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Adhemar Ferreira da Silva

ADHEMAR FERREIRA DA SILVA
(73 anos)

Atleta

* Casa Verde, SP (29/09/1927)
+ São Paulo, SP (12/01/2001)

Adhemar Ferreira da Silva foi o maior atleta olímpico brasileiro, nascido em São Paulo, SP, bi-campeão olímpico, recordista mundial de salto triplo e responsável pelo renascimento dessa modalidade esportiva.

Era filho de ferroviário e lavadeira. Não ficou rico com as conquistas e treinava apenas duas ou três vezes por semana, somente na hora do almoço, pois trabalhava e estudava duro. Desde os 16 anos, fumava um maço de cigarros por dia, inclusive no tempo de suas maiores glórias, atitude impensável para os atuais atletas.

Começou a carreira atlética em sua cidade e interessou-se pelo salto triplo (1947) por influência de Ewald Gomes da Silva, atleta e dirigente são paulino que mais tarde se tornou presidente da Federação Paulista e depois da Federação Brasileira de Atletismo.

Conquistou a primeira vitória aos vinte anos, logo após a estréia, quando alcançou a marca de 13,05m no salto triplo, numa evolução tão impressionante que levou o técnico alemão Dietrich Gerner a começar a falar em sucesso internacional e recorde mundial.


Foi duas vezes recordista sul-americano com 15,51m (1949) e 15,83m (1950), e bateu pela primeira vez o recorde mundial no estádio do Fluminense Futebol Clube, no Rio de Janeiro, com 16,01m (1951).

Foi campeão pan-americano (1951) e campeão sul-americano (1952). Nas Olimpíadas de Helsinki, Finlândia (1952), conquistou a medalha de ouro ao bater o recorde olímpico e estabelecer duas novas marcas mundiais: 16,12m e 16,22m. Nos Jogos Pan-Americanos realizados no México (1955) obteve sua melhor marca: 16,56m, que permaneceu imbatível por cinco anos.

Conquistou mais uma medalha de ouro para o Brasil em Melbourne, Austrália (1956), ao estabelecer novo recorde olímpico, com 16,35m. Pentacampeão sul-americano e tricampeão pan-americano (1951,1955 e l959) e campeão luso-brasileiro, em Lisboa (l960), foi dez vezes campeão brasileiro, tendo mais de 40 títulos e troféus internacionais.

Mesmo fracassando nos Jogos de Roma (1960), obteve o reconhecimento da torcida italiana, que o ovacionou dentro do estádio olímpico mesmo após a desclassificação. Mais tarde, descobriu a causa do mau desempenho: estava com princípio de tuberculose.

Praticamente um autodidata, revolucionou o salto triplo direcionando sua atenção para o segundo salto, até então apenas um impulso para o terceiro, e foi muito superior aos concorrentes durante anos.


Escultor formado pela Escola Técnica Federal de São Paulo, em 1948, também se formou em Educação Física na Escola do Exército, Direito na Universidade do Brasil em 1968, e Relações Públicas na Faculdade de Comunicação Social Casper Libero em 1990.

Poliglota, foi Adido Cultural na Embaixada Brasileira em Lagos, Nigéria (1964-1967). Foi ator na peça "Orfeu da Conceição" (1956), de Vinicius de Moraes e no filme franco-italiano "Orfeu do Carnaval" (l962), que venceu o Oscar de melhor filme estrangeiro.

Terminou a vida trabalhando para o Estado de São Paulo, organizando competições nacionais e internacionais de Atletismo.

Recebeu (1993) o título de Herói de Helsinque, junto com Emil Zatopek. Foi agraciado pelo COB (2000), com o Mérito Olímpico. Sua última aparição pública foi na última edição da Maratona de São Silvestre, em São Paulo, na virada do ano, quando entregou os prêmios aos vencedores.

Adhemar Ferreira da Silva sofreu uma parada cardíaca após 5 dias internado em virtude de broncopneumonia. Ele sofria de tuberculose, diabetes e era fumante.

Fonte: Brasil Escola

Fausto Rocha

FAUSTO ROCHA JÚNIOR
(57 anos)

Ator

☼ Barra Velha, SC (19/05/1943)
┼ Joinville, SC (27/01/2001)

Fausto Rocha foi um ator brasileiro nascido em Barra Velha, SC, no dia 19/05/1943.

Fausto Rocha começou como operador de estúdio na Rádio Difusora, em Joinville, SC, aos 12 anos. Inteligente, rapidamente conseguiu sucesso local, no início da década de 70.

Num show de Agnaldo Rayol em Joinville, em 1970, "Os Dinâmicos", grupo que ele havia lançado, fizeram o acompanhamento. Agnaldo Rayol se apaixonou pelo conjunto e resolveu levá-los para São Paulo. Fausto Rocha acompanhou e depois da apresentação no programa "Dia D", comandado por Cidinha Campos, na TV Record, ele acabou sendo convidado para fazer parte do elenco de "A Gordinha" (1970), novela da TV Tupi com Nicete Bruno.

O sucesso chegou rapidamente em "Meu Pé de Laranja Lima" (1971), onde fez par romântico com Bete Mendes. Essa foi a novela que praticamente lhe lançou como ator e galã.

No início da década de 80, o sucesso que vinha conquistando com o personagem Renato em "Os Imigrantes" (1981), pela TV Bandeirantes, despertou cobiça das grandes emissoras da época, TV Globo e TVS.


Foram 17 novelas no decorrer de sua carreira. Na TV Globo fez "Super Manoela" (1974), "Corrida do Ouro" (1975), "Senhora" (1976) e "Te Contei" (1979). O ator fazia muito sucesso junto às mulheres, também por sua beleza física.

Embora fizesse sucesso na televisão, o que Fausto Rocha gostava de fazer era teatro. Atuou em "Oh Calcutá", que ficou em cartaz por 5 anos e viajou por todo o país. Já no final da carreira fez o monólogo "Lá", que ficou 2 anos em cartaz.

No cinema fez 11 filmes. Quatro mereceram destaque: "Portugal... Minha Saudade" (1973) e "Um Caipira em Bariloche" (1973), com Mazzaropi"Super Manso" (1974) e "Batalha dos Guararapes" (1978).

Fausto Rocha era casado com Dircéia Cordeiro, que conheceu em Barra Velha, em 1997. Neste mesmo ano o ator descobriu ser portador de Esclerose Lateral Amiotrófica. Passou por muita dificuldade financeira durante os 4 anos em que lutou contra a doença.

