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Deodato Borges

DEODATO TAUMATURGO BORGES
(80 anos)
Jornalista, Radialista e Quadrinista

* Campina Grande, PB (1934)
+ João Pessoa, PB (25/08/2014)

Deodato Taumaturgo Borges foi um jornalista, radialista e quadrinista brasileiro, criador do super-herói Flama e pai do também quadrinista Mike Deodato Jr.

Em 1963 transpôs o personagem para a revista "As Aventuras do Flama", a primeira do gênero no Nordeste brasileiro. Inspirada em sucessos da época, como "Jerônimo, o Herói do Sertão" e "The Spirit". A publicação tinha 40 páginas, com capa dura e imagens em preto e branco. Surgiu como uma propaganda da série de rádio homônima, comandada por Deodato Borges e transmitida pela Borborema AM, de Campina Grande, PB, em 1961. "As Aventuras do Flama" era dada como brinde aos ouvintes do programa e logo angariou uma legião de fãs. Flama foi um dos primeiros heróis dos quadrinhos brasileiros, segundo a Brasil Comic Con.

Considerado uma lenda dos quadrinhos brasileiros, Deodato Borges estava confirmado como uma das atrações da Brasil Comic Con, que acontecerá nos dias 15 e 16 de novembro de 2014, em São Paulo. Ao lado do filho, ele participaria dos dois dias de evento

Ainda na década de 60, Deodato Borges foi diretor geral dos Diários Associados de Pernambuco.

Em 1973, tornou-se editor de cultura do jornal O Norte, de João Pessoa, no qual introduziu as tiras de quadrinhos. Foi também secretário de Comunicação do Governo da Paraíba.

Deodato Borges e seu filho Mike Deodato Jr.
Morte

Deodato Borges morreu em João Pessoa, aos 80 anos. A morte foi constatada às 12:50 hs de segunda-feira. 25/08/2014, durante uma sessão de hemodiálise em que Deodato Borges teve duas paradas cardíacas. Na segunda, os médicos não conseguiram reanimá-lo.

Segundo informações da nora de Deodato Borges, Ana Paula Falcão,  ele havia sido diagnosticado com câncer no sistema urinário há cerca de dois meses. Ele já estava há aproximadamente 15 dias internado em um hospital particular de João Pessoa e chegou a fazer uma cirurgia para retirar um dos rins na semana passada. Ainda de acordo com ela, ele estava tendo uma melhora significativa depois da cirurgia, mas não resistiu à segunda sessão de hemodiálise.

O velório ocorreu na segunda-feira, 25/08/2014, na Funerária São João Batista, no bairro da Torre em João Pessoa. A família informou que o sepultamento ocorrerá na tarde de terça-feira, 26/08/2014, às 16:00 hs, no Cemitério Jardim Mangabeira, com entrada localizada nas proximidades da Praça do Coqueiral, no bairro de Mangabeira, Zona Sul da Capital.

Mike Deodato Jr. informou sobre a morte do pai nas redes sociais. "O Flama Morreu", publicou. Tendo o pai como referência, Mike Deodato Jr. é ilustrador da Marvel e responsável por quadrinhos como "Os Vingadores".

Fonte: WikipédiaG1
Indicação: Miguel Sampaio

Jayme Caetano Braun

JAYME GUILHERME CAETANO BRAUN
(75 anos)
Payador, Poeta e Radialista

* Timbaúva, RS (30/01/1924)
+ Porto Alegre, RS (08/07/1999)

Jayme Guilherme Caetano Braun foi um renomado payador e poeta do Rio Grande do Sul, prestigiado também na Argentina, Uruguai, Paraguai e Bolívia. Era conhecido como "El Payador" e por vezes utilizou os pseudônimos de Piraj, Martín Fierro, Chimango e Andarengo.

Payador, poeta e radialista, Jayme Caetano Braun nasceu na Timbaúva, hoje Bossoroca, na época distrito de São Luiz Gonzaga, na Região das Missões no Rio Grande do Sul.

Durante sua carreira fez diversas payadas, poemas e canções, sempre ressaltando o Rio Grande do Sul, a vida campeira, os modos gaúchos e a natureza local.

Jayme sonhava em ser médico mas, tendo apenas o ensino médio, se tornou um autodidata principalmente nos assuntos da cultura sulina e remédios caseiros, pois afirmava que "todo missioneiro tem a obrigação de ser um curador".

Aos 16 anos mudou-se para Passo Fundo, RS, onde viveria até os 19 anos. Na capital do Planalto Médio, Jayme completou seus estudos no Colégio Marista Conceição e serviu ao Exercito Brasileiro.

Jayme foi membro e co-fundador da Academia Nativista Estância da Poesia Crioula, grupo de poetas tradicionalistas que se reuniu no final dos anos 50, na capital gaúcha.


Trabalhou, publicando poemas, em jornais como O Interior e A Noticia, de São Luiz Gonzaga, RS. Passou dirigir em 1948 o programa radiofônico "Galpão de Estância", em São Luiz Gonzaga e em 1973 passou a participar do programa semanal "Brasil Grande do Sul", na Rádio Guaíba.

Na capital, o primeiro jornal a publicar seus poemas foi o A Hora, que dedicava toda semana uma página em cores aos poemas de Jayme.

Como funcionário público trabalhou no Instituto de Pensões e Aposentadorias dos Servidores do Estado e ainda foi diretor da Biblioteca Pública do Estado de 1959 a 1963, aposentando-se em 1969. Na farmácia do IPASE era reconhecido pelo grande conhecimento que tinha dos remédios.

Em 1945 começou a atuar na política, participando em palanques de comício como payador. O poema "O Petiço de São Borja", publicado em revistas e jornais do país, fala de Getúlio Vargas. Participou das campanhas de Ruy Ramos, com o poema "O Mouro do Alegrete", como era conhecido o político e parente de Jayme. Foi Ruy Ramos, também ligado ao tradicionalismo, que lançou Jayme Caetano Braun como payador, no I Congresso de Tradicionalismo do Rio Grande do Sul, realizado em Santa Maria no ano de 1954.

Jayme Caetano Braun casou duas vezes, em 1947 com Nilda Jardim, e em 1988 com Aurora de Souza Ramos. Teve três filhos, Marco Antônio e José Raimundo do primeiro casamento, e Cristiano do segundo.

Anos mais tarde participaria das campanhas de Leonel Brizola, João Goulart e Egidio Michaelsen, e em 1962 concorreria a uma vaga na Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), ficando como suplente.


