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Itamar Assumpção

FRANCISCO JOSÉ ITAMAR DE ASSUMPÇÃO
(53 anos)
Cantor, Compositor, Instrumentista, Arranjador e Produtor Musical

* Tietê, SP (13/09/1949)
+ São Paulo, SP (12/06/2003)

Itamar Assumpção foi um compositor, cantor, instrumentista, arranjador e produtor musical brasileiro, que se destacou na cena independente e alternativa de São Paulo nos anos 1980 e 1990.

Itamar Assumpção nasceu em Tietê, interior de São Paulo, no dia 13 de setembro de 1949. Bisneto de escravos angolanos, cresceu ouvindo os batuques do terreiro de candomblé no quintal de sua casa. Cresceu em Arapongas, no Paraná, onde se mudou aos 12 anos. Chegou a cursar até o segundo ano de Contabilidade, mas abandonou a faculdade para fazer teatro e shows em Londrina. Aprendeu a tocar violão sozinho e, ouvindo Jimi Hendrix e arranjos de baixo e bateria... apaixonou-se pelo baixo. Mudou-se para São Paulo em 1973 para se dedicar à música.


Vanguarda Paulista

Itamar Assumpção foi um dos grandes nomes e contribuidores da cena alternativa que dominou São Paulo nos anos 70-80 do século XX, movimento que convencionou-se chamar de Vanguarda Paulista. A Vanguarda Paulista reuniu artistas que decidiram romper o controle das gravadoras sobre a produção e lançamento de novos talentos nos anos finais da Época das Trevas Modernas - anos anteriores a Internet.

Os representantes desse movimento eram artistas que produziam e lançavam seus trabalhos independentemente das grandes gravadoras. Criavam suas próprias micro-empresas e gerenciavam a si mesmos. Itamar Assumpção era nome frequente na lista de shows do Teatro Lira Paulistana em Pinheiros, palco que foi denominador comum a todos os membros da Vanguarda Paulista. Todos os representantes do movimento invariavelmente por ali passaram.

Itamar Assumpção, ao lado de Arrigo Barnabé, Grupo Rumo, Premê (Premeditando o Breque), Pracianos (Dari Luzio, Pedro Lua, Paulo Barroso, Le Dantas & Cordeiro e outros), marcou sua obra basicamente por não ter tido interferência dos burocratas das gravadoras, o que fez com que sua obra fosse tida por tais gerentes e críticos de cultura rasa, como "difícil".

Esses artistas, pela rebeldia, ousadia e audácia ganharam a alcunha de "Malditos". Itamar Assumpção detestava tal rótulo e retrucava. A polemica era outra área na qual dava-se bem, talentoso que era com as palavras não só no âmbito poético. O duelo verbal lhe apetecia como forma honesta de defender a integridade do artista assim como, ao observador atento assim parecia, dava-lhe prazer triturar argumentos dos que com cultura limitada tentavam dirigir o processo de criação do artista. Em uma de suas tiradas mais famosas disse: "Se tivesse que ouvir conselho, pediria ao Hermeto Pascoal..." ou então: "Eu sou artista popular!", bradava indignado.

Entre suas canções mais conhecidas estão "Fico Louco", "Parece Que Bebe", "Beijo na Boca", "Sutil", "Milágrimas", "Vida de Artista", "Dor Elegante" e "Estropício".

Conhecido como "Maldito da MPB", o músico misturou samba com rock e funk, entre outros ritmos estrangeiros, em letras impregnadas de sátira e crítica social. Foi influenciado pelos trabalhos de músicos de variados gêneros, como Adoniran Barbosa, Cartola, Jimi Hendrix e Miles Davis, além de poetas como Paulo Leminski e Alice Ruiz.

Seus três primeiros LPs, "Beleléu, Leléu, Eu" (1980), lançado pelo selo Lira Paulistana, "As Próprias Custas S.A." (1983) e "Sampa Midnight" (1986), foram relançados em CD pela Baratos Afins em 1994. Seu único LP foi produzido por uma grande gravadora, Continental, intitulado "Intercontinental! Quem Diria! Era só o Que Faltava..." (1988). Todos com a Banda Isca de Polícia.

Em 1994 lançou a série "Bicho de Sete Cabeças", três LPs também na forma de dois CDs, acompanhado pela Banda Orquídeas do Brasil. Em 1995 lançou um CD com músicas de Ataulfo Alves, novamente com a Banda Isca de Polícia, que foi premiado como melhor do ano pela Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA).

Entre composições suas que fizeram sucesso com outros interpretes estão "Nego Dito", com o sambista Branca di Neve, "Já Deu Pra Sentir" e "Aprendiz de Feiticeiro", com Cássia Eller, "Código de Acesso" e "Vi, Não Vivi", de Zélia Duncan.

Itamar Assumpção faleceu em 12/06/2003 vítima de um câncer no intestino.


Discografia

  • 2010 - Pretobrás III - Devia Ser Proibido - Caixa Preta - (Selo SESC SP)
  • 2010 - Pretobrás II - Maldito Vírgula - Caixa Preta - (Selo SESC SP)
  • 2004 - Vasconcelos e Assumpção - Isso Vai dar Repercussão (Elo Music/Boitatá)
  • 1988 - Pretobrás (Atração)
  • 1996 - Ataulfo Alves Por Itamar Assumpção - Pra Sempre Agora (Paradoxx)
  • 1993 - Bicho de Sete Cabeças Vol. III (Baratos Afins)
  • 1993 - Bicho de Sete Cabeças Vol. II (Baratos Afins)
  • 1993 - Bicho de Sete Cabeças Vol. I (Baratos Afins)
  • 1988 - Intercontinental! Quem Diria! Era Só o Que Faltava... (Continental)
  • 1983 - Sampa Midnight - Isso Não Vai Ficar Assim, (Independente)
  • 1981 - Às Próprias Custas S/A. (Independente)
  • 1980 - Beleléu, Leléu, Eu (Lira Paulistana)


Parceiros

  • Ademir Assunção
  • Alice Ruiz
  • Alzira Espíndola
  • Bocato
  • Carlos Careqa
  • Chico César
  • Luiz Tatit
  • Ná Ozzetti
  • Paulo Leminski
  • Paulo Lepetit
  • Vange Milliet
  • Arrigo Barnabé
  • Vânia Bastos
  • Suzana Salles
  • Tata Fernandes
  • Virgínia Rosa

Arrigo Barnabé e Itamar Assumpção
Músicos Que Já Gravaram Itamar

  • Arrigo Barnabé
  • Carlos Careqa
  • Cássia Eller
  • Denise Assumpção
  • Luiza Possi
  • Ney Matogrosso
  • Rita Lee
  • Tom Zé
  • Vange Milliet
  • Zélia Duncan
  • Naná Vasconcelos
  • Branca Di Neve
  • Ceumar
  • Bocato

Fonte: Wikipédia

Waly Salomão

WALY DIAS SALOMÃO
(59 anos)
Poeta, Letrista e Produtor Cultural

☼ Jequié, BA (03/09/1943)
┼ Rio de Janeiro, RJ (05/05/2003)

Waly Dias Salomão foi um poeta brasileiro, era filho de mãe baiana e pai sírio, formou-se em Direito pela Universidade Federal da Bahia 1967, mas nunca exerceu a profissão. Cursou a Escola de Teatro da mesma universidade (1963-1964) e estudou inglês na Columbia University, Nova York (1974-1975).

