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Guido Brunini

GUIDO BRUNINI
(28 anos)
Ator e Cantor

☼ Piúma, ES (28/05/1966)
┼ Rio de Janeiro, RJ (20/02/1995)

Guido Brunini  foi um ator e cantor brasileiro nascido em Piuma, ES, no dia 28/05/1966.

Desde pequeno escutava com atenção Vicente Celestino, Carlos Galhardo e Dalva de Oliveira. Começou seus estudos de violão com 8 anos e aos 10 anos já tinha "O Ébrio" como uma de suas músicas favoritas.

Também cultivava outra paixão, o teatro. Chegou a trabalhar com Asdrubal Trouxe o Trombone, encenando peças em meados dos anos 80. Mas depois optou por pegar a mochila, o violão e viajar o mundo. Tocando bossa nova e samba pelas ruas, praças e bares de sete cidades da Europa, viu que o destino estava mesmo no Brasil.

Em fevereiro de 1992 voltou decidido a conquistar seu espaço. Montou um show com direção de Flávio Marinho e assinou contrato com a Polygram. Gravou um maxi single (compacto duplo) pela Polygram, contando com uma produção esmerada e sob direção de Liber Gadelha.


Guido Brunini participou de uma única novela, "Bambolê", em 1987.

Diagnosticado como soropositivo aos 24 anos, Guido Brunini não descansou enquanto não conseguiu gravar seu primeiro CD. Saiu da gravação direto para o hospital. Durante o show de lançamento, já estava muito doente, mas arranjou forças.
"Ele saía do palco e a febre vinha. Saía arrasado, mas na hora de cantar conseguia superar tudo."
(Liana Brunini, mãe de Guido Brunini)

Guido Brunini omitiu a doença com receio de que a gravadora deixasse de investir em sua iniciante carreira de cantor. Estava certo. Pronto no master, o CD "Guido Brunini" nunca foi lançado comercialmente pela PolyGram.

"Liguei para lá, chorei, pedi, mas só consegui que fizessem mil discos, que comprei e vendi para amigos." - contou Liana Brunini, a mãe do artista.

Guido Brunini faleceu no dia 20/02/1995, no Rio de Janeiro, RJ, aos 28 anos.

Em sua homenagem, a cidade de Piúma, no Espírito Santo, tem uma avenida com o seu nome.

Fonte: Wikipédia e Página Guido Brunini no Facebook

Ibrahim Sued

IBRAHIM SUED
(71 anos)
Jornalista e Colunista Social

* Rio de Janeiro, RJ (23/06/1924)
+ Rio de Janeiro, RJ (01/10/1995)

Filho de imigrantes árabes, nasceu em família muito pobre, no bairro do Botafogo. Cresceu na Tijuca e em Vila Isabel, e morou muitos anos em quartos de pensão em Copacabana. Foi aluno de escola pública, onde concluiu o antigo Curso Ginasial e, aos 17 anos de idade, empregou-se no comércio. Devido aos frequentes atrasos, abandonou esse emprego.

Iniciou a sua carreira na imprensa como repórter fotográfico em 1946, fazendo plantão nas redações das sete horas da noite às sete da manhã. Adquiriu reputação ao cobrir a visita do então comandante das tropas aliadas na Segunda Guerra Mundial, general Dwight D. Eisenhower, ao Brasil. Na ocasião, fez uma fotografia em que Otávio Mangabeira parecia beijar a mão de Dwight D. Eisenhower, utilizada pelos críticos que, à época, combatiam o que chamavam de "servilismo" brasileiro em relação aos Estados Unidos da América.

Ainda da década de 1940, foi companheiro de boemia de personalidades como Carlinhos Niemeyer, Sérgio Porto, Paulo Soledade e Heleno de Freitas, com quem fundou o Clube dos Cafajestes.

Trabalhou com Joel Silveira na revista Diretrizes. Começou a conhecer gente, frequentar festas e a piscina do Hotel Copacabana Palace. De pequenas notícias na seção "Vozes da Cidade", no recém-fundado Tribuna da Imprensa de Carlos Lacerda, passou a fazer a coluna "Zum-Zum", no A Vanguarda (1951).


Em 1954, passou a trabalhar no O Globo, onde permaneceu até falecer, em 1995. Ali se destacou, assinando uma coluna social que marcou época e influenciou jornalistas como Ancelmo Gois e Ricardo Boechat.

Causou polêmicas com as suas listas das "Dez mais": as dez mais belas mulheres, as dez mais elegantes e as dez melhores anfitriãs da sociedade carioca. A sua coluna passou a ser lida por todas as camadas sociais a partir do final da década de 1950, tendo passado a conviver com personalidades famosas no Brasil e no exterior.

