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Jane Batista

JANE BATISTA
(87 anos)
Atriz, Apresentadora, Jornalista e Escritora

* São Paulo, SP (21/07/1927)
+ São Paulo, SP (04/09/2014)

Túlia Quilici, mais conhecida como Jane Batista foi uma atriz brasileira nascida em 21/07/1927, na capital paulista.

Aos 16 anos, foi secretária do ministro Cândido Motta Filho, do Departamento Estadual de Imprensa e Propaganda (DEIP), tendo sido essa sua primeira profissão.

Começou na área artística como radioatriz, e nessa função esteve nas emissoras Cruzeiro do Sul, Rádio  América e  Rádio  São Paulo. Anos depois passou para a televisão.

Jane Batista já se apresentou pronta na televisão de São Paulo, na TV Paulista,  em 1951.  Essa foi a segunda emissora a ser inaugurada em São Paulo, e que mais tarde se transformou na TV Globo, e depois em Rede Globo de Televisão. A moça loira e bonita foi a primeira garota propaganda da TV Paulista.  Foi também o primeiro rosto a aparecer na tela da emissora. Além de charmosa, Jane Batista também foi sempre muito inteligente.

Além de atriz, formou-se em jornalismo, e passou à apresentadora dos mais variados programas. Transferiu-se então para a TV Tupi de São Paulo, onde permaneceu por várias décadas.

Jane Batista, por seu desembaraço, foi indicada para participar das inaugurações de várias Emissoras Associadas: TV Curitiba, TV Brasília TV Ribeirão Preto. Houve uma época em que ela, além de fazer televisão, passou a organizar eventos e a apresentar desfiles de modas, tornando-se assim uma especialista no assunto.

Dedicou-se, por fim, ao jornalismo e à literatura. Fez muitas reportagens e entrevistas, tanto na área artística, quanto na política, escrevendo em jornais de alta circulação. Escreveu para o Grupo 1 de Jornais e na Gazeta de Pinheiros. Além disso foi assessora de imprensa junto a políticos e empresários. Foi também membro efetivo da Associação de Jornalistas e Escritoras do Brasil (AJEB), onde era vice-presidente. Teve participações em antologias publicadas pela AJEB. Essas antologias foram publicadas pela entidade, com destaque na Bienal de São Paulo.

Trabalhou também em teatro, com o ator Armando Bógus, na peça "O Ovo"

Jane Batista e Paulo Goulart (Helena, 1952)
Carreira
  • 1952 - Casa De Pensão
  • 1952 - Helena
  • 1954 - Chamas No Cafezal
  • 1955 - Carnaval Em Lá Maior ... Loura
  • 1956 - A Pensão de D. Estela
  • 1962 - O Vigilante Rodoviário
  • 1970 - Marcado Para o Perigo


Indicação: Miguel Sampaio

Dinah Silveira de Queiroz

DINAH SILVEIRA DE QUEIROZ
(71 anos)
Romancista, Contista e Cronista

* São Paulo, SP (09/11/1911)
+ Rio de Janeiro, RJ (27/11/1982)

Filha de Alarico Silveira, advogado, homem público e autor de uma Enciclopédia Brasileira, e de Dinorah Ribeiro Silveira, de quem ficou órfã muito pequena. Quem lê "Floradas Na Serra", seu livro de estréia de 1939, tem sua atenção despertada por aquela cena em que, ao morrer, um personagem, não querendo contaminar a filha pequena, despede-se dela, à distância, e pede que retirem a fita que prendia o cabelo da menina para beijá-la. A cena se passou na realidade com a escritora. Dona Dinorah veio a falecer aos vinte e poucos anos, deixando duas filhas: Helena e Dinah.

Com a morte da mãe, cada uma das irmãs foi para casa de um parente. Dinah foi morar com sua tia-avó Zelinda, que tanto influiria em sua formação. Datam desses tempos as temporadas na fazenda em São José do Rio Pardo, na Mogiana. Nas freqüentes visitas que o pai fazia à filha, havia sempre tempo para os livros, quando ele lia, em voz alta, as narrativas de Herbert George Wells. As passagens da "Guerra dos Mundos" causariam grande impressão no espírito da menina, assim com os escritos de Camille Flamarion a respeito de astronomia.

Dinah Silveira de Queiroz estudou no Colégio Les Oiseaux, em São Paulo, onde com a irmã Helena colaborou assiduamente no Livro de Ouro, vindo "por motivo de doença de Helena", como sempre assegurou, a ficar, afinal, com seu troféu literário de menina.


Casou-se aos 19 anos com Narcélio de Queiróz, advogado e estudioso de Montaigne, que teria grande influência nas leituras da mulher e a levaria a descobrir a vocação de escritora. Teve duas filhas: Zelinda e Léa.

Em 1961, a romancista enviuvou e, no ano seguinte, casou-se com o diplomata Dário Moreira de Castro Alves.

Seu primeiro trabalho literário recebeu o título de "Pecado", seguido da novela "A Sereia Verde", publicado pela Revista do Brasil, dirigida por Otávio Tarquínio de Sousa. Seu grande sucesso viria em 1939, com o romance "Floradas Na Serra", contemplado com o Prêmio Antônio de Alcântara Machado (1940), da Academia Paulista de Letras, e transposto para o cinema em 1955.

Em 1941, publicou o volume de contos "A Sereia Verde", voltando ao romance em 1949, quando publicou "Margarida la Rocque", e em 1954, com o romance "A Muralha", em homenagem às festas do IV Centenário da fundação de São Paulo. Ainda em 54, a Academia Brasileira de Letras lhe conferiu o Prêmio Machado de Assis, pelo conjunto de sua obra.

Em 1956, fez uma incursão no teatro com a peça bíblica "O Oitavo Dia". No ano seguinte, publicou o volume de contos "As Noites do Morro do Encanto", que fora laureado com o Prêmio Afonso Arinos da Academia Brasileira de Letras (1950).


Em 1960, publicou outro volume de contos, "Eles Herdarão a Terra", no qual já manifestava seu interesse pela ficção científica, que irá expressar-se melhor em "Comba Malina" (1969). Em ambos, prevalece a narrativa vazada dentro do chamado realismo fantástico.

Em 1962 foi nomeada Adido Cultural da Embaixada do Brasil em Madri. Após o casamento com o diplomata Dário Moreira de Castro Alves, seguiu com o marido para Moscou. Permaneceu na União Soviética quase dois anos, escrevendo artigos e crônicas, que eram veiculados na Rádio Nacional, na Rádio Ministério da Educação e no Jornal do Commercio. A ausência do Brasil criou em Dinah Silveira de Queiroz a necessidade de uma contribuição à vida brasileira, à qual concorria com suas crônicas diárias, mais tarde recolhidas no livro de crônicas "Café da Manha" (1969), e ainda em "Quadrante I" e "Quadrante II".

De volta ao Brasil, em 1964, escreveu "Os Invasores", romance histórico em comemoração do IV Centenário da fundação da Cidade do Rio de Janeiro.

Em 1966, partiu novamente para a Europa, fixando-se em Roma. Na capital italiana continuou a escrever crônicas e manteve um programa semanal na Rádio do Vaticano. Publicou a biografia da Princesa Isabel, "A Princesa dos Escravos", e "Verão dos Infiéis", romance inspirado nas palavras do Papa Paulo VI ao falar perante a Assembléia da Organização das Nações Unidas, em 1965. Essa obra recebeu o prêmio de ficção Prefeitura do Distrito Federal em 1969, quando comemorava a escritora trinta anos de literatura.


