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Sérgio Vieira de Mello

SÉRGIO VIEIRA DE MELLO
(55 anos)
Diplomata

* Rio de Janeiro, RJ (15/03/1948)
+ Bagdá, Iraque (19/08/2003)

Foi um diplomata brasileiro, funcionário da Organização das Nações Unidas por 34 anos e Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos desde 2002.

Biografia

Filho do embaixador Arnaldo Vieira de Mello, posteriormente aposentado compulsoriamente pelo Regime Militar em 1969, e de Gilda dos Santos.

Sérgio Vieira de Mello acompanhou o seu pai em várias missões pelo mundo. Depois de cursar o colegial no Colégio Franco-Brasileiro do Rio de Janeiro, estudou na Universidade de Paris-Sorbonne onde obteve a sua licenciatura e o mestrado para o ensino em Filosofia, em 1969 e 1970, respectivamente. Durante os quatro anos que se seguiram, Vieira de Mello, prosseguiu os seus estudos de Filosofia na Universidade de Paris (Panthéon-Sorbonne), ao fim dos quais obteve um Doutoramento do Terceiro Ciclo e, em 1985 o Doutorado de Estado em Letras e Ciências Humanas, sustentando a tese Civitas Maxima.

Era funcionário da ONU desde 1969 - mesmo ano em que seu pai deixara a diplomacia. Passou a maior parte de sua vida trabalhando no Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (UNHCR), servindo em missões humanitárias e de manutenção da paz: em Bangladesh, durante sua independência em 1971. No Sudão e em Chipre, após a invasão turca de 1974. Por três anos foi responsável pelas operações do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados em Moçambique, durante a guerra civil que se seguiu à independência do país, em 1975, e depois, no Peru.

Em 1981 foi nomeado Conselheiro Político Sênior das forças da ONU no Líbano. Em 1982, ao lado das Forças de Paz, a invasão do país por Israel, em desacordo com resoluções da ONU, foi uma amarga decepção.

Depois disso, desempenhou diversas funções importantes, no Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, de 1983 a 1991. Foi chefe do Departamento Regional Para Ásia e Oceania e diretor da Divisão de Relações Externas.

Entre 1991 e 1996, foi enviado especial do Alto Comissário ao Camboja, como diretor do repatriamento da Autoridade da ONU de Transição no Camboja (U.N. Transitional Authority in Cambodia, UNTAC), tendo sido o primeiro e único representante da ONU a manter conversações com o Khmer Vermelho.

Foi diretor da United Nations Protection Force (UNPROFOR), a primeira Força de Paz na Croácia e na Bósnia e Herzegovina, durante as Guerras da Iugoslávia. Foi também coordenador humanitário da ONU na região dos Grandes Lagos Africanos.

Em 1996 foi nomeado assistente do Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, antes de ser enviado para Nova York, em janeiro de 1998, como Secretário-Geral-Adjunto Para Assuntos Humanitários das Nações Unidas.

Para muitos, o diplomata brasileiro era a personificação do que a ONU poderia e deveria ser: com uma disposição fora do comum para ir ao campo de ação, corajoso, carismático, flexível, pragmático e muito eficiente na negociação com governos corruptos e ditadores sanguinários, em busca da paz.

O Secretário-Geral da ONU, Kofi Annan, afirmava que Vieira de Mello era "a pessoa certa para resolver qualquer problema".

Foi o primeiro brasileiro a atingir o alto escalão da ONU. Como negociador atuou em alguns dos principais conflitos mundiais - Bangladesh, Camboja, Líbano, Bósnia e Herzegovina, Kosovo, Ruanda e Timor-Leste, entre 1999 e 2002, quando se mostraria inflexível nas denúncias dos crimes indonésiose. E por fim, no Iraque, onde foi morto durante o ataque suicida ao Hotel Canal, com a explosão provocada por um caminhão-bomba. O Hotel Canal era usado como sede da ONU em Bagdá há mais de uma década.

Além dos 22 mortos, cerca de 150 pessoas ficaram feridas no ataque - o mais violento realizado contra uma missão civil da ONU até então. Atribuído pelos Estados Unidos à rede Al Qaeda, o ataque provocou a retirada dos funcionários estrangeiros da organização do território iraquiano.

Segundo o ministro de Relações Exteriores do Brasil, Celso Amorim, momentos depois da explosão, Vieira de Mello telefonou para a ONU de seu celular, falando sobre a situação. Ele permaneceu preso sob os escombros durante mais de três horas. Entretanto, segundo Samantha Power, que entrevistou mais de 400 pessoas (diversas das quais presentes no local da explosão) para escrever o livro O Homem Que Queria Salvar o Mundo, Vieira de Mello comunicou-se apenas com a equipe de resgate e com Carolina Larriera, sua companheira, através de um buraco nos escombros. Ainda segundo Samantha Power, os contatos telefônicos com a sede da ONU em Nova York partiram de Ramiro Lopes da Silva, vice de Vieira de Mello e funcionário responsável pela segurança. O chefe da administração civil dos Estados Unidos no Iraque, Paul Bremer, disse que possivelmente Vieira de Mello teria sido o alvo do atentado. "Tudo aconteceu debaixo da janela de Sérgio Vieira de Mello. Eu acho que ele era o alvo", disse Lone à rede BBC.

Vieira de Mello era considerado por muitos como o virtual sucessor de Kofi Annan na Secretaria-Geral das Nações Unidas. Apesar de frequentemente confrontar-se com a impotência da ONU diante de tragédias humanas, sua biografia prova que ainda existe algo a ser defendido na organização.

Desempenhou temporariamente as funções de representante especial do Secretário Geral Kofi Annan no Kosovo, onde foi substituído por Bernard Kouchner. De novembro de 1999 a maio de 2002, exerceu o cargo de administrador de transição da ONU em Timor-Leste. Em 12 de setembro de 2002, foi nomeado Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos.

Em maio de 2003 fora indicado pelo Secretário Geral das Nações Unidas, Kofi Annan, como seu representante especial, durante quatro meses no Iraque.

Sérgio Vieira de Mello foi enterrado no Cemitério de Plainpalais (Cimetière des Rois), em Genebra. Alguns meses após o atentado, a ONU realizou uma homenagem póstuma, entregando o Prêmio de Direitos Humanos das Nações Unidas àquele que foi um dos mais importantes diplomatas do Brasil e da entidade.

Com sua esposa francesa, Annie, de quem estava separado, Vieira de Mello teve dois filhos: Laurent (1978) e e Adrien (1980), ambos atuando na área científica.

Legado

Vieira de Mello obteve êxito e visibilidade no cenário internacional por sua atividade profissional. Até a sua trágica morte, esteve dedicado a apoiar a reconstrução de comunidades afetadas por guerras e violências extremas. O caráter humanista da formação de Mello, associado ao seu talento para a negociação e a defesa da democracia, mesmo em situações adversas, foram fatores-chave do sucesso de muitas de suas iniciativas. Seu exemplar desempenho em defesa dos direitos e dos valores humanos inspira a perpetuação de sua memória e o permanente debate do seu pensamento.

