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Paulo Valentim

PAULO ÂNGELO VALENTIM
(51 anos)
Jogador de Futebol

* Barra do Piraí, RJ (20/11/1932)
+ Buenos Aires, Argentina (09/07/1984)

Paulo Ângelo Valentim, também conhecido como Paulinho Valentim, foi um jogador de futebol brasileiro nascido em Barra do Piraí, RJ.

Centroavante raçudo e artilheiro, começou a jogar futebol no Central de Barra do Piraí. Passou pelo Guarani de Volta Redonda e, em 1954, transferiu-se para Belo Horizonte, contratado pelo Atlético Mineiro, onde foi Campeão Estadual em 1954 e 1955.

Dois anos depois, foi levado pelo treinador João Saldanha para o Botafogo, que não conquistava um título desde 1948. O jejum terminou em 1957, com participação fundamental de Paulo Valentim: ele fez 5 gols, sendo um de bicicleta, na vitória de 6 a 2 do Botafogo sobre o Fluminense que decidiu o Campeonato Carioca daquele ano.

No Rio de Janeiro dos anos 50, Paulo Valentim desenvolveu seu futebol mas também seu temperamento boêmio, costume entre boa parte dos jogadores naquele tempo.

Convocado para a Seleção Brasileira que participou do Sul-Americano de 1959, em Buenos Aires, jogou e encantou os argentinos. No ano seguinte foi contratado pelo Boca Juniors, mas antes de mudar-se para Buenos Aires, casou-se com a namorada Hilda Maia, que ele havia conhecido em Belo Horizonte e que mais tarde seria a inspiradora da personagem Hilda Furacão, criada em 1991 pelo escritor Roberto Drummond, tornando-se famosa, esta personagem, depois da exibição da minissérie "Hilda Furacão" (1998).


No Boca Juniors, Paulo Valentim rapidamente destacou-se como goleador. Não chegou a ser artilheiro do Campeonato Argentino de Futebol, mas foi o artilheiro do Boca Juniors nas temporadas de 1961, 1962 e 1964, sendo que nas duas últimas seu clube foi também campeão.

Em 4 anos, marcou 10 gols em jogos oficiais, e mais 3 em amistosos, contra o River Plate, sendo o maior artilheiro do Boca Juniors na história do super clássico do futebol argentino. Tornou-se ídolo da torcida xeneize, que tinha um grito de guerra especial para ele: "Tim, tim, tim! Es gol de Valentim!". Sua esposa Hilda Maia Valentim era tratada como "primeira-dama" do clube, assistindo as partidas num lugar especial da Tribuna de Honra da Bombonera.

Em 1965, já com 33 anos e debilitado pela vida boêmia, Paulo Valentim transferiu-se para São Paulo, onde teve uma passagem apagada pelo clube. No final dos anos 60, Paulo ValentimHilda Maia Valentim foram para o México onde ele ainda tentou jogar no Atlante, mas acabou trabalhando no cais do porto.

Em 1978 conseguiu dinheiro emprestado com amigos brasileiros e voltou com a esposa a Buenos Aires, onde se dispôs a ser treinador de futebol, mas teve apenas uma rápida experiência numa equipe de juniores.

Paulo Valentim morreu pobre no dia 09/07/1984, em Buenos Aires, Argentina.

Fonte: Wikipédia

Lori Sandri

LORI PAULO SANDRI
(65 anos)
Jogador e Técnico de Futebol

* Encantado, RS (29/01/1949)
+ Curitiba, PR (03/10/2014)

Lori Paulo Sandri foi um jogador e técnico de futebol brasileiro. Dentro do campo, atuava como meia.

Começou a jogar futebol no time amador do Esporte Clube Encantado em 1964 e em 1965 foi aprovado no juvenil do Internacional de Porto Alegre, mas por dificuldades financeiras, seguiu, com sua madrinha, para Curitiba. No Paraná, jogou no Esporte Clube Água Verde e na Seleção Paranaense de Futebol, mas ainda nas categorias de base.

Profissionalmente, iniciou no Rio Branco de Paranaguá em 1969 e em 1970 no Seleto de Paranaguá, chegando as finais do campeonato.

A partir de 1971, jogou no Clube Atlético Paranaense, onde ficou até 1973. Em seguida, jogou no Londrina Esporte Clube e no Esporte Clube Pinheiros, onde encerrou sua carreira de jogador.

Começou sua carreira de treinador no Esporte Clube Pinheiros, em 1976, ano em que deixou de ser jogador.

No Brasil, teve muitas conquistas por onde passou, entre elas o inédito vice-campeonato Paulista pelo Botafogo de Ribeirão Preto em 2001, o Campeonato Gaúcho de 1998 pelo Juventude, conquistado de forma invicta, quebrando um tabu de 56 anos sem que times do interior do estado vencessem a competição, e o vice-campeonato Brasileiro da Série B em 1995 pelo Coritiba, classificando o clube para a Série A do ano seguinte.

No exterior, trabalhou na Seleção dos Emirados Árabes Unidos, onde participou das eliminatórias da Copa do Mundo FIFA de 1998. Teve passagem também pelo futebol japonês, onde disputou dois campeonatos da J. League pelo Tokyo Verdy.

Disputou a Copa da UEFA e o Campeonato Português na temporada 2008/2009, dirigindo a equipe do Marítimo, clube onde ficou até fevereiro de 2009. Em novembro do mesmo ano, assinou com o Santa Cruz para a temporada de 2010, onde disputou o Campeonato Pernambucano, a Copa do Brasil e a Série D do Campeonato Brasileiro. Seu último clube como treinador foi o Botafogo de Ribeirão Preto.

Morte

Lori Sandri morreu na sexta-feira, 03/10/2014, na cidade de Curitiba, PR, vítima de um câncer no cérebro, após conviver com a doença por cerca de um ano. A informação veio de seu irmão, Volnei Sandri. O enterro do ex-treinador ocorreu no sábado, 04/10/2014, em Curitiba.

Títulos

Atlético-PR
1983 - Campeonato Paranaense

Guarani
1986 - Campeonato Paulista do Interior

Al-Shabab
1992 - Copa do Golfo

Juventude
1998 - Campeonato Gaúcho

Al-Hilal
1999 - Saudi Founder's Cup

Internacional
2004 - Campeonato Gaúcho


Fonte: Wikipédia
Indicação: Miguel Sampaio e Neyde Almeida

Everaldo

EVERALDO MARQUES DA SILVA
(30 anos)
Jogador de Futebol

* Porto Alegre, RS, (11/09/1944)
+ Cachoeira do Sul, RS (27/10/1974)

Everaldo Marques da Silva, mais conhecido apenas como Everaldo, foi um jogador de futebol que atuou como lateral-esquerdo.

Foi o primeiro atleta atuando por um clube gaúcho a ganhar uma Copa do Mundo de Futebol. Por este feito, Everaldo ganhou uma estrela dourada na bandeira do Grêmio.

Jogava na lateral-esquerda, possuindo um estilo de jogo simples, mas eficiente, com uma grande capacidade de marcação. Jogando pelo Grêmio, conquistou o tricampeonato gaúcho nos anos de 1966, 1967 e 1968.

Carreira

Everaldo ingressou no Grêmio em 1957, passando pelas categorias infanto-juvenil e juvenil.

Em 1964 foi emprestado ao Juventude de Caxias do Sul, retornando ao Olímpico Munumental dois anos depois.

Em 1967, foi convocado pela primeira vez para defender a Seleção Brasileira de Futebol. Conquistou a Copa Rio Branco no Uruguai, assegurando vaga no selecionado que, em 1969, participaria das eliminatórias que culminariam com o tricampeonato no México em 1970.

Além de todos os prêmios conquistados, foi agraciado com o Prêmio Belfort Duarte, concedido aos jogadores de defesa leais, em julho de 1972. Entretanto, três meses depois, deu um soco no árbitro José Faville Neto durante uma partida e acabou suspenso por um ano.

Para impedir que novos casos parecidos ocorressem, duas décadas depois as regras do prêmio foram mudadas, e a partir de então apenas jogadores aposentados poderiam requerê-lo.

Na noite do domingo de 27/10/1974, Everaldo morre na BR-290 em acidente com o Dodge Dart.
Morte

Everaldo faleceu vítima de um acidente automobilístico, quando viajava com sua família, no ano de 1974, na BR-290. Everaldo voltava de Cachoeira do Sul, RS, com destino a Porto Alegre com o seu Dodge Dart bege no domingo, noite de 27/10/1974. Ele fazia campanha a deputado estadual pela antiga Aliança Renovadora Nacional (ARENA) e não conseguiu se livrar de um caminhão que se atravessou na pista. Morreram também sua esposa e uma filha.

Dodge Dart de Everaldo tinha uma história: Após o título do México com a Seleção Brasileira, uma concessionária de Porto Alegre fez o anúncio que daria o carro de presente ao campeão mundial. O jogador soube do mimo no México e não esqueceu. Quando retornou da Copa, na porta e no alto da escada do avião da Varig, multidões em festa tomavam o Aeroporto Salgado Filho, autoridades o aguardavam, ele olhou em volta e perguntou:

- Cadê o meu Dodge Dart?

Depois do aeroporto, Everaldo recebeu a maior carreata já conferida a um jogador de futebol em Porto Alegre. Passou pela Rua dos Andradas, no alto de um caminhão da Água Charrua com a réplica da Copa do Mundo e com uma jaqueta de couro cru com franjas tipo cowboy trazida da viagem. Milhares o homenagearam, gremistas e colorados. Só após a carreata, Everaldo recebeu o Dodge Dart.

No dia 30/06/1970, seis dias após seu retorno do México, o Conselho Deliberativo do Grêmio, em uma sessão solene, perpetuou oficialmente a figura de Everaldo na história do clube, dedicando ao atleta a famosa estrela dourada na bandeira. Na ocasião, o jogador recebeu também o título de Atleta Laureado, além de duas cadeiras quitadas no Estádio Olímpico.

Títulos

Seleção Brasileira
  • 1967 - Copa Rio Branco
  • 1970 - Copa do Mundo

Grêmio
  • 1966 - Campeonato Gaúcho
  • 1967 - Campeonato Gaúcho
  • 1968 - Campeonato Gaúcho


Prêmios

  • 1970 - Bola de Prata da Revista Placar
  • 1972 - Prêmio Belfort Duarte


Indicação: Miguel Sampaio

Zózimo

ZÓZIMO ALVES CALAZANS
(45 anos)
Jogador de Futebol e Técnico

* Salvador, BA (19/06/1932)
+ Rio de Janeiro, RJ (17/07/1977)

Zózimo Alves Calazans, mais conhecido apenas como Zózimo, foi um jogador e treinador de futebol brasileiro, que atuou como zagueiro. Nasceu em 19/06/1932, na cidade de Salvador, BA, no bairro de Plataforma. Chegou a cidade do Rio de Janeiro no ano de 1947 e no ano seguinte foi levado para jogar nas divisões amadoras do São Cristóvão.

Pouco mais tarde, o clube lhe ofereceu um "contrato de gaveta", documento comum na época e utilizado para segurar o jogador na agremiação.

Em 1951 o Bangu Atlético Clube interessou-se pelo seu futebol e o jovem craque foi para Moça Bonita. Ainda garoto, foi convocado para a seleção carioca juvenil que disputou e venceu o campeonato brasileiro de seleções naquele ano.

Zózimo, revelado então pelo modesto São Cristóvão, se consagrou no futebol atuando pelo Bangu Atlético Clube, onde ficou de 1951 a 1964, o que lhe rendeu diversas convocações a Seleção Brasileira.

Disputou também as Olimpíadas de Helsinque, em 1952, pela Seleção Olímpica. Foram 3 jogos, 2 vitórias e 1 derrota, e 1 gol assinalado.

Assinou seu primeiro contrato profissional somente em 1955, no próprio Bangu. Zózimo era um quarto zagueiro calmo, clássico e sutil em seus movimentos, jogava sempre de cabeça erguida e não era adepto de chutões.


Dispensado em 1964 pelo Bangu, Zózimo esteve no Esportiva de Guaratinguetá, onde foi rebaixado para a segunda divisão do Campeonato Paulista de 1965.

Foi um dos grandes zagueiros da Seleção Brasileira de Futebol, sendo campeão da Copa do Mundo FIFA em 1958 e 1962. Pela Seleção Brasileira principal, atuou de 1955 à 1962, somando 37 jogos, 26 vitórias, 6 empates, 5 derrotas, e apenas 1 gol marcado. Em jogos de Copa do Mundo foram 6 jogos, 5 vitórias e 1 empate. Toda a passagem de Zózimo pela Seleção Brasileira foi no mesmo período em que era jogador do Bangu Atlético Clube.