Em novembro de 1974, iniciou a publicação do "Memorial do Cristo", cujo primeiro volume se intitula "Eu Venho", seguido, em 1977, do segundo volume, "Eu, Jesus".

A eleição de Dinah Silveira de Queiroz, a segunda mulher a entrar para a Academia Brasileira de Letras, em 1980, foi a consagração de uma escritora vinda de uma das famílias brasileiras mais voltadas às letras. Além do pai, Alarico Silveira, nela figuram os nomes de Valdomiro Silveira, um dos fundadores da nossa literatura regional; Agenor Silveira, poeta e filólogo; Helena Silveira, contista, cronista e romancista; Miroel Silveira, contista e teatrólogo; Isa Silveira Leal, novelista; Breno Silveira, tradutor; Cid Silveira, poeta; e Ênio Silveira, editor.

A escritora viveu os últimos anos em Lisboa, Portugal, onde o embaixador Dário de Castro Alves chefiava a representação diplomática do Brasil. Lá escreveu seu último romance, "Guida, Caríssima Guida", publicado em 1981.

Dinah Silveira de Queiroz sempre dizia que só pararia de escrever quando morresse. E, já muito grave seu estado de saúde, continuava, mesmo assim, a ditar, em São Paulo, suas crônicas diárias. E ditou-as até três dias antes de passar para a eternidade.


Academia Brasileira de Letras

Dinah Silveira de Queiroz tornou-se a segunda mulher a ocupar uma cadeira, a sétima ocupante da cadeira sete, na Academia Brasileira de Letras, em sucessão a Pontes de Miranda, tendo sido recebida em 07/04/1981, mesmo ano da publicação de seu último trabalho, o romance "Guida, Caríssima Guida".

Adaptações

Tanto "Floradas na Serra" como "A Muralha" ganharam adaptações para o cinema e para a televisão, com muito sucesso. "Floradas na Serra" foi filmado em 1953 pelo estúdio Vera Cruz, com direção do italiano Luciano Salce e estrelado por Cacilda Becker e Jardel Filho.

Na televisão, houve duas adaptações. Uma na TV Cultura, de São Paulo, em 1981, na série "Teleromance", com Bete Mendes e Amaury Alvarez, e a outra no início da década de 1990, na TV Manchete, com as atuações de Carolina Ferraz, Marcos Winter, Myrian Rios e Tarcísio Filho. Já "A Muralha" foi adaptada para a televisão em três oportunidades: a primeira, em 1961, em uma adaptação simples e sem muitos recursos de Benjamin Cattan para a TV Tupi; a segunda adaptação foi de Ivani Ribeiro, em 1968, para uma superprodução da TV Excelsior que reuniu todo o elenco de estrelas da casa, na época, e em 2000, quando Maria Adelaide Amaral fez uma das minisséries mais caras da TV Globo.

Prêmios

Dinah Silveira de Queiroz foi laureada com vários prêmios literários. Recebeu em 1940 da Academia Paulista de Letras o Prêmio Antônio de Alcântara Machado pela obra "Floradas na Serra". Seu romance "Verão dos Infiéis" recebeu o Prêmio Prefeitura do Distrito Federal, em 1969. Da Academia Brasileira de LetrasDinah foi agraciada com duas importantes premiações: o Prêmio Afonso Arinos em 1950, pelo volume de contos "As Noites do Morro do Encanto" e o Prêmio Machado de Assis, pelo conjunto de sua obra, em 1954.


Obras


  • 1939 - Floradas na Serra (Romance)
  • 1941 - A Sereia Verde (Contos)
  • 1949 - Margarida La Rocque (Romance)
  • 1951 - As Aventuras do Homem Vegetal (Infantil)
  • 1954 - A Muralha (Romance)
  • 1956 - O Oitavo Dia (Teatro)
  • 1957 - As Noite do Morro do Encanto (Conto)
  • 1960 - Era Uma Vez Uma Princesa (Biografia)
  • 1960 - Eles Herdarão a Terra (Conto)
  • 1965 - Os Invasores (Romance)
  • 1966 - A Princesa dos Escravos (Biografia)
  • 1968 - Verão dos Infiéis (Romance)
  • 1969 - Comba Malina (Conto)
  • 1969 - Café da Manhã (Crônicas)
  • 1974 - Eu Venho, Memorial do Cristo I
  • 1977 - Eu, Jesus, Memorial do Cristo II
  • 1979 - Baía de Espuma (Infantil)
  • 1981 - Guida, Caríssima Guida (Contos)


Em Colaboração


  • 1960 - Antologia Brasileira de Ficção-Científica (Conto)
  • 1961 - Histórias do Acontecerá (Conto)
  • 1962 - O Mistério dos MMM (Contos)
  • 1962 - Quadrante 1 (Crônicas)
  • 1963 - Quadrante 2 (Crônicas)


Rubem Alves

RUBEM ALVES
(80 anos)
Psicanalista, Professor, Teólogo e Escritor

* Boa Esperança, MG (15/09/1933)
+ Campinas, SP (19/07/2014)

Rubem Alves foi um psicanalista, educador, teólogo e escritor brasileiro, é autor de livros e artigos abordando temas religiosos, educacionais e existenciais, além de uma série de livros infantis. Nasceu no dia 15/09/1933, em Boa Esperança, sul de Minas Gerais, naquele tempo chamada de Dores da Boa Esperança. A cidade é conhecida pela serra imortalizada por Lamartine Babo e Francisco Alves na música "Serra da Boa Esperança".

A família mudou-se para o Rio de Janeiro, em 1945, onde, apesar de matriculado em bom colégio, sofria com a chacota de seus colegas que não perdoavam seu sotaque mineiro. Buscou refúgio na religião, pois vivia solitário, sem amigos. Teve aulas de piano, mas não teve o mesmo desempenho de seu conterrâneo, Nelson Freire. Foi bem sucedido no estudo de teologia e iniciou sua carreira dentro de sua igreja como pastor em cidade do interior de Minas.

No período de 1953 a 1957 estudou Teologia no Seminário Presbiteriano  de Campinas, SP, tendo se transferido para Lavras, MG, em 1958, onde exerceu as funções de pastor naquela comunidade até 1963.

Casou-se em 1959 e teve três filhos: Sérgio (1959), Marcos (1962) e Raquel (1975) que foi sua musa inspiradora na feitura de contos infantis.

Em 1963 foi estudar em New York, retornando ao Brasil no mês de maio de 1964 com o título de Mestre em Teologia pelo Union Theological Seminary. Denunciado pelas autoridades da Igreja Presbiteriana como subversivo, em 1968, foi perseguido pelo regime militar. Abandonou a igreja presbiteriana e retornou com a família para os Estados Unidos, fugindo das ameaças que recebia. Lá, tornou-se Doutor em Filosofia (Ph.D.) pelo Princeton Theological Seminary.

Sua tese de doutoramento em teologia, "A Theology Of Human Hope", publicada em 1969 pela editora católica Corpus Books é, no seu entendimento, "um dos primeiros brotos daquilo que posteriormente recebeu o nome de Teoria da Libertação".

