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Lúcio Alves

LÚCIO CIRIBELLI ALVES
(66 anos)
Cantor, Compositor e Instrumentista

☼ Cataguases, MG (28/01/1927)
┼ Rio de Janeiro, RJ (03/08/1993)

Mudou-se com a família para o Rio de Janeiro quando tinha sete anos de idade. Começara a aprender violão um ano antes, estimulado pelo pai, que era maestro da Banda de Cataguases. Atraído pelo repertório de Orlando Silva, interpretou, aos nove anos de idade, no programa radiofônico de Barbosa Júnior, a música "Juramento Falso" (Pedro Caetano). Participou pouco depois do programa Picolino da Rádio Mayrink Veiga, apresentado pelo mesmo Barbosa Júnior.

Ainda garoto, integrou o elenco da radionovela "Aladim e a Lâmpada Maravilhosa" da Rádio Nacional, onde interpretava o personagem principal. O radialista Silvino Neto o apelidou de "Cantor das Multidinhas", em comparação a Orlando Silva, conhecido como "Cantor das Multidões".

Iniciou a carreira artística com apenas 14 anos de idade, em 1941, quando formou o grupo vocal e instrumental Namorados da Lua. Era não só o crooner e o violonista, mas também o arranjador. O grupo apresentou-se nos cassinos Copacabana e Atlântico.

Ainda em seu primeiro ano, venceu o concurso de calouros no programa de Ary Barroso, na Rádio Tupi, do Rio de Janeiro e logo depois o concurso carnavalesco do Teatro República com a marcha "Nós, Os Carecas" (Arlindo Marques e Roberto Roberti).


Em 1942, os Namorados da Lua gravaram seu primeiro disco, pela RCA Victor, o 78 rpm trazia duas composições "Vestidinho de Iaiá" e "Té Logo, Sinhá" (Assis Valente).

O conjunto passou por diferentes formações ao longo de seis anos de existência e seu grande sucesso foi "Eu Quero Um Samba" (Janet de Almeida e Haroldo Barbosa). Com o mesmo Haroldo Barbosa compôs em 1943 o samba "De Conversa em Conversa", gravado em 1947 por Isaura Garcia na RCA Victor.

Em 1947, os Namorados da Lua chegaram ao fim. No ano seguinte, lançou sua primeira gravação solo pela Continental, o bolero "Tres Palabras" (Osvaldo Farres), vertido para o português por Aloysio de Oliveira com o título de "Solidão". Pouco depois, lançou o 78 rpm com as músicas "Aquelas Palavras" e "Seja Feliz... Adeus" (Luís Bittencourt e Benny Woldorff). No mesmo ano, convidado para integrar os Anjos do Inferno partiu com o conjunto numa turnê por Cuba, México e Estados Unidos, onde se apresentaram com o nome de Hell's Angels em boates novaiorquinas como Reuben Bleu e Blue Angel. Nessas apresentações, cantavam em português composições de Dorival Caymmi, "Doralice" e de Geraldo Pereira, "Bolinha de Papel", entre muitas outras. Pouco menos de um ano depois, retornou ao Rio de Janeiro.

Em 1949 lançou de sua autoria o bolero "Brumas", um dos sucessos do ano e, de Dorival Caymmi o samba "Nunca Mais".

Em 1950 gravou a canção "Na Paz do Senhor" (José Maria de Abreu e Luiz Peixoto) e os sambas-canção "Terminemos Agora" (Gilberto Milfont) e "Amargura" (Alberto RibeiroRadamés Gnattali).


Em seguida, registrou os sambas "Só Deus" (Marino Pinto), "Toureiro Sou Eu" (Paulo Soledade e Fernando Lobo) e "Sábado em Copacabana" (Carlos Guinle e Dorival Caymmi), este último com acompanhamento de Radamés Gnattali e Sua Orquestra.

Em 1952, gravou com o acompanhamento da orquestra do maestro Radamés Gnattali os sambas "Tormento" (Claudionor Cruz e Pedro Caetano) e "Rugas" (Newton Teixeira e David Nasser).

Em 1954, gravou o samba-tango "Buenos Aires", de sua autoria, o samba-canção "Por Que, Meu Amor?" (Hianto de Almeida e André Rosito) e a "Valsa de Uma Cidade" (Ismael Neto e Antônio Maria). No mesmo ano, aproveitando a suposta rivalidade que ele teria com o cantor Dick Farney, a gravadora Continental encomendou a Antônio Carlos Jobim e Billy Blanco, uma música para ser interpretada pelos dois cantores.

Surgiu então o samba pré bossa nova "Tereza da Praia" que proporcionou aos dois cantores um diálogo musical com acompanhamento de Tom Jobim e seu conjunto. Falando sobre esta música, os pesquisadores Zuza Homem de Melo e Jairo Severiano disseram:

"Traduzindo o ambiente carioca dos anos 50, o disco tornou-se um sucesso total, jamais sendo igualado por outras gravações da mesma canção."

Ainda no mesmo período, passou a gravar na Sinter onde estreou cantando o samba "Faceira" (Ary Barroso) e o "Baião de Copacabana" (Lúcio Alves e Haroldo Barbosa)

Em 1955, gravou com destaque o samba canção "Manias" (Flávio Cavalcanti e Celso Cavalcanti).

Em 1957, gravou pela Mocambo, seu primeiro LP "Serestas", no qual interpretou, entre outras, "Serenata", "Chão de Estrelas", "Suburbana" e "Arranha Céu", todas da dupla Sílvio Caldas e Orestes Barbosa.


A partir de 1958, com o surgimento da bossa nova, participou de shows e de programas de televisão. Ainda em 1958 gravou com Sylvia Telles na Odeon o samba-canção "Eu Não Existo Sem Você" (Tom Jobim e Vinicius de Moraes) e a canção "Tu e Eu" (Altamiro Carrilho e Armando Nunes).

Em 1959, gravou de Tom Jobim e Dolores Duran, o samba-canção "Estrada do Sol". No mesmo ano, lançou o LP "Lúcio Alves, Sua Voz Íntima, Sua Bossa Nova, Interpretando Sambas Em 3-D" no qual cantou "Lá Vem a Baiana" e "Nem Eu" (Dorival Caymmi), "Se Todos Fossem Iguais a Você" (Tom Jobim e Vinicius de Moraes), "Agora é Cinza" (Bide e Marçal) e "Ninguém Me Ama" (Fernando Lobo e Antônio Maria).

Em 1960, gravou pela Philips "Samba Triste" (Baden Powell e Billy Blanco) e o samba-canção "Dindi" (Tom Jobim e Aloysio de Oliveira). No mesmo ano, lançou pela Odeon o LP "A Noite do Meu Bem" homenageando a cantora e compositora Dolores Duran, morta no ano anterior e no qual interpretou composições dela, entre as quais a música título, "Castigo", "Noite de Paz", "Fim de Caso" e "Vou Chorar", esta última, uma parceria dos dois.

Sua adesão à bossa nova ficou marcada pelo LP "A Bossa é Nossa", lançado pela Philips em 1961, no qual interpretou entre outras canções, "Dindi" (Tom Jobim e Aloysio de Oliveira), "Nova Ilusão" (Luís Bittencourt e José Menezes) e "O Samba da Minha Terra" (Dorival Caymmi).

Contratado pela gravadora Elenco, de Aloysio de Oliveira, lançou em 1963 o LP "Balançamba", reunindo canções da dupla Roberto Menescal e Ronaldo Bôscoli como "Rio, Ah! Se Eu Pudesse" e "O Barquinho".

Ao longo da década de 60 participou da produção de gravações de conjuntos vocais e de programas para a TV Record, onde criou o quadro "Roda de Samba", que reunia cantores na formação de quartetos vocais. Também nesta época foi produtor da TV Tupi trabalhando em programas como os de Flávio Cavalcanti e atuou como um dos diretores musicais da TV Excelsior.


Em 1970, João Gilberto regravou "De Conversa em Conversa" em disco produzido no México. No início da mesma década tornou-se produtor musical da TV Educativa, no Rio de Janeiro.

Em 1974, participou da série radiofônica "MPB 100, Ao Vivo", escrita e locutada por Ricardo Cravo Albin para o Projeto Minerva na Rádio MEC, que viraria oito LPs com o mesmo título, edição Tapecar.

Coube a ele o período da bossa nova, em que aparece ao lado de Dóris Monteiro, Johnny Alf e Alaíde Costa.

Em 1975, pouco depois de gravar a canção "Helena, Helena, Helena" (Alberto Land), vencedora de um festival da canção onde foi defendida por Taiguara, lançou pela RCA Victor o LP "Lúcio Alves", com composições com nomes de mulher, cantando músicas de Chico Buarque "Januária" e "Carolina", Tom Jobim "Lígia" e Pixinguinha "Rosa".

Em 1978 participou com Dóris Monteiro do Projeto Pixinguinha do qual resultou um LP onde os dois interpretaram, entre outras, as músicas "Pra Dizer Adeus" (Edu Lobo e Torquato Neto), "Conversa de Botequim" (Vadico e Noel Rosa), "Mocinho Bonito" (Billy Blanco) e "Razão de Viver" (Paulo Sergio Valle e Eumir Deodato).

Em 1988, participou do disco "Há Sempre Um Nome De Mulher", volume duplo criado por Ricardo Cravo Albin para campanha de aleitamento materno, patrocinado pelo Banco do Brasil e do qual se venderam 600 mil cópias apenas nas mil agências do banco.

Lúcio Alves faleceu em 03/08/1993, aos 66 anos, vítima de infarto.

Austregésilo de Athayde

BELARMINO MARIA AUSTREGÉSILO AUGUSTO DE ATHAYDE
(94 anos)
Jornalista, Cronista, Ensaísta, Orador e Professor

* Caruaru, PE (25/09/1898)
+ Rio de Janeiro, RJ (13/09/1993)

Nascido na antiga Rua da Frente (atual Rua Quinze de Novembro) em Caruaru, Pernambuco, filho do desembargador José Feliciano Augusto de Athayde e de Constância Adelaide Austregésilo, e bisneto do tribuno e jornalista Antônio Vicente do Nascimento Feitosa.

Colaborador do jornal A Tribuna e tradutor na agência de notícias Associated Press, formou-se no ano de 1922 em Ciências Jurídicas e Sociais na Faculdade de Direito do antigo Distrito Federal e ingressou no jornalismo. Trabalhou como escritor e jornalista, chegando a dirigente dos Diários Associados, a convite de Assis Chateaubriand.

Foi diretor-secretário de A Tribuna e colaborador do Correio da Manhã. Assumiu a direção de O Jornal em 1924, órgão líder dos Diários Associados. Sua declarada oposição à Revolução de 1930 e o apoio ao Movimento Constitucionalista de São Paulo (1932) levou-o a prisão e exílio na Europa e depois na Argentina.

Permaneceu muitos meses em Portugal, Espanha, França e Inglaterra, e de lá se dirigiu a Buenos Aires, onde residiu por dois anos (1933-1934).

De volta ao Brasil reiniciou nos Diários Associados como articulista e diretor do Diário da Noite e redator-chefe de O Jornal, do qual foi o principal editorialista, além de manter a coluna diária Boletim Internacional. Tomou parte como delegado do Brasil na III Assembléia Geral das Nações Unidas, em Paris no ano de 1948, tendo sido membro da comissão que redigiu a Declaração Universal dos Direitos Humanos, em cujos debates desempenhou papel decisivo.

Austregésilo de Athayde e Josué Montello
Também escreveu semanalmente na revista O Cruzeiro e, por sua destacada atividade jornalística, recebeu em 1952, na Universidade de Columbia, Estados Unidos, o Prêmio Maria Moors Cabot.

Diplomado na Escola Superior de Guerra em 1953, passou a ser conferencista daquele centro de estudos superiores. Após a morte em 1968 de Assis Chateaubriand, passou a integrar o condomínio diretor dos Diários Associados.

Academia Brasileira de Letras

Foi eleito membro da Academia Brasileira de Letras em 9 de agosto de 1951, para a cadeira 8, sucedendo a Oliveira Viana, e foi recebido em 14 de novembro de 1951, pelo acadêmico Múcio Leão.

Tornou-se presidente da instituição em 1959, tendo sido reeleito para dirigi-la por longos 34 anos, até o fim de sua vida.

Fonte: Wikipédia

Bruno Giorgi

BRUNO GIORGI
(88 anos)
Escultor e Professor

* Mococa, SP (13/08/1905)
+ Rio de Janeiro, RJ (07/09/1993)

Filho de imigrantes italianos, em 1911, mudou-se com a família para Roma e, no início da década de 1920, estudou desenho e escultura.

Oscar Niemeyer e  Bruno Giorgi
Na Itália, participou de movimentos antifascistas, tendo sido preso e condenado a sete anos de prisão. Após ter cumprido quatro anos da pena, foi extraditado para o Brasil, por intervenção do embaixador brasileiro na Itália.

Em 1937, em Paris, frequentou as academias La Grande Chaumière e Ranson, tendo conhecido, nessa última, Aristide Maillol, que passa a orientá-lo. Conviveu com Henry Moore, Marino Marini e Charles Despiau.

