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Norma Geraldy

IONE SARTINI
(95 anos)
Atriz

* Uberaba, MG (30/12/1907)
+ Rio de Janeiro, RJ (02/12/2003)

Norma Geraldy, nome artístico de Ione Sartini, nasceu em Uberaba, em 21 de dezembro, mas o pai só a registrou no dia 30 do mesmo mês.

Quando criança, os olhos azuis da pequena Ione brilhavam toda vez que o pai, o relojoeiro italiano Dante Sartini, e os quatro irmãos se desfaziam de suas velhas meias de malha colorida. Era com aquele material que a menina confeccionava suas bonecas de pano, seus únicos brinquedos na década de 20. "Se quisesse uma boneca de porcelana, tinha que torcer para alguém trazer da Europa porque, no Brasil, não existia", lembra. Na escola, ela se destacava não só pelas notas altas como por sua performance nas peças de teatro. Com o tempo, descobriu sua vocação para a carreira artística e passou a ter aulas de canto e piano, instrumento que ela tocou até o final da vida no apartamento em que morava, em Copacabana, a um quarteirão da praia, onde costumava caminhar diariamente.

Da infância em Uberaba ela se recorda das viagens de trem para Araminas, onde moravam os tios. O maior passatempo da menina era ver o trem chegar à estação, com os vagões repletos de gente, bois, cavalos, cana e o que mais fosse preciso trazer para a população local. Quando a Primeira Guerra Mundial estourou, em 1914, ela viu a gripe espanhola invadir sua casa e contagiar os irmãos. "Ajudei a cuidar deles sem contrair a doença", recordava-se, orgulhosa de nunca ter tido problemas sérios de saúde.

O talento para representar e cantar só foi descoberto quando a atriz chegou ao Rio de Janeiro, em 1932, e passou a percorrer várias rádios em busca de emprego. Nesta época, já havia se separado do primeiro marido, o bancário Urquiza de Carvalho, pai de seu único filho, Israel. Ela se lembra bem da primeira vez em que foi à Rádio Mayrink Veiga. "Recebi um grande elogio da Carmem Miranda, que ficou encantada ao me ver tocar piano", conta ela. Carmem tornou-se uma de suas melhores amigas. "Era sempre convidada para festas em sua casa e foi lá que eu vi, pela primeira vez, uma cama de casal redonda", diverte-se. A morte de Carmem Miranda, em 1955, a deixou abalada.

Na ocasião, já usava o nome artístico de Norma Geraldy, escolhido pelo diretor de teatro Olavo de Barros em homenagem ao poeta francês Paul Geraldy. Norma pediu dispensa do Programa César de Alencar, na Rádio Nacional, para ir ao enterro.

Um ano antes, em 1954, fez o mesmo na morte do então presidente Getúlio Vargas. "Getúlio era amigo do meu segundo marido, o Procópio Ferreira, e freqüentava a minha casa", conta.

No Rio, o primeiro emprego de Norma foi na Rádio Clube do Brasil, onde cantava operetas e fazia teatro. Para trabalhar, matriculou o filho num colégio interno e só o via nos finais de semana. Anos depois, ingressou na Companhia de Teatro de Dulcina de Moraes, de onde só saiu em 1936, quando passou a ser a atriz principal da Companhia Teatral de Procópio Ferreira, com quem dividiu o palco em 75 peças durante os dez anos de casamento. "Procópio se apaixonou por mim e chegou a pagar uma multa de 60 mil contos de réis para me contratar", conta Norma, que trocou a companhia de Dulcina pela do marido antes do término do contrato. Com o ator, ela não teve filhos, mas tornou-se madrasta da também atriz Bibi Ferreira. Hoje, Norma tem dois netos - a designer Angela de Carvalho e o guitarrista Celso Blues Boy - e três bisnetas.

Norma Geraldy também brilhou na música. Gostava tanto de cantar que viajou para o Pará e para a Venezuela, em plena Segunda Guerra Mundial, para entreter os soldados. Em 1953, através de concurso, ela ingressou no Coral do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, onde ficou por 30 anos. No início da década de 50, costumava nadar à noite na praia de Copacabana. "Eu chegava do Municipal por volta das 20h, vestia meu maiô e ia para a praia", diz. "Certa vez, encontrei com o Sílvio Caldas dentro d'água e nadamos juntos."

Somente aos 72 anos Norma Geraldy entrou para a tevê. Sua primeira novela foi "Te Contei?" em 1979, na Rede Globo. Mas seu grande sucesso veio em seguida, com a Tia Mena, de "O Jogo da Vida". Foi nos anos 80 que ela virou funcionária da emissora. Participou do seriado "Mulher", depois de atuar em "Sol de Verão", "Vereda Tropical", "A Gata Comeu", "O Salvador da Pátria" e "Por Amor".

Na ditadura militar, ela escapou de um tiroteio na Avenida Rio Branco, onde passeava com o filho. "Corremos para o antigo Café Nice e nos escondemos debaixo das mesas", recorda a atriz.

Na TV Globo atuou em 25 produções entre humorísticos e minisséries. Seu último trabalho foi em "A Casa das Sete Mulheres".

Norma Geraldy faleceu de Complicações Cardíacas. A atriz faria 96 anos naquele mês. Além da carreira, ela também se dedicava à defesa dos direitos da mulher e dos idosos.

José Lewgoy

JOSÉ LEWGOY
(82 anos)
Ator

* Veranópolis, RS (16/11/1920)
+ Rio de Janeiro, RJ (10/02/2003)

José Lewgoy nasceu no interior do Rio Grande do Sul, filho de Isaac, nascido na Russia e de Esther, nascida em Nova York. O casal teve vários filhos nascidos nos Estados Unidos, mas José Lewgoy nasceu no Brasil.

Sua infância foi muito feliz. Estudou no Porto Alegre College, e sempre teve facilidade no aprendizado de línguas. Diplomou-se pela Faculdade de Ciências Político-Econômicas do Rio Grande do Sul, mas não se interessou pela profissão. Como conhecia muitos idiomas, foi à Editora Globo e ali conheceu o Dr. Roberto Marinho. Conseguiu emprego como tradutor.

Ao mesmo tempo ele e outros amigos fundaram o Teatro do Estudante do Rio Grande do Sul. Fez vários amigos, entre os quais Mário Quintana. Comprava livros e foi formando uma preciosa biblioteca.

Participou da peça: "O Viajante Sem Bagagem" e o Adido Cultural Americano assistiu a peça e convidou o jovem para uma bolsa de estudos nos Estados Unidos. Quem intermediou a negociação foi o escritor Érico Veríssimo. E assim o rapaz foi estudar na Universidade de Yale. Lá permaneceu três anos. Quando voltou decepcionou-se com o teatro que se fazia aqui, onde Ziembiensky reinava, o que não o agradou. Quem o apadrinhou no Brasil foi Tomaz Santa Rosa, e José Lewgoy passou a lecionar no Serviço Nacional de Teatro.