De volta ao Brasil, lecionou no Instituto Presbiteriano Gammon, na cidade de Lavras, MG, no Seminário Presbiteriano de Campinas, na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Rio Claro e na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), onde recebeu o título de Professor Emérito.


Tinha um grande número de publicações, tais como crônicas, ensaios e contos, além de ser ele mesmo o tema de diversas teses, dissertações e monografias. Muitos de seus livros foram publicados em outros idiomas, como inglês, francês, italiano, espanhol, alemão e romeno.

Em 1971, foi professor-visitante no Union Theological Seminary.

Em 1973, transferiu-se para a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), como professor-adjunto na Faculdade de Educação.

No ano seguinte, 1974, ocupou o cargo de professor-titular de Filosofia no Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH), na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

Foi nomeado professor-titular na Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e, em 1979, professor livre-docente no Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) daquela universidade. Convidado pela Nobel Fundation, proferiu conferência intitulada "The Quest For Peace".

Na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) foi eleito representante dos professores titulares junto ao Conselho Universitário, no período de 1980 a 1985, Diretor da Assessoria de Relações Internacionais de 1985 a 1988 e Diretor da Assessoria Especial para Assuntos de Ensino de 1983 a 1985.

No início da década de 80 tornou-se psicanalista pela Sociedade Paulista de Psicanálise.

Em 1988, foi professor-visitante na Universidade de Birmingham, Inglaterra. Posteriormente, a convite da  Rockefeller Fundation fez residência no Bellagio Study Center, Itália.

Na literatura e na poesia encontrou a alegria que o manteve vivo nas horas más por que passou. Admirador de Adélia Prado, Guimarães Rosa, Manoel de Barros, Octávio Paz, Saramago, Nietzsche, T. S. Eliot, Camus, Santo Agostinho, BorgesFernando Pessoa, entre outros, tornou-se autor de inúmeros livros, e colaborador em diversos jornais e revistas com crônicas de grande sucesso, em especial entre os vestibulandos. 


Afirmava que era "psicanalista, embora heterodoxo", pois nela reside o fato de que acredita que no mais profundo do inconsciente mora a beleza.

Após se aposentar tornou-se proprietário de um restaurante na cidade de Campinas, SP, onde deu vazão a seu amor pela cozinha. No local eram também ministrados cursos sobre cinema, pintura e literatura, além de contar com um ótimo trio com música ao vivo, sempre contando com "canjas" de alunos da Faculdade de Música da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

Rubem Alves era membro da Academia Campinense de Letras, professor-emérito da Unicamp e cidadão-honorário de Campinas, onde recebeu a Medalha Carlos Gomes de contribuição à cultura.

Rubem Alves viveu em Campinas, onde mantinha um grupo, chamado Canoeiros, que se encontra semanalmente para leitura de poesias.

Sua mensagem é direta e, por vezes, romântica, explorando a essência do homem e a alma do ser. É algo como um contraponto à visão atual de homo globalizadus que busca satisfazer desejos, muitas vezes além de suas reais necessidades.

"Ensinar" era descrito por Rubem Alves como um ato de alegria, um ofício que deve ser exercido com paixão e arte. É como a vida de um palhaço que entra no picadeiro todos os dias com a missão renovada de divertir. Ensinar é fazer aquele momento único e especial. Ridendo dicere severum (Rindo, dizer coisas sérias). Mostrando que esta, na verdade é a forma mais eficaz e verdadeira de transmitir conhecimento. Agindo como um mago e não como um mágico. Não como alguém que ilude e sim como quem acredita e faz crer, que deve fazer acontecer.

Em alguns de seus textos, cita passagens da Bíblia, valendo-se de metáforas.


Teologia

Autor do livro "Da Esperança (Teologia da Esperança Humana)", Rubem Alves é tido por muitos estudiosos como uma das mais relevantes personalidades no cenário teológico brasileiro. O fundador da reflexão sobre uma teologia libertadora, que em breve seria chamada de Teologia da Libertação. Via no Humanismo um messianismo restaurador e assim, desde os anos 60 participou do movimento latino-americano de renovação da teologia.

Sua posição liberal logo lhe trouxe graves problemas em seu relacionamento com o protestantismo histórico e especificamente presbiteriano. Foi questionado desde cedo por suas ideias e teve de abandonar o pastorado, tendo antes abandonado suas convicções doutrinárias ortodoxas.

Foi dessa experiência que surgiu o livro "Protestantismo e Repressão", que busca elucidar os labirintos do cotidiano histórico deste movimento religioso. Escreveu ainda um livro em inglês que falava do futuro da humanidade, "Filhos do Amanhã", onde tratou de como um futuro libertador dependia de categorias que a ciência ocidental havia desprezado.

Lançou ainda um livro chamado "Variações Sobre a Vida e a Morte", onde trata de construir uma teologia poética, preocupada com o corpo, com a vida em sua dimensão real.

Foi proibido de falar nos púlpitos da Igreja Presbiteriana do Brasil, o que não o impediu de ser convidado para pregar na Igreja Presbiteriana de Copacabana, no Rio de Janeiro, em 31/10/2003, por ocasião das comemorações pela Reforma Protestante.


Morte

Rubem Alves morreu no sábado, 19/07/2014, vítima de falência múltipla de órgãos, aos 80 anos. Ele estava internado na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Centro Médico de Campinas, a 93 km de São Paulo.

Rubem Alves foi internado no dia 10/07/2014 com um quadro de insuficiência respiratória, devido a uma pneumonia. Segundo boletim médico, ele tinha apresentado agravamento das funções renais e pulmonares na sexta-feira, dia 18/07/2014.


Obras

Crônicas
  • As Contas de Vidro e o Fio de Nylon
  • Navegando
  • Teologia do Cotidiano
  • A Festa de Maria
  • Cenas da Vida
  • Concerto Para Corpo e Alma
  • E Aí? - Cartas Aos Adolescentes e a Seus Pais
  • O Quarto do Mistério
  • O Retorno Eterno
  • Sobre o Tempo e a Eterna Idade
  • Tempus Fugit


Livros Infantis
  • A Menina, a Gaiola e a Bicicleta
  • A Boneca de Pano
  • A Loja de Brinquedos
  • A Menina e a Pantera Negra
  • A Menina e o Pássaro Encantado
  • A Pipa e a Flor
  • A Porquinha de Rabo Esticadinho
  • A Toupeira Que Queria Ver o Cometa
  • Estórias de Bichos
  • Lagartixas e Dinossauros
  • O Escorpião e a Rã
  • O Flautista Mágico
  • O Gambá Que Não Sabia Sorrir
  • O Gato Que Gostava de Cenouras
  • O País dos Dedos Gordos
  • A Árvore e a Aranha
  • A Libélula e a Tartaruga
  • A Montanha Encantada dos Gansos Selvagens
  • A Operação de Lili
  • A Planície e o Abismo
  • A Selva e o Mar
  • A Volta do Pássaro Encantado
  • Como Nasceu a Alegria
  • O Medo da Sementinha
  • Os Morangos
  • O Passarinho Engaiolado
  • Vuelve, Pájaro Encantado


Filosofia da Ciência e da Educação
  • A Alegria de Ensinar
  • Conversas Com Quem Gosta de Ensinar
  • Estórias de Quem Gosta de Ensinar
  • Filosofia da Ciência
  • Entre a Ciência e a Sapiência)