Casou-se em 1958, num evento que tornou-se um dos maiores daquele ano. Nessa época, passou a manter um programa exclusivo pela antiga TV Rio, "Ibrahim Sued e Gente Bem", onde apresentava entrevistas, reportagens filmadas e comentários sobre a sociedade em geral.

Em comemoração aos 30 anos de sua coluna em O Globo, em junho de 1983 teve lugar uma memorável recepção no Copacabana Palace, onde compareceram personalidades como Marta Rocha, Roberto Marinho, Emílio Garrastazu Médici, Dulce Figueiredo e mais 1500 convidados que consumiram, entre outros, 600 garrafas de champanhe, 300 litros de vinho tinto francês, 120 quilos de camarão, 60 quilos de lagosta, 10 quilos de foie gras, 210 patos além de copiosa variedade de frutas e saladas. O evento contou ainda com uma queima de fogos de artifício e com o desfile de passistas de escolas de samba calçadão da Avenida Atlântica.


Em 1985 foi homenageado no Carnaval carioca pela Acadêmicos de Santa Cruz com o enredo "Ibrahim, De Leve Eu Chego Lá". Ainda na década de 1980, Ibrahim Sued foi a figura principal do casamento de sua filha Isabel Cristina, um dos maiores acontecimentos sociais à época, com quatro mil convidados.

Em 1993, deixou o jornalismo diário e passou a publicar apenas uma coluna dominical no O Globo. A Faculdade da Cidade do Rio de Janeiro lhe fez a outorga do Título de Professor Emérito do Curso de Jornalismo, em evento que contou com a presença da nata da sociedade, além de políticos, sambistas, músicos e intelectuais. Ao entregar-lhe a comenda, o professor Paulo Alonso, Diretor Acadêmico dessa instituição carioca, fez um discurso marcado pela emoção, lembrando momentos marcantes da vida do colunista. Paulo Alonso, que também atuava no jornal O Globo, falou da sua amizade com Ibrahim Sued e ainda da capacidade do "Turco", apelido de Ibrahim Sued, em lidar com dificuldades e vencê-las. Foi uma solenidade que ganhou o noticiário brasileiro.

Ibrahim Sued cunhou expressões que se tornaram marcantes como "De leve", "Sorry periferia", "Depois eu conto", "Bola Branca", "Bola Preta", "Ademã que eu vou em frente", "Os cães ladram e a caravana passa", "Olho vivo, que cavalo não desce escada", dentre outras.

Considerado como um homem elegante, contou certa vez que, no início da sua carreira tinha apenas um terno, que deixava todo dia debaixo do colchão de sua cama, para que não perdesse o vinco.

Morte

Ibrahim Sued morreu aos 71 anos, vítima de um infarto agudo do miocárdio, no domingo, 01/10/1995, no Rio de Janeiro, RJ.

O velório aconteceu na Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro, e o corpo foi levado no carro do Corpo de Bombeiros até o cemitério. Cerca de cem pessoas, entre parentes, amigos e socialites, acompanharam o enterro.

O caixão foi coberto com a medalha da Legion d'Honneur, que Ibrahim Sued recebeu da França, e com as bandeiras do Brasil e da Confraria do Garoto, que celebra a boêmia carioca e da qual Ibrahim Sued era membro honorário.

O corpo de Ibrahim Sued foi sepultado na segunda-feira, 02/10/1995, às 11:30 hs, no Cemitério São João Batista, em Botafogo, Zona Sul do Rio de Janeiro, no jazigo da família da primeira mulher, Glória Drummond de Sued. Ela ficou o tempo inteiro ao lado da filha Isabel e da última mulher do colunista, Simone Rodrigues.

Um cartaz lembrava uma expressão usada pelo colunista: "Ademã", um abrasileiramento do francês "À demain" (até amanhã), que Ibrahim Sued usava para se despedir dos amigos.

Em 2003 Ibrahim Sued  foi homenageado com uma estátua em frente ao Hotel Copacabana Palace.

Fonte: Wikipédia

Ileana Kwasinski

ILEANA MARIA MAGNO KWASINSKI
(53 anos)
Atriz

* Curitiba, PR (20/06/1941)
+ São Paulo, SP (08/04/1995)

Ileana Kwasinski esteve presente em representativos trabalhos nos anos 70 e 80. Sua formação em dança clássica distingue-a como uma intérprete de composições requintadas, com um desenho corporal quase performático.

