  • 1999 - Focus (Coletânea) 

    Filmografia

    Televisão

    • 1970 - Toninho On The Rocks
    • 1979 - Cara a Cara

      Cinema

      • 1970 - Pais Quadrados... Filhos Avançados
      • 1972 - Som, Amor e Curtição
      • 1972 - Geração em Fuga
      • 1972 - Com a Cama na Cabeça
      • 1973 - Salve-se Quem Puder

      Fonte: Wikipédia e Letras.com.br
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