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Adib Jatene

ADIB DOMINGOS JATENE
(85 anos)
Médico, Professor, Inventor e Cientista

* Xapuri, AC (04/06/1929)
+ São Paulo, SP (14/11/2014)

Adib Domingos Jatene foi um médico (cirurgião torácico), professor universitário, inventor e cientista brasileiro. Filho de imigrantes árabes, formou-se em medicina na Universidade de São Paulo (USP), onde viria se tornar depois professor.

Conhecido e respeitado internacionalmente, além das dezenas de inovações no meio médico, como o inventor de uma cirurgia do coração, que leva seu nome, para tratamento da transposição das grandes artérias em récem-nascidos, e do primeiro coração-pulmão artificial do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Trabalhou com o professor Euryclides de Jesus Zerbini.

Vida

Filho de imigrantes libaneses, Adib Jatene nasceu em Xapuri no Acre. Aos dois anos perdeu seu pai, que era comerciante e fornecia os seringais. Terminou o curso primário no Acre, logo após foi para Uberlândia, MG, onde fez o ginásio e o primeiro ano científico. Depois foi para São Paulo, estudar engenharia no Colégio Bandeirantes, onde logo após acabou desistindo de cursar engenharia e resolveu cursar medicina.

No quarto ano do curso de medicina começou a adquirir vivência em cirurgia, e entrou no grupo do professor Euryclides de Jesus Zerbini, inclusive em maio de 1951, quando Zerbini operou o primeiro doente de estenose mitral e Adib Jatene o instrumentou.

Adib Jatene fez toda sua pós-graduação no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, com o professor Zerbini.

Em 1957 esteve em Uberaba onde foi professor de Anatomia Topográfica, onde também logo após montou seu primeiro modelo de coração artificial que utilizava um oxigenador de disco e uma bomba de rolete.

Adib Jatene foi secretário estadual de Saúde no governo Paulo Maluf e duas vezes ministro da Saúde, durante o Governo Collor e, a última delas, no governo de Fernando Henrique Cardoso. Era membro da Academia Nacional de Medicina.

CPMF

Adib Jatene é considerado por alguns o "pai" da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), pois ele foi buscar a aprovação da contribuição com a promessa do então presidente Fernando Henrique Cardoso de que ela seria um recurso a mais para a saúde. A promessa não foi cumprida e o Ministério da Saúde perdeu mais recursos do que os que conseguiu com a CPMF.

Quando perguntado se sua saída do Governo Fernando Henrique Cardoso teve relação com a CPMF, Adib Jatene respondeu:

"Teve relação direta. Eu disse ao presidente Fernando Henrique que precisava de recursos. Ele pediu para falar com o Pedro Malan (ministro da Fazenda). O Malan me disse que, em dois ou três anos, daria o dinheiro que eu precisava. Não podia esperar tanto tempo. Propus a volta do imposto sobre o cheque, que se chamava IPMF e havia sido extinto em 1994. O presidente disse: 'Você não vai conseguir aprovar isso!'. Respondi: 'Posso tentar?'. Ele autorizou. Pedi o compromisso dele de que o orçamento da Saúde não seria reduzido. A CPMF entraria como o adicional. E ele: 'Isso eu posso te garantir'. Depois da aprovação, a Fazenda reduziu o meu orçamento. Voltei ao presidente. Disse: 'No Congresso, me diziam que isso ia acontecer. Eu respondia que não, porque tinha a sua palavra. Se o senhor não consegue manter a sua palavra, entendo a sua dificuldade. Mas me faça um favor. Ponha outro no meu lugar. Foi assim que eu saí, em novembro de 1996'”

Morte

O cardiologista e ex-ministro da Saúde Adib Jatene, um dos maiores nomes da medicina no Brasil, morreu na noite de sexta-feira, 14/11/2014, aos 85 anos. Ele estava internado desde 22/09/2014 no Hospital do Coração (HCor), do qual era diretor-geral, após sofrer um infarto.

O ex-ministro já havia sofrido um ataque cardíaco em 2012. Após recuperar-se, escreveu um depoimento à Revista Veja São Paulo no qual relatou ter diagnosticado o seu próprio infarto.

"Peguei o telefone e não tive dúvida: liguei para o (Instituto) Dante Pazzanese e falei com o médico José Eduardo Sousa. Falei: 'Preciso de você. Estou infartando e teremos de fazer o cateterismo que deveríamos ter realizado semanas atrás!'"

Adib Jatene deixa sua mulher, Aurice, quatro filhos - os médicos Ieda, Marcelo e Fábio e a arquiteta Iara - e dez netos.

Fonte: Wikipédia e Veja 
Indicação: Fadinha Veras

Rubem Alves

RUBEM ALVES
(80 anos)
Psicanalista, Professor, Teólogo e Escritor

* Boa Esperança, MG (15/09/1933)
+ Campinas, SP (19/07/2014)

Rubem Alves foi um psicanalista, educador, teólogo e escritor brasileiro, é autor de livros e artigos abordando temas religiosos, educacionais e existenciais, além de uma série de livros infantis. Nasceu no dia 15/09/1933, em Boa Esperança, sul de Minas Gerais, naquele tempo chamada de Dores da Boa Esperança. A cidade é conhecida pela serra imortalizada por Lamartine Babo e Francisco Alves na música "Serra da Boa Esperança".

A família mudou-se para o Rio de Janeiro, em 1945, onde, apesar de matriculado em bom colégio, sofria com a chacota de seus colegas que não perdoavam seu sotaque mineiro. Buscou refúgio na religião, pois vivia solitário, sem amigos. Teve aulas de piano, mas não teve o mesmo desempenho de seu conterrâneo, Nelson Freire. Foi bem sucedido no estudo de teologia e iniciou sua carreira dentro de sua igreja como pastor em cidade do interior de Minas.

No período de 1953 a 1957 estudou Teologia no Seminário Presbiteriano  de Campinas, SP, tendo se transferido para Lavras, MG, em 1958, onde exerceu as funções de pastor naquela comunidade até 1963.

Casou-se em 1959 e teve três filhos: Sérgio (1959), Marcos (1962) e Raquel (1975) que foi sua musa inspiradora na feitura de contos infantis.

Em 1963 foi estudar em New York, retornando ao Brasil no mês de maio de 1964 com o título de Mestre em Teologia pelo Union Theological Seminary. Denunciado pelas autoridades da Igreja Presbiteriana como subversivo, em 1968, foi perseguido pelo regime militar. Abandonou a igreja presbiteriana e retornou com a família para os Estados Unidos, fugindo das ameaças que recebia. Lá, tornou-se Doutor em Filosofia (Ph.D.) pelo Princeton Theological Seminary.