Nos anos 60 teve ligações estreitas com o movimento tropicalista, que tinha representantes como Caetano Veloso, Gilberto Gil, Tom Zé e o também poeta Torquato Neto. Apesar da ligação, ele nunca se considerou um tropicalista. Foi também uma figura importante da contracultura no Brasil, nos anos 1970, e atuou em diversas áreas da cultura brasileira. Seu primeiro livro foi "Me Segura Qu'eu Vou Dar Um Troço", de 1971. Os poemas presentes no livro de estréia foram escritos durante a temporada na prisão. A diagramação ficou por conta de Hélio Oiticica, de quem Waly Salomão foi muito amigo, chegando a escrever a biografia "Qual É O Parangolé".

Em 1997, ganhou o Prêmio Jabuti de Literatura com o livro de poesia "Algaravias". Seu último livro foi "Pescados Vivos", publicado em 2004, após sua morte.

Além de poeta, Waly Salomão também era letrista e produtor cultural. Como letrista, colaborou com diversos artistas, como Caetano Veloso (Talismã), Lulu Santos (Assaltaram a Gramática, sucesso com os Paralamas do Sucesso), Adriana Calcanhotto (Pista de Dança), entre outros. Waly Salomão também é co-autor de "Vapor Barato", de 1968, feita em parceria com Jards Macalé. Suas canções foram interpretadas por Maria BethâniaCaetano VelosoAdriana CalcanhottoGal CostaO Rappa, entre outros.


Amigo do poeta Torquato Neto, editou seu único livro, "Os Últimos Dias de Paupéria", lançado postumamente.

Entre os seus trabalhos marcantes está a revista "Navilouca", feita em parceria com o poeta piauiense Torquato Neto, morto em 1972. A revista só teve uma edição lançada, mas bastou para entrar para a história. Na época do lançamento da "Navilouca", ele passou a assinar como Wally Sailormoon, mas o pseudônimo não vingou.

A sua obra reúne livros como "Gigolô de Bibelôs", "Surrupiador de Souvenirs", "Algaravias", "Lábia" e "Tarifa de Embarque", lançado em 2000.

Nos anos 1990, Waly Salomão dirigiu dois discos da cantora carioca Cássia Eller: "Veneno AntiMonotonia" (1997) e "Veneno Vivo" (1998).

No cinema, em 2002, Waly Salomão viveu o poeta Gergório de Matos, em filme homônimo da diretora Ana Carolina. No elenco estavam também Rodolfo Bottino, Ruth Escobar, Marília Gabriela, Xuxa Lopes, entre outros. O filme narra a vida do poeta Gregório de Mattos, na Bahia século XVII. Com sua obra, o poeta anuncia o perfil tenso e dividido do povo brasileiro e satiriza os poderosos da época, que passam a combatê-lo até transformar sua vida em um verdadeiro inferno.


Waly Salomão trabalhou no Ministério da Cultura, como Secretário Nacional do Livro e da Leitura, na gestão de Gilberto Gil, no início de seu mandato. Uma de suas propostas era a inclusão de um livro na cesta básica dos brasileiros.

Em março de 2003, Waly Salomão, já ocupando o cargo de Secretário Nacional do Livro e da Leitura, veio a público com o presidente da Fundação Biblioteca Nacional, Pedro Corrêa do Lago, para explicar-se sobre um suposto favorecimento do governo para pagar a tradução espanhola do livro "Algaravias", de sua autoria.

O livro foi incluído no Programa de Apoio à Tradução de Obras de Autores Brasileiros, que concedeu nove bolsas de R$ 15 mil a editores espanhóis para publicar na Espanha autores brasileiros. Segundo Pedro Corrêa do Lago, a aprovação do livro de Waly Salomão se deu na gestão de Eduardo Portela à frente da Biblioteca Nacional, quando Waly Salomão ainda não ocupava o cargo de secretário.

Em entrevista à Istoé Gente, na ocasião do lançamento de "Tarifa de Embarque", questionado sobre "quanto se paga para escrever um livro", Waly Salomão respondeu, com o tom profético de sempre: "O corpo vira cinza para que o fogo habite as páginas do livro!"

Morte

Waly Salomão morreu na segunda-feira, 05/05/2003, às 7:00 hs, na Clínica São Vicente, Rio de Janeiro, aos 59 anos. Waly Salomão estava internado desde o dia 23/04/2003, morreu em decorrência de um tumor no intestino, com metástase para o fígado. O velório, que aconteceria na capela 8 do Cemitério São João Batista, foi transferido para a Biblioteca Nacional, e ocorreu às 16:00 hs. O corpo de Waly Salomão foi cremado na terça-feira, 06/05/2003, às 9:00 hs, no Cemitério do Caju.

Fonte: Wikipédia e Terra

Cyll Farney


CILÊNIO DUTRA E SILVA
(77 anos)
Ator

* Rio de Janeiro, RJ (14/09/1925)
+ Rio de Janeiro, RJ (14/03/2003)

Cyll Farney, nome artístico de Cilênio Dutra e Silva, foi um ator brasileiro, nascido no Rio de Janeiro na Rua Júlio Otoni.

Estreou em "A Escrava Isaura" em 1949 e destacou-se nas chanchadas da Atlântida nos anos 40 e 50 e e em filmes como "Copacabana Palace" e "Chico Viola Não Morreu".

Cyll Farney trabalhou durante pouco tempo na TV e chegou a fazer algumas telenovelas. Nos últimos anos, dedicava-se a sua própria produtora de filmes. Sua última aparição na televisão foi na minissérie "Hilda Furacão", da TV Globo.

Cyll Farney era irmão do músico Dick Farney, morto em 04/08/1987.

Tinha estudado farmácia nos Estados Unidos e tocava bateria na banda do irmão. E foi de Dick Farney que Cyll Farney tirou seu nome artístico.

"Meu pai inventava estas coisas. Farney veio de Farnésio, o nome do Dick. Por causa dele, adotei também", disse ele numa entrevista em 1999.

Depois de deixar a carreira de ator, em 1972, continuou ligado às câmeras, trabalhando como produtor em 14 filmes. Cyll Farney continuou na ativa administrando seu estúdio, Tycoon, locado muitas vezes para a Rede Globo no período anterior à inauguração do Projac, e uma série de documentários biográficos enfocando nomes como Francisco Alves, Orlando Silva e outros grandes nomes da música brasileira, resgatando a memória de artistas de sua geração.


Morte

O mais famoso galã romântico do cinema brasileiro na década de 50, morreu na madrugada de 14/03/2003, aos 77 anos, no Hospital Adventista Silvestre. Ele estava internado desde quarta-feira (12/03/2003) no Centro de Tratamento Intensivo do hospital e sofreu uma Parada Cardiorrespiratória.

O corpo do ator Cyll Farney foi sepultado às 17:00 hs, no Cemitério do Caju, na zona norte do Rio de Janeiro, onde foi realizado o velório.

Filmografia

  • 1949 - A Escrava Isaura
  • 1950 - Um Beijo Roubado
  • 1950 - O Pecado de Nina
  • 1951 - Aí Vem o Barão
  • 1951 - Tocaia
  • 1952 - Amei Um Bicheiro
  • 1952 - Areias Ardentes
  • 1952 - Barnabé Tu És Meu
  • 1952 - Carnaval Atlântida
  • 1952 - Três Vagabundos
  • 1955 - Colégio De Brotos
  • 1955 - Chico Viola Não Morreu
  • 1955 - Nem Sansão Nem Dalila
  • 1955 - Paixão Nas Selvas
  • 1956 - Guerra Ao Samba
  • 1956 - Vamos Com Calma
  • 1957 - De Vento Em Popa
  • 1957 - Garotas e Samba
  • 1957 - Papai Fanfarrão
  • 1958 - É a Maior
  • 1958 - E o Espetáculo Continua
  • 1958 - O Jovem Drº Ricardo
  • 1959 - O Homem Do Sputnik
  • 1960 - Os Dois Ladrões
  • 1960 - Quanto Mais Samba Melhor
  • 1961 - Entre Mulheres e Espiões (Participação)
  • 1962 - Copacabana Palace
  • 1963 - Und Der Amazonas Schweigt
  • 1967 - A Espiã Que Entrou Em Fria
  • 1968 - Juventude e Ternura
  • 1968 - O Rei da Pilantragem
  • 1968 - Rio Dos Diamantes
  • 1969 - Impossível Acontece
  • 1969 - Believe It Or Not
  • 1969 - Incrível, Fantástico, Extraordinário
  • 1972 - A Infidelidade Ao Alcance De Todos
  • 1972 - Janaina - A Virgem Proibida
  • 1973 - Um Virgem Na Praça
  • 1974 - Assim Era a Atlântida
  • 1976 - O Pai Do Povo
  • 1976 - Tem Folga Na Direção
  • 1977 - Este Rio Muito Louco


Fonte: Wikipédia
Indicação: Reginaldo Monte

Joel

JOEL ANTÔNIO MARTINS
(71 anos)
Jogador de Futebol

* Rio de Janeiro, RJ (23/11/1931)
+ Rio de Janeiro, RJ (01/01/2003)

Joel Antônio Martins, mais conhecido apenas como Joel, foi um jogador de futebol brasileiro, ponta-direita revelado no Botafogo de Futebol e Regatas, RJ, em 1948. Em 1950 foi para o Clube de Regatas do Flamengo, pelo qual conquistou o tricampeonato Carioca de Futebol 1953-1954-1955.

Revelado pelo BotafogoJoel se transferiu para o Flamengo á época meio á um turbilhão. O time de General Severiano acusava o Flamengo de aliciar o jogador e ameaçou romper relações. Diante das ameaças, os rubro-negros resolveram depositar para o Botafogo quantia de Cr$ 100 mil.

Dentro de campo, o ponta-direita driblador, foi um dos destaques do Flamengo no decorrer da década de 50. Ao lado de Rubens, Índio, Zagallo e Evaristo, formou o famoso "Rolo Compressor", um dos maiores ataques da história do clube. Torcedor do Rubro-Negro desde pequeno, Joel sempre afirmou que jogar no Flamengo foi um sonho realizado.

Tricampeão do Campeonato Carioca, em 1953, 1954 e 1955, e campeão do Torneio Rio-São Paulo de 1961, Joel se destacava por seus cruzamentos em curva, sempre perfeitos, e de vez em quando, na direção do gol, surpreendendo não só os zagueiros como os goleiros. Foi com cruzamentos assim que o ponta deu passes para dois dos três gols do Flamengo na final do Campeonato Carioca de 1954, contra o América do Rio de Janeiro.

A bela história de Joel no Flamengo rentabilizou 404 jogos com 244 vitórias, 74 empates e 86 derrotas, além de 115 importantes gols pela equipe da Gávea.

As boas atuações de Joel, fizeram dele um dos jogadores convocados para a Seleção Brasileira de 1958, que disputou a Copa do Mundo da Suécia. O ex-atacante começou a Copa como titular, mas acabou perdendo a posição, de maneira inquestionável, para o gênio Garrincha, assim como seu colega de FlamengoDida, foi substituído por Pelé. Entretanto, formou o scratch Campeão Mundial pela primeira vez.


Clubes

  • 1948-1950 - Botafogo
  • 1951-1958 - Flamengo
  • 1958-1961 - Valencia (Espanha)
  • 1961-1963 - Flamengo
  • 1963-1964 - Vitória (Bahia)

Títulos

Botafogo
  • Campeonato Carioca: 1948

Flamengo
  • Torneio Inicio: 1951, 1952
  • Copa Elfsborg: 1951
  • Troféu Cidade de Arequipa: 1952
  • Torneio Internacional de Lima: 1952
  • Troféu Juan Domingo Perón: 1953
  • Torneio Quadrangulae de Curitiba: 1953
  • Campeonato Carioca: 1953, 1954, 1955, 1963
  • Torneio Triangular do Rio de Janeiro: 1954
  • Torneio Internacional do Rio de Janeiro: 1954
  • Torneio Internacional Gilberto Cardoso: 1955
  • Campeonato Carioca Aspirantes: 1955, 1956
  • X Taça dos Campeões Estaduais: 1956
  • Troféu Embaixador Oswaldo Aranha: 1956
  • Taça Brasilia: 1957
  • Torneio Internacional do Morumbi: 1957
  • Troféu Ponto Frio: 1957
  • Troféu Almana Idrotts Klubben: 1957
  • Torneio Qradrangular de Israel: 1958
  • Troféu Sporting Club de Portugal: 1958
  • Torneio Rio-São Paulo: 1961
  • Troféu Magalhães Pinto: 1961
  • Torneio Octogonal da Argentina: 1961
  • Torneio Internacional de Verão do Uruguai: 1961
  • Torneio Internacional da Tunisia: 1962

Seleção Brasileira
  • Copa do Mundo: 1958

Vitória
  •  Campeonato Baiano: 1964

Kléber Macedo

KLÉBER MACÊDO
(69 anos)
Atriz

* Rio de Janeiro, RJ (27/04/1934)
+ Rio de Janeiro, RJ (2003)

Kléber Macedo começou no teatro na década de 50 e fez sua estréia nas telas em 1955 na comédia "A Carrocinha". Só voltou ao cinema dez anos depois participando de "São Paulo S/A", de Luis Sérgio Person que era considerado um dos melhores filmes nacionais da década de 60, estrelado por Walmor Chagas e Eva Wilma.

Ida Gomes, Kléber Macedo e  Dirce Migliaccio (As  Irmãs Cajazeiras - O Bem-Amado)
O sucesso chegou ao viver a fofoqueira Eulália, fazendo dupla com a atriz Célia Biar na novela "Estúpido Cupido", na TV Globo, no ano de 1976. Outro sucesso foi no seriado "O Bem Amado", onde viveu uma das Irmãs Cajazeiras, ao lado de Ida Gomes e Dirce Migliaccio. Na verdade, o personagem da atriz substituía o de Dorinha Duval, que era a terceira irmã na novela de 1973, e que no seriado, em 1980, não pode participar porque estava envolvida no escândalo da morte do seu companheiro.