Em Memória

Com Sérgio Vieira de Mello, chefe da missão das Nações Unidas, morreram no mesmo atentado:

  • Nadia Younes, egípcia, chefe da equipe de Vieira de Mello. 
  • Renam Al-Farra, jordaniano, trabalhava para o gabinete de coordenação humanitária das Nações Unidas.
  • Ranillo Buenaventura, filipino, trabalhava para o gabinete de coordenação humanitária das Nações Unidas.
  • Arthur Helton, advogado de imigração, estadunidense, e integrante da organização não-governamental Council On Foreign Relations, sediada em Nova York, que visitava Vieira de Mello no momento da explosão.
  • Rick Hooper, estadunidense, trabalhava no Departamento de Assuntos Políticos. Atuou pelas Nações Unidas em Gaza.
  • Jean-Sélim Kanaan, de nacionalidade francesa, italiana e egípcia, funcionário do gabinete de Vieira de Mello.
  • Chris Klein-Beckman, canadense, trabalhava como coordenador do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF).
  • Alya Souza, iraquiana, trabalhava para o Banco Mundial.
  • Martha Teas, estadunidense, gerente de projeto para o centro de informação humanitária do Iraque.
  • Fiona Watson, britânica, funcionária do gabinete de Vieira de Mello, no programa de petróleo por alimento.
  • Omar Kahtan Mohamed al-Orfali, iraquiano que trabalhava como motorista para uma organização não governamental que não foi identificada.
  • Raid Shaker Mustafa al Mahdawi, eletricista iraquiano, que trabalhava para a unidade de inspeção de armas, UNMOVIC.
  • Leen Assad al Qadi, funcionário iraquiano do gabinete de coordenação humanitária.
  • Alyawi Bassem, iraquiano, também conhecido como Mahmoud u Taiwi Basim.
  • Gillian Clark, de Toronto, canadense, ajudante do projeto Fundo das Crianças Cristãs.
  • Reza Hosseini, de Mashhad, norte do Irã. Iraniano, funcionário do gabinete da ONU de Coordenação Humanitária no Iraque.
  • Manuel Martin Ora, capitão naval espanhol, que atuava como ligação das forças ocupantes com a ONU.
  • Khidir Saleem Sahir, iraquiano, identificado apenas como funcionário da ONU.
  • Emaad Ahmed Salman, funcionário iraquiano, do gabinete de Vieira de Mello.
  • Ihsan Taha Husein, funcionário iraquiano, do gabinete da ONU.

Dia Mundial Humanitário

Em sessão plenária de 11 de dezembro de 2008, a Assembléia Geral das Nações Unidas resolveu designar o 19 de agosto, dia do ataque à sede da ONU em Bagdá, como Dia Mundial Humanitário, em memória de todos os trabalhadores que perderam suas vidas na promoção da causa humanitária.

Fundação Sérgio Vieira de Mello

Dédicada à promoção do diálogo visando a resolução pacífica de conflitos, a Fundação Sergio Vieira de Mello tem como objetivo prosseguir a missão de Sérgio através de:

  • Atribuição anual do Prêmio Sergio Vieira de Mello a pessoas, instituições ou comunidades que, por seu trabalho excepcional, propiciam a reconciliação do povos divididos por conflitos.
  • Realização da Conferência Anual em Memória de Sergio, em parceria com o Institut des Hautes Etudes Internationales et du Développement (HEID), por volta do dia 15 de março, data do aniversário de Sérgio.
  • Bolsa Sérgio Vieira de Mello atribuída a jovens cujas famílias foram vítimas de crise humanitária decorrente de conflito armado.
  • Apoio a iniciativas e esforços em favor da reconciliação e da coexistência pacífica entre pessoas ou comunidades em conflito.
  • Um manifesto em favor dos trabalhadores humanitários, qualquer que seja seu empregador ou local de atuação.

Fonte: Wikipédia

Elvira Pagã

ELVIRA OLIVIERI COZZOLINO
(82 anos)
Atriz, Cantora, Compositora e Vedete

* Itararé, SP (06/09/1920)
+ Rio de Janeiro, RJ (08/05/2003)

Mudou-se ainda pequena, com a família, para o Rio de Janeiro, onde estudou em colégio de freiras - Imaculada Conceição. Ainda estudante organiza, junto com a irmã Rosina, diversas festas onde travam relações com o meio artístico carioca, sobretudo com os integrantes do Bando da Lua.

Ainda na década de 1930 realizam um espetáculo de inauguração do Cine Ipanema, junto com os Anjos do Inferno, ocasião em que recebem de Heitor Beltrão o apelido de Irmãs Pagãs - que então adotam para o resto da vida, tanto para a parceria, que dura até 1940, ano em que Elvira se casa e termina a dupla, como nas respectivas carreiras solo.

As irmãs realizam um total de treze discos, juntas, além de filmes como "Alô, Alô, Carnaval" (1935), e o argentino "Tres Anclados En París" (1938).

Elvira torna-se uma das maiores estrelas do Teatro de Revista, disputando com Luz del Fuego o papel de destaque dentre as mais ousadas mulheres brasileiras de seu tempo: foi a primeira a usar biquini em Copacabana. Nos anos 50 posou nua para uma foto, que distribuiu, como cartão natalino.

A beleza e sensualidade fizeram-lhe a fama, sendo uma das sexy symbols mais cobiçadas da época. Foi a primeira Rainha do Carnaval carioca - inovação nos festejos momescos, mantida até o presente.

Foi responsável direta por uma das tentativas de suicídio do compositor Assis Valente, ao lhe cobrar, de forma escandalosa, uma dívida.

A partir da década de 1970 torna-se pintora, adotando um estilo esotérico, sem grande destaque nesta nova iniciativa.

Com a maturidade foi se tornando misantropa e temperamental, evitando qualquer contato com as pessoas, sobretudo a imprensa e pesquisadores. A morte somente foi divulgada após três meses da ocorrência, pela irmã, que morava nos Estados Unidos.

Música

A carreira musical pode ser dividida em duas partes: a primeira, onde fazia parceria com a irmã, na dupla Irmãs Pagãs e a segunda, em carreira solo, onde também aventurou pela composição de Marchinhas e Sambas.

Fez, com a irmã, turnê pela Argentina, Peru e Chile, durante quatro meses. Apresentavam-se nas rádios, como a Mayrink Veiga e com a irmã gravou ao todo treze discos.