Amigos famosos como os cantores Sérgio Reis, Roberta Miranda e Guilherme Arantes, promoveram shows para arrecadar fundos para o tratamento do ator enfermo. A campanha foi batizada de "SOS Fausto Rocha".

Morte

Fausto Rocha morreu no Hospital Municipal São José, em Joinville, SC, no dia 27/01/2001. Fausto Rocha terminou seus dias numa cadeira de rodas, pronunciando poucas palavras e precisando da ajuda da esposa e de um enfermeiro para se trocar, ir ao banheiro e se alimentar.

Antes da doença, Fausto Rocha havia sido secretário de Turismo do município de Barra Velha, SC, cidade onde nasceu.

Fonte: Wikipédia e Projeto VIP

Aldo César

ALDO DA SILVA CÉSAR
(72 anos)
Ator e Humorista

* Rio de Janeiro, RJ (20/12/1928)
+ São Paulo, SP (05/01/2001)

O ator carioca Aldo Cezar também é creditado como Aldo CésarAtor e um dos grandes nomes da dublagem brasileira, Aldo César, desde os 5 anos de idade já cantava na Igreja Batista. Com 17 anos, ingressou na Rádio Ministério da Educação e trabalhou nas Rádio Tupi e Rádio Mayrink Veiga, no Rio de Janeiro.

Em toda a sua carreira fez novelas, peças e dublagens. Em novelas, trabalhou em "Redenção" (1966), sua estréia na televisão, "Hospital" (1971), "O Preço de um Homem" (1971), "A Barba Azul" (1974), "O Profeta" (1977), "O Direito de Nascer" (1978), "Como Salvar Meu Casamento" (1979), "Cavalo Amarelo" (1980), "Rosa Baiana" (1981), "A Filha do Silêncio" (1982), "Braço de Ferro" (1983), "O Tempo e o Vento" (1985), "Dona Beija" (1986) e "Chapadão do Bugre" (1988).

Trabalhou em diversas emissoras como Rede Globo, Rede Manchete e SBT, na qual ficou 18 anos. Destaque para sua trajetória no SBT, onde trabalhou em "A Praça é Nossa" e fazia o quadro "Ui, ui, ui meu chefinho!", com a então modelo famosa Mariette.

Como dublador trabalhou na Arte Industrial Cinematográfica (AIC São Paulo), aonde dublou o ator Rex Harrison, o comandante do conselho galático central no filme "Cassiopéia", Jason Bolt na série "...E as noivas chegaram", Júlio César em alguns filmes do "Asterix", o Rei do Crime em alguns episódios do desenho do "Homem-Aranha", a primeira voz do Bender em "Futurama" , Doutor Maki Gero em "Dragon Ball Z", dentre outros trabalhos.

Aldo César sofreu um infarto em dezembro de 2000, implantou três pontes de safena e uma mamária, mas teve complicações que o levaram para a UTI. Faleceu em 5 de janeiro de 2001 e seu último trabalho foi como o detetive Magnolio do programa humorístico "A Praça é Nossa", no SBT.

Nas dublagens ele foi substituído por Sílvio Navas em Bender e por Luiz Carlos de Mores na voz do Doutor Maki Gero em "Dragon Ball GT".

Fernanda Vogel

FERNANDA VOGEL MESQUITA
(20 anos)
Modelo

* Rio de Janeiro, RJ (01/10/1980)
+ Maresias, SP (27/07/2001)

No dia 01/10/1980, às 10:35 hs, Fernanda Vogel Mesquita nasceu com 3,550 kg e 52 cm, na Casa de Saúde Santa Lúcia, em Botafogo, Rio de Janeiro, e não em Itaboraí como foi algumas vezes noticiado pela mídia.

Em 1986, fez seu primeiro trabalho como modelo infantil, desfilando para a PUC, seguimento infantil da Hering. A carreira só emplacou em 1995, quando Fernanda Vogel mudou para Itaboraí com a mãe Myrian, o pai Jorge, o irmão Eduardo e seu querido Eli, que Fernanda carinhosamente sempre chamou de Mãe Preta.

Foi a fotógrafa Luiza Quadros quem redescobriu naquela menina beleza e carisma suficientes para tentar a carreira de modelo e resolveu apostar na filha de Myrian, produzindo seu primeiro Book.

Assinou contrato com a agência Ford Models, aos 15 anos e em seguida com a agência MegaFernanda Vogel fez campanhas famosas para importantes marcas como guaraná, comercial para prestígio, Centro de Valorização da Vida (CVV).


O Acidente e a Morte

No dia 27/07/2001, Fernanda Vogel e João Paulo Diniz seguiam para Maresias onde o empresário tem casa, quando o helicóptero em que viajavam caiu no mar. Segundo depoimento do namorado da modelo, os dois seguiram juntos nadando, em busca de terra firme. O mar revolto e a chuva forte os separaram e João Paulo Diniz, depois de tentar encontrá-la sem sucesso, nadou em busca de ajuda. O co-piloto, assim como o empresário, conseguiu chegar na praia.

As buscas a Fernanda Vogel e ao piloto, também desaparecido, foram feitas com dificuldade, já que o tempo não ajudava. Durante uma semana os familiares sofreram a angústia de não ter notícias. No dia 31 de julho, o corpo do piloto foi encontrado e no dia 03 de agosto o corpo de Fernanda Vogel também apareceu.

Em 2003 foi lançado o livro "Fernanda Vogel na Passarela da Vida", escrito pela atriz e jornalista Tammy Luciano e lançado pela editora 7 Letras. O livro está na terceira edição.

Fonte: Wikipédia e Fernanda Vogel

Jorge Amado

JORGE LEAL AMADO DE FARIA
(88 anos)
Escritor, Jornalista e Político

* Itabuna, BA (10/08/1912)
+ Salvador, BA (06/08/2001)

Jorge Leal Amado de Faria foi um dos mais famosos e traduzidos escritores brasileiros de todos os tempos. Ele é o autor mais adaptado da televisão brasileira, verdadeiros sucessos como "Tieta do Agreste", "Gabriela, Cravo e Canela" e "Teresa Batista Cansada de Guerra" são criações suas, além de "Dona Flor e Seus Dois Maridos" e "Tenda dos Milagres".

A obra literária de Jorge Amado conheceu inúmeras adaptações para cinema, teatro e televisão, além de ter sido tema de escolas de samba por todo o Brasil. Seus livros foram traduzidos em 55 países, em 49 idiomas, existindo também exemplares em braille e em fitas gravadas para cegos.

Jorge Amado foi superado, em número de vendas, apenas por Paulo Coelho mas, em seu estilo - o romance ficcional -, não há paralelo no Brasil. Em 1994 viu sua obra ser reconhecida com o Prêmio Camões.