Sua tese de doutoramento em teologia, "A Theology Of Human Hope", publicada em 1969 pela editora católica Corpus Books é, no seu entendimento, "um dos primeiros brotos daquilo que posteriormente recebeu o nome de Teoria da Libertação".

De volta ao Brasil, lecionou no Instituto Presbiteriano Gammon, na cidade de Lavras, MG, no Seminário Presbiteriano de Campinas, na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Rio Claro e na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), onde recebeu o título de Professor Emérito.


Tinha um grande número de publicações, tais como crônicas, ensaios e contos, além de ser ele mesmo o tema de diversas teses, dissertações e monografias. Muitos de seus livros foram publicados em outros idiomas, como inglês, francês, italiano, espanhol, alemão e romeno.

Em 1971, foi professor-visitante no Union Theological Seminary.

Em 1973, transferiu-se para a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), como professor-adjunto na Faculdade de Educação.

No ano seguinte, 1974, ocupou o cargo de professor-titular de Filosofia no Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH), na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

Foi nomeado professor-titular na Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e, em 1979, professor livre-docente no Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) daquela universidade. Convidado pela Nobel Fundation, proferiu conferência intitulada "The Quest For Peace".

Na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) foi eleito representante dos professores titulares junto ao Conselho Universitário, no período de 1980 a 1985, Diretor da Assessoria de Relações Internacionais de 1985 a 1988 e Diretor da Assessoria Especial para Assuntos de Ensino de 1983 a 1985.

No início da década de 80 tornou-se psicanalista pela Sociedade Paulista de Psicanálise.

Em 1988, foi professor-visitante na Universidade de Birmingham, Inglaterra. Posteriormente, a convite da  Rockefeller Fundation fez residência no Bellagio Study Center, Itália.

Na literatura e na poesia encontrou a alegria que o manteve vivo nas horas más por que passou. Admirador de Adélia Prado, Guimarães Rosa, Manoel de Barros, Octávio Paz, Saramago, Nietzsche, T. S. Eliot, Camus, Santo Agostinho, BorgesFernando Pessoa, entre outros, tornou-se autor de inúmeros livros, e colaborador em diversos jornais e revistas com crônicas de grande sucesso, em especial entre os vestibulandos. 


Afirmava que era "psicanalista, embora heterodoxo", pois nela reside o fato de que acredita que no mais profundo do inconsciente mora a beleza.

Após se aposentar tornou-se proprietário de um restaurante na cidade de Campinas, SP, onde deu vazão a seu amor pela cozinha. No local eram também ministrados cursos sobre cinema, pintura e literatura, além de contar com um ótimo trio com música ao vivo, sempre contando com "canjas" de alunos da Faculdade de Música da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

Rubem Alves era membro da Academia Campinense de Letras, professor-emérito da Unicamp e cidadão-honorário de Campinas, onde recebeu a Medalha Carlos Gomes de contribuição à cultura.

Rubem Alves viveu em Campinas, onde mantinha um grupo, chamado Canoeiros, que se encontra semanalmente para leitura de poesias.

Sua mensagem é direta e, por vezes, romântica, explorando a essência do homem e a alma do ser. É algo como um contraponto à visão atual de homo globalizadus que busca satisfazer desejos, muitas vezes além de suas reais necessidades.

"Ensinar" era descrito por Rubem Alves como um ato de alegria, um ofício que deve ser exercido com paixão e arte. É como a vida de um palhaço que entra no picadeiro todos os dias com a missão renovada de divertir. Ensinar é fazer aquele momento único e especial. Ridendo dicere severum (Rindo, dizer coisas sérias). Mostrando que esta, na verdade é a forma mais eficaz e verdadeira de transmitir conhecimento. Agindo como um mago e não como um mágico. Não como alguém que ilude e sim como quem acredita e faz crer, que deve fazer acontecer.

Em alguns de seus textos, cita passagens da Bíblia, valendo-se de metáforas.


Teologia

Autor do livro "Da Esperança (Teologia da Esperança Humana)", Rubem Alves é tido por muitos estudiosos como uma das mais relevantes personalidades no cenário teológico brasileiro. O fundador da reflexão sobre uma teologia libertadora, que em breve seria chamada de Teologia da Libertação. Via no Humanismo um messianismo restaurador e assim, desde os anos 60 participou do movimento latino-americano de renovação da teologia.

Sua posição liberal logo lhe trouxe graves problemas em seu relacionamento com o protestantismo histórico e especificamente presbiteriano. Foi questionado desde cedo por suas ideias e teve de abandonar o pastorado, tendo antes abandonado suas convicções doutrinárias ortodoxas.

Foi dessa experiência que surgiu o livro "Protestantismo e Repressão", que busca elucidar os labirintos do cotidiano histórico deste movimento religioso. Escreveu ainda um livro em inglês que falava do futuro da humanidade, "Filhos do Amanhã", onde tratou de como um futuro libertador dependia de categorias que a ciência ocidental havia desprezado.

Lançou ainda um livro chamado "Variações Sobre a Vida e a Morte", onde trata de construir uma teologia poética, preocupada com o corpo, com a vida em sua dimensão real.

Foi proibido de falar nos púlpitos da Igreja Presbiteriana do Brasil, o que não o impediu de ser convidado para pregar na Igreja Presbiteriana de Copacabana, no Rio de Janeiro, em 31/10/2003, por ocasião das comemorações pela Reforma Protestante.


Morte

Rubem Alves morreu no sábado, 19/07/2014, vítima de falência múltipla de órgãos, aos 80 anos. Ele estava internado na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Centro Médico de Campinas, a 93 km de São Paulo.

Rubem Alves foi internado no dia 10/07/2014 com um quadro de insuficiência respiratória, devido a uma pneumonia. Segundo boletim médico, ele tinha apresentado agravamento das funções renais e pulmonares na sexta-feira, dia 18/07/2014.


Obras

Crônicas
  • As Contas de Vidro e o Fio de Nylon
  • Navegando
  • Teologia do Cotidiano
  • A Festa de Maria
  • Cenas da Vida
  • Concerto Para Corpo e Alma
  • E Aí? - Cartas Aos Adolescentes e a Seus Pais
  • O Quarto do Mistério
  • O Retorno Eterno
  • Sobre o Tempo e a Eterna Idade
  • Tempus Fugit


Livros Infantis
  • A Menina, a Gaiola e a Bicicleta
  • A Boneca de Pano
  • A Loja de Brinquedos
  • A Menina e a Pantera Negra
  • A Menina e o Pássaro Encantado
  • A Pipa e a Flor
  • A Porquinha de Rabo Esticadinho
  • A Toupeira Que Queria Ver o Cometa
  • Estórias de Bichos
  • Lagartixas e Dinossauros
  • O Escorpião e a Rã
  • O Flautista Mágico
  • O Gambá Que Não Sabia Sorrir
  • O Gato Que Gostava de Cenouras
  • O País dos Dedos Gordos
  • A Árvore e a Aranha
  • A Libélula e a Tartaruga
  • A Montanha Encantada dos Gansos Selvagens
  • A Operação de Lili
  • A Planície e o Abismo
  • A Selva e o Mar
  • A Volta do Pássaro Encantado
  • Como Nasceu a Alegria
  • O Medo da Sementinha
  • Os Morangos
  • O Passarinho Engaiolado
  • Vuelve, Pájaro Encantado