Em seguida começou a fazer teatro com Tônia Carrero, no filme chamado "Perdida Pela Paixão", e em seguida "Carnaval de Fogo". Foi esse filme que iniciou a famosa fase das "Chanchadas da Atlantica", em que brilhavam Oscarito, Otelo, Anselmo, Liliane e José Lewgoy. Ali começou ele sua carreira em cinema, onde fez cento e tantos filmes, no Brasil e em países estrangeiros.

Ficou morando na França e ali trabalhou com o grande documentarista George Rougier. Fez também filmes com George Marshall, Louis Jourdan, e inúmeros astros de primeira grandeza. Morou ainda em Genebra, na Suíça, na Holanda, na Itália, na Inglaterra, mas sua sede mesmo foi Paris, onde ficou por dez anos.

Quando voltou ao Brasil, trabalhou no "Pasquim", ao lado de Jaguar, Ziraldo, Millôr Fernandes. Foi nessa volta ao Brasil que ingressou na televisão. Começou como apresentador do "Jornal de Vanguarda", que era feito por Fernando Barbosa Lima, na TV Excelsior. Deixou por um tempo o teatro, e se dedicou mais à televisão. Fez a novela: "O Bofe", depois "Cavalo de Aço", na TV Globo. Depois foi para a TV Tupi, onde fez "Divinas e Maravilhosas", mas acabou voltando para a Globo, onde participou de mais de vinte novelas, sendo a principal: "Dancing Days". Continuou, porém, em teatro e em cinema, onde participou, entre outros, do filme " O Quatrilho", com Fabio Barreto.

No ano de 1999 está participando, com muito prazer, segundo ele, da novela "Força de um Desejo", na Globo. José Lewgoy ganhou muitos prêmios e isso o deixa cheio de orgulho. Apenas do que se queixa, é do não reconhecimento oficial, pois para ele, em todos os lugares do mundo onde esteve, seu nome sempre recebeu o respeito e o destaque que merece. E no Brasil isso não acontece, em qualquer centro artístico.

Embora não tenha se casado, José Lewgoy é apegado à família, que é numerosa. Tem irmãos e sobrinhos e se reúne a eles em Porto Alegre, sempre que pode. É ali que realmente se sente feliz. E ele se define como "um bom sujeito, mas que às vezes é irascível e rabugento". Esse é o grande ator José Lewgoy, que tem amigos em Paris, em Portugal, na Itália, nos Estados Unidos e também no Japão, pois ele é realmente um cidadão do mundo.

Com vinte novelas, mais de cem filmes e inúmeras peças de teatro, é verdadeira personalidade o ator José Lewgoy, que fez questão que não errem a pronúncia de seu nome que ele soletra: : L-e-w-g-o-y.

Morreu 16h10 do dia 10 de fevereiro de 2003, de parada Cardiorrespiratória. Ele estava internado desde o dia 04 no Hospital Samaritano, em Botafogo, no Rio de Janeiro.

Nas últimas 24 horas o estado de saúde de Lewgoy piorou bastante, segundo boletim divulgado pelo hospital na manhã do dia 10/02.

O Boletim de Falecimento do Ator:

O ator José Lewgoy, de 82 anos, faleceu esta tarde, às 16h10, vítima de parada cardiorrespiratória, no Hospital Samaritano, em Botafogo, zona sul do Rio.

O paciente foi internado no último dia 04 de fevereiro, com um quadro de infecção respiratória.

O quadro clínico de José Lewgoy se agravou nos últimos quatro dias e ele foi transferido para a Unidade Coronariana do hospital. José Lewgoy encontrava-se sedado, respirando com a ajuda de aparelhos.

Dr. Luís Fernando de Barros Correia
Clínico Geral
Chefe do Serviço de Emergência do Hospital Samaritano

Fonte: NetSaber Biografias e Terra Notícias

Noite Ilustrada

MÁRIO SOUSA MARQUES FILHO
(75 anos)
Cantor, Compositor e Violonista

* Pirapetinga, MG (10/04/1928)
+ Atibaia, SP (28/07/2003)

Cantor sambista brasileiro nascido em Pirapetinga, interior do Estado de Minas Gerais, que ganhou o apelido do humorista Zé Trindade, quando ainda calouro em função de ser viciado numa revista de passatempo com palavras cruzadas que tinha esse nome.

Filho único de um professor de inglês, depois da II Grande Guerra, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde ingressou na patota da Portela.

Na década seguinte partiu para São Paulo. Na capital paulista, iniciou sua carreira como crooner de boates e começou a gravar.

Sambista com 73 discos gravados, fez grande sucesso em todo o país, especialmente depois de meados do século. Seu primeiro grande sucesso foi o samba Volta por Cima, de Paulo Vanzolini, gravado em no disco Noite Ilustrada (1963).

Gravou grandes nomes do samba, como Cartola e Nelson Cavaquinho e, em mais de 40 anos de carreira, consagrou-se como um dos grandes cantores do ramo. Entre seus sucessos destacaram-se Cara de Boboca, de Jaime Silva e Edmundo Andrade, Barracão, de Luís Antônio e Oldemar Magalhães, O Neguinho e a Senhorita, de Noel Rosa e Abelardo Silva, e Toalha de Mesa, de Dora Lopes, Carminha Mascarenhas e Chumbo.

Noite Ilustrada fez grande sucesso em todo o país no final dos anos 50 e início dos 60; sua gravação de Volta Por Cima, de Paulo Vanzolini, marcou época. Seu último disco foi Perfil de um sambista (2001), com produção de Fernando Faro e repertório formado por releituras das canções que mais gostava de cantar .

Figura lendária da noite paulistana, o famoso intérprete morreu na cidade de Atibaia, no Estado de São Paulo, aos 75 anos de idade, depois de 20 dias internado no Hospital de Atibaia, tentando resistir a um câncer no pulmão.

Fonte: NetSaber Biografias

Haroldo de Oliveira

HAROLDO DE OLIVEIRA
(61 anos)
Ator


* Rio de Janeiro, RJ (09/04/1942)
+ Rio de Janeiro, RJ (27/12/2003)

Haroldo de Oliveira dizia aos amigos que era mais conhecido na China e na Rússia do que no Brasil, graças ao sucesso internacional da novela "Escrava Isaura" (1976), na qual foi o escravo André.

Ele teve atuações marcantes na TV, no cinema e no teatro, desde a estréia, aos 10 anos, em "Rio 40 Graus", filme de Nelson Pereira dos Santos.

No teatro, fez "Pedro Mico", dirigido por Paulo Francis, entre tantos outros papéis de destaque, e como diretor de teatro teve destaque nas peças "Artigo Um Sete Um" (1982) e "As Aventuras de Galápagos" (1979), ambas de Fernando Palilot.

Haroldo de Oliveira figurava entre os atores que participaram do "Auto da Paixão de Cristo" desde o primeiro espetáculo, em 1983.