Existem dúvidas sobre o exato local de nascimento de Jorge Amado. Alguns biógrafos indicam que o seu nascimento deu-se na Fazenda Auricídia, à época município de Ilhéus. Mais tarde as terras da Fazenda Auricídia ficaram no atual município de Itajuípe, com a emancipação do distrito ilheense de Pirangi. Entretanto, é certo que Jorge Amado foi registrado no povoado de Ferradas, pertencente a Itabuna.



No ano seguinte ao de seu nascimento, uma praga de varíola obrigou a família a deixar a fazenda e se estabelecer em Ilhéus, onde viveu a maior parte da infância, que lhe serviu de inspiração para vários romances.

Foi para o Rio de Janeiro, então capital da república, para estudar na Faculdade de Direito da então Universidade do Rio de Janeiro, atual Faculdade Nacional de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Durante a década de 1930, a faculdade era um polo de discussões políticas e de arte, tendo ali travado seus primeiros contatos com o movimento comunista organizado.

Foi jornalista, e envolveu-se com a política ideológica, tornando-se comunista, como muitos de sua geração. São temas constantes em suas obras os problemas e injustiças sociais, o folclore, a política, crenças e tradições, e a sensualidade do povo brasileiro, contribuindo assim para a divulgação deste aspecto do mesmo. Suas obras são umas das mais significativas da moderna ficção brasileira, com 49 livros, propondo uma literatura voltada para as raízes nacionais.

Em 1945, foi eleito deputado federal pelo Partido Comunista Brasileiro (PCB), o que lhe rendeu fortes pressões políticas. Como deputado, foi o autor da emenda que garantiu a liberdade religiosa, viu o sofrimento dos que seguiam os cultos vindos da África, no Ceará viu protestantes saqueados por fanáticos com uma cruz à frente, então correu atrás de assinaturas até conseguir a aprovação da sua emenda, e desde então a liberdade religiosa tornou-se lei. Também foi autor da emenda que garantia direitos autorais. Por outro lado votou com o Partido Comunista Brasileiro a favor da emenda nº 3.165, do deputado carioca Miguel Couto Filho, emenda que proibia a entrada no país de imigrantes japoneses de qualquer idade e de qualquer procedência.


Jorge Amado e Zélia Gattai
Jorge Amado foi casado com Zélia Gattai, também escritora, que o sucedeu na Academia Brasileira de Letras. Teve três filhos: João Jorge, sociólogo, Paloma, e Eulália.

Jorge Amado viveu exilado na Argentina e no Uruguai (1941 a 1942), em Paris (1948 a 1950) e em Praga (1951 a 1952). Escritor profissional, viveu exclusivamente dos direitos autorais dos seus livros. Na década de 1990, porém, viveu forte tensão e expectativa de um grande baque nas economias pessoais, com a falência do Banco Econômico, onde tinha suas economias. Não chegou porém a perder as economias, já que o banco acabou socorrido pelo Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Fortalecimento do Sistema Financeiro Nacional (PROER), controvertido programa governamental de auxílio a instituições financeiras em dificuldades. O drama pessoal de Jorge Amado chegou a ser utilizado pelo lobby que defendia a intervenção no banco, para garantir os ativos dos seus correntistas.

Jorge Amado e Mãe Menininha de Gantois
Crenças

Mesmo dizendo-se materialista, era simpatizante do candomblé, religião na qual exercia o posto de honra de Obá de Xangô no Ilê Opó Afonjá, do qual muito se orgulhava. Amigos que Jorge Amado prezava no candomblé as mães-de-santo Mãe Aninha, Mãe Senhora, Mãe Menininha do Gantois, Mãe Stella de Oxóssi, Olga de Alaketu, Mãe Mirinha do Portão, Mãe Cleusa Millet, Mãe Carmem e o pai-de-santo Luís da Muriçoca.

Como Érico Veríssimo e Rachel de Queiroz, é representante do Modernismo Regionalista, segunda geração do Modernismo.


Premiações

Em 1951, recebeu o Prêmio Stalin da Paz, depois renomeado para Prêmio Lênin da Paz. Recebeu também títulos de Comendador e de Grande Oficial, nas ordens da Argentina, Chile, Espanha, França, Portugal e Venezuela, além de ter sido feito Doutor Honoris Causa por dez universidades no Brasil, Itália, Israel, França e Portugal. O título de Doutor pela Sorbonne, na França, foi o último que recebeu pessoalmente, em 1998, em sua derradeira viagem a Paris, quando já estava doente.

Jorge Amado recebeu no estrangeiro os seguintes prêmios:

  • 1951 - Prêmio Lênin da Paz (Moscou)
  • 1971 - Prêmio de Latinidade (Paris)
  • 1976 - Prêmio do Instituto Ítalo-Latino-Americano (Roma)
  • 1984 - Prêmio Risit d'Aur (Udine, Itália)
  • 1984 - Prêmio Moinho (Itália)
  • 1986 - Prêmio Dimitrof de Literatura (Sofia, Bulgária)
  • 1989 - Prêmio Pablo Neruda, Associação de Escritores Soviéticos (Moscou)
  • 1990 - Prêmio Mundial Cino Del Duca da Fundação Simone e Cino Del Duca (1990)
  • 1995 - Prêmio Camões

No Brasil:

  • 1959 - Prêmio Nacional de Romance do Instituto Nacional do Livro
  • 1959 - Prêmio Graça Aranha
  • 1959 - Prêmio Paula Brito
  • 1959 - Prêmio Jabuti (1959)
  • 1959 - Prêmio Luísa Cláudio de Sousa, do Pen Club do Brasil
  • 1959 - Prêmio Carmen Dolores Barbosa
  • 1970 - Troféu Intelectual do Ano
  • 1982 - Prêmio Fernando Chinaglia
  • 1982 - Prêmio Nestlé de Literatura
  • 1982 - Prêmio Brasília de Literatura - Conjunto de Obras
  • 1984 - Prêmio Moinho Santista de Literatura
  • 1985 - Prêmio BNB de Literatura
  • 1995 - Prêmio Jabuti

Jorge Amado escrevendo Dona Flor, ao lado o gato Nacib
Traduções das Obras

Jorge Amado é um dos autores brasileiros mais publicados em todo o mundo, atrás apenas de Paulo Coelho. Sua obra foi editada em 55 países, e vertida para 49 idiomas e dialetos: albanês, alemão, árabe, armênio, azeri, búlgaro, catalão, chinês, coreano, croata, dinamarquês, eslovaco, esloveno, espanhol, esperanto, estoniano, finlandês, francês, galego, georgiano, grego, guarani, hebraico, holandês, húngaro, iídiche, inglês, islandês, italiano, japonês, letão, lituano, macedônio, moldávio, mongol, norueguês, persa, polonês, romeno, russo (também três em braille), sérvio, sueco, tailandês, tcheco, turco, turcomano, ucraniano e vietnamita.