Filosofia da Ciência e da Educação
  • A Alegria de Ensinar
  • Conversas Com Quem Gosta de Ensinar
  • Estórias de Quem Gosta de Ensinar
  • Filosofia da Ciência
  • Entre a Ciência e a Sapiência)


Filosofia da Religião
  • O Enigma da Religião
  • L' Enigma Della Religione
  • O Que é Religião?
  • What Is Religion?
  • Was Ist Religion?
  • Protestantismo e Repressão
  • Protestantism And Repression
  • Dogmatismo e Tolerância
  • O Suspiro dos Oprimidos


Biografias
  • Gandhi: A Magia dos Gestos Poéticos


Teologia
  • A Theology Of Human Hope
  • Christianisme, Opium ou Liberation?
  • Teologia Della Speranza Umana
  • Da Esperança
  • Tomorrow's Child
  • Hijos Del Manana
  • Il Figlio Dei Domani
  • Teologia Como Juego
  • Variações Sobre a Vida e a Morte
  • Creio na Ressurreição do Corpo
  • Ich Glaube An Die Auferstehung Des Leibes
  • I Believe In The Resurrection Of The Body
  • Je Crois En La Résurrection Du Corps
  • Poesia, Profecia, Magia
  • Der Wind Blühet Wo Er Will
  • Pai Nosso
  • Vater Unser
  • The Poet, The Warrior, The Prophet)
  • Parole da Mangiari (The Poet, The Warrior, The Prophet)

Vídeos
  • O Símbolo
  • Visões do Paraíso (Realizado Para Apresentação na ECO-92)
  • Conversando Com Quem Gosta de Ensinar


Osmar de Oliveira

OSMAR PEREIRA SOARES DE OLIVEIRA
(71 anos)
Médico, Jornalista e Locutor Esportivo

* São Paulo, SP (20/06/1943)
+ São Paulo, SP (11/07/2014)

Osmar Pereira Soares de Oliveira foi um médico, jornalista e locutor esportivo brasileiro. Foi comentarista esportivo no programa "Jogo Aberto" e no "Terceiro Tempo". Comentou também algumas transmissões de futebol e outros esportes da Rede Bandeirantes.

Enquanto fazia o curso de medicina na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), no Campus Sorocaba, escrevia no jornal Cruzeiro do Sul e participava dos programas esportivos da Rádio Cacique. Em 1966 passou a ser redator da revista do Sport Club Corinthians Paulista e ao mesmo tempo do Jornal Coringão.

Durante o curso de jornalismo na Faculdade Cásper Líbero em São Paulo, foi convidado por Roberto Petri para trabalhar na TV Gazeta e na Rádio Gazeta em 1978, durante a Copa do Mundo da Argentina. Era narrador de TV, comentarista da rádio e participava da Mesa Redonda com Roberto PetriMilton Peruzzi, Zé Italiano, Peirão de Castro, Rubens Pecci, Dalmo Pessoa, José Silveira, Geraldo Blota e Sérgio Baklanos.

Formou-se em jornalismo em 1979, em 1980 passou a ser locutor da TV Globo e depois de três anos foi para a TV Bandeirantes, tendo sido o primeiro narrador do "Show do Esporte" na equipe de Luciano do Valle que tinha ainda Juarez Soares, Jota Jr., Elia Jr., Eli Coimbra, Luiz Ceará, Eduardo Savóia, dentre outros.


Em 1986, convidado por Sílvio Santos, foi para o Sistema Brasileiro de Televisão (SBT) para comandar a equipe de esportes que tinha Juca Kfouri como comentarista e Jorge Kajuru como repórter.

Após a Copa do Mundo do México, voltou para a Rede Bandeirantes para cobrir os Jogos Olímpicos de Seul e em seguida passou a chefiar em São Paulo a equipe de esportes da TV Manchete, onde trabalhou com João Saldanha, Paulo Stein, Márcio Guedes, Alberto Léo, Antonio Pétrin, José Carlos Conti e Mariana Godoy.

Em 1992, retornou ao SBT ao lado de Juarez Soares, Orlando Duarte, Silvio Luiz, Luiz Alfredo, Oscar Ulisses, Nivaldo Prieto, Eli Coimbra, Antônio Petrin, entre outros profissionais.

Em 1999 trabalhou na PSN, emissora americana de canal fechado no Brasil e em 2000 teve rápida passagem pela TV Cultura no programa "Cartão Verde", junto com Juarez Soares e Flávio Prado. No mesmo ano começou seus trabalhos na TV Record, como locutor, comentarista e apresentador.

Ficou 7 anos nos programas "Debate Bola" e "Terceiro Tempo" comandados por Milton Neves.

Em agosto de 2007 foi convidado a voltar para a Rede Bandeirantes.


Morte

Osmar de Oliveira morreu na sexta-feira, 11/07/2014, aos 71 anos. A informação foi confirmada pelo Hospital AC Camargo, de São Paulo, onde o comentarista estava internado após cirurgia para a retirada de um tumor na próstata.

De acordo com informações do site da Band, emissora na qual Osmar de Oliveira trabalhava atualmente, o irmão dele, César de Oliveira, que também é médico, disse que a morte aconteceu às 18:15 hs em decorrência de uma parada cardíaca.

De acordo com o familiar, a parada cardíaca aconteceu após uma complicação de uma hemorragia que aconteceu em um acidente no qual, há um mês, a sonda que ele usava se prendeu e afetou a bexiga.


Max Nunes

MAX NEWTON FIGUEIREDO PEREIRA NUNES
(92 anos)
Humorista, Compositor, Roteirista, Diretor, Escritor, Médico e Polímata

☼ Rio de Janeiro, RJ (17/04/1922)
┼ Rio de Janeiro, RJ (11/06/2014)

Max Newton Figueiredo Moreira Nunes nasceu no Rio de Janeiro, em 17/04/1922. Desde muito cedo, teve contato com o meio artístico, já que seu pai, Lauro Nunes, era humorista, jornalista e escrevia esquetes para a Rádio Mayrink Veiga. Sua casa era frequentada por artistas e intelectuais. Além disso, Max era vizinho de Noel Rosa, com quem se acostumou a andar e por quem foi incentivado a cantar.

Na infância, participou de programas de rádio e de concursos musicais. Nos anos 50, ficou famoso por suas marchinhas. A música "Bandeira Branca" gravada por Dalva de Oliveira no Carnaval de 1970, é de autoria de Max Nunes e Laércio Alves.