Em 1939, de volta a São Paulo, trabalhou com os artistas do Grupo Santa Helena e participou do grupo Família Artística Paulista.

A convite do ministro Gustavo Capanema, em 1943, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde instalou ateliê na Praia Vermelha, e deu aulas, entre outros, para Francisco Stockinger.

Dos monumentos públicos de sua autoria destacam-se Monumento à Juventude Brasileira (1947), nos jardins do Ministério da Educação e Saúde, atual Palácio da Cultura, no Rio de Janeiro; Candangos (1960), na Praça dos Três Poderes, e Meteoro (1967), no lago do edifício do Ministério das Relações Exteriores, em Brasília; Condor (1978), na Praça da Sé, São Paulo, Integração (1989), no Memorial da América Latina, em São Paulo.

Fonte: Wikipédia

Zerbini

EURYCLIDES DE JESUS ZERBINI
(81 anos)
Cardiologista

* Guaratinguetá, SP (10/05/1912)
+ São Paulo, SP (23/10/1993)

Irmão do general Euryale de Jesus Zerbini. Tornou-se internacionalmente conhecido por ter realizado o primeiro transplante de coração no Brasil, sendo o 5º no mundo a fazer o transplante.

Formou-se médico em 1935, especialista em cirurgia geral. Ao realizar o primeiro transplante brasileiro de coração, Zerbini e sua equipe tornaram-se reconhecidos em todo o país e no exterior.

Professor da Universidade de São Paulo, criou o Centro de Ensino de Cirurgia Cardíaca, semente do futuro Instituto do Coração.

No dia 25 de maio de 1968, tornou-se o primeiro médico brasileiro a realizar um transplante de coração, seis meses após o transplante pioneiro, realizado em dezembro de 1967 pelo cirurgião sul-africano Christian Barnard. Na noite deste dia, no centro cirúrgico do Hospital das Clínicas de São Paulo, transplantou o coração de Luis Ferreira de Barros, morto por atropelamento, para o peito do lavrador João Ferreira de Cunha, conhecido como João Boiadeiro. João viveria apenas 28 dias com seu novo coração - e Zerbini realizaria mais dois transplantes ainda nos anos 1960. Um dos transplantados, o empresário Ugo Orlandi, viveu 15 meses após a cirurgia.

Em 1985, aos 73 anos de idade, Zerbini voltou aos transplantes cardíacos, já na fase dos medicamentos anti-rejeição, e novamente foi pioneiro - ao realizar no dia 3 de junho daquele ano, o primeiro transplante de coração num paciente portador do Mal de Chagas, Manoel Amorim da Silva.

Em 58 anos de carreira, realizou 40 mil cirurgias cardíacas. Zerbini recebeu 125 títulos honoríficos e inúmeras homenagens de governos de todo o mundo. Participou de 314 congressos médicos. Realizou, pessoalmente ou através de sua equipe, mais de quarenta mil cirurgias cardíacas, trabalhando até poucos meses antes de morrer.

Costumava dizer que morreria operando - e quase cumpriu esta profecia. Faleceu vítima de Câncer, aos 81 anos, no próprio hospital que criou, inaugurou e dirigiu - o Instituto do Coração (InCor) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.

Em 1988, foi objeto de uma biografia, escrita pelo jornalista Celso Arnaldo Araujo e intitulada Dr. Zerbini - O Operário do Coração, na qual é descrita toda a sua trajetória profissional e a própria história da cirurgia cardíaca brasileira, que teve em Zerbini seu fio condutor.

Fonte: Wikipédia

Edivaldo Martins da Fonseca

EDIVALDO MARTINS DA FONSECA
(30 anos)
Jogador de Futebol

* Ipatinga, MG (13/04/1962)
+ Boituva, SP (14/01/1993)

Iniciou sua trajetoria futebolistica na Usipa em Ipatinga, Minas Gerais.

Nos anos 80, foi ponta-esquerda do Taquaritinga (SP), Atlético Mineiro e São Paulo, sendo levado por Telê Santana para compor a equipe que disputou a Copa do Mundo de 1986, no México. Jogou também no Puebla Fútbol Club do México,Sport Recife e no Palmeiras.

Chamado de Papagaio e de Pepe Legal, era um ótimo finalizador, principalmente em chutes de fora da área, e conquistou os títulos mineiros de 1985 e 1986 e os paulistas de 1987 e 1989.

Faleceu em desastre de automóvel na Rodovia Castelo Branco, no estado de São Paulo.

Fonte: Wikipédia

Camargo Guarnieri

MOZART CAMARGO GUARNIERI
(85 anos)
Compositor e Regente

* Tietê, SP (01/02/1907)
+ São Paulo, SP (13/01/1993)

Seu pai era um imigrante italiano e sua mãe vinha de uma tradicional família paulista. O pai, Miguel Guarnieri, era barbeiro e músico, e tocava flauta. A mãe, Gécia Camargo, tocava piano. O pequeno Mozart aprendeu música em casa.

Teve aulas de piano a partir dos dez anos de idade com Virgínio Dias. Para este professor dedicou sua primeira composição, a valsa "Sonho de Artista" (1918). A obra foi desdenhada pelo professor, mas seu pai julgou que a obra era fruto de promissor talento, pagando sua publicação em 1920.

Em 1923, Miguel Guarnieri decidiu mudar-se com a família para São Paulo a fim de proporcionar melhores condições de estudo da música ao filho. Sendo uma família de poucos recursos financeiros, Guarnieri trabalhou junto com o pai na barbearia e trabalhou como pianista.

Até 1925 manteve vários empregos, tocando em cinemas, lojas de partitura e casas de baile da cidade. Estudou piano com Ernani Braga. Em 1925 seu pai obteve melhor emprego, o que permitiu a Guarnieri reduzir sua carga de trabalho e dedicar-se mais ao estudo da música. Passou a ter aulas de piano com Antônio de Sá Pereira, e, alguns anos depois, começou também a estudar harmonia, contraponto, orquestração e composição com o maestro Lamberto Baldi, recém chegado da Itália.

Em 1928 foi apresentado a Mário de Andrade, a quem mostrou suas obras recém compostas "Canção Sertaneja" e "Dança Brasileira". O escritor modernista tornou-se seu mestre intelectual. Guarnieri passou a frequentar a casa de Mário de Andrade, com quem discutia estética, ouvia obras musicais e tomava livros emprestados.

Tendo cursado até então apenas dois anos do curso primário, o contato com o escritor foi muito importante para a formação intelectual de Guarnieri. O contato entre ambos tornou-se uma grande amizade e também uma parceria artística. Muitas das canções escritas por Camargo Guarnieri foram sobre textos de Mário de Andrade, incluindo a ópera "Pedro Malazarte". Exercendo atividade como crítico musical na imprensa, Mário de Andrade foi um dos principais responsáveis pela aceitação e pela divulgação da obra de Camargo Guarnieri.

Profissionalização
O Modernismo e a Era Vargas
(1935-1950)

Em 1935 a prefeitura de São Paulo criou o Departamento de Cultura, cujo primeiro diretor, Mário de Andrade, convidou Guarnieri como regente do Coral Paulistano. Este deveria ser um conjunto de câmera, pois o município também iria manter o Coral Lírico para dedicar-se ao repertório operístico. O Coral Paulistano tinha também como objetivo fomentar o canto em língua nacional, e Camargo Guarnieri compôs para ele diversas obras corais. Foi também no Departamento de Cultura que Guarnieri passou a reger a Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo, e o trabalho nesta instituição pública foi sua principal atividade profissional ao longo de toda a década de 1940.

Em 1938 o compositor foi selecionado em concurso pela Comissão do Pensionato Artístico do Estado de São Paulo, recebendo uma bolsa de estudos de dois anos, renovável por mais um, para estudar em Paris. Na capital francesa teve aulas de contraponto, harmonia, orquestração e composição com Charles Koechlin, e de regência com François Rühlmann. Além das aulas, realizou concertos, a travou conhecimento com Nádia Boulanger, figura central da chamada escola neo-clássica. A temporada parisiense foi abortada prematuramente por causa de vários fatores, entre eles a instabilidade financeira sofrida pelo compositor quando mudanças políticas no município de São Paulo levaram à perda de uma bolsa complementar, e também a eclosão da guerra e a iminência da ocupação alemã.

Em retorno a São Paulo, em 1939, Guarnieri manteve-se de forma incerta, terminando por ocupar outras funções no Departamento de Cultura, visto que seu cargo de regente tivesse sido ocupado quando de sua ausência. Mário de Andrade já não estava na direção do Departamento de Cultura, e vivia no Rio de Janeiro. Outros intelectuais passam apoiar e divulgar a música de Guarnieri, especialmente Luís Heitor Correia de Azevedo.

Em 1942, por influência direta de Luís Heitor, que trabalhava como representante brasileiro na instituição, Guarnieri é convidado a visitar os Estados Unidos como bolsista da União Panamericana. Sua primeira estada lá durou 6 meses, entre outubro de 1942 e março de 1943. Na ocasião Guarnieri realizou importantes contatos e promoveu sua música em concertos. A partir de então, passaria a contar com espaço constante no meio musical norte-americano, onde sua música foi muitas vezes executada em concerto, editada em partitura e gravada em disco.

Em 1944, recebeu vários prêmios nos Estados Unidos que lhe conferiram notoriedade. Classificou-se em segundo lugar em um concurso realizado em Detroit para eleger a Sinfonia das Américas.

Em 1950, Camargo Guarnieri publica a Carta Aberta aos Músicos e Críticos do Brasil, na qual condena a Técnica Dodecafônica de composição. A carta faz referências veladas a Hans-Joachim Koellreutter, líder do grupo Música Viva.

Uma Referência na Cultura Brasileira
(Década de 1950 em Diante)

Após a publicação da polêmica Carta Aberta aos Músicos e Críticos do Brasil, Guarnieri já se torna uma referência cultural importante. O documento marca a passagem de Guarnieri da fase de compositor jovem, que se afirma junto com o Modernismo, para nome de referência na cultura musical brasileira, ao lado de Villa-Lobos e Francisco Mignone.

Testemunha deste novo papel é a organização do livro "150 Anos de Música no Brasil" (1800-1950) escrito por Luís Heitor, e publicado pela Editora José Olímpio. O livro se tornou a principal referência de História da Música no Brasil, e dedicou um capítulo exclusivo a Guarnieri.

A década de 50 também marca o início do que vai ficar conhecido como Escola Paulista, com Camargo Guarnieri tornando-se um dos principais professores de composição no país. Entre seus alunos destacaram-se os nomes de Osvaldo Lacerda, Lina Pires de Campos, Marlos Nobre, Almeida Prado.

Entre janeiro de 1956 e janeiro de 1961 o compositor exerceu o cargo de Assessor Artístico-Musical do Ministério da Educação, durante a gestão de Clóvis Salgado, no governo de Juscelino Kubitschek.

Sua reputação internacional continuou crescente, sendo sempre executado nos Estados Unidos. Foi também muitas vezes convidado a participar de juris internacionais em concursos.

Em 1975 assumiu a direção da recém-criada Orquestra Sinfônica da Universidade de São Paulo (OSUSP), cargo que exerceu até o fim da vida.

Obra


Na Cultura

A obra musical de Camargo Guarnieri é formada por mais de 700 obras e é provavelmente o segundo compositor brasileiro mais executado no mundo, superado apenas por Villa-Lobos. Pouco antes de sua morte recebeu o Prêmio Gabriela Mistral, sob o título de Maior Compositor das Américas.

O acervo pessoal de Camargo Guarnieri (correspondência pessoal, partituras, discos, recorte de jornal, etc.) está depositado no arquivo do Instituto de Estudos Brasileiros - USP (IEB-USP), e consiste no principal arquivo para pesquisa sobre o compositor.

Camargo Guarnieri morreu vítima de câncer.

Fonte: Wikipédia

Carlos Duval

CARLOS DUVAL
(57 anos)
Ator

☼ São Paulo, SP (1936)
┼ São Paulo, SP (1993)

Carlos Duval foi um ator nascido em São Paulo, SP, em 1936. Foi ator de cinema, televisão e teatro, conhecido por ser um especialista em interpretar tipos portugueses, de quem descendia.

Carlos Duval estreou no cinema em 1953 no filme "A Carne é o Diabo", tendo participado de 15 filmes e mais de 20 trabalhos na televisão, entre novelas e minisséries.

Seus papéis mais marcantes na TV foram em "Antônio Maria" (1968), "Super Plá" (1969) e "A Fábrica" (1971), na TV Tupi. Na TV Globo atuou em "O Semideus" (1973), "O Noviço" (1975), "Escalada" (1975), "Helena" (1975), "Pecado Capital" (1975), "O Casarão" (1976), "O Feijão e o Sonho" (1976), "Escrava Isaura" (1976), "Sinhazinha Flô" (1977), "Maria, Maria" (1978), "Cabocla" (1979), "Sétimo Sentido" (1982), "Voltei Pra Você" (1983) e "Hipertensão" (1986).