Ileana estréia como atriz, em 1964, na produção "Um Elefante no Caos", de Millôr Fernandes, e forma-se em 1968 no curso mantido pelo Teatro Guaíra.

Trabalha em seguidas montagens no Teatro de Comédia do Paraná. Vai para São Paulo e, em 1969, participa do coro de "Galileu Galilei", de Bertolt Brecht, montagem do Teatro Oficina, onde seu marido, Cláudio Corrêa e Castro, vive o protagonista. Nos anos subseqüentes trabalha em "Um Inimigo do Povo", de Henrik Ibsen, em 1969, e "A Vida Escrachada de Joana Martini e Baby Stompanato", de Bráulio Pedroso, em 1970.

Compõe o elenco de "A Capital Federal", de Artur Azevedo, com direção de Flávio Rangel, em 1972. Em 1974, juntando-se a Jandira Martini, Ney Latorraca, Eliana Rocha, Vicente Tuttoilmondo e Francarlos Reis, funda a Royal Bexiga's Company. O grupo monta os seguintes espetáculos: "O Que Você Vai Ser Quando Crescer", em 1974, e "Ai de Ti, Mata Hari", ambos direção de Silnei Siqueira, em 1976. Segue-se "Um Ponto de Luz", texto e direção de Fauzi Arap, em 1977.

No ano seguinte, integra a produção de "Bodas de Papel", de Maria Adelaide Amaral, em que seu trabalho desperta entusiasmo junto à crítica. Destaque que se repete, em 1982, com sua atuação em "O Jardim das Cerejeiras", de Anton Tchekhov, uma grande montagem de Jorge Takla. No mesmo ano, integra a equipe de "Morte Acidental de Um Anarquista", ao lado de Antonio Fagundes, pela Companhia Estável de Repertório - CER.

Em 1984, está em duas realizações díspares: "O Purgatório", de Mario Prata, e "Com a Pulga Atrás da Orelha", vaudeville de Georges Feydeau, em ambos distinguindo-se pela energia e carisma cênico. Sua presença intensa e sua alta experiência dramática encontram em "Depois do Expediente", um solo escrito por Franz Xaver Kroetz, com direção de Francisco Medeiros, a grande oportunidade de expressão. Sem proferir sequer uma palavra em cena, sua interpretação rende-lhe prêmios e prestígio.

No ano seguinte, figura no elenco de "Cerimônia do Adeus", de Mauro Rasi, com direção de Ulysses Cruz. A comédia "Trair e Coçar É Só Começar", de Marcos Caruso, surge em 1989, com a qual atravessa anos em cartaz. Em 1991, ao lado de Regina Duarte, integra o elenco exclusivamente feminino de "A Vida É Sonho", de Calderón de la Barca, encenação de Gabriel Villela, que lhe confere os prêmios Shell e Apetesp de melhor atriz. Em 1993, está em "Seis Graus de Separação", de John Guare, novamente sob a direção de Jorge Takla, novamente chamando a atenção para seu preciosismo na construção da personagem. O último trabalho de Ileana é "O Médico e o Monstro", de de Georg Osterman, direção de Marco Nanini, em 1994.

Ao lado de sua carreira como atriz, Ileana desenvolveu também uma atividade como figurinista, especialmente nos anos iniciais de sua carreira no Paraná.

Ileana Kwasinski foi vítima de câncer.

Fonte: Wikipédia

Costinha

LÍRIO MÁRIO DA COSTA
(72 anos)
Humorista e Ator

* Rio de Janeiro, RJ (24/03/1923)
+ Rio de Janeiro, RJ (15/09/1995)

Nascido no Rio de Janeiro, capital federal na época, Costinha vem de família de cunho artístico: seu pai foi palhaço de circo. A infância circense iria influenciar a trajetória do humorista de forma definitiva. Porém, a situação estável da família muda quando ele completa treze anos: Seu pai e grande ídolo, abandona a família.

Na época, o então menino Costinha tem de deixar a vocação artística e pegar no batente. Foi, dentre outras profissões, contínuo, garçom de botequim, engraxate e até apontador de jogo do bicho. Esse convívio ao lado de tipos urbanos e muitas vezes até marginais do Rio de Janeiro dos anos 40, seria muito importante nos personagens feitos pelo humorista posteriormente.

Em 1942, emprega-se como faxineiro da Rádio Tamoio. Pelo novo veículo ganha sua grande chance, sendo radio-ator em diversos e importantes programas da época como Cadeira de Barbeiro, Recruta 23 e mesmo na primeira versão radiofônica da Escolinha do Professor Raimundo.

Fez parte do elenco de importantes emissoras da época como a Rádio Record e também a Rádio Mayrink Veiga. Foi ainda cômico no Teatro de Revista, tanto em São Paulo como no Rio de Janeiro.


