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Doriel de Oliveira

DORIEL DE OLIVEIRA
(77 anos)
Pastor e Fundador da Igreja Casa da Bênção

☼ Araraquara, SP (27/05/1939)
┼ Brasília, DF (17/11/2016)

Doriel de Oliveira foi um pastor e fundador da igreja Casa da Benção, nascido em Araraquara, SP, no dia 27/05/1939. Era filho de Cycero de Oliveira e Idulmira Lyrio de Oliveira.  Era doutor em Teologia pela Jacksonville Theological Seminary - Flórida, Estados Unidos, presidente da Igreja Tabernáculo Evangélico de Jesus (ITEJ), conhecida como Casa da Bênção. Tinha sob sua responsabilidade mais de 2.000 igrejas em vários Estados do Brasil e 25 igrejas no exterior como nos Estados Unidos, Angola, Alemanha, Itália, Suíça, Japão, Portugal e Espanha.

Recebeu seu chamado para o Ministério ainda adolescente, aos 16 anos, quando participou de um culto realizado por dois missionários norte-americanos em uma tenda. Neste dia, estava presente uma menina com uma perna bem maior que a outra, cerca de uns 10 centímetros, o que a obrigava usar um aparelho especial. Um dos missionários falava que Deus havia-lhe revelado que aquela menina seria curada naquela noite.

Trazida do meio da multidão para frente, foi colocada sentada num ponto que dava para ser vista por todos. Chegada a hora, ele pediu que todos fechassem os olhos, mas Doriel de Oliveira, que depois de muito se espremer conseguiu chegar à frente da multidão, junto a uma corda prestava toda a atenção possível.


Durante a oração a perna da menina, como se tivera uma mola começou a crescer… Num instante, como se a fé lhe falhasse, retornou ao estado original, mas o Pastor clamou mais acirradamente ao Senhor e, para seu deslumbramento Doriel de Oliveira presenciou o primeiro milagre da sua vida. Naquele momento ele dobrou seus joelhos e aceitou Jesus como seu Salvador.

Doriel de Oliveira exercia o cargo de Presidente do Seminário Nacional da Igreja Tabernáculo Evangélico de Jesus, que anualmente centenas de pessoas são formadas para a obra de missões, sendo que vários destes já foram fazer a obra em outros países, também era presidente do Supremo Concílio da ITEJ e vice- presidente do Conselho de Pastores e Igrejas Evangélicas do Distrito Federal.

Por direção de Deus, foi para Belo Horizonte, MG, onde conseguiu alugar um pequeno salão para a nova e promissora igreja. Foi atrás das rádios para conseguir divulgar o seu ministério. A Casa da Benção foi inaugurada em 09/06/1964. O começo foi muito difícil e o povo continuava indiferente ao Evangelho, até que toda equipe programou uma grande campanha evangelística onde muitos foram curados e libertos, deixando-os espantados com o estrondoso sucesso conseguido. E desde então a igreja passou a ser forte, com cultos realizados pela manhã, tarde e noite. A obra se estendeu por Belo Horizonte e por inúmeras cidades de Minas Gerais.


No dia 31/05/1970, Doriel de Oliveira e sua comitiva mudaram-se para Brasília, optando por Taguatinga, onde os terrenos eram mais baratos e eram permitidas construções de madeiras. Com o crescimento da igreja em Brasília nasceu a necessidade de levar esta mensagem aos demais Estados da Federação.

No dia 08/07/1985 foi inaugurada a Catedral da Bênção, com cerca de 2.000 mts²,  um grande sonho realizado por Deus.

O ano de 1987 foi marcado por um acelerado crescimento da igreja Casa da Bênção em todo o Brasil e outros países como Estados Unidos, Japão, Alemanha, entre outros.

Doriel de Oliveira era casado com Ruth Brunelli de Oliveira e é pai de três filhos: A missionária Lílian Brunelli, o pastor Júnior Brunelli e o caçula Samuel Wesley de Oliveira.

Ex-deputado evangelico Júnior Brunelli
Oração da Propina

Seu filho, ex-deputado distrital, Júnior Brunelli ficou famoso em todo o país no episódio que ficou conhecido como a "Oração da Propina". Em 2009, Júnior Brunelli, o então colega de Câmara Legislativa Leonardo Prudente e Durval Barbosa, delator da Caixa de Pandora, fazem uma oração após receberem dinheiro desviado.

Em maio de 2012, Júnior Brunelli chegou a ser preso pela Polícia Civil, depois de dois dias foragido. Ele é acusado de desviar R$ 1,7 milhão de emendas parlamentares.

Morte

Doriel de Oliveira morreu na quinta-feira, 17/11/2016, em Brasília, DF, aos 77 anos. Doriel de Oliveira estava internado desde o fim de agosto de 2015 no Hospital Brasília, no Lago Sul, após sofrer fortes dores abdominais.

O velório ocorrerá na quarta-feira, 23/11/2016, à tarde, na Catedral da Bênção, em Taguatinga, DF. O enterro será às 10h00 de quinta-feira, 24/11/2016, no Cemitério Campo da Esperança em Brasília, DF.

A ideia de esperar uma semana entre a morte e a cerimônia é dar tempo de fiéis de todo o país virem para Brasília.

José Rozenblit

JOSÉ ROZENBLIT
(89 anos)
Empresário

☼ Recife, PE (1927)
┼ Recife, PE (20/10/2016)

José Rozenblit foi um empresário brasileiro nascido em Recife, PE, no ano de 1927. Foi um dos fundadores da Fábrica de Discos Rozenblit, considerada por anos a maior fábrica de vinil do Brasil.

Seu pai possuía uma loja e após uma viagem aos Estados Unidos, José Rozenblit passou a importar e comercializar discos na loja da família e não demorou muito para inaugurar a Lojas do Bom Gosto, especializada em discos.

Em parceria com os irmãos, no dia 11/06/1954 fundou a Fábrica de Discos Rozenblit e que por anos foi a líder no mercado fonográfica como fornecedora de discos (22% do mercado nacional e 50% do regional). Paralelamente a fabricação do vinil, José Rozenblit manteve vários selos (gravadoras), sendo o principal, o selo Mocambo.

Após várias enchentes que quase destruíram a fábrica, em 1966, 1967, 1970, 1975 e 1977, além da concorrência, fizeram com que a Discos Rozenblit fechassem as portas em meados da década de 1980.

José Rozenblit foi presidente do Sport Club do Recife entre 1969 e 1970.

Fábrica de Disco Rozenblit

A indústria fonográfica no Brasil teve sua primeira fábrica de discos, a Odeon, por iniciativa do imigrante tchecoslovaco, de origem judaica, Frederico Figner (Fred Figner). A Odeon foi instalada no bairro da Tijuca, Rio de Janeiro, e manteve a liderança até 1924, quando o processo de gravação elétrica foi criado pela Victor Talking Machine, uma revolução na história da indústria fonográfica.

Produziram-se, assim, os discos de 78 rpm (Rotações Por Minuto) que reinaram até a década de 1960 e foram substituídos pelo LP (Long Playing = Longa Gravação), contendo entre quatro e doze músicas. No período de 1930 a 1960, o número de fábricas fonográficas no Brasil passou de três, Odeon, Victor e Colúmbia, para 150.

Dentre tantas, a única grande gravadora brasileira localizada fora do eixo Sul-Sudeste do país foi a Fábrica de Discos Rozenblit, que funcionou no Recife entre os anos de 1954 a 1984.

O comerciante José Rozenblit, criador da Fábrica de Discos Rozenblit Ltda., era proprietário de um estabelecimento comercial, as Lojas do Bom Gosto, que ficava próximo à Ponte da Boa Vista, no centro do Recife.

Lá, o cliente dispunha de seis cabinas, onde podia ouvir os álbuns antes de comprá-los ou não. Também podia se encontrar uma cabina especial de gravação, onde o cliente podia gravar jingles ou sua voz em acetato - algo raro no país.

A Loja não vendia apenas discos, ela também comercializava eletrodomésticos e móveis modernos, contudo, os vinis eram os responsáveis pela sua fama na cidade. Vez por outra, artistas plásticos locais expunham seus trabalhos no espaço físico da loja. Dessa forma, José Rozenblit se tornou conhecido entre artistas e intelectuais da cidade.

Em 1953, gravou duas composições de frevo, que foram prensadas no Rio de Janeiro, escolhidas pelo maestro Nelson Ferreira. O frevo de rua "Come e Dorme" e o frevo-canção "Boneca". O primeiro de autoria do próprio maestro e o segundo de José Menezes e Aldemar Paiva.

Esse fato foi decisivo para a criação da Fábrica de Discos Rozenblit. Em sociedade com os irmãos Isaac e Adolfo, a Fábrica, foi fundada em 11/06/1954, e instalada na Estrada dos Remédios, no bairro de Afogados. A estrutura abrigava dependências que serviam adequadamente ao processo de produção de discos, desde a gravação até a comercialização. Possuía um estúdio que comportava uma orquestra sinfônica e um moderno parque gráfico.


A criação da Fábrica quebrou o sistema de dependência de uma indústria estrangeira, a RCA Victor, para a produção e divulgação de discos de frevo e favoreceu a gravação de outros ritmos pernambucanos como o baião, coco, xote, maracatu, ciranda.  Aliás, a preocupação com a música local e regional caracterizou a produção da Fábrica de Discos Rozenblit que, esporadicamente, também produziu alguma coisa do eixo Rio-São Paulo.

Abriu filiais no Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre e investiu no mercado nacional: lançou artistas como Zé Ramalho e Tom Zé, e sucessos de grandes compositores como Pixinguinha, Tom Jobim e Ary Barroso.

A Fábrica de Discos Rozenblit também foi responsável por muitos sucessos internacionais. Parceira de gravadoras estrangeiras como Mercury, Barclay, Kapp entre outras, as matrizes de discos estrangeiros eram compradas, prensadas e embaladas e, dessa forma, a Rozenblit lançou no Brasil artistas como Steve Wonder, Diana Ross, Louis Armstrong.

A Fábrica de Discos também se dedicou a gravar vozes de escritores pernambucanos ora em prosa ora em versos, a exemplo de Gilberto Freyre, Ascenso Ferreira e Mauro Mota.

A marca visual dos discos da Rozenblit passou por vários selos de identificação onde o mais conhecido foi o Mocambo, utilizado desde 1953. Outros selos utilizados foram: Passarela, AU (Artistas Unidos), Arquivo e o Solar.

Coube a Fábrica de Discos Rozenblit o pioneirismo de gravar um disco do bloco O Bafo da Onça, um dos mais conhecidos do carnaval carioca.

No fim da década de 1960, gravou ao vivo as doze músicas classificadas do II Festival de Música Popular Brasileira promovido pela TV Record, São Paulo. Entre elas: "Disparada", de Geraldo Vandré, e "A Banda", de Chico Buarque

O inovador movimento Udigrudi - o movimento contra-cultural recifense que conciliava o rock psicodélico e a música regional, ilustrado não apenas pela música, mas também por peças teatrais, textos, cinema, artes plásticas e até artesanato - teve vez na Rozenblit. Dessa experiência, foram produzidos os discos "Satwa" (todo instrumental), de Lula Cortês e Lailson, e o "Paêbirú - Caminho da Montanha do Sol", de Lula Cortês e Zé Ramalho, que também reuniu grandes nomes como Geraldo Azevedo e Alceu Valença.


O maior sucesso nacional da Fábrica de Discos Rozenblit, entretanto, foi o frevo "Evocação nº 1" (Nelson Ferreira), seguido da marcha-rancho "Máscara Negra" (Zé Keti e Pereira Matos) e "Maria Betânia" (Capiba).

Embora o pioneirismo na divulgação da música nordestina e regional e, com menos frequência, da música nacional resultasse no sucesso da Fábrica de Discos Rozenblit, a competição com as gravadoras multinacionais enfraqueceu sua trajetória ascendente. As dificuldades financeiras começaram a surgir e se agravaram quando a Fábrica foi atingida pelas enchentes de 1966, 1967, 1970, 1975 e 1977.

Em 1966, a Fábrica de Discos Rozenblit foi praticamente arruinada. Contando com a ajuda oficial e privada foi restaurada em alguns meses.

Em 1967, a enchente destruiu quase tudo e a Fábrica de Discos Rozenblit ficou funcionando precariamente.

Em 1975, a ajuda veio do governo do Estado de Pernambuco que, por intermédio do Condepe, concedeu empréstimo para compra de equipamentos para soerguer a Fábrica. 

Na década de 1980, depois de muitos anos de sucesso e alguns de perda e grandes dificuldades financeiras, a Fábrica de Discos Rozenblit encerrou suas atividades.

José Rozenblit foi homenageado pelo Carnaval do Recife em 2003, e, há alguns anos, mantinha postura reservada e sofria complicações de um acidente vascular cerebral.

Para o historiador pernambucano Jacques Ribemboim, a importância de José Rozenblit, cujo nome tem origem russa, para a cultura do Estado vai além da música. Em Boa Vista, o berço das artes plásticas pernambucanas, Jacques Ribemboim cita a família Rozenblit, que residia no Centro do Recife, onde José Rozenblit viveu até o casamento, quando mudou-se para a Av. 17 de Agosto, em Casa Forte - endereço tombado hoje como referência da arquitetura modernista local.

"Muitos artistas locais só conseguiram lançar seus discos no mercado graças à Fábrica Rozenblit. Mas o legado foi além. Ele promoveu artistas locais ao encarregá-los da concepção das capas desses discos. Entre os chamados 'capistas' da Rozenblit, se lançaram grandes artistas plásticos locais. Ele contratou, por exemplo, Wilton de Souza. Wilton de Souza, junto com Lula Cardoso Ayres, que por sua vez não chegou a integrar o quadro de funcionários da Fábrica, foi um dos principais precursores do design pernambucano. Um pioneiro!"
(Jacques Ribemboim)


O artista plástico Wilton de Souza, que fundou o Clube da Gravura e o Ateliê Coletivo em parceria com Abelardo da Hora, Gilvan Samico, José Cláudio e outros nomes das artes plásticas do Estado, via em José Rozenblit um incentivador. Foi, por muitos anos, encarregado de coordenar o departamento de artes da fábrica.

"Perdemos um elemento de grande sensibilidade, não somente pela música, pela divulgação do nosso frevo, dos ritmos locais, mas pela arte de maneira geral", observa. Wilton de Souza se recorda do teste para trabalhar na Fábrica, um desenho que seria encartado em LP, e dos conselhos trocados com o empresário em relação à indústria da música e aos nomes dos discos prensados na Rozenblit. Em entrevista ao Viver, se emociona: "Falar sobre Rozenblit é, para mim, uma oportunidade de devolver um pouco do que ele me proporcionou", diz.

No documentário "Rosa de Sangue", com direção, roteiro e produção da jornalista e produtora cultural pernambucana Melina Hickson, a história da gravadora se revela em detalhes. Premiado com o 1º lugar de Melhor Documentário da XXV Jornada Internacional de Cinema da Bahia e 3º Lugar na categoria documental do VI Festival de Vídeo de Teresina, em 1998, ano em que foi lançado, o filme reúne depoimentos de músicos locais e nomes ligados à indústria fonográfica, como Zé da Flauta, Lula Côrtes e Zé Ramalho. Nele, é reforçado o valor histórico da Fábrica Rozenblit, naquela época o maior parque industrial fonográfico do país fora do eixo Rio-São Paulo.

"José Rozenblit foi um visionário. Ele estava recluso há muitos anos. Não falava à imprensa, o que reforça o valor documental de 'Rosa de Sangue', para o qual ele abriu as portas por vários dias de registros e gravações", explica Melina Hickson.

Ela aborda, nas filmagens, não somente as memórias da fase áurea da gravadora, mas também sua derrocada. "As cheias do Recife levaram muito material dele por água abaixo. Ele foi processado por muitos músicos, ficou muito abatido", conta Melina Hickson. Por vezes, enchentes quase destruíram a empresa, causando enormes prejuízos a José Rozenblit, que optou pelo encerramento das atividades da Fábrica em meados dos anos 1980. A situação era insustentável: praticamente todo o acervo de fitas matrizes havia sido perdido em sucessivas inundações nas décadas de 1960 e 1970.

Morte

José Rozenblit faleceu na noite do sábado, 29/10/2016, aos 89 anos, em consequência de um Acidente Vascular Cerebral (AVC). Poucas pessoas, entre familiares e amigos, compareceram à cerimônia judaica, que foi bastante simples, como pede a religião. José Rozenblit foi enterrado na manhã de domingo, 30/10/2016, no Cemitério Israelita, no Barro. 

Com a morte dele vai embora também um testemunho histórico da música do Estado, do Nordeste e do Brasil, de 1954 a 1984, período em que a fábrica produziu mais de dois mil discos. 

Indicação: Miguel Sampaio

Carlos Alberto Torres

CARLOS ALBERTO TORRES
(72 anos)
Jogador de Futebol, Técnico e Comentarista Esportivo

☼ Rio de Janeiro, RJ (17/07/1944)
┼ Rio de Janeiro, RJ (25/10/2016)

Carlos Alberto Torres foi um futebolista, treinador e comentarista esportivo brasileiro, nascido no Rio de Janeiro, RJ, no dia 17/07/1944. Em sua longa carreira, atuou como lateral-direito, tendo sido um dos símbolos do clássico futebol brasileiro, eternizado pela conquista do tricampeonato mundial na Copa do Mundo de 1970 no México.

Considerado um dos maiores jogadores da história em sua posição, ele foi o capitão da Seleção Brasileira que ganhou a Copa do Mundo de 1970, no México, ficando conhecido como o "Capitão do Tri". No que diz respeito aos clubes, Carlos Alberto Torres jogou pelo Fluminense, Botafogo, Flamengo, California Surf, Santos e New York Cosmos. Ele foi o companheiro de Pelé nos últimos dois clubes.

Carioca de Vila da Penha, Carlos Alberto Torres foi revelado pelo Fluminense, sendo medalhista de ouro nos Jogos Pan-Americanos de 1963, disputados em São Paulo, e foi campeão do Campeonato Carioca de 1964. Logo depois, se transferiria para o Santos.

Quando Carlos Alberto Torres chegou na Vila Belmiro em 1965, o Santos atravessava o seu apogeu, com conquistas como o bicampeonato da Copa Libertadores da América e do Mundial de Clubes.


Muitos cronistas dizem que ele foi um dos maiores laterais-direitos de todos os tempos. Tinha habilidade, respeito dos companheiros e, como uma de suas características principais, uma forte personalidade.

Pelo Santos foi pentacampeão paulista em 1965, 1967, 1968, 1969 e 1973, ano em que conquistou seu último título pelo time da Vila Belmiro.

Em 1971, atuou por empréstimo com a camisa do Botafogo em 22 jogos, onde também se destacou nos 3 meses que por lá passou.

Em 1976 retornou ao Fluminense, onde fez parte do time que ficou conhecido como a "Máquina Tricolor", sendo bicampeão carioca no Campeonato Carioca de Futebol de 1976, semifinalista do Campeonato Brasileiro de 1976, depois passando pelo Flamengo.

Carlos Alberto Torres marcou sua história em todos os times que jogou, pois conseguiu se firmar e ganhar respeito em vários times de craques, mesmo na Seleção Brasileira tricampeã de 1970, onde era um dos líderes e o capitão da equipe.

Em março de 2004, Carlos Alberto Torres foi nomeado por Pelé um dos 125 melhores jogadores vivos do mundo.

Seleção Brasileira

Em 1964, um Pacaembu lotado vaiou quando a Argentina goleou o Brasil na final da Taça das Nações. "Meteram duas ou três bolas aqui atrás, não houve cobertura e quase que eu fui crucificado", contou. O técnico Vicente Feola disse que Carlos Alberto Torres era indisciplinado. O veterano Djalma Santos recuperou o posto de titular.

Cortado da Seleção Brasileira que fracassou na Copa de 1966, Carlos Alberto Torres voltou em 1968 como capitão.

"Não temos ninguém que se aproxime, que possa chegar perto de exercer essa liderança com naturalidade que ele exercia, em uma geração que nunca tivemos igual no futebol brasileiro. Buscar outro Carlos Alberto Torres é impossível, mas tem que se espelhar nