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Roberto Paiva

HELIM SILVEIRA NEVES
(93 anos)
Cantor

* Rio de Janeiro, RJ (08/02/1921)
+ Rio de Janeiro, RJ (01/08/2014)

Nascido e criado no Rio de Janeiro, embora de discreta atuação, sempre foi considerado um cantor correto, e por isso muito requisitado pelos compositores. A tal ponto, que registrou em 1956 o histórico LP original "Orfeu da Conceição", com músicas iniciais de Tom Jobim e Vinícius de Moraes.

Roberto Paiva fez carreira inicialmente como cantor romântico, mas também fez sucesso interpretando sambas e marchinhas de carnaval. Começou a carreira artística quando ainda era estudante do ginásio, no Colégio Pedro II, depois de vencer um programa de calouros da Rádio Clube Fluminense, de Niterói, RJ, onde interpretou a valsa "A Você" de Francisco Alves. Por intermédio de Cyro Monteiro, passou a apresentar-se no programa "Picolino", de Barbosa Júnior, na Rádio Mayrink Veiga, onde conheceu o pianista Nonô e o violonista Laurindo de Almeida, que acabou levando-o para a Odeon.

Em 1938, gravou seu primeiro disco com o samba "Último Samba" (Laurindo de Almeida), e a valsa "Jardim Das Flores" (Nonô e Francisco Matoso), com acompanhamento da Orquestra Odeon. Em dezembro de 1938, gravou para o carnaval do ano seguinte o samba "Foi Um Falso Amor" (Valdemar de Abreu, o Dunga) e a marcha "Palhaços Azuis" (Vicente Paiva) com acompanhamento da Orquestra Odeon.

Em 1939, gravou da dupla J. Cascata e Leonel Azevedo a valsa "Ao Cair da Noite" e o samba "Longe, Muito Longe". No mesmo ano gravou duas composições do maestro russo Georges Moran, a valsa "Sim... És... Tu" e o fox-blue "Apaixonei-me Outra Vez", esta uma parceria com Osvaldo Santiago. Ainda no mesmo período foi o primeiro a gravar um samba de Geraldo Pereira, "Se Você Sair Chorando", parceria com Nelson Teixeira.

Em 1940, gravou a marcha-rancho "Céu do Brasil" (Pixinguinha e Gomes Filho), o samba "Amor de Falsidade" (Nelson Teixeira), a valsa "Se Recordar é Viver" (Gastão Bueno Lobo e Laurindo de Almeida) e o fox-canção "Minha Vida Triste" (Valdemar de Abreu e Dias da Cruz). 

Em 1941 transferiu-se para a RCA Victor onde estreou com a marcha "Cheque ao Portador" (Ataulfo Alves e J. da Silva Barcelos), e o samba "O Trem Atrasou" (Estanilau Silva, Artur Vilarinho e Paquito), seu primeiro grande sucesso e com o qual se tornou o grande vencedor daquele carnaval. No mesmo ano, transferiu-se para a Rádio Educadora e lançou mais um samba de Geraldo Pereira, "Lembras-te Daquela Zinha?", com Augusto Garcez.

Em 1942, lançou os sambas "Tenha Santa Paciência" (Geraldo Pereira e Augusto Garcez), "É Natural" (Augusto Garcez e Estanislau Silva), "Rosalina Mudou" (Grande Otelo e Darci de Oliveira) e as valsas "Frases Decoradas" (Pedro Caetano e Claudionor Cruz) e "Cigarra" (Leonel Azevedo).

Em 1943, gravou a valsa "Para Mim, Para Você" (Newton Teixeira e David Nasser), e os sambas "Já Tenho Outra" (Geraldo Pereira e Ari Monteiro), "Podes Crer" e "Tudo Eu Fiz", da dupla Ari Monteiro e Jorge de Castro.

Em 1944, os sambas "Louca" (Ari Monteiro e Paulo Pinheiro) e "A Tristeza" (Herivelto Martins e Heitor dos Prazeres). No mesmo ano gravou com o trio vocal As Três Marias a "Valsa Dos Noivos" (Roberto Martins e Mário Rossi).

Em 1945, transferiu-se para a gravadora Continental e estreou com o fox-trot "Num Galho de Acácias" (Silesu e J. Carlos), e a valsa "Minas Gerais" (Cottrau e Paulo Roberto). No mesmo ano, lançou a valsa "Volta ao Paraíso" (Ari Monteiro e Arnaldo Passos) e os sambas "Nossa História" (Ciro de Souza), "Leva Meu Coração" (Roberto Martins e Mário Lago), "Elza" (Roberto Martins e Wilson Batista) e com o Trio Melodia gravou o samba "Pregões Cariocas" (João de Barro).


Em 1946 gravou o samba "Abandono" (Roberto Martins e Orestes Barbosa) e o fox-trot "Subindo ao Céu" (Mário Rossi e Roberto Martins). Ainda em 1946 gravou os sambas "Volta Meu Amor" e "Obrigado Amigo", da dupla Roberto Martins e Ari Monteiro e na´fez mais gravações neste ano.

Em 1947 gravou os sambas "A Orquestra Está Mudada" e "Vingança", da dupla Roberto Martins e Alberto Ribeiro.

Em 1948, gravou com acompanhamento de José Maria e Sua Orquestra o tango "Escreve-me" (Raimondi, Frati e Ghiaroni) e o fox-trot "Sorriso de Cristal",(Del Ray e Cooke) com versão de Alberto Ribeiro.

Em 1949, depois de deixar a Rádio Educadora, excursionou durante um ano pelo Brasil exibindo-se em cidades como Belém e Curitiba. Quando voltou ao Rio de Janeiro, assinou contrato com a Rádio Guanabara.

Em 1950, gravou na Continental os sambas "Há Quanto Tempo" (Arnaldo Passos) e "Subúrbio" (Roberto Faissal). No mesmo ano, passou a gravar na Todamérica, gravadora na qual estreou com dois fox- trot, "É Meu Destino Amar" (J. Mc Hugh e D. Fields) e "O Terceiro Homem" (A. Karas e W. Lord), com versões de Osvaldo Santiago.

Em 1951, transferiu-se para a Rádio Tupi e foi para uma nova gravadora, a Sinter. Em seu primeiro disco no novo selo gravou os sambas-canção "Três Apitos" e "Quando o Samba Acabou", de Noel Rosa.

Em 1952 gravou os sambas "O Catete Vai Passar" (Ataulfo Alves), "Nâo Quero Você" (Arnaldo Passos e Geraldo Pereira), "Passou" (Wilson Batista e Magno de Oliveira) e o baião "Tudo Sobe Minha Gente" (Arlindo Marques Júnior e Roberto Roberti).

Em 1953, gravou para o carnaval a "Marcha do Conselho" (Paquito e Romeu Gentil), a "Marcha do Gato" (Roberto Martins e Arnado Passos), os sambas "Não Importa" (Raul Marques e Garcez) e "Maria Dolores" (Roberto Martins e Arnaldo Passos). No mesmo ano, lançou a primeira composição de Luiz Vieira, a toada "Menino de Braçanã".