Carlos Duval faleceu em 1993, aos 57 anos, vitimado por um câncer.

Sérgio Cardoso, Carlos Duval e Guiomar Gonçalves
Televisão

  • 1991 - O Portador
  • 1989 - O Sexo dos Anjos
  • 1989 - Pacto de Sangue
  • 1986 - Hipertensão ... Vieira
  • 1983 - Voltei Pra Você
  • 1982 - Sétimo Sentido ... Juiz
  • 1980 - Olhai os Lírios do Campo
  • 1979 - Cabocla ... Zé da Estação
  • 1979 - Plantão de Polícia ... Dagoberto
  • 1978 - Maria, Maria ... José Motinho
  • 1977 - Sinhazinha Flô ... padre Antônio
  • 1977 - Espelho Mágico
  • 1976 - Escrava Isaura ... Belchior
  • 1976 - O Feijão e o Sonho
  • 1976 - O Casarão ... Pai de Francisca
  • 1975 - Pecado Capital
  • 1975 - Helena ... Padre Melchior
  • 1975 - Escalada ... Estevão
  • 1975 - O Noviço
  • 1973 - O Semideus
  • 1973 - João da Silva
  • 1971 - A Fábrica ... João
  • 1969 - Super Plá
  • 1968 - O Rouxinol da Galiléia
  • 1968 - Antônio Maria ... Fernando
Patrícia Mayo, Guiomar Gonçaves e Carlos Duval
Cinema

  • 1974 - Um Homem Célebre
  • 1966 - Essa Gatinha é Minha
  • 1964 - Um Morto ao Telefone
  • 1964 - Sangue na Madrugada
  • 1963 - Sonhando com Milhões
  • 1963 - Quero Essa Mulher Assim Mesmo
  • 1962 - As Sete Evas
  • 1958 - O Noivo da Girafa
  • 1957 - Pega Ladrão
  • 1956 - O Ladrão
  • 1955 - Angu de Caroço
  • 1955 - O Grande Pintor
  • 1954 - Marujo por Acaso
  • 1954 - Rei do Movimento
  • 1953 - Toda a Vida em Quinze Minutos
  • 1953 - A Carne é o Diabo
  • 1946 - Caídos do Céu

Fonte: Wikipédia
#famososquepartiram #carlosduval

Cassiano Gabus Mendes

CASSIANO GABUS MENDES
(64 anos)
Ator, Autor, Roteirista, Sonoplasta, Contra-Regra, Diretor e Radialista

☼ São Paulo, SP (29/07/1929)
┼ São Paulo, SP (18/08/1993)

Cassiano Gabus Mendes foi pioneiro da televisão brasileira nascido em São Paulo, SP, no dia 29/07/1929. era filho do radialista Otávio Gabus Mendes e pai dos atores Cássio Gabus Mendes e Tato Gabus Mendes.

Foi um profissional extremamente versátil, tendo sido ator, roteirista, diretor, produtor, sonoplasta, contrarregra e autor de telenovelas. Antes da inauguração da televisão no Brasil, Lima Duarte fora escolhido para ser o principal diretor da futura TV Tupi, mas recusou. Cassiano Gabus Mendes foi a segunda opção e tornou-se assim o primeiro diretor artístico da televisão brasileira, comandando a TV Tupi por mais de uma década.

Na primeira década criou vários programas que entraram para a história da televisão, como "TV de Vanguarda" e "Alô Doçura". Após uma breve passagem pela TV Excelsior em 1967, voltou à TV Tupi e concebeu outro marco, a telenovela "Beto Rockfeller" (1968).

Com a decadência da TV Tupi passou brevemente pela TV Cultura antes de chegar à Rede Globo, na qual só encontrou vaga como autor de novelas. Como não havia melhor opção, aceitou e se tornou um dos maiores autores do gênero. Cassiano Gabus Mendes dizia que a vantagem de ser um autor era a de que não precisava comparecer à emissora diariamente.


A crítica demorou a reconhecer o brilhantismo de Cassiano Gabus Mendes. Suas novelas eram vistas como exibições fúteis do conflito entre ricos e pobres, até se começar a notar que Cassiano Gabus Mendes, na verdade, era um amargo observador da mesquinharia humana, e que a futilidade dos personagens era vista com um olhar impiedoso e cruel. Cassiano Gabus Mendes não admirava nem um pouco seus personagens, eles eram um retrato amargo de uma sociedade vazia e superficial.

A novela "Anjo Mau" (1976) foi seu sucesso mais popular, protagonizado por Suzana Vieira e que ganharia um remake 21 anos depois, desta vez protagonizado por Glória Pires e adaptado por Maria Adelaide Amaral. O remake também foi bem sucedido, mesmo não repetindo o estrondoso sucesso da versão original, que, segundo consta, contava até com o ex-presidente Juscelino Kubitschek como fã.

Embora tenha escrito sucessos nos anos 70, como "Locomotivas" (1977) e "Marron Glacê" (1979), se consagrou mesmo na década seguinte, conseguindo grandes êxitos de público e crítica com inesquecíveis tramas do horário das 19h00, como "Elas Por Elas" (1982), "Ti Ti Ti" (1985-86), "Brega e Chique" (1987) e principalmente "Que Rei Sou Eu?" (1989). Essa última era uma inteligente sátira em forma de aventura, capa e espada, à situação política do Brasil no final do Governo Sarney.

Escreveu também duas novelas para o horário nobre, "Champagne" (1983) e "Meu Bem, Meu Mal" (1990).


Sua grande característica era a de imprimir um delicioso tom irônico nos seus trabalhos, elaboradas e sofisticadas sátiras de costumes. Outro traço marcante era o de suas tramas raramente ultrapassarem o número de 30 personagens. Assim, todos participavam diretamente do segmento da ação principal.

Autores renomados, como Sílvio de Abreu e Carlos Lombardi, veem-no como uma grande influência. Carlos Lombardi até prestou uma homenagem a ele, escalando-o como ator em "Perigosas Peruas" (1992), Cassiano Gabus Mendes a essa altura não atuava há décadas. Inicialmente ele faria apenas uma participação especial, mas acabou ficando a novela inteira, embora depois confessasse não ter gostado da experiência.

Algumas de suas telenovelas foram reencenadas na TV Chilena. O remake de "Marron Glacê" (1979) fez tanto sucesso que teve uma segunda parte, o que não aconteceu com o original.

Seus dois filhos, Cássio Gabus Mendes e Tato Gabus Mendes são importantes atores brasileiros, bem como seu cunhado Luís Gustavo.

Cassiano Gabus Mendes morreu aos 64 anos, em São Paulo, SP, no dia 18/08/1993, vítima de um infarto do miocárdio, faltando menos de três semanas para o desfecho de sua última novela, "O Mapa da Mina" (1993).