Filosofia da Religião
  • O Enigma da Religião
  • L' Enigma Della Religione
  • O Que é Religião?
  • What Is Religion?
  • Was Ist Religion?
  • Protestantismo e Repressão
  • Protestantism And Repression
  • Dogmatismo e Tolerância
  • O Suspiro dos Oprimidos


Biografias
  • Gandhi: A Magia dos Gestos Poéticos


Teologia
  • A Theology Of Human Hope
  • Christianisme, Opium ou Liberation?
  • Teologia Della Speranza Umana
  • Da Esperança
  • Tomorrow's Child
  • Hijos Del Manana
  • Il Figlio Dei Domani
  • Teologia Como Juego
  • Variações Sobre a Vida e a Morte
  • Creio na Ressurreição do Corpo
  • Ich Glaube An Die Auferstehung Des Leibes
  • I Believe In The Resurrection Of The Body
  • Je Crois En La Résurrection Du Corps
  • Poesia, Profecia, Magia
  • Der Wind Blühet Wo Er Will
  • Pai Nosso
  • Vater Unser
  • The Poet, The Warrior, The Prophet)
  • Parole da Mangiari (The Poet, The Warrior, The Prophet)

Vídeos
  • O Símbolo
  • Visões do Paraíso (Realizado Para Apresentação na ECO-92)
  • Conversando Com Quem Gosta de Ensinar


João Ubaldo Ribeiro

JOÃO UBALDO OSÓRIO PIMENTEL RIBEIRO
(73 anos)
Escritor, Professor, Jornalista e Roteirista

* Itaparica, BA (23/01/1941)
+ Rio de Janeiro, RJ (18/07/2014)

João Ubaldo Osório Pimentel Ribeiro foi um escritor, jornalista, roteirista e professor brasileiro, formado em direito e membro da Academia Brasileira de Letras. Foi ganhador do Prêmio Camões de 2008, maior premiação para autores de língua portuguesa.

João Ubaldo Ribeiro teve algumas obras adaptadas para a televisão e para o cinema, além de ter sido distinguido em outros países, como a Alemanha. É autor de romances como "Sargento Getúlio", "O Sorriso do Lagarto", "A Casa dos Budas Ditosos", que causou polêmica e ficou proibido em alguns estabelecimentos, e "Viva o Povo Brasileiro", tendo sido, esse último, destacado como samba-enredo pela escola de samba Império da Tijuca, no Carnaval de 1987.

João Ubaldo Ribeiro era pai do ator e apresentador Bento Ribeiro.

Nascido na Bahia na casa do avô materno, quando completou dois meses de idade a família mudou-se para Aracaju, SE, onde passou parte da infância. Seu pai, Manuel Ribeiro, advogado de renome na capital baiana, veio a ser o fundador e diretor do curso de Direito da Universidade Católica do Salvador (UCSal). Sua mãe Maria Filipa Osório Pimentel deu à luz mais dois filhos: Sônia Maria e Manuel.


Formação

Seu pai, por ser professor, não suportava a ideia de ter um filho analfabeto e João Ubaldo iniciou seus estudos com um professor particular, em 1947. Alfabetizado, ingressou no Instituto Ipiranga, em 1948, ano em que leu muitos livros infantis, principalmente a obra de Monteiro Lobato. O pai de João Ubaldo sempre fora exigente, o que fez do garoto se empenhar intensamente nos estudos.

Em 1951 ingressou no Colégio Estadual Atheneu Sergipense, em Aracaju. Prestava ao pai, diariamente, contas sobre os textos que havia lido e algumas vezes era obrigado a resumi-los e traduzir alguns de seus trechos. Afirma ter feito essas tarefas com prazer e, nas férias, estudava também o latim.

Seu pai era chefe da Polícia Militar, e nessa época, passou a sofrer pressões políticas, o que o fez transferir-se com a família para Salvador. Na capital baiana João Ubaldo foi matriculado no Colégio Sofia Costa Pinto.

Em 1955 matriculou-se no curso clássico do Colégio da Bahia, conhecido como Colégio Central, onde conheceu seu colega Glauber Rocha.

Em 1958 iniciou seu Curso de Direito na Universidade Federal da Bahia (UFBA).

Em 1959, entrou para o curso do Centro de Preparação de Oficiais da Reserva do Exército no Centro de Preparação de Oficiais da Reserva (CPOR) da Bahia, mas não chegou a completá-lo: escolhido para compor um grupo de estudantes convidado para uma viagem para os Estados Unidos, na volta ao quartel foi injustamente desligado.

Em 1964, João Ubaldo partiu para os Estados Unidos com uma bolsa de estudos concedida pelo governo daquele país para fazer seu mestrado em Ciência Política na Universidade do Sul da Califórnia.


Jornalismo

Em 1957 estreou no jornalismo, trabalhando como repórter no Jornal da Bahia, sendo depois transferido para a Tribuna da Bahia, onde chegou a exercer o posto de editor-chefe. Editou juntamente com Glauber Rocha, revistas e jornais culturais e participou do Movimento Estudantil (1958). Apesar de nunca ter exercido a profissão de advogado, foi aluno exemplar. Nessa mesma Universidade, concluído o curso de Direito, fez pós-graduação em Administração Pública.

João Ubaldo Ribeiro colaborou nos editais O Globo, Frankfurter Rundschau (Alemanha), Jornal da Bahia, Die Zeit (Alemanha), The Times Literary Supplement (Inglaterra), O Jornal (Portugal), Jornal de Letras (Portugal), O Estado de São Paulo, A Tarde e muitos outros, internacionais e nacionais.


Vida Pessoal e Viagens

Seu primeiro casamento foi em 1960 com Maria Beatriz Moreira Caldas, sua colega na Faculdade de Direito. Separaram-se após nove anos de vida conjugal. João Ubaldo passou boa parte de sua vida no exterior, em países como nos Estados Unidos (como estudante e, posteriormente, como professor convidado), em Portugal (editando em parceria com o jornalista Tarso de Castro a revista Careta) e na Alemanha (publicando crônicas semanais para o jornal Frankfurter Rundschau, além de produzir peças para o rádio).

Em 1964 partiu para os Estados Unidos, através de uma bolsa de estudos conseguida junto à Embaixada norte-americana, para fazer seu mestrado em Administração Pública e Ciência Política na Universidade da Califórnia do Sul. Na sua ausência, teve até sua fotografia divulgada pela televisão baiana, encimada com a palavra Procura-se.

Voltou ao Brasil em 1965 e começou a lecionar Ciências Políticas na Universidade Federal da Bahia (UFBA). Ali permaneceu por seis anos, mas desistiu da carreira acadêmica e retornou ao jornalismo.

Em 1969 casou-se com a historiadora Mônica Maria Roters, com quem teve duas filhas, Emília e Manuela. O casamento acabou em 1978, e em 1980 casou-se com a psicanalista Berenice Batella, com quem teve dois filhos, Bento e Francisca.

João Ubaldo Ribeiro participou, em Cuba, do júri do concurso Casa das Américas, juntamente com o critico literário Antônio Cândido e o ator e dramaturgo Gianfrancesco Guarnieri. O primeiro prêmio havia sido concedido à brasileira Ana Maria Machado. Residindo em Portugal editou com o jornalista Tarso de Castro, a revista Careta.