Já afastado da Seleção Brasileira desde 1962, Zózimo chegou ao Flamengo em 1965 e vestiu a camisa em quatro oportunidades naquele ano, porém, não conseguiu se firmar.

Em 1966 Zózimo foi para o futebol peruano atuar pelo Sport Boys. No ano seguinte, ainda timidamente, começou sua carreira de treinador no próprio Sport Boys. Encerrou a carreira no Sport Boys, do Peru, onde jogou até 1969. 

Regressou ao Brasil e ainda trabalhou como treinador no Campo Grande e no Bangu.

Zózimo faleceu em 17/07/1977 em um trágico acidente automobilístico no Rio de Janeiro.

O jogador é citado no documentário "Subterrâneos do Futebol" (1964), quando então se faz referência a um caso de suborno envolvendo o seu nome.


Títulos

Seleção Brasileira
  • 1955 - Taça Oswaldo Cruz
  • 1955 - Taça Bernardo O'Higgins
  • 1956 - Taça Oswaldo Cruz
  • 1956 - Taça do Atlântico
  • 1958 - Copa do Mundo
  • 1958 - Taça Oswaldo Cruz
  • 1962 - Copa do Mundo
  • 1962 - Taça Oswaldo Cruz

Bangu
  • 1954 - Torneio Início do Rio de Janeiro
  • 1955 - Torneio Início do Rio de Janeiro
  • 1957 - Torneio Triangular Internacional do Equador
  • 1957 - Torneio Quadrangular do Rio de Janeiro
  • 1957 - Torneio Triangular de Porto Alegre
  • 1958 - Torneio Quadrangular Internacional da Venezuela
  • 1958 - Torneio Triangular Internacional de Luxemburgo
  • 1959 - Torneio Quadrangular Internacional da Costa Rica
  • 1960 - International Soccer League
  • 1961 - Torneio Triangular Internacional da Áustria
  • 1961 - Torneio Quadrangular de Recife
  • 1962 - Torneio Quadrangular de Belém do Pará
  • 1962 - Torneio Quadrangular Internacional do Equador

Indicação: Miguel Sampaio

Assis

BENEDITO ASSIS DA SILVA
(61 anos)
Jogador de Futebol

* São Paulo, SP (12/11/1952)
+ Curitiba, PR (06/07/2014)

Benedito de Assis Silva, mais conhecido como Assis, foi um jogador de futebol brasileiro que atuava como atacante.

Depois de passar por clubes pequenos do futebol paulista, teve a sua primeira grande chance no São Paulo Futebol Clube em 1979, e uma rápida passagem pelo Sport Club Internacional, assim, foi para o Clube Atlético Paranaense, onde começou a se projetar nacionalmente. Formando uma dupla de sucesso com o atacante Washington, ajudou a levar o clube paranaense ao título estadual de 1982 e à semifinal do Campeonato Brasileiro de 1983.

Mas sua carreira teve maior destaque no Fluminense, quando chegou ao clube ao lado de Washington e conquistou o tricampeonato do Campeonato Carioca (1983, 1984, 1985) e o Campeonato Brasileiro de 1984, além de diversos outros torneios, inclusive internacionais.

Washington e Assis
Assis disputou 177 partidas pelo Fluminense e fez 54 gols, entre 1983 e 1987. Ao lado do companheiro de ataque, formando uma dupla que ficou conhecida como "Casal 20", alusão a seriado de TV da época, Assis deu muitas alegrias à torcida tricolor. Decidiu dois campeonatos cariocas, marcando gols em finais contra o Flamengo. Ganhou o apelido de "Carrasco do Flamengo" e passou a ser saudado pela torcida tricolor com o refrão "Recordar é viver, Assis acabou com você!".

Deixou o clube carioca em 1987 para tentar jogar nos Estados Unidos, pelo Miami, mas não conseguiu obter o visto de entrada e teve que voltar para o Brasil. Também defendeu o Paysandu e o Paraná Clube antes de encerrar a carreira no Atlético Paranaense, em 1992.

Em 2012, após anos como coordenador da Categoria de Base do Fluminense Football Club, Assis foi convidado a ocupar o título de "Embaixador do Fluminense". No novo cargo, o "Carrasco", acompanhou os eventos do mundo futebolístico e do próprio Fluminense, como o projeto "Tricolor Em Toda a Terra", como representante do seu time do coração.

Em 2013, seu filho, Gustavo Stella, ator, diretor e roteirista, desenvolveu o documentário independente intitulado "Ídolo Desmistificado" em que conta a relação do pai com seus admiradores e torcedores por todo o Brasil. O filme passa por Curitiba, Rio de Janeiro, São Paulo, Recife, Salvador, Brasília e Vitória ao tentar ilustrar e desmistificar a relação entre um ídolo e seu admirador, e também, a de um filho e seu pai.


Seleção Brasileira

Assis foi convocado apenas uma vez para a Seleção Brasileira, na breve passagem do técnico Edu, em 1984, logo após a vitoriosa campanha do Fluminense no Campeonato Brasileiro. Ele atuou nos amistosos contra a Inglaterra (derrota por 2 x 0, no Maracanã) e o Uruguai (vitória por 1 x 0, no Morumbi).


Morte

Assis faleceu na madrugada de domingo, 06/07/2014, em Curitiba PR. Ele foi vítima de uma insuficiência renal e morreu às 5:30 hs, aos 61 anos. Ele deixou esposa e dois filhos.

O velório de Assis acontecerá em Curitiba, PR, às 15:00 hs de domingo, 06/07/2014. O enterro será realizado na segunda-feira, 07/07/2014, no Cemitério do Água Verde, às 17:00 hs.


Títulos

  • 1980 - Campeonato Paulista (São Paulo)
  • 1981 - Campeonato Gaúcho (Internacional)
  • 1982 - Campeonato Paranaense (Atlético Paranaense)
  • 1983 - Campeonato Carioca (Fluminense)
  • 1984 - Campeonato Carioca (Fluminense)
  • 1984 - Campeonato Brasileiro (Fluminense)
  • 1985 - Campeonato Carioca (Fluminense)
  • 1991 - Campeonato Paranaense (Paraná)


Fonte: Wikipédia
indicação: Fátima Alencar

Washington

WASHINGTON CÉSAR SANTOS
(54 anos)
Jogador de Futebol

* Valença, BA (03/01/1960)
+ Curitiba, PR (25/05/2014)

Washington César Santos, ou simplesmente Washington, foi um jogador de futebol brasileiro, que atuava como centroavante. Jogou cinco partidas pela Seleção Brasileira principal, marcando 2 gols, e mais 4 jogos pela Seleção Olímpica marcando 2 gols.