Academia Brasileira de Letras

Jorge Amado foi eleito para a Academia Brasileira de Letras em 6 de abril de 1961, ocupando a cadeira 23, cujo patrono é José de Alencar. De sua experiência acadêmica, bem como para retratar os casos dos imortais da Academia Brasileira de Letras, escreveu "Farda, Fardão, Camisola de Dormir", numa alusão clara ao formalismo da entidade e à senilidade de seus membros, então.


Cartas

São mais de cem mil páginas em processo de catalogação, as cartas trocadas com gente do mundo inteiro, guardadas num acervo isolado da Fundação Casa de Jorge Amado, em Salvador. A doação foi entregue com uma ressalva, por escrito: "Jorge escreveu que somente cinquenta anos após sua morte esse material devia ser aberto ao público", segundo a poeta Myriam Fraga, que dirige a casa desde sua criação, há vinte anos.

De relatos sobre livros e obras de arte a fatos do cotidiano, grandes escritores, poetas e intelectuais de seu tempo se corresponderam com ele: Graciliano Ramos, Érico Veríssimo, Mário de Andrade, Carlos Drummond de Andrade, Monteiro Lobato e Gilberto Freyre, entre outros brasileiros. Pablo Neruda, Gabriel García Márquez e José Saramago, entre tantos outros estrangeiros. No campo da política, a correspondência se estabeleceu com nomes os mais variados como Juscelino Kubitschek, François Mitterrand e Antônio Carlos Magalhães.

As cartas mostram como o escritor recebia os mais imprevistos pedidos, apresentava pessoas umas às outras, em época em que era intenso o diálogo via postal. A correspondência pessoal de Jorge Amado pode oferecer inestimável fonte de pesquisa.

Alguns trechos retirados de reportagem exclusiva, por Josélia Aguiar, à Revista Entre Livros - Ano 2 - nº 16:

De Gláuber Rocha, sem data, sobre a nova película "A Idade da Terra" de 1980:


"Comecei o dia chorando a morte de Clarice (Lispector)", inicia assim a carta para adiante falar sobre o novo filme: "Está sendo feito como você escreve um romance. Cada dia filmo de dois a sete planos, com som direto, improvisado a partir de certos temas. (…) Estou, enfim, tendo a sensação de 'escrever com a câmera e com o som', tentando um caminho que fundiu a cuca do Jece (Valadão, ator) (…)".

Mário de Andrade, logo após ler "Mar Morto", em 1936, elogia o que chama de "realidade honesta" e a "linda tradição de meter lirismo de poesia na prosa":

"Acaba de se doutorar em romance o jovem Jorge Amado, grande promessa do mundo intelectual".

Monteiro Lobato, também sob forte impressão após ler "Mar Morto", em 1936:

"Lí-o com a mesma emoção trágica que seus livros sempre me despertam", e conta que, ao visitar o cais do porto de Salvador, havia "previsto" que a obra seria escrita: "Qualquer dia o Jorge Amado presta atenção e pinta os dramas que devem existir aqui. Adivinhei."

Pablo Neruda em carta breve, com data de 16 de outubro e ano incerto, escrita a mão:

"Será que no Brasil eu poderia fazer um ou dois recitais pagos?" (…) "Haverá algum empresário interessado em organizar com seriedade essa turnê?" (…)


Obras

  • 1930 - O País do Carnaval (Romance)
  • 1933 - Cacau (Romance)
  • 1934 - Suor (Romance)
  • 1935 - Jubiabá (Romance)
  • 1936 - Mar Morto (Romance)
  • 1937 - Capitães da Areia (Romance)
  • 1938 - A Estrada do Mar (Poesia)
  • 1941 - ABC de Castro Alves (Biografia)
  • 1942 - O Cavaleiro da Esperança (Biografia)
  • 1943 - Terras do Sem-Fim (Romance)
  • 1944 - São Jorge dos Ilhéus (Romance)
  • 1945 - Bahia de Todos os Santos (Guia)
  • 1946 - Seara Vermelha (Romance)
  • 1947 - O Amor do Soldado (Teatro)
  • 1951 - O Mundo da Paz (Viagens)
  • 1954 - Os Subterrâneos da Liberdade (Romance)
  • 1958 - Gabriela, Cravo e Canela (Romance)
  • 1961 - A Morte e a Morte de Quincas Berro d'Água (Romance)
  • 1961 - Os Velhos Marinheiros ou o Capitão de Longo Curso (Romance)
  • 1964 - Os Pastores da Noite (Romance)
  • 1964 - O Compadre de Ogum (Romance)
  • 1966 - Dona Flor e Seus Dois Maridos (Romance)
  • 1969 - Tenda dos Milagres (Romance)
  • 1972 - Teresa Batista Cansada de Guerra (Romance)
  • 1976 - O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá (Historieta Infanto-Juvenil)
  • 1977 - Tieta do Agreste (Romance)
  • 1979 - Farda, Fardão, Camisola de Dormir (Romance)
  • 1979 - Do Recente Milagre dos Pássaros (Contos)
  • 1982 - O Menino Grapiúna (Memórias)
  • 1984 - A Bola e o Goleiro (Literatura Infantil)
  • 1984 - Tocaia Grande (Romance)
  • 1988 - O Sumiço da Santa (Romance)
  • 1992 - Navegação de Cabotagem (Memórias)
  • 1994 - A Descoberta da América Pelos Turcos (Romance)
  • 1997 - O Milagre dos Pássaros (Fábula)
  • 2008 - Hora da Guerra (Crônicas)

Em 1995 iniciou-se o processo de revisão de sua obra por sua filha Paloma e os livros ganharam novo projeto gráfico.

Fonte: Wikipédia

Marcelo Fromer

MARCELO FROMER
(39 anos)
Guitarrista

☼ São Paulo, SP (03/12/1961)
┼ São Paulo, SP (13/06/2001)

Marcelo Fromer nasceu no dia 03/12/1961, e cresceu em São Paulo, numa casa que vivia repleta de amigos, entre eles Branco Mello, que conheceu aos 13 anos, no Colégio Hugo Sarmento.