Trabalhos

  • 2010 - Ti Ti Ti (Remake)
  • 1997 - Anjo Mau (Remake)
  • 1993 - O Mapa da Mina (Autor Principal)
  • 1992 - Perigosas Peruas (Co-autoria)
  • 1990 - Meu Bem, Meu Mal (Autor Principal)
  • 1989 - Que Rei Sou Eu? (Autor Principal)
  • 1987 - Brega e Chique (Autor Principal)
  • 1985 - Ti Ti Ti (Autor Principal)
  • 1984 - Champagne (Autor Principal)
  • 1982 - Elas Por Elas (Autor Principal)
  • 1980 - Plumas e Paetês (Autor Principal)
  • 1979 - Marron Glacê (Autor Principal)
  • 1978 - Te Contei? (Autor Principal)
  • 1977 - Locomotivas (Autor Principal)
  • 1976 - Anjo Mau (Autor Principal)
  • 1968 - Beto Rockfeller (Autor Principal)
  • 1966 - O Amor Tem Cara de Mulher (Autor Principal)
  • 1953 - 1964 - Alô Doçura (Autor Principal)

Fonte: Wikipédia

Isaurinha Garcia

ISAURA GARCIA
(70 anos)
Cantora

☼ São Paulo, SP (26/02/1923)
┼ São Paulo, SP (30/08/1993)

Isaurinha Garcia foi uma cantora brasileira nascida na rua da Alegria, no Brás, São Paulo, no dia 26/02/1923.

Descendente de italianos, Isaurinha Garcia era sobrinha do famoso pintor modernista José Pancetti. Despertou o talento para a música cantando enquanto engarrafava vinhos na loja de seus pais. Percebendo a vocação de sua filha, a mãe, Dona Amélia, levou-a para apresentar-se em um concurso promovido pelo programa "A Hora da Peneira Rhoudine", da Rádio Cultura, porém Isaurinha Garcia, então com 13 anos, não venceu.

Dona Amélia, inconformada, levou-a para participar novamente no ano seguinte, 1938, desta vez em concurso promovido pela Rádio Record no programa de Otávio Gabus MendesIsaurinha Garcia venceu ao apresentar o samba "Camisa Listrada", de Assis Valente, e logo no ano seguinte, aos 14 anos, assinou contrato com a emissora, onde permaneceu por décadas, sem jamais ter trocado São Paulo pelo Rio de Janeiro.

Neste começo de carreira, inspirava-se em Carmen Miranda e Aracy de Almeida, e vivia na Rua da Alegria no Brás, bairro onde nasceu. Ainda sem muitos recursos, ia de bonde ou a pé para a emissora todo domingo se apresentar. Formou dupla com o cantor Vassourinha, excursionando por todo o país. A dupla desfez-se, e Isaurinha Garcia seguiu carreira solo.


Sua voz fez parte de jingles publicitários para rádios, e somente em 1941, Isaurinha Garcia lançou seu primeiro disco, pelo selo Columbia. O primeiro álbum lançou os singles "Pode Ser?", samba de Geraldo Pereira e Marino Pinto, e "Chega de Tanto Amor", choro composto por Mário Lago.

No mesmo ano, 1941, gravou seus segundo e terceiro discos, lançando os sucessos "Aproveita Beleléu" (Marino Pinto e Murilo Caldas), "A Baratinha", marchinha de Antônio Almeida e "O Telefone Está Chamando" (Benedito Lacerda e Popeye do Pandeiro).

Em 1942, gravou outros quatro discos, e em 1943, o samba "Aperto de Mão" (Jaime Florence, Augusto Mesquita e Horondino da Silva) foi seu primeiro grande sucesso. Mas só em 1945 se consagraria como uma das maiores vozes da Música Popular Brasileira (MPB), ao interpretar o samba "Mensagem" (Aldo Cabral e Cícero Nunes), o clássico de sua carreira.

Em fins da década de 1940 e começo de 1950, Isaurinha Garcia excursionou com shows pelo país, e o sucesso granjeou-lhe os títulos de "Rainha do Rádio Paulista", "Rainha da Noite" e "Rainha dos Taxistas". Tornou-se conhecida, também, como "A Personalíssima", título do álbum lançado em 1957.

Isaurinha Garcia casou-se pela primeira vez aos 14 anos, e na década de 1950 apaixonou-se pelo compositor Walter Wanderley, pai de sua única filha, MônicaWalter Wanderley era violento, e ele e Isaurinha Garcia viviam uma relação tempestuosa, marcada por intrigas, traições e ciúmes. Isaurinha Garcia tinha como rival a cantora Claudette Soares. Há quem diga que, por causa de Walter WanderleyClaudette Soares e Isaurinha Garcia teriam se engalfinhado em frente a uma boate.


Apesar do conturbado relacionamento, alvo das fofocas e publicidade, Isaurinha Garcia jamais amou outro homem como amou Walter Wanderley:
"Acho que há em mim duas pessoas. Eu amei muito. Amei de verdade. E sofri muito. Então, eliminei primeiro aquilo que me fazia sofrer. Me apego muito às pessoas, aos animais, a tudo. E depois fico com medo de perder. Gostar mais de alguém, não vou gostar, não. Me apavorei!"
Isaurinha Garcia foi campeã de vendas da gravadora RCA/Columbia e foi uma das maiores cantoras da Música Popular Brasileira (MPB). Com mais de 50 anos de carreira, foi considerada a Édith Piaf brasileira. Gravou mais de trezentas canções e entre seus maiores sucessos está a música "Mensagem".

Em 2003, dez anos após a morte de Isaurinha Garcia, o romance com Walter Wanderley foi narrado no musical "Isaurinha - Personalíssima", dirigido por Jaqueline Laurence, com a atriz Rosamaria Murtinho no papel da cantora.

Em 2013 a Sony Music Brasil lançou uma caixa box comemorativa intitulada "Isaurinha Garcia 90 Anos" e no mesmo ano o Governo do estado de São Paulo juntamente com a Secretária de Estado da Cultura e o Museu da Imagem e do Som de São Paulo (MIS-SP) lançaram o livro "Quando o Carteiro Chegou... Mensagem a Isaurinha Garcia".

Com mais de 300 canções, a beleza singela e o inigualável timbre da "Personalíssima" fizeram-na eterna na música brasileira.

Morte

Isaurinha Garcia faleceu em São Paulo, SP, no dia 30/08/1993, aos 70 anos, vítima de um Acidente Vascular Cerebral (AVC).