Voltou a residir no Rio de Janeiro em 1991 e, em 1994, foi eleito para a Academia Brasileira de Letras. Participou no mesmo ano da Feira do Livro de Frankfurt, Alemanha, recebendo o Prêmio Anna Seghers, concedido somente a escritores alemães e latino-americanos.


Carreira Literária

Em 1959 participou da antologia Panorama do Conto Baiano, com o conto "Lugar e Circunstância". A antologia foi publicada pela Imprensa Oficial da Bahia. Nesse período trabalhou na Prefeitura de Salvador como office-boy do Gabinete e logo em seguida como redator do Departamento de Turismo.

Em 1961, participou da coletânea de contos "Reunião", editada pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), com os contos "Josefina", "Decalião" e "O Campeão".

Em 1963 escreveu seu primeiro romance, "Setembro Não Faz Sentido", com prefácio do colega Glauber Rocha e apadrinhamento de Jorge Amado. O título original seria "A Semana da Pátria", mas por sugestão da editora, João Ubaldo alterou o título.

A Editora Civilização Brasileira lançou, em 1971, o romance "Sargento Getúlio", feito que garantiu a João Ubaldo o Prêmio Jabuti de 1972 concedido pela Câmara Brasileira do Livro, na categoria "Revelação de Autor". Segundo a crítica da época, o livro continha o melhor de Graciliano Ramos e o melhor de Guimarães Rosa.

Publicou, em 1974, o livro de contos "Vencecavalo e o Outro Povo", cujo título inicial era "A Guerra dos Pananaguás", pela Editora Artenova. Com tradução feita pelo próprio autor, vários romances tornaram-se famosos no exterior, entre eles o "Sargento Getúlio" que, lançado nos Estados Unidos em 1978, ganhou receptividade pela crítica do país.

Em 1981 mudou-se para Lisboa, Portugal e, voltando ao Brasil, publicou "Política" - livro ainda adotado em faculdades e republicado como "Já Podeis da Pátria Filhos" -, além de iniciar colaboração no jornal O Globo. Sua produção jornalística nessa época foi reunida em 1988 no livro "Sempre Aos Domingos".

Em 1982 iniciou o romance "Viva o Povo Brasileiro", intitulado primeiramente como "Alto Lá, Meu General". Nesse ano participou do Festival Internacional de Escritores, em Toronto, Canadá. "Viva o Povo Brasileiro" foi finalmente editado em 1984, e recebeu o Prêmio Jabuti na categoria "Romance" e o Golfinho de Ouro, do Governo do Rio de Janeiro. Iniciou a tradução do livro para a língua inglesa, tarefa que lhe consumiu dois anos de trabalho, a partir do qual preferiu utilizar o computador. Ao lado dos escritores Jorge Luis Borges e Gabriel Garcia Marquez, participou de uma série de nove filmes produzidos pela TV estatal canadense sobre a literatura na América Latina.

Em 1983, estreou na literatura infanto-juvenil com o livro "Vida e Paixão de Pandonar, o Cruel".

Em 1989 lançou o romance "O Sorriso do Lagarto". Sua segunda experiência na literatura infanto-juvenil apresentou-se em 1990 com o livro "A Vingança de Charles Tiburone". Nesse ano João Ubaldo participou do já citado Frankfurter Rundschau e, retornando em 1991 ao país de origem, hospedou-se no Rio de Janeiro.

Em 1994 lançou o livro de crônicas "Um Brasileiro em Berlim", sobre sua estada na cidade.

Publica, em 1997, o romance "O Feitiço da Ilha do Pavão", pela Editora Nova Fronteira. No mesmo ano, antes da publicação deste romance, João Ubaldo foi hospitalado com fortes dores de cabeça devido uma queda.

Foi escolhido, em 1999, um dos escritores em todo mundo para dar um depoimento ao jornal francês Libération sobre o milênio que se aproximava na época.

Em 2000, saíram várias reedições de seus livros na Alemanha, incluindo uma nova edição de bolso de "Sargento Getúlio". O "Sorriso do Lagarto" foi publicado na França. "A Casa dos Budas Ditosos" foi traduzido para o inglês, nos Estados Unidos. "Viva o Povo Brasileiro" foi indicado para o exame de Agrégation, um concurso nacional realizado na França para os detentores de diploma de graduação.

Seus principais romances são "Sargento Getúlio", "Viva o Povo Brasileiro" e "O Sorriso do Lagarto", no qual expressou com bastante vivacidade e imaginação exuberante aspectos políticos e sociais da vida nordestina e brasileira.

Foi um dos grandes criadores de artigos jornalísticos no Jornal Bahia (Jornal a Tarde), onde esses além de serem críticos-educativos, fortaleceram a construção política da sociedade que tinha acesso aos seus materiais.


Reconhecimento

João Ubaldo Ribeiro foi detentor da Cátedra de Poetikdozentur (Docente em Poesia) na Universidade de Tübigen, Alemanha e também consagrado na Avenida Marquês de Sapucaí. Seu livro "Viva o Povo Brasileiro" foi escolhido como samba-enredo da escola Império da Tijuca para o Carnaval do ano de 1987.

Em 1993 foi eleito para a cadeira 34 da Academia Brasileira de Letras, na vaga aberta com a morte do jornalista Carlos Castello Branco.

Participou em 1994 da Feira do Livro de Frankfurt, Alemanha, recebendo o Prêmio Anna Seghers, concedido somente a escritores germanófonos e latino-americanos.

Em 2008 recebeu o Prêmio Camões pelo "alto nível de sua obra literária", "especialmente densa das culturas portuguesa, africanas e dos habitantes originais do Brasil". Ele foi o oitavo brasileiro a ganhar o prêmio. Especula-se que o valor do prêmio foi 100 mil euros, semelhante ao que foi pago a António Lobo Antunes, ganhador do Prêmio Camões de 2007.


Estilo Literário

O estilo literário de João Ubaldo Ribeiro é basicamente traçado pela ironia e pelo contexto social do Brasil, abrangendo também cultura portuguesa e cultura africana. Antônio Olinto, escritor, crítico literário, diplomata e também membro da Academia Brasileira de Letras, disse que João Ubaldo constrói sua estrutura muitas vezes começando a história pelo meio, como se ela já houvesse existido antes. "Mas como falar deste país sem o lanho do humor? Em tudo insere João Ubaldo a visão do humorista, que vê o que não aparece, identifica a nudez das gentes, entende os pensamentos ocultos", disse Antônio Olinto, no mesmo artigo. Segundo ele, em João Ubaldo Ribeiro o humor atinge seu auge em "Vencecavalo e o Outro Povo".

Antônio Olinto também reforçou que "no fundo, chega João Ubaldo à criação de um país e de um povo, país dele e povo dele, mas também país que existe fora das palavras e povo que ri fora e dentro das palavras. As duas realidades - a real, que envolve o caminho de cada brasileiro e a realidade não menos real, mas com outras vestiduras - mesclam-se na obra de João Ubaldo de tal maneira que ele acaba promovendo uma invenção do Brasil e uma invenção de cada um de nós. Nisso - e no modo como pega no país para o mostrar pelo avesso, e nas gentes desse país, para mostrá-las de cara lavada - provoca uma reação de espanto e incredulidade". Para Antônio Olinto, João Ubaldo é o "porta-voz" do Brasil, devido os inúmeros materiais produzidos por ele quanto às condições sociais que condizem com a atualidade nacional. Essas análises, não só encontradas em livros, podem ser descobertas também na grande gama de artigos escritos por João Ubaldo em diversos jornais do país. No artigo, Antônio Olinto terminou dizendo que "inventando um país, João Ubaldo inventou-se a si mesmo e foi eleito pelos seus leitores o porta-voz deste país."