Já como grande personalidade consagrada, Costinha fez diversas propagandas, destacando-se na das Loterias do Rio de Janeiro (onde chegou a ser dirigido por Cacá Diegues). A série de discos de humor nos anos 70 e 80 O Peru da Festa e As Proibidas do Costinha, tiveram grande vendagem pelo selo CID.

No cinema, sua participação foi intensa desde os anos 50. Sua primeira participação foi logo no polêmico Anjo do Lodo de Luiz de Barros. O filme foi a segunda adaptação do livro Lucíola de José de Alencar as telas. Voltaria as ordens de Luiz de Barros em O Rei do Samba, biografia do lendário sambista Sinhô.

Seu tipo franzino e marcadamente de cabelos engomados, era perfeito para papéis secundários e pontas das chanchadas. Essa função, ele desempenharia com atores como Wilson Grey, Wilson Viana e tantos outros daquela geração. A produtora dominante da época, a Atlântida, tinha astros cômicos como Oscarito e diretores como Carlos Manga. Já a secundária, mas não menos importante, Herbert Richers, apostava em outros nomes da época, como Ankito e em realizadores como Victor Lima e J.B. Tanko.

Costinha com Chacrinha (Arnaldo Silva)
Costinha logo é chamado pela Herbert Richers para desempenhar papéis secundários. Às vezes conseguia ser bandido (De Pernas Pro Ar), um aspone do Carlos Imperial (Garota Enxuta) ou mesmo um fotógrafo de jornal (É de Chuá). O melhor filme de toda essa fase é Sherlock de Araque. Outros filmes do período na época são feitos ao lado de Zé Trindade.

Com a chegada de movimentos cinematográficos mais ambiciosos e pretensamente intelectuais de Glauber Rocha e seus pares, o espaço de comediantes oriundos da chanchada foi a televisão. Nos anos 60, pouquíssimas comédias ou filmes populares foram feitos no Brasil comparados com a década anterior. Uma exceção é um interessante ciclo de fitas policiais e nazi exploitation (Os Carrascos Estão Entre Nós). Nesta época, nomes como Oscarito, Grande Otelo, Ankito se viram mais sem meio do cinema e sem o estrelato de antes.

Mas a televisão, se é um excelente meio para os até então secundários em chanchadas. Por ela, Costinha consegue se tornar uma personalidade conhecida em todo território nacional, levando milhares de brasileiros a darem muitas risadas.

Os anos setentas, trazem os velhos comediantes de volta às telas. O cinema volta a ser popular. Seja em filmes urbanos (Como Ganhar na Loteria Sem Perder a Esportiva), homenagens à chanchada (Salário Mínimo), filmes de juventude (Amor em Quatro Tempos) ou mesmo em pornochanchadas (Histórias Que As Nossas Babás Não Contavam).


Outra coisa típica da década mais dinâmica da carreira cinematográfica do comediante foram as paródias em que ele desempenhou o personagem principal em diversos filmes. Isso ocorre em fitas como O Libertino, O Homem de Seis Milhões de Cruzeiros Contra as Panteras, Costinha, o Rei das Selvas, Costinha e o King Mong, As Aventuras de Robinson Crusoé - neste último, faz par com Grande Otelo, com direção de Mozael Silveira.

Continuando atuando em diversas peças de teatro, programas como Apertura (Rede Tupi), Apertem o Riso (TV Manchete), Planeta dos Homens e Chico Anysio Show (Rede Globo), Lírio Mário da Costa continuou levando alegria e risos a milhares de compatriotas.

Gravou vários discos de piadas, sendo os mais famosos os da série O Peru da Festa. Trata-se de uma série de cinco LP's, pela gravadora CID. Todos vinham com a tarja Proibida a Execução Pública e a Venda Para Menores de 21 Anos", não só pelas piadas consideradas pesadas, mas pelas capas sugestivas. No primeiro volume, Costinha parecia estar nu, com uma mesa tapando suas partes íntimas e um peru assado sendo servido sobre ela.

Seu último papel foi como Seu Mazarito na Escolinha do Professor Raimundo (1990/1995).

Foi casado com Irany Pereira da Costa, com quem teve quatro filhos naturais e adotou outros três.

Morte

Em 04/09/1995, Costinha deu entrada no Hospital Pan-Americano, no Rio de Janeiro, com falta de ar, falecendo no dia 15 do mesmo mês aos 72 anos, vítima de Enfisema Pulmonar. Foi enterrado no Cemitério São João Batista, no Rio de Janeiro.