Quando começou a seguir os passos do pai, Max Nunes ouviu dele: "Você tem jeito, mas olha que ninguém faz fila pra comprar soneto, muda de vida". E em 1948, ele formou-se pela Faculdade Nacional de Medicina da antiga Universidade do Brasil, hoje Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e se especializou em cardiologia. Exerceu a profissão até a década de 1980, mas sem abandonar a carreira artística.


Estreou como roteirista do programa "Barbosadas", na Rádio Nacional, e do filme "E o Mundo Se Diverte" (1948), de Watson Macedo. Trabalhou na Rádio Tupi, em programas como "A Queixa do Dia", "Ninguém Rasga", "Dona Eva" e "Seu Adão e O Amigo da Onça", e integrou a equipe de produtores da Rádio Nacional, quando surgiu o humorístico "Balança Mas Não Cai", onde se consagraram, por exemplo, atores como Paulo Gracindo e Brandão Filho, nos papéis do "Primo Rico e Primo Pobre". O programa ganhou versões para o cinema, teatro de revista e a televisão. Max Nunes escreveu 36 peças para o teatro de revista.

Convidado a voltar para a Rádio Tupi em 1952, passou a se dedicar a apenas um programa, o "Uma Pulga na Camisola". Com mais tempo para outras atividades, produziu colunas nos jornais Tribuna da Imprensa, de 1954 a 1955, e Diário da Noite, de 1954 a 1960.

Escreveu pela primeira vez para a televisão em 1962, quando criou os programas "My Fair Show" e "Times Square" para a TV Excelsior.

Max Nunes, Jô Soares, Agildo Ribeiro e Paulo Silvino (Programa do Jô)
Chegou à TV Globo em 1964, como roteirista e diretor, ao lado de Haroldo Barbosa, do humorístico "Bairro Feliz", que teve no elenco nomes como Paulo Monte, Grande Otelo, Berta Loran e Mussum.


Em 1966, estreou "Riso Sinal Aberto" e "Canal 0", que se transformou no "TV0-TV1", apresentado por Paulo Silvino e Agildo Ribeiro.

Max Nunes trabalhou durante 38 anos como roteirista e consultor de texto da TV Globo e participou da criação de programas como "Balança Mas Não Cai" (1968), "A Grande Família" (1972), "Satiricom" (1973) e "Planeta dos Homens" (1976).

Max Nunes tinha uma parceria de mais de 30 anos com o humorista Jô Soares. Alguns dos grandes sucessos de Jô Soares têm origem em textos de Max Nunes, como os personagens Capitão Gay e a cantora lírica Nanayá Com Ypsilon.

Como cronista era autor de textos sobre o cotidiano do Rio de Janeiro. Foi torcedor do America Football Club do Rio de Janeiro, e em sua homenagem, na sede do clube, há um teatro que leva seu nome.

Ele deixou duas filhas, as atrizes Bia Nunnes e Maria Cristina Nunnes.

Morte

Max Nunes morreu na quarta-feira, 11/06/2014, aos 92 anos, no Rio de Janeiro, vítima de complicações em seu quadro clínico após ter sofrido uma queda e fraturado a tíbia. Max Nunes estava internado no Hospital Samaritano, na Zona Sul da cidade.

Fonte: Wikipédia e UOL

Alfredo Balena

ALFREDO BALENA
(68 anos)
Médico, Farmacêutico e Humanista

* Nápoles, Itália (17/11/1881)
+ Belo Horizonte, MG (23/12/1949)

Alfredo Balena foi farmacêutico, médico e humanista ítalo-brasileiro. Foi um dos mais importantes fundadores da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais.

Com a idade de 2 anos ele foi para Ouro Preto, MG, onde passou sua meninice e juventude. Alí estudou as primeiras letras e ensaiou os primeiros passos. Seu ideal era a Medicina. Porém, como frisa o professor Oscar Versiani, não pôde logo estudar em vista da febre amarela que assolava o Rio de Janeiro. Em Ouro Preto mesmo, estudou Farmácia, diplomando-se em 1901.

Amainado o perigo da febre amarela no Rio de Janeiro, foi fazer seu curso médico, tendo-o terminado em 08/05/1907, quando defendeu, de modo brilhante, a tese: "Preservação da Infância contra a Tuberculose".

Em 1908 abriu seu consultório em Belo Horizonte, onde clinicou até a morte.

Alfredo Balena foi médico chefe de serviço da Enfermaria Veiga de Clínica Médica de Mulheres da Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte por mais de 40 anos, entre 1908 e 1949. Nesse período, foi também membro do Conselho Médico Consultivo da direção médica da Santa Casa.

Fotografia, sem data precisa, da antiga sede da Faculdade de Medicina, inaugurada em 1914 na Avenida Mantiqueira, atual Avenida Alfredo Balena
Foi fundador, juntamente com outros 11 médicos, da atual Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais em 1911, àquela época denominada simplesmente de Faculdade de Medicina de Belo Horizonte. Foi importante integrante da comissão dos trabalhos para a criação da Universidade de Minas Gerais (UMG), atual Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), criada em 07/09/1927. Foi diretor da Faculdade de Medicina de Belo Horizonte por quase 20 anos, 1927-1933 e 1935-1949, com interrupção forçada de dois anos, de março de 1933 a junho de 1935, pois foi obrigado a deixar o cargo, italiano que era de origem, sob a alegação de não ser permitido o exercício de cargos de direção pública a não-brasileiros natos. Nesse período, assumiu a direção o seu vice-diretor, professor Antônio Aleixo, de março de 1933 a maio de 1934, catedrático de Dermatologia e Sifilografia.

Ao ser restabelecida a autonomia da Universidade de Minas Gerais, que fora cassada por Getúlio Vargas, assumiu a direção o professor Olinto Meireles, de maio de 1934 a junho de 1935, catedrático de Farmacologia.

Em 1935, com a nova lei que estabelecia normas para a eleição de diretores e cancelava a exigência anterior que qualquer dirigente fosse brasileiro nato, Olinto Meireles considera terminado o seu mandato.

Com a eleição e recondução de Alfredo BalenaOlinto Meireles é escolhido vice-diretor. Foram ainda vice-diretores de Alfredo Balena, em mandatos seguintes, os professores João de Melo Teixeira e Luís Adelmo Lodi.

Em 1946 foi aprovado o plano de obras de construção do novo hospital, o Hospital São Vicente de Paulo, anexo à Faculdade de Medicina, hospital-escola para os estudantes de medicina, hoje chamado Hospital das Clínicas de Belo Horizonte.

Durante o mandato de Alfredo Balena ocorreu a federalização da Universidade, cujo empenho na comissão dos trabalhos para a federalização da Faculdade de Medicina, ocorrida em 1949, foi de extrema importância.