Kléber Macedo faleceu no Rio de Janeiro e a causa de sua morte não foi divulgada.

Televisão

  • 1990 - Brasileiras e Brasileiros ... Ester
  • 1985 - A Gata Comeu ... Televina
  • 1980 - O Bem-Amado ... Zuzinha Cajazeira
  • 1977 - Sem Lenço, Sem Documento ... Orozimba
  • 1976 - Estúpido Cupido ... Eulália

Cinema

  • 1970 - Sou Louca Por Você
  • 1970 - Simeão, o Boêmio
  • 1965 - São Paulo, Sociedade Anônima
  • 1955 - A Carrocinha


Rachel de Queiroz

RACHEL DE QUEIROZ
(92 anos)
Escritora, Romancista, Jornalista, Tradutora, Cronista e Dramaturga 

* Fortaleza, CE (17/11/1910)
+ Rio de Janeiro, RJ (04/11/2003)

Autora de destaque na ficção social nordestina. Foi primeira mulher a ingressar na Academia Brasileira de Letras. Em 1993, foi a primeira mulher galardoada com o Prêmio Camões, equivalente ao Nobel, na língua portuguesa. Ingressou na Academia Cearense de Letras no dia 15 de agosto de 1994 na ocasião do centenário da instituição.

Rachel de Queiroz era filha de Daniel de Queiroz Lima e Clotilde Franklin de Queiroz, descendente pelo lado materno da família de José de Alencar.

Em 1917, após uma grande seca, mudou-se com seus pais para o Rio de Janeiro e logo depois para Belém do Pará. Retornou para Fortaleza dois anos depois.


Em 1925 concluiu o curso normal no Colégio da Imaculada Conceição. Estreou na imprensa no jornal O Ceará, escrevendo crônicas e poemas de caráter modernista sob o pseudônimo de Rita de Queluz. No mesmo ano lançou em forma de folhetim o primeiro romance, "História de um Nome".

Aos vinte anos, ficou nacionalmente conhecida ao publicar O Quinze (1930), romance que mostra a luta do povo nordestino contra a seca e a miséria. Demonstrando preocupação com questões sociais e hábil na análise psicológica de seus personagens, destaca‐se no desenvolvimento do romance nordestino.

Começou a se interessar em política social em 1928-1929 ao ingressar no que restava do Bloco Operário Camponês em Fortaleza, formando o primeiro núcleo do Partido Comunista. Em 1933, começou a dissentir da direção e se aproximou de Lívio Xavier e de seu grupo em São Paulo, lá indo morar até 1934. Milita então com Aristides Lobo, Plínio Mello, Mário Pedrosa, Lívio Xavier, se filiando ao sindicato dos professores de ensino livre, controlado naquele tempo pelos trotskistas.

Estátua na Praça dos Leões (Fortaleza, CE)
Depois, viajou para o norte em 1934, lá permanecendo até 1939. Já escritora consagrada, mudou-se para o Rio de Janeiro. No mesmo ano foi agraciada com o Prêmio Felipe d'Oliveira pelo livro As Três Marias. Escreveu ainda "João Miguel" (1932), "Caminhos de Pedras" (1937) e "O Galo de Ouro" (1950).

Foi presa em 1937, em Fortaleza, acusada de ser comunista. Exemplares de seus romances foram queimados. Em 1964, apoiou a Ditadura Militar que se instalou no Brasil.

Lançou "Dôra Doralina" em 1975, e depois Memorial de Maria Moura (1992), saga de uma cangaceira nordestina adaptada para a televisão em 1994 numa minissérie apresentada pela Rede Globo. Exibida entre maio e junho de 1994 no Brasil, foi apresentada em Angola, Bolívia, Canadá, Guatemala, Indonésia, Nicarágua, Panamá, Peru, Porto Rico, Portugal, República Dominicana, Uruguai e Venezuela, sendo lançada em DVD em 2004.

Publicou um volume de memórias em 1998. Transformou a sua Fazenda Não Me Deixes, propriedade localizada em Quixadá, estado do Ceará, em reserva particular do patrimônio natural.

Morte

Morreu em 4 de novembro de 2003, vítima de problemas cardíacos, no seu apartamento no Rio de Janeiro, dias antes de completar 93 anos.

Academia Brasileira de Letras

Sua eleição, em 4 de novembro de 1977 para a cadeira 5 da Academia Brasileira de Letras, causou certo frisson nas feministas de então. Mas a reação da escritora ao movimento foi bastante sóbria. Numa entrevista, em meio ao grande furor que sua nomeação causou, declarou:

"Eu não entrei para a Academia por ser mulher. Entrei, porque, independentemente disso, tenho uma obra. Tenho amigos queridos aqui dentro. Quase todos os meus amigos são homens, eu não confio muito nas mulheres."

Um verdadeiro choque anafilático no movimento feminista.

Recebida por Adonias Filho, foi a quinta ocupante da cadeira 5, que tem como patrono Bernardo Guimarães.

Prêmios Outorgados

1930 - Prêmio Fundação Graça Aranha para "O Quinze".
1939 - Prêmio Sociedade Felipe d' Oliveira para "As Três Marias".
1954 - Prêmio Saci, de O Estado de São Paulo, para "Lampião".
1957 - Prêmio Machado de Assis, da Academia Brasileira de Letras, pelo conjunto de obra.
1959 - Prêmio Teatro, do Instituto Nacional do Livro, e Prêmio Roberto Gomes, da Secretaria de Educação do Rio de Janeiro, para "A Beata Maria do Egito".
1969 - Prêmio Jabuti de Literatura Infantil, da Câmara Brasileira do Livro, São Paulo, para "O Menino Mágico".
1980 - Prêmio Nacional de Literatura de Brasília para conjunto de obra.
1981 - Título de Doutor Honoris Causa pela Universidade Federal do Ceará.
1983 - Medalha Marechal Mascarenhas de Morais, em solenidade realizada no Clube Militar.
1985 - Medalha Rio Branco, do Itamarati.
1986 - Medalha do Mérito Militar no grau de Grande Comendador.
1989 - Medalha da Inconfidência do Governo de Minas Gerais.
1993 - Prêmio Camões, o maior da Língua Portuguesa, sendo a primeira mulher a recebê-lo.
1993 - Título de Doutor Honoris Causa pela Universidade Estadual do Ceará - UECE.
1995 - Título de Doutor Honoris Causa pela Universidade Estadual Vale do Acaraú, de Sobral.
1996 - Prêmio Moinho Santista de Literatura
2000 - Título Doutor Honoris Causa da Universidade Estadual do Rio de Janeiro.
2001 - Medalha Boticário Ferreira, da Câmara Municipal de Fortaleza.
2001- Troféu Cidade de Camocim em 20 de Julho de 2001 (Academia Camocinense de Letras e Prefeitura Municipal de Camocim)