Fonte: Wikipédia

Henriqueta Brieba

HENRIQUETA NOGUES BRIEBA
(94 anos)
Atriz

* Barcelona, Espanha (31/07/1901)
+ Rio de Janeiro, RJ (18/09/1995)

Henriqueta Nogues Brieba foi uma atriz brasileira de origem espanhola. Nascida na Espanha, Henriqueta Brieba veio para o Brasil ainda adolescente, acompanhando os pais nas apresentações do grupo teatral de que faziam parte, e bem jovem começou a atuar nos palcos. Atriz de amplos recursos e comediante nata participou de várias companhias de teatro e não abandonou o palco até o fim da vida. Atuou no Brasil durante setenta e seis anos. Depois de passar por Belém, Manaus, Recife e Salvador, estabeleceu-se no Rio de Janeiro na década de 1920, onde começou a trabalhar no teatro de revista.

Seu primeiro papel de destaque em novela foi em "Assim na Terra Como no Céu" de Dias Gomes, em 1970, antes porém fez uma participação pequena em "A Grande Mentira", mas foi a partir de 1975, com "A Moreninha", que ela se tornou uma figura conhecida do grande público e intensificou sua participação na televisão.

Em programas de humor, faz dobradinha com Jô Soares no programa "Viva o Gordo", como a "Pornomãe" da Bô Francineide representada por Jô Soares em um quadro de muito sucesso.

Henriqueta Brieba estreou no cinema em 1944 em "Romance de Um Mordedor", de José Carlos Burle, e prosseguiu fazendo atuações esporádicas até a década de 1960. Em 1969, Henriqueta Brieba atuou em "A Penúltima Donzela", comédia de costumes de grande sucesso, uma das precursoras das pornochanchadas.

Na década de 1970, ela era presença constante nas telas do cinema. Somente nessa década, a atriz atuou em 33 filmes, inclusive em dois dos maiores sucessos do cinema nacional, as comédias de Pedro Carlos Róvai, "Ainda Agarro Essa Vizinha" (1974) e "A Viúva Virgem" (1972). Outro destaque é "Toda Nudez Será Castigada", de Arnaldo Jabor.

A atriz atuou com diretores de vários estilos, como Reginaldo Faria, Carlos Imperial, Victor di Mello, Braz Chediak, Luís Sérgio Person, Jece Valadão, Carlo Mossy, Fauzi Mansur, Miguel Borges e Hugo Carvana, e explorou os gêneros musical, revista, comédia, drama.

Veio do teatro o único prêmio de sua carreira: um Prêmio Molière de melhor atriz por "Caixa de Sombras" (1977), de Michael Christofer. A respeito desta conquista, declarou em entrevista:

"Não cantei, não dancei, não sapateei. Ganhei o Molière da goela para cima, com um personagem que vivia numa cadeira de rodas. O que valeu foi a interpretação."

Henriqueta deixou os palcos em 1993, por motivo de saúde, depois de três anos no elenco de "Por Falta de Roupa Nova, Passei o Ferro na Velha". Faleceu aos 94 anos vítima de Infecção Pulmonar Aguda, durante a madrugada de 18/09/1995, no Hospital São Lucas, no Rio de Janeiro, onde estava internada havia 45 dias. Seu corpo foi velado e sepultado no Cemitério São João Batista, no Rio de Janeiro.


Homenagem

Atualmente há um sala de teatro com o seu nome. A sala apresenta especialmente peças infantis e está localizada no Tijuca Tênis Clube, um clube de classe média alta, localizado na Zona Norte do Rio de Janeiro.

Teatro

  • O Rei da Vela
  • A Dama do Camarote
  • A Casa de Bernarda Alba
  • Caixa de Sombras
  • Tudo no Escuro
  • Por Falta de Roupa Nova, Passei o Ferro na Velha