Calçamento da Avenida Professor Alfredo Balena em Belo Horizonte, MG
Alfredo Balena presidiu a Associação Medico-Cirúrgica de Minas Gerais em 1916, de 1921 a 1927 e 1935, e o Sindicato Médico de Minas Gerais. Foi membro do Instituto Histórico de Ouro Preto, membro honorário da Academia Paulista de Medicina, membro honorário da Academia de Ciências Psicoquímicas de Palermo, na Sicília, membro correspondente da Sociedade de Medicina e Cirurgia de São Paulo, membro correspondente da Sociedade de Neuriatria e Psychiatria do Rio de Janeiro. Participou do Conselho Científico da Revista Médica de Minas na área de Clínica Médica, sob a direção científica do professor Lopes Rodrigues catedrático de Clínica Psiquiátrica da Faculdade de Medicina de Minas Gerais e docente da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. É o patrono da cadeira nº 57, Medicina Interna - Clínica Médica, da Academia Mineira de Medicina.

Na Faculdade de Medicina, foi professor de Fisiologia, Patologia Geral, Propedêutica Médica, Neurologia, Psiquiatria e catedrático de Clínica Médica. Era participante da comissão de redação da Revista Annaes da Faculdade de Medicina da UMG, colaborador efetivo da Revista Mineira de Medicina, órgão oficial da Associação Médico Cirúrgica de Minas Gerais, da Associação Mineira dos Farmacêuticos e da Sociedade Mineira de Odontologia.

Em 1944, convidou seu amigo e compatriota Luigi Bogliolo, residente àquela época no Rio de Janeiro, onde era professor catedrático de Clínica Médica da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, na época simplesmente Universidade do Brasil, para se tornar professor catedrático de Anatomia e Fisiologia Patológica da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Pouco mais de um ano após a chegada de Luigi Bogliolo a Belo Horizonte, terminava a Segunda Guerra Mundial.

O espírito liberal e conciliador de Alfredo Balena poderia ser demonstrado pela citação de diversos episódios, um deles envolvendo o então diretor da Faculdade de Medicina e o então estudante Hélio Pellegrino, formado em 1947. Em seu livro "A Burrice do Demônio", publicado logo após sua morte, o escritor, poeta e psicanalista Hélio Pellegrino cita a seguinte passagem:

"Outro dia, remexendo velhos papéis, encontrei cópia de uma carta por mim endereçada ao professor Alfredo Balena, na época diretor da Faculdade de Medicina da Universidade de Minas Gerais. O documento traz a data de 7 de maio de 1946 e se destina a solicitar, do mestre venerado, ajuda da Escola para a publicação do jornal Geração, órgão da União Estadual dos Estudantes. Tinha eu, naquele tempo, 22 anos e - conforme convém à juventude - nutrida prosápia. Como redator-chefe do jornal, avisava ao professor Balena, 'por dever de lealdade', que as subvenções 'seriam levadas em conta de compreensão e estímulo aos ideais da mocidade, sem que nelas se configurasse qualquer espécie de compromisso'. Além do mais, era dito, na carta, com todas as letras, que o quinzenário da União Estudantil dos Estudantes teria 'nítida tendência socialista', dispondo-se a dizer a verdade duramente, 'na certeza de ser esta a única forma de fidelidade aos interesses do povo e da classe estudantil'.
Veio a subvenção, veio o primeiro número do jornal, com suas duras verdades. Na página de rosto, Wilson Figueiredo, hoje jornalista ilustre, me estrevista a propósito da vida, do amor, da morte - e da política. Tenho guardado esse número inaugural de Geração, salvo por acaso dos roazes ácidos do tempo."

Alfredo Balena faleceu em 23/12/1949, dias após do decreto que federalizava a Faculdade de Medicina da Universidade de Minas Gerais (UMG), outro velho sonho seu, para cuja concretização lutou obstinadamente. Morreu após quatro anos de terrível sofrimento, durante os quais conviveu estoicamente com repetidas crises de angor pectoris.

Pela grande proximidade e envolvimento com os alunos da Faculdade, foi conferido, após seu falecimento, ao órgão de representação dos alunos o nome de Diretório Acadêmico Alfredo Balena. Entre outras homenagens em reconhecimento aos serviços prestados à terra adotiva, seu nome foi dado à antiga Avenida Mantiqueira, hoje Avenida Alfredo Balena, onde situa, ainda hoje, a Faculdade que ajudou a criar e que tanto amou.

Obras

  • "Álbum Médico de Bello Horizonte - História da Santa Casa de Misericórdia de Bello Horizonte", 1912, constante na Biblioteca Pública Luís de Bessa de Belo Horizonte.
  • "Anatomia Patológica", oferta do Diretório Acadêmico Alfredo Balena - DAAB à Biblioteca J. Baeta Vianna, em 24 de março de 1969 - diretoria 68/69.
  • Oscar Caldeira Versiani reuniu seus trabalhos em três volumes intitulados "Obras do Professor Alfredo Balena", constantes da Biblioteca J. Baeta Vianna da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
  • Biblioteca de livros de Medicina e Biblioteca de livros de Literatura, doados à Faculdade de Medicina, como consta do seu inventário.

Trabalhos Científicos

  • Tese de doutoramento sobre "Preservação da Infância Contra a Tuberculose", aprovada com distinção, apresentada na conclusão do Curso de Medicina pela Faculdade Nacional de Medicina do Rio de Janeiro da Universidade do Brasil - 1907.
  • "Diagnóstico Precoce da Tuberculose Pulmonar", Memória apresentada no VI Congresso de Medicina e Cirurgia - 1911.
  • "Bradicardias Gripais", Memória apresentada ao VIII Congresso Brasileiro de Medicina e Cirurgia - 1918.
  • "Syndrome de Adams-Stokes Post Grippaes" em Archivos Brasileiros de Medicina - 1919.
  • "Tratamento da Choréa de Sydenham Pelas Injecções Intra-racheanas de Electrargol", Memória apresentada no I Congresso Brasileiro da Criança - 1922.
  • "Epilepsia Endócrina" em Jornal dos Clínicos - 1926.
  • "Novo Processo Terapêutico da Coréia de Sydenham" - Leuzinger - 1926 - Rio de Janeiro.
  • "Superioridade Intellectual e Desequilibrios Endócrinos", Brasil Médico - 1927.
  • "Desordens do Rithmo Cardíaco na Ancylostomiose", Memória apresentada no X Congresso Brasileiro de Medicina e Cirurgia - 1929.
  • "Desordens Reflexas do Ritmo Cardíaco na Uncinariose" - 1929.
  • "Derrames Pleurais nos Cardíacos" - 1930.
  • "Giardiose Biliar", Brasil Médico - 1934.
  • "Estudo Clínico da Giardiose Humana" - Memória apresentada no VI Congresso Médico Pan-Americano - 1935.
  • "Esplenomegalia Esquisotossomótica" - 1935.
  • "Insuficiência Cardíaca Incipiente" - 1935.
  • "A Giardiose e Sua Terapêutica" - 1938 e 1939.
  • "Vitamina A e a Resistência a Tuberculose Pulmonar" - 1940.
  • "Da Síndrome Gastro-Cardíaca de Roemheld" - 1946.
  • Diversas lições clínicas publicadas em várias revistas de Belo Horizonte e do Rio de Janeiro.