Obras

Principais:
  • 1930 - O Quinze (Romance)
  • 1932 - João Miguel (Romance)
  • 1937 - Caminho de Pedras (Romance)
  • 1939 - As Três Marias (Romance)
  • 1948 - A Donzela e a Moura Torta (Crônicas)
  • 1950 - O Galo de Ouro  (Romance - Folhetins na revista O Cruzeiro)
  • 1953 - Lampião (Peça Teatral)
  • 1958 - A Beata Maria do Egito (Peça Teatral)
  • 1958 - Cem Crônicas Escolhidas
  • 1964 - O Brasileiro Perplexo (Crônicas)
  • 1967 - O Caçador de Tatu (Crônicas)
  • Um Alpendre, Uma Rede, Um Açude - 100 Crônicas Escolhidas
  • O Homem e o Tempo - 74 Crônicas Escolhidas
  • 1969 - O Menino Mágico (Infanto-Juvenil)
  • 1975 - Dôra, Doralina (Romance)
  • 1976 - As Menininhas e Outras Crônicas
  • 1980 - O Jogador de Sinuca e Mais Historinhas
  • 1986 - Cafute e Pena-de-Prata (Infanto-Juvenil)
  • 1992 - Memorial de Maria Moura (Romance)
  • 1995 - Teatro (Teatro)
  • 1997 - Nosso Ceará (Relato - com a irmã Maria Luiza de Queiroz Salek)
  • 1998 - Tantos Anos (Autobiografia - com a irmã Maria Luiza de Queiroz Salek)
  • 2000 - Não Me Deixes: Suas Histórias e Sua Cozinha (Memórias Gastronômicas - com Maria Luiza de Queiroz Salek)
Reunidas de Ficção:
  • 1948 - Três Romances
  • 1960 - Quatro Romances
  • 1973 - Seleta (Seleção de Paulo Rónai; notas e estudos de Renato Cordeiro Gomes)

No dia 4 de dezembro de 2003, um mês depois de sua morte, foi lançado na Academia Brasileira de Letras o livro Rachel de Queiroz, um perfil biográfico da escritora, fruto de uma longa pesquisa realizada pela jornalista Socorro Acioli, publicado pelas Edições Demócrito Rocha.

Sua biografia foi narrada no livro No Alpendre com Rachel, de autoria de José Luís Lira, lançado na Academia Brasileira de Letras em 10 de julho de 2003, poucos meses antes do falecimento da escritora.

Traduções

Romances:
  • 1940 - A Família Brodie (A. J. Cronin)
  • 1940 - Eu Soube Amar (Edith Wharton)
  • 1942 - Mansfield Park (Jane Austen)
  • 1942 - Destino da Carne (Samuel Butler)
  • 1942 - Náufragos (Erich Maria Remarque)
  • 1943 - Tempestade d’Alma (Phyllis Bottone)
  • 1943 - O Roteiro das Gaivotas (Daphne Du Maurier)
  • 1946 - A Crônica dos Forsyte (John Galsworthy)
  • 1944 - Helena Wilfuer (Vicki Baum)
  • 1944 - Humilhados e Ofendidos (Fiódor Dostoiévski)
  • 1944 - Fúria no Céu (James Hilton)
  • 1945 - A Intrusa (Henry Ballamann)
  • 1945 - Recordações da Casa dos Mortos (Fiódor Dostoiévski)
  • 1945 - Stella Dallas (Olive Prouty)
  • 1946 - A Promessa (Pearl Buck)
  • 1946 - Cranford (Elisabeth Gaskell)
  • 1947 - O Morro dos Ventos Uivantes (Emily Brontë)
  • 1947 - Anos de Ternura (A. J. Cronin)
  • 1947 - O Quarto Misterioso e Congresso de Bonecas (Mário Donal)
  • 1947 - Aventuras de Carlota (M. D’Agon de La Contrie)
  • 1947 - A Casa dos Cravos Brancos (Y. Loisel)
  • 1948 - Os Robinsons da Montanha (André Bruyère)
  • 1948 - A Mulher de Trinta Anos (Honoré de Balzac)
  • 1948 - Aventuras da Maleta Negra (A. J. Cronin)
  • 1948 - Os Dois Amores de Grey Manning (Forrest Rosaire)
  • 1948 - A Conquista da Torre Misteriosa (Germaine Verdat)
  • 1950 - A Afilhada do Imperador (Jean Rosmer)
  • 1950 - A Deusa da Tribo (Suzanne Sailly)
  • 1950 - A Predileta (Raphaelle Willems)
  • 1951 - Os Demônios (Fiódor Dostoiévski)
  • 1952 - Os Irmãos Karamazov (Fiódor Dostoiévski)
  • 1963 - Os Carolinos: Crônica de Carlos XII (Verner Von Heidenstam)
  • 1966 - O Deserto do Amor (François Mauriac)
  • 1970 - Idade da fé (Anne Fremantle)
  • 1971 - A Mulher Diabólica (Agatha Christie)
  • 1972 - O Romance da Múmia (Théophile Gautier)
  • 1972 - O Lobo do Mar (Jack London)
  • 1972 - Miguel Strogoff (Júlio Verne)
Biografias e Memórias:
  • 1935 - Eduardo VI e o Seu Tempo (André Maurois)
  • 1943 - A Exilada: Retrato de Uma Mãe Americana (Pearl Buck)
  • 1965 - Minha Vida - caps. 1 a 7 (Charles Chaplin)
  • 1947 - Memórias de Alexandre Dumas, Pai (Alexandre Dumas)
  • 1946 - Vida de Santa Teresa de Jesus (Santa Teresa de Jesus)
  • 1947 - Mulher Imortal (Irwin Stone)
  • 1944 - Memórias (Leon Tolstói)
  • 1952 - Os Deuses Riem (A. J. Cronin)

Fonte: Wikipédia

Marcus Vinicius

MARCUS VINICIUS
(57 anos)
Ator

* Rio de Janeiro, RJ (1946)
+ Rio de Janeiro, RJ (2003)

Marcus Vinicius iniciou a carreira no teatro, em 1973, na peça Orfeu Negro, ao lado de Zózimo Bulbul e Zezé Motta. Apareceu com destaque nas peças Odisséia de Cristo e A Ilha, essa encenada em 1988.

No cinema, Marcus Vinicius esteve em mais de vinte filmes, dentre os quais destacam-se Barra Pesada, O Cortiço, Xica da Silva, Chico Rei e Gabriela, Cravo e Canela. Protagonizou o longa metragem J.S Brown, O Último Herói, de 1978.

Na televisão era um dos atores preferidos de Herval Rossano e estreou em 1978 na novela O Direito de Nascer. Depois, Marcus Vinicius atuou em Lampião e Maria Bonita, Um Sonho a Mais, Dona Beija, Helena, Pacto de Sangue e Direito de Amar, dentre outros trabalhos.

Participou também do programa humorístico Os Trapalhões e sua última participação em novela foi em Lua Cheia de Amor.