Obra

Antes de escrever qualquer coisa sobre este ícone do tradicionalismo gaúcho é importante grifar a importância da influencia do poeta gaúcho que nasceu em Uruguaiana e que fincou raízes na região Sudoeste do Paraná, José Francisco dos Santos Silveira, o qual foi responsável por incentivar o payador na produção de sua obra.

Jayme Caetano Braun lançou diversos livros de poesias, como "Galpão de Estância" (1954), "De Fogão Em Fogão" (1958), "Potreiro de Guaxos" (1965), "Bota de Garrão" (1966), "Brasil Grande do Sul" (1966), "Passagens Perdidas" (1966) e "Pendão Farrapo" (1978), alusivo à Revolução Farroupilha. Em 1990 lançou "Payador e Troveiro", e seis anos depois a antologia poética "50 Anos de Poesia", sua ultima obra escrita.

Publicou ainda um dicionário de regionalismos, "Vocabulário Pampeano - Pátria, Fogões e Legendas", lançado em 1987.

Jaime também gravou CDs e discos, como "Payador, Pampa, Guitarra", antológica obra em parceria com Noel Guarany. Sua ultima obra lançada em vida foi o disco "Poemas Gaúchos", com sucessos como "Payada da Saudade""Piazedo""Remorsos de Castrador""Cemitério de Campanha" e "Galo de Rinha".

Gravou, ainda, com Lúcio YanelCenair Maicá e Luiz Marenco.

Entre seus poemas mais declamados pelos poetas regionalistas do país inteiro, destacam-se "Bochincho""Tio Anastácio""Amargo""Paraíso Perdido""Payada a Mário Quintana" e "Galo de Rinha".

Seu nome batiza ruas, praças e principalmente Centros de Tradições Gaúchas (CTG) no Rio Grande do Sul e em todo o Brasil. É considerado o patrono do Movimento Pajadoril no Brasil.


Morte

Jayme Caetano Braun veio a falecer vítima de uma parada cardíaca em 08/07/1999, por volta das 06:00 hs, em Porto Alegre, RS. Seu corpo foi velado no Palácio Piratini, sede do governo sul-riograndense, e enterrado no Cemitério João XXIII, na capital do Estado. Para o dia seguinte estava programado o lançamento de seu último disco "Exitos".


Tributos

  • Sol das Missões - Tributo a Jayme Caetano Braun, de Paulo de Freitas Mendonça
  • Tributo a Jayme Caetano Braun, de Geraldo do Norte
  • Galo Missioneiro, de Pedro Ortaça
  • Monumento ao Payador em São Luiz Gonzaga, Missões, RS (Escultor Vinícius Ribeiro)

Fonte: Wikipédia

Manoelita Lustosa

MANOELITA LUSTOSA
(72 anos)
Atriz, Cantora, Radialista, Escritora e Poetisa

☼ Pirapora, MG (25/03/1942)
┼ Belo Horizonte, MG (01/07/2014)

Atriz, cantora e radialista, Manoelita Lustosa, mineira de Pirapora e criada em Sete Lagoas, tem uma história de vida repleta de lutas que acabaram levando-a a viver momentos especiais na área artística.

Filha de pai pernambucano e mãe mineira, ainda menina ela vivia em cima de uma cadeira imitando os ídolos do rádio.

Já casada, ao mudar-se para Timóteo, MG, no Vale do Aço, Manoelita Lustosa entrou para a carreira política, assumindo em períodos distintos as secretarias municipais de cultura de Timóteo e Coronel Fabriciano.

Graduada em Letras e Filosofia, Manoelita Lustosa também foi jornalista e escritora de contos e poemas, cuja maioria ainda se mantém inédita.

A mudança para Belo Horizonte no início da década de 90 marcou mais um capítulo na vida da atriz, que estreou profissionalmente no teatro em 1994, no espetáculo "Tio Vânia", de Tchecov, sob a direção de Luiz Carlos Garrocho e Walmir José.

Posteriormente, fez o musical "Na Era do Rádio", com direção de Pedro Paulo Cava, seguido de uma série de comédias ao lado de Ílvio Amaral, entre as quais "A Comédia dos Sexos" e "É Dando Que Se Recebe".

Na TV, fez participação em "Laços de Família" (2000) e trabalhou em "Mulheres Apaixonadas" (2003), "JK", na TV Globo, e "Esmeralda" (2004)  no SBT.

No cinema, Manoelita Lustosa participou dos filmes "Depois Daquele Baile" (2006) e "Os 12 Trabalhos" (2007).

Em 2007, participou da novela "Maria Esperança", do SBT. Em seguida, transferiu-se para a TV Record onde integrou o elenco da novela "Amor e Intrigas" (2007), "Poder Paralelo" (2009) , "Vidas em Jogo" (2011) e "Balacobaco" (2012).

Seu último trabalho foi como a japonesa Terezinha Cho na novela "Dona Xepa" (2013) também da TV Record.

Morte

Manoelita Lustosa morreu em sua casa em Minas Gerais na terça-feira, 01/07/2014, por volta das 09:00 hs, vítima de insuficiência respiratória. A notícia foi informada pela TV Record. O corpo de Manoelita Lustosa foi velado e sepultado no Cemitério Parque da Colina, em Belo Horizonte, MG.

Manoelita Lustosa era viúva e deixou três filhas Manoela, Maria Bethânia e Mariana, e seis netos.

Televisão

  • 2003 - Mulheres Apaixonadas ... Inês Oliveira
  • 2004 - Esmeralda ... Rosário
  • 2006 - JK ... Parteira
  • 2007 - Maria Esperança ... Filomena Beiju (Filó)
  • 2007 - Amor e Intrigas ... Telma Dias
  • 2009 - Poder Paralelo ... Lurdes Leme
  • 2011 - Vidas em Jogo ... Nelize
  • 2012 - Balacobaco ... Etelvina Pedrosa
  • 2013 - Dona Xepa ... Terezinha Cho


Cinema

  • 2007 - Os Doze Trabalhos ... Norma
  • 2006 - Depois Daquele Baile ... Dona Cleide

Fonte: Wikipédia

Jorge Cury

JORGE CURY
(65 anos)
Radialista e Locutor Esportivo

* Caxambu, MG (25/02/1920)
+ Caxambu, MG (23/12/1985)

Jorge Cury foi radialista e locutor esportivo brasileiro. Filho do comerciante José Kalil Cury e de Maria Cury, teve oito irmãos, entre os quais, o cantor, compositor e humorista Ivon Curi e o também radialista Alberto Cury.