Cinema e Televisão

João Ubaldo teve várias de suas obras adaptadas para o cinema e para a televisão, tendo, inclusive, participado no processo de criação delas:
  • Seu livro "Sargento Getúlio" tornou-se um filme, com título homônimo, premiado em 1983, dirigido por Hermano Penna e protagonizado por Lima Duarte.
  • Quando voltou a residir no Rio de Janeiro em 1991, voltando do exterior, seu romance "O Sorriso do Lagarto" foi adaptado para uma minissérie na Rede Globo, tendo como protagonistas os atores Tony Ramos, Maitê Proença e José Lewgoy.
  • Em 1993 adaptou "O Santo Que Não Acreditava em Deus" para a série "Caso Especial", da Rede Globo, que teve Lima Duarte no papel principal.
  • Em 1997, ano em que foi internado devido às dores de cabeça, o cineasta Cacá Diegues comprou os direitos de filmagem do livro "Já Podeis da Pátria Filhos", embora o filme não tenha sido produzido.
  • Em 1998, vendeu os direitos autorais de "Viva o Povo Brasileiro" para o cineasta André Luis Oliveira.
  • Em 1999, juntamente com Cacá Diegues, escreveu o roteiro de "Deus é Brasileiro", em cima de seu conto "O Santo Que Não Acreditava em Deus".

Academia Brasileira de Letras

João Ubaldo Ribeiro ocupava a cadeira 34 da Academia Brasileira de Letras, eleito em 07/10/1993 na sucessão de Carlos Castelo Branco. Foi recebido pelo acadêmico Eduardo Portella em 08/06/1994.

Internação

A secretária Valéria dos Santos, que trabalhou durante dez anos com João Ubaldo Ribeiro, disse que em maio ele chegou a ser internado durante cinco dias por causa de problemas respiratórios. Segundo ela, o escritor reduziu o cigarro, mas não chegou a parar de fumar como foi orientado pelos médicos.

Valéria dos Santos contou que há cerca de um ano e meio João Ubaldo vinha escrevendo um novo romance, mas que não revelou seu conteúdo. Ele acordava por volta das 5:00 hs para se dedicar ao livro e por volta das 10:00 hs, parava para atender telefonemas e outras demandas.

Morte

João Ubaldo Ribeiro morreu de madrugada de sexta-feira, 18/07/2014, em sua casa, no Leblon, Zona Sul do Rio de Janeiro, aos 73 anos, vítima de uma embolia pulmonar.

Sua secretária Valéria dos Santos informou: "Ele acordou por volta das 3:00 hs, 18/07/2014, e chamou a mulher dizendo que estava se sentindo mal. Chamaram uma ambulância e os paramédicos tentaram reanimá-lo, mas ele já estava morto", acrescentando que o cardiologista particular dele também foi chamado.

O enterro ocorreu no sábado, 19/07/2014, no Cemitério São João Batista, em Botafogo, na Zona Sul do Rio de Janeiro. A Academia Brasileira de Letras, onde foi feita uma parte do velório, na sexta-feira, 18/07/2014, foi reaberta às 8:00 hs. Uma cerimônia religiosa foi celebrada pelo capelão do Outeiro da Glória, Sérgio Costa Couto. De lá, o corpo seguiu às 9:30 hs para o Cemitério São João Batista, onde o corpo foi sepultado no Mausoléu dos Imortais da Academia Brasileira de Letras.

O corpo seria velado a partir das 10:00 hs na Academia Brasileira de Letras, mas a cerimônia sofreu atrasos por conta da chegada dos filhos que vieram de outros estados, e acabou sendo adiada para às 12:00 hs. A filha Manuela, que mora da Alemanha, chegou às 8:00 hs de sábado, 19/07/2014, ao velório, portando malas e muito emocionada.

De acordo com funcionários do Cemitério São João Batista, o sepultamento do acadêmico estava previsto para ocorrer às 16:00 hs de sexta-feira, 18/07/2014, mas por conta das mudanças e da chegada de Manuela, o enterro foi adiado para sábado.

O velório, no Salão dos Poetas Românticos, ficou aberto ao público, até as 19:00 hs. Duas filhas do autor chegaram ao local no início da tarde. A Academia Brasileira de Letras decretou luto por três dias.

Várias coroas de flores chegaram à Academia Brasileira de Letras durante toda a manhã, entre elas homenagem de um dos bares frequentados pelo imortal. O corpo só chegou ao local, entretanto, por volta das 11:30 hs.

Obras Selecionadas

Romances
  • 1968 - Setembro Não Tem Sentido
  • 1971 - Sargento Getúlio
  • 1979 - Vila Real
  • 1984 - Viva o Povo Brasileiro
  • 1989 - O Sorriso do Lagarto
  • 1997 - O Feitiço da Ilha do Pavão
  • 1999 - A Casa dos Budas Ditosos
  • 2000 - Miséria e Grandeza do Amor de Benedita
  • 2002 - Diário do Farol
  • 2009 - O Albatroz Azul

Contos
  • 1974 - Vencecavalo e o Outro Povo
  • 1981 - Livro de Histórias - Reeditado em 1991, incluindo os contos "Patrocinando a Arte" e "O Estouro da Boiada", sob o título de "Já Podeis da Pátria Filhos".

Crônicas
  • 1988 - Sempre Aos Domingos
  • 1995 - Um Brasileiro em Berlim
  • 1999 - Arte e Ciência de Roubar Galinhas
  • 2000 - O Conselheiro Come
  • 2006 - A Gente Se Acostuma a Tudo
  • 2008 - O Rei da Noite

Ensaios
  • 1981 - Política: Quem Manda, Por Que Manda, Como Manda

Literatura Infanto-Juvenil
  • 1983 - Vida e Paixão de Pandonar, o Cruel
  • 1990 - A Vingança de Charles Tiburone
  • 2011 - Dez Bons Conselhos de Meu Pai

Prêmios

  • Prêmio Golfinho de Ouro, do Estado do Rio de Janeiro, conferido, em 1971, pelo romance "Sargento Getúlio".
  • Dois prêmios Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro, em 1972 e 1984, respectivamente para o Melhor Autor e Melhor Romance do Ano, pelo romances "Sargento Getúlio" e "Viva o Povo Brasileiro".
  • Prêmio Altamente Recomendável - Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil, 1983, para "Vida e Paixão de Pandonar, o Cruel".
  • Prêmio Anna Seghers, em 1996, Mogúncia, Alemanha.
  • Prêmio Die Blaue Brillenschlange, Zurique, Suíça.
  • Detém a Cátedra de Poetik Dozentur na Universidade de Tubigem, Alemanha, 1996.
  • Prêmio Lifetime Achievement Award, em 2006.
  • Prêmio Camões, em 2008.

Fonte: WikipédiaG1

Vange Leonel

MARIA EVANGELINA LEONEL GANDOLFO
(51 anos)
Cantora, Compositora, Escritora e Ativista LGTB

* São Paulo, SP (04/05/1963)
+ São Paulo, SP (14/07/2014)

Vange Leonel, nome artístico de Maria Evangelina Leonel Gandolfo, foi uma cantora, compositora, escritora e ativista LGBT (LGBT, ou ainda LGBTTT, é a sigla de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros).

Como cantora e compositora, seu maior sucesso foi a canção "Noite Preta", composta em parceria com Cilmara Bedaque. A canção foi tema de abertura da novela Vamp, da TV Globo, em 1991.

O CD marcou o início da parceria artística com a jornalista Cilmara Bedaque. Além de escrever livros e ser ativista LGBT, Vange Leonel roteirizou a peça "As Sereias de Rive Gauche", baseada em um de seus livros. Publicou ainda "Lésbicas" (1999), "Girls - Garotas Iradas" (2001) e "Balada Para As Meninas Perdidas" (2003).

Na década de 80, Vange Leonel fez parte da banda Nau, formada ainda por Beto Birger (baixo), Zique (guitarra) e Mauro Sanches (bateria). O grupo lançou um disco em 1987 e dois anos depois, o grupo acabou.

Cilmara Bedaque, Cris Lobo e Vange Leonel
Vange Leonel era casada com a também escritora Cilmara Bedaque, que lamentou a morte da companheira em seu perfil no Twitter.

"Estou vivendo o pior momento da minha vida. E não. Não posso responder perguntas porque minhas mãos estão ocupadas com as dela (...) Um sentimento que deixa partir tendo a certeza da liberdade do amor. Ela então sonhou que era livre. Do cateter, das agulhas em suas veias, do buraco em seu peito. Eu só pude dizer: você é livre!"
(Cilmara Bedaque)

Além de companheiras de vida há 28 anos, Cilmara Bedaque e Vange Leonel mantinham juntas um blog sobre cervejas e também compuseram músicas em parceria.


Morte

Vange Leonel morreu aos 51 anos na tarde de segunda-feira, 14/07/2014, em São Paulo. Há 20 dias ela descobriu um câncer no ovário, com metástase na membrana que envolve os órgãos da região abdominal. Vange Leonel estava internada no Hospital Santa Isabel, setor particular da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.

O velório ocorreu no Horto da Paz, em Itapecerica da Serra, SP, na terça-feira, 15/07/2014, às 10:00 hs. A cerimônia de cremação ocorreu às 14:00 hs.


Discografia

Álbuns
  • 1986 - Nau (CBS)
  • 1991 - Vange (Sony Music)
  • 1996 - Vermelho (Medusa Records)


Participações
  • 1987 - Não São Paulo 2


Livros Publicados

  • 1999 - Lésbicas (Planeta Gay Books)
  • 2001 - Grrrls: Garotas Iradas (Edições GLS)
  • 2002 - As Sereias da Rive Gauche (Editora Brasiliense)
  • 2003 - Balada Para As Meninas Perdidas (Edições GLS)

Teatro

  • 2002 - As Sereias da Rive Gauche (Autora - Direção de Regina Galdino)
  • 2006 - Joana Evangelista (Autora)


Fonte: Wikipédia, G1 e EGO 

Manoelita Lustosa

MANOELITA LUSTOSA
(72 anos)
Atriz, Cantora, Radialista, Escritora e Poetisa

☼ Pirapora, MG (25/03/1942)
┼ Belo Horizonte, MG (01/07/2014)

Atriz, cantora e radialista, Manoelita Lustosa, mineira de Pirapora e criada em Sete Lagoas, tem uma história de vida repleta de lutas que acabaram levando-a a viver momentos especiais na área artística.

Filha de pai pernambucano e mãe mineira, ainda menina ela vivia em cima de uma cadeira imitando os ídolos do rádio.

Já casada, ao mudar-se para Timóteo, MG, no Vale do Aço, Manoelita Lustosa entrou para a carreira política, assumindo em períodos distintos as secretarias municipais de cultura de Timóteo e Coronel Fabriciano.

Graduada em Letras e Filosofia, Manoelita Lustosa também foi jornalista e escritora de contos e poemas, cuja maioria ainda se mantém inédita.

A mudança para Belo Horizonte no início da década de 90 marcou mais um capítulo na vida da atriz, que estreou profissionalmente no teatro em 1994, no espetáculo "Tio Vânia", de Tchecov, sob a direção de Luiz Carlos Garrocho e Walmir José.

Posteriormente, fez o musical "Na Era do Rádio", com direção de Pedro Paulo Cava, seguido de uma série de comédias ao lado de Ílvio Amaral, entre as quais "A Comédia dos Sexos" e "É Dando Que Se Recebe".

Na TV, fez participação em "Laços de Família" (2000) e trabalhou em "Mulheres Apaixonadas" (2003), "JK", na TV Globo, e "Esmeralda" (2004)  no SBT.

No cinema, Manoelita Lustosa participou dos filmes "Depois Daquele Baile" (2006) e "Os 12 Trabalhos" (2007).

Em 2007, participou da novela "Maria Esperança", do SBT. Em seguida, transferiu-se para a TV Record onde integrou o elenco da novela "Amor e Intrigas" (2007), "Poder Paralelo" (2009) , "Vidas em Jogo" (2011) e "Balacobaco" (2012).

Seu último trabalho foi como a japonesa Terezinha Cho na novela "Dona Xepa" (2013) também da TV Record.

Morte

Manoelita Lustosa morreu em sua casa em Minas Gerais na terça-feira, 01/07/2014, por volta das 09:00 hs, vítima de insuficiência respiratória. A notícia foi informada pela TV Record. O corpo de Manoelita Lustosa foi velado e sepultado no Cemitério Parque da Colina, em Belo Horizonte, MG.

Manoelita Lustosa era viúva e deixou três filhas Manoela, Maria Bethânia e Mariana, e seis netos.

Televisão

  • 2003 - Mulheres Apaixonadas ... Inês Oliveira
  • 2004 - Esmeralda ... Rosário
  • 2006 - JK ... Parteira
  • 2007 - Maria Esperança ... Filomena Beiju (Filó)
  • 2007 - Amor e Intrigas ... Telma Dias
  • 2009 - Poder Paralelo ... Lurdes Leme
  • 2011 - Vidas em Jogo ... Nelize
  • 2012 - Balacobaco ... Etelvina Pedrosa
  • 2013 - Dona Xepa ... Terezinha Cho


Cinema

  • 2007 - Os Doze Trabalhos ... Norma
  • 2006 - Depois Daquele Baile ... Dona Cleide

Fonte: Wikipédia

Rose Marie Muraro

ROSE MARIE MURARO
(83 anos)
Escritora, Editora, Intelectual e Feminista

* Rio de Janeiro, RJ (11/11/1930)
+ Rio de Janeiro, RJ (21/06/2014)

Rose Marie Muraro foi uma intelectual, escritora e feminista brasileira. Aprendeu desde cedo a lutar contra as dificuldades, físicas e sociais, com força. Nasceu praticamente cega, e somente aos 66 anos conseguiu recuperar parcialmente a visão com uma cirurgia. Estudou Física, foi escritora e editora de livros, assumindo a responsabilidade por publicações polêmicas e contestadoras.

Ao longo da vida, escreveu 44 livros, como "Os Seis Meses Em Que Fui Homem" (1993), "Por Que Nada Satisfaz As Mulheres E Os Homens Não As Entendem" (2003), que venderam mais de 1 milhão de exemplares.