Aos 15 anos, descobriu Chico Buarque, Beatles e a Tropicália, e começou a estudar violão, com Luiz Tati, do grupo Rumo. Foi no período em que estava no Colégio Equipe, entre 1977 e 79, que formou o Trio Mamão, ao lado de Branco Mello e Tony Bellotto. Mas, como detestava cantar, era o único do trio que se dedicava exclusivamente ao violão.

Foi também no Colégio Equipe que ele, o inseparável amigo Branco Mello e outros colegas criaram a "Papagaio", uma revista que misturava histórias em quadrinhos, poesias e textos ácidos sobre decisões internas da escola. Enquanto isso, não parava de compor e tocar. A música, porém, concorria com outra atividade que Marcelo Fromer também levava a sério: o futebol. Torcedor doent do São Paulo, chegou a treinar no juvenil e nos juniores do clube paulista.

Terminado o colégio, Marcelo Fromer chegou a experimentar a faculdade de Letras na Universidade de São Paulo (USP), ao lado de Branco Mello, mas os dois abandonaram o curso antes de completar dois anos.


Em 1981, na pré-estréia dos Titãs do Iê-Iê no evento "A Idade da Pedra Jovem"Marcelo Fromer se empolgou e o show inteiro tocou guitarra como se fosse violão, sem palheta. Chegou ao fim da noite com os dedos em carne viva e com manchas de sangue em sua Giannini creme.

Em 1984, com o lançamento do primeiro LP dos TitãsMarcelo Fromer mostrou que tinha talento não só como guitarrista, mas também para gerenciar a banda. Informalmente, assumiu o posto de homem de negócios do grupo. Renovações de contrato, cachês de shows e todas as decisões burocráticas precisavam ter o seu aval.

Com as primeiras turnês dos Titãs pelo país, veio à tona outra paixão de Marcelo Fromer: a gastronomia. Era ele quem normalmente escolhia os restaurantes onde a banda iria comer nas cidades pelas quais passavam.

O lado empresário e gourmet se encontraram no Rock Dog, lanchonete especializada em cachorro-quente que ele abriu em 1989, em São Paulo, em sociedade com os irmãos Thiago e Cuca, e com Branco Mello e Tony Bellotto.

Em 2000, tornou-se sócio da pizzaria Campana, também na capital paulista. Um ano antes, Marcelo Fromer já tinha mostrado seus dotes culinários no livro "Você Tem Fome de Quê?", no qual listava receitas de vários restaurantes brasileiros combinadas com cifras e curiosidades de alguns sucessos da banda.

Morte

No dia 11/06/2001, na véspera de começar a gravar o 13º disco dos Titãs, "A Melhor Banda de Todos os Tempos da Última Semana", Marcelo Fromer foi atropelado em São Paulo por um motoboy, enquanto praticava cooper e morreu dois dias depois. Exames clínicos comprovaram na tarde de quarta-feira, 13/06/2001, que o músico teve morte cerebral.

Marcelo Fromer deixou três filhos: Susy, de seu primeiro casamento com Martha Locatelli Fromer, e Alice e Max, de seu segundo casamento, com Ana Cristina Martinelli, a Tina.

O corpo de Marcelo Fromer foi enterrado no Cemitério da Paz, no Morumbi, ao som de "Pra Dizer Adeus", sucesso da banda Titãs.

Com acompanhamento de violão, tocado por Tony Belloto, as pessoas que foram ao enterro cantaram e bateram palmas para homenagear Marcelo Fromer, no dia 14/06/2001.

Nando Reis, outro integrante do Titãs, fez um discurso em homenagem ao amigo durante o enterro. Segundo a Polícia Militar, cerca de 3.000 pessoas acompanharam o velório do músico durante o dia.

Amigos de Marcelo Fromer, da sua família e vários fãs foram ao Cemitério da Paz dar o último adeus ao músico. Seu corpo ficou no saguão do cemitério das 9:00 hs às 16:00 hs. Depois disso, a família pediu uma hora para velar o corpo e se despedir, até que ele fosse enterrado.

Doação de Órgãos

A família de Marcelo Fromer autorizou a doação dos órgãos do músico. Foram doados o coração, o fígado, o pâncreas, os rins e as córneas. O coração de Marcelo Fromer foi doado para o metalúrgico aposentado Mário Varjão de Oliveira, 51 anos, que tem insuficiência cardíaca provocada por doença de chagas. 

Segundo os médicos, Marcelo Fromer passou as últimas horas em coma profundo e respirando com auxílio de aparelhos para preservar seus órgãos e permitir que eles servissem para transplantes.

Em nota, o grupo Titãs e o ex-integrante Arnaldo Antunes mostraram a tristeza com a morte de Marcelo Fromer:


"Marcelo foi para nós um permanente doador de alegria. Durante mais de 20 anos convivemos com ele diariamente. É impossível expressar em palavras a importância que ele teve não só na música como na vida de cada um de nós." 

"Assim como os órgãos do Marcelo sobreviverão nos corpos de outras pessoas, a arte dele continuará na música e no espírito dos Titãs"

Fonte: Titãs e Folha On Line
#FamososQuePartiram  #MarceloFromer

Comandante Rolim

ROLIM ADOLFO AMARO
(58 anos)
Empresário e Piloto de Aviões

* Pereira Barreto, SP (15/09/1942)
+ Pedro Juan Caballero, Paraguai (08/07/2001)

Empresário do ramo da aviação privada brasileira nascido em Pereira Barreto, interior de São Paulo, deixou sua marca na história da aviação brasileira e pilotou com garra a arrancada da TAM Linhas Aéreas, antes Transportes Aéreos Marília, no mercado nacional.

Rolim largou a escola no terceiro ano ginasial, em 1957, para ajudar nas despesas da casa. Foi assistente de mecânico, aprendiz de escrevente e office-boy de banco, em São Paulo.

Apaixonado por aviões desde a infância, voltou para o interior e, com o dinheiro duramente economizado, pagou sua inscrição no curso do aeroclube de Catanduva. Concluiu o curso de piloto em 1958, obteve o brevê, foi para Londrina e conseguiu emprego na Táxi-Aéreo Star, onde pilotou sozinho, pela primeira vez, um Cessna 140 de dois lugares.

Com a implantação dos grandes projetos agro-industriais na região noroeste de São Paulo, voltou para São José do Rio Preto, em 1959, e passou a trabalhar na empresa Táxi Aéreo Riopretense, pilotando um Cessna 170.

Entrou, como piloto em 1962 na Táxi Aéreo Marília S.A (TAM), empresa fundada por um grupo de dez aviadores em 1961, passando a trabalhar diretamente para o industrial do açúcar Orlando Ometto.