Pouco antes de ser internado fez parte do elenco do humorístico "Zorra Total" e participou da série "Brava Gente Brasileira", entre outras.

Na extinta TV Manchete, Haroldo de Oliveira trabalhou na superprodução "Xica da Silva" (1996), no papel do fiel escravo de Chica da Silva, Jacinto.

Haroldo de Oliveira faleceu aos 61 anos, de falência múltipla dos órgãos, conforme informaram seus familiares. O ator estava internado desde abril, quando sofreu um derrame.

Haroldo de Oliveira, Ana Ariel e Mario Cardoso (A Moreninha)
Televisão

  • 2002 - Brava Gente (Episódio: O Enterro da Cafetina) ... Bêbado
  • 1999 - Zorra Total
  • 1996 - Xica da Silva ... Jacinto
  • 1992 - Tereza Batista
  • 1989 - Kananga do Japão
  • 1989 - Pacto de Sangue
  • 1988 - Chapadão do Bugre
  • 1986 - Dona Beija ... Ramos
  • 1985 - Antônio Maria ... Arquimedes
  • 1984 - Santa Marta Fabril S.A.
  • 1982 - Caso Verdade
  • 1981 - Terras do Sem-Fim ... João Grilo
  • 1978 - Maria, Maria ... Felipe
  • 1976 - Escrava Isaura ... André
  • 1975 - A Moreninha ... Simão
  • 1975 - O Noviço
  • 1974 - O Rebu ... Astorige
  • 1972 - Tempo de Viver
  • 1969 - A Cabana do Pai Tomás ... Jonas


Cinema

  • 1985 - Chico Rei
  • 1983 - A Longa Noite do Prazer
  • 1983 - Estranho Jogo do Sexo
  • 1980 - Parceiros da Aventura
  • 1979 - Os Foragidos da Violência
  • 1977 - Barra Pesada
  • 1976 - Crueldade Mortal
  • 1975 - As Aventuras Amorosas de um Padeiro
  • 1974 - A Rainha Diaba
  • 1974 - O Mau-Caráter
  • 1962 - Cinco Vezes Favela
  • 1957 - Rio Zona Norte
  • 1955 - Rio 40 Graus


Fonte: Wikipédia

Eduardo Conde

EDUARDO CONDE
(56 anos)

Ator e Cantor

☼ Recife, PE (09/04/1946)
┼ Petrópolis, RJ (16/01/2003)

Eduardo Conde estreou na carreira artística como cantor em 1967, aos 19 anos, influenciado pela cantora Beth Carvalho, que lhe ensinou os primeiros acordes num violão. Seu primeiro disco, gravado em 1969, foi ''Minha Chegada''. Foi membro do Conjunto 3D e na década de 60 se apresentou em festivais de música popular brasileira.

Resolveu dedicar-se à carreira de modelo e, em seguida, de ator. Em 1974, no Festival Internacional de Teatro, participou de um espetáculo com 12 horas de duração.

Entre 1975 e 1978, atuou na peça ''Jesus Cristo Superstar'', na qual interpretava o personagem principal, Jesus Cristo.

Por muitos anos, apresentou a premiação do Festival de Cinema de Brasília.

Como ator, participou de produções nacionais e fez vários filmes com Os Trapalhões como, "Os Saltimbancos Trapalhões" (1981), "O Incrível Monstro Trapalhão" (1981), "Os Trapalhões na Serra Pelada" (1982), e internacionais, como "The Emerald Forest" (1985), de John Boorman, e "Blame It On Rio" (1984), de Stanley Donen, atuando ao lado de Michael Caine e Demi Moore.


Em 1995, Eduardo Conde retomou a carreira de cantor e lançou o disco ''Pra Falar de Amor''.

Na TV trabalhou nas novelas ''Sinal de Alerta'' (1978), sua primeira novela, "Plumas e Paetês" (1980), "O Beijo do Vampiro" (2002), e ''A Idade da Loba'' (1995), da TV Bandeirantes. Participou também da minissérie "O Quinto dos Infernos" (2002).

Seu último trabalho foi uma participação especial no primeiro capítulo da novela "O Beijo do Vampiro" (2002), da TV Globo, como o Rei Dagoberto.

Eduardo Conde teve um filho, Bernardo, de seu casamento com a atriz e modelo Betty Lago. Foi casado também com a modelo e atriz Mila Moreira.

No teatro teve um grande momento ao lado da atriz Irene Ravache na peça "Intimidades Indecentes" com a qual viajou o país por mais de um ano.

Eduardo Conde faleceu vítima de um câncer no pulmão decorrente do tabagismo, no Hospital Beneficência Portuguesa, em Petrópolis, região serrana do Rio de Janeiro.

Fonte: Wikipédia e Projeto VIP

Arthur Costa Filho

ARTHUR COSTA FILHO
(76 anos)

Ator e Dublador

* Rio de Janeiro, RJ (09/06/1927)
+ Rio de Janeiro, RJ (31/01/2003)

Arthur Costa Filho foi um ator e dublador brasileiro, nascido no Rio de Janeiro.

Iniciou sua carreira no rádio, como rádio-ator de novelas na era de ouro da Rádio Nacional, na década de 40.

Logo depois, Arthur estreou no cinema, fazendo pequenos papeis em chanchadas, gênero bastante comum no cinema brasileiro na época. Nas décadas de 70 e 80, o ator esteve em dois filmes do cineasta Bruno Barreto: "Dona Flor e Seus Dois Maridos" (1976) e "Romance da Empregada" (1988). Fez também "Dona Flor e Seus Dois Maridos" (1976), "A Filha de Madame Betina" (1973) e "O Grande Gozador" (1972).

Na televisão, Arthur Costa Filho participou de novelas, minisséries e programas na Rede Globo e na TV Tupi. Estreou em novelas de televisão já veterano, em 1970, no clássico de Janete Clair, "Irmãos Coragem"A partir daí, fez uma novela atrás da outra, intercaladas por pequenas participações em filmes nacionais.

Participou de novelas de sucesso da TV Globo como "Carinhoso" (1973), "Estúpido Cupido" (1976), "O Casarão" (1976), "Sinal de Alerta" (1978), "Ciranda de Pedra" (1981), "Jogo da Vida" (1981), "Paraíso" (1982), "Roque Santeiro" (1985) e "Cambalacho" (1986).

Arthur Costa Filho também participou do humorístico "A Escolinha do Professor Raimundo", a partir de 1990 interpretando o personagem Natanael, e de episódios do programa "Você Decide". Ele também fez uma participação na minissérie "Chiquinha Gonzaga" (1999).

Atuou, também, nas minisséries "Engraçadinha ... Seus Amores e Seus Pecados" (1995) e "Anos Dourados" (1986) e no especial "O Crime de Zé Bigorna" (1974).


No teatro, participou da bem sucedida peça "Filumena Marturano", protagonizada pela grande atriz Yara Amaral, sua colega de elenco na minissérie "Anos Dourados" (1986), atuando também ao lado do ator José Wilker, entre outros.