Iniciou sua carreira numa emissora local de sua cidade natal, Caxambu, MG, em 1942. No ano seguinte, teve a chance de fazer um teste para a Rádio Nacional, onde, aprovado, permaneceu até 1972, quando se transferiu para a Rádio Globo.

Jorge Cury foi um dos maiores locutores de seu tempo, ao lado de Oduvaldo Cozzi, Waldir Amaral e Doalcey Bueno de Camargo. Além de locutor esportivo, também conduziu o programa dominical de calouros "A Hora do Pato".

Jorge Cury narrou nove copas do mundo e as primeiras corridas de Emerson Fittipaldi.

Em 1984 foi demitido da Rádio Globo e no final da última partida, entre Vasco X Botafogo, que narrou na rádio, fez uma despedida e um desabafo contra os dois diretores que o demitiram, Paulo Cesar Ferreira e Jorge Guilherme, sendo substituído por Washington Rodrigues e José Carlos Araújo. Em seu desabafo ele disse abertamente ter sido "tocaiado" por esses diretores citando o título de uma obra de Jorge Amado.

Jorge Curi e Waldir Amaral
Seus bordões principais foram:
  • "Passa de passagem", é golaço!!!"
  • "É a última volta do ponteiro!"
  • "Ultrapassa a linha divisória do gramado!"
  • "Fim de papo!" (Ao final do jogo)

Seus longos gritos de "Gooooooollll" ecoavam por toda a cidade. No Maracanã, nas portarias dos prédios e nos radio de pilha, como marca registrada de uma época.

Jorge Cury morreu vítima de um acidente automobilístico próximo a Caxambu, MG, para onde se dirigia para os festejos de Natal e de Ano Novo do ano de 1985. Pouco antes, ele havia se transferido para a Rádio Tupi.

Fonte: Wikipédia
Indicação: Miguel Sampaio

Fausto Canova

FAUSTO AUGUSTO BATTISTETE
(78 anos)
Radialista, Musicólogo e Cantor

* Marília, SP (28/11/1930)
+ Avaré, SP (03/01/2009)

Fausto Canova tinha os dois quesitos fundamentais de um bom apresentador, conta Zuza Homem de Mello, amigo do radialista, historiador e crítico de música. Primeiro: possuía profundo conhecimento musical. Segundo: tinha uma bela voz.

O vozeirão de Fausto Augusto Battistete contribuiu, inclusive, para seu casamento com a mulher com quem viveu boa parte da vida. Sônia era fã de seus programas - e, ambos, de Dick Farney.

Como ela tinha um amigo na mesma emissora de Fausto Canova, conseguiu o contato do radialista, conheceram-se e passaram a namorar.

"Grande nome da Era do Rádio dos anos 50 e 60", como o descreve Zuza Homem de Mello, Fausto Canova passou pela Rádio ExcelsiorRádio BandeirantesRádio Jovem PanRádio Cultura.

Fanático por música americana e música instrumental brasileira, arriscou-se como crooner, mas não levou adiante. O nome Canova, da família da mãe, ele adotou apenas profissionalmente.

Natural de Marília, SP, "gostava mesmo era de São Paulo", contou a sobrinha. Tinha tantos discos em casa que era obrigado a vender alguns para conseguir guardar todos.


Morte

Sozinho em São Paulo e com suspeita de Mal de Alzheimer, mudou-se para Avaré, levado pelo sobrinho. Viúvo havia cerca de quatro anos, Fausto Canova morreu no sábado, 03/01/2009, aos 78 anos, em Avaré, SP, após sofrer uma parada cardíaca. Ele não deixou filhos.

Milton Neves Fala de Fausto Canova

Eu, Milton Neves, trabalhei na mesma emissora que Canova por quase dez anos. Chegando à Rádio Jovem Pan AM pelas mãos do saudoso e genial Fernando Luiz Vieira de Mello, em 1972, conheci Fausto Canova que era o apresentador titular do "Show da Manhã". Ele teve vários produtores como Chico de Assis, Marino Maradei e Leda Cavalcanti e, ao microfone, era um professor de música.
Mas também adorava futebol. Parecidíssimo com Jorge Andrade, ex-lateral-esquerdo do Internacional, RS, Fausto Canova foi também narrador esportivo da TV Tupi por certo período, durante os anos 70.
Grande Canova, que Deus o tenha!


Edmo Zarife

EDMO ZARIFE
(59 anos)
Radialista e Locutor

* Nova Friburgo, RJ (15/12/1940)
+ Niterói, RJ (27/12/1999)

Nascido em Nova Friburgo, RJ, Edmo Zarife construiria uma sólida carreira e se tornaria uma das maiores referências da locução brasileira. Ao sair de sua cidade natal, foi para a Rádio Globo, onde foi comunicador, apresentando alguns programas, além de "voz-padrão" de chamadas e vinhetas.

A última atração comandada por Edmo Zarife foi o "Super Paradão", de segunda a sexta-feira, de 00:00 hs às 03:00 hs da manhã, sempre gravado. A última edição deste programa foi na véspera do Natal de 1999. Dois dias antes, Edmo Zarife havia sido internado num hospital em Niterói em virtude de problemas cardíacos, e morreu cinco dias depois.

André, Paizinho, Brinquinho e Edmo Zarife
O Surgimento da Vinheta "Brasil-Sil-Sil!"

A famosa vinheta "Brasil-Sil-Sil!", interpretada por Edmo Zarife, e que marca as transmissões esportivas do Sistema Globo de Rádio e da Rede Globo de Televisão começou a nascer em 1968.

O diretor geral da rádio na época Mário Luiz e o narrador esportivo Waldir Amaral, procuravam dar uma dinâmica maior às transmissões de futebol da Rádio Globo, para dar uma estética mais alegre e um "toque de show" nas mesmas. E nessa época, o cantor paraguaio Fábio Rolon gravou a lendária vinheta "Rádio Globooooooooooo!", que ficou no ar por 4 décadas, saindo do ar apenas em meados de 2009.

Chegada a época das Eliminatórias da Copa do Mundo de 1970, Waldir Amaral e Mário Luiz pediram à Edmo Zarife e ao técnico de som José Cláudio Barbedo, o Formiga, que fizessem um grito de guerra para levar a Seleção Brasileira à frente.

Assim, Edmo Zarife e Formiga ficaram duas horas dentro do estúdio, gravando em uma fita várias frases e bordões. E ouvindo a fita, depois de toda gravada, Formiga, com seu conhecimento no assunto e sua técnica apurada, após ouvir o "Brasil-Sil-Sil!", apontou e disse: "Zarife, é essa!". Em seguida, os dois resolveram ouvir aquela parte por umas 30 vezes. E assim, nasceu a vinheta "Brasil-Sil-Sil!".

Depoimento

A correria do fim de ano não me permitiu uma palavra sobre Edmo Zarife, da Rádio Globo, que partiu para o Reino dos Esplendores ao ver raiar o milênio.
Aquele "Brasil-Sil-Sil!", arte sonora viva na memória emotiva do País, expressão sintética da emoção do gol, é um grito de felicidade nacional. É a melhor forma até hoje encontrada de dizer muito numa só palavra. Ela só foi possível pela existência de uma categoria profissional importantíssima – o locutor – que, há muito tempo, é esquecida pela imprensa e desprestigiada pelo próprio meio que dela se utiliza: o rádio.
O locutor é profissional de especializadíssima função a quem se paga baixos salários e hoje está ameaçado de desaparecer do rádio e da TV, substituído muitas vezes por pessoas de pobre expressão oral, dicção péssima sem qualquer noção de califasia, que é arte do falar eufônico agradável e belo. Trata-se de matéria tão importante que deveria ser ensinada na aula de comunicação e expressão, mas nunca foi. A meu tempo estudávamos caligrafia. Hoje nem isso. O resultado é a fala torpe, grosseira e mal conduzida, com voz fora do lugar, deglutição de letras e sílabas e som horroroso.
O locutor é profissional que repõe a qualidade e a elegância do falar como forma de expressar alguma estesia de alma. O mais importante é que assim se preserva um idioma. Falo portanto de matéria seriíssima. Felizmente ainda há por aí magníficos locutores e locutoras no rádio e na televisão. Mas escasseiam. Na TV, desde que substituíram locutores por jornalistas, a função indispensável de ler com segurança (e sem caras e bocas opinativas...) está desaparecendo. Reparem que o apresentador, a meu ver padrão, o William Bonner, não é bom só por ser jornalista. É bom por ser um ótimo locutor também, observem-lhe a voz, a tranqüilidade na emissão, a dicção perfeita.
Mas estou a falar do Zarife, do bom e generoso Zarife, apaixonado como eu por gatos (quantas vezes conversamos sobre isso no boteco ao lado da Rádio Globo). Acima de tudo, ele mostrou a importância do bom locutor para qualquer rádio. Como voz padrão da Globo, marcou-lhe as chamadas, os prefixos dos programas, os eventos. O metal magnífico de sua voz (eu lhe dizia que ele e o Haroldo de Andrade nasceram com um som estereofônico nas cordas vocais) ajustou-se maravilhosamente à trepidação das rádios AM, rádios de mobilização do ouvinte.
Grande Zarife! Com ele, morre um pouco mais a profissão já agonizante do locutor, o herói quase anônimo das emissoras de rádio, das propagandas, das leituras e narrações dos documentários. Profissão que lhe honrou e dignificou.

(Senador Artur da Távola 12/01/2000)

Fonte: Wikipédia

Moraes Sarmento

RUBENS SARMENTO
(75 anos)
Radialista, Locutor e Apresentador de TV

* Campinas, SP (14/12/1922)
+ São Paulo, SP (22/03/1998)

Moraes Sarmento nasceu em Campinas, SP no dia 14/12/1922 onde iniciou a carreira de radialista em 1937, na Rádio Educadora. Teve a primeira experiência como locutor em serviços de alto-falantes da cidade. Mas foi em Uberlândia, MG, que, aos 16 anos de idade, em 1941, trabalhou como locutor profissional.

Na década de 40 atuou em diversas cidades do interior de São Paulo como São José do Rio Preto, Araçatuba, entre outras. Nesse período, ia constantemente a São Paulo tentar a sorte em alguma emissora, até que em 1944, pelas mãos de Roberto Côrte-Real, ingressou na Rádio Cultura, cujos estúdios ficavam na Avenida São João. Ali, com a experiência adquirida em Campinas, em programas de auditório, passou a comandar o famoso programa da época, "Cirquinho do Simplício".

Foi incentivado por Manuel de Nóbrega de quem se tornou secretário particular.

Wilma Santochi Sarmento e Moraes Sarmento
Esta é a ultima foto dos dois, quando ele recebeu o Titulo de Cidadão Paulistano
Moraes Sarmento tornou-se cidadão honorário das cidades paulistas de Atibaia, Brotas, Osasco, Tatuí, Torrinha, recentemente Cidadão Paulistano, e Ouro Fino, em Minas Gerais.

Após um período de muito sucesso na Rádio Cultura, esteve no Rio de Janeiro onde atuou na Rádio Tamoio e na Rádio Tupi. Retornou a São Paulo para ficar, por nove anos, na antiga Rádio São Paulo.

Foi porém a partir de maio de 1958 que, atendendo a convite, ingressou na Rádio Bandeirantes, onde, por 22 anos consecutivos, teve um programa que levava seu nome, no qual pode realizar aquilo que sempre almejou: irradiar, essencialmente, a música brasileira, preservando de forma singular, a memória  musical de nossa terra. Nesse programa, teve também a oportunidade de lutar pela preservação da fauna e flora do nosso país, sendo por isso, agraciado com a Comenda e Medalha Marechal Rondon e Couto de Magalhães pela Sociedade Geográfica Brasileira.

Moraes Sarmento com Dorival Caymi na Rádio Bandeirantes
Por sua luta pela preservação de bandas de música, despertou a atenção de prefeitos de inúmeras cidades do interior paulista, incentivando-os com a construção  de coretos em praças públicas locais.

Foi presidente da Federação das Escolas de Samba de São Paulo, oportunidade em que organizou grande desfile de escolas de samba no Anhangabaú. O sucesso do evento foi tão grande que, o então prefeito Faria Lima, em 1967, através de decreto, resolveu oficializar o carnaval de São Paulo.

Foi presidente da Associação de Amparo aos Animais, sendo, em sua gestão construída a sede própria da entidade.

Moraes Sarmento recebeu vários troféus, entre os quais o Prêmio Roquette Pinto, por duas vezes, e o Prêmio Governador do Estado, tendo como justificativa o melhor programa de música brasileira e a preservação da memória musical do país.