Seu primeiro disco sozinha data de 1944 e no ano seguinte gravou um novo trabalho que constitui-se numa novidade, para a época, uma vez que possuía apenas quatro músicas. Gravou em diversos estúdios, como o Continental, Todamérica e outros, além de diversas parcerias, como com Herivelto Martins, Orlando Silva e outros.

Composições

A primeira composição é de 1950, o Samba "Batuca Daqui, Batuca de Lá", em parceria com Antônio Valentim. Do mesmo ano é o seu Baião "Vamos Pescar". Do ano seguinte, com o mesmo parceiro anterior, são o Baião "Saudade Que Vive em Mim", a Marcha "A Rainha da Mata" e o Samba "Cacetete, Não!". Compôs ainda:  Reticências, Sou Feliz, Vela Acesa, Viva Los Toros, Marreta o Bombo e Condenada.

Discografia

Desde o início da carreira solo, em 44, com as músicas "Arrastando o Pé" e "Samburá", pela Continental. Participou ainda de alguns discos, por este selo. Transfere-se para a Star em 1949 e em 1951 no selo Carnaval. A partir de 53 grava pela Todamérica, Marajoara e Ritmos - última a gravar as participações.

Filmografia

Elvira Pagã teve pequenas aparições em "Vegas Nights" (1948) e "Écharpe de Seda" (1950). A filmografia inclui, ainda:

1975 - Assim Era a Atlântida
1950 - Aviso aos Navegantes
1949 - Carnaval no Fogo
1949 - Dominó Negro
1940 - Laranja-da-China
1939 - Favela
1938 - Três Anclados En París
1936 - Alô, Alô Carnaval
1936 - O Bobo do Rei
1936 - Cidade-Mulher

Morte

Elvira Pagã, morreu na Clínica Santa Cristina, em Santa Teresa, zona sul do Rio, vítima de Falência Múltipla dos Órgãos.

A morte não foi divulgada por decisão da família. O corpo teria sido enterrado no sul de Minas Gerais, em uma estância hidromineral.

Fonte: Wikipédia

Aimée

HAIDÉE SALES LEMOS
(80 anos)
Atriz

* Salvador, BA (02/08/1923)
+ Rio de Janeiro, RJ (05/09/2003)

A atriz foi uma espécie de rainha do Vaudeville. Soteropolitana de nascimento, foi para o Rio de Janeiro ainda bem jovem, e lá começou a estudar teatro. Participou de uma seleção para a peça o "Avarento" , de Molière, para atuar ao lado de Dulcina de Moraes. A partir daí não deu mais trégua.

Pode-se atribuir a atriz Aimée, o título de pioneira do Vaudeville no Brasil. Fez muito sucesso em um período das atrizes Molière, para atuar ao lado de Dulcina de Moraes, Marina Freire, Eva Todor e Bibi Ferreira.

Depois de participar da Companhia Procópio Ferreira, Joracy Camargo, Dulcina de Moraes e Jaime Costa, a atriz uniu-se a Joracy Camargo para criar sua própria companhia, especialmente para ocupar o Teatro Rival, revezando-se com a Companhia de Alda Garrido.

Seu maior sucesso no teatro foi a peça "À Margem da Vida" ao lado de Silveira Sampaio, Marina Freire, Laura Soares e Abílio Pereira de Almeida.

No cinema atuou em vários longa metragens como "Sob o Domínio do Sexo" (1973), "Le Bluffeur" (1963), "Folias Cariocas" (1948), "O Homem Que Chutou a Consciência" (1947) e "Corações Sem Piloto" (1944)

A atriz participou, também, do "Grande Teatro Tupi".

Aimée fazia vesperais aos sábados e duas sessões aos domingos, apresentando teatro infantil. Um dos sucessos foi "A Menina Sem Nome", de Guilherme Figueiredo, com direção de Maurício Sherman, com Dinorah Marzullo, mãe de Marília Pera, e Roberto Duval, em 1956.

Aimée, durante 20 anos, lotou o Teatro Rival dividindo com Alda Garrido o sucesso, cada uma brilhando por seis meses, naquele teatro.

A atriz faleceu no Rio de Janeiro aos 80 anos, em 5 de setembro de 2003.

Paulinho Nogueira

PAULO ARTUR MENDES PUPO NOGUEIRA
(73 anos)
Cantor, Compositor, Violonista e Professor

* Campinas, SP (08/10/1929)
+ São Paulo, SP (02/08/2003)

Começou a tocar violão aos 10 anos, junto com um dos irmãos. Seu estilo foi influenciado por Garoto, de tanto escutá-lo em programas de rádio.

Quando tinha dezenove anos foi para São Paulo atrás de um trabalho como desenhista, mas acabou tocando violão em boates e casas noturnas, atividade que se estendeu por oito anos.

Em 1960 começou sua carreira na indústria fonográfica gravando seu primeiro disco, A Voz do Violão, totalmente instrumental e mais tarde revelou-se como cantor também.

Como a Bossa Nova na década de 60 dominava o mercado, esse fato acabou intensificando sua atividade de professor de violão, sendo um dos mais procurados, em razão de seu método de ensino que ficou famoso. Nessa época participava com freqüência do programa O Fino da Bossa, da TV Record, ao lado de Baden Powell e Rosinha de Valença.

Entre os seus sucessos mais marcantes estão Menina, Bachianinha e Menino Desce Daí.

Em 1969 inventou um novo e exótico instrumento, a Craviola, que mistura sons de cravo e viola com suas 12 cordas.

Discografia

1959 - A voz do Violão
1960 - Brasil, violão e sambalanço
1961 - Menino Desce Daí / Tema do Boneco de Palha
1961 - Sambas de Ontem e de Hoje
1962 - Outros Sambas de Ontem e de Hoje
1963 - Mais Sambas de Ontem e de Hoje
1964 - A Nova Bossa e o Violão
1965 - O Fino do Violão
1966 - Sambas e Marchas da Nova Geração
1967 - Paulinho Nogueira
1968 - Um Festival de Violão
1970 - Paulinho Nogueira Canta Suas Composições
1972 - Dez Bilhões de Neurônios
1973 - Paulinho Nogueira, Violão e Samba
1974 - Simplesmente
1975 - Moda de Craviola
1976 - Antologia do Violão
1979 - Nas Asas do Moinho
1980 - O Fino do Violão Volume 2
1981 - Tom Jobim – Retrospectiva
1983 - Água Branca
1986 - Tons e Semitons
1992 - Late Night Guitar - The Brazilian Sound Of Paulinho Nogueira
1995 - Coração Violão
1996 - Brasil Musical - Série Música Viva - Paulinho Nogueira e Alemã
1999 - Sempre Amigos
2002 - Chico Buarque - Primeiras Composições

Morreu vítima de um Infarto.


Aureliano Chaves

ANTÔNIO AURELIANO CHAVES DE MENDONÇA
(74 anos)
Político e Vice Presidente do Brasil

☼ Três Pontas, MG (13/01/1929)
┼ Belo Horizonte, MG (30/04/2003)

Aureliano Chaves foi um político brasileiro, governador de Minas Gerais (1975-1978) e vice-presidente da República (1979-1985).

Realizou o curso primário na Escola Professora Maria Augusta Vieira Correia, e o colegial no Ginásio Municipal São Luís, ambas em Três Pontas, sua cidade natal. Após isto, transferiu-se para Itajubá, onde cursou o científico, o curso médio correspondente mais ou menos ao 2º grau, no Colégio de Itajubá.

Ingressou no Instituto Eletrotécnico de Itajubá (IEI), atual Universidade Federal de Itajubá, quando, ainda aluno, e sendo o presidente do Diretório Acadêmico, em 29/05/1952, liderou uma comissão composta de quarenta e dois acadêmicos, que, no Rio de Janeiro, no Palácio do Catete, solicitou ao presidente da República, Getúlio Vargas, o interesse e apoio para a federalização do Instituto Eletrotécnico de Itajubá, que, naquela época, passava por situação financeira difícil, correndo risco até de extinção.

O presidente, diante da completa e exata exposição de Aureliano Chaves, prometeu o apoio solicitado, e foi dado encaminhamento ao processo, o qual seria sancionado pelo seu sucessor, Nereu Ramos.

Graduado em Engenharia Eletromecânica pelo Instituto de Engenharia de Itajubá em 1953, trabalhou na Serra Engenharia Arquitetura em 1954.

Aureliano Chaves foi engenheiro de obras rodoviárias, entre as quais a ligação de Itajubá a São Bento do Sapucaí, e o serviço de terraplenagem de Cumbica. Foi Chefe do Serviço de Obras da Prefeitura Municipal de Itajubá (1955-1956). Foi professor titular da Escola Federal de Engenharia de Itajubá (1955-1982), onde estranhamente, não se conseguiu achar nenhum ex-aluno dele, e Diretor Técnico da Eletrobrás (1961). Em Belo Horizonte, foi professor do Instituto Politécnico da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais.


Iniciou sua carreira política como deputado estadual pela União Democrática Nacional (UDN) (1958-1966), integrando a linha ortodoxa do partido, conhecida como "Banda de Música", ao lado de Carlos Lacerda, Afonso Arinos e Pedro Aleixo. Chegou a liderar sua bancada da União Democrática Nacional (UDN) e também a exercer a liderança do governo Magalhães Pinto ao qual serviu como Secretário de Estado da Educação em 1964, e Secretário de Obras Públicas.

Participou do golpe que depôs o presidente João Goulart em 1964. Foi eleito deputado federal (1966-1974), pela Aliança Renovadora Nacional (ARENA), tendo sido membro e relator de várias comissões da Câmara, presidente das Comissões de Minas e Energia e Ciência e Tecnologia.

Em 1966 e 1970, posicionou-se contra a licença para processar o deputado Márcio Moreira Alves, episódio que foi pivô de grave crise política que resultaria no AI-5, em 1968.

Foi vice-presidente do Instituto de Pesquisas, Estudos e Assessoramento do Congresso Nacional (IPEAC) e presidente de várias Comissões Mistas do Congresso Nacional. Desempenhou, ainda, muitos outros cargos, como:

  • 1967 - Representante do Brasil na Conferência Sobre Energia Nuclear, em Viena;
  • 1974 - Relator da Comissão Parlamentar de Inquérito sobre Energia Nuclear, pela Câmara dos Deputados;
  • Membro do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas; membro do Comitê Nacional de Grandes Barragens.

Eleito governador de Minas Gerais, por via indireta, em 1974, governou o Estado por quatro anos, conseguindo harmonizar as antigas forças divergentes do Partido Social Democrático (PSD) mineiro e da União Democrática Nacional (UDN).

Aureliano Chaves apoiou o presidente Ernesto Geisel, em 1977, na crise provocada pelo então ministro do Exército, Sílvio Frota, demitido por tentar forçar sua própria candidatura à presidência da República.

Aureliano Chaves, Arthur Bernardes Filho e Bias Fortes
No ano seguinte, foi escolhido vice-presidente do general João Batista de Oliveira Figueiredo. Foi vice-presidente da República (1979-1985), exercendo várias vezes a presidência, sendo o primeiro vice-presidente civil do regime militar, desde Pedro Aleixo, o vice de Artur da Costa e Silva, impedido pelos militares de assumir a presidência quando Costa e Silva adoeceu, tendo sido substituído por uma junta.

Quando da segunda Crise do Petróleo, em 1979, foi presidente da Comissão Nacional de Energia, por delegação do Presidente da República.

Aureliano Chaves ocupou a presidência da República por dois períodos relativamente extensos: Dois meses em 1981 e cerca de um mês em 1983, devido aos problemas de saúde de João Batista de Oliveira Figueiredo.

Era um nacionalista clássico. Católico fervoroso, em 1981, quando ocupava interinamente a presidência, apesar de ser contra as invasões de terra, recusou-se a assinar o ato de expulsão dos dominicanos franceses Aristides Camio e François Gouriou, da Comissão Pastoral da Terra, acusados de incitar invasões de terra no sul do Pará. A recusa irritou a ala mais radical das Forças Armadas. Os sacerdotes não foram expulsos imediatamente, mas foram condenados a 10 e 15 anos de prisão, respectivamente, por terem apoiado a luta de posseiros na conflituosa região do Araguaia - cenário da guerrilha do Araguaia, organizada pelo Partido Comunista do Brasil, na década anterior. Os frades cumpriram 2 anos e 4 meses na prisão e afinal foram expulsos do país.

Por ocasião das eleições indiretas sucessórias à João Batista de Oliveira Figueiredo, se ofereceu em 1984 como candidato dentro de seu partido, o Partido Democrático Social (PDS). O mesmo fizeram Paulo Maluf, Mário Andreazza e Marco Maciel. Com a vitória de Paulo Maluf, que não contava com a simpatia da direção da legenda, na convenção, nomes como Aureliano Chaves, Marco Maciel, Antônio Carlos Magalhães e José Sarney, decidiram sair do Partido Democrático Social (PDS) e fundar um novo partido, o Partido da Frente Liberal (PFL), em alusão à Frente Liberal que esses políticos formavam a partir dali, para apoiar o candidato da oposição Tancredo Neves no colégio eleitoral, na chamada "Aliança Democrática". Com isso, Aureliano Chaves rompia com o governo de João Batista de Oliveira Figueiredo.

A união da legenda recém-formada mostrar-se-ia fundamental para a vitória de Tancredo Neves. Aureliano Chaves é considerado um dos responsáveis pela divisão do Partido Democrático Social (PDS), em 1984, o que enfraqueceu a candidatura de Paulo Maluf à presidência da República, na eleição indireta que levou Tancredo Neves do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) ao cargo.


Aureliano Chaves foi ministro de Minas e Energia no governo de José Sarney e defendeu a manutenção do programa brasileiro do álcool, o Pró-Álcool.

Concorreu à presidência nas eleições diretas de 1989 pelo mesmo Partido da Frente Liberal (PFL), tendo como vice em sua chapa Cláudio Lembo, obtendo irrisória votação, com cerca de 0,9% e terminando o pleito em oitavo lugar. Cláudio Lembo depois diria que boa parte dos correligionários da legenda os havia abandonado para apoiar informalmente Fernando Collor de Melo. Após isso, decidiu formalmente se retirar da vida pública, mas, ainda assim continuou a exercer influência sobre seu estado natal e mesmo na nação, era uma voz a ser ouvida, como na ocasião das privatizações do governo Fernando Henrique Cardoso, em relação às quais manifestava-se radicalmente contra. O governador Aécio Neves, cujo avô, Tancredo Neves era um grande amigo e aliado de Aureliano Chaves, admitiu por ocasião de sua morte: "Ele era um consultor informal".

No final da vida estava filiado ao Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB). Defensor dos valores democráticos, teve papel importante no restabelecimento da democracia no Brasil. Na campanha presidencial de 2002, apoiou a candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva, ajudando na aproximação entre o petista e os militares.

Interessado em tecnologia, quando Secretário da Educação de Minas Gerais visitou os Estados Unidos e o México, em busca de novos métodos de educação. Quando ministro, visitou os principais centros de estudos nucleares da França, Alemanha e Estados Unidos, onde, novamente, voltaria como vice-presidente do Brasil.

Sobre Aureliano Chaves, disse o deputado Mauri Torres:

"Apesar de ter feito sua carreira política dentro do regime militar, foi sempre um homem democrático e nacionalista, que sempre defendeu os interesses de Minas e do Brasil."

Morte

Aureliano Chaves estava internado desde o dia 14/04/2003 no Hospital Socor, em Belo Horizonte, por causa de uma infecção pulmonar. Ele sofria de diabetes e apresentava nos últimos dias insuficiência cardíaca e insuficiência renal.

No sábado, 26/04/2003, foi submetido a uma cirurgia para colocar uma ponte safena, sendo transferido à Unidade de Tratamento Intensivo. No dia 30/04/2003 Aureliano Chaves faleceu vítima de falência múltipla dos órgãos. Aureliano Chaves era viúvo e foi sepultado em Itajubá, MG.

Condecorações

Em reconhecimento a seu brilhante desempenho profissional, à sua carreira política pautada por comportamento ético, austero e transparente e por uma vida íntegra e honesta, recebeu várias condecorações:

Nacionais

  • Grande Medalha da Inconfidência
  • Medalha General Couto Magalhães
  • Medalha Tamandaré
  • Medalha Santos Dumont
  • Medalha Pacificador
  • Medalha Marechal Trompowsk
  • Medalha Marechal Deodoro
  • Medalha Wenceslau Brás
  • Medalha Delmiro Golveia
  • Medalha do Governo do Estado do Espírito Santo
  • Medalha do Governo do Estado do Sergipe
  • Medalha do Governo do Distrito Federal
  • Medalha do Mérito Naval
  • Medalha do Mérito Militar
  • Medalha do Mérito Aeronáutico
  • Medalha Rio Branco
  • Medalhas do Mérito Legislativo da Assembléia Legislativa de Minas Gerais
  • Medalha do Mérito Legislativo da Câmara dos Deputados de Minas Gerais
  • Medalha do Mérito Legislativo da Câmara de Vereadores de Belo Horizonte
  • Medalha do Tribunal de Justiça de Minas Gerais
  • Medalha do Superior Tribunal Militar
  • Medalha do Superior Tribunal do Trabalho

Estrangeiras

  • Medalha da Legião de Honra da França
  • Medalha do Mérito Civil da Espanha
  • Medalha do Mérito Asteca, do México
  • Medalha Simon Bolívar, da Venezuela
  • Medalha General San Martin, da Argentina
  • Medalha General Solano Lopes, do Paraguai
  • Medalha Infante Dom Henrique, de Portugal

Fonte: Wikipédia, Folha.com e Projeto VIP

Dona Zica

EUZÉBIA SILVA DO NASCIMENTO
(89 anos)
Pastora e Personalidade Pública da Mangueira

* Rio de Janeiro, RJ (06/02/1913)
+ Rio de Janeiro, RJ (22/01/2003)

Pastora e personalidade pública da Mangueira, nascida num domingo de carnaval no subúrbio de Piedade, no Rio de Janeiro.

O pai, Euzébio da Silva, foi guarda-freios da Estação Central do Brasil, e a mãe, Gertrudes Efigênia dos Santos, era lavadeira de profissão.

Em 14 de abril de 1914, morreu seu pai. Anos mais tarde, em 1920, a família mudou-se para o morro de Mangueira.

O apelido Zica foi dado por sua madrinha, de nome Cabocla.

De seus quatro irmãos, Clotildes, chamada de Menininha, foi esposa de Carlos Cachaça, outro compositor da Mangueira.

Aos dezenove anos, casou-se com Carlos Dias do Nascimento, de quem ficou viúva, tendo quatro filhos.

Na década de 1950, casou-se com Cartola, passando a ser conhecida e conceituada no meio musical carioca.

Em 1962 juntamente com seu marido Cartola, fundou o bar Zicartola, na rua da Carioca, centro do Rio de Janeiro, freqüentado por muitos sambistas, como Zé Keti, Nelson Sargento, Paulinho da Viola e Nelson Cavaquinho e ainda intelectuais e universitários.

Durante algum tempo, foi integrante da Velha Guarda da Mangueira.

Foi passista e diretora da ala das pastoras.

Em 1998, participou do CD "Chico Buarque de Mangueira", produzido pela BMG em homenagem aos compositores da escola, cantando "Capital do Samba" (Zé Ramos), além de estar presente na foto ao lado de Chico Buarques e de toda a Velha Guarda. No ano seguinte, participou do CD "Velha Guarda e Convidados", produzido pela gravadora Nikita Music, no qual interpretou "Chega de Demanda", samba de Cartola com versos anexados posteriormente por Paulinho Tapajós.

Em 1999, a escritora Odacy de Brito Silva lançou pela Editora Gráfica Carimbex sua biografia "Dona Zica da Mangueira - Na Passarela da Sua Vida".

No ano 2000, o Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro produziu o CD "Mangueira - Sambas de Terreiro e Outros Sambas", que contou com sua colaboração, rememorando sambas de Cartola e de seus parceiros, assim como de outros compositores da Mangueira que faziam parte do projeto.

