Mostrando postagens com marcador 2012. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador 2012. Mostrar todas as postagens

Diva Pacheco

DIVA PACHECO
(72 anos)
Atriz

* Panelas, PE (02/03/1940)
+ Caruaru, PE (20/07/2012)

Diva Pacheco era viúva de Plínio Pacheco, gaúcho que idealizou e construiu o teatro de Nova Jerusalém, em Fazenda Nova, para abrigar a encenação mais famosa da Paixão de Cristo no Brasil. Plínio Pacheco morreu em 2002. A atriz deixou uma bisneta, oito netos e sete filhos: Xuruca, Nena, Robinson e Paschoal (já falecido), biológicos, e Flávio e Pedro, adotivos.

Diva Pacheco nasceu em Panelas, Pernambuco, em 1940. Em 1956, conheceu Plínio Pacheco, 12 anos mais velho e divorciado. A família de Diva não aprovou o relacionamento, e os dois fugiram para casar-se, voltando ao estado em 1958, como marido e mulher.

A atriz interpretou Maria nos primeiros anos da Paixão de Cristo, além de contribuir na criação de figurinos e adereços para o espetáculo. Participou de cinco filmes, entre eles "A Noite do Espantalho", Batalha dos Guararapes e A Compadecida.

Na televisão chegou a ser diretora de arte na TV Globo do Rio de Janeiro, na novela Roque Santeiro e na minissérie "Morte e Vida Severina". Seu último trabalho foi em 2005, na novela A Lua Me Disse, de Miguel Falabella, onde interpretou Sulanca.

Além de atriz, Diva Pacheco também reinava nos bailes de carnaval do Recife. Por diversas vezes venceu concursos de fantasia no Bal Masqué e Baile Municipal

Depoimento

O diretor e ator da Paixão de Cristo de Nova Jerusalém, Carlos Reis, relembrou o início da amizade com Diva Pacheco: "Eu a conheci em 1960 e ela já estava liga à coordenação do espetáculo com Plínio e de lá para cá estabelecemos uma amizade sólida. Ela sempre esteve à frente dos trabalhos de produção e foi um esteio na criação e fundação de Nova Jerusalém, suportando todas as dificuldade para construir o teatro".


Morte

A atriz pernambucana, imortalizada no papel de Maria na Paixão de Cristo de Nova Jerusalém, morreu às 9h10 da manhã de sexta-feira (20/07/2012), em Caruaru, no agreste do estado de Pernambuco. Ela estava internada na Unidade de Terapia Intensiva da Unimed Caruaru, vítima de câncer na tireoide. Segundo familiares, foi internada na quinta-feira (19/07/2012). 


Marcos Roberto

MARCOS ROBERTO DIAS CARDOSO
(71 anos)
Cantor e Compositor

* São Paulo, SP (26/06/1941)
+ Osasco, SP (21/07/2012)

Marcos Roberto foi um cantor e compositor brasileiro que fez sucesso desde a década de 1960 e na década de 1980 com a música A Última Carta, que ficou meses em primeiro lugar nas paradas e vendeu mais de dois milhões de discos.

Um dos cantores mais premiados, ganhou o Troféu Chico Viola e vários discos de platina e diamante. Devido ao grande sucesso, participou dos principais programas de rádio e televisão da época. A música A Última Carta originalmente é do compositor potiguar Antonio Marcelino Vieira, falecido em 2006, que doou a letra e a melodia a Marcos Roberto, por ocasião de uma apresentação que este último fazia numa pequena cidade do Rio Grande do Norte, em 1970. A doação de músicas por pequenos compositores a artistas de renome nacional, era um fato corriqueiro nos anos 60 e 70 no nordeste brasileiro.

Marcos Roberto continuava compondo músicas e atualmente era produtor de novos cantores e bandas musicais. Marcos Roberto foi um dos nomes ligados à Jovem Guarda, nos anos 60, participante do consagrado programa comandado por Roberto Carlos, na TV Record. Ele apareceu já no final da Jovem Guarda com a musica "Vá Embora Daqui", e fez tanto sucesso na seqüência de sua carreira, que foi convidado a estrelar o filme "Idílio Proibido" que Edna Thereza também participou.

Participou com grande brilho do show da Rádio América, em 15 de março de 1968, no antigo Cine Piratininga do Brás, espetáculo comandado por José Paulo de Andrade, Sergio de Freitas e Newton Miranda, apresentadores de uma das programações jovens de maior audiência no rádio, na época.

Morte

O cantor da Jovem Guarda, Marcos Roberto, faleceu no sábado (21/07/2012) vítima de Falência Múltipla de Órgãos. Seu corpo será velado a partir das 00:00 hs de domingo (22/07/2012), no Velório Bela Vista do Cemitério Municipal de Osasco.

Fonte: Ligeirinho do Rádio

Dom Eugênio Sales

EUGÊNIO DE ARAÚJO CARDEAL SALES
(91 anos)
Cardeal e Arcebispo-Emérito

* Fazenda Catuana - Acari, RN (08/11/1920)
+ Rio de Janeiro, RJ (09/07/2012)

Dom Eugênio era filho de Celso Dantas Sales e Josefa de Araújo Sales (Téca) e irmão de Dom Heitor de Araújo Salesarcebispo-emérito de Natal, RN. Foi batizado na Igreja Matriz de Nossa Senhora da Guia, em Acari, no dia 28 de novembro de 1920. De família muito católica, era bisneto de Cândida Mercês da Conceição, uma das fundadoras do Apostolado da Oração na cidade de Acari.

Realizou seus primeiros estudos em Natal, inicialmente em uma escolar particular, depois no Colégio Marista e finalmente ingressou, em 1931, no Seminário Menor. Realizou seus estudos de Filosofia e Teologia no Seminário da Prainha, em Fortaleza, Ceará, no período de 1931 a 1943.

Foi ordenado sacerdote pelas mãos de Dom Marcolino Esmeraldo de Sousa Dantas, bispo de Natal, no dia 21 de novembro de 1943, na mesma igreja onde recebera o batismo.

Episcopado

No dia 1 de junho de 1954, aos 33 anos, foi nomeado Bispo Auxiliar de Natal pelo Papa Pio XII, recebendo a sé titular de Thibica.