Cinema


  • 1944 - Romance de Um Mordedor
  • 1958 - Hoje o Galo Sou Eu
  • 1958 - O Batedor de Carteiras
  • 1961 - Samba em Brasília
  • 1969 - A Penúltima Donzela
  • 1970 - Uma Garota em Maus Lençóis
  • 1970 - Pra Quem Fica, Tchau
  • 1970 - O Enterro da Cafetina
  • 1970 - O Bolão
  • 1970 - Ascensão e Queda de um Paquera
  • 1971 - Procura-se uma Virgem
  • 1971 - Os Cara de Pau
  • 1971 - O Barão Otelo no Barato dos Bilhões
  • 1971 - Os Amores de um Cafona
  • 1972 - O Grande Gozador
  • 1972 - Com a Cama na Cabeça
  • 1972 - Cassy Jones, o Magnífico Sedutor
  • 1972 - O Azarento
  • 1972 - A Viúva Virgem
  • 1973 - O Fraco do Sexo Forte
  • 1973 - A Filha de Madame Bettina
  • 1973 - Toda Nudez Será Castigada
  • 1974 - Uma Tarde Outra Tarde
  • 1974 - O Sexo das Bonecas
  • 1974 - Banana Mecânica
  • 1974 - Ainda Agarro Esta Vizinha
  • 1975 - Um Soutien Para Papai
  • 1975 - O Roubo das Calcinhas
  • 1975 - Quando as Mulheres Querem Provas
  • 1975 - As Loucuras de Um Sedutor
  • 1975 - Eu Dou o Que Ela Gosta
  • 1975 - Com as Calças na Mão
  • 1976 - O Varão de Ipanema
  • 1977 - A Mulata Que Queria Pecar
  • 1977 - Manicures a Domicílio
  • 1978 - Se Segura, Malandro ... Clotilde
  • 1978 - O Escolhido de Iemanjá
  • 1979 - Viúvas Precisam de Consolo
  • 1980 - O Inseto do Amor
  • 1983 - O Rei da Vela
  • 1984 - Para Viver um Grande Amor
  • 1988 - Super Xuxa Contra Baixo Astral


Televisão


  • 1968 - A Grande Mentira
  • 1970 - Assim na Terra Como no Céu ... Tia Coló
  • 1971 - Bandeira 2 ... Filó
  • 1972 - Uma Rosa com Amor ... Pepa
  • 1973 - Os Ossos do Barão ... Lucrécia
  • 1975 - Escalada ... Vó Dita
  • 1975 - A Moreninha ... Donana
  • 1976 - Anjo Mau ... Carolina
  • 1976 - Estúpido Cupido ... Mãe de Olga
  • 1980 - Chega Mais ... Cândida
  • 1981 - Ciranda de Pedra ... Ana Dória
  • 1981 - Jogo da Vida
  • 1982 - Paraíso ... Dona Ida
  • 1983 - Viva o Gordo ... Pornô-mãe
  • 1983 - Guerra dos Sexos ... Berenice Vasconcelos
  • 1983 - Champagne ... Luizinha
  • 1985 - Um Sonho a Mais ... Dona Guiomar
  • 1986 - Cambalacho ... Ubiratânia
  • 1987 - Sassaricando ... Falecida avó de Dinalda
  • 1988 - O Primo Basílio ... Dona Rita
  • 1989 - Que Rei Sou Eu? ... Mulher assaltada pelo Cavaleiro Mascarado
  • 1990 - Gente Fina (Participação Especial)
  • 1990 - Meu Bem, Meu Mal (Participação Especial)
  • 1991 - Escolinha do Professor Raimundo (Participação ... mãe de Dona Cacilda)
  • 1993 - O Mapa da Mina ... Velhinha amiga de Zilda

Fonte: Wikipédia

Paulo Gracindo

PELÓPIDAS GUIMARÃES BRANDÃO GRACINDO
(84 anos)
Ator

* Rio de Janeiro, RJ (16/07/1911)
+ Rio de Janeiro, RJ (04/09/1995)

Pelópidas Guimarães Brandão Gracindo nasceu em 16 de junho de 1911, no Rio de Janeiro. Era filho do ex-senador Demócrito Gracindo, falecido em 1928. Mudou-se ainda criança com a família para Maceió, em Alagoas, onde se formou em direito e teve seu primeiro contato com o teatro amador, para desgosto de seu pai, que o proibiu de atuar nos palcos.

Aos 20 anos, após a morte do pai, mudou-se para o Rio de Janeiro e adotou o nome artístico de Paulo Gracindo. Na então capital federal, participou das maiores companhias de teatro dos anos 1930 e 1940, entre as quais, as de Alda Garrido, Procópio Ferreira, Elza Gomes e Dulcina de Moraes. Foi locutor e apresentador de diversos programas musicais na época áurea da Rádio Nacional, entre os quais o "Noite de Estrelas" e o próprio "Programa Paulo Gracindo". Trabalhou como radioator, produtor, compositor e comediante. Um dos seus papéis mais famosos dessa época foi o Alberto Limonta, na clássica trama de "O Direito de Nascer".

Ainda na  Rádio Nacional, integrou o elenco da versão original do programa "Balança, Mas Não Cai" (1953), escrito por Max Nunes, no qual fez grande sucesso, ao lado de Brandão Filho, no quadro do "Primo Pobre e do Primo Rico". Anos mais tarde, tanto o programa quanto o quadro ganhariam nova versão nas telas da TV Rio e, em seguida, da TV Globo, repetindo o êxito anterior.

Começou a trabalhar na TV Globo no final da década de 1960. Atuou nas primeiras novelas da emissora, como "A Rainha Louca" (1967) e "A Gata de Vison" (1968), escritas pela cubana Glória Magadan. Em seguida, trabalhou em "A Próxima Atração" (1970), de Walther Negrão, e "O Cafona" (1971), de Bráulio Pedroso.

Seu primeiro personagem de destaque foi o bicheiro Tucão, na novela "Bandeira 2" (1971), de Dias Gomes. A consagração veio, dois anos depois, em outra novela de Dias Gomes, "O Bem-Amado", na qual viveu o antológico Odorico Paraguaçu, prefeito de Sucupira, pelo qual ganhou o prêmio de melhor ator da Associação Paulista de Críticos de Arte. Em 1976, o ator também recebeu o Prêmio Televisa, oferecido pela rede mexicana, por sua atuação na novela.

Dias Gomes e Paulo Gracindo já haviam trabalhado juntos no teatro, na primeira montagem de "O Santo Inquérito", e na televisão, em tele-teatros da TV Rio. Em "O Bem-Amado", primeira novela produzida e exibida totalmente em cores, um marco na televisão brasileira, a parceria imortalizou ambos. Adaptada de uma peça do autor Dias Gomes, a novela também tinha no elenco Lima Duarte, Emiliano Queiroz, Zilka Sallaberry e Gracindo Júnior, filho de Paulo Gracindo, entre outros.

Essa não era a primeira vez, também, que pai e filho trabalhavam juntos na TV Globo. A primeira novela de Paulo Gracindo na emissora, "A Rainha Louca", também teve Gracindo Júnior no elenco. Depois, vieram os trabalhos em "O Bem-Amado" e em "Os Ossos do Barão" (1973), de Jorge Andrade. Ainda na década de 1970, em "O Casarão" (1976), de Lauro César Muniz, os dois viveram o mesmo personagem, o João Maciel, aos 20 e aos 50 anos, respectivamente. Também trabalharam juntos em "Araponga" (1990), de Dias Gomes, Ferreira Gullar e Lauro César Muniz.

Após o sucesso em  "O Bem-Amado", que transformou o famoso apresentador de programas do rádio e talentoso ator de teatro Paulo Gracindo em um ícone da televisão, seguiu-se o trabalho em outra grande produção da TV Globo que marcou época: "Gabriela" (1975), adaptação do romance de Jorge Amado feita por Walter George Durst. Na novela, que ganhou o Grande Prêmio concedido pela Associação Paulista de Críticos de Arte, Paulo Gracindo deu vida ao Coronel Ramiro Bastos. Até o final da década de 1970, vieram os trabalhos em "Sinal de Alerta" (1978), de Dias Gomes, e "Pai Herói" (1979), de Janete Clair.

Em 1980, a obra de
Dias Gomes deu origem ao seriado "O Bem-Amado", escrito pelo próprio autor e, mais uma vez, com Paulo Gracindo no papel principal. Ainda na década de 1980, o ator voltou a comandar um programa de auditório, o "8 ou 800", desta vez ao lado de Silvia Falkenburg (Sílvia Bandeira). Em seguida, atuou nas novelas "Roque Santeiro", de Dias Gomes e Aguinaldo Silva, no papel do Padre Hipólito, em "Hipertensão" (1986), de Ivani Ribeiro, e fez uma participação especial na novela "Mandala" (1987), de Dias Gomes.


Na década de 1990, Paulo Gracindo voltou a viver um personagem que caiu no gosto popular, o Betinho, marido da vilã Laurinha Figueroa, interpretada por Glória Menezes, em "Rainha da Sucata" (1990), de Silvio de Abreu. Nos anos seguintes, atuou nas novelas "Vamp" (1991), de Antônio Calmon, e "Mulheres de Areia" (1993), adaptada da obra de Ivani Ribeiro por Solange Castro Neves. Também fez uma participação especial na minissérie "Agosto" (1993), adaptada do romance de Rubem Fonseca por Jorge Furtado e Giba Assis Brasil, no papel de Emílio.

Ator reconhecido por seu trabalho no teatro, na televisão e no rádio, Paulo Gracindo trabalhou em mais de 20 filmes, alguns marcantes, como
"A Falecida" (1965), de Leon Hirszman, "Terra em Transe" (1967), de Glauber Rocha, e "Cara a Cara" (1967), de Júlio Bressane.

Paulo Gracindo morreu, aos 84 anos, em decorrência de um Câncer de Próstata, Era casado com Dulce Xavier de Araújo Gracindo.
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Agepê

ANTÔNIO GILSON PORFÍRIO
(52 anos)
Cantor e Compositor

☼ Rio de Janeiro, RJ (10/08/1943)
┼ Rio de Janeiro, RJ (30/08/1995)

Antônio Gilson Porfírio, mais conhecido como Agepê, foi um cantor e compositor nascido no Rio de Janeiro, RJ, no dia 10/08/1943. Seu nome artístico decorre da pronúncia fonética das iniciais do seu nome de batismo "AGP".

Antes da fama, Agepê foi técnico projetista da extinta Telerj, que abandonou para se dedicar à carreira artística.

Além de sambas, incluía sempre em seus discos agerê, ijexá e baião, abrindo um leque de ritmos brasileiro. Seu parceiro mais constante foi Canário, com quem compôs seus maiores sucessos.

A carreira fonográfica teve início em 1975 quando lançou o compacto simples com a canção "Moro Onde Não Mora Ninguém" (AgepêCanário), primeiro sucesso, que seria regravada posteriormente por Wando. Essa música o tornou definitivamente conhecido do grande público devido ao sucesso que alcançou.

Em 1977, lançou o LP "Agepê" pela Continental Discos.


Em 1984 lançou o sucesso estrondoso
"Deixa Eu Te Amar" (AgepêVamilo e Mauro Silva), que fez parte da trilha sonora da novela "Vereda Tropical" (1984), de Carlos Lombardi.

Em 1984, no LP "Mistura Brasileira", disco produzido por Aramis Barros, foi um dos pioneiros em colocar teclados no samba, mais especificamente na faixa "Deixa Eu Te Amar".

A faixa, carro chefe do LP, alcançou grande sucesso, fazendo com que o disco vendesse mais de um milhão de cópias. Devido à popularidade deste samba, chegou a ser capa da revista Veja de 29/01/1986, que trazia a reportagem "O Samba Romântico Explode Com Agepê".

Em 1985, gravou o LP "Agepê", pela Som Livre.

Em seus discos, sempre incluía músicas de Edil Pacheco e Paulo César Pinheiro, chegando a gravar "A Lenda da Estrela-do-Mar" e "Ilê-Aiyê" em 1986 e 1987, respectivamente.



No ano de 1988, gravou o disco "Canto Pra Gente Cantar", pela Philips.


Uma de suas últimas apresentações foi na quadra do Grêmio Recreativo Escola de Samba Portela, em agosto de 1995, quando concorreu com o samba-enredo "Essa Gente Bronzeada Mostra Seu Valor" em parceria com Canário e Bira Caboclo.

Agepê foi integrante da ala dos compositores da Portela, contendo um repertório eclético, composto principalmente por baião e teve no compositor Canário o mais frequente parceiro.

Na sua voz, tornaram-se consagradas inúmeras composições como "Menina dos Cabelos Longos", "Cheiro de Primavera", "Me Leva", "Moça Criança", dentre outras.

Agepê morreu vítima de Cirrose Hepática aos 53 anos, no dia 30/08/1995.

Morte

Agepê faleceu às 19h30 de quarta-feira, 30/08/1995, aos 52 anos, no Rio de Janeiro, RJ, depois de entrar em coma profundo por causa de úlcera gástrica, problemas de fígado e diabetes. Agepê estava internado desde segunda-feira, 28/08/1995.

Agepê era casado pela segunda vez e tinha um filho.

Discografia

  • 1994 - Feliz da Vida (Continental / Warner Music, CD)
  • 1991 - Me Leva (PolyGram, CD)
  • 1990 - Agepê (PolyGram, CD)
  • 1989 - Cultura Popular (PolyGram, CD)
  • 1988 - Canto Pra Gente Cantar (Philips, LP)
  • 1987 - Agepê (Philips, LP)
  • 1986 - Agepê (Som Livre, LP)
  • 1985 - Agepê (Som Livre, LP)
  • 1984 - Mistura Brasileira (Som Livre, LP)
  • 1981 - Agepê (CBS, LP)
  • 1979 - Agepê (CBS, LP)
  • 1978 - Canto de Esperança (CBS, LP)
  • 1977 - Tipo Exportação (Continental Discos, LP)
  • 1975 - Moro Onde Não Mora Ninguém (Continental Discos, LP)
  • 1975 - Moro Onde Não Mora Ninguém (Continental Discos, Compacto Simples)

Fonte: Wikipédia e Dicionário Cravo Albin da MPB
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