O ex-governador Laudo Natel, Moraes Sarmento e Nelson Goncalves no seu programa da Radio Bandeirantes
Em 1996, em seu programa na Rádio Bandeirantes, fez memorável campanha visando homenagear o cantor Vicente Celestino com um disco de ouro que pesava cerca de meio quilo. A entrega do disco foi feita em famoso programa da TV Record, ao qual compareceram grandes cantores da época como Orlando Silva, Carlos Galhardo, Gilberto Alves, Osny Silva, Cyro Monteiro, Elizeth Cardoso, os quais costumava prestigiar em seu programa.

Moraes Sarmento esteve no ar por 60 anos, sempre prestigiando nossos grandes cantores e a música popular brasileira em sua fase de ouro.

Durante 11 anos consecutivos apresentou, na TV Cultura, o programa "Viola Minha Viola".

Em 1987, recebeu aquela que considerava ser sua maior homenagem: Participou em carro aberto no desfile de carnaval e teve sua vida contada e cantada no samba enredo da Escola de Samba Mocidade Alegre.

Moraes Sarmento foi fundador da Lira Musical Pedro Salgado, nome que homenageia o grande compositor de músicas específicas para banda de música. Apresentou também, com grande sucesso, na TV Tupi, o programa "Praça Moraes Sarmento".

Na Rádio Bandeirantes, além de seu programa noturno, que durou 22 anos, lançou "Almoço à Brasileira" com audiência absoluta no horário, ocasião em que reabilitou o samba, em franca decadência na época.

Moraes Sarmento foi casado com Wilma Santochi Sarmento e teve uma filha chamada Marisa Sarmento Edwards. Era avô de Marcelo e Gabriela, e bisavô de Victor, Marina, Luccas e David Miguel.

Moraes Sarmento faleceu em São Paulo, no dia 22/03/1998, vítima de um aneurisma abdominal.

Fonte: Registros de família gentilmente cedidos por Marisa Sarmento Edwards.

Cláudio Cavalcanti

CLÁUDIO MURILLO CAVALCANTI
(73 anos)
Ator, Diretor de TV, Produtor Teatral, Escritor, Tradutor, Cantor, Dublador, Radialista e Político

* Rio de Janeiro, RJ (24/02/1940)
+ Rio de Janeiro, RJ (29/09/2013)

Cláudio Murillo Cavalcanti foi um ator, diretor de TV, produtor teatral, escritor, tradutor, cantor, dublador, radialista e político brasileiro. É considerado um dos mais importantes nomes do cenário artístico brasileiro.

Foi homenageado com várias condecorações, entre elas a Medalha Tiradendes, pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (ALERJ) e a Medalha General Zenóbio da Costa, pelo Exército brasileiro. É também Comendador do Exército brasileiro com a Medalha do Pacificador.

Cláudio Cavalcanti foi casado desde 1979 com Maria Lucia Frota Cavalcanti, psicóloga e atriz, com quem dividiu o palco inúmeras vezes. Ambos são vegetarianos e ativistas dos direitos dos animais, e sua mulher foi a criadora da Secretaria Municipal de Defesa dos Animais, na cidade do Rio de Janeiro, exercendo o cargo de Secretária Municipal de 01/2001 a 02/2005.

Cláudio Cavalcanti iniciou a carreira de ator em 13/12/1956, aos 16 anos de idade, no Teatro Brasileiro de Comédias (TBC), atuando ao lado de Nathália Timberg, Sérgio Britto e Fernanda Montenegro. No mesmo ano estreou na televisão fazendo teatro ao vivo. Desde então nunca mais interrompeu suas atividades de ator, continuando a atuar em teatro, televisão e cinema até os dias de hoje, tendo em seu currículo 41 peças, 39 novelas e 35 filmes.

Como protagonista, destacam-se entre seus principais trabalhos de tele-dramaturigia: "Anastácia, a Mulher sem Destino" (1967), "Rosa Rebelde" (1969), "Véu De Noiva" (1969), "Irmãos Coragem" (1970), "O Homem Que Deve Morrer" (1971), "Carinhoso" (1973), "O Bofe" (1972), "Cavalo De Aço" (1973), "Vejo A Lua No Céu" (1976), "O Feijão E O Sonho" (1976), "Dona Xepa" (1977), "Maria, Maria" (1978), "Pai Herói" (1979), "Água Viva" (1980), "Terras Do Sem Fim" (1981), "Sétimo Sentido" (1982), "Roque Santeiro" (1985), "Hipertensão" (1986), "Lua Cheia De Amor" (1990), "A Viagem" (1994), "Marcas da Paixão" (2000) e "Roda da Vida" (2001).

No teatro, entre outros, protagonizou "Era Uma Vez Nos Anos Cinquenta" (Troféu Mambembe de melhor ator), "Fernando Pessoa", "Bodas de Papel", "O Beijo Da Louca", "Obrigado Pelo Amor de Vocês" (Peça com que foi contratadado para inaugurar o Teatro do Casino do Estoril, em Lisboa), "Disque M Para Matar", "Estou Amando Loucamente", "Vida Nova", "O Nosso Marido", "A Primeira Valsa", "Freud E O Visitante", "O Mundo É Um Moinho", "E Agora O Que Faço Com O Pernil", "O Doente Imaginário" e, em fevereiro de 2009, "Quando Se É Alguém", texto inédito de Pirandello.

Como escritor tem 5 livros publicados dentre os quais 3 antologias. Como cantor foi campeão de vendas como o LP "Claudio Cavalcanti" em 1971.

Concomitantemente com suas atividades artísticas, em outubro de 2000 foi eleito vereador da cidade do Rio de Janeiro, pelo então Partido da Frente Liberal (PFL), atual Democratas (DEM), com a plataforma "Por uma política de respeito aos animais".

Reeleito em 2004, cumpriu dois mandatos. Em oito anos de atividade legislativa, criou e teve aprovadas 29 leis, consideradas pioneiras em relação a defesa dos direitos animais, entre as quais a que proíbe o extermínio de animais abandonados e introduz a esterilização gratuita como método oficial de controle populacional e de zoonoses. Também, entre outras, proibiu rodeios, circos com animais, estabeleceu multa para maus-tratos e crueldade contra animais e conseguiu a aprovação da lei que proibia a utilização de animais em experiências científicas, recebendo maciço apoio nacional e internacional e criando enorme polêmica. Posteriormente a Lei foi vetada pelo então prefeito, César Maia.