Foi ordenado Bispo no dia 15 de agosto de 1954, pelas mãos de Dom José de Medeiros Delgado, Dom Eliseu Simões Mendes e de Dom José Adelino Dantas.

Em 1962 foi designado administrador apostólico da Arquidiocese de Natal, função que exerceu até 1965, quando da nomeação de Dom Nivaldo Monte.

Em 1964 foi nomeado administrador apostólico da Arquidiocese de São Salvador da Bahia, função na qual permaneceu até 29 de outubro de 1968, quando da sua nomeação a Arcebispo de Salvador e Primaz do Brasil, pelo Papa Paulo VI.

Cardinalato

No Consistório do dia 28 de abril de 1969, presidido pelo Papa Paulo VI, Dom Eugênio de Araújo Sales foi nomeado Cardeal, do título de São Gregório VII, do qual tomou posse solenemente no dia 30 de abril do mesmo ano. Neste consistório foi também nomeado cardeal o brasileiro Dom Vicente Scherer.

No dia 13 de março de 1971, o Papa Paulo VI o nomeou Arcebispo do Rio de Janeiro, função que exerceu até 25 de julho de 2001, quando da sua renúncia, e que foi aceita pelo Papa João Paulo II.

Atividade e Contribuições

Quando era arcebispo de Salvador, foi um dos criadores das CEBs (Comunidades Eclesiais de Base) e da Campanha da Fraternidade. Enquanto esteve à frente do Arcebispado do Rio de Janeiro, ordenou 169 sacerdotes, um número recorde, frente às outras Arquidioceses e dioceses brasileiras.

Foi um dos primeiros bispos brasileiros a implantar o Diaconato Permanente, ministério clerical que pode ser concedido a homens casados, segundo a restauração do Concílio Vaticano II. Foi membro de onze congregações no Vaticano.

Sua vida apostólica foi marcada pela defesa da ortodoxia católica. Combateu com firmeza a esquerda católica, a Teologia da Libertação e o engajamento político das Comunidades Eclesiais de Base. Por outro lado, assumiu a defesa de refugiados políticos dos regimes militares latino-americanos entre 1976 e 1982. Montou uma rede de apoio a estes refugiados juntamente com a Cáritas Brasileira e o Alto Comissariado das Nações Unidas Para os Refugiados, que consistia em abrigá-los, inicialmente na Sede Episcopal (Palácio São Joaquim) e posteriormente em apartamentos alugados para tal finalidade. Além disto, financiou a estadia destes refugiados até conseguir-lhes asilo político em países europeus. Foram asiladas mais de quatro mil pessoas. Usou sua autoridade para este fim, inclusive enfrentando os militares por diversas vezes.

Ao assumir tal tarefa, telefonou para o general Sylvio Couto Coelho da Frota e disse-lhe: "Frota, se você receber comunicação de que comunistas estão abrigados no Palácio São Joaquim, de que eu estou protegendo comunistas, saiba que é verdade, eu sou o responsável."

Também atuou junto aos militares na libertação de diversos acusados de subversão. Recusou-se a celebrar missa pelo aniversário do Ato Institucional Número Cinco, pedida pelo general Abdon Sena, de Salvador.
Foi um dos brasileiros que mais ocupou cargos no Vaticano: foram 11 cargos nas congregações, conselhos e comissões.

Sua ação social abrangeu a criação de centros de atendimento a portadores de AIDS, a Pastoral Carcerária, um núcleo de formação de líderes na residência do Sumaré.

Sua renúncia foi solicitada em 1997, quando já completara 75 anos. Mas por indulto especial do Papa João Paulo II, seu amigo pessoal, foi autorizado a permanecer à frente da arquidiocese até completar 80 anos. Sua aposentadoria foi finalmente aceita no dia 25 de julho de 2001, quando Dom Eusébio Oscar Scheid, então Arcebispo de Florianópolis, foi nomeado o seu sucessor. Dom Eugênio permaneceu de 25 de julho até 22 de setembro de 2001 como administrador apostólico do Rio de Janeiro, nomeado por Papa João Paulo II.

Em 22 de setembro, na presença de grande número de bispos e sacerdotes, entregou o governo da arquidiocese, através da passagem do báculo (cajado simbólico do pastoreio do povo de Deus, utilizado pelos bispos) a Dom Eusébio, até então não revestido da dignidade cardinalícia, que só viria a obter em 2003. Ainda permaneceu residindo no Rio de Janeiro, no Palácio Apostólico do Sumaré, e permaneceu em funções no Vaticano.

Possuiu os títulos de Cardeal Protopresbítero (o mais antigo em idade e/ou nomeação entre os Cardeais Presbíteros) e Arcebispo Emérito (aposentado) da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro.

Sucessão

Na Arquidiocese de São Salvador da Bahia, Dom Eugênio de Araújo Sales foi o 23º Arcebispo, sucedendo a Dom Augusto Álvaro da Silva e teve como sucessor Dom Avelar Brandão Vilela.

Na Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro, Dom Eugênio foi o 5º arcebispo, tendo sucedido a Dom Jaime de Barros Câmara e como sucessor Dom Eusébio Oscar Scheid.


Morte

Dom Eugênio Sales morreu na noite de segunda-feira, por volta das 22:30 hs., do dia 9 de julho de 2012, em casa, após sofrer um Infarto Agudo do Miocárdio. O religioso tinha 91 anos e foi considerado o principal porta-voz do Papa João Paulo II no Brasil.

Ordenações Episcopais

Foi o Principal Sagrante dos Bispos:

  • Dom Nivaldo Monte
  • Dom Valfredo Bernardo Tepe
  • Dom Miguel Fenelon Câmara Filho
  • Dom Silvério Jarbas Paulo de Albuquerque
  • Dom Alair Vilar Fernandes de Melo
  • Dom Eduardo Koaik
  • Dom Karl Josef Romer
  • Dom Carlos Alberto Etchandy Gimeno Navarro
  • Dom Celso José Pinto da Silva
  • Dom Heitor de Araújo Sales
  • Dom Romeu Brigenti
  • Dom Affonso Felippe Gregory
  • Dom João d’Avila Moreira Lima
  • Dom José Palmeira Lessa
  • Dom José Carlos de Lima Vaz
  • Dom Narbal da Costa Stencel
  • Dom João Maria Messi
  • Dom Elias James Manning
  • Dom Rafael Llano Cifuentes
  • Dom Augusto José Zini Filho
  • Dom Filippo Santoro
  • Dom José Ubiratan Lopes

Foi Co-Celebrante da Sagração Episcopal de:

  • Dom Manuel Tavares de Araújo
  • Dom Epaminondas José de Araújo
  • Dom Giovanni Battista Morandini
  • Dom Edson de Castro Homem
  • Dom Antônio Augusto Dias Duarte
  • Dom Edney Gouvêa Mattoso

Ordenações Prebiterais:

Pelos registros oficiais, Dom Eugênio ordenou 216 sacerdotes.