Trabalhos
  • 1998 - Fica Comigo
  • 1990 - Lua Cheia de Amor (Novela)
  • 1989 - Capitães da Areia (Minisserie)
  • 1989 - Pacto de Sangue (Novela)
  • 1988 - Olho Por Olho (Novela)
  • 1987 - Helena (Novela)
  • 1986 - Dona Beija (Novela)
  • 1986 - Cambalacho (Novela)
  • 1986 - Ópera do Malandro 
  • 1985 - Quer Tapioca com Manteiga, Freguesa? (Curta Metragem) 
  • 1985 - Avaeté - Semente da Vingança
  • 1985 - Um Sonho a Mais (Novela)
  • 1985 - Pedro Mico
  • 1985 - Chico Rei
  • 1984 - Bete Balanço
  • 1984 - Memórias do Cárcere 
  • 1984 - Amor Maldito
  • 1984 - Agüenta, Coração
  • 1984 - Nunca Fomos Tão Felizes
  • 1983 - Champagne (Novela)
  • 1983 - Gabriela, Cravo e Canela
  • 1983 - Um Sedutor Fora de Série
  • 1983 - O Mágico e o Delegado
  • 1982 - Índia, a Filha do Sol
  • 1982 - Lampião e Maria Bonita (Minisserie)
  • 1982 - Pra Frente, Brasil
  • 1982 - Retrato Falado de Uma Mulher Sem Pudor 
  • 1982 - Rio Babilônia
  • 1981 - Eu Te Amo
  • 1981 - P.S.: Post Scriptum
  • 1980 - Parceiros da Aventura
  • 1980 - Bye Bye Brasil
  • 1980 - J.S. Brown, o Último Herói
  • 1979 - Feijão Maravilha (Novela)
  • 1979 - Massacre em Caxias 
  • 1979 - O Coronel e o Lobisomem
  • 1979 - Eu Matei Lúcio Flávio
  • 1978 - O Direito de Nascer (Novela)
  • 1978 - O Cortiço
  • 1978 - Batalha dos Guararapes
  • 1977 - Barra Pesada
  • 1976 - Xica da Silva
  • 1975 - Lucíola, o Anjo Pecador 
  • 1974 - As Cangaceiras Eróticas
Fonte: Wikipédia

Gontijo Teodoro

GONTIJO SOARES TEODORO
(79 anos)
Radialista, Locutor e Apresentador de TV

* Araxá, MG (20/03/1924)
+ Rio de Janeiro, RJ (05/09/2003)

É conhecido por ter apresentado a versão carioca do Repórter Esso na TV Tupi.

Luiz, seu pai, é descendente de espanhóis. Gontijo nasceu em Araxá, Minas Gerais, em 20 de março de 1924. O pai era caixeiro viajante e a mãe, de família tradicional mineira, passou uma fase de dificuldades financeiras, ajudando a sustentar a família pedalando sua máquina de costura. O garoto Gontijo gostava de brincar de locutor numa latinha de massa de tomate.

Já no Rio de Janeiro, para onde a família havia se mudado, Gontijo imitava os grandes locutores da época: César Ladeira, Urbano Lóes e outros.

Tendo se mudado para Petrópolis, a primeira vez que Gontijo participou de um programa de calouros, cantou, e foi "gongado". Foi para Belo Horizonte, depois para a cidade de Formiga.

Conheceu o Capitão Furtado, grande nome da Rádio Bandeirantes de São Paulo, e que estava em turnê artística pelo interior. Gontijo acabou indo para aquela emissora paulista e aí começou realmente sua trajetória.

A seguir foi para a Rádio Nacional do Rio de Janeiro, sempre como locutor.

O rádio tinha grande importância na época e Gontijo Teodoro foi crescendo e logo passou a apresentador de programas. Cabia a ele anunciar os grandes cantores, as orquestras de até 200 figuras, coisa que nunca mais voltou a existir. Foi nessa época que a televisão foi inaugurada no Rio de Janeiro, um ano após São Paulo.

Gontijo pensou que não iriam chamá-lo para a televisão, mas aconteceu o oposto. Começou a apresentar Retratos da Semana, na TV Tupi Rio. Já era jornalista registrado, quando foi escolhido para ser o Repórter Esso, programa que já existia em rádio e que ia ser inaugurado na televisão.

Gontijo ficou à frente do Repórter Esso por 18 anos, 9 meses e 10 dias. Aquele era o verdadeiro Diário Oficial de toda população brasileira. Com sua voz possante e dicção perfeita, Gontijo Teodoro, às 20:00 hs. em ponto, dava o seu "Boa Noite" e passava a informar só notícias confirmadas. Sua credibilidade era tanta, que houve um tempo em que se dizia: "Se o Repórter Esso não deu, não aconteceu". Nunca foi necessário desfazer uma notícia. Não era um programa opinativo, era um jornal inteiramente informativo.

Quando o Repórter Esso acabou e Gontijo Teodoro teve dificuldade em ser aceito para outra emissora. Sua voz havia marcado demais. E aí ele começou a diversificar suas atividades. Publicou dois livros: Você Entende de Notícias e Jornalismo na TV. Por vários anos foi também editor do Jornal Messiânico, em São Paulo, mas de circulação nacional. Teve um programa no formato talk-show na Rádio Guanabara do Rio de Janeiro, com entrevistas, comentários e muitas coisas.

A sua frase escolhida era uma frase de Adolpho Bloch, dono da TV Manchete, que dizia: "O importante não é ser, nem ter, nem parecer, mas fazer".

Faleceu dia 5 de setembro de 2003 vítima de Infarto em sua casa em Copacabana no Rio de Janeiro.

Fonte: Wikipédia

Maestro Záccaro

AUGUSTINHO ZÁCCARO
(55 anos)
Maestro, Arranjador, Produtor de Espetáculos e Apresentador de TV

* São Paulo, SP (01/01/1948)
+ São Paulo, SP (02/02/2003)

Maestro, arranjador e produtor de espetáculos, conhecido pelo grande público após apresentar durante mais de uma década os programas "Záccaro" e "Italianíssimo", na TV Bandeirantes, TV Record e Central Nacional de Televisão (CNT).

Neto de italiano, Záccaro começou cedo na música. Aos 4 anos tocava acordeão. A professora ia dar aula a seu irmão e ele observava, arriscando-se sozinho no instrumento. Com 7 anos, iniciou suas aulas de piano, e aos 13, formou-se professor. No início da década de 80, o maestro inaugurou no bairro do Bixiga o Teatro Záccaro. Dividido entre a carreira de concertista e de músico, formou banda e trabalhou animando bailes.

Záccaro comandou o programa "Italianíssimo" durante 25 anos na TV Gazeta, onde estreou em 1978. Na TV Bandeirantes a partir de 1981, onde ficou 13 anos no ar durante as tardes de sábado. E na CNT, gravado no teatro que leva seu nome.

Ultimamente, era exibido no Canal 21, aos domingos, às 14:30 hs. Música, culinária e turismo, tudo sobre a Itália, e merchandising faziam parte da atração. O maestro e seu conjunto animaram bailes e festas com temática italiana em São Paulo e no Grande ABC, São Caetano do Sul principalmente.

Paulistano nascido na Avenida Paulista e neto de italianos, formou-se em piano e acordeom aos 14 anos, quando montou o primeiro conjunto. A partir dos salões de baile, já diplomado em curso superior de Música e em Direito, Záccaro foi animador musical de navio em rotas pelo Norte e Nordeste do Brasil, onde chegou a diretor artístico.