Em 2006 candidatou-se a deputado estadual, tendo obtido 39.742 votos e sendo diplomado em dezembro de 2006 como suplente, durante licença de um dos titulares. Não conseguiu se reeleger vereador em 2008, porém após a cassação do deputado Natalino, tornou-se titular em definitivo da vaga na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (ALERJ). No entanto, ainda não se sabe porque, a assembleia empossou outro deputado menos votado. Atualmente, aguardava o julgamento de um Mandado de Segurança contra a Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, mandado esse que está em tramitação no Órgão Especial do TJ-RJ.


Morte

Cláudio Cavalcanti morreu às às 17:45 hs de domingo, 29/09/2013, no Rio de Janeiro, aos 73 anos. O ator estava internado na UTI do Hospital Pró-Cardíaco desde o dia 16 de setembro, e no dia 24, havia passado por um cirurgia por conta da falência de uma vértebra. Segundo seu cardiologista e genro, Carlos Eduardo Menna Barreto, o ator sofreu um choque cardiogênico, que evoluiu para uma insuficiência renal e falência múltipla dos órgãos, ocasionando o falecimento.



Teledramaturgia

  • 2013 - Sessão de Terapia ... Otávio (GNT)
  • 2011 - Amor e Revolução ... Geraldo (SBT)
  • 2001 - Roda da Vida ... Vidal (Record)
  • 2000 - Marcas da Paixão ... Djalma (Record)
  • 1999 - Chiquinha Gonzaga ... Rogério
  • 1998 - Labirinto ... Gaspar
  • 1996 - Salsa e Merengue ... Olavo
  • 1995 - Explode Coração ... Tolentino
  • 1994 - A Viagem ... Alberto
  • 1993 - Mulheres de Areia ... Roque
  • 1990 - Lua Cheia de Amor ... Conrado
  • 1990 - Rainha da Sucata ... Delegado que investiga a morte de Laurinha Figueiroa
  • 1989 - República ... Floriano Peixoto
  • 1989 - O Salvador da Pátria ... Eduardo Corrêa
  • 1986 - Hipertensão ... Sandro Galhardo
  • 1985 - Roque Santeiro ... Padre Albano
  • 1984 - Transas e Caretas ... Douglas
  • 1984 - Padre Cícero ... Dom Joaquim
  • 1983 - Caso Verdade - Vida Nova ... Mr. Scott
  • 1982 - Sétimo Sentido ... Danilo Mendes
  • 1981 - Terras do Sem Fim ... João Magalhães
  • 1981 - Baila Comigo ... Guilherme Fonseca
  • 1980 - Água Viva ... Edir
  • 1979 - Pai Herói ... Gustavo
  • 1978 - Pecado Rasgado ... Bruno
  • 1978 - Maria, Maria ... Ricardo Valentiano Brandão
  • 1977 - Nina ... Grimaldi
  • 1977 - Dona Xepa ... Otávio
  • 1976 - O Feijão e o Sonho ... Juca Campos Lara
  • 1976 - Vejo a Lua no Céu ... Eusébio
  • 1975 - Bravo! ... Maurício
  • 1973 - Carinhoso ... Paulo
  • 1973 - Cavalo de Aço ... Aurélio
  • 1972 - O Bofe ... Maneco
  • 1971 - O Homem Que Deve Morrer ... Leandro
  • 1970 - Irmãos Coragem ... Jerônimo Coragem
  • 1969 - Véu de Noiva ... Renato Madeira
  • 1969 - Rosa Rebelde
  • 1969 - Enquanto Houver Estrelas ... César (TV Tupi)
  • 1969 - O Retrato de Laura ... Marcelo (TV Tupi)
  • 1968 - A Gata de Vison ... Taylor
  • 1968 - Demian, o Justiceiro ... Dagarata
  • 1967 - A Mulher Que Amou Demais
  • 1967 - Anastácia, a Mulher Sem Destino ... Jean Paul
  • 1965 - 22-2000 Cidade Aberta ... Carlinhos

Participações Especiais

  • 1994 - Xuxa Especial de Natal - Crer Para Ver ... Palhaço chorão.


Cinema

  • O Menino Maluquinho II - A Aventura
  • Tiradentes - O Filme
  • Mutirão de Amor
  • Caminhos Cruzados
  • Uma Estranha História de Amor
  • Um Marido Contagiante
  • Contos Eróticos
  • Ipanema, Adeus
  • Como Nos Livrar do Saco
  • O Grande Gozador
  • Quando as Mulheres Paqueram
  • Ascensão e Queda de um Paquera
  • Memórias de um Gigolô
  • A Cama ao Alcance de Todos
  • A Ascensão
  • A um Pulo da Morte
  • Cuidado! Espião Brasileiro em Ação
  • Nudista à Força
  • Engraçadinha Depois dos Trinta
  • A História de um Crápula
  • Um Ramo Para Luísa
  • Contos Eróticos - Vereda Tropical

Dublagem
  • Robin Hood

Fonte: Wikipédia
Indicação: Neyde Almeida

Muíbo Cury

MUHIB CURY
(80 anos)
Ator, Apresentador, Locutor, Cantor, Compositor, Radialista e Dublador

* Duartina, SP (15/01/1929)
+ São Paulo, SP (26/12/2009)

Muhib Cury, mais conhecido como Muíbo Cury ou Muíbo César Cury, foi um ator, compositor, radialista e dublador brasileiro.

Disseram ao descendente de libaneses Muhib Cury que, com aquele nome, ele não faria sucesso no rádio. A primeira iniciativa tomada pelo rapaz foi abrasileirar o Muhib, cujo significado é "amado", segundo a filha Adriana, para Muíbo.

Mesmo assim, para alguns, a solução nada resolvia, pois o nome continuava ruim. Aí ele incluiu o César na história. Resultado: ficou conhecido de várias maneiras como César Cury, Muíbo Cury ou Muíbo César Cury.

Estreou em 1949, na Rádio Clube de Marília. No início dos anos 50 o jovem nascido em Duartina, SP, começou como contrarregra na Rádio Bandeirantes, fazendo os barulhinhos para as radionovelas. Na emissora, trabalhou até o fim da vida. Apresentava o programa "Arquivo Musical" e o "Jornal em Três Tempos", ao lado de Chiara Luzzati e Paulo Galvão.