Fonte: Wikipédia

Rodrigues Lima

JOAQUIM MANUEL RODRIGUES LIMA
(58 anos)
Político e Médico

* Caetité, BA (04/05/1845)
+ Caetité, BA (18/12/1903)

Joaquim Manuel Rodrigues Lima foi um médico e político brasileiro. Nasceu na cidade de Caetité, Bahia, em 04/05/1845, sendo seus pais o capitão Joaquim Manuel Rodrigues de Lima e Rita Sofia Gomes de Lima, irmã do Barão de Caetité.

Aos 10 anos foi estudar em Salvador e em 1862 ingressou na Faculdade de Medicina da Bahia e, cursando o 5º ano, serviu nos hospitais de sangue da Guerra do Paraguai, como cirurgião. Sobreviveu, com heroísmo, ao naufrágio do navio que o conduzia para o Uruguai.

Em 1869 retornou, tendo colado grau. Formado, seguiu para a cidade natal, onde fixou residência, iniciou a clínica e foi eleito vereador.

Casou-se com a primogênita do Barão de Caetité e sua prima, Maria Victoria Gomes de Albuquerque Lima.

Em 1872, foi eleito deputado à Assembléia Provincial, para a legislatura 1872-1873, sendo reeleito nas posteriores.

Em 1877 viajou para a Europa com o objetivo de aprimorar seus conhecimentos profissionais, ocasião em que frequentou os melhores hospitais da França, Alemanha, Áustria, Bélgica e outros países. Ao regressar ao Brasil, voltou para Caetité.

Quando da Proclamação da República era o presidente do Conselho Municipal, a Câmara de Vereadores, da época. Em 1891, quando os partidos políticos são organizados, ocupava a Intendência Municipal, sendo indicado para a Assembléia Constituinte Estadual, onde propõe a mudança da capital para Vitória da Conquista.

Após a renúncia do interventor José Gonçalves, teve seu nome indicado para ser o primeiro presidente eleito da História da Bahia, num pleito em que obteve esmagadora maioria.

Findo seu governo, retornou para a terra natal, onde ocupou ainda a vereança.

Rodrigues Lima faleceu em decorrência de mal hepático adquirido na campanha paraguaia, em 1903, como um dos espíritos mais progressistas de sua cidade.

Governo da Bahia

Sua administração foi marcada pela reestruturação administrativa, incentivo total à cultura e educação, marcada sobretudo pela probidade (em diversas vezes escrevia ao seu procurador em Caetité para que lhe mandasse dinheiro, pois não julgava honesto valer-se do erário publico para manter-se).

Diversas instituições culturais tiveram seu apoio para constituir-se, dentre as quais o Instituto Geográfico e Histórico da Bahia.

Rodrigues Lima também espalhou as obras públicas por todo o estado, sobretudo aquelas de combate aos efeitos das secas, muitas delas existentes até o presente, e pela interiorização do ensino de qualidade.

Em Salvador realizou diversas obras, objetivando modernizar e embelezar a Capital: a mais bonita praça da cidade, o Campo Grande, atração turística que homenageia os heróis da Independência Baiana, é obra de seu governo.

Homenagens

O Largo da Vitória, em Salvador, ostenta um busto em sua homenagem. Registra Pedro Celestino da Silva que este monumento fora erguido inicialmente na Praça da Aclamação, sendo posteriormente trasladado para o largo. Registra, ainda, que este se deu como "preito de saudade e gratidão ao benemérito cidadão que, por suas virtudes cívicas e privadas, deixou seu nome inteiramente ligado à história da Bahia, por sua honradez imaculada, por sua grandeza de espírito e por sua indefectível lealdade política".

O monumento foi autorizado por resolução municipal nº 144 de 04/01/1905 e inaugurado a 13/05/1911, pelo governador João Ferreira de Araújo Pinho e pelo intendente (prefeito) Antônio Carneiro da Rocha. O monumento traz a seguinte inscrição:

"Drº em Medicina pela Faculdade da Bahia; Voluntário do Corpo de Saúde do Paraguay; Deputado provincial; Senador do Estado; Membro da Constituinte; Intendente do Município de Caetité, onde residia, e Governador deste Estado."

Rodrigues Lima é nome de diversos logradouros na Bahia, sobretudo em Lençóis e em Caetité.

Fonte: Wikipédia

Eduardo Mascarenhas

EDUARDO MASCARENHAS
(54 anos)
Psicanalista e Político

* Rio de Janeiro, RJ (06/07/1942)
+ Rio de Janeiro, RJ (29/04/1997)

Eduardo Mascarenhas foi um psicanalista e político brasileiro famoso na década de 1980 pela participação em vários programas de TV, como o "TV Mulher".

Eduardo Mascarenhas sofreu por ter denunciado, junto com Hélio Pellegrino, a conivência do então presidente da Sociedade Brasileira de Psicanálise com Amílcar Lobo e com as torturas praticadas durante o regime militar, chegando a ser expulso daquela associação.


Foi casado com a atriz Christiane Torloni e escreveu três livros sobre assuntos relativos à psicanálise: "Emoções" (1986), "Cartas a um Psicanalista" (1986) e "Alcoolismo, Drogas e Grupos Anônimos de Ajuda Mútua" (1990). Manteve, também, até sua morte, colunas em revistas femininas, como Cláudia e Contigo!.

Filiou-se ao Partido Democrático Trabalhista (PDT)  em 1989, pelo qual foi eleito deputado federal pelo estado do Rio de Janeiro em 1990, chegando a ser vice-líder da bancada do partido na Câmara. Mudou para o Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) em 1993, por onde foi reeleito deputado no ano seguinte.

Eduardo Mascarenhas não conseguiu terminar o segundo mandato, por ter falecido vítima de um  câncer em 29 de abril de 1997, aos 54 anos.