Citação

"O egoísmo dominante nos indivíduos e países impede uma justa distribuição dos recursos naturais. Cada um pensa em si e em sua nação, sem atender ao bem comum. Aqui se coloca o empobrecimento do Terceiro Mundo, em benefício dos mais ricos. E, no Brasil, a concentração de riquezas é crescente. Busca-se, em vez de justiça social, a diminuição dos que deveriam igualmente participar desses dons que Deus criou para todos os seus filhos".
(Dom Eugênio Sales - Jornal do Brasil, 13/08/1994)

Colunas Permanentes nos Jornais:

  • Jornal do Brasil
  • O Globo
  • O Dia
  • Jornal do Commercio

Livros:
  • A Voz do Pastor
  • Viver a Fé em um Mundo a Construir

Fonte: Wikipédia

Nelson Jacobina

NELSON JACOBINA ROCHA PIRES
(58 anos)
Compositor, Violinista, Guitarrista e Arranjador

☼ Rio de Janeiro, RJ (1953)
┼ Rio de Janeiro, RJ (31/05/2012)

Nelson Jacobina foi um compositor, instrumentista e arranjador nascido no Rio de Janeiro em 1953. Nelson Jacobina foi um dos parceiros mais frequentes e profícuos de Jorge Mautner.

Na década de 1970, integrou a Banda Atômica, com Jorge Mautner, Vinícius Cantuária e Arnaldo Brandão. Desde aquela época, vinha se apresentando frequentemente nos shows e gravações de Jorge Mautner, com quem compôs vários sucessos, como "Maracatu Atômico", gravado por Gilberto Gil, e "Lágrimas Negras", gravado por Gal Costa.

No final da década de 1980, lançou o álbum "Árvore da Vida", com Jorge Mautner. Ainda em parceria com Jorge Mautner, participou dos songbooks de Gilberto Gil, "Andar Com Fé", e Dorival Caymmi , "Balaio Grande".

Suas composições foram gravadas por Gal Costa, Leo Gandelman, Gilberto Gil, Milton Banana, Chico Science e Nação Zumbi, Amelinha, César Camargo Mariano e, claro, Jorge Mautner.

Nelson Jacobina nos últimos anos, integrou a big band Orquestra Imperial.

A Orquestra Imperial tem acompanhado várias revelações da Música Popular Brasileira, como Moreno Veloso, Nina Becker, Thalma de Freitas e Alexandre Kassin. Um mês antes de Nelson Jacobina morrer, a banda havia terminado a gravação do segundo álbum de estúdio.

Nelson Jacobina e Jorge Mautner
Morte

Nelson Jacobina morreu no Hospital Pró-Cardíaco, no Rio de Janeiro, RJ, às 6h58 do dia 31/05/2012, aos 58 anos. Ele estava internado haviam 4 dias depois de ter passado mal em uma viagem. Ele estava respirando com ajuda de aparelhos.

Há 15 anos, Nelson Jacobina descobriu um tumor na Glândula Parótida. Depois de diversos tratamentos, a doença foi dada como curada. Em 2010, o câncer voltou e se espalhou pelo corpo, afetando principalmente os pulmões do músico.
 
Fonte:  Wikipédia e Exame

Adriano Stuart

ADRIANO ROBERTO CANALES
(68 anos)
Cineasta, Ator e Diretor

*  Quatá, SP (19/02/1944)
+ São Paulo, SP (15/04/2012)

Adriano Roberto Canales, mais conhecido como Adriano Stuart foi um cineasta, ator e diretor de televisão brasileiro. De família de artistas, nasceu no circo e era filho dos atores Walter Stuart e Mora Stuart.

Filho do grande humorista Walter Stuart, Adriano Stuart sequer teve chance de escolher seu destino e desde bebe já estava lá participando como ator, de cidade em cidade, junto com a caravana do Circo Oni. Seu pai e sua mãe, a artista Mora Stuart, tiveram também 2 filhas.

Em 1950 o avô de Adriano, que chegara no Brasil em 1920 com passagem pela Argentina, vendeu o circo mudando-se para São Paulo. Com 8 anos Adriano Stuart estreiou na televisão, sem saber o que realmente era isto. Seu pai, Walter Stuart foi o primeiro e grande humorista da televisão brasileira. Na verdade toda sua família foi contratada pela TV Tupi. O circo e as rádios foram os verdadeiros doadores de talento para televisão.

Não demorou muito para que o pai lançasse as atrações circenses no programa que ficou famoso: Circo Bom-bril. Adriano, porém, fez carreira solo. Aparecia nos Grandes Teatros, TVs de Vanguarda, TVs de Comédia.

Adriano fazia também rádio, com carteira assinada e tudo. Passou para o cinema onde fez O Sobrado dirigido por Cassiano Gabus Mendes, ainda garoto. Foi ficando adolescente e bem jovem ainda, passou a dirigir programas.

Ele passou pela TV Record como ator, nas primeiras novelas produzidas pela emissora, como A Última Testemunha e Algemas de Ouro, onde conheceu a atriz Márcia Maria, com quem se casou logo após a novela As Pupilas do Senhor Reitor, em 1970, na qual ambos trabalhavam. Mas o casamento durou apenas três anos.

Depois voltou para a TV Tupi e ainda na década de 1970 foi para a TV Globo. Escreveu a série Shazan, Xerife & Cia. e por cinco anos dirigiu Os Trapalhões e vários outros programas de humor.

Para ele, o mais difícil foi dirigir o pai, Walter Stuart, que era criativo demais, e improvisava a cada segundo.  


Adriano fez também teatro, e se casou pela segunda vez com a também atriz Liza Vieira com quem teve dois filhos.

Ele passou grande tempo sem trabalhar e dizia ironicamente: "Sou um dos 25 milhões de desempregados do país". A volta aconteceu também via cinema onde ele fez Festa e Boleiros - Era uma Vez o Futebol..., Boleiros 2 - Vencedores e Vencidos e Urbania , todos dirigidos por Ugo Giorgetti.

Em 2006, Adriano Stuart voltou à TV como ator e diretor. Como diretor, na TV Cultura, na serie Senta Que Lá Cem Comédia, exibida nos sábados à noite, e onde dirigiu a ex-mulher Márcia Maria e um grande elenco onde estavam Kito Junqueira, Jonas Mello, Cassiano Ricardo e Flávia Garrafa em Casa de Orates. Como ator participou da minissérie JK, na TV Globo.

Adriano sofria de depressão e foi encontrado morto no flat em que morava em São Paulo por um dos seus filhos, no domingo, 15 de abril de 2012. Seu corpo foi cremado na Vila Alpina e a causa da morte deve ter sido um Infarto do Miocárdio.  

Filmografia (Como Diretor)

  • 1998 até 1999 - TV Fofão
  • 1996 até 1997 - TV Fofão
  • 1989 - Fofão e a Nave Sem Rumo
  • 1986 até 1989 - TV Fofão
  • 1983 - A Festa é Nossa
  • 1983 - As Aventuras de Mário Fofoca
  • 1982 - Um Casal de Três
  • 1981 até 1982 - Os Trapalhões
  • 1981 - O Incrível Monstro Trapalhão
  • 1980 - Os Três Mosqueteiros Trapalhões
  • 1980 - O Rei e os Trapalhões
  • 1979 - O Cinderelo Trapalhão
  • 1978 - A Noite dos Duros
  • 1978 - Os Trapalhões na Guerra dos Planetas
  • 1976 - Já Não Se Faz Amor Como Antigamente
  • 1976 - Bacalhau
  • 1976 - Sabendo Usar Não Vai Faltar
  • 1975 - Kung Fu Contra as Bonecas
  • 1975 - Cada Um Dá o Que Tem

 Filmografia (Como Ator)

  • 2006 - Boleiros 2 - Vencedores e Vencidos
  • 2004 - Garotas do ABC
  • 2002 - O Príncipe
  • 2001 - Urbania
  • 1998 - Boleiros - Era uma Vez o Futebol...
  • 1997 - Os Matadores
  • 1992 - Dudu Nasceu
  • 1989 - Festa
  • 1976 - Chão Bruto
  • 1976 - Bacalhau
  • 1976 - Sabendo Usar Não Vai Faltar
  • 1975 - Kung Fu Contra as Bonecas
  • 1975 - Cada Um Dá o Que Tem
  • 1974 - Exorcismo Negro
  • 1964 - Meu Japão Brasileiro
  • 1956 - O Sobrado

Fonte: Wikipédia e Dramaturgia Brasileira - In Memoriam

Marly Bueno

AMÁLIA ANGELINA MARLY D'ANGELO
(78 anos)
Atriz

* São Paulo, SP (11/06/1933)
+ Rio de Janeiro, RJ (12/04/2012)

Foi primeira mulher a aparecer na televisão brasileira, ao lado de sua irmã Miriam Simone D'Angelo. Seu maior sucesso aconteceu nas décadas de 50 e 60 quando, na condição de apresentadora e estrela de televisão viajou por todo o Brasil.

Após o casamento, não abandonou totalmente a vida artística, mantendo-se no ar para apresentar o concurso Miss Brasil, de 1965 a 1979.

No final dos anos 80 voltou à televisão, na Rede Globo, onde se manteve até 2009 quando foi contratada por três anos pela Rede Record. Em seus últimos trabalhos na TV interpretou mulheres requintadas, moralistas e más como a Rafaela de História de Amor, a Marta Moreti de Mulheres Apaixonadas e a Irmã Maria de Páginas da Vida todas do autor Manoel Carlos.

Atuou em inúmeras telenovelas, filmes e peças de teatro. Foi a estrela do último filme de Oscarito, Entre Mulheres e Espiões, e atuou ao lado de Anthony Quinn, em Oriundi, um filme da Warner Bros rodado no Brasil.

Recentemente, na Rede Record integrou o elenco de Poder Paralelo de Lauro César Muniz e a minissérie Rei Davi, seu último trabalho.

Marly Bueno faleceu em 12 de abril de 2012 devido vítima de uma infecção após uma cirurgia de emergência no intestino. Ela estava internada no hospital Copa D’or, no Rio de Janeiro.

Televisão

  • 1953 - As Aventuras de Berloque Kolmes ... Jane Calamidade
  • 1954 - O Falcão Negro ... Lucrécia Borgia
  • 1954- Alô Doçura
  • 1955 - A Sogra que Deus me Deu
  • 1956 - Conde de Monte Cristo ... Mercedes
  • 1956 - Scaramouche
  • 1957 - Lever no Espaço ... Carmem
  • 1958 - TV de Comédia
  • 1958 - TV Teatro
  • 1959 - TV de Vanguarda ... Angelina / Lady Mary / Maria Waleska / Stella Kowalski
  • 1959 - Um Lugar ao Sol
  • 1991 - Felicidade ... Leonor
  • 1991 - O Portador
  • 1995 - História de Amor ... Rafaela Moretti
  • 1995 - Quatro por Quatro ... Mãe de Suzana
  • 1997 - Por Amor ... Antonieta
  • 1998 - Estrela de Fogo ... Iolanda
  • 2000 - Laços de Família ... Olívia
  • 2002 - Coração de Estudante ... Zuzu
  • 2003 - Mulheres Apaixonadas ... Marta Moretti
  • 2004 - Linha Direta ... Clotilde (episódio: Crime das Irmãs Poni)
  • 2004 - Um Só Coração ... Lúcia
  • 2005 - América ... Srª Mattos
  • 2005 - Os Amadores ... Necilda
  • 2006 - Páginas da Vida ... Irmã Má (Irmã Maria)
  • 2009 - Poder Paralelo ... Sonia Meira
  • 2012 - Rei Davi ... Ainoã