Da esquerda para a direita: Muíbo Cury, Sérgio Galvão, Wanderley Cardoso, Fernando Solera e Altemar Dutra
Também passou pela Rádio América, Rádio São Paulo, e Rádio Cultura, onde fez por 10 anos um programa de música sertaneja de raiz, uma de suas paixões. Integrou a dupla Barreto & Barroso e foi coautor da canção "João de Barro". Muíbo Cury compôs também marchinhas de carnaval. 

Atuou em telenovelas na TV Tupi e TV Bandeirantes. Seus últimos trabalhos televisivos foram uma participação em "Memórias de um Gigolô" e num comercial da Skol, no Natal de 1993.

Muíbo Cury era casado com Dalva, moça que o ouvia no rádio antes de conhecê-lo no madureza (espécie de supletivo). Teve 4 filhos e 2 netas.

Muíbo Cury morreu no Hospital São Luiz, sábado, dia 26/12/2009, onde estava internado em decorrência problemas cardíacos. O enterro aconteceu no domingo, 27/12/2009, às 11:00 hs, no Cemitério da Lapa.

Dublagens

  • Caçador Kaura em "Flashman"
  • Mantor do Diabo (primeira voz) em "Lion Man"
  • Fozzie em "Muppet Show" e "Os Muppets Conquistam Nova York"
  • Prefeito White em "Doug"
  • Participações nos Episódios 17 e 22 de "Samurai X"

Fonte: Wikipédia e Folha de S.Paulo
Indicação: Reginaldo Monte

Ionei Silva

IONEI SILVA
(71 anos)
Radialista e Dublador

* (1942)
+ Uberlância, MG (22/07/2013)

Natural de Uberlândia, Ionei Silva foi o primeiro diretor de dublagem com carteira assinada do Brasil. Aos 10 anos de idade ele venceu um concurso para apresentar um programa infantil na Rádio Difusora, em Uberlândia. O programa durou dois anos e, desde então, ele sabia que trabalharia com a voz: queria ser ator ou cantor.

Antes de conseguir se estabelecer como dublador em São Paulo trabalhou como tintureiro, feirante e vendedor de enciclopédias.

Em Uberlândia, foi radialista e diretor da Rádio Educadora. Depois foi para a Rádio Bela Vista e, quando a mesma faliu, foi para São Paulo. Lá, passou por dificuldades e foi onde conseguiu emprego numa rádio.

Pouco tempo depois, um amigo o convidou para fazer dublagens em um estúdio onde trabalhava. Até aquele momento, Ionei Silva nunca havia feito dublagens. Lá ele fez testes e foi aprovado, iniciando sua carreira de dublador em 1965, ficando em São Paulo durante 10 anos. Depois recebeu um convite do Rio de Janeiro para dirigir na Cinecastro, lugar este onde ficou por menos de dois anos, pois ela acabou falindo também. Logo após, foi trabalhar em estúdios como o Herbert Richers, Peri Filmes, Delart, e outros.

Ionei Silva foi bastante ativo nos anos 80. Com sua voz anasalada e inconfundível, ele dublou diversos personagens de desenhos, filmes, seriados e novelas.

"Vivi tudo o que quis, trabalhei muito com amor, mas já foi. Não me arrependo de nada, mas não vivo de saudosismo", "Foram tantos os personagens que nem tenho ideia da quantidade. Cumpria jornada de segunda a sexta-feira, o dia todo. É impossível saber quantos trabalhos eu fiz", disse Ionei Silva em entrevista ao Correio de Uberlândia, publicada em novembro de 2009.


Morte

Ionei Silva morreu às 03:00 hs de segunda-feira,  22/07/2013, em Uberlândia, MG aos 71 anos. Segundo a viúva do dublador, Selda Galvão Silva, ele teve um problema na vesícula, fez uma cirurgia há aproximadamente três semanas mas não se recuperou bem. "Havia uma semana que ele estava no hospital e surgiram algumas infecções. Ele teve inclusive pneumonia", afirmou a viúva, que esteve ao lado dele o tempo todo. Apesar de ter uma família grande em Uberlândia, o casal não teve filhos.

A família não autorizou a divulgação da causa da morte.

O sepultamento de Ionei Silva ocorreu às 14:00 hs no Cemitério Municipal São Pedro, também em Uberlândia.


Alguns Personagens Dublados


  • O Mestre dos Magos do desenho "Caverna do Dragão" (1ª voz)
  • O personagem Tutubarão
  • Sapulha em "Ursinhos Gummi"
  • Ultraman, no japonês "O Regresso de Ultraman"
  • Duarte, o mordomo do desenho "Riquinho"
  • Dublou o personagem Sallah, interpretado por John Rhys-Davies e Panama Hat, interpretado por Paul Maxwell, ambos do filme "Indiana Jones e a Última Cruzada"
  • O personagem Subotai no filme "Conan, o Bárbaro"
  • Asdrúbal em "Bernardo e Bianca"
  • O policial Tony Baretta, da série "Baretta"
  • Cão Yabba-Doo, irmão do Scooby-Doo
  • O magricelo Silva do desenho "Fantasminha Legal"
  • Larry Fine do desenho "Robôs"
  • No desenho "Carangos e cotocas", ele dublou a motoca Avesso
  • O Tico-Mico do desenho "Peter Potamus"
  • Ladrão Kazim no desenho "Aladdin" (Disney)


Carlos Torres Pastorino

CARLOS JULIANO TORRES PASTORINO
(69 anos)
Ex-Padre, Espírita, Radialista, Jornalista, Escritor, Teatrólogo, Historiador, Filólogo, Filósofo, Professor, Poliglota, Poeta e Compositor

☼ Rio de Janeiro, RJ (04/11/1910)
┼ Brasília, DF (13/06/1980)

Carlos Juliano Torres Pastorino foi um ex-padre que se dedicou ao estudo da Doutrina Espírita e da Fenomenologia Mediúnica, autor do maior best-seller de auto-ajuda no país, "Minutos de Sabedoria".

Era mais conhecido por Professor Pastorino e era filho de José Pastorino e Eugênia Torres Pastorino. Desde criança demonstrou inusitada inteligência e vocação para a vida eclesiástica. Com apenas 14 anos de idade, em 1924, recebeu os diplomas de Geografia, Corografia e Cosmografia, do Colégio Dom Pedro II e, logo em seguida, ainda no mesmo ano, o diploma de Bacharel em Português, no mesmo colégio.

Viajou para Roma a fim de cursar o Seminário, onde, em 1929, foi diplomado pelo Cardeal Basilio Pompili, para a Ordem Menor de Tonsura. Formou-se em Filosofia e Teologia em 1932, sendo ordenado sacerdote em 1934.