Fonte: Wikipédia e Projeto VIP

J. B. Tanko

JOSIP BOGOSLAV TANKO
(87 anos)
Cineasta

* Sisak, Croácia (21/04/1906)
+ Rio de Janeiro, RJ (05/10/1993)

Foi um cineasta da antiga Iugoslávia, que após a Segunda Guerra Mundial fixou residência no Brasil, onde deu prosseguimento a sua carreira.

Nascido na cidade croata de Sisak, desde a infância foi apaixonado pelo cinema. Começou a trabalhar na Áustria, criando versões iugoslavas de filmes alemães e austríacos. Na década de 1930, trabalhou no Sascha-Filmindustrie AG e no Wlen-Film GMBH, em Viena, e no Tobis Filmkunst, Terra Filmkunst e UFA, em Berlim, chegando a função de assistente de direção.

A partir de 1937, em Viena, participou das equipes da Wien-Film, criada por Goebbels. No início da Segunda Guerra Mundial, assumiu o Departamento de Cinema Documental do Exército, em Belgrado. Quando a Iugoslávia foi invadida pela Alemanha, filmou o bombardeio de Belgrado. Fugiu para Berlim com o filme, e em 1942 retornou para Viena. Com o fim da Segunda Guerra, na qual perdeu toda a família, decidiu emigrar.

Em 1948 fixou residência no Rio de Janeiro, contribuindo muito para a profissionalização do cinema brasileiro com sua diversificada experiência. Seu primeiro trabalho foi na Cinelândia Filmes, como assistente de direção e roteirista de "Escrava Isaura", adaptação do romance de Bernardo Guimarães.

Sem abandonar a Cinelândia, começou a trabalhar também na Atlântida, onde desempenhou vários papéis, chegando a diretor. Realizou alguns dramas, que não tiveram sucesso de público, levando-o às comédias.

Em 1955 passou a trabalhar para Herbert Richers, para o qual dirigiu 18 filmes, dentre os quais uma série de comédias, estreladas por atores como Ankito, Grande Otelo, Zé Trindade e Ronald Golias. Contudo, continou com os dramas, filmes policiais e infantis.

Em 1967, dirigiu "Adorável Trapalhão", no qual conheceu Renato Aragão, com o qual estabeleceria sólida parceria. J.B. Tanko viria a dirigir 11 filmes de Os Trapalhões.

Em 1969, fundou a JBTV - J. B. Tanko Filmes Ltda (1969) e dirigiu diversas comédias para adolescentes. Trabalhando com Os Trapalhões, realizou "O Trapalhão Nas Minas Do Rei Salomão", uma das maiores bilheterias do cinema brasileiro em todos os tempos (cerca de 6 milhões de espectadores), e também "Os Saltimbancos Trapalhões", considerado o melhor filme do grupo.

Produziu e dirigiu filmes diversificados, como o drama erótico "As Borboletas Também Amam", com a atriz Angelina Muniz, e o musical "Vamos Cantar Disco, Baby?", com o conjunto As Melindrosas, à época popular. Em 1983, produziu o filme "Perdoa-Me Por Me Traíres", dirigido por Braz Chediak, baseado na obra de Nelson Rodrigues.

Quando Dedé Santana, Zacarias e Mussum separaram-se de Renato Aragão, criando a DeMuZa Produções, J. B. Tanko produziu a comédia "Atrapalhando A Suate". Aos 81 anos dirigiu seu último filme: "Os Fantasmas Trapalhões".

Filmografia

1987 - Os Fantasmas Trapalhões
1982 - Os Trapalhões na Serra Pelada
1982 - Os Vagabundos Trapalhões
1981 - Os Saltimbancos Trapalhões
1979 - Vamos Cantar Disco, baby?
1978 - As Borboletas Também Amam
1977 - O Trapalhão nas Minas do Rei Salomão
1976 - Simbad, o Marujo Trapalhão
1976 - O Trapalhão no Planalto dos Macacos
1975 - O Trapalhão na Ilha do Tesouro
1974 - Robin Hood, o Trapalhão da Floresta
1973 - Aladim e a Lâmpada Maravilhosa
1972 - Salve
1971 - Som, Amor e Curtição
1971 - Rua Descalça
1970 - Como Ganhar na Loteria Sem Perder a Esportiva
1969 - Pais Quadrados, Filhos Avançados
1968 - Massacre no Supermercado
1967 - Carnaval Barra
1967 - Adorável Trapalhão
1966 - Engraçadinha Depois dos 30
1964 - Asfalto Selvagem
1964 - Um Ramo Para Luiza
1961 - O Dono da Bola
1961 - Bom Mesmo é Carnaval
1960 - Vai Que É Mole
1960 - Marido de Mulher Boa
1959 - Mulheres À Vista
1959 - Garota Enxuta
1959 - Entrei de Gaiato
1958 - E o Bicho Não Deu
1957 - Metido a Bacana
1957 - Com Jeito Vai
1956 - Saí de Baixo
1956 - Com Água na Boca
1954 - A Outra Face do Homem
1951 - Areias Ardentes
1946 - Amerika Hilft Oesterreích

Teve um filho, Alexander Tanko, que também atuou na produção cinematográfica e na produção de diversos comerciais e vinhetas de clips musicais para divulgação em televisão.

Morreu aos 87 anos, de Enfarto, deixando enorme contribuição para o cinema brasileiro.

Fonte: Wikipédia

Alfredo Murphy

ALFREDO MUTSCHAEWSKI
(64 anos)
Ator

* Santa Catarina, SC (02/05/1929)
+ Rio de Janeiro, RJ (11/10/1993)

Alfredo Murphy foi um ator de cinema e de TV. O seu primeiro filme foi "O Quinto Poder" em 1962 e, depois, participou de "O Tropeiro", "Tô na Tua ô Bicho!", "Aventuras Com Tio Maneco" e "O Coronel e o Lobisomem".

Sempre contratado da TV Globo, Alfredo Murphy fez tele-teatros no começo da emissora e estreou em novelas em 1975, vivendo o mau caráter Sandoval em "Pecado Capital", de Janete Clair.

Alfredo Murphy especializou-se em personagens maus e, em seguida, fez as novelas "Duas Vidas" em 1976, "O Pulo do Gato" em 1978, "Terras do Sem Fim" em 1981, "Paraíso" em 1982, o Benjamin de "A Gata Comeu" em 1985 e o Mergulhão de "Pacto de Sangue" em 1989.

Alfredo Murphy era casado com Lúcia, desde 1972.

Faleceu vítima de câncer no estômago, no Hospital São Lucas, em Copacabana, no Rio de Janeiro.