Nascido na cidade de Valença, litoral sul da Bahia, Washington começou sua carreira no Galícia Esporte Clube de Salvador, tendo passado depois pelo Sport Club Corinthians Paulista, Operário Futebol Clube, Sport Club Internacional, Guarani Futebol Clube, Fortaleza Esporte Clube, Santa Cruz Futebol Clube, entre outros. Mas brilhou intensamente no Clube Atlético Paranaense e no Fluminense Football Club.

No Atlético Paranaense, foi campeão paranaense em 1982 e grande ídolo desta torcida junto com Assis, com quem fazia uma dupla de ataque muito eficaz.

Washington e Assis
Tendo se transferido para o Fluminense em 1983, junto com Assis, clube onde mantiveram o apelido de "Casal 20", nome de um seriado de TV de sucesso na época, porque já eram conhecidos com este apelido carinhoso no clube paranaense, fizeram o primeiro jogo em 02/07/1983, em que o Tricolor venceu o São Cristóvão por 3 x 0, na abertura do Campeonato Carioca de Futebol, e Washington fez o terceiro gol da partida. Ao lado de Assis, "O Carrasco", formou uma das duplas mais carismáticas e vitoriosas da história do clube.

Pelo Fluminense, Washington foi campeão brasileiro em 1984 e campeão carioca em 1983, 1984 e 1985, além de muitos outros títulos de menor expressão.

Com 1,88 m e grande impulsão, costumava levar grande vantagem sobre os zagueiros adversários. Quando tinha escanteio a favor do Fluminense, a torcida tricolor cantava: "Ão, ão, ão, na cabeça do negão...", o que invariavelmente preocupava muito as defesas adversárias e redundou em vários gols para o Fluminense.

Washington, é o oitavo maior artilheiro da história do Fluminense com 118 gols em 301 jogos.


Doença

Washington sofria de uma grave doença degenerativa, a Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), mesma doença que afeta o mais conhecido e famoso físico e cosmólogo da atualidade, Stephen Hawking. Havia, por parte da torcida tricolor carioca, a solidariedade e o interesse em prestar todo o apoio ao ídolo. Já por parte do rubro-negro paranaense, o apoio financeiro ao tratamento e a intenção do desenvolver alguma campanha de marketing para ajudar ainda mais o ex-atacante atleticano.

O jogo realizado no domingo, 15/11/2009, entre as equipes do Fluminense e Atlético Paranaense pelo Brasileirão, foi denominado "Washington Day". A homenagem não se deve apenas ao motivo do ex-atacante ser ídolo das duas torcidas, mas também porque e, principalmente, o jogador integrante da famosa dupla "Casal 20" no Furacão e no Tricolor carioca, passar por sérios problemas de saúde e, desta forma, o evento esportivo arrecadou contribuições que foram revertidas para o tratamento de Washington com depósitos, em dinheiro, em sete urnas espalhadas pelo Maracanã.

O atacante Fred, principal destaque do time carioca no Brasileirão, também se mostrou solidário com o drama de Washington. Depois de anunciar em seu blog oficial o leilão de uma camisa autografada por ele e pelo próprio jogador, cuja renda seriea revertida para o ex-centroavante, Fred mostrou que está cada vez mais identificado com o clube e fez questão de tirar uma foto com a camisa comemorativa do "Washington Day".


Morte

Washington foi encontrado morto em sua casa em Curitiba, PR na manhã de domingo, 25/05/2014. Segundo a família do jogador, ele foi encontrado sem o respirador, que caiu durante a noite. O jogador já vinha sendo acompanhado diariamente por uma equipe médica.


Títulos

Internacional
Campeonato Gaúcho: 1981

Atlético Paranaense
Campeonato Paranaense: 1982

Fluminense
Campeonato Carioca: 1983, 1984 e 1985
Campeonato Brasileiro: 1984

Botafogo
Campeonato Carioca: 1990

Desportiva Ferroviária
Campeonato Capixaba: 1992

Santa Cruz
Campeonato Pernambucano: 1993

Galícia
Campeonato Baiano: 1980 (Vice-campeão)

Fonte: Wikipédia

Guilherme Paraense

GUILHERME PARAENSE
(83 anos)
Militar e Atleta

* Belém, PA (25/06/1884)
+ Rio de Janeiro, RJ (18/04/1968)

Nascido em Belém do Pará, no dia 25/06/1884, Guilherme Paraense foi ainda menino para o Rio de Janeiro, onde, aos 5 anos, começou a frequentar a Escola Militar de Realengo. A prática do tiro era exigida no exercício de suas atividades como militar. Sua tranquilidade o fazia atirar com mão firme, invariavelmente acertando o alvo, independente do formato que tivesse.

Seus atributos logo lhe renderam conquistas: no final da década de 1910, o tenente foi campeão brasileiro e também sul-americano na modalidade tiro com revólver. Em 1914, junto a um grupo de atiradores, fundou, no Rio de Janeiro, o Revólver Clube, destinado a conferir maior atenção à prática do tiro esportivo, que vinha ganhando um número crescente de adeptos. O clube favoreceu a realização de torneios e aprimorou o desempenho de atletas dedicados à modalidade.

Guilherme Paraense foi o primeiro atleta brasileiro a ganhar uma medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Antuérpia, em 1920. Permaneceu como o único campeão olímpico do país durante 32 anos, até que Adhemar Ferreira da Silva igualasse sua conquista no salto triplo, em Helsinque, em 1952. Primeiro-tenente do Exército Brasileiro, Guilherme Paraense foi campeão brasileiro de tiro em 1913, 1914, 1916 e 1917 e campeão carioca em 1915 e 1918. Tinha 35 anos quando competiu pela primeira vez nas Olimpíadas, no dia 03/08/1920. Ele foi atleta do Fluminense Football Club.