No dia 22 de janeiro de 2003, morreu dormindo em sua casa no sopé do morro da Mangueira, tendo sido o corpo velado na quadra da escola. Por ter sido durante muitos anos seguidos símbolo da Mangueira, a direção da escola abriu exceção ao lhe conduzir o corpo para ser velado na quadra.

Rogério Cardoso

ROGÉRIO CARDOSO FURTADO
(66 anos)
Ator, Humorista e Compositor

☼ Mococa, SP (07/03/1937)
┼ Rio de Janeiro, RJ (24/07/2003)

Rogério Cardoso Furtado foi um ator e humorista brasileiro nascido em Mococa, SP, no dia 07/03/1937.

Começou a carreira em 1958 no teatro, e ao todo chegou a fazer mais de quarenta peças. A carreira televisiva teve início em 1963 na TV Excelsior, onde participou dos programas humorísticos "A Cidade Se Diverte", "Moacyr Franco Show" e "Times Square". Na TV Record, fez a "Praça da Alegria".

É também lembrado, por, na década de 70, ter estrelado um comercial cômico da Volkswagen Variant.


Com seus personagens sempre cômicos e marcantes, conseguiu conquistar o gosto do público. Entre eles, o estudante Rolando Lero do programa "Escolinha do Professor Raimundo", liderado por Chico Anysio, na TV Globo. Um de seus bordões mais famosos era: "Captei Vossa Mensagem Amado Mestre!".

Seu outro grande personagem de sucesso veio interpretando o Salgadinho, na telenovela "Explode Coração" (1995). O êxito do personagem o motivou a tentar carreira na política, elegendo-se vereador pelo PSDB do Rio de Janeiro, em 1996.

Seu último trabalho na televisão, era ao lado da atriz Nair Bello no programa "Zorra Total", onde interpretava o personagem Epitáfio, e aparecia toda semana na televisão com o personagem Seu Flô, no programa "A Grande Família", um dos mais tradicionais da TV Globo.

Rogério Cardoso também se destacou como compositor. Um dos seus sucessos é muito cantado e conhecido mas poucos sabem que é de sua autoria, a música "Pequeno Mundo", versão brasileira da música "It's a Small World" da Disney.

Rolando Lero

Rolando Lero é um dos personagens da "Escolinha do Professor Raimundo", que era interpretado por Rogério Cardoso. Este personagem fazia graça "enrolando" o Professor Raimundo, já que ele nunca sabia as respostas. O personagem contribuiu com o bordão "Captei vossa mensagem, amado guru!" e variantes, que acabaram por se tornar parte da fraseologia do português falado no Brasil.

A participação do personagem dá-se da mesma forma que com a maioria dos demais alunos da escolinha. O professor o chama para responder uma pergunta e então ele levanta e diz o bordão saudando o mestre.

Após ouvir a pergunta, que geralmente não sabe a resposta correta, Rolando Lero conta alguma história, contorna a pergunta e a devolve para o professor, tentando sensibilizá-lo com dramaturgia. O professor, um pouco impaciente, resolve dar uma dica e diz a primeira sílaba da palavra que é a resposta.

Aí então Rolando Lero diz ter captado a mensagem, mas ele sempre interpreta mal e completa a palavra com uma resposta errada. Por fim, o Professor Raimundo pede para o aluno Ptolomeu, personagem estilo nerd que sempre tem as respostas corretas, para responder a pergunta. Ao ouvir a resposta correta de Ptolomeu, Rolando Lero demonstra sua repulsa ao colega.

Na cultura popular brasileira, advogados levam fama de falarem demais e tentarem enrolar outras pessoas com discursos cheio de palavras pomposas e vazio de significado. O discurso do Rolando Lero tem exatamente a mesma característica. Ele dispõe de um vocabulário rebuscado e elitizado, mas que demonstra ser pobre de conhecimento. Seu discurso é uma tentativa de ludibriar o professor.

Morte

Rogério Cardoso faleceu vítima de um infarto fulminante, no dia 27/07/2003, em sua casa no bairro de Copacabana, Rio de Janeiro, aos 66 anos.

Rogério Cardoso possuía antigas complicações cardíacas. Ele tinha uma ponte de safena havia nove anos e se submeteu a uma cirurgia para colocação de um stent em fevereiro de 2003.

Sua esposa, Isabel, que dormia a seu lado, contou que Rogério Cardoso sentou-se na cama e em seguida tombou sobre seu corpo.

O corpo de Rogério Cardoso foi velado na Câmara Municipal e sepultado no Cemitério Municipal de sua cidade natal, Mococa, SP.

Ele deixou três filhos e seis netos.

Fonte: Wikipédia

Afonso Brazza

JOSÉ AFONSO DOS SANTOS FILHO
(48 anos)
Ator, Cineasta e Bombeiro

☼ São João do Piauí, PI (17/04/1955)
┼ Gama, DF (29/07/2003)

José Afonso dos Santos Filho, mais conhecido por Afonso Brazza, foi um ator, cineasta e bombeiro brasileiro nascido em São João do Piauí, no dia 17/04/1955.

Em 1969, aos 12 anos, Afonso Brazza decidiu ganhar o mundo e sair do Gama. Os pais vindos do Piauí eram fazendeiros, mas decidiram tentar a vida no Planalto Central. Afonso Brazza viveu uma infância difícil, já que seu pai abandonou a família quando tinha 5 anos.
"Tinha muita revolta naquela época. Minha mãe lavava roupa pra manter todo mundo. Conseguiu nos educar bem pois ninguém seguiu o caminho errado!"
Afonso Brazza aprendeu tudo que sabe sobre cinema dentro de um dos principais movimentos do cinema nacional dos anos 70, desenvolvido na Boca do Lixo, em São Paulo.

"Depois de 1980, quando o movimento da Boca começou a cair, o cinema nacional nunca mais viveu um período como aquele, com mais de 50 filmes lançados por ano", disse ele, que morou na Avenida Rio Branco, de 1969 a 1980, época de grande efervescência cinematográfica nas ruas próximas à Estação da Luz, como a Vitória, a do Triunfo e à antiga rodoviária de São Paulo.


O local foi batizado de Boca do Lixo e ganhou seu destaque no cinema brasileiro por flertar com o cinema marginal e experimental, produzindo cerca de 700 filmes de 1972 a 1982.