Ficou três anos transportando arroz, carne, tijolo e até animais, voando sozinho e cuidando da manutenção do avião. Ganhou bastante dinheiro, mas pegou malária sete vezes. Nesse meio tempo, o Grupo Ometto comprou 51% das ações da TAM e mudou a sede da empresa para São Paulo.

Rolim casa e faz o mesmo, mas deixa a empresa porque ela quer transportar só malotes. Não tem vocação para piloto de cargas, preferindo o relacionamento humano.

Estava na Viação Aérea São Paulo (VASP), quando recebeu o convite do Banco de Crédito Nacional (BCN). A instituição tinha o avião, mas precisava de piloto para a Companhia de Desenvolvimento do Araguaia. O salário era alto e lhe permitiu economizar para comprar seu primeiro avião, um Cessna 170, em 1966, com capacidade para três passageiros.

Em 1968 mudou-se com a família para o município de São Félix do Araguaia e fundou sua empresa Araguaia Transportes Aéreos (ATA). Em dois anos montou uma frota com 15 aeronaves, maior do que a da TAM. Neste mesmo ano foi convidado pelo Grupo Ometto a ser acionista minoritário (33%) da TAM. Embora a empresa não estivesse em boa situação, inclusive com um patrimônio líquido insuficiente para pagar as contas, aceitou a oferta em função das constantes crises de maleita, muitas em pleno vôo.

Investindo toda sua competência, comprou metade das ações da TAM,  em 1972, e assumiu a direção da empresa. Modernizou a frota e fez a empresa crescer, comprando  em 1973 10 novos Cessnas 402, os primeiros aviões brasileiros equipados com radar, inaugurando a linha regular entre São José dos Campos e Rio de Janeiro, em 1975, e um novo vôo São Paulo-Araraquara, além de passar a ser o principal acionista do grupo, com 98% das ações em 1976, fazendo a empresa já ser vista como um fenômeno.


Enquanto a aviação crescia 15% a cada ano, a TAM aumentava 70% a cada seis meses. Criou a TAM Transportes Aéreos Regionais em 1976, inicialmente operando com seis aviões Embraer EMB-11-C Bandeirante, atendendo o interior de São Paulo, Paraná e Mato Grosso.

Finalmente assumiu a totalidade das ações da empresa em 1979 e entrou na década de sua consolidação com a chegada dos Fokker F-27 em 1980. A TAM alcançou a marca de um milhão de passageiros transportados, em 1981, desde a sua fundação e de dois milhões de passageiros transportados em 1984, conquistando o prêmio Top de Marketing por conta da qualidade do serviço que oferecia.

Rolim adquiriu a Votec em 1986, que passou a se chamar Brasil-Central, e estendeu sua malha de rotas, principalmente para as regiões centro e norte do país. No mesmo ano, lançou o Vôo Direto ao Centro (VDC), ligando São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Curitiba. Iniciou o Serviço Primeira Classe em 1989 com o Fokker F-27, ligando os aeroportos centrais de São Paulo e Rio de Janeiro.

A empresa ganhou mais visibilidade com a chegada dos Fokker F-100 em 1990, inaugurando a aviação a jato e de alto padrão no transporte regional e caminhou para ser a melhor companhia aérea da América Latina.

Rolim criou o serviço Fale com o Presidente, em 1991, e atingiu a marca de oito milhões de passageiros, em 1992, transportados desde a sua fundação, criando um novo estilo de voar, com traços de informalidade e preocupação em valorizar cada passageiro. Em 1993 lançou o Cartão Fidelidade e criou a Fundação Eductam, para dar bolsas de estudos aos carentes, apoiar obras humanitárias e participar de projetos culturais e esportivos, e criou o Museu Asas de Um Sonho, para preservar a memória e a história da aviação. Comprou um aeroporto desativado no interior de São Paulo para criar um museu de aeronaves antigas, onde montou a maior e uma das únicas coleções de aeronaves antigas do país, e um centro de manutenção da TAM.


Em 1994 Rolim foi eleito o Homem de Vendas do Ano e inovou aceitando em sua tripulação a primeira comandante mulher. Em 1995 lançou o serviço Ticketless, o embarque eletrônico sem bilhete e o Cartão de Crédito Fidelidade TAM.

A revista Exame elegeu, pela primeira vez, a TAM a Melhor Empresa Aérea no Setor Transportes, em "Melhores e Maiores", e a revista Air Transport World a nomeou a Melhor Empresa Aérea Regional do Mundo.

Rolim mostrou toda sua habilidade para divulgar a imagem da TAM depois que seis acidentes envolvendo aeronaves da companhia ameaçaram abalar a prosperidade da empresa. O pior deles aconteceu logo depois de ser eleita a melhor empresa do setor, quando o vôo 402, um Folker 100, que fazia a ponte-aérea Rio-São Paulo sofreu uma pane e caiu logo depois de decolar do Aeroporto de Congonhas, matando 99 pessoas no dia 31/10/1996.

Depois do acidente, Rolim passou a receber os passageiros de alguns vôos que saíam de Congonhas na escada dos aviões, numa tentativa de recuperar a imagem da companhia. Depois disso, suas cartas e vídeos dirigidos aos passageiros tornaram-se uma constante nos vôos da TAM.

Um ano depois, uma bomba explodiu durante um vôo, matando um passageiro. A partir daí, a TAM passou a adotar uma estratégia de marketing ainda mais agressiva e para continuar crescendo, ele tinha acabado de encomendar 100 aviões da Embraer.

Comandante Rolim (Foto: Agência Estado)
Adquirindo a Helisul, em 1996, expandiu atividades para o sul do país, e mudou a denominação da Brasil Central para TAM Transportes Aéreos Meridionais, que passou a ser a empresa aérea nacional do grupo, passando a operar sem restrições em todo o território brasileiro e fazendo vôos internacionais.

A empresa foi eleita a mais rentável do país pelo jornal Folha de São Paulo, a mais rentável do mundo pela revista Airline Business, e ganhou o Grand Prix de anunciante do ano no Prêmio Colunistas, do Caderno de Propaganda e Marketing, em 1996, enquanto o comandante recebia o Prêmio Excelência 1996, da Associação dos Engenheiros do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA).

Adquire 80% das ações da Lapsa junto ao governo do Paraguai e formou a TAM Mercosul, com concessão para rotas na América do Sul e Europa a partir de Assunção. Fechou o acordo de code sharing com a American Airlines para operar na linha São Paulo-Miami e comprou cinco aviões Airbus A330-200, em 1997.

Em 199 realizou o primeiro vôo para a Europa com destino a Paris em parceria com a Air France, e inaugurou a oferta de assentos de classe executiva nos vôos da Super Ponte entre São Paulo, Rio de janeiro, Brasília e Curitiba e, pela terceira vez consecutiva, ele foi escolhido como personalidade do ano, pela revista Aero Magazine.

Sua empresa é reconhecida como uma das mais modernas do mundo com um total de 98 aeronaves, 58 são jatos com mais de 100 lugares, com idade média inferior a cinco anos. Em 2000 os vôos para Paris passam a ser diários, com embarque e desembarque no Aeroporto Charles de Gaulle. Aumentou a frota e ampliou a oferta de assentos e passou a operar apenas com jatos de última geração. Em 2000 a empresa já era a mais rentável do país, com um faturamento de mais de US$ 1 bilhão.

Em 2001, com rotas internacionais, 87 aviões e 7.600 funcionários, alcançou a liderança no mercado de transporte aéreo nacional, com mais de 30% dos passageiros, desbancando a rival Varig.


Morte

O presidente da TAM, comandante Rolim Adolfo Amaro, 58 anos, morreu no domingo, 08/07/2001, em Pedro Juan Caballero, Paraguai, em consequência da queda do helicóptero que pilotava. Sua secretária Patrícia dos Santos Silva, 30 anos, que o acompanhava, também morreu no acidente. Testemunhas dizem que o helicóptero voava em baixa altitude e bateu contra um coqueiro antes de cair.

O comandante Rolim Amaro viajava em um helicóptero Robinson R-44, cor vermelha, com prefixo ZP-HRA. Segundo a assessoria da TAM, a aeronave era do empresário.

A assessoria informou ainda que Rolim Amaro e Patrícia Santos Silva, gerente comercial da TAM em São Bernardo do Campo, viajavam ao Paraguai para uma reunião de negócios. O empresário possuía uma fazenda em Ponta Porã, de onde o helicóptero decolou.

O chefe da polícia paraguaia em Pedro Juan Caballero, Jovino Cantero Vasquez, disse que foi avisado do acidente por Onorio Vargas, dono da propriedade onde ocorreu a queda.

O acidente aconteceu no vilarejo conhecido como Fortuna Guazú, a cerca de 35 km de Pedro Juan Caballero.  Onorio Vargas, o primeiro a chegar ao local, disse que os dois tripulantes "já não apresentavam sinais de vida'' quando foram encontrados.

Depois de acionada, a polícia paraguaia enviou ao local dois agentes. Com eles estava uma equipe médica, que diagnosticou as mortes de Rolim Amaro e Patrícia por Politraumatismo Craniano.

A diretoria da TAM apresentou uma nota sobre o acidente:

"A conhecida capacidade de liderança do comandante Rolim Adolfo Amaro e sua permanente preocupação de multiplicar os valores da TAM, no sentido de perenizá-los, asseguram a manutenção de seus compromissos éticos e a excelência de seus serviços, que foram as marcas dominantes da sua vida", dizia o texto.

O presidente Fernando Henrique Cardoso concedeu por meio de sua assessoria de imprensa, a seguinte declaração sobre a morte do presidente da empresa aérea TAM, Rolim Amaro:

"Rolim foi um pioneiro. Além de meu amigo, foi um homem que venceu por si próprio."

Fonte: NetSaber Biografias e Diário de Cuiabá
#FamososQuePartiram #ComandanteRolim

Cássia Eller

CÁSSIA REJANE ELLER
(39 anos)
Cantora e Violonista

* Rio de Janeiro, RJ (10/12/1962)
+ Rio de Janeiro, RJ (29/12/2001)

Filha mais velha de Altair Eller, sargento pára-quedista reformado do Exército, e Nancy Eller, Cássia Eller tinha mais quatro irmãos. Seu nome foi sugerido pela avó, devota de Santa Rita de Cássia. Por conta do serviço do pai, que serviu em vários estados do Brasil, passou a infância e a adolescência em diferentes cidades, como Belo Horizonte, Santarém e Rio de Janeiro, onde passou a adolescência no bairro do Lins de Vasconcellos.

Nascida no Rio de Janeiro, aos 6 anos mudou-se com a família para Belo Horizonte. Aos 10, foi para Santarém, no Pará. Aos 12 anos, voltou para o Rio. O interesse pela música começou aos 14 anos, quando ganhou um violão de presente. Tocava principalmente músicas dos Beatles.

Aos 18 anos mudou-se para Brasília. Ali,  começou a cantar em corais, fez testes para musicais  e óperas, trabalhou em duas óperas como corista, além de se apresentar como cantora de um grupo de forró.  Tentou o canto lírico, porém a rígida disciplina desse estudo e sua paixão por música popular a fizeram desistir, permanecendo somente seis meses nos estudos. Também fez parte, durante dois anos, do primeiro trio elétrico de Brasília, denominado Massa Real, e tocou surdo em um grupo de samba. Trabalhou em vários bares como o Bom Demais, cantando e tocando. Despontou no mundo artístico em 1981, ao participar de um espetáculo de Oswaldo Montenegro.

Um ano mais tarde, foi para Minas Gerais, onde trabalhou como servente de pedreiro. "Fiz massa e assentei tijolos", contava. Na escola, não chegou a terminar o ensino médio, por causa também dos shows que fazia, não teria tempo para estudar.


Caracterizada pela voz grave e pelo ecletismo musical, interpretou canções de grandes compositores do rock brasileiro, como Cazuza e Renato Russo, além de artistas da MPB como Caetano Veloso e Chico Buarque, passando pelo pop de Nando Reis e o incomum de Arrigo Barnabé e Wally Salomão, até sambas de Riachão e rocks clássicos de Jimi Hendrix, Rita Lee, Beatles, John Lennon e Nirvana.

Teve uma trajetória musical bastante importante, embora curta, com algo em torno de dez álbuns próprios gravados no decorrer de doze anos de carreira. De fato, somente em 1989 sua carreira decolou. Ajudada por um tio seu, gravou uma fita demo com a canção "Por Enquanto", de Renato Russo. Este mesmo tio levou a fita à PolyGram, o que resultou na contratação de Cássia Eller pela gravadora. Sua primeira participação em disco foi em 1990, no LP de Wagner Tiso intitulado "Baobab".

Cássia Eller sempre teve uma presença de palco bastante intensa, assumia a preferência por álbuns gravados ao vivo e ela era convidada constantemente para participações especiais e interpretações sob encomenda, singulares, personalizadas.