Dono de uma belíssima voz, Arthur Costa Filho fez também carreira como dublador. Na dublagem começou no início dos anos de 1960 na CineCastro. Também trabalhou muito na empresa Dublasom Guanabara. Nos anos de 1970 na empresa Technisom fez a voz do Doutor Zaius na famosa serie "O Planeta dos Macacos", também fazia a voz do ator e comediante W.C. Fields em alguns filmes.

Seus trabalhos como ator na televisão e no cinema lhe absorveram muito deixando pouco tempo para a dublagem, mais volta e meia fazia algum trabalho como dublador. Era chamado de vez em quando pela Disney para dublar em longas metragens como "Aladdin e Os 40 Ladrões" aonde fez o Sultão, e em "Mulan" aonde fez o Imperador.

Não disponibilizava muito de tempo para dublar personagens fixos, então ou fazia longas metragens ou personagens secundários em series e filmes.

Há uma certa confusão na internet que fazem com sua voz e a do ex-dublador Amaury Gutemberg, filho de Amaury Costa, creditando o nome de Gutemberg em muitas de suas produções, sendo muitas delas realizadas nos de 1960, quando Gutemberg ainda era jovem e não participava da dublagem. Amaury Gutemberg teve um breve momento na dublagem por volta dos anos de 1980, ficando não mais que 2 anos na profissão e se afastando da mesma.

Arthur Costa Filho tinha um problema de nascença na coluna, que o impedia de de virar o pescoço, e mesmo com essa limitação foi um grande ator, dublador e radioator, mostrando que as limitações não eram problema pra quem vivia pelo o que gostava, um exemplo para todos.

Ele dublou até o fim da vida intercalando o seu trabalho como ator e o seu trabalho como dublador.

Faleceu no bairro da Tijuca, no Rio de Janeiro, em 31/01/2003, aos 75 anos, vítima de um infarto. Ele foi enterrado no Cemitério São Francisco Xavier, no Rio de Janeiro.




Televisão

  • 1961 - As Aventuras de Eva
  • 1970 - Irmãos Coragem ... Gentil Palhares
  • 1971 - O Homem Que Deve Morrer ... Padre
  • 1972 - História de Subúrbio
  • 1972 - Sombra de Suspeita
  • 1972 - Bicho do Mato
  • 1972 - A Patota
  • 1973 - Carinhoso ... Ramon
  • 1974 - O Crime do Zé Bigorna ... Padre Afonso
  • 1976 - Estúpido Cupido ... Padre Guido
  • 1976 - O Casarão ... Arturo
  • 1977 - À Sombra dos Laranjais ... José Motta
  • 1978 - Sinal de Alerta ... Souza
  • 1978 - Sítio do Pica-Pau Amarelo: O Minotauro ... Dédalo
  • 1979 - Feijão Maravilha ... Diretor do Clube
  • 1981 - Jogo da Vida ... Ulisses
  • 1981 - Ciranda de Pedra ... Manoel
  • 1982 - Paraíso ... Alfredo
  • 1983 - Alice & Alice ... Funcionário da Imobiliária
  • 1985 - Um Sonho a Mais ... Santana
  • 1985 - Roque Santeiro ... Drº Cipó
  • 1986 - Anos Dourados ... Olegário
  • 1986 - Cambalacho ... Juiz
  • 1990 - Escolinha do Professor Raimundo ... Natanael
  • 1994 - Você Decide (Mãe Solteira)
  • 1995 - Você Decide (O Corno Convicto)
  • 1995 - Engraçadinha, Seus Amores e Seus Pecados
  • 1999 - Chiquinha Gonzaga

Cinema

  • 1945 - Cem Garotas e Um Capote ... Como Arthur Costa
  • 1949 - Vendaval Maravilhoso ... Leite Ribeiro
  • 1959 - Aí Vem os Cadetes
  • 1970 - O Enterro da Cafetina
  • 1972 - O Grande Gozador
  • 1973 - A Filha de Madame Bettina
  • 1976 - Dona Flor e Seus Dois Maridos ... Carlinhos
  • 1987 - Romance da Empregada

Teatro

  • 1988 - Filumena Marturano


Fonte: Wikipédia e A Casa da Dublagem

Roberto Marinho

ROBERTO PISANI MARINHO
(98 anos)
Jornalista e Empresário

* Rio de Janeiro, RJ (03/12/1904)
+ Rio de Janeiro, RJ (06/08/2003)

Roberto Marinho foi um jornalista e empresário brasileiro, tendo sido o presidente das Organizações Globo de 1925 a 2003. Foi um dos homens mais ricos e poderosos do Brasil. Participou do Movimento Tenentista (Tenentismo foi o nome dado ao movimento político-militar e à série de rebeliões de jovens oficiais de baixa e média patente do Exército Brasileiro no início da década de 1920, descontentes com a situação política do Brasil), porém foi um dos primeiros a sair do Forte de Copacabana.

Herdou ainda jovem o jornal O Globo, fundado por seu pai, Irineu Marinho em 29/07/1925, o qual ele ampliou, fundando uma cadeia de rádios entre as quais se destacam a Rádio Globo e a Rádio CBN, esta última somente de notícias.

Em 26/04/1965, fundou a Rede Globo de Televisão, que se tornou o principal canal de televisão do Brasil e a quarta maior do mundo. A Rede Globo tem tido um grande desenvolvimento, durante e principalmente depois da Ditadura Militar. É especialmente na produção de telenovelas, que a TV Globo mostrou todas as suas forças, as quais têm sido exportadas para inúmeros países, inclusive a China. Hoje em dia suas empresas formam um império de mídia que tem imensa influência social e política no Brasil. Esse pool de empresas faz parte do que hoje se conhece pelo nome de Organizações Globo.

Roberto Marinho na década de 1920
Roberto Marinho sempre defendeu o liberalismo econômico, com aliança estratégica com os Estados Unidos. Foi adversário de políticos como Getúlio Vargas, Juscelino Kubitschek, Leonel Brizola e o Lula da Silva. Quando Getúlio Vargas se matou, como presidente da República em 1954, seu jornal foi destruído pela população, quase falindo. Foi acusado de ser o mentor intelectual da Ditadura Militar, apoiada por ele. Em editorial publicado pelo jornal O Globo em 07/10/1984, Roberto Marinho escreveu:

"Participamos da Revolução de 1964 identificados com os anseios nacionais de preservação das instituições democráticas, ameaçadas pela radicalização ideológica, greves, desordem social e corrupção generalizada"

Roberto Marinho também acusado de manipular as eleições para governador do Estado do Rio de Janeiro, quando Leonel Brizola venceu, e de mandar nas comunicações brasileiras no governo de José Sarney, quando Antônio Carlos Magalhães, dono de uma afiliada da Globo, foi ministro das comunicações.

Roberto Marinho e Jô Soares
Em 1989, foi acusado de manipular a edição do Jornal Nacional, após o debate de segundo turno entre Fernando Collor e Lula da Silva, para ajudar Collor a ser eleito presidente. Em 1992, Roberto Marinho, em um editorial do jornal O Globo e no noticiário Jornal Nacional, chamou Leonel Brizola de "senil". Isso valeu direito de resposta a Leonel Brizola no Jornal Nacional, que foi lido por Cid Moreira, dois anos depois, em 1994.

Com o governo Fernando Henrique, as Organizações Globo passaram por uma grande crise, retirando o nome do jornalista na lista de bilionários da revista Forbes.

Com sua primeira esposa em 1946, Stella Goulart Marinho, teve quatro filhos: Roberto Irineu Marinho, Paulo Roberto Marinho, falecido aos 19 anos, em 1970, João Roberto Marinho, e José Roberto Marinho. O segundo casamento foi com Ruth Albuquerque, em 1971, já se divorciando da primeira esposa.

Seu último casamento, o terceiro, foi com Lily Monique de Carvalho Marinho, em 1991.

Academia Brasileira de Letras

Roberto Marinho foi o 7º ocupante da cadeira 39 da Academia Brasileira de Letras, embora nunca tenha escrito um livro, eleito em 22/07/1993 na sucessão de Otto Lara Resende. Foi recebido pelo acadêmico Josué Montello em 19/10/1993.


Morte

O presidente das Organizações Globo, morreu às 22:30 hs de quarta-feira, 06/08/2003, no Rio de Janeiro. Ele havia sido internado na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Samaritano, pela manhã, em razão de um edema pulmonar. Durante todo o dia, seu estado de saúde permaneceu grave.

Às 21:30 hs, o jornalista foi levado às pressas para cirurgia. Os médicos tentaram dissolver um coágulo no pulmão, mas não obtiveram sucesso. Ele não resistiu à cirurgia.

Antes de ser levado para o hospital, Roberto Marinho estava em sua casa, no Cosme Velho, zona sul do Rio de Janeiro. Ele deixou viúva, Lily de Carvalho, e três filhos, Roberto Irineu, José Roberto e João Roberto, além de netos e bisnetos.

O corpo do jornalista foi velado, a partir das 10:00 hs de quinta-feira, 07/08/2003, em sua casa. O enterro ocorreu às 16:00 hs no Cemitério São João Batista, em Botafogo, zona sul do Rio de Janeiro.


Em nota divulgada, a família do jornalista se disse "consternada" e afirmou que Roberto Marinho tinha uma "vida reta, dedicada ao trabalho e, fundamentalmente, ao desenvolvimento do Brasil"

Fonte: Wikipédia e Folha Online

Francisco Carlos

FRANCISCO RODRIGUES FILHO
(74 anos)
Cantor e Compositor

* Rio de Janeiro, RJ (05/04/1928)
Rio de Janeiro, RJ (19/03/2003)

Sua família transferiu-se para o Recife, onde permaneceu até 1939. De volta ao Rio de Janeiro, completou os estudos diplomando-se em pintura pela Escola Nacional de Belas Artes. Ainda em sua época de estudante, apresentou-se no "Programa Casé" da Rádio Mayrink Veiga. Ao longo da vida dedicou-se ao canto e à pintura.

Seu primeiro contrato profissional foi assinado em 1946 com a Rádio Tamoio. Pouco depois, passou atuar na Rádio Globo.

Gravou seu primeiro disco em 1949 pela gravadora Star registrando os sambas canção "Abandono" (César Formenti Neto) e "Distância" (Fernando Lobo).

Em 1950, ingressou na RCA Victor e registrou em seu primeiro disco na nova gravadora a marcha carnavalesca "Meu Brotinho" (Humberto Teixeira e Luiz Gonzaga) com a qual alcançou grande sucesso, e o samba "Me Deixe Em Paz", da mesma dupla de compositores. Nesse mesmo ano, participou dos filmes "Aviso Aos Navegantes" (Watson Macedo), cantando o samba "Rio e Janeiro" (Ary Barroso), "Não é Nada Disso" (José Carlos Burle) e "Carnaval no Fogo", no qual interpretou a marcha "Meu Brotinho".


Foi contratado pela Rádio Nacional do Rio de Janeiro. Ainda no mesmo ano, gravou o samba-canção "Você Não Sabe Amar" (Dorival Caymmi, Carlos Guinle e Hugo Lima) e o bolero "Timidez" (Oldemar Magalhães e Humberto Teixeira).

Em 1951 gravou o samba-canção "Abolição" (Wilson Batista e Orestes Barbosa), o baião "Girassol" (Humberto Teixeira), a valsa "Seremos Felizes" (Gomes Cardim, Lela e Airton Amorim), o samba "Foi Milagre" (Nássara e Wilson Batista) e a marcha "Carnaval É Ilusão" (José Roy e Abelardo Barbosa), entre outras.

Em 1952, participou do filme "Carnaval Atlântida" de José Carlos Burle, onde interpretou "Quem Dá Aos Pobres" (Klécius Caldas e Armando Cavalcanti). Ainda em 1952, foi eleito o melhor cantor do ano, superando Francisco Alves na votação dos ouvintes. Também no mesmo ano, gravou os sambas-canção "Vá Embora" (Roberto Faissal), "Postal de Olinda" (Fernando Lobo e Manezinho Araújo), "Não Sou De Reclamar" (Lupicínio Rodrigues) e "Mulher De Minha Vida" (Humberto Teixeira).

Em 1953, gravou da dupla Lourival Faissal e Getúlio Macedo o samba-canção "Primeiro Amor" e o samba "A Saudade Eu Vou Levar". No mesmo ano, gravou a marcha "Promessa a São João" (Paquito e Romeu Gentil) e a valsa "Não Custa Você Voltar" (René Bittencourt).



Em 1954 registrou de Joubert de Carvalho, o fox canção "Quando Eu Partir", a canção "Dia Feliz" e as marchas "Viva São Paulo" e "Marcha das Bandeiras". Gravou também, de Lamartine Babo e Alcyr Pires Vermelho, a valsa "Alma Dos Violinos" e de Georges Moran e Carlos Barros o bolero "Ela Me Beijava".

Em 1955, gravou o tango "Última Taça" (Vicente Amar e J. Vieira). No mesmo ano, gravou em dueto com Ester de Abreu a marcha "Moreninha de Lisboa" (Irani de Oliveira e William Duba).

Em 1956, participou do filme "Colégio de Brotos", dirigido por Carlos Manga. No mesmo ano, registrou as marchas "Lá Vem Ela Sambando" (Arnô Provenzano, Otolindo Lopes e Mário Barbato) e "O Que Deus Me Deu" (Paquito, Romeu Gentil e Airton Amorim) e o samba-canção "Guerra De Nervos" (Raul Sampaio e Osvaldo Aude). Gravou também os clássicos sambas "Favela" (Hekel Tavares e Joracy Camargo) e "Agora é Cinza" (Bide e Marçal).

Em 1957 gravou o samba-canção "Ele Bebe, Ele É Louco" (Miguel Gustavo) e o bolero "Porque Brilham Os Teus Olhos" (Fernando César). Atuou ainda no filme "Garotas e Samba" (Carlos Manga). No mesmo ano, foi eleito "Rei do Rádio" recebendo 363.770 votos, sendo ainda considerado por uma revista especializada como o cantor mais querido do Brasil naquele momento.


Ao longo da carreira, gravou alguns frevos canção como "É Rim" (Sebastião Lopes) e "Pra Mim Chega" (Capiba), registrados em 1958, mesmo ano em que atuou no filme "Esse Milhão É Meu", dirigido por Carlos Manga no qual cantou "Flor Amorosa" (Catulo da Paixão Cearense e Joaquim Callado). No mesmo ano, foi eleito "Rei do Rádio", recebendo o apelido de "El Broto", com o qual se consagraria junto à juventude da época.

Apresentava-se com o slogan "O Cantor Namorado do Brasil".

Em 1959, gravou para o carnaval a marcha "A Vedete Do Ano" (Linda Rodrigues, Aldacir Louro e Geraldo Serafim).

Para o carnaval do ano seguinte, gravou a marcha "Moça Que Muito Namora" e o samba "Carnaval Vai Chegar", ambas de Pascoal Roy e Rodrigues Filho. No mesmo ano, gravou a balada "Teu Nome" (Ribamar e Osmar Navarro) e o samba "Quando A Esperança Vai Embora" (Tito Madi).

Em 1962, excursionou pela Europa com a V Caravana da UBC. No mesmo ano, gravou de sua autoria e Cleonice Maria o rock balada "Canção Do Amor Perfeito".


Em 1963, assinou contrato com a gravadora Chantecler e lançou a balada "Glória Ao Amor", de sua autoria e o samba "Foge Deste Amor", em parceria com Paulo Rogério. Nessa mesma época, lançou o LP "O Internacional Francisco Carlos", pela Chantecler.

Abandonou carreira musical em 1970, passando a se dedicar à pintura, realizando inúmeras exposições individuais e coletivas. Voltaria, contudo, ao convívio dos admiradores para fazer participações especiais em shows de carnaval ou de reveillon, contratado pela prefeitura do Rio de Janeiro.

Francisco Carlos morreu na tarde de terça-feira, 19/03/2003, aos 75 anos. Estava internado no Hospital do Câncer.

Fonte: Dicionário Cravo Albin da MPB
#FamososQuePartiram #FranciscoCarlos

Renato Barbosa

RENATO BARBOSA
(49 anos)
Cantor, Apresentador de TV e Jurado

* (1954)
+ Vassouras, RJ (25/05/2003)

Começou sua carreira no rádio nos anos 70. De lá veio o convite para fazer parte do programa "Boa Noite Brasil" de Flávio Cavalcanti na TV Bandeirantes. Nos anos 90, ganhou o comando do "Quem Sabe… Sábado!" na TV Record. Seu último trabalho foi na TV Bandeirantes, na produção do "A Noite É Uma Criança".

Renato Barbosa participou do "Programa Flávio Cavalcanti", "Show de Variedades" e "Show de Prêmios" todos no SBT. Compôs os temas de abertura dos infantis "Show Maravilha" e "Dó Ré Mi Fá Sol Lá Simony".

Ficou conhecido como o "Rei da Paródia" por suas participações no lendário "Show de Calouros", onde atuava semanalmente, às vezes até como jurado. Em uma delas, se utilizou de "Saudosa Maloca" para falar dos problemas de saúde de Silvio Santos e de "Caça e Caçador" para promover um relacionamento entre os jurados Elke Maravilha e Pedro de Lara.

No início de 2003 descobriu a doença, que se agravou em pouco tempo. Com seu jeito irreverente, bom humor, talento e criatividade, Renato Barbosa faz falta na televisão.

Renato Barbosa era solteiro e faleceu em 2003, aos 49 anos em, vítima de Câncer de Próstata.

Fonte: Central de Noticias
#FamososQuePartiram #RenatoBarbosa #OReiDaParodia

Jorge Lafond

JORGE LUÍS SOUSA LIMA
(50 anos)
Ator, Dançarino, Transexual e Humorista

* Rio de Janeiro, RJ (29/03/1952)
+ São Paulo, SP (11/01/2003)

Jorge Luís Sousa Lima, conhecido pelo seu nome artístico Jorge Lafond, famoso por seu personagem Vera Verão, foi um ator, dançarino, transformista e comediante de teatro, TV e cinema.

Aos 6 anos de idade, Jorge Lafond já tinha a consciência de que era homossexual. Em uma entrevista à revista Raça, disse:

"As pessoas falavam que ser gay era uma coisa muito feia, e eu ficava com a cabeça tontinha. Mas o medo de meus pais descobrirem era tão grande que eu procurava andar na linha e estudar bastante."

Aos 10 anos de idade, já trabalhava das 9:00 hs às 17:00 hs numa oficina mecânica. Nos fins de semana, ia com a mãe trabalhar num parque de diversões.

A Dança

Estudou balé clássico e dança afro, chegando a trabalhar com Mercedes Batista. Formou-se em teatro pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro.

Trabalhando em muitos cabarés do Rio de Janeiro, desde a Praça Mauá até Copacabana, abria os shows da meia-noite na Boate Flórida, Boate Escandinávia, Boate Barbarela e terminava a noite na Boate Kiss, em Irajá, às 5:00 hs da manhã.

Começou sua carreira como bailarino no exterior com 20 anos, viajando por toda a Europa e Estados Unidos com Haroldo Costa, que tinha um grupo folclórico, no qual Jorge Lafond permaneceu por dez anos.

Sucesso

Eventualmente acabou por entrar no corpo de bailarinos do "Fantástico" em 1982 e depois trabalhou no programa "Viva o Gordo", de Jô Soares. Em 1983 participou do especial infantil "Plunct, Plact, Zuuum" ao lado de Maria Bethânia e Aretha Marcos.

Em 1987, fez o papel de Bob Bacall na novela "Sassaricando", na Rede Globo, posteriormente sendo convidado por Renato Aragão para participar da nova formação de "Os Trapalhões", já sem o humorista Zacarias.

Mas sua carreira foi consolidada como Vera Verão, do humorístico "A Praça é Nossa", do SBT, onde permaneceu por 10 anos. Participou também em outras novelas e filmes. Além disso, Jorge Lafond saía como destaque em carros alegóricos de escolas de samba do Rio de Janeiro e de São Paulo. Na maioria das vezes, desfilava semi-nu. Fez sua estréia totalmente nu, em cima de um carro alegórico da escola de samba Beija-Flor.

Polêmicas

Em 2001 foi convidado a participar da campanha de prevenção a doenças sexualmente transmissíveis pelo Ministério da Saúde mesmo causando desagrado a militantes do Grupo Gay da Bahia e do Grupo de Gays Negros da Bahia, pois viam que a personagem Vera Verão estaria emprestando sua imagem de um estereótipo do gay que seria pejorativo.

O ator sempre se envolveu em polêmicas com relação à sua homossexualidade. Em 1999, durante o lançamento da sua autobiografia "Vera Verão: Bofes & Babados", ameaçou dizer os nomes de personalidades, inclusive de um famoso jogador de futebol, com quem já teria mantido relações.

Em uma situação atípica, no dia 10 de novembro de 2002, Jorge Lafond foi convidado para participar do quadro "Homens x Mulheres" no programa "Domingo Legal", no SBT. Caracterizado de Vera Verão, Jorge Lafond integrava o lado feminino da disputa e foi retirado do palco após um pedido do padre Marcelo Rossi, que se apresentaria dali a alguns minutos. Enquanto aguardava arrasado nos bastidores, a produção solicitou insistentemente que o mesmo retornasse, pois o padre já havia saído. Porém, constrangido e amargurado com a situação, ele não voltou.

No dia 17 de novembro de 2002, uma semana depois do incidente, Jorge Lafond foi internado em estado grave, com problemas cardíacos. "Ele não teve como reagir a esta agressão e durante toda a semana ficou cabisbaixo e pensativo", disse o seu empresário, Marcelo Padilha, o que teria, acredita ele, culminado no mal-estar sentido por Jorge Lafond no domingo. Num primeiro momento, os médicos diagnosticaram uma crise hipertensiva.

Depois deste incidente, diversas foram suas internações no hospital, sendo a última em 28 de dezembro de 2002, quando seu problema de saúde se agravou com uma crise renal, levando-o à morte.

Falecimento

Hipertenso e vindo de problemas cardíacos, Jorge Lafond, aos 50 anos, não teria reagido emocionalmente muito bem àquele incidente e passou a desenvolver depressão em novembro de 2002, até que, em 28 de dezembro de 2002, foi vítima de Parada Cardiorrespiratória e acabou internado no Hospital Sepaco, na Vila Mariana, zona sul da cidade de São Paulo. Sofreu complicações renais e chegou a fazer diálise. Seu fim deu-se com falência múltipla dos órgãos seguido de um infarto fulminante no dia 11 de janeiro de 2003, às 01:40 hs.

Jorge Lafond e Gilles
Homenagens Póstumas

Seu corpo foi trasladado ao Rio de Janeiro para ser sepultado no Cemitério do Irajá, zona norte, acompanhado por cerca de cinco mil pessoas. A Polícia Militar teve de pedir reforço para conter os ânimos dos fãs que exibiam faixas e cartazes em homenagem ao ator, além de aplausos.

Em 10 de agosto de 2005, representantes de grupos homossexuais, especialmente do Quibanda-Dudu, homenagearam o ministro da Cultura, Gilberto Gil, como o "mais destacado afro-brasileiro simpatizante da libertação homossexual", dando a ele um relatório sobre grupos gays negros do Brasil, contendo pequenas biografias de personalidades homossexuais negras, como Vera Verão e Madame Satã.

Foi também homenageado no dia 5 de setembro de 2010, no programa Eliana exibido no SBT, pelo drag queen Dimmy Kieer.

Televisão

  • 1981 - Viva o Gordo
  • 1983 - Plunct, Plact, Zuuum ... Dançarino do Espaço
  • 1983 - Voltei Pra Você ... Zé dos Diamantes
  • 1987 - Sassaricando ... Bob Bacall
  • 1987 a 2003 - A Praça é Nossa ... Vera Verão
  • 1989 - Kananga do Japão ... Madame Satã
  • 1991 - Os Trapalhões ... Divino
  • 1993 - Adjeci Soares em Focus ... Jorge
  • 1999 - Meu Cunhado ... Verônica

Cinema

  • 1982 - Rio Babilônia ... Dançarino da Boate
  • 1983 - Bar Esperança ... Luis
  • 1984 - Bete Balanço ... Jorge Lafont
  • 1987 - Leila Diniz ... Waldeck

Fonte:  Wikipédia
#FamososQuePartiram #JorgeLafond

Celly Campello

CÉLIA BENELLI CAMPELLO
(60 anos)
Cantora

* Taubaté, SP (18/06/1942)
+ Campinas, SP (04/03/2003)

Celly Campello foi uma cantora e precursora do rock no Brasil. Também fez uma participação como atriz na novela "Estúpido Cupido".

Depois de casada, passou a assinar Célia Campello Gomes Chacon.

Nascida na capital paulista e criada em Taubaté, Celly começou sua carreira precocemente: dançou "Tico-Tico no Fubá" aos cinco anos numa apresentação infantil. Com seis anos cantou na Rádio Cacique em Taubaté, aonde passou toda sua infância. Se tornou uma das participantes do "Clube do Guri" na Rádio Difusora de Taubaté. Estudou piano, violão e balé durante a infância.

Aos doze anos já tinha o próprio programa de rádio, também na Rádio Cacique. Aos quinze anos de idade (1958) gravou o primeiro disco, em São Paulo no outro lado do primeiro 78 rotações do irmão Tony Campello que a acompanhou em boa parte da carreira como cantora e atriz. Estreou na televisão no programa "Campeões do Disco", da TV Tupi, em 1958.

Em 1959 estreou um programa próprio ao lado do irmão Tony Campello, intitulado "Celly e Tony em Hi-Fi", na TV Record, o qual apresentou por dois anos.

A carreira explodiu em 1959 com a versão brasileira de "Stupid Cupid", que no Brasil virou "Estúpido Cupido". A música foi lançada no programa do Chacrinha e se tornou um sucesso em todo país no ano de 1959. Nesse mesmo ano participou do longa-metragem de Mazzaropi, "Jeca Tatu".

Durante a carreira gravou outros sucessos: "Lacinhos Cor-de-Rosa", "Billy", "Banho de Lua", que lhe renderam inúmeros prêmios e troféus, inclusive no exterior, e lhe deram o título de "Rainha do Rock Brasileiro".

Para tristeza de toda uma geração que se espelhou no trabalho, Celly abandonou a carreira no auge, aos 20 anos, para se casar e morar em Campinas. Isso ocorreu em 1962, com José Eduardo Gomes Chacon, o namorado desde a adolescência.

Celly vinha sendo cogitada para apresentar o programa "Jovem Guarda", na TV Record, ao lado de Roberto e Erasmo Carlos. Como abandonou a carreira, Wanderléa tomou seu lugar.

Em 1976, foi trazida de novo ao sucesso graças a telenovela "Estúpido Cupido", homônimo do grande sucesso, de 1959, na TV Globo, na qual gravou uma participação especial. Incentivada pelo sucesso da novela, tentaria retomar a carreira, chegando a gravar um disco e fazendo alguns espetáculos. Mas com o término da novela, voltou ao ostracismo.