Abandonou a vida eclesiástica da Igreja Católica Romana, quando, em 1937, aguardava promoção para diácono. Surpreendeu-se com a recusa do Papa Pio XII, em receber o Mahatma Gandhi em seu tradicional traje branco. O Colégio Cardinalício exigia que o grande líder da Índia vestisse casaca, para não quebrar a tradição das entrevistas dos chefes de Estado. Pastorino, diante dessa recusa, imaginou que se Jesus visitasse o Vaticano, não se entrevistaria com o Papa, pois vestia-se de forma similar a Gandhi, e jamais se sujeitaria ao rigor exigido pela Igreja.

Regressou de imediato ao Brasil e desenvolveu intensa atividade pedagógica. Ingressou no Instituto Italo-Brasileiro de Alta Cultura, como professor de Latim e Grego, cargo que exerceu de 1937 a 1941. Em 1938, recebeu o registro de Professor de Psicologia, Lógica e História da Filosofia do Ensino Secundário. Foi também professor de Espanhol.

Em paralelo com o magistério, exercia atividades jornalísticas, como correspondente dos Diários Associados. Foi Adido Cultural e Jornalístico da Academia Brasileira de Belas Artes. Sócio de inúmeras Sociedades Esperantistas, no Brasil e no exterior. Delegado especializado (Faka Delegito) da Universidade Esperanto Asocio, com sede na Holanda. Foi fundador da Sociedade Brasileira de Esperanto, no Rio de Janeiro. Sua bibliografia é extensa, com mais de 50 livros publicados e outros tantos inéditos.

Pastorino falava fluentemente vários idiomas, legando-nos inúmeros livros didáticos. Traduziu obras de vários autores ingleses, franceses, espanhóis, italianos, clássicos latinos e gregos.

No dia 31/05/1950 concluiu a leitura de "O Livro dos Espíritos", de Allan Kardec, que recebera por empréstimo de um seu colega do Colégio Dom Pedro II. Nesse dia declarou-se espírita, data que guardava com muito carinho. Passou a frequentar o Centro Espírita Júlio César, no Grajaú, o qual foi sua escola inicial de Espiritismo. No dia 08/01/1951, com um grupo de abnegados companheiros, fundou o Grupo Espírita Boa Vontade, posteriormente mudado para Grupo de Estudos Spiritus, para não haver confusão com a Legião da Boa Vontade.

No Grupo de Estudos Spiritus, nasceu o Lar Fabiano de Cristo, o boletim Serviço Espírita de Informação (SEI). Fundou a Livraria e Editora Sabedoria e a revista com o mesmo nome, prestando relevantes serviços à Doutrina, no terreno cultural.

O professor Carlos Torres Pastorino realizou muitas palestras no Rio de Janeiro e em vários outros Estados. Participou ativamente de Congressos, Semanas Espíritas, Simpósios, Cursos e tantos outros eventos. Fez-se sócio de inúmeras instituições espíritas e colaborou com a imprensa espírita nacional e do exterior. De sua vasta bibliografia espírita, destaca-se "Minutos de Sabedoria", que bate todos os recordes de vendagem, já em várias edições "Sabedoria do Evangelho", publicado em fascículos na revista Sabedoria e Técnicas da Mediunidade, excelente livro sobre o assunto.

O grande sonho de Carlos Torres Pastorino era criar uma Universidade Livre, para ensinar Sabedoria. Em 1973 recebeu, por doação, do Drº Miguel Luz, famoso médico paulista, já desencarnado, magnífico terreno numa área suburbana de Brasília, denominada Park Way, onde iniciou as obras da Universidade. Já com algumas dependências construídas, passou a residir no local, para administrá-la. Chegou a realizar vários cursos, estando a sua Biblioteca em pleno funcionamento, com o respeitável número de 8000 volumes, adquiridos ao longo de sua existência, toda voltada para a cultura geral e o bem-estar da humanidade. Infelizmente faleceu antes de ver concretizado esse sonho.

Foi casado com Silvana de Santa M. Pastorino, deixando três filhos maiores e sete netos. Deixou também um casal de filhos menores do segundo casamento.

Obra

Carlos Torres Pastorino publicou uma extensa bibliografia de mais de 50 obras, muitas delas ainda inéditas. Poliglota, traduziu obras de diversos idiomas. Foi também radialista, sendo a sua obra magna - "Minutos de Sabedoria" - uma coleção de suas mensagens propaladas no rádio. Compôs 31 peças musicais para piano, orquestra, quarteto de cordas e polifonia, a três e quatro vozes. Entre as suas obras, destacam-se:

  • 1966 - Minutos de Sabedoria
  • 1966 - Teu Filho, Tua Vida
  • 1966 - Tua Mente, Tua Vida
  • 1968 - Técnica da Mediunidade
  • Sabedoria do Evangelho (Vários Volumes)

O livro "Minutos de Sabedoria" já ultrapassou a marca de 9 milhões de exemplares vendidos - tendo sido, por reincidência em mais de dois anos consecutivos, retirado da lista elaborada pela revista Veja, dos mais vendidos. A obra, originalmente destinada a subsidiar os trabalhos assistenciais e educativos do professor Pastorino, hoje teve, após ação na Justiça, os seus direitos revertidos para os herdeiros.

Na obra "Técnica da Mediunidade", aborda, com o recurso a inúmeros quadros comparativos, numa ótica cientificista, o fenômeno mediúnico. Em seu prefácio, o General-de-Brigada Drº Manoel Carlos Netto Souto registra:

"Pastorino volta à Terra e tenta mostrar ou demonstrar fatos que para ele são axiomáticos, fazendo o arcabouço da ponte que une o físico ao espiritual, uma vez que os considera da mesma natureza, sem irrealidades nem fantasia."

A obra, editada em 1968, teve as suas edições póstumas proibidas pela família, praticante do catolicismo. Nela, o autor assim refere a mediunidade:

"As vibrações, as ondas, as correntes utilizadas na mediunidade são as ondas e correntes de "pensamento". Quanto mais fortes e elevados os pensamentos, maior a freqüência vibratória e menor o comprimento de onda. E vice-versa. (…) Tudo isso faz-nos compreender a necessidade absoluta de mantermos a mente em "ondas" curtas, isto é, com pensamentos elevados, para que nossas preces e emissões possam atingir os espíritos que se encontram nas altas camadas."