Nos anos 70, foi uma das pioneiras do movimento feminista no Brasil. Nos anos 80, quando a Igreja adotou uma postura mais conservadora, passou a ser perseguida pelos ideais. A atuação intensa no mercado editorial é fruto de uma mente libertária cuja visão atenta da sociedade pode ser comparada a de muito poucos intelectuais da atualidade.

As idéias refletem-se na vida pessoal desta mulher notável: Há pouco tempo, Rose Marie Muraro desafiou os próprios limites quando, aos 66 anos, recuperou a visão com uma cirurgia e viu seu rosto pela primeira vez.

"Sei hoje que sou uma mulher muito bonita!"


Oriunda de uma das mais ricas famílias do Brasil nos anos 30/40, aos 15 anos, com a morte repentina do pai e consequentes lutas pela herança, rejeitou sua origem e dedicou o resto da vida à construção de um novo mundo: mais justo, mais livre. Nesse mesmo ano conheceu o então padre Helder Câmara e se tornou membro de sua equipe. Os movimentos sociais criados por ele nos anos 40 tomaram o Brasil inteiro na década seguinte. Nos anos 60, o golpe militar teve como alvo não só os comunistas, mas também os cristãos de esquerda.

A Editora Vozes foi um capítulo à parte na vida de Rose. Lá, trabalhou com Leonardo Boff durante 17 anos e das mãos de ambos nasceram os dois movimentos sociais mais importantes do Brasil, no século XX: O movimento de emancipação das mulheres e a teologia da libertação - até hoje, base da luta dos oprimidos.

Nos anos 80, presenciou a virada conservadora da Igreja, e em 1986, Rose e Boff foram expulsos da Vozes, por ordem do Vaticano. Motivo: a defesa da teologia da libertação, no caso de Boff e a publicação, por Rose, do livro "Por Uma Erótica Cristã".

Ela introduziu a questão da classe social no estudo de gênero, ela foi a primeira mulher a estudar de forma sistemática a sexualidade da mulher brasileira a partir da situação ou classe social - disse Boff. - Ela inaugurou esse discurso, nem Freud ou qualquer analista europeu atingiram esse ponto. Tudo isso foi resultado de uma ampla e minuciosa pesquisa de campo.

Juntos, Rose Marie e Boff assinaram, em 2002, o livro "Masculino / Feminino", onde investigaram juntos a relação entre os gêneros.

"Rose elevou a questão do gênero a um novo patamar, pois não considerava o masculino e o feminino como realidades que se contrapõem, mas como instâncias fundamentais, onde cada um é completo em si mas voltado para o outro, numa relação de reciprocidade e construção conjunta."
(Leonardo Boff)


Em trecho do documentário "Memórias De Uma Mulher Impossível", lançado em 2009 por Márcia Derraik, Rose Marie explicou:

"O assunto mulher era um assunto sem importância para os militares e para a sociedade como um todo. O pessoal não sabia da existência do feminino. Ah, essa daí lida com mulher, essa daí não é perigosa, tem filhos pequenos, só tá na igreja, então essa daí não vamos perseguir. Já nos anos 60 eu dizia: eu também quero pôr fogo no mundo. Fui pôr fogo no mundo, fui ser editora. E eu vi que eram os livros que punham fogo no mundo."

Rose Marie Muraro foi eleita, por nove vezes, A Mulher do Ano. Em 1990 e 1999, recebeu, da revista Desfile, o título de Mulher do Século. E da União Brasileira de Escritores, o de Intelectual do Ano, em 1994.

O trabalho de Rose, como editora, foi um marco na história da resistência ao regime militar. Devido a este trabalho, recebeu, do Senado Federal, o Prêmio Teotônio Vilela, em comemoração aos 20 anos da anistia no Brasil.

Foi palestrante nas universidades de Harvard e Cornell, entre tantas outras instituições de ensino americanas, num total de 40. Editou até o ano 2000 o selo Rosa dos Tempos, da Editora Record.


Foi Cidadã Honorária de Brasília (2001) e de Cidadã Honorária de São Paulo (2004). Ganhou o Prêmio Bertha Lutz (2008), e principalmente, pela Lei 11.261 de 30/12/2005 passada pelo Congresso Nacional foi nomeada Patrona do Feminismo Brasileiro.

Em 1999, ela contou sua história na autobiografia "Memórias De Uma Mulher Impossível".

Na última entrevista de Rose para o jornal Correio Braziliense, no dia 18/08/2003, a intelectual relatou como os problemas de saúde estavam limitando a produção de novas publicações. Ela contava com a ajuda de amigos e parentes para conseguir manter os tratamentos e a estrutura que a possibilitava continuar o exercício da atividade intelectual.

"Atualmente sou uma meia-pessoa. Semi-cega, porque vejo vultos, e semi-paralítica, porque não consigo andar com o andador, mas preciso de cuidados 24 horas por dia, e de uma secretária para escrever o que eu dito, pois estou escrevendo dois livros no momento. Um sobre a traição e outro sobre amor."
(Rose Marie Muraro)


Uma das cinco filhas de Muraro, Tônia, cuida do Instituto Cultural Rose Marie Muraro (ICRM), que foi criado em 2009. O órgão tem o objetivo de salvaguardar o acervo da intelectual, que têm mais de 4 mil publicações.


Morte

Rose Marie Muraro, a Patrona do Feminismo Brasileiro, morreu na manhã de sábado, 21/06/2014, aos 83 anos, no Rio de Janeiro, em consequência de problemas respiratórios. Ela tinha câncer na medula óssea há cerca de 10 anos e, desde o dia 12/06/2014, estava na CTI do Hospital São Lucas, em Copacabana. No dia 15/06/2014, entrou em coma e acabou acometida por uma infecção.

O velório de Rose Marie Muraro começará às 08:00 hs de domingo, 21/06/2014, no Memorial do Carmo, no Caju, e a cremação está marcada para as 16:00 hs.

Rose Marie Muraro tinha 5 filhos e 12 netos, frutos de um casamento de 23 anos.


Alguns Livros:

  • 2007 - Educando meninos E Meninas Para Um Mundo Novo
  • 2007 - História do Masculino E Do Feminino
  • 2007 - Uma Nova Visão Da Política E Da Economia
  • 2007 - História Do Meio Ambiente
  • 2007 - Para Onde Vão Os Jovens
  • 2007 - A Mulher Na Construção Do Futuro
  • 2006 - O Que As Mulheres Não Dizem Aos Homens
  • 2006 - Diálogo Para O Futuro
  • 2006 - Mais Lucro
  • 2004 - Espírito De Deus Pairou Sobre As Águas
  • 2003 - Por Que Nada Satisfaz As Mulheres E Os Homens Não As Entendem
  • 2003 - Um Mundo Novo Em Gestação
  • 2003 - Amor de A A Z
  • 2003 - A Paixão Pelo Impossível
  • 2002 - Masculino / Feminino
  • 2001 - As Mais Belas Orações De Todos Os Tempos
  • 2000 - Textos Da Fogueira
  • 1999 - A Alquimia Da Juventude
  • 1999 - Memórias De Uma Mulher Impossível
  • 1996 - As Mais Belas Palavras De Amor
  • 1996 - Sexualidade Da Mulher Brasileira
  • 1993 - Seis Meses Em Que Fui Homem
  • 1993 - A Mulher No Terceiro Milênio
  • 1990 - Poemas Para Encontrar Deus


Indicação: Miguel Sampaio