Em 2008, a Rede Globo licenciou as canções "Banho de Lua" e "Broto Legal" para serem utilizadas como música incidental da novela "Ciranda de Pedra". Nenhuma das duas foi incluída no CD de trilha sonora da novela.

Vítima de um Câncer, Celly faleceu no Hospital Samaritano em Campinas. A morte do "Brotinho de Taubaté", como era chamada, foi uma grande perda para o Brasil.

Fonte: Wikipédia
#FamososQuePartiram #CellyCampello

Carlos Eduardo Dolabella

CARLOS EDUARDO BOUÇAS DOLABELLA
(65 anos)
Ator

☼ Rio de Janeiro, RJ (11/06/1937)
┼ Rio de Janeiro, RJ (26/05/2003)

Carlos Eduardo Dolabella foi um ator brasileiro nascido no Rio de Janeiro, RJ, no dia 11/06/1937. Ele foi um dos grandes galãs das telenovelas brasileiras nos anos 70 e 80. Foi casado com a atriz Pepita Rodrigues, com quem teve 2 filhos, entre eles o também ator Dado Dolabella. Teve mais dois filhos de outro casamento.

Em 37 anos de profissão, Carlos Eduardo Dolabella fez 29 novelas, quatro minisséries e 13 casos especiais. No teatro, participou de 16 peças e no cinema atuou em 15 filmes.

Formado em Relações Públicas na Suíça, onde aprendeu um falar cinco idiomas, Carlos Eduardo Dolabella ganhou seu primeiro prêmio de melhor ator em 1962, ao participar de um festival de teatro amador.

Em 1965, fez seu primeiro trabalho como profissional, atuando na peça "A Dama do Maxim's", junto de Tônia Carrero e Paulo Autran. Na televisão, estreou em 1966 na novela "O Amor Tem Cara de Mulher", de Cassiano Gabus Mendes.


Em 1970, interpretou o Delegado Falcão em "Irmãos Coragem" e em 1972 fez "Selva de Pedra", ambas grandes sucesso de Janete Clair.

Em 1973 participou de "O Bem Amado", de Dias Gomes, como Neco Pedreira. Em "O Pagador de Promessas", de 1988, fez Tião Gadelha.

Participou, também uma das novelas "A Próxima Vítima" (1995) e "Por Amor" (1997).

Carlos Eduardo Dolabella trabalhou também na novela "Força De Um Desejo" (1999), nas minisséries "Labirinto" (1998), "A Muralha" (2000) e "Engraçadinha: Seus Amores e Seus Pecados" (1995).

Seu último trabalho na televisão foi na novela "Porto dos Milagres", em 2001.

Morte

Carlos Eduardo Dolabella faleceu na noite de 26/05/2003, aos 65 anos, no Hospital Samaritano, em Botafogo, Zona Sul do Rio de Janeiro, onde estava internado desde 12/02/2003 devido a uma arritmia cardíaca. Ele teve falência múltipla dos órgãos.

Carlos Eduardo Dolabella sofria de diabetes, insuficiência renal crônica, osteomielite (inflamação óssea) e estava com pneumonia. Há cerca de dez dias, seu estado já era grave. Na ocasião, os médicos disseram que o ator estava sedado, respirando com ajuda de aparelhos e monitorado permanentemente.

Em julho de 2002, Carlos Eduardo Dolabella passou por uma cirurgia de cinco horas no Hospital Pró-Cardíaco, também em Botafogo, após um enfarte, e recebeu três pontes de safena. Em março de 2003, passou por uma angioplastia devido a outro enfarte.

Trabalhos


Televisão
  • 2001 - Porto dos Milagres ... Comendador Severo
  • 2000 - A Muralha ... João Antunes
  • 1999 - Força de um Desejo ... Comendador Queiroz
  • 1998 - Sai de Baixo ... Tomas Antibes (Episódio "Botando os Bofes Pra Fora")
  • 1998 - Torre de Babel ... Fernando Pagão
  • 1998 - Meu Bem Querer ... Fazendeiro Goiano
  • 1998 - Labirinto ... Cerqueira
  • 1997 - Por Amor ... Arnaldo de Barros Motta
  • 1996 - O Campeão ... Drummond
  • 1995 - A Próxima Vítima ... Giggio de Angelis
  • 1995 - Engraçadinha: Seus Amores e Seus Pecados ... Pai de Cadelão
  • 1994 - Incidente em Antares ... Quintiliano do Vale
  • 1991 - O Guarani ... D. Antônio de Mariz
  • 1990 - Kananga do Japão ... Orestes
  • 1988 - O Pagador de Promessas ... Tião Gadelha
  • 1986 - Hipertensão ... Marcos
  • 1984 - Amor Com Amor se Paga ... Bruno
  • 1983 - Eu Prometo ... Advogado Criminalista (Participação Especial)
  • 1983 - Louco Amor ... Fernando Lins
  • 1980 - Água-Viva ... Heitor
  • 1980 - O Bem-Amado (Seriado) ... Neco Pedreira
  • 1979 - Pai Herói ... Promotor
  • 1978 - Sinal de Alerta ... Chico Tibiriçá
  • 1977 - O Astro ... Natal
  • 1977 - Espelho Mágico ... Edgar Rabelo
  • 1976 - Saramandaia ... Homão
  • 1975 - Bravo! ... Edu Ribas
  • 1974 - O Espigão ... Marcito Camará
  • 1973 - O Bem-Amado ... Neco Pedreira
  • 1972 - Selva de Pedra ... Caio
  • 1971 - O Homem Que Deve Morrer ... Cesário
  • 1970 - Irmãos Coragem ... Diogo Falcão
  • 1969 - Véu de Noiva ... Armando
  • 1969 - Rosa Rebelde ... Ludovico
  • 1967 - Sangue e Areia ... Canabarro
  • 1967 - A Rainha Louca ... Don Juan
  • 1966 - O Amor Tem Cara de Mulher
  • 1965 - Coração

Cinema
  • 1994 - Boca
  • 1990 - O Mistério de Robin Hood
  • 1979 - O Caso Cláudia
  • 1979 - Dani, um Cachorro Muito Louco
  • 1976 - O Pai do Povo
  • 1976 - O Flagrante
  • 1974 - Gente Que Transa
  • 1974 - Motel
  • 1974 - A Estrela Sobe
  • 1973 - As Moças Daquela Hora
  • 1973 - O Descarte
  • 1972 - Revólveres não Cospem Flores
  • 1969 - O Matador Profissional
  • 1969 - Os Raptores
  • 1969 - Matou a Família e Foi ao Cinema
  • 1968 - As Sete Faces de um Cafajeste
  • 1968 - A Noite do Meu Bem
  • 1967 - Tarzan e o Grande Rio (Não Creditado)
  • 1967 - Carnaval Barra Limpa
  • 1966 - Engraçadinha Depois dos Trinta

Fonte: WikipédiaEstadão e Terra
#FamososQuePartiram #CarlosEduardoDolabella