Fonte: Projeto VIP

Alfredo Murphy e José de Araújo (Abolição, 1988)

Augusto Olímpio

AUGUSTO OLÍMPIO
(50 anos)
Ator

* Rio de Janeiro, RJ (1943)
+ Rio de Janeiro, RJ (1993)

Augusto Olímpio desenvolveu toda a sua carreira como contratado da Rede Globo. Em 1973 participou do programa Chico City como o personagem e logo passou a atuar em telenovelas. Fez o divertido Cabo Ananias, funcionário da delegacia na novela "O Bem Amado".

Sempre atuando em papéis cômicos, Augusto Olímpio participou da série "Azambuja e Cia" e das novelas "Saramandaia", "Duas Vidas", "Maria, Maria", "Sinal de Alerta", "Cabocla", "Final Feliz", "Chega Mais", "Sinhá Moça", "O Outro",o seriado "O Bem Amado" e da minissérie "La Mamma", ao lado de Dercy Gonçalves.

No cinema, fez o filme dirigido por Jô Soares, "O Pai do Povo" e ainda "A Noiva da Cidade", "Amante Latino" e a primeira versão de "O Coronel e o Lobisomem", em 1979.

Auguto Olímpio morreu em 1993 vitimado por um Câncer.

Fonte: Wikipédia


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Armando Bógus

ARMANDO BÓGUS
(63 anos)
Ator

☼ São Paulo, SP (19/04/1930)
┼ São Paulo, SP (02/05/1993)

Armando Bógus foi um ator nascido em São Paulo, SP, no dia 19/04/1930. Atuou em teatro, cinema e televisão.

Armando Bógus estudou no Colégio Marista Arquidiocesano. Na década de 50, foi expulso de dois colégios de São Paulo por militar em grupos de esquerda.

Na década de 50, participou do Grupo Jograis de São Paulo fundado pelo ator Ruy Afonso que se apresentava no Brasil e no exterior recitando poesias de diversos autores.

Estreou como ator em 1955, com a peça "Moral Em Concordata", que se transformou no seu primeiro filme em 1959.

Na televisão começou na TV Excelsior e, no teatro, destacou-se sua parceria com o diretor Ademar Guerra, participando em peças como "Marat Sade" (1967) e na primeira montagem de "Hair" no Brasil, em 1969.


Fundou, com Antunes Filho e Felipe Carone o Pequeno Teatro de Comédia (PTC), enquanto encenava peças brasileiras na televisão. Armando Bógus viveu personagens marcantes da teledramaturgia brasileira e foi um dos atores da primeira versão de "Vila Sésamo", primeiro na TV Cultura e depois na TV Globo, em 1972, ao lado de Sônia Braga, Laerte Morrone e Aracy Balabanian.

Nas novelas, os seus personagens mais marcantes foram o comerciante Nacib em "Gabriela" (1975), o austero Estêvão em "O Casarão" (1976), o médico Daniel em "Ciranda de Pedra" (1981), Licurgo Cambará na minissérie "O Tempo e o Vento" (1985), o avarento Zé das Medalhas em "Roque Santeiro" (1985), o esperto Modesto Pires em "Tieta" (1989) e o vilão Cândido Alegria, personagem que construiu se inspirando no Fradinho, do Henfil, e no padrão clássico do político mineiro, em "Pedra Sobre Pedra" (1992), a sua última telenovela.

No cinema também foi presença constante nas décadas de 70 e 80 em filmes como "A Compadecida", "Anuska, Manequim e Mulher", "O Cortiço", "Doramundo", "Paula, a História de Uma Subversiva", "Teu, Tua" e "Os Campeões".

Armando Bógus foi casado duas vezes. A primeira com a também atriz Irina Grecco com quem teve o filho Marco Antonio, e a segunda com Elisabeth Nunes Souza. Era primo do jornalista Luís Nassif.

Morte

Armando Bógus faleceu no dia 02/05/19993, aos 63 anos, em São Paulo, SP, vítima de leucemia. Por conta da doença ficou internado quase dois meses no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, se submetendo a uma quimioterapia.

Armando Bógus e Sônia Braga em "Gabriela" (1975)
Carreira

Televisão

  • 1993 - Sex Appeal ... Baltazar
  • 1992 - Pedra Sobre Pedra ... Cândido Alegria
  • 1990 - Meu Bem, Meu Mal ... Felipe Mello
  • 1989 - Tieta ... Modesto Pires
  • 1988 - Bebê a Bordo ... Liminha
  • 1987 - Bambolê ... Gabriel
  • 1985 - Roque Santeiro ... Zé das Medalhas
  • 1985 - O Tempo e o Vento ... Licurgo Cambará
  • 1984 - Partido Alto ... Artur
  • 1984 - Meu Destino É Pecar ... Narrador
  • 1983 - Champagne ... Farid
  • 1983 - Louco Amor
  • 1982 - Final Feliz
  • 1982 - Sétimo Sentido ... Valério Ribeiro
  • 1981 - Ciranda de Pedra ... Daniel
  • 1980 - Coração Alado ... Gamela
  • 1980 - Chega Mais ... Nestor
  • 1979 - Marron Glacê ... Nestor
  • 1978 - Pecado Rasgado ... Nélio
  • 1977 - Sem Lenço, Sem Documento ... Henrique
  • 1976 - O Casarão ... Estevão Bastos
  • 1975 - Gabriela ... Nacib
  • 1972 - Vila Sésamo ... Juca
  • 1970 - A Próxima Atração ... Pardal
  • 1969 - Sangue do Meu Sangue ... Maurício Camargo
  • 1968 - Legião dos Esquecidos ... Roberto
  • 1966 - Redenção ... Eduardo
  • 1966 - As Minas de Prata ... Cristovão
  • 1966 - Almas de Pedra ... Ricardo
  • 1965 - Os Quatro Filhos ... Gérson
  • 1964 - O Pintor e a Florista ... Marcos
  • 1964 - A Outra Face de Anita ... Hugo
  • 1964 - As Solteiras ... Luiz Emílio

Cinema

  • 1982 - Os Campeões ... Mário
  • 1979 - Por Um Corpo de Mulher
  • 1979 - Teu Tua
  • 1979 - Paula - A História de Uma Subversiva
  • 1978 - Doramundo
  • 1978 - J.J.J., o Amigo do Super-Homem ... João Juca Júnior (J.J.J.)
  • 1978 - O Cortiço
  • 1970 - Parafernália o Dia de Caça
  • 1969 - A Compadecida ... João Grilo
  • 1968 - Anuska, Manequim e Mulher ... Amigo de Sabato
  • 1959 - Moral em Concordata ... Chico
  • 1958 - Macumba na Alta

Fonte: Wikipédia