Cinema
 
  • 1953 - A Família Lero-Lero
  • 1954 - Na Senda do Crime
  • 1957 - Dorinha no Soçaite
  • 1958 - Chão Bruto ... Laura
  • 1961 - Entre Mulheres e Espiões
  • 1962 - As Sete Evas ... Lídia
  • 1995 - Sombras de Julho
  • 1999 - Oriundi ... Matilde
  • 2006 - Fica Comigo Esta Noite ... Mãe de Laura
  • 2007 - Inesquecível
  • 2009 - A Mulher Invisível ... Senhora no Cinema


Fonte:  Wikipédia

Tinoco

 JOSÉ PEREZ
(91 anos)
Cantor, Compositor e Instrumentista

* Pratânia, SP (19/11/1920)
+ São Paulo, SP (04/05/2012)

Tonico & Tinoco foi uma dupla sertaneja, considerada a mais importante da história da música brasileira e a de maior referência. Em 60 anos de carreira, Tonico & Tinoco realizaram quase 1000 gravações, divididas em 83 discos. As gravadoras a que eles pertenceram já lançaram no mercado um total de 60 discos. Tonico & Tinoco venderam mais de 150 milhões de cópias, realizando cerca de 40.000 apresentações em toda a carreira.

O gosto pela música veio dos avós maternos Olegário e Izabel, que alegravam a colônia com suas canções, ao som de uma antiga sanfona. A primeira música que aprenderam foi Tristeza do Jeca em 1925. Em 15 de agosto de 1935 fizeram a primeira apresentação profissional. Cantaram na Festa de Aparecida de São Manuel, onde milhares de pessoas de todo o Brasil visitam o segundo Santuário dedicado à Padroeira do Brasil. Junto com o primo Miguel, formavam o Trio da Roça.

Em 1931, Tonico & Tinoco moravam em Botucatu, SP, na Fazenda Vargem Grande, de Petraca Bacci, com os pais, Salvador Perez, um espanhol de Léon, chegado ao Brasil criança, em 1892 e Maria do Carmo, uma brasileira descendente de negros com bugres. A exemplo de outras crianças da época, os dois garotos, mal aprenderam a falar, já eram cantadores das modas de viola. Aprendiam as letras com Virgílio de Souza, violeiro das redondezas. Num baile que Tonico conheceu e apaixonou-se por Zula, filha do administrador da fazenda, Antônio Vani. O pai proibiu o namoro e magoado, Tonico compôs Saudosa Maloca.

Como não havia rádio na região, o conjunto ficou famoso. Mas Tonico & Tinoco só cantavam em dupla nas horas vagas ou nas folgas do trabalho, quando a turma parava para tomar café. Cantavam as modas de viola de Jorginho do Sertão, um autor imaginário, que utilizavam para assinar suas canções, que falava da crise no país com as revoluções de 1930 e 1932.

No fim do ano agrícola de 1937, os Pérez decidiram, com outras famílias, tentar a vida na cidade de Sorocaba, SP. As irmãs Antonia, Rosalina e Aparecida foram trabalhar na fábrica de tecidos Santa Maria. Tonico foi ser servente na Pedreira Santa Helena, fábrica do cimento Votorantim. Tinoco virou engraxate na Estação Sorocabana, e Chiquinho engajou-se na construção da Rodovia Raposo Tavares, que liga o sul de São Paulo ao Mato Grosso do Sul.

A crise econômica do país chega ao auge. Getúlio Vargas implanta a ditadura do Estado Novo. Adolf Hitler invade e ocupa a Tchecoslováquia e depois a Polônia. Começa a Segunda Guerra Mundial. A vida em Sorocaba fica insuportável, nada dá certo para os Pérez e eles decidem retornar ao campo, agora para a Fazenda São João Sintra, em São Manuel, SP.

A volta, contudo, possibilitou aos irmãos Perez a primeira chance de cantar numa rádio. O administrador da fazenda, José Augusto Barros, levou-os para cantar na Rádio Clube de São Manuel - ainda hoje lá, na Rua Coronel Rodrigues Alves, no centro da cidade. Assim, até o final de 1940, eles ficam trabalhando na roça durante a semana e aos domingos cantam na emissora da cidade. Só por amor à arte, sem ganhar. As dificuldades levaram os Pérez a uma derradeira migração.

Em janeiro de 1941 chegam, de mala e cuia - quatro sacos com os “trens” de cozinha e duas trouxas de roupa - a São Paulo. À falta de profissão, as meninas foram trabalhar em casa de família, Tinoco num depósito de ferro-velho, Chiquinho na Metalúrgica São Nicolau e Tonico, sem outra alternativa, comprou uma enxada e foi ser diarista nas chácaras do bairro de Santo Amaro.

Os tempos duros da cidade grande tinham lá sua compensação, principalmente nos domingos, quando a família ia ao circo, na Rua Lins de Vasconcelos no então pacato bairro do Cambuci. Num desses espetáculos, os irmãos conheceram pessoalmente Raul Torres e Florêncio, a dupla de violeiros mais famosa de São Paulo e que depois,com Rielli na sanfona, formaram na Rádio Record o famoso trio Os Três Batutas do Sertão.

Em São Paulo, inscreveram-se no programa de calouros comandado por Chico Carretel (Durvalino Peluzo), na Rádio Emissora de Piratininga. O Capitão Furtado, que estava sem violeiro em seu programa Arraial da Curva Torta, na Rádio Difusora, promoveu então concurso para preencher a vaga: os dois irmãos, formando a dupla Irmãos Perez, cantaram o cateretê Tudo Tem no Sertão (Tonico). Classificados para a final, interpretaram de Raul Torres e Cornélio Pires, (esse último um radialista e pesquisador que foi pioneiro no estudo da vida sertaneja, especialmente a paulista, e que deixou uma extensa obra a respeito.) Adeus Campina da Serra. Quando terminaram, o auditório aplaudiu de pé, em meio a lágrimas. Todos pediam bis àquela dupla que cantava diferente, com afinação, fino e alto. Todos os outros violeiros foram abraçá-los. O cronômetro marcava 190 segundos de aplausos, contra apenas 90 segundos da dupla segundo colocada.

No dia seguinte o Trio da Roça estava contratado pela Rádio Difusora, que naquele período havia sido comprada pela Rádio Tupi, parte de ofensiva do jornalista Assis Chateaubriand para formar uma poderosa rede de veículos de comunicação - os Diários e Emissoras Associados. Três meses depois o contrato foi renovado por dois anos e o salário foi acertado em cruzeiros, a nova moeda que aposentara os réis. Eram 1.200,00, uma fortuna comparado ao salário mínimo da época, de 280,00.