Outra característica importante é o fato de ela ter assumido uma postura de intérprete declarada, tendo composto apenas três das canções que gravou: "Lullaby", em parceria com Márcio Faraco, em seu primeiro disco, "Cássia Eller", de 1990, LP com 60.000 cópias vendidas, sobretudo em razão do sucesso da faixa "Por Enquanto" de Renato Russo; "Eles", em parceria com Luiz Pinheiro e Tavinho Fialho, e "O Marginal", em parceria com Hermelino Neder, Luiz Pinheiro e Zé Marcos, no segundo disco, "O Marginal" (1992).

Era homossexual assumida e morava com a parceira Maria Eugênia Vieira Martins, com a qual criava o filho Francisco, chamado carinhosamente de Chicão. Ela teve seu filho com o baixista Tavinho Fialho. Ele faleceu em um acidente automobilístico meses antes do nascimento de Francisco. Maria ficou responsável pela criação do filho de Cássia Eller após a morte de sua companheira.

2001: O Ano Que Não Acabou

2001 foi um ano bastante produtivo para Cássia Eller. Em 13 de janeiro de 2001, apresentou-se no Rock In Rio III, num show em que baião, samba e clássicos da MPB foram cantados em ritmo de rock. Neste dia, o organograma de apresentação foi o seguinte: R.E.M., Foo Fighters, Beck, Barão Vermelho, Fernanda Abreu e Cássia Eller. 190 mil pessoas compareceram a esta apresentação.

Entre maio e dezembro, Cássia Eller fez 95 shows. O que levou a cantora a gravar um DVD, nos moldes de sua preferência - ao vivo: o "Acústico MTV", gravado entre 7 e 8 de março, em São Paulo, no qual Cássia Eller contou com o um grupo de alto nível técnico e artístico: Nando Reis (direção musical / autoria, voz e violão em "Relicário" / voz em "De Esquina" de Xis), os músicos da banda Luiz Brasil (direção musical / cifras / violões e bandolim), Walter Villaça (violões e bandolim), Fernando Nunes (baixolão), Paulo Calasans (piano acústico Hammond e órgão Hammond), João Vianna (bateria, surdo, ganzá, ralador e lâmina), Lan Lan (percussão) e Thamyma Brasil (percussão), os músicos convidados Bernardo Bessler (violino), Iura (Cello), Alberto Continentino (contrabaixo acústico), Cristiano Alves (clarinete e clarone), Dirceu Leite (sax, flauta e clarineta), entre muitos outros. Este álbum foi composto por 17 faixas, acrescidas do Making Off, galeria de fotos, discografia e i.clip. O álbum vendeu até hoje mais de um milhão de cópias e se tornou o maior sucesso da carreira de  Cássia Eller, sendo que até então, apesar das boas vendagens e da experiência, ela não era considerada uma cantora extremamente popular.

No mesmo ano de 2001, ela se apresentaria no Video Music Brasil, da MTV, ao lado de Rita Lee, Roberto de Carvalho e Nando Reis com "Top Top" do grupo Os Mutantes, presente no seu "Acústico MTV".

No fim do ano, ela se apresentaria na Praça do Ó, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, durante os festejos do réveillon. Faleceu dois dias antes, em 29 de dezembro. Foi substituída por Luciana Mello. Em vários pontos do Rio de Janeiro, fez-se um minuto de silêncio durante a homenagem da passagem do ano em memória de Cássia Eller. Vários artistas também prestaram homenagem à cantora em seus shows, na virada do ano.

Morte

Cássia Eller faleceu em 29 de dezembro de 2001, aos 39 anos, no auge de sua carreira. No dia 29 de dezembro foi internada na Clínica Santa Maria, em Laranjeiras com intoxicação exógena e após três paradas cardíacas veio a falecer neste mesmo dia em razão de um Infarto do Miocárdio.

Foi levantada a hipótese de overdose de drogas, já que ela já fora usuária de cocaína. A suspeita foi considerada inicialmente como causa da morte, porém foi descartada pelos laudos periciais do Instituto Médico Legal do Rio de Janeiro após autópsia. Cássia Eller encontra-se sepultada no Cemitério Jardim da Saudade  no bairro de Sulacap, no Rio de Janeiro.

Deixou o filho Francisco Ribeiro Eller (Chicão) e Maria Eugênia Viera Martins, companheira de 14 anos de convivência e com quem pretendia se casar, como declarou em entrevista à revista Marie Claire, caso o projeto-de-lei de reconhecimento de união civil de homossexuais fosse aceito no Congresso Nacional.

A guarda provisória de Francisco Ribeiro Eller foi dada à Maria Eugênia. Após disputa com Altayr Eller, pai da cantora, ganhou a guarda definitiva do menino, transformando-se em caso único na justiça brasileira.

Fonte: Wikipédia
#FamososQuePartiram #CassiaEller

Rony Rios

RONALD LEITE RIOS
(64 anos)
Veterinário e Humorista

☼ Campos dos Goytacazes, RJ (09/09/1936)
┼ São Paulo, SP (16/05/2001)

Ronald Leite Rios, mais conhecido como Rony Rios, foi um médico veterinário e humorista de rádio e TV, nascido em Campos dos Goytacazes no dia 09/09/1936.

Nos anos 60 integrou o elenco de humoristas da TV Rio e TV Record participando da "Praça da Alegria" de Manoel de Nóbrega.

Nos anos 70 se transferiu para a TV Tupi onde integrava o cast de humoristas da emissora.

A Velha Surda
Rony Rios participou também dos programas humorísticos "Balança Mas Não Cai", "Deu a Louca no Show" e "Apertura". 

Nos anos 80 foi contratado pela TVS e atuou nos programas "Reapertura", "Praça da Alegria" e "A Praça é Nossa", onde destacou-se por seus papéis da Velha Surda (o mais conhecido de todos), Philadelpho (o Fifo) e o Explicadinho.

Além de ator, Rony Rios também trabalhava como médico veterinário e era presidente do Sindicato dos Médicos Veterinários.

Até 2000, ele era diretor do Sindicato dos Artistas.

Morte

Rony Rios faleceu na quarta-feira, 16/05/2001, aos 64 anos, em São Paulo, SP, vítima de Câncer Linfático. Desde o dia 03/01/2001 ele se encontrava internado no Hospital Osvaldo Cruz, em São Paulo, SP.

Rony Rios deixou a esposa, Omara Losangeles Masson Rios, e o filho Cassiano Ricardo Rios.

Fonte: Wikipédia
#FamososQuePartiram #RonyRios