Com o dinheiro acumulado da venda de picolés, Afonso Brazza se vestiu com uma roupa social e burlou a vigilância, chegando de ônibus à antiga rodoviária paulistana.
"Estava arrumado, sabia conversar, e aí pedi informações sobre onde ficava o pessoal do cinema!"
Acabou parando no Brás, onde José Mojica Marins mantinha um escritório. O criador do Zé do Caixão simpatizou com Afonso Brazza, o que fez com que ele começasse a trabalhar junto ao meio cinematográfico.
"Encontrei a arte na rua do Triunfo!"
A agitação do local iria influenciá-lo em toda a sua produção.
"Via aquelas viaturas saindo de madrugada atrás dos vagabundos rasgando pneu... pô, aquilo era cena de filme. Tinha um pouco de prostituição, mas havia os pontos de encontros, o Bar Soberano, o do Saci, era muito gostoso viver tudo aquilo!"
Afonso Brazza e Claudette Joubert
Afonso Brazza foi casado com a paranaense Claudette Joubert, que trabalhou como modelo, atuou em comerciais de televisão e iniciou-se no cinema ao lado de Vera Fischer, em "Sinal Vermelho, as Fêmeas" (1972), de Fauzi Mansur, atuando em outros 23 filmes produzidos na Boca do Lixo, como "O Exorcista de Mulheres" (1974), "As Amantes de um Canalha" (1977) e "Os Violentadores" (1978), os três de Tony VieiraClaudette Joubert marcou presença em vários filmes de Afonso Brazza.

Afonso Brazza foi bombeiro, mas como grande apaixonado por cinema dedicou-se à produção de filmes de baixíssimo orçamento. Atuou em três longas de Tony Vieira, "A Filha do Padre" (1975), "Traídas Pelo Desejo" (1976) e "As Amantes de um Canalha" (1977), em "O Trapalhão no Planalto dos Macacos" (1976), de J. B. Tanko, em "A Terceira Margem do Rio" (1994), de Nelson Pereira dos Santos, e em "Surfista Invisível", de Juliana Mundin.

Como diretor e protagonista realizou "O Matador de Escravos" (1982), "Os Navarros" (1985), "Santhion Nunca Morre" (1991), "Inferno no Gama" (1993), "Gringo Não Perdoa, Mata" (1995), "No Eixo da Morte" (1997) e "Tortura Selvagem - A Grade" (2001).

Afonso Brazza sempre foi um "faz-tudo", interferindo em todas as etapas da realização de seus filmes.

Em 2002, ganhou uma retrospectiva de sua obra em Brasília.


Seu filme "Tortura Selvagem" custou 240 mil reais, um recorde para os padrões de Afonso Brazza. Em Brasília, o filme se manteve em uma sala de cinema por quatro semanas, com mais de dois mil ingressos vendidos, performance não alcançada por seus concorrentes do momento: "Memórias Póstumas", de André Klotzel, e "Domésticas", de Fernando Meirelles e Nando Olival.

Perguntado sobre a fama respondeu:
"Eu não quero fama. Eu quero estar sempre na memória das pessoas, mas lentamente. A fama leva à destruição, é instantânea e, por isso mesmo, faz mal, faz você passar por cima de tudo, inclusive dos amigos. A fama é curta. Eu quero admiração e respeito. É uma fama simples, do meu jeito!"
(Afonso Brazza)

Afonso Brazza faleceu aos 48 anos no Gama, DF, no dia 29/07/2003, vítima de parada cardiorrespiratória causada por um câncer no esôfago.

Quando faleceu, Afonso Brazza deixou o 8º filme, o longa metragem "Fuga Sem Destino", inacabado. O cineasta Pedro Lacerda conseguiu concluir o seu filme 3 anos após a sua morte.

Curiosidades

Uma das coisas mais peculiares dos filmes de Afonso Brazza era seu ''desleixo'' com as cenas. Um exemplo é uma cena onde a espada de um dos vilões quebrou enquanto se rodava o filme, Afonso Brazza optou por continuar a cena mesmo com a espada quebrada.

Em ''A Tortura Selvagem'' (2001), seu filme de maior sucesso, alguns dos atores não tiveram roteiro de fala em algumas cenas, o que deixou bastante nítido o improviso, coisa que para Afonso Brazza era muito importante, fazia parte da essência de seus filmes. Muitos de seus filmes contavam com a proatividade e criatividade do próprio ator, o que necessitava de espontaneidade.

Afonso Brazza se preocupava muito em mostrar os pontos turísticos e mais históricos de Brasília, chegando em diversas cenas somente fazer uma tomada geral com os personagens, por mais que nada acontecesse naquela cena. Ele foi o único a fazer isso.

Ainda em ''Tortura Selvagem'' (2001), uma das cenas do filme é editada de maneira no mínimo cômica: A cena onde Fábio Marreco entra no recinto com seus capangas. Esta cena foi colocada duas vezes, aonde num pico rápido pode-se perceber ele entrando. A edição propositalmente meia-boca sempre esteve presente em seus filmes, algumas das vezes não havia linearidade de cenas nos filmes de Afonso Brazza. Uma cena se passava com aquele personagem e, logo após, outra cena com o mesmo personagem já em outro lugar completamente diferente e, logo após, novamente na cena anterior, era comum e intencional.

Filmografia

Como Diretor
  • 2002 - Fuga Sem Destino
  • 2001 - Tortura Selvagem - A Grade
  • 1998 - O Eixo da Morte
  • 1995 - Gringo Não Perdoa, Mata
  • 1993 - Inferno no Gama
  • 1991 - Santhion Nunca Morre
  • 1985 - Os Navarros em Trevas de Pistoleiros Entre Sexo e Violência
  • 1982 - O Matador de Escravos

Como Ator
  • 2002 - Fuga Sem Destino
  • 2001 - Tortura Selvagem - A Grade
  • 2000 - Surfista Invisível (curta-metragem)
  • 1998 - O Eixo da Morte
  • 1995 - Gringo Não Perdoa, Mata
  • 1993 - Inferno no Gama
  • 1991 - Santhion Nunca Morre
  • 1985 - Os Navarros em Trevas de Pistoleiros Entre Sexo e Violência
  • 1982 - O Matador de Escravos
  • 1977 - As Amantes de Um Canalha
  • 1976 - O Trapalhão no Planalto dos Macacos
  • 1976 - Traídas Pelo Desejo
  • 1975 - A Filha do Padre

Nora Ney

IRACEMA DE SOUSA FERREIRA
(81 anos)
Cantora

* Rio de Janeiro, RJ (20/03/1922)
+ Rio de Janeiro, RJ (28/10/2003)

Aprendeu a tocar violão sozinha e, para incentivá-la, seu pai a presenteou com o instrumento. Familiarizava-se com o mundo da música frequentando assiduamente programas de rádio e de auditório.

Dona de uma voz grave, começou a carreira em 1950 e em 1953 já era uma das grandes divas do rádio, interpretando Dorival Caymmi, Noel Rosa, Ary Barroso, entre outros. Em 1952 gravou pela Continental seu primeiro LP, Menino Grande.

Ao lado de Maysa Matarazzo, Ângela Maria e Dolores Duran, consagrou-se como uma das maiores intérpretes do Samba-Canção (Gênero surgido na década de 1930). O Samba-Canção é comparado ao Bolero, pela exaltação do amor romântico ou pelo sofrimento de um amor não realizado.