Fonte: Wikipédia

Franco da Rocha

FRANCISCO FRANCO DA ROCHA
(69 anos)
Psiquiatra, Psicanalista, Escritor e Ornitólogo

☼ Amparo, SP (23/08/1864)
┼ São Paulo, SP (08/11/1933)

Francisco Franco da Rocha foi um médico psiquiatra brasileiro. Foi também músico, escritor e ornitólogo (especialista em Tico-Tico). Natural da cidade de Amparo, interior de São Paulo, realizou sua formação na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, sendo aluno de João Carlos Teixeira Brandão, interno da Casa de Saúde Doutor Eiras no Rio de Janeiro, e adepto da corrente francesa de psiquiatria, que à época predominava no país, e doutorou-se pela Universidade de São Paulo. Foi um dos pioneiros do uso de técnicas modernas no tratamento de doenças mentais no Brasil. 

Era filho do Drº José Joaquim Franco da Rocha e de Dona Maria Isabel Galvão Bueno Franco da Rocha.

Após concluir sua formação, Franco da Rocha voltou a São Paulo e, em 1893, foi nomeado para compor o corpo médico do Hospício de Alienados deste estado. A partir de então, passou a reivindicar, junto aos dirigentes estaduais, a criação de um novo hospício, projetado segundo os modernos critérios da psiquiatria, opondo-se veementemente à proposta leiga de descentralização da assistência aos alienados que então tramitava no governo. Sua proposta venceu e, em 1895, começou a ser construída nova instituição e, no ano seguinte, foi nomeado diretor clínico do Hospício de Alienados de São Paulo.

Em 1898 foi inaugurado o novo hospício, fundado por ele, o Asilo de Alienados do Juqueri, que em 1928 passou a se denominar Hospital e Colônias de Juqueri e mais tarde passou a se chamar Hospício de Juquery, sendo dirigido por Franco da Rocha desde sua fundação até 1923. O Hospital Psiquiátrico do Juqueri, localizado no atual município de Franco da Rocha, em meados do século XX, chegou a ser o maior hospital psiquiátrico da América Latina. A unidade começou a ser construída em 1895, com projeto do arquiteto Ramos de Azevedo, uma área de 150 hectares, com capacidade inicial de 800 leitos, em um terreno à margem da linha férrea, próximo à estação Juqueri. Este espaço foi inaugurado com o nome de Hospital Asilo Colônia, mas só concluído seis anos depois.

Hoje é chamado de Hospital Psiquiátrico do Juqueri, na Vila Juqueri, atual município de Franco da Rocha, nome esse dado ao município em sua homenagem (decreto lei 6.693 de 21/09/1934). A direção foi entregue ao grande psicanalista que passou a morar no local com a família e lá criou seus seis filhos, junto com a esposa Dona Leopoldina Lorena Ferreira Franco da Rocha. Na virada do século conheceu às idéias de Freud e iniciou seus estudos psicanalíticos propriamente ditos, e obteve destaque também na carreira acadêmica. 


Criou seis filhos dentro do espaço físico do Hospício de Juqueri. Foi, talvez, o primeiro médico residente na acepção radical do termo. Sua vida foi dedicada ao Hospício de Juqueri. Participou da escolha do local, planejou sua estrutura e dedicou sua vida no atendimento dos pacientes e construindo uma equipe que foi fundamental no desenvolvimento da psiquiatria paulista.

Iniciou sua carreira de médico preocupando-se com o tratamento dos doentes mentais. Foi pioneiro na utilização da laboterapia, um tipo de tratamento que não feria a dignidade dos pacientes, com o auxílio de trabalhos como a manutenção de hortas e pomares outras atividades manuais, sendo que para desenvolver esse tipo de tratamento, ajudou a fundar um Asilo Colônia.

Franco da Rocha foi o primeiro professor de Neuropsiquiatria da Faculdade de Medicina de São Paulo (1918-1923). Na aula inaugural, discorreu sobre as idéias de Freud, porém nesse campo foi apenas um estudioso, sem praticá-las profissionalmente.

Com o amigo Durval Marcondes ajudou a fundar a Sociedade Brasileira de Psicanálise (1927), a primeira instituição psicanalítica da América Latina, e um passo decisivo para o desenvolvimento da área, no Brasil.

Participou também, de acordo a historiadora Pietra Diwan, em seu livro "Raça Pura" (Editora Contexto, 2007), dos quadros da Sociedade Eugênica de São Paulo, juntamente com expoentes da intelectualidade nacional, como o médico Arnaldo Vieira de Carvalho e o escritor Monteiro Lobato, no qual divulgavam a tese da importância do aperfeiçoamento racial denominada Eugenia, criada pelo médico inglês Francis Galton (1822-1911), que tinha como objetivo o estudo dos agentes sob o controle social que podem melhorar ou empobrecer as qualidades raciais das futuras gerações, seja física ou mentalmente.

Franco da Rocha aposentou-se do cargo de Diretor do Hospício de Juqueri em 1923, aos 58 anos de idade, e anos depois, por iniciativa de discípulos e amigos, em 1928 foi erguida uma herma do mestre, busto em que o peito, as costas e os ombros são cortados por planos verticais, em bronze, no saguão do hospital.

Autor de uma vasta bibliografia encontrada no Índice Bibliográfico Brasileiro de Psiquiatria, faleceu em São Paulo, em conseqüência de Enfisema Pulmonar, aos 69 anos de idade, em 8 de novembro de 1933. 

Ramiro Barcelos

RAMIRO FORTES DE BARCELOS
(64 anos)
Político, Escritor, Jornalista e Médico

* Cachoeira do Sul, RS (23/08/1851)
+ Porto Alegre, RS (28/01/1916)

Ramiro Fortes de Barcelos  foi um político, escritor, jornalista e médico brasileiro. Filho de Vicente Loreto de Barcelos e de Joaquina Idalina Pereira Fortes, irmã do Barão de Viamão.

Ramiro Bacelos cursou o secundário na Escola Pública de Cachoeira do Sul, vindo a concluir o curso em Porto Alegre. Cursou a Faculdade de Medicina no Rio de Janeiro.

Exerceu os cargos públicos de ministro plenipotenciário no Uruguai durante a Revolução Federalista, secretário da Fazenda, procurador do estado do Rio Grande do Sul no Rio de Janeiro e superintendente das Obras da Barra de Rio Grande.

Exerceu os mandatos de deputado provincial nos períodos de 1877 a 1878, 1879 a 1880 e 1881 a 1882, elegeu-se senador da República pelo Rio Grande do Sul de 1890 a 1899 e de 1900 a 1906.

Criou, em 1902, como senador, a moeda cruzeiro, que só veio a ser adotada na década de 1940, no governo de Getúlio Vargas.

Colaborou com o jornal A Federação, desde seu primeiro número, no qual escreveu "Cartas a Dona Isabel", com o pseudônimo de Amaro Juvenal, que continuou sendo utilizado em poemas satíricos. O que mais literariamente notabilizou Ramiro Barcelos foi um poemeto campestre, hoje considerado uma joia da literatura gauchesca, elaborado entre 1910 e 1915, em razão de uma briga política contra seu primo Antônio Augusto Borges de Medeiros (1863-1961), então presidente do estado, ali retratado como Antonio Chimango.

Foi um dos apoiadores da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre. Foi homenageado pelo município de Porto Alegre com a denominação da Rua Ramiro Barcelos.

Fonte: Wikipédia

Cezar Zama

ARISTIDES CEZAR SPÍNOLA ZAMA
(68 anos)
Médico, Político, Escritor e Historiador

* Caetité, BA (19/11/1837)
+ Salvador, BA (20/10/1906)

A rica família Spinola, no município de Caetité, veio a legar diversos expoentes para o Brasil, como Anísio Teixeira, Aristides Spínola, dentre outros. Tendo Rita de Sousa Spínola Soriano se casado em segundas núpcias com o médico italiano Aristide Cesare Zama, natural da cidade de Faenza, região norte da Itália (que teria vindo para o Brasil junto ao colega Libero Badarò), teve com este um único filho: Aristides Cezar Spínola Zama.

Iracundo e galanteador, o médico Aristide Cesare Zama veio logo a granjear inimigos. Mas foi um seu escravo de nome Antônio que, após um castigo, apoderou-se da arma do senhor e, quando este atendia um chamado, assassinou-o. Era o ano de 1840 e tinha Cezar Zama dois anos de idade. Pelo crime foi acusado um carpinteiro, de nome Fiúza, que faleceu em face das torturas recebidas no cárcere. Descoberto o verdadeiro autor, este foi enforcado pelo crime - mas já a revolta havia se instalado na cidade, e foi destruída não somente a forca, mas ainda o pelourinho.

Mudou-se Rita de Sousa com os filhos dos dois casamentos para as Lavras Diamantinas (Lençóis, BA), e Cezar Zama foi enviado para estudar em Salvador.

A Guerra do Paraguai

Cursando o quarto ano da Faculdade de Medicina da Bahia, serviu Cezar Zama nos hospitais de sangue da Guerra do Paraguai, onde encetou a campanha para que também os quartanistas gozassem da promessa de receber o diploma, depois do serviço militar voluntário, tal como havia prometido o Imperador aos quintanistas. Foi sua primeira vitória.

Lutas Políticas - O Verbo Inflamado de Cezar Zama

Cezar Zama tornou-se um dos deputados mais atuantes no Império. Cerrou fileiras entre os abolicionistas e republicanos, em célebres debates que acendiam os ânimos, e demonstravam sua presença de espírito.

Desafiado pelo deputado escravocrata mineiro Valadares, que repudiava seus argumentos em prol da abolição, dizendo-lhe: "Vossa Excelência é médico, então fala com a jurisprudência da medicina", Cezar Zama respondeu:

"Não. Falo com a jurisprudência do Cristo, que pregava serem todos os homens iguais, e como quem tem no escravo um seu semelhante."

Proclamada a República, e atuando despoticamente o marechal Floriano Peixoto, Cezar Zama por diversas vezes o confronta. Torna-se, por conta disto, ferrenho adversário de Ruy Barbosa, a quem denuncia como o grande responsável por crimes contra a nação e povo brasileiro, a exemplo do encilhamento, do voto censitário e da Guerra de Canudos.

Passou a frequentar o Congresso fardado, pois conquistou a patente de coronel, e assim confrontar aquele que passou à História do Brasil como o "General de Ferro".

A inimizade de Ruy Barbosa valeu-lhe bem mais que o discurso "O Jogador", ou a "Resposta a Cezar Zama", bem como a referência irônica de Machado de Assis, solidário a Ruy Barbosa. Este transformou a eleição para o Senado, a que concorria, e de Cezar Zama para a Câmara, em verdadeiro plebiscito, forçando a Bahia a optar entre os dois. Venceu aquele que veio a se tornar o grande nome do Direito no Brasil.

Antes disto, em 1894, Cezar Zama fez o povo de Salvador cercar a residência do governador José Gonçalves da Silva, nomeado pela ditadura que se instalou com a República, pois este emprestara seu apoio ao fechamento do Congresso. Após verdadeira batalha, José Gonçalves da Silva renunciou, e a ditadura aumentou.

Carreira Literária

Afastado de seu mandato, dedicou-se o tribuno à pena. Escreveu em jornais da Bahia e do Rio de Janeiro, quer para lecionar o latim, quer para expressar suas denúncias.

Foi assim que, já sem mandato, publicou o volume "Libelo Republicano" acompanhado de comentários sobre a campanha de Canudos o primeiro livro no Brasil a denunciar o massacre da Guerra de Canudos como "o requinte da perversidade humana", uma guerra onde a instituição criada para defender o povo brasileiro era enviada para assassinar este mesmo povo - como descreveu. Publicado em 1899, menos de um ano após o término das batalhas contra Antônio Conselheiro, ali também reuniu escritos contra os desmandos que Ruy Barbosa capitaneava à frente da economia, além de outros desvios que então se praticavam.

Mas foi como historiador que Cezar Zama teve maior reconhecimento. Desta sua faceta, declarou Pedro Celestino da Silva, que tinha "intuição do passado". Suas principais obras foram:

  • Os Três Grandes Oradores da Antiguidade
  • Os Três Grandes Capitães da Antiguidade

Citações

Algumas frases de Cezar Zama:

"Loucos sempre existiram e existirão: como tal sou qualificado pelos adversários… Felizmente já estou velho e não tardará que encontre no túmulo o esquecimento dos vivos…"
"Bella matribus detestada! Flagelo horrível da humanidade, que a civilização moderna ainda não conseguiu extirpar, maldita guerra! Que chega até a inverter a ordem e as leis da natureza!"
"Quem, como nós, porém, escreve, não uma apologia, mas a história real de um homem, é obrigado a dizer aquilo que em sua convicção é a verdade, luz sempiterna e divina, que todos devem procurar ver."
"Acatamos as leis do país, e ainda mais as leis morais, que, por não serem escritas, não absolvem todavia os seus transgressores da reprovação geral. Se nos submetemos aos abusos, que diariamente se multiplicam entre nós, é porque não temos meios e recursos para reagir contra os seus autores; nunca, porém, abdicaremos o último dos direitos dos vencidos – o de protestar com energia contra os demolidores da pátria e da república."
"Deus fez-nos racional e pensante; exercemos um direito inerente à nossa natureza. Só os vermes toleram ser calcados aos pés sem protestarem."

Homenagens

Cezar Zama é nome de rua em Salvador. No Rio de Janeiro, uma avenida relembra sua figura e uma rua em sua homenagem, no bairro de Lins de Vasconcelos onde se encontra o Hospital Naval Marcílio Dias. Contrastando com o imponente Fórum Ruy Barbosa de Salvador, o maior fórum da Bahia fora da capital, na sua terra natal Caetité, tem o nome de Cezar Zama.

Fonte: Wikipédia