Em entrevistas, deu opiniões contundentes sobre os seguintes assuntos:

Homossexualismo: "Deveria ser segregado mesmo para todos saberem que, se tomarem tal atitude dúbia, estarão estragando a sociedade", quando o então prefeito de São Paulo Jânio Quadros, expulsou homossexuais da Escola Municipal de Balé.

Política: "O Brasil precisa de um homem que ame sua terra e arrume um cinturão de bons generais para limpar à força esse país".

Povo Brasileiro: "É um povo salafrário e corrupto, que quando chega ao poder quer usufruir mais ainda às expensas do governo".

Augustinho Záccaro faleceu aos 56 anos, no dia 02/02/2003, às 23:00 hs no Hospital do Rim e Hipertensão, São Paulo.

A causa da morte foi devido a complicações pós-operatórias. Ele estava internado em coma induzido depois da sétima cirurgia desde que transplantou um rim.

Cícero Dias

CÍCERO DIAS
(94 anos)
Pintor

* Escada, PE (05/03/1908)
+ Paris, França (28/01/2003)

Foi um pintor do Modernismo Brasileiro.

Sétimo entre os onze filhos do casal Pedro dos Santos Dias e Maria Gentil de Barros Dias, Cícero passou a infância num engenho da Zona da Mata Pernambucana. Em 1920, com treze anos, foi para o Rio de Janeiro. Entre os anos de 1925 a 1927, Cícero conheceu os modernistas e estudou pintura.

Em 1927, realizou sua primeira exposição individual, no Rio de Janeiro e, em 1928, abandonou a Escola de Belas Artes, passando a dedicar-se exclusivamente à pintura.

Em 1937, executou o cenário do balé de Serge Lifar e Villa-Lobos, expôs em coletiva de modernos em Nova York e viajou a Paris, onde se fixou definitivamente.

Em Paris, tornou-se amigo de Pablo Picasso, do poeta Paul Eluard, e entrou em contato com o surrealismo. Durante a ocupação da França foi feito prisioneiro dos alemães.

Em 1943, participou do Salão de Arte Moderna de Lisboa, onde obteve premiação e, em 1945, voltou a Paris e ligou-se ao grupo dos abstratos. Nesse mesmo ano, expõe em Londres, na Unesco, em Paris e em Amsterdam.

O ano de 1948 marcou uma atividade mais intensa no Brasil, com Cícero interessando-se sobretudo por murais. Em 1949, compareceu à Exposição de Arte Mural, em Avignon, na França.

Em 1950 participou da Bienal de Veneza. Em 1965, a Bienal de Veneza realizou uma exposição retrospectiva de quarenta anos de pintura de Cícero Dias. Em 1970, realizou individuais no Recife, Rio de Janeiro e São Paulo. Em 1981, o Museu de Arte Moderna realizou uma retrospectiva de sua obra.

No início dos anos 1960, o artista pintou diversas telas com retratos de mulheres. Em 2000, inaugurou uma praça projetada por ele mesmo, em Recife. Em fevereiro de 2002, Cícero Dias esteve novamente na capital pernambucana para o lançamento de um livro sobre sua trajetória artística e fez uma exposição na galeria Portal, em São Paulo.

Morreu em 28 de janeiro de 2003, em sua residência na Rue Long Champ, Paris. O Pintor morreu rodeado por sua esposa Raymonde, sua filha Sylvia e seus dois netos. Encontra-se sepultado no Cemitério do Montparnasse, centro de Paris.

Fonte: Wikipédia

Carlos Kurt

JOSÉ CARLOS KUNSTAT
(70 anos)
Ator e Humorista

* Rio de Janeiro, RJ (10/02/1933)
+ Rio de Janeiro, RJ (04/03/2003)

Ficou conhecido por sua participação nos programas e filmes dos Os Trapalhões.

Ele atuava normalmente como o vilão louro mal-humorado de olhos esbugalhados que se opunha ao quarteto de protagonistas.

Em 1979 ele fez uma pequena e rápida participação no filme 007 Contra o Foguete da Morte estrelado por Roger Moore no papel do agente James Bond.

Em 1983 ele também atuou na novela Champagne da Rede Globo.

Sem poder trabalhar, por causa de doença, ele vivia desde 1996 com a mulher e a filha no Condomínio Residencial Retiro dos Artistas, na zona Oeste do Rio de Janeiro.

Carlos Kurt faleceu em 2003. Ele sofria do Mal de Alzheimer.

Fonte: Wikipédia

Marisa Raja Gabaglia

MARISA RAJA GABAGLIA
(61 anos)
Jornalista e Escritora

* (1942)
+ São Paulo, SP (13/01/2003)

Marisa Raja Gabaglia foi uma jornalista e escritora brasileira. Era tida como pessoa de opinião forte, e também forte e polêmica era sua presença nos programas de auditório do qual participou, inclusive no de Flávio Cavalcanti. Participou dos jornais Última Hora e Diário de São Paulo, e trabalhou como repórter pela Rede Globo por 18 anos.

Marisa começou na televisão como jurada do programa de Flávio Cavalcanti, na extinta TV Tupi. Só depois que a empresa de comunicação faliu é que a jornalista foi para a TV Globo, onde trabalhou por dezoito anos.

Foi autora de vários livros, entre eles, "Milho Para a Galinha Mariquinha""Grilos e Amâncio Pinto" e "Casos de Amor".

Teve uma atuação na telenovela "Pigmalião 70" (1970) junto com Tônia Carrero e Betty Faria.


No início da década de 80 iniciou um relacionamento com o cirurgião plástico Hosmany Ramos, assistente de Ivo Pitanguy na época, que, envolvido em diversos crimes, foi preso.

Um dia, Marisa apaixonou-se por Hosmany Ramos e desse romance, além da peregrinação pelas vizinhanças dos presídios que guardava o amado, ficou o livro "Amor Bandido" de 1982, contando sua versão da história. "Não me apaixonei por um bandido", dizia.

Além desse, ela publicou outros sete livros. Esse foi o primeiro de uma série de oito obras de sua autoria. O romance conta a sua versão da convivência que teve com o cirurgião plástico Hosmany Ramos, preso, seis meses depois de conhecê-la, por tráfico de drogas, assassinato, roubo e contrabando.

Logo após a explosão do caso HosmanyMarisa foi demitida da televisão. Mas seu choque maior foi em relação às amigas, que se afastaram.


"Nunca pensei que Hosmany fosse tão temível pelo povo. E eu, imagine, tachada de mulher do bandido. Nunca tinha visto de perto o orgasmo da maldade!"

Marisa Raja Gabaglia sempre foi uma mulher à frente de seu tempo. Profissionalmente, introduziu no jornalismo brasileiro a entrevista em primeira pessoa, quando esteve no jornal O Globo. Depois do envolvimento com o cirurgião plástico, Marisa foi gradativamente abandonando e se desencantando com o jornalismo.

Ela tinha duas filhas e morreu vítima de leucemia, aos 61 anos, em 13/01/2003.

Hosmany Ramos foi preso sob a acusação de matar dois cúmplices, roubar aviões e contrabandear carros importados. Ele está condenado a 53 anos de prisão e, em 2003, mandou um exemplar do seu livro mais recente, "Sequestro Sangrento", lançado pela Geração Editorial, ao então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com um pedido de comutação da pena.

Fonte: Wikipédia e Memorial da Fama

Julinho Botelho

JÚLIO BOTELHO
(73 anos)
Jogador de Futebol

* São Paulo, SP (29/07/1929)
+ São Paulo, SP (10/01/2003)

Foi um jogador de futebol, um dos maiores pontas direita da história do futebol brasileiro. É um dos maiores ídolos da Portuguesa, Palmeiras e Fiorentina. Sua primeira e única aparição em Copa do Mundo foi em 1954, sendo considerado pela imprensa mundial daquela época um dos melhores jogadores da Copa.

O Ínício de Carreira

Após ser dispensado da categoria de base do Corinthians, onde não se adaptou à posição de ponta-direita, Julinho, com 19 anos, chegou ao clube Atlético Juventus. No entanto sua passagem pelo clube da Mooca foi curta. Sendo promovido para a equipe profissional em 1950, depois de apenas seis meses foi contratado pela Portuguesa por Cr$ 50 mil.

Portuguesa

O recém chegado, logo se tornou titular, estreando contra o Flamengo, no Maracanã, no dia 18 de fevereiro de 1951, jogo que a Portuguesa perdeu por 5 a 2. Seis dias depois, em seu segundo jogo, marcou os seus 2 primeiros gols pela Portuguesa, na vitória de 4 a 2 sobre o América Futebol Clube, no Pacaembu.

Fez 191 partidas pela Portuguesa e marcou 101 gols. Chegango a marcar 4 gols em um mesmo jogo na vitória da Portuguesa sobre o Corinthians por 7 a 3, em 25 de novembro de 1951, no Pacaembu.

Suas atuações lhe renderam a convocação para a Copa do Mundo de 1954. Em julho de 1955, após conquistar seu segundo Torneio Rio-São Paulo, pela Portuguesa, foi vendido para a Fiorentina, da Itália, por US$ 5.500.

Fiorentina

Contratação mais cara da Fiorentina no ano de 1955, Julinho foi destaque na conquista do título italiano da temporada de 1955/1956, na primeira vez em que a equipe de Florença conquistou este título. A Fiorentina foi ainda, com Julinho, vice campeã italiana, nas duas temporadas seguintes.

Certa vez, quando andava de trem na Itália, precisou passar a viagem inteira escondido no banheiro para evitar o assédio dos fãs. Mas, em 1958, já mostrava seu desejo, de retornar à São Paulo. A Fiorentina fez uma proposta irrecusável e ele ficou. Ficou por mais um ano, mas pela vontade de voltar lhe deram o apelido de Senhor Tristeza.

Palmeiras

Voltou ao Brasil em 1959, quando passou a defender o Palmeiras. Fez parte do time que ficou conhecido como Primeira Academia, logo se tornou um dos maiores ídolos do Palmeiras.

Conquistou o Super-Campeonato Paulista contra o Santos Futebol Clube de Pelé. Foi fundamental logo neste seu primeiro título no Palmeiras.

Ganhou ainda, com o Palmeiras, a primeira, Taça Brasil da história do clube. Fez parte do elenco que disputou o jogo histórico em que o Palmeiras vestiu a camisa da Seleção Brasileira e goleou a Seleção Uruguaia por 3 x 0 na inauguração do Mineirão.

Na sua despedida contra o Náutico, saiu aos 32 minutos do primeiro tempo e deu lugar ao peruano Gallardo. Na primeira bola que o peruano errou o estádio inteiro puxou em coro: "Volta Julinho!"

Seleção Brasileira

Defendendo a Seleção Brasileira, realizou um total de 31 partidas, marcando 13 gols. Conquistou o Campeonato Pan-Americano de Futebol de 1952, o vice-campeonato sul-americano em 1953 , disputou a Copa do Mundo de 1954, sendo eleito melhor jogador do torneio, e venceu a Copa Roca de 1960.

Declinou a convocação para Seleção Brasileira de Futebol que disputaria a Copa do Mundo de 1958, alegando como motivo, o fato de que, como não atuava no futebol brasileiro, não seria justo para com os jogadores que atuavam no Brasil, que ele representasse o país em um campeonato mundial.

O dia 13 de maio de 1959 foi marcante para a vida de Júlio Botelho. Naquela ocasião, a Seleção Brasileira enfrentaria no estádio do Maracanã, a Seleção Inglesa em uma partida amistosa.

Quando Júlio Botelho entrou em campo, a expectativa de mais de 100 mil torcedores no Maracanã era de que ele fracassasse, mesmo vestindo na ocasião a camisa sete do Brasil. Era treze de maio de 1959 e o Brasil, recém campeão mundial, recebia em casa a Seleção da Inglaterra para uma partida amistosa. Ponta-direito de qualidade inquestionável, naquela partida o jogador sofria pressão da torcida carioca porque quem amargava o banco de reservas de sua posição era ninguém menos que o botafoguense Mané Garrincha. Ao entrar no gramado e ser anunciado pelo locutor como o titular, Julinho recebeu vaias de toda torcida presente no estádio (protesto que estava sendo preparado há uma semana). Mas, não fosse por ele ter tropeçado no último degrau das escadarias quando subiu ao campo, ninguém diria que realmente as ouviu. Quem impediu que ele caísse foi o goleiro da Inglaterra, que o segurou. Mas o que lhe deu forças de verdade foi o conselho ao pé do ouvido dado pelo companheiro Nilton Santos: "Vai lá e faz eles engolirem essa vaia!". Julinho obedeceu e em cinco minutos de jogo fez jogada na ponta direita e marcou o primeiro. Dez minutos depois deu passe pra Henrique fazer o segundo. Final: Brasil 2 a 0. Saiu aplaudido pela mesma torcida que não o queria em campo e, na manhã seguinte, os jornais ingleses anunciavam: "O Brasil agora tem dois Garrinchas".

Títulos

- Torneio Rio-São Paulo: Portuguesa (1952 e 1955) e Palmeiras (1965)
- Campeonato Italiano: Fiorentina (1955)
- Taça Brasil de Futebol: Palmeiras (1960)
- Campeonato Paulista: Palmeiras (1959, 1963 e 1966)
- Copa Roca: Seleção Brasileira(1960)
- Campeonato Pan-americano: Seleção Brasileira (1956)

Vice-Campeonatos

- Campeonato Italiano: Fiorentina (1956 e 1957)

Morte

Faleceu aos 73 anos de idade vítima de problemas cardíacos. Estava morando no bairro da Penha, na zona leste de São Paulo. Aliás, jamais deixou a Penha: nasceu, morreu e foi sepultado na Penha que tanto amava. Tanto que a saudade da Penha foi um dos motivos a determinar sua volta ao futebol do Brasil, para desespero dos torcedores da Fiorentina que simplesmente o idolatravam e continuam a reverenciá-lo.