Já sem o primo Miguel, eles eram apenas os Irmãos Pérez. Um dia, durante um ensaio do programa Arraial da Curva Torta, o Capitão Furtado - de batismo Ariosvaldo Pires, sobrinho de Cornélio Pires, apresentador do programa e também lendário divulgador da música sertaneja - disse que uma dupla tão original, com vozes gêmeas, não poderia ter nome espanhol. Batizou-os, na hora, de Tonico & Tinoco.

A divulgação nos programas da rádio transformava a dupla em sucesso imediato, fazendo surgir dezenas de convites para shows. A primeira apresentação dessas foi no Cine Catumbi, em São Paulo, atualmente transformado em uma casa de forró sertanejo. Depois rumaram para o interior, em excursões que demoravam semanas. Apresentavam-se em cinemas, clubes e até em pátios vazios de armazéns. Quando terminaram a primeira excursão, no Circo Biriba, em Ribeirão Preto, fizeram a partilha do lucro: 4500,00 cruzeiros para cada um.

A dupla estreou em disco, na Continental, em 1944, com o cateretê Em Vez de me Agradecê (Capitão Furtado, Jaime Martins e Aimoré), que foi lançada em 1945. Na gravação de Em Vez de me Agradecê ocorreu um fato inusitado, pois eles a gravaram e em seguida, quando foram gravar o lado B do disco soltaram a voz tão alto, da forma como cantavam lá na roça e estouraram o microfone. Como o processo de gravação era algo muito caro, o disco saiu apenas com um lado, mas como punição a dupla precisou ficar seis meses fazendo aula de canto para educar a voz e voltar a gravar. Por isso que o lançamento do primeiro 78 rpm para o segundo é curto pois eles gravaram a primeira moda ainda em 1944.

Bem sucedida com essa gravação, que serviu de teste, gravou seu primeiro disco completo, a moda de viola Sertão do Laranjinha, motivo popular adaptado pela dupla e Capitão Furtado, e Percorrendo o Meu Brasil, com João Merlini, que foi sucesso imediato. No ano seguinte, 1946, o sucesso definitivamente chegou com Chico Mineiro (Tonico e Francisco Ribeiro).

Com o sucesso de Chico Mineiro a dupla consagrou-se definitivamente e tornou-se a dupla sertaneja mais famosa do Brasil. Uma curiosidade: quando Tonico & Tinoco foram gravar Chico Mineiro a gravadora havia informado que esse seria o último disco da dupla, pois eles já haviam gravado 5 discos e existia sempre uma reclamação dos ouvintes com relação a dupla, alegavam que não era possível entender a pronuncia deles nas letras das músicas, os fãs não entendiam o que eles estavam dizendo. Aí surgiu Chico Mineiro e tudo mudou, inclusive com o dinheiro que eles ganharam com essa música conseguiram comprar sua primeira casa para viver com a família. Desde então, tornou-se a dupla sertaneja mais famosa do país.

Ao final da Segunda Guerra Mundial, o número de emissoras de rádio saltou para 117, e os aparelhos receptores eram 3 milhões. Tonico & Tinoco estão agora na Rádio Nacional de São Paulo onde nasceu um de seus mais marcantes programas: Um dia, o auditório estava ocupado com um ensaio e como eles precisavam entrar no ar, puxaram os microfones para fora e fizeram a apresentação do corredor. O locutor Odilon Araújo perguntou de onde o programa estava sendo transmitido e Tinoco respondeu: "Da Beira da Tuia". O nome ficou.

Apesar da popularidade, o trabalho para dupla sertaneja era garantido, porém limitado aos circos. Felizmente nessa época, apenas em São Paulo estavam baseados cerca de 200 circos que iam ao interior para apresentação dos ídolos sertanejos do rádio.

Em 1961 estreiam no cinema com o filme Lá no Meu Sertão de Eduardo Llorente, filme baseado na vida e obra de Tonico & Tinoco. No final de 1960 a dupla recebera um golpe quase mortal, quando Tonico, tuberculoso desde 1940, precisou ser internado num hospital em Campos do Jordão, SP, cedendo lugar para o irmão Chiquinho tanto nos shows, quanto nos programas de rádio e gravações de discos. Tonico fez uma cirurgia e um tempo depois deixou o hospital com a certeza que não voltaria mais a cantar. Tinoco, através da Rádio Nacional onde faziam o programa, pediu para os fãs rezarem pela saúde de Tonico, o qual ficou curado, e voltou a cantar com mais força e beleza. Em devoção a Nossa Senhora Aparecida, a quem a dupla atribuiu sua cura, construíram na Vila Diva, em São Paulo, uma capelinha que recebe romeiros e devotos até hoje.

Em 1965 filmaram Obrigado à Matar de Eduardo Llorente, um filme baseado na lenda do Chico Mineiro. No ano de 1969, ocorrem novas mudanças na carreira de Tonico & Tinoco, eles estreiam na Rádio Bandeirantes onde permaneceram até 1983.

No cinema, em 1969, fizeram A Marca da Ferradura de Nelson Teixeira Mendes. Em 1970 Tonico & Tinoco resolvem lançar um LP intitulado Recordando Raul Torres em homenagem ao cantor. Conseguiram a autorização para gravar as músicas, entre elas, Moda da Mula Preta, Pingo d´Agua e Chico Mulato (Raul Torres e João Pacífico), mas infelizmente Raul Torres não chegou a ouvir as gravações, tendo falecido dois meses antes do lançamento.

Gravaram em referência a famosa estrada do norte do Brasil, Transamazônica (Tonico e Caetano Erba) e em homenagem a sua terra natal, São Manuel, SP, Minha Terra, Minha Gente (Tonico). Filmaram ainda nesse ano Os Três Justiceiros de Eduardo Llorente, uma espécie de bang-bang, sem muito sucesso.

Em 1972, já com um enorme prejuízo, filmam Luar do Sertão de Osvaldo de Oliveira e desistem da carreira de atores. Quase faliram nessa incursão pelo cinema. Mazzaropi fazia sucesso e fortuna pois produzia, distribuía e fiscalizava seus filmes, já Tonico & Tinoco sem condições de ter um fiscal na porta de cada cinema onde seus filmes eram exibidos, foram passados para trás, arcando com um prejuízo imenso.

Em 1979, precisamente no dia 6 de junho, Tonico & Tinoco fazem o que nenhum caipira havia sonhado: apresentam-se no Teatro Municipal de São Paulo, num show de três horas que reúne um público recorde de 2.500 pessoas. Da Beira da Tuia, celeiros centenários onde cantavam no passado, os Irmãos Perez chegavam a um dos mais famosos teatros do mundo, que até então só abria suas portas para óperas, balés e concertos eruditos.

Permaneceram na Coninental até 1982, emplacando vários sucessos. Nesse ano resolvem ir para a gravadora Copacabana onde mudam seu repertório, passam a gravar músicas mais alegres, arrasta-pés divertidos e Nadir Perez, esposa de Tinoco passa a assinar várias músicas com a dupla. No ano de 1983 estreiam o programa Na Beira da Tuia na TV Bandeirantes e lançam o filme O Menino Jornaleiro, só que dessa vez como co-produtores.

Em 1984 participam do filme A Marvada Carne de André Klotzel, como convidados especiais.

Em 1989 voltam para a  Copacabana e gravam Mãe Natureza (Tinoco e José Carlos). Nesse disco Tonico já se encontrava bastante debilitado mas continuava sua carreira.

No ano de 1994 na Polygram com a produção de José Homero e Chitãozinho, gravam seu último trabalho, onde destaca-se Coração do Brasil (Joel Marques e Maracaí) com participação especial de Chitãozinho & Xororó e Sandy & Júnior, e Chora Minha Viola (Nilsen Ribeiro e Geraldo Meirelles).

Apresentaram o programa Na Beira da Tuia nas seguintes emissoras: TV Bandeirantes (1983), SBT (1988), TV Cultura (Viola, Minha Viola).

Realizaram grandes eventos, como A Grande Noite da Viola, no Maracanãzinho, Rio de Janeiro (1981), Teatro Municipal de São Paulo (1979), Semana Cultural Tonico & Tinoco no Centro Cultural de São Paulo (1988) e o Troféu Tonico & Tinoco (1992). No mesmo ano, realizaram um show em conjunto com Chitãozinho e Xororó na cidade de São Bernardo do Campo, SP, onde foram prestigiados por mais de 100.000 espectadores.

Entre as inúmeras premiações destacamos:

  • 04 Roquette Pinto 
  • Medalha Anchieta (Comenda da Cidade de São Paulo)
  • Ordem do Trabalho (Ministro do Trabalho Almir Pazzianoto)
  • Ordem do Mato Grosso (Comendador)
  • Troféu Imprensa
  • 02 Prêmios Sharp de Música
  • Prêmio Di Giorgio

O slogan "A Dupla Coração do Brasil", surgiu em 1951, quando o humorista Saracura resolveu batizá-los assim, pela interpretação de todos os ritmos regionais. A dupla passou por todas as mudanças na música sertaneja, mas jamais mudou seu estilo, copiadíssimo durante as décadas de 1950 e 1960.

O último show da dupla Tonico & Tinoco foi na cidade mato-grossense de Juína, no dia 7 de agosto de 1994.


Carreira Solo de Tinoco

Tinoco encontrou forças no apoio que recebeu dos fãs, e na saudade do companheiro que faleceu. Realizou mais de trinta apresentações contratadas anteriormente a morte do irmão. Em 2010 no especial Emoções Sertanejas, Tinoco recebeu uma homenagem do cantor Roberto Carlos que é um amigo e fã da dupla. Em 2012, Tinoco tornou-se o artista sertanejo há mais tempo na ativa.

Morte

Faleceu no dia 4 de maio de 2012, à 1:42hs, aos 91 anos. Estava internado no Hospital Municipal Ignácio de Proença de Gouvêa, na Mooca e faleceu vítima de Insuficiência Respiratória. Antes de vir a falecer, Tinoco teve duas paradas respiratórias no hospital.

Foi velado no Cemitério Quarta Parada e sepultado no Cemitério da Vila Alpina.

Fonte:  Wikipédia e Terra Música

Zé Peixe

JOSÉ MARTINS RIBEIRO NUNES
(85 anos)
Prático e Figura Folclórica

☼ Aracajú, SE (05/01/1927)
┼ Aracajú, SE (26/04/2012)

José Martins Ribeiro Nunes, mais conhecido como Zé Peixe, foi um Prático brasileiro, nascido em Aracajú, SE, no dia 05/01/1927, que se tornou uma figura lendária no estado de Sergipe, devido ao seu modo incomum de exercer sua atividade. Foi agraciado com diversos prêmios e homenagens, e é lembrado como uma dos sergipanos mais notórios de todos os tempos.

Por muitos anos, Zé Peixe atuou como Prático conduzindo embarcações que entravam e saíam de Aracaju, pelo Rio Sergipe. O inusitado, em sua tarefa, se devia ao fato de não necessitar de embarcação de apoio para transportá-lo até o navio. Quando havia um navio necessitando entrar na barra do Rio Sergipe, ele nadava até o navio. Da mesma forma após conduzir o navio até fora da barra ele saltava e voltava para a terra nadando. Algumas vezes ele saia em uma embarcação e nadava até uma boia que sinalizava o acesso a barra de Aracaju onde aguardava as embarcações que necessitavam de seus serviços para entrar na barra.

Nascido em Aracaju, filho de Vectúria Martins, uma professora de matemática e de Nicanor Nunes Ribeiro, um funcionário público. Era o terceiro de uma prole de seis crianças e foi criado em uma casa em frente ao Rio Sergipe, na atual Avenida Ivo do Prado próximo a Capitania dos Portos e que pertencera aos seus avós, onde viveu até sua morte. Aprendeu a nadar com seus pais, e desde a infância brincava no rio ou o atravessava a nado para pegar os frutos dos cajueiros da outra margem.


Com 11 anos já era um exímio nadador, enquanto os outros meninos iam de canoa até a Praia de Atalaia, ele ia a nado. Um dia o comandante da marinha Aldo Sá Brito de Souza estava desembarcado na Capitania dos Portos pois sua âncora tinha enganchado no fundo do rio, e ao observar a destreza do garoto José Martins, o apelidou de Zé Peixe, alcunha que se firmou.

Dos irmãos, Rita (que também ganhou o apelido Peixe) era a única que o acompanhava nas aventuras no rio, mesmo a noite. Com a desaprovação dos pais que achavam que este não era um comportamento adequado para uma menina, sempre lhes dando broncas e mesmo escondendo a roupa de banho da garota, o que nada adiantava pois iam nadar com o uniforme escolar mesmo, o qual colocavam para secar depois nos fundos da casa.


Seus pais também preferiam que Zé Peixe se ativesse aos estudos e lições de casa, mas ele só queria saber de ficar na praia vendo o fluxo dos barcos e desenhando navios, ou no rio orientando os capitães sobre as mudanças dos bancos de areia de seu leito.

Marcos Carvalho (autor do Blog) junto a estátua de Zé Peixe no Museu da Gente Paraibana, em Aracaju, SE.
Fez o ginásio no Colégio Jackson de Figueiredo e concluiu o segundo grau no Colégio Tobias Barreto. Quando Completou 20 anos ingressou no serviço de Prático da Capitania dos Portos. Casou-se na década de 60, mas nunca teve filhos, e era viúvo há 25 anos de Maria Augusta de Oliveira Nunes.

Seu jeito vigoroso, corajoso, independente e trabalhador sempre foram vistos como exemplos de caráter e de um envelhecimento digno. Foi tema de vários jornais, revistas, livros, entrevistas e reportagens televisivas ao longo das décadas, tanto nacionais quanto internacionais. Foi uma das atrações que conduziu a tocha pan-americana em Sergipe durante os Jogos Pan-Americanos de 2007 no Rio de Janeiro, fazendo o trajeto de barco.

Antes de falecer se afastou do mar, pois sofria de Mal de Alzheimer, que o deixou limitado e restrito à sua casa onde era assistido pela família.

Praticagem

Em 1947, seu pai o fez ir até o serviço da Marinha, onde mediante concurso foi admitido como Prático do Estado lotado na Capitania dos Portos de Sergipe, profissão que exerceu por mais de meio século (naquela época a remuneração do prático era bem mais modesta).

A barra do Rio Sergipe era uma das piores entradas portuárias do país. Zé Peixe pela sua dedicação e seu conhecimento detalhado da profundidade das águas, das correntezas e da direção do vento sempre se destacou no serviço de Praticagem.

Mas era seu modo peculiar de trabalhar que o fez famoso em vários meios de comunicação. Quando um navio tinha que sair do porto guiado pelo Prático, ele não se utilizava de um barco de apoio. Subia a bordo e uma vez guiada a embarcação para o mar aberto, amarrava suas roupas e documentos na bermuda e saltava do parapeito da nave em queda livre de 17 metros até a água (equivale a um prédio de 5 andares), e nadava até 10 km para chegar a praia, e ainda percorria a pé outros 10 km até a sede da Capitania dos Portos.

Nas chegadas dos navios ao porto, as vezes se utilizava de uma prancha para ir em busca das embarcações mais distantes e as aguardava em cima da boia de espera (a 12 km da praia) durante toda a noite ou mesmo durante todo dia, até a maré ser propícia a aproximação e ao desembarque no porto. Estes feitos eram realizados até em sua idade mais avançada, o que surpreendia tripulação e comandantes desavisados. Certa vez um comandante russo ordenou que o segurassem antes do salto, pois pensou que o mesmo estava fora de si.


Várias outras situações demonstravam sua bravura na profissão, o que lhe rendeu muitas homenagens. Já aos 25 anos salvou três velejadores do Rio Grande do Norte. Quando vinha orientando uma embarcação a vela para fora da barra, a mesma virou e lançou todos os tripulantes no mar revolto. Zé Peixe e sua irmã Rita conseguiram trazer a salvo os velejadores até a praia. Outro acontecimento foi com o navio Mercury, que vindo com funcionários de uma das plataformas da Petrobrás, pegou fogo em alto mar. O Prático chegou ao navio em chamas em um barco de apoio, e apesar do risco de explosão, subiu a bordo e orientou a embarcação até um ponto mais seguro onde todos pudessem saltar e nadar para terra firme.

Foi agraciado com vários prêmios e medalhas:

  • Pelo salvamento da iole potiguar (barco a vela) recebeu a Medalha ao Mérito em Ouro do Rio Grande do Norte. 
  • Por seus dedicados anos de trabalho recebeu a Medalha Almirante Tamandaré (criada em 1957, homenageia instituições e pessoas que tenham prestado importante serviço na divulgação ou no fortalecimento das tradições da Marinha do Brasil).
  • Homenageado com a Medalha de Ordem do Mérito Serigy, mais alta condecoração do município de Aracaju.
  • Eleito o Cidadão Sergipano do Século XX.

Em 2009, com 82 anos e já enfermo, solicitou junto à Marinha seu afastamento definitivo da Praticagem (Portaria N 141/DPC, 13/10/2009).

Estilo de Vida

Um homem franzino e introvertido de 1,60m de altura e 53 Kg, sempre cativante pela sua humildade, dignidade e simpatia. Zé Peixe quase nunca comia ou bebia água doce, sua dieta se baseava em pães com café pela manhã e era rica em frutas durante todo o dia. Também não fumava, nunca bebeu álcool, dormia às 20h00 e acordava às 06h00. Apesar da insistência dos pais, desde criança não tomava banho de água doce, pois vivia no mar, no entanto possuía um ritual de manter barba e cabelos sempre cortados.

Quando fora de serviço, gostava de ir cedo cuidar de seus botes atracados em frente a Capitania dos Portos, ir tomar banho de mar e andar de bicicleta até o mercado onde comprava frutas. A pé ou em bicicleta, só andava descalço. Usava sapatos somente em ocasiões especiais ou quando ia às missas da Igreja do São José ou do Colégio Arquidiocesano.

Nunca saiu do lugar onde nasceu. A antiga casa é toda pintada de branca por fora e dentro é toda azul e muito simples. Entulhada de lembranças, títulos e medalhas que juntou na vida, além de miniaturas e desenhos de barcos, e de imagens de santos católicos.

Zé Peixe faleceu na tarde de 26/04/2012, vítima de insuficiência respiratória, aos 85 anos, em Aracaju, SE.

Fonte:  Wikipédia