Em 1954, em seu último disco pela Sinter gravou os sambas "Bastião" (Wilson Batista e Brazinha) e "Mangueira de Bambas" (Geraldo Queiroz e Nelson Cavaquinho). Ainda em 1954 foi contratado pela Odeon e lançou a toada "Valei-me Nossa Senhora" (Paquito e Romeu Gentil) e o samba "Réu Confesso" (Ataulfo Alves). Continuando 1954, gravou a toada "Os Olhinhos do Menino" (Luiz Vieira).

Em 1955 lançou outra composição de Luiz Vieira, a toada "Vá Com Deus".

Em 1956, gravou o samba "A Saudade Venceu" (Oldemar Magalhães e Horácio Felisberto), as marchas "Deixe de Chiquê" (Silva Jr. e Hélio Nascimento) e "É Ou Não É" (Adelino Moreira), e a batuca "A Jurupoca Piou" (Ari Cordovil, Pereira Matos e Arnô Canegal). Em fins de 1956, gravou o LP da peça "Orfeu da Conceição", interpretando as primeiras parcerias de Tom Jobim e Vinícius de Moraes, entre elas, a primeira gravação de "Se Todos Fossem Iguais a Você", relançada depois por vários intérpretes. Ainda no mesmo ano, gravou junto com Francisco Egydio o LP "Polêmica" com as músicas que Noel Rosa e Wilson Batista fizeram por conta do célebre desafio musical iniciado (despropositadamente) por Noel Rosa, com o samba "Rapaz Folgado", em resposta ao samba de Wilson Batista, "Lenço no Pescoço", que fazia um elogio à malandragem. Nesse LP, gravou os sambas "Lenço no Pescoço", "Mocinho de Vila", "Frankenstein", "Conversa Fiada" e "Terra de Cego", todas de Wilson Batista.


Em 1957, lançou os sambas "Lamento no Morro" (Tom Jobim e Vinícius de Moraes) e "Alguém Que Não Vem" (Luiz Vieira e Arcelino Tavares).

Em 1958 gravou os sambas "Volúpia" (Antônio Almeida e Geraldo Queiroz) e "Maria da Graça" (Tom Jobim e Vinícius de Moraes), e a marcha "Resposta da Fanzoca" (Miguel Lima e Gil Lima).

Em 1959, gravou o bolero "Tua" (Malgoni e Pallesi) com versão de Lourival Faissal.

Em 1962, gravou um único disco pela gravadora Mocambo com os sambas "Deixa de Sofrer" (Nelson Cavaquinho, Pedro Martins e Renato Araújo) e "Deixa Ela Rolar" (Nelson Cavaquinho, Pedro Martins e Valter Silva).

Segundo a crítica, seu grande equívoco foi o de recusar-se a gravar o samba "Falsa Baiana", maior sucesso da carreira de Geraldo Pereira, gravado em 1944, por Cyro Monteiro. Em "A Canção No Tempo" (Jairo Severiano e Zuza Homem de Mello), há uma declaração do próprio cantor:

"Era de madrugada e o Geraldo, 'meio alto', cantou enrolando as palavras, dando a impressão de que o samba estava 'quebrado'. Um mês depois, ao ouvi-lo na voz de Cyro, descobri que aquela beleza toda era o samba que o Geraldo me oferecera!"

Em 1974, voltou a gravar sambas da polêmica Wilson Batista x Noel Rosa, dentro da série "Temas e Figuras da Música Popular Brasileira", desta vez cantando com Jorge Veiga. Nesta nova versão da polêmica, interpretou os sambas "Rapaz Folgado", "Palpite Infeliz", "Feitiço da Vila", "João Ninguém" e "Eu Vou Pra Vila", todos de Noel Rosa.

Em 1987, convidado por Ricardo Cravo Albin para estrelar o espetáculo "O Cordão dos Puxa-Sacos", baseado na obra de Roberto Martins, show que ele chegou a ensaiar durante algumas semanas e que seria levado na série carnavalesca, da Sala Sidney Miller da Funarte, mas não estreou por conta de um súbito problema de saúde. No espetáculo, de que participavam o próprio compositor homenageado e a cantora Marília Barbosa, foi substituído às pressas pelo cantor Chamon.

Em 2000, foi lançado o CD "A Música Brasileira Deste Século Por Seus Autores e Intérpretes" com um resumo de sua obra.

Em 2001, apresentou-se em baile popular durante o carnaval na Cinelândia no centro do Rio de Janeiro.

Vivendo no bairro carioca da Tijuca com a esposa, continuou a fazer shows esporádicos, entre os quais o baile carnavalesco da Cinelândia.


Discografia

  • 1985 - Velhos Sambas... Velhos Bambas I (Fenab, LP)
  • 1985 - Velhos Sambas... Velhos Bambas II (Fenab, LP)
  • 1974 - Noel Rosa x Wilson Batista - Série Temas e Figuras da Música Popular Brasileira, Volume 1 (Studio Hara, LP)
  • 1962 - Deixa de Sofrer / Deixa Ela Rolar (Mocambo, 78)
  • 1959 - Tua / Florença (Odeon, 78)
  • 1958 - Volúpia / Dormiu de Touca (Odeon, 78)
  • 1958 - Maria da Graça / Tarde Para Voltar (Odeon, 78)
  • 1958 - Resposta da Fanzoca / Boa é Apelido (Odeon, 78)
  • 1957 - Lamento no Morro / Não dá Pé (Odeon, 78)
  • 1957 - Porteiro, Suba e Diga / Alguém Que Não Vem (Odeon, 78)
  • 1956 - A Saudade Venceu / Deixa de Chiquê (Odeon, 78)
  • 1956 - A Jurupoca Piou / É Ou Não É (Odeon, 78)
  • 1956 - Meu Flamengo, Meu Brasil / Salve a Gente Brasileira (Odeon, 78)
  • 1956 - Chitarra Romana / A Mulher Que Me Olha (Odeon, 78)
  • 1956 - Eu Vou Dizer / O Professor (Odeon, 78)
  • 1956 - Orfeu da Conceição (Odeon, LP)
  • 1956 - Polêmica (Odeon, LP)
  • 1955 - Vá Com Deus / Diana (Odeon, 78)
  • 1954 - Bastião / Mangueira de Bambas (Sinter, 78)
  • 1954 - Valei-me Nossa Senhora / Réu Confesso (Odeon, 78)
  • 1954 - Noite de Reis / Os Olhinhos do Menino (Odeon, 78)
  • 1954 - O Casamento da Rosa / Agonia de Amor (Odeon, 78)
  • 1954 - O Maior Espetáculo da Terra / Já vou tarde (Odeon, 78)
  • 1954 - Dezembro / Boas Festas (Odeon, 78)
  • 1953 - A Marcha do Conselho / Não Importa (Sinter, 78)
  • 1953 - Maria Dolores / Marcha do Gato (Sinter, 78)
  • 1953 - Fim de Jornada / Sombra do Passado (Sinter, 78)
  • 1953 - Nunca Te Encontrei / O Menino de Braçanã (Sinter, 78)
  • 1952 - O Catete Vai Passar / Não Quero Você (Sinter, 78)
  • 1952 - Passou / Uma Tarde Com Você (Sinter, 78)
  • 1952 - Vai Subir Meu Balão / Tudo Sobe Minha Gente (Sinter, 78)
  • 1951 - São Benedito é Preto / O Trem Apitou (Carnaval, 78)
  • 1951 - Três Apitos / Quando o Samba Acabou (Sinter, 78)
  • 1951 - Marchinha Dos Velhos / Não Sou Palhaço (Sinter, 78)
  • 1950 - Há Quanto Tempo / Subúrbio (Continental, 78)
  • 1950 - É Meu Destino Amar / O Terceiro Homem (Todamérica, 78)
  • 1950 - Ingratidão / O Pequenino é o Maior (Todamérica, 78)
  • 1949 - Brigaram Pra Valer / Ô Lá Lá (Continental, 78)
  • 1948 - Escreve-me / Sorriso de Cristal (Continental, 78)
  • 1947 - A Orquestra Está Mudada / Vingança (Continental, 78)
  • 1946 - Abandono / Subindo Ao Céu (Continental, 78)
  • 1946 - Beija-me Mais / Não Acredito (Continental, 78)
  • 1946 - Volta Meu Amor / Obrigado Amigo (Continental, 78)
  • 1945 - Tagarela / O Homem Não Deve Chorar (RCA Victor, 78)
  • 1945 - Num Galho de Acácias / Minas Gerais (Continental, 78)
  • 1945 - Volta ao Paraíso / Nossa História (Continental, 78)
  • 1945 - Leva Meu Coração / Elza (Continental, 78)
  • 1945 - Hora do Almoço / Samba da Vitória (Continental, 78)
  • 1944 - Louca / A Tristeza (RCA Victor, 78)
  • 1944 - A Valsa Dos Noivos (As Três Marias) / Uma Palavra Apenas (RCA Victor, 78)
  • 1944 - Não Sei Se Voltarei / Castigar Eu Não Sei (RCA Victor, 78)
  • 1943 - Para Mim, Para Você / Já Tenho Outra (RCA Victor, 78)
  • 1943 - Podes Crer / Tudo Eu Fiz (RCA Victor, 78)
  • 1943 - A Noiva Caiu do Céu / Por Mais Um Pouco (RCA Victor, 78)
  • 1942 - Tenha Santa Paciência / Frases Decoradas (RCA Victor, 78)
  • 1942 - É Natural / Cigarra (RCA Victor, 78)
  • 1942 - Garoto Levado / Rosalina Mudou (RCA Victor, 78)
  • 1941 - Cheque Ao Portador / O Trem Atrasou (RCA Victor, 78)
  • 1941 - Lanterna de Diógenes / Devagar Com a Louça (RCA Victor, 78)
  • 1941 - Lembras-te Daquela Zinha? / Ninho Vazio (RCA Victor, 78)
  • 1941 - Mangueira Querida / Por Onde Você Andou? (RCA Victor, 78)
  • 1941 - Situação Precária / O Chapéu do Compadre (RCA Victor, 78)
  • 1940 - Céu do Brasil / Amor de Falsidade (Odeon, 78)
  • 1940 - Se Recordar é Viver / Minha Vida Triste (Odeon, 78)
  • 1939 - Foi Um Falso Amor / Palhaços Azuis (Odeon, 78)
  • 1939 - Ao Cair Da Noite / Longe, Muito Longe (Odeon, 78)
  • 1939 - Sim... És... Tu / Apaixonei-me Outra Vez (Odeon, 78)
  • 1939 - Se Você Sair Chorando / Estou Cansado de Procurar (Odeon, 78)
  • 1938 - Último Samba / Jardim Das Flores (Odeon, 78)

Indicação: Miguel Sampaio

Zé Menezes

JOSÉ MENEZES DE FRANÇA
(92 anos)
Compositor e Instrumentista

* Jardim, CE (06/09/1921)
+ Teresópolis, RJ (31/07/2014)

José Menezes de França, por pseudônimo Zé Menezes era um violonista, compositor, tocava violão de seis e sete cordas, violão tenor, bandolim, banjo, cavaquinho, viola de dez cordas, guitarra amplificada, guitarra portuguesa e contrabaixo.

Zé Menezes é considerado um dos grandes cavaquinistas da Música Popular Brasileira.


De Juazeiro Para o Mundo

Zé Menezes começou sua carreira de instrumentista de forma precoce. Seu gosto musical foi despertado quando aos 6 anos de idade ouviu a banda de música de sua cidade natal. Aos 8 anos de idade, já tocava cavaquinho profissionalmente no cinema de Juazeiro do Norte, CE, e passou a ser conhecido como Zé do Cavaquinho. Nesta época, compôs sua primeira música "Meus Oito Anos" a qual teve o privilégio de apresentar perante o Padre Cícero. Aos 11 anos, já era músico da Banda Municipal de Juazeiro.

Por volta dos 12 anos de idade, em companhia do primo Luís Roseo, Zé Menezes foi então residir em Fortaleza, CE, onde passou um ano como locutor de um serviço de alto-falantes. Retornou posteriormente a Juazeiro, onde retomou sua carreira de músico em festas e cinemas.

Em 1938, Luís Roseo passou pela cidade como líder de uma banda de jazz. Zé Menezes decidiu-se a acompanhá-lo de volta à Fortaleza, onde, durante algum tempo, dedicou-se a aprender o ofício de alfaiate. Todavia, por volta de 1940 foi contratado como segundo violonista pela Ceará Rádio Clube e acabou por formar seu próprio grupo musical, um "regional", com o qual se apresentou na emissora durante quatro anos.

Passando por Fortaleza em 1943, para a inauguração do serviço de ondas curtas da Ceará Rádio Clube, o radialista César Ladeira conheceu o jovem músico e ofereceu-lhe um contrato com a Rádio Mayrink Veiga do Rio de Janeiro. Naquela cidade, angariou prestígio como solista e em 1945 formou o Conjunto Milionários do Ritmo.

Em 1947, Zé Menezes foi contratado pela Rádio Nacional, emissora onde permaneceria por cerca de 25 anos, apresentando-se inicialmente ao lado de Garoto no programa "Nada Além de Dois Minutos".

Em 1948 teve a primeira música gravada, o samba "Nova Ilusão" (Zé Menezes e Luiz Bittencourt) pelo grupo Os Cariocas. A música fez tanto sucesso que acabou por converter-se numa espécie de prefixo do conjunto. Em 1950 seria regravada por Francisco Sergi e Orquestra e em 1953 por Dick Farney e Quinteto.


Do "Quarteto Continental" ao "Sexteto Radamés"

Foi na Rádio Nacional que Zé Menezes conheceu o maestro Radamés Gnattali, o qual, em 1949, convidou-o para integrar o Quarteto Continental tocando guitarra. O Quarteto Continental era composto ainda pelo próprio Radamés Gnattali ao piano, Luciano Perrone (bateria) e Pedro Vidal Ramos (contrabaixo). Além das apresentações na Rádio Nacional, com os arranjos requintados e inovadores criados pelo maestro, o grupo acompanhou em estúdio gravações feitas por artistas conceituados da época, tais como Os Cariocas, Edu da Gaita e Aracy de Almeida.

Em 1951, o Quarteto Continental tornou-se um Quinteto, com a entrada de Chiquinho do Acordeom, e em 1959, com a entrada de Aída Gnattali, irmã de Radamés Gnattali, tocando um segundo piano, o grupo tornou-se o Sexteto Radamés Gnattali. O Sexteto excursionou pela Europa no ano seguinte, tendo apresentado-se em Paris, Londres, Oxford, Roma, Lisboa e Porto.


Zé Menezes, o "Transviado"

Com o declínio das emissoras de rádio frente ao avanço da televisão na década de 60, Zé Menezes mudou de atividade e tornou-se maestro na RCA Victor e arranjador de um time de estrelas da Música Popular Brasileira que incluíam Elizeth Cardoso, Ângela Maria, Gilberto Milfont, Miúcha, Tom Jobim, entre outros.

Foi também a partir de 1960 que Zé Menezes criou o grupo Os Velhinhos Transviados, composto por músicos experientes e que se dedicou a criar paródias de músicas antigas e modernas. Segundo Zé Menezes, "Era uma sátira àquelas coisas todas que a gente via, aqui e no exterior. A gente tocava música antiga de forma moderna, e música moderna de forma antiga, sempre brincando muito"Os Velhinhos Transviados gravaram seu primeiro discos, homônimo, em 1962, seguido por "Os Velhinhos Transviados - Sensacionais" no mesmo ano e "Os Velhinhos Transviados - Fabulosos" em 1963. Ao todo, foram treze LPs lançados até 1971.


Zé Menezes, Global

Na década de 70, Zé Menezes passou a trabalhar na Rede Globo de Televisão como primeiro guitarrista. Depois, ocupou os cargos de maestro, arranjador e diretor musical. Foi na Rede Globo que ele se aposentou em 1992, não sem antes compor trilhas e vinhetas para programas tais como "Chico City", "Viva o Gordo" e "Os Trapalhões", do qual é o autor do famoso tema de abertura, ainda presente no imaginário popular brasileiro.


Morte

Zé Menezes morreu na noite de quinta-feira, 31/07/2014, aos 92 anos, em Teresópolis, Região Serrana do Rio de Janeiro. Ele estava internado no Hospital São José e a causa da morte não foi divulgada.


Discografia

  • 2007 - Gafieira Carioca (CD)
  • 1998 - Relendo Garoto (RGE, CD)
  • 1995 - Chorinho In Concert (CID, CD)
  • 1971 - Os Velhinhos Transviados na Curtisom (RCA Victor, LP)
  • 1964 - Os Velhinhos Transviados - Bárbaros! (RCA Victor, LP)
  • 1963 - Os Velhinhos Transviados - Espetaculares (RCA Victor, LP)
  • 1962 - Os Velhinhos Transviados - Sensacionais (RCA Victor, LP)
  • 1962 - Os Velhinhos Transviados (RCA Victor, LP)
  • 1961 - Para Ouvir, Dançar e Amar (RCA Victor, LP)
  • 1960 - E daí...? / Noites de Moscou (Sinter, 78)
  • 1959 - Carrilhão na Batucada / A Felicidade (Sinter, 78)
  • 1958 - Come Prima / O-lá-lá Bambolê (Sinter, 78)
  • 1957 - Nunca, Jamais / 'Na Voce, 'Na Chitarra E' o Poco' e Luna (Sinter, 78)
  • 1957 - Maracangalha / Le Rififi (Sinter, 78)
  • 1957 - Bolero Napolitano / Faz Que Vai (Sinter, 78)
  • 1957 - Ritmos Em Alta Fidelidade (Sinter, LP)
  • 1957 - Temperado / Ritmo Latino (Mocambo, 78)
  • 1957 - Anastácia / Gafieira é Comigo (Mocambo, 78)
  • 1955 - Amor Brejeiro / Violão na Gafieira (Continental, 78)
  • 1955 - Il Torrente / Polca Brasileira (Continental, 78)
  • 1955 - Maluquinho / Meu Xodozinho (Mocambo, 78)
  • 1954 - Um, Dois, Três / Borocochô (Sinter, 78)
  • 1954 - Se Você Não Tem Amor / Currupião (Sinter, 78)
  • 1954 - A Voz do Violão (Sinter, LP)
  • 1953 - Vai ou Não Vai? / Mentira de Amor (Sinter, 78)
  • 1952 - Meu Cavalo Alumínio / Baião do Ceará (Sinter, 78)
  • 1951 - Não Interessa Não / Vitorioso (Sinter, 78)
  • 1951 - Encabulado / De Papo Pro Á (Sinter, 78)
  • 1951 - Copacabana / Um Domingo no Jardim de Alah (Sinter, 78)
  • 1951 - Guriatan de Coqueiro / A Viola do Zé (Sinter, 78)
  • 1945 - Comigo é Assim / Seresteiro (Todamérica, 78)
  • 1941 - Nunca Aos Domingos / Taki (Philips, 78)


Fausto Fanti

FAUSTO FANTI JASMIN
(35 anos)
Humorista

* Petrópolis, RJ (20/10/1978)
+ São Paulo, SP (30/07/2014)

Fausto Fanti Jasmin foi um comediante brasileiro que começou a sua carreira artística na MTV, com o programa "Hermes & Renato". Foi casado com Karla Peixoto Sento Sé, atualmente estavam separados e tinha uma filha de 8 anos chamada Nina.

"Hermes & Renato" foi criado na cidade de Petrópolis, RJ em 1990. 

Era conhecido por ter criado, participado e dirigido o programa "Hermes & Renato" que ficou no ar durante 10 anos, de 1999 a 2009, na emissora MTV Brasil. Era um programa de humor escrachado com paródias de programas de TV e outras esquetes.

O quadro "Hermes & Renato", que batizou o programa, era inspirado em pornochanchadas dos anos 70. Outros personagens famosos foram o Palhaço Gozo, Boça e Joselito. Eles também fizeram clipes que caçoavam de estilos musicais como metal (Massacration), indie (Também Sou Hype), axé (Coração Melão) e gospel (Padre Gato).

Fausto Fanti (à direita), em episódio do programa humorístico Hermes & Renato
Um de seus personagens bastante conhecido era o Filho do Capeta, um dos quadros mais engraçados de "Hermes & Renato" intitulado "Padre Quemedo e o Filho do Capeta". Além do Filho do Capeta, o humorista interpretava Renato e outros personagens, como Padre Gato, Claudio Ricardo, Palhaço Gozo, Bandido da Luz Vermelha e Blondie Hammet.

Após a passagem pela MTV, o grupo foi trabalhar no "Legendários" de Marcos Mion em 2010. Como os direitos do nome "Hermes & Renato" eram da MTV, os humoristas usaram o nome "Banana Mecânica".

Fausto Fanti também dirigiu o seriado "Sinhá Boça" e o programa "Tela Class".

Em 2013, eles voltaram à MTV Brasil e em 2014 estrearam no FX Brasil, onde exibiram vinhetas humorísticas durante a Copa do Mundo e se preparavam para lançar um novo programa em março de 2015. O grupo era formado, além de Fausto e Adriano, por Marco Antônio Alves, Bruno Sutter e Felipe Torres. Segundo a emissora de TV por assinatura, o grupo havia gravado apenas pílulas da série que iria ao ar no Canal FX em 2015.

Os humoristas também integravam a banda de heavy metal Massacration, que surgiu no programa e ganhou vida própria, com discos lançados e participações em festivais.

Morte

Fausto Fanti foi encontrado morto em seu apartamento em Perdizes, na Zona Oeste de São Paulo, na quarta-feira, 30/07/2014. O corpo de Fausto Fanti, que tinha 35 anos, foi encontrado pelo amigo Adriano Silva, que interpretava o Joselito. Segundo a Polícia Civil, o corpo tinha um cinto no pescoço. No boletim de ocorrência, registrada às 16:56 hs, na 23ª Delegacia de São Paulo, a morte foi tratada inicialmente como suicídio. O investigador disse que o comediante estava se separando da mulher e tinha uma filha de oito anos.

Segundo a polícia, a mulher do humorista, Karla Peixoto Sento Sé, estranhou quando descobriu que Fausto Fanti não havia ido buscar a filha do casal, Nina, na escola. Ela tentou falar com o marido por telefone, mas não conseguiu e pediu a Adriano Silva, que mora perto da família, verificar o que havia acontecido. Após não ser atendido, Adriano Silva chamou o síndico do prédio e pediu ajuda. Ao entrar no apartamento encontrou, segundo a Polícia, Fausto Fanti morto com um cinto no pescoço.

O corpo do humorista foi retirado do apartamento às 21:40 hs e seguiu para o IML. Por volta das 23:00 hs, Marco Antônio Alves, Adriano Silva e Felipe Torres, os outros integrantes do "Hermes & Renato", deixaram o apartamento de Fausto Fanti e seguiram para a casa de Adriano, que mora em frente. Muito abalados, eles evitaram conversar com a imprensa.

A atriz Tatá Werneck, o apresentador Marcos Mion entre outros artistas lamentaram a morte do humorista no Twitter. "Nossa... o Fausto. Um gênio... que tristeza... Hermes e Renato é um mito", escreveu Tatá Werneck.

Ronaldo Mourão

RONALDO ROGÉRIO DE FREITAS MOURÃO
(79 anos)
Astrônomo

* Rio de Janeiro, RJ (25/05/1935)
+ Rio de Janeiro, RJ (25/07/2014)

Ronaldo Rogério de Freitas Mourão foi um astrônomo brasileiro, fundador do Museu de Astronomia e Ciências Afins (MAST), pesquisador e sócio titular do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IGHB). Também participou da política, sem, no entanto, alcançar algum cargo eletivo. Ficou conhecido como a maior autoridade em astronomia do Brasil.

O astrônomo publicou seus primeiros artigos de divulgação científica na revista Ciência Popular, em 1952, tem 98 livros publicados e mais de mil ensaios em livros, revistas e jornais.

Publicou seus primeiros artigos de divulgação científica na revista Ciência Popular em 1952, tem 98 livros publicados e mais de mil ensaios em livros, revistas e jornais.

Entrou em 1956 para Universidade do Estado da Guanabara, atual Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), onde obteve, em 1960, os títulos de Bacharel e Licenciado em Física pela Faculdade de Filosofia, Ciência e Letras.

Em julho de 1967, ele obteve o título de doutor pela Universidade de Paris com menção muito honrosa. Em dezembro do mesmo ano, Ronaldo Mourão voltou para o Brasil, reassumindo suas funções como astrônomo no Observatório Nacional e pesquisador no Conselho Nacional de Pesquisa.

Em março de 1968 foi nomeado astrônomo chefe da Divisão de Equatoriais.


Em janeiro de 1997, ele foi agraciado pelo Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo com o colar do centenário e o respectivo diploma, como destaque cultural do ano de 1996. Em março de 1997 foi eleito membro correspondente da Sociedade Geográfica de Lisboa. No dia 06/11/1997 foi agraciado com a Medalha Tiradentes, por sugestão do deputado estadual Luiz Carlos Machado, da Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro. No mesmo mês foi eleito sócio honorário do Instituto de Geografia e História Militar do Brasil.

Em 26/07/1998 foi nomeado membro da Comissão Cruls, criado pelo decreto nº 19.348 do Governo do Distrito Federal, quando foi agraciado com a Medalha Luis Cruls.

Em 16/03/1999, tomou posse na Academia Luso-Brasileira de Letras, na cadeira nº 38 que tem como patrono Gregório de Matos. Em junho de 1999 também foi eleito membro da Academia Brasileira de Filosofia, na cadeira nº 41 que tem como patrono Roberto Marinho de Azevedo.

Participou, de 08/02/2000 a 12/02/2000 do III Encontro Luso-brasileiro da História da Matemática, em Coimbra, Portugal. No período de 22 a 26 de maio de 2000, ministrou no Congresso Internacional Encontros e Desencontros de Culturas, realizado em Sobral, Ceará, um mini-curso: "500 Anos de Ciência no Brasil". Em 05/06/2000, foi agraciado com o prêmio cultural Medalha Austregésilo de Athayde do Lions Club.

Em 19/04/2001, ganhou o Prêmio Jabuti na categoria de Ensaios com o livro "Astronomia na Época dos Descobrimentos" da Lacerda Editores. Em 15/06/2001, foi agraciada pelo governador Francisco de Assis de Moraes Souza com o título de Grande Oficial da Ordem Estadual do Mérito Renascença do Piauí, a mais alta condecoração do Estado do Piauí. Em 04/07/2001, foi eleito membro titular do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. Em 23/10/2001, tomou posse na Academia Brasileira de Literatura, na cadeira nº 16 que tem como patrono Fagundes Varela. Um semana depois, tomou posse na Academia Carioca de Letras, na cadeira nº 14, que tem como patrono Dom Pedro II.


Ao lançar "O Livro de Ouro do Universo", em 2001, mais uma obra sobre sua especialidade, o astrônomo acabou revelando que é cético em relação às previsões dos astros. Durante uma entrevista, o cientista surpreendeu ao comentar sobre a astrologia: "É claro que os astros não mentem jamais. Eles não dizem nada mesmo!".

Em 31/03/2003, foi homenageado pela Câmara Municipal de Curitiba com o título Voto de Louvor pelos relevantes serviços prestados à comunidade na área da astronomia por sugestão do vereador Jorge Bernardi.

Em 25/05/2005, recebeu o título Suprema Honra ao Mérito da Universidade Soka, Tóquio, em reconhecimento "aos notáveis empreendimentos realizados, em prol da ciência, educação e do bem estar da humanidade, do verdadeiro testemunho de uma vida exemplar dedicada às causas públicas e humanitárias". No dia seguinte recebeu o Prêmio de Cultura e Paz da Soka Gakkai International (SGI), Tóquio, "em reconhecimento pela sua grande contribuição a realização de uma paz duradoura e a promoção da cultura baseado nos nobres ideais do humanismo".

Ronaldo Mourão foi conhecido recentemente como um dos maiores céticos em relação a Ufologia, tendo manifestado essa sua opinião inclusive no programa de TV Linha Direta, em agosto de 2006. Por outro lado, o astrônomo foi um grande entusiasta e participante do Projeto SETI, sigla em inglês para Search For Extraterrestrial Intelligence, que significa Busca Por Inteligência Extraterrestre. É um projeto que tem por objetivo analisar o máximo de sinais de rádio captados por radiotelescópios terrestres, principalmente pelo Radiotelescópio de Arecibo, a partir da ideia que se existe alguma forma de vida inteligente no universo, ela tentará se comunicar com outra formas de vida através de ondas eletromagnéticas (sinais de rádio), pois estas representam a forma de transmissão de informação mais rápida conhecida.

As principais contribuições astronômicas do pesquisador foram feitas no campo das estrelas duplas, asteroides, cometas e estudos das técnicas de astrometria fotográfica.


Carreira Política

Ronaldo Mourão também se aventurou na carreira política, tendo se filiado ao Partido Social Democrata Cristão (PSDC) nos anos 90, partido pelo qual concorreu ao cargo de deputado.

Em 2002, se candidatou a deputado federal pelo Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), conseguindo somente 9 votos.

Em 2006, foi novamente candidato, dessa vez pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT), onde obteve 692 votos, ainda assim longe do suficiente para conseguir a eleição.


Morte

Ronaldo Mourão morreu na noite de sexta-feira, 25/07/2014, aos 79 anos. Ele estava internado no Hospital Quinta D'or desde sábado, 19/07/2014, com pneumonia dupla. Ronaldo Mourão também sofria do Mal de Parkinson. Há cerca de duas semanas ele sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC) hemorrágico.

Ronaldo Mourão deixou quatro filhos e dois netos. O corpo do astrônomo foi sepultado no sábado, 26/07/2014, no Cemitério São Francisco Xavier, no Caju.

Ariano Suassuna

ARIANO VILAR SUASSUNA
(87 anos)
Dramaturgo, Romancista, Poeta e Professor

* João Pessoa, PB (16/06/1927)
+ Recife, PE (23/07/2014)

Ariano Vilar Suassuna foi um dramaturgo, romancista e poeta brasileiro. Era o atual secretário de assessoria ao governador de Pernambuco, Eduardo Campos.

Foi defensor da cultura do Nordeste e autor do "Auto da Compadecida" e "A Pedra do Reino".

Ariano Suassuna nasceu em Nossa Senhora das Neves, hoje João Pessoa, PB, no dia 16/06/1927, filho de João Suassuna e Cássia Vilar. No ano seguinte, seu pai deixou o Governo da Paraíba e a família passou a morar no sertão, na Fazenda Acauã, em Aparecida, PB.

Com a Revolução de 1930, seu pai foi assassinado por motivos políticos no Rio de Janeiro e a família mudou-se para Taperoá, PB, onde morou de 1933 a 1937. Nessa cidade, Ariano Suassuna fez seus primeiros estudos e assistiu pela primeira vez a uma peça de mamulengos e a um desafio de viola, cujo caráter de "improvisação" seria uma das marcas registradas também da sua produção teatral.

A partir de 1942 passou a viver no Recife, PE, onde terminou, em 1945, os estudos secundários no Ginásio Pernambucano, no Colégio Americano Batista e no Colégio Osvaldo Cruz.

Em 1943 iniciou a Faculdade de Direito, onde conheceu Hermilo Borba Filho, com quem fundou o Teatro do Estudante de Pernambuco.

Em 1947, escreveu sua primeira peça, "Uma Mulher Vestida de Sol".

Em 1948, sua peça "Cantam as Harpas de Sião" (ou "O Desertor de Princesa") foi montada pelo Teatro do Estudante de Pernambuco. "Os Homens de Barro" foi montada no ano seguinte, em 1949. Seguiram-se "Auto de João da Cruz", de 1950, que recebeu o Prêmio Martins Pena, o aclamado "Auto da Compadecida", de 1955, "O Santo e a Porca - O Casamento Suspeitoso", de 1957, "A Pena e a Lei", de 1959, "A Farsa da Boa Preguiça", de 1960, e "A Caseira e a Catarina", de 1961.

Em 1950, formou-se na Faculdade de Direito e recebeu o Prêmio Martins Pena pelo "Auto de João da Cruz". Para curar-se de doença pulmonar, viu-se obrigado a mudar-se de novo para Taperoá. Lá escreveu e montou a peça "Torturas de um Coração" em 1951.


Em 1952, voltou a residir em Recife. Deste ano a 1956, dedicou-se à advocacia, sem abandonar, porém, a atividade teatral. São desta época "O Castigo da Soberba" (1953), "O Rico Avarento" (1954) e o "Auto da Compadecida" (1955), peça que o projetou em todo o país e que seria considerada, em 1962, por Sábato Magaldi "o texto mais popular do moderno teatro brasileiro". Sua obra mais conhecida, já foi montada exaustivamente por grupos de todo o país, além de ter sido adaptada para a televisão e para o cinema.

Em 1956, abandonou a advocacia para tornar-se professor de Estética na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

Em 1957 foi encenada a peça "O Casamento Suspeitoso", em São Paulo, pela Companhia Sérgio Cardoso, e "O Santo e a Porca".

Em 1958, foi encenada a peça "O Homem da Vaca e o Poder da Fortuna".

Em 1959, foi encenada a peça "A Pena e a Lei", premiada dez anos depois no Festival Latino-Americano de Teatro. Ainda em 1959, em companhia de Hermilo Borba Filho, fundou o Teatro Popular do Nordeste, que montou em seguida a "Farsa da Boa Preguiça" (1960) e "A Caseira e a Catarina" (1962).

No início dos anos 60, interrompeu sua bem-sucedida carreira de dramaturgo para dedicar-se às aulas de Estética na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Ali, em 1976, defendeu a tese de livre-docência "A Onça Castanha e a Ilha Brasil: Uma Reflexão sobre a Cultura Brasileira".

Aposentou-se como professor em 1994 pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

Membro fundador do Conselho Federal de Cultura em 1967; nomeado, pelo reitor Murilo Guimarães, diretor do Departamento de Extensão Cultural da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) em 1969.

Ligado diretamente à cultura, iniciou em 1970, em Recife, o "Movimento Armorial", interessado no desenvolvimento e no conhecimento das formas de expressão populares tradicionais. Convocou nomes expressivos da música para procurarem uma música erudita nordestina que viesse juntar-se ao movimento, lançado em Recife, em 18/10/1970, com o concerto "Três Séculos de Música Nordestina - do Barroco ao Armorial" e com uma exposição de gravura, pintura e escultura. Secretário de Cultura do Estado de Pernambuco, no Governo Miguel Arraes (1994-1998).


Entre 1958 e 1979, dedicou-se também à prosa de ficção, publicando o "Romance d’A Pedra do Reino e o Príncipe do Sangue do Vai-e-Volta" (1971) e "História d’O Rei Degolado nas Caatingas do Sertão / Ao Sol da Onça Caetana" (1976), classificados por ele de "romance armorial-popular brasileiro".

Ariano Suassuna construiu em São José do Belmonte, PE, onde ocorre a cavalgada inspirada no "Romance d’A Pedra do Reino e o Príncipe do Sangue do Vai-e-Volta", um santuário ao ar livre, constituído de 16 esculturas de pedra, com 3,50 m de altura cada, dispostas em círculo, representando o sagrado e o profano. As três primeiras são imagens de Jesus Cristo, Nossa Senhora e São José, o padroeiro do município.

Foi membro da Academia Paraibana de Letras e e no ano de 2000, Doutor Honoris Causa da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

Em 2002, Ariano Suassuna foi tema de enredo no Carnaval carioca na escola de samba Império Serrano.

Em 2004, com o apoio da Academia Brasileira de Letras (ABL), a Trinca Filmes produziu um documentário intitulado "O Sertão: Mundo de Ariano Suassuna", dirigido por Douglas Machado e que foi exibido na Sala José de Alencar.

Em 2006, foi concedido título de Doutor Honoris Causa pela Universidade Federal do Ceará (UFC), mas que veio a ser entregue apenas em 10/06/2010, às vésperas de completar 83 anos. "Podia até parecer que não queria receber a honraria, mas era problemas de agenda", afirmou Ariano Suassuna, referindo-se ao tempo entre a concessão e o recebimento do título.

Em 2008, foi novamente tema de enredo, desta vez da escola de samba Mancha Verde no Carnaval paulista.

Em 2013 sua mais famosa obra, "Auto da Compadecida" foi o tema da escola de samba Pérola Negra em São Paulo.

Ariano Suassuna era um torcedor fanático do Sport Club do Recife.

De formação calvinista e posteriormente agnóstico, converteu-se ao catolicismo, o que viria a marcar definitivamente a sua obra.

Ariano Suassuna estreou seus dons literários precocemente no dia 07/10/1945, quando o seu poema "Noturno" foi publicado em destaque no Jornal do Commercio do Recife.


Movimento Armorial

Ariano Suassuna foi o idealizador do Movimento Armorial, que tem como objetivo criar uma arte erudita a partir de elementos da cultura popular do Nordeste Brasileiro. Tal movimento procura orientar para esse fim todas as formas de expressões artísticas: música, dança, literatura, artes plásticas, teatro, cinema, arquitetura, entre outras expressões.

As obras de Ariano Suassuna já foram traduzidas para inglês, francês, espanhol, alemão, holandês, italiano e polonês.

Academias

Academia Pernambucana de Letras

Em 1993, foi eleito para a cadeira 18 da Academia Pernambucana de Letras, cujo patrono é o escritor Afonso Olindense.

Academia Brasileira de Letras

Desde 1990, ocupava a cadeira 32 da Academia Brasileira de Letras, cujo patrono é Manuel José de Araújo Porto Alegre, o Barão de Santo Ângelo.

Academia Paraibana de Letras

Assumiu a cadeira 35 na Academia Paraibana de Letras em 09/10/2000, cujo patrono é Raul Campelo Machado, sendo recepcionado pelo acadêmico Joacil de Brito Pereira.


Morte

Segundo boletim médico divulgado pelo Real Hospital Português, do Recife, em 23/07/2014, às 11:00 hs, seu quadro seguia instável e grave. O escritor permanecia em coma, respirando com a ajuda de aparelhos.

Ariano Suassuna passou mal na noite de segunda-feira, 21/07/2014, por volta das 20:00 hs, e foi levado ao hospital com um sangramento intracraniano. Ele foi submetido a uma cirurgia e encaminhado para a UTI Neurológica. Na manhã do dia 22/07/2014, foi realizado outro procedimento médico. No boletim divulgado no período da noite, os médicos constataram a piora de seu estado de saúde, com queda da pressão arterial e aumento da pressão intracraniana.

O escritor já tinha sido internado duas vezes em 2013. No dia 21 de agosto, Ariano Suassuna passou mal em sua residência e foi hospitalizado. O diagnóstico médico apontou infarto agudo do miocárdio, de pequenas proporções. Após seis dias na unidade de saúde, recebeu alta. Poucos dias depois, foi detectado um aneurisma cerebral. Ele passou por um procedimento cirúrgico para tratar o problema e foi para casa novamente no dia 4 de setembro.

Ariano Suassuna morreu no Recife, PE, na quarta-feira, 23/07/2014, aos 87 anos. O velório do corpo do escritor começa ainda na noite de  quarta-feira, no Palácio do Campo das Princesas, sede do governo estadual, que decretou luto oficial de três dias. A partir das 23:00 hs, será aberto o acesso do público ao local. O enterro está previsto para a tarde de quinta-feira, 24/07/2014, no Cemitério Morada da Paz, em Paulista, no Grande Recife.


Obras Selecionadas

  • 1947 - Uma Mulher Vestida de Sol
  • 1948 - Cantam as Harpas de Sião ou O Desertor de Princesa
  • 1949 - Os Homens de Barro
  • 1950 - Auto de João da Cruz
  • 1951 - Torturas de um Coração
  • 1952 - O Arco Desolado
  • 1953 - O Castigo da Soberba
  • 1954 - O Rico Avarento
  • 1955 - Auto da Compadecida
  • 1957 - O Casamento Suspeitoso
  • 1957 - O Santo e a Porca
  • 1958 - O Homem da Vaca e o Poder da Fortuna
  • 1959 - A Pena e a Lei
  • 1960 - Farsa da Boa Preguiça
  • 1962 - A Caseira e a Catarina
  • 1987 - As Conchambranças de Quaderna
  • 1956 - Fernando e Isaura (Inédito até 1994)

Romance

  • 1956 - A História de amor de Fernando e Isaura
  • 1971 - O Romance d'A Pedra do Reino e o Príncipe do Sangue do Vai-e-Volta
  • 1976 - História d'O Rei Degolado nas Caatingas do Sertão / Ao Sol da Onça Caetana

Palestras

  • Defesa contra a teoria da evolução.

Poesia

  • 1945 - O Pasto Incendiado
  • 1955 - Ode
  • 1970 - O Pasto Incendiado
  • 1980 - Sonetos Com Mote Alheio
  • 1985 - Sonetos de Albano Cervonegro
  • 1999 - Poemas (Antologia)

Fonte: Wikipédia
Indicação: Miguel Sampaio e Fadinha Veras

Hugo Miguel Etchenique

HUGO MIGUEL ETCHENIQUE
(88 anos)
Engenheiro e Empresário

* La Paz, Bolívia (24/11/1925)
+ São Paulo, SP (21/07/2014)

Hugo Miguel Etchenique foi um engenheiro e empresário, fundador da marca Brastemp, uma das mais importantes indústrias do país. Boliviano naturalizado brasileiro, Hugo Miguel era filho de Miguel Etchenique e Elena Etchenique Dorado, nasceu em La Paz, na Bolívia, no dia 24/11/1925.

Engenheiro industrial formado pela Universidade de Maryland, nos Estados Unidos, passou por diversos cursos no Massachusetts Institute Of Technology (MIT), em Cambridge, e no Stevens Institute Of Techonology, em Hoboken, New Jersey.

Em 1950, desembarcou no Brasil para trabalhar com o pai no empreendimento da Brasmotor.

Depois de passar por todos os setores da fábrica de São Bernardo do Campo, assumiu uma das gerências da empresa e participou da criação da marca Brastemp em 1954. Peça importante nas negociações da transição da companhia para a linha-branca. Hugo Miguel trabalhou também na criação da Multibrás em associação com a Sears e a Whirlpool em 1958, e na montagem final da holding Brasmotor em 1961. Dois anos depois, assumiu a superintendência da Multibrás.


Nos anos 70, já à frente do Conselho de Administração e da Superintendência da Brasmotor S.A., coordenou a incorporação e o ajustamento da Consul e da Empresa Brasileira de Compressores (Embraco) ao grupo, processo que repetiria em 1984 com a aquisição do controle acionário da Semer, fabricante de fogões.

Nos anos 90, sob o comando de Hugo Miguel Etchenique, a Brasmotor solidificou sua estrutura corporativa e preparou as bases de sua internacionalização. Para realizar o primeiro objetivo, o presidente do Conselho de Administração propôs, em 1994, a fusão da Brastemp, Consul e Semer na nova Multibrás S.A. Eletrodomésticos. Nesse mesmo ano, Hugo Miguel Etchenique e seus executivos foram à Itália finalizar a compra da Aspera S.A., importante fábrica de compressores, incorporando-a à Empresa Brasileira de Compressores (Embraco).

No início de 1995, formalizaram uma joint-venture entre a Embraco, a Whirlpool e a Beijing Snowflake Electric Appliance Group, também para a produção de compressores para refrigeradores domésticos na China.

Apesar de ter deixado o comando do grupo Brasmotor, controlador da Multibrás, dona das marcas Brastemp e Consul, no ano 2000, após 30 anos, Hugo Miguel Etchenique ainda era chamado para opinar sobre os negócios da empresa, que teve o controle acionário vendido em 1997 para a americana Whirlpool.

O bordão "Não é assim uma Brastemp", um dos mais famosos da publicidade brasileira, foi criado na sua gestão. "Ele era uma Brastemp", comentou o seu filho Rodrigo, que participava com ele da direção da empresa.


Morte

Hugo Miguel Etchenique morreu na segunda-feira, 21/07/2014, às 22:22 hs, aos 88 anos. O empresário tinha 83 anos e sofria de complicações pulmonares há cerca de três anos. No domingo, 20/07/2014, foi internado no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, mas a infecção agravou-se e ele não resistiu.

O velório ocorreu na terça-feira, 22/07/2014, das 10:00 hs às 14:00 hs, no Einstein, na Avenida Albert Einstein, 672, no Morumbi, e em seguida o sepultamento no Cemitério São Paulo, na Avenida Cardeal Arcoverde, em Pinheiros.

Hugo Miguel Etchenique deixa cinco filhos, quatorze netos e um bisneto.

Na nota de falecimento assinada por João Carlos Brega, Chief Executive Officer (CEO) da Whirpool, lamenta a perda:

"Em nome dos 68 mil colaboradores da Whirlpool Corporation em todo mundo, manifestamos irrestrita solidariedade e carinho aos familiares. Inexistem palavras capazes de descrever o profundo respeito e admiração que sempre tivemos pelo Srº Etchenique, além do reconhecimento por suas inúmeras contribuições ao nosso País, à indústria brasileira e à inovação."

"Hugo Miguel Etchenique será para sempre lembrado como um ícone e um exemplo para os brasileiros e para a indústria", escreveu em comunicado enviado à imprensa.

Fonte: Economia IG
Indicação: Miguel Sampaio

Norberto Odebrecht

NORBERTO ODEBRECHT
(93 anos)
Engenheiro e Empresário

* Recife, PE (09/10/1920)
+ Salvador, BA (19/07/2014)

Norberto Odebrecht nasceu em Recife, PE, em 09/10/1920. Filho de Emílio Odebrecht e Hertha, Norberto chegou a Salvador aos cinco anos. Aos 15 anos, começou a trabalhar nas oficinas da empresa do pai, a Emílio Odebrecht & Cia, onde aprendeu os ofícios de pedreiro, serralheiro, armador. Foi chefe de almoxarifado e responsável pelo transporte. Conviveu e aprendeu com mestres-de-obras e operários.

Quando completou 18 anos, Norberto Odebrecht ingressou no curso de engenharia da Escola Politécnica de Salvador. No terceiro ano de faculdade, aos 21 anos, assumiu a empresa do pai, que havia entrado em dificuldades. Apesar de conciliar trabalho, estudos e a convocação para o serviço militar, Norberto Odebrecht concluiu a graduação em engenharia em 1943.


Em 1944, após constituir a própria empresa e negociar dívidas, fundou a Construtora Odebrecht, que fica em Salvador. Após algumas décadas no mercado, a empresa tornou-se um conglomerado que atua em países como Angola, Argentina, Equador, Portugal, Estados Unidos, Colômbia, México, Venezuela, entre outros.

Em 1965, Norberto Odebrecht criou a Fundação Odebrecht, que apoia projetos de desenvolvimento social no Baixo Sul da Bahia.

Em 1991, Norberto Odebrecht passou a presidência da Odebrecht S.A. ao filho Emílio Odebrecht. O fundador da Organização se tornou então presidente do Conselho de Administração, cargo que mais adiante o filho Emílio assumiu em 1998. Desde então, Norberto Odebrecht era o Presidente de Honra da Odebrecht S.A., além de Presidente do Conselho de Curadores da Fundação Odebrecht e membro da Academia Nacional de Engenharia.

Atualmente, o filho Emílio segue na presidência do Conselho de Administração da Odebrecht S.A. e seu neto Marcelo Odebrecht é o diretor-presidente da Organização Odebrecht.


Organização Odebrecht

Entre 1945 e 1948, Norberto Odebrecht realizou obras em Salvador e no interior da Bahia. A partir de 1969, a organização expandiu as atividades para o sudeste brasileiro. Em 1973, com obras na maioria dos estados brasileiros, a Odebrecht tornou-se uma empresa de atuação nacional e conquistou o título de uma das principais construtoras do Nordeste.

Já em 1980, a organização entrou no segmento de hidrelétricas, com a incorporação da Companhia Brasileira de Projetos e Obras (CBPO), e expandiu a atuação em engenharia e construção no Brasil.

Em 1981 foi criada a holding Odebrecht S.A., voltada para a preservação das concepções filosóficas e o direcionamento dos Negócios. A Organização Odebrecht faz 70 anos, com atuação diversificada por meio de 15 Negócios, três Fundos de Investimento e cinco Empresas Auxiliares, além da atuação social da Fundação Odebrecht e do amplo conjunto de programas socioambientais e culturais nas Comunidades em que está presente. Além disso, são 35 anos de atuação no Peru, 30 anos em Angola e dez anos em Moçambique.


Morte

Norberto Odebrecht morreu aos 93 anos, no sábado, 19/07/2014, por volta das 20:00 hs, em Salvador, BA. A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa do grupo Odebrecht na capital baiana. Ele estava internado há dois dias no Hospital Cádio Pulmonar com problemas cardíacos.

O corpo do engenheiro foi sepultado na manhã de domingo, 20/07/2014, no Cemitério Campo Santo, no bairro da Federação, em Salvador. 

Fonte: Wikipédia e G1