Guilherme Paraense embarcou para Antuérpia, em 1920, com mais sete companheiros a bordo do navio Curvello, todos por conta própria, e desceram em Lisboa, de onde prosseguiram de trem até a Bélgica, informados de que o navio não chegaria a Antuérpia a tempo de participarem das provas. Depois de uma viagem de 27 dias, na conexão em Bruxelas parte das armas e a munição de Guilherme Paraense foram roubadas.


Com tantos percalços, a equipe brasileira chegou aos Jogos Olímpicos de moral baixa, com fome e sem material esportivo. Impressionados com a situação dos colegas, os atiradores americanos lhes emprestaram armas e munição, modernas e fabricadas especialmente pela Colt, e com elas os brasileiros derrotaram seus benfeitores, ganhando ouro, prata e bronze no Tiro.

As disputas do tiro realizaram-se em um campo de manobras do exército belga em Beverloo, vizinho a Waterloo, o famoso lugar onde o exército de Napoleão havia sido derrotado. Na prova de pistola de tiro rápido, que consistia em 30 tiros a uma distância de 30 metros do alvo, Guilherme Paraense acertou em cheio o último deles, que decidiu a medalha, em 03/08/1920. Fez 274 pontos contra 272 do segundo colocado, o americano Raymond Bracken, e foi medalha de bronze por equipe na prova de pistola livre.

Paraense também teve a honra de ser o primeiro porta-bandeira olímpico do Brasil. Como o desfile de abertura ocorreu somente em 16/08/1920, treze dias depois da conquista do ouro, seu nome foi uma unanimidade para carregar o símbolo máximo do país.

O primeiro herói brasileiro nunca mais voltou a competir em Olimpíadas e morreu esquecido, vítima de um enfarte, aos 83 anos, no Rio de Janeiro, no dia 18/04/1968.

Em 1989, o pioneiro do ouro foi homenageado pelo Exército Brasileiro, que batizou com o nome Polígono de Tiro Tenente Guilherme Paraense o conjunto de estandes de tiro da Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN), sediada em Resende, RJ, onde, além disso, é realizado anualmente um torneio que também leva seu nome, válido para o calendário brasileiro de competições de tiro esportivo.


Atividades no Esporte

  • Participou dos VII Jogos Olímpicos de Antuérpia (1920) e tornou-se o 1º Medalhista de Ouro Olímpico do Brasil, vencendo a prova de revólver, superando o campeão norte americano Raymond Braecken por dois pontos.
  • Serviu vários anos na Vila Militar, DF, como instrutor de tiro.
  • Foi 2º Secretário do Revólver Clube, como 2º tenente (15/05/1914).
  • Detentor da 1ª Medalha Olímpica de ouro do Brasil e bronze por equipe nos Jogos Olímpicos de Antuérpia (1920).
  • No seu regresso das Olimpíadas, em 1922, foi homenageado pelo Presidente da República Epitácio Pessoa no Salão Nobre do Fluminense, juntamente com Afrânio Costa e outros companheiros de equipe, recebendo uma placa de prata da Liga de Defesa Nacional, sendo na ocasião saudado pelo famoso escritor Coelho Neto.
  • Vencedor da prova de revólver dos I Jogos Latino-Americanos, comemorativo do Centenário da Independência do Brasil (1922), com as provas realizadas no estande da Vila Militar.
  • Foi campeão carioca pelo Fluminense e pelo São Cristóvão.
  • Foi campeão brasileiro várias vezes pela Confederação do Tiro Brasileira (CTB), Diretoria Geral do Tiro de Guerra (DGTG), Revólver Club e pela Federação Brasileira de Tiro (FBT).
  • Conquistou os títulos nacionais de 1913, 1914, 1918, 1922 e 1927.
  • Encerrou a sua participação no tiro em 1927.

Indicação: Miguel Sampaio

Fernandão

FERNANDO LÚCIO DA COSTA
(36 anos)
Jogador de Futebol, Dirigente e Técnico

* Goiânia, GO (18/03/1978)
+ Aruanã, GO (07/06/2014)

Fernando Lúcio da Costa, mais conhecido como Fernandão, foi um futebolista e dirigente brasileiro.

Iniciou sua carreira nas categorias de base do Goiás como meia, e aos dezesseis anos passou a jogar bola no time profissional. Foi no Goiás onde passou a ter destaque no cenário futebolístico, entre 1995 e 2001, quando conquistou cinco estaduais, duas Copas Centro-Oeste e um Brasileiro da Série B na posição de meio de campo.

Devido ao seu futebol de grande técnica e seus cabeceios certeiros, teve a oportunidade de ir para a Europa, onde jogou pelo Olympique de Marselha, por quase três anos, depois foi transferido para o Toulouse, também da França, lá começou a jogar de atacante.

Na volta para o Brasil, Fernandão foi para o Internacional, sendo que Fernando Carvalho, presidente do Internacional na época, fez grande esforço para contratar o jogador. Foi no Internacional onde atingiu seu melhor momento no futebol. Logo em seu jogo de estréia, marcou o milésimo gol da história do clássico Grenal, feito que lhe rendeu uma placa e o fez cair nas graças da torcida colorada.

Após se adaptar rapidamente ao futebol gaúcho, chegou a vestir a camisa da Seleção Brasileira em um amistoso contra a Seleção da Guatemala.

Em 2006, Fernandão foi o capitão do time que deu ao Internacional os seus dois maiores títulos: a Copa Libertadores da América e o Mundial de Clubes FIFA. Ele foi decisivo, marcando um gol e dando passe para o outro na grande final da Libertadores com o São Paulo, partida na qual foi eleito pela patrocinadora do torneio melhor jogador em campo.


Na conquista da Copa Dubai de 2008 foi fundamental para o Internacional, fazendo um gol de fora da área contra a Inter de Milão.

Em 14/06/2008, foi anunciada a sua transferência para o Al-Gharafa. Fernandão saiu do Internacional como um dos maiores ídolos da história do time. E prometeu voltar ao clube futuramente, seja como dirigente, seja como jogador ou seja como torcedor, sendo considerado por muitos como o maior ídolo da história colorada.

No dia 30/07/2009, rescindiu seu contrato com o Al-Gharafa e, após muita especulação por parte de vários clubes, como São Paulo, Internacional e Santos, acertou com o clube que o revelou, o Goiás.

No dia 06/05/2010, o São Paulo anunciou a contratação de Fernandão até o fim de 2011. Em sua estreia, desequilibrou o duelo válido pelas quartas de final da Copa Libertadores, contra o Cruzeiro no Mineirão, originando as jogadas dos dois gols, o último inclusive com um passe de calcanhar.

No dia 23/05/2010, em jogo valido pela 3ª rodada do Campeonato Brasileiro, Fernandão marcou seu primeiro gol com a camisa do São Paulo, ironicamente foi contra o Internacional, clube onde tornou-se ídolo, e na casa do Internacional, o Beira-Rio. A partida terminou com a vitória do São Paulo por 2 x 0.

No dia 09/05/2011, São Paulo e Fernandão acertaram a rescisão amigável do contrato. Com a camisa do São Paulo fez oito gols, todos pelo Campeonato Brasileiro de 2010, em 39 partidas.

Dirigente

Depois de anunciar sua aposentadoria do futebol no dia 19/07/2011, foi anunciado como diretor executivo do Internacional.


Técnico

Em 20/07/2012, foi confirmado como novo técnico do Internacional, substituindo Dorival Júnior. Seu auxiliar foi o ex-goleiro André e essa foi a primeira experiência de Fernandão como treinador.

Fez sua estréia em 22/07/2012, na goleada de 4 x 1 sobre o Atlético, GO, no estádio Beira-Rio, com gols de Elton, Dagoberto, Jajá e Fred, que foi uma aposta de Fernandão para iniciar o jogo e acabou sendo o grande destaque da partida. No jogo seguinte, venceu o Figueirense, no Orlando Scarpelli, por 1 x 0, gol de Dagoberto. Na 3ª partida, empatou em casa com o até então vice-líder do campeonato Vasco, por 0 x 0.

Em 20/11/2012, Fernandão, após obter apenas 44,9% de aproveitamento como treinador do Colorado, foi demitido pela diretoria. Antes de sair, porém, o ex-capitão trocou farpas com o zagueiro Bolívar, que se recusou a ficar no banco de reservas na partida contra o Corinthians.

 

Morte

Fernando Lúcio da Costa morreu em 07/06/2014 aos 36 anos na queda de um helicóptero. O acidente ocorreu por volta de 1:30 hs, na cidade de Aruanã, no interior de Goiás, e o helicóptero era um Helibrás HB-350BA Esquilo, prefixo PT-YJJ.

No acidente, também morreram outros quatro passageiros: Lindomar Mendes Vieira, Antônio de Pádua Ferreira, Edmilson de Sousa Lemes e Milton Ananias.

Segundo a Polícia Civil, a aeronave levantou voo da fazenda que pertencia a Fernandão por volta de 01:00 hs e caiu segundos depois sobre um banco de areia, uma pequena praia de água doce, às margens do Rio Araguaia e capotou diversas vezes. O local do acidente fica a 15 km do centro de Aruanã, GO. O ex-jogador chegou a ser levado para o hospital da cidade, mas faleceu pouco depois.

"O corpo dele é o único que está no hospital. Os demais morreram no local do acidente. Nessa época é muito comum acampamento às margens do Rio Araguaia, mas trata-se de uma região cujo acesso é mais comum por helicóptero ou barco. Ele chegou ao hospital socorrido por barco."
(Delegado Norton Ferreira, chefe de comunicação da Polícia Civil de Goiás)

Um dos responsáveis pelo resgate, o sargento Cristiano contou o estado em que encontrou o ex-jogador.

"Ele estava inconsciente, com muita secreção nas vias aéreas por causa das hemorragias internas, múltiplos ferimentos nos membros inferiores e um ferimento na cabeça. Respirava com muita dificuldade e já no trajeto ao hospital estava em estado crítico. Infelizmente, quando chegou ao hospital veio a óbito"

Fonte: Wikipédia e Globo Esporte

Dirceu

DIRCEU JOSÉ GUIMARÃES
(43 anos)
Jogador de Futebol

* Curitiba, PR (15/06/1952)
+ Rio de Janeiro, RJ (15/09/1995)

Dirceu José Guimarães, mais conhecido como Dirceu, foi um jogador de futebol brasileiro que atuava como ponta-esquerda e meia.

Ele talvez tenha sido um dos jogadores mais técnicos e voluntariosos da história do futebol brasileiro. Sua disposição era tão grande que acabou herdando o apelido de "Formiguinha" de Zagallo. Dirceu foi um dos principais nomes da Seleção Brasileira nas décadas de 70 e 80.

São três Copas do Mundo, uma Olimpíada e muitos clubes no currículo. Sua brilhante carreira durou 25 anos, e um detalhe importante: nesse tempo todo, nunca recebeu um único cartão vermelho, apesar de toda a sua garra e toda a sua determinação mostrada nos gramados.

Dirceu José Guimarães nasceu no dia 15/06/1952, na cidade de Curitiba, PR. Iniciou a sua cerreira no futebol no final dos anos 60 no infantil do Coritiba. Foi lançado no time profissional pelo lendário Filpo Núñez quando tinha apenas 18 anos e logo começou a ser notado pelos dirigentes das equipes do eixo Rio-São Paulo. Foi fundamental na conquista dos campeonatos paranaenses de 1971 e 1972, conquistados pelo Coxa Branca. Antes de se transferir para o Botafogo, participou dos Jogos Olímpicos de 1972, em Munique, e foi um dos poucos jogadores a se salvar na decepcionante campanha da Seleção Brasileira, que foi desclassificada ainda na primeira fase.

Suas atuações com a camisa do Botafogo fizeram com que aquele jovem ponta-esquerda ganhasse notoriedade e prestígio junto à torcida. Mesmo não tendo conquistado títulos com a camisa alvinegra, foi lembrado por Zagallo para fazer parte do grupo que disputou a Copa do Mundo de 1974, na Alemanha Ocidental.

Dirceu não começou o Mundial como titular, mas ganhou a vaga na segunda fase da competição e teve boa participação nos jogos contra a Alemanha Oriental, Argentina, Holanda e a Polônia. O quarto lugar na Copa acabou frustrando os torcedores, mas o hábil ponta-esquerda seguiu com bastante moral com a torcida.


Dirceu defendeu o Botafogo até 1975, participando de 52 partidas e marcando nove vezes. Depois foi contratado pelo Fluminense e fez parte de uma das equipes mais fantásticas e mais lembradas pela imprensa esportiva: a "Máquina Tricolor".

Junto com craques como Carlos Alberto Torres, Paulo César Caju, Edinho, Rodrigues Neto, Gil e Rivellino, conquistou o Campeonato Carioca de 1976 e ainda levou o Fluminense às semifinais do Campeonato Brasileiro de 1976, quando a equipe das Laranjeiras foi derrotada pelo Corinthians nos pênaltis, na partida que ficou conhecida como a "Invasão Corintiana".

Dirceu deixou o Fluminense em 1977, como parte do "troca-troca" idealizado por Francisco Horta e se transferiu para o Vasco da Gama. Quando chegou em São Januário, Dirceu se transformou num dos principais jogadores do time, formando-se em um meio-campo de muito respeito com Zé Mário e Zanata. A conquista do Campeonato Carioca daquele ano, com apenas uma derrota e nenhum gol sofrido em todo o segundo turno, entrou para a história do Gigante da Colina. E a final contra o Flamengo, decidida apenas nos pênaltis, é considerada até hoje uma das mais emocionantes da história da competição.

Suas boas atuações com a camisa do Vasco da Gama lhe renderam a convocação para a sua segunda Copa do Mundo, em 1978. Dirceu, a princípio, era o reserva imediato de Rivellino, mas acabou entrando logo na partida de estréia, contra a Suécia.

A "Formiguinha" marcou três gols no Mundial da Argentina, dois contra o Peru e um contra a Itália, e foi o principal destaque da Seleção Brasileira que ficou com a terceira colocação no torneio, na ocasião chamada de "Campeão Moral" pelo técnico Cláudio Coutinho. E suas atuações foram tão boas que ele foi premiado com a "Bola de Bronze" da Copa do Mundo, como o terceiro melhor jogador do Mundial e fazendo parte da seleção do torneio.

Depois de duas temporadas jogando pelo América do México, Dirceu se transferiu para o Atlético de Madrid em 1979, permanecendo no clube por três anos. Foi lembrado por Telê Santana para a Copa do Mundo de 1982, na Espanha, mas só atuou no primeiro tempo da partida contra a União Soviética. Depois do Mundial, iniciou uma verdadeira peregrinação por clubes europeus, principalmente na Itália, onde defendeu o Napoli, Ascoli e o Como. Por este último, participou da melhor temporada da história do clube, levando a pequena equipe ao oitavo lugar no Campeonato Italiano e à semifinal da Copa da Itália. Por causa dessa temporada, foi eleito o melhor jogador do Calcio de 1985/1986.


Foi convocado para a Copa do Mundo de 1986, mas acabou cortado por conta de uma lesão causada num choque com o goleiro Paulo Victor a poucos dias do embarque para o México. No entanto, Dirceu se mostrou inconformado com o fato e nunca perdoaria o técnico Telê Santana e o médico Neylor Lasmar pela sua ausência naquela que seria a sua quarta Copa do Mundo. É bom lembrar que outros jogadores veteranos como Zico, Sócrates e Falcão também estavam lesionados e/ou fora de forma, e contaram com a complacência da comissão técnica.

Dirceu defendereria ainda o Avellino, da Itália, retornou ao Vasco da Gama em 1987 onde se desentendeu com o técnico Sebastião Lazaroni e só jogou sete partidas. Passou pelo Miami Sharks, dos Estados Unidos e por outras equipes pequenas do futebol italiano, se dividindo entre os campeonatos de futebol e futsal.

Com quase quarenta anos, viveu outro grande momento atuando pelo modestíssimo Ebolitana, equipe da cidade de Eboli, na província de Salerno. Com o ex-companheiro de Fluminense Rubens Galaxe no comando do time, a fanática torcida começou a sonhar com o acesso para a Série C do Campeonato Italiano. Mesmo não tendo conseguido a classificação, Dirceu foi homenageado pelo clube que batizaram o estádio local com o nome "Stadio Dirceu José Guimarães".

Depois de mais um período atuando no futebol de salão e no showbol, Dirceu aceitou uma proposta do Yucatán, onde encerraria a sua brilhante carreira em 1995. E a sua despedida contou com a presença de amigos como Zico e Roberto Dinamite jogando no Estádio Asteca, tomado por 50 mil pessoas que queriam ver a "Forminguinha" jogando pela última vez.

Talvez a única mágoa do jogador, além da polêmica do corte na Copa do Mundo de 1986, tenha sido o fato de nunca ter sido homenageado em Curitiba, sua cidade natal. Por outro lado, Dirceu também ficou conhecido pelo fato de priorizar boas propostas financeiras ao invés de permanecer nos clubes por um maior período de tempo.

Após 17 anos fora do Brasil, resolveu voltar e se restabelecer definitivamente no país.


Morte

Uma semana depois de sua chegada ao Rio de Janeiro, retornando de um futebol noturno com ex-jogadores na Barra da Tijuca, Dirceu e seu amigo italiano Pasquale Sazio teriam sido vítimas da irresponsabilidade de rapazes que faziam um "racha" e acertaram seu carro, um Puma. Ambos faleceram na hora, na madrugada de 15/09/1995.

Dirceu José Guimarães tinha 43 anos de idade e deixou três filhos. Sua mulher estava grávida do quarto menino.


Títulos

Coritiba
1971 - Campeonato Paranaense
1972 - Campeonato Paranaense

Fluminense
1976 - Campeonato Carioca

Vasco da Gama
1977 - Campeonato Carioca
1988 - Campeonato Carioca



Prêmios

  • 1977 - Jogador do Ano: Melhor Jogador do Vasco
  • 1978 - Jogador do Ano: Melhor Jogador do Vasco
  • 1978 - Bola de Bronze Copa do Mundo FIFA
  • 1978 - 3º Maior Futebolista Sul-americano do Ano
  • 1985 - Melhor Jogador do Campeonato Italiano
  • 1986 - Melhor Jogador do Campeonato Italiano

Marinho Chagas

FRANCISCO DAS CHAGAS MARINHO
(62 anos)
Jogador de Futebol

* Natal, RN (08/02/1952)
+ João Pessoa, PB (01/06/2014)

Francisco das Chagas Marinho, conhecido como Marinho Chagas, foi um futebolista brasileiro que atuou como como lateral-esquerdo.

Marinho Chagas nasceu em Natal, RN, em 08/02/1952. Aos 15 anos, ainda conhecido como Chiquinho, iniciou a carreira na lateral esquerda do modesto  Riachuelo, clube da periferia de Natal.

Dois anos depois, trocou o time pelo ABC, clube pelo qual conquistou seu primeiro título profissional: o Campeonato Potiguar de 1970, no mesmo ano em que a Seleção Brasileira conquistava o tricampeonato mundial no México.

Jogou também no América de NatalNáuticoBotafogo, onde conquistou destaque e clube que o levou para a Seleção Brasileira e à Copa do Mundo de 1974. Também atuou pelo FluminenseBanguSão PauloFortaleza, e junto com Franz Beckenbauer no New York Cosmos.

Iniciou sua carreira de treinador no Alecrim Futebol Clube, mas por razões desconhecidas deixou a carreira.

Dono de um chute forte e preciso, era conhecido pelos gols de falta marcados frequentemente. Era conhecido pelo comportamento irreverente e não raro polêmico dentro e fora de campo, se destacando por estar taticamente à frente de seu tempo: avançava livremente pela lateral do campo rumo ao ataque, características de um verdadeiro ala. Isso na época causava controvérsia, já que antigamente era considerado muito mais importante para um lateral marcar do que apoiar. Por causa disso, Marinho recebeu o pejorativo apelido de "Avenida Marinho Chagas", devido aos eventuais espaços que deixava em campo.


Apesar de toda a fama que tinha em sua terra, Marinho Chagas brilhou mesmo foi no Rio de Janeiro, onde foi ídolo pelo Botafogo, vindo do Náutico, onde começou a se projetar. No Rio de Janeiro, ganhou a fama de temperamental e o apelido de "Bruxa Loura". Lateral-esquerdo tal qual Nílton Santos, ele foi o dono da posição no Glorioso entre 1972 e 1977. E muito por isso considerado o sucessor da "Enciclopédia do Futebol"Nílton SantosTítulo, inclusive, que muito honrava Marinho Chagas.

Quando Nílton Santos morreu em 27/11/2013, o potiguar se disse "muito abalado" com a perda e resumiu de forma impactante o que sentia pelo bicampeão mundial:

"Figurar entre os melhores jogadores da história do Botafogo é uma honra enorme, pois este foi o único clube em que o meu maior ídolo jogou!"

Marinho Chagas também se orgulhava de sua estreia pelo Botafogo, justamente contra o Santos de Pelé. E dizia que logo no primeiro lance roubou a bola do Pelé e deu um lençol nele. No seguinte, tocou entre as pernas do Rei do Futebol.

Em 1973, chegou à Seleção Brasileira – a estreia aconteceu em 25 de junho daquele ano, na derrota por 1 a 0 para a Suécia, em um amistoso realizado no Estádio Rasunda - o mesmo palco da cidade de Solna que recebeu o primeiro título da Seleção em 1958.

Em 1974 foi convocado por Mário Jorge Lobo Zagallo para disputar a Copa do Mundo de 1974, a única de sua carreira. A equipe foi eliminada nos grupos da segunda fase, perdendo a vaga na final. Na disputa do terceiro lugar, perdeu por 1 a 0 para a Polônia, em jogo que valeu a Marinho Chagas rixas com o comentarista João Saldanha e com o goleiro Emerson Leão. Mas mesmo com a eliminação, Marinho Chagas acabou sendo eleito o melhor lateral-esquerdo daquele Mundial.


Marinho Chagas ficou no Botafogo até 1976, deixando a Seleção Brasileira no ano seguinte - seu último jogo com o Brasil foi em 26/06/1977, um empate por 0 x 0 com a Iugoslávia no Estádio do Mineirão. Contratado pelo Fluminense, revolucionou: durante a disputa do Troféu Teresa Herrera, naquele mesmo ano, inventou cobranças de pênalti com uma "paradinha giratória", convertendo as três tentativas que fez. Foi a única conquista pelo clube, no qual jogou até o final de 1978.

Entre 1979 e 1980, atuou no futebol dos Estados Unidos, vestindo as camisas de New York Cosmos e Fort Lauderdale Strikers. No primeiro, atuou com jogadores como Franz Beckenbauer, Carlos Alberto Torres e Giorgio Chinaglia.

Quando voltou ao Brasil, foi para vestir a camisa do São Paulo. Brilhou na equipe paulista e conquistou em 1981 o título estadual pelo Tricolor. Antes de se aposentar, ainda jogou pelo Bangu, Fortaleza e Augsburg, da Alemanha.

Nos seus últimos anos de vida, morou em sua cidade natal, onde era comentarista da Band Natal, emissora Grupo Bandeirantes de Comunicação.

Era idolatrado em sua terra natal e um mês antes de sua morte foi homenageado com uma estátua de sete metros de altura, feita em sua homenagem pelo artista plástico Guaraci Gabriel. Antes, em fevereiro de 2014, já tinha sido homenageado com uma marchinha de carnaval, ao ser homenageado pelo bloco Jegue Empacado. Ele também era membro e embaixador da cidade-sede para a Copa do Mundo.


Morte

Nos últimos anos, separado da mulher LúciaMarinho Chagas passou a sofrer com os problemas de saúde decorrentes do alcoolismo. Nos últimos cinco anos, foi internado pelo menos três vezes, a última delas no sábado, 31/05/2014, em João Pessoa, PB, onde morreu nas primeiras horas de domingo, 01/06/2014, aos 62 anos, vítima de uma hemorragia digestiva.

Em 2013 chegou a passar 10 dias internado na UTI de um hospital de Natal, entre a vida e a morte, justamente por causa de uma hemorragia digestiva. Na época, ele prometeu parar de beber para estar vivo na Copa do Mundo que seria realizada no Brasil.

O corpo de Marinho Chagas foi velado no estádio Frasqueirão, que pertence ao ABC Futebol Clube, em Natal, RN, onde ele nasceu. O enterro ocorreu às 09:00 hs de segunda-feira, 02/06/2014, no Cemitério Morada da Paz.


Títulos

ABC
1970 - Campeonato Potiguar

Seleção Brasileira
1976 - Torneio Bi-centenário dos Estados Unidos

Fluminense
1977 - Troféu Teresa Herrera

São Paulo
1981 - Campeonato Paulista




Prêmios Individuais

  • 1972 - Bola de Prata (Placar)
  • 1973 - Bola de Prata (Placar)
  • 1974 - 2º Maior Futebolista Sul-Americano do Ano
  • 1974 - Melhor Lateral-Esquerdo da Copa de 1974
  • 1981 - Bola de Prata (Placar)

Fonte: Wikipédia, Globo Esporte, Terra e R7
Indicação: Miguel Sampaio