Foi casada duas vezes, o primeiro não durou muito e nem teve filhos nesse matrimônio. Seu segundo casamento foi com o cantor Jorge Goulart. A filha do casal, Vera Lúcia Maia, se tornou Miss Brasil em 1963. Devido à atuação política de Goulart no Partido Comunista, teve que se auto-exilar depois do Golpe de 1964, ou seja, morou em outros países com a filha e o marido.

Discografia

1955 - Canta Nora Ney
1958 - Nora Ney
1960 - Ninguém me Ama
1968 - Mudando de Conversa
1972 - Tire seu Sorriso do Caminho, que Eu Quero Passar com a Minha Dor
1977 - Jubileu de Prata - Nora Ney e Jorge Goulart
1987 - Meu Cantar É Tempestade de Saudade

Compilações

1991 - As Eternas Cantoras do Rádio
1993 - Nora Ney
1994 - Mestres da MPB - Nora Ney
1994 - Acervo Especial - Nora Ney
2000 - A Música Brasileira Deste Século por seus Autores e Intérpretes
2000 - Amor, Meu Grande Amor - Nora Ney e Jorge Goulart

Ela morreu, na madrugada de 28/10/2003, aos 81 anos, no Hospital Samaritano, onde estava internada há três meses. Ela teve Falência Múltipla dos Órgãos. Nora Ney, que era casada com o cantor Jorge Goulart, deixa dois filhos e três netos.

Fonte: Wikipédia e Terra

Marisa Gata Mansa

MARISA VERTULLO BRANDÃO
(69 anos)
Cantora

* Rio de Janeiro, RJ (27/04/1933)
+ Rio de Janeiro, RJ (09/01/2003)

O apelido "Gata Mansa" ela recebeu do jornalista Djalma Sampaio por causa de seu jeito calmo de falar. Nascida numa família entusiasta da boa música, cresceu nesse ambiente que a incentivou a cantar. Foi casada com o compositor e pianista César Camargo Mariano, que compôs em sua homenagem a música "Marisa", tema da cerimônia religiosa de seu casamento com o compositor.

Marisa gravou o primeiro compacto, de 78 rotações, "Você Esteve Com Meu Bem" (João Gilberto e Russo do Pandeiro), pela RCA Victor. Uma trajetória marcada por um viés jazzístico, foi crooner do Golden Room do Copacabana Palace e substituindo Dolores Duran no Bacará. Típica voz de bares noturnos, cantava no Beco das Garrafas, ao lado de outros nomes da bossa nova.

Marisa Gata Mansa morreu às 20:00 hs do dia 09/01/2003. Ela estava internada no Hospital Miguel Couto, no Rio de Janeiro, desde o começo da semana. A cantora tinha 69 anos e faleceu devido a uma insuficiência respiratória aguda, conseqüência de uma isquemia cardíaca.

No ano de sua morte, Marisa iria completar 50 anos de carreira, iniciada com a benção de João Gilberto e que prosseguiu com a geração inicial da bossa nova. 

Fonte: Wikipédia

Odelair Rodrigues

ODELAIR RODRIGUES
(67 anos)
Atriz

* Curitiba, PR (14/07/1935)
+ Curitiba, PR (01/07/2003)

A atriz Odelair Rodrigues veio de uma família de quatro irmãos. Desde cedo, manifestou sua vocação para a arte, ao ser selecionada pela professora de recreação do Grupo Escolar Xavier da Silva para interpretar "Quem Quiser Vatapá", de Dorival Caymmi.

A estréia nos palcos aconteceu em 1952, pelo Corpo Cênico do Colégio Estadual do Paraná. No mesmo ano, Odelair Rodrigues interpretou Balbina na peça "Sinhá Moça Chorou", a convite do ator Ary Fontoura, com quem estabeleceu uma sólida parceria artística.

Nas décadas de 70 e 80, Odelair Rodrigues trabalhou com os principais diretores de teatro paranaenses, como Maurício Távora, Eddy Franciosy, Antônio Carlos Kraide e Roberto Menguini.

Além de uma carreira consolidada no teatro, Odelair também atuou no cinema, nos filmes "Lance Maior", estréia do cineasta paranaense Silvio Back, e "Entardecer da Ilusões".

Na televisão, Odelair Rodrigues fez programas humorísticos com Ary Fontoura e as novelas "Escrava Isaura", "Estranha Melodia", "Vida Roubada", além de um dos grandes sucessos da televisão brasileira, "O Direito de Nascer".

Ao longo de sua vida, teve seu talento reconhecido através de vários prêmios de melhor atriz, recebidos em 1956,1977 e 1979. Também foi agraciada com o Bicho do Paraná em 1990 e Curumins, do Canal 6.

Nos anos 90, Odelai Rodrigues participou das peças "O Palácio dos Urubus", com direção de Lala Schneider, e "O Cerco da Lapa", com direção de Oraci Gemba, ao lado de Regina Vogue.

Com João Luiz Fiani e a Cia. Máscaras de Teatro atuou em "Oizintocáveis", de 1996, e "Frankenstein", de 1997.

Em 2001, Odelair participou em voz e vídeo do espetáculo "Bom Dia Dinossaura", de Enéas Lour.

Convidada por João Luiz Fiani, aceitou encenar o papel da ama em "Romeu e Julieta", comédia em homenagem aos 50 anos de vida artística da atriz.

No ano de 2002, estrelou a "farsa surrealista" "Um Unicórnio no Jardim", de Edson Bueno, e, pouco antes de sua morte, tinha sido convidada a integrar o elenco do filme "Cafundó", de Paulo Betti, que estava sendo rodado no Paraná.

Nos anos de grande sucesso da Rádio Paranaense, ela foi um dos nomes de maior sucesso no rádioteatro da Rádio Clube, ao lado de Ary Fontoura. Dirigida por Adherbal Stresser e Ronald Stresser, a TV Paraná a levou, junto com diversos profissionais de primeiro time e outros que ali iniciaram carreira.

Muitos nomes são ainda bastante conhecidos: Sinval Martins, Silvio Back, Juarez Machado, Alceu Honório, Maurício Tavora e outros. Osny Bermudes. Nas transmissões externas revelavam-se os talentos de Rafael Iatauro, Vinícius Coelho, Sylvio Ronald e Luiz Alfredo Malucelli.

Em 2002, quando completava 50 anos de carreira, foi homenageada pelo diretor de teatro Marco Zeni, junto com Luiz Brambilla e Altamar César, com a fundação do "Espaço Cultural Odelair Rodrigues".

Odelair Rodrigues morreu, aos 67 anos, vítima de uma Parada Cardiorrespiratória. A atriz sofria de Asma e Broquite Crônica. O seu corpo foi sepultado no Cemitério da Água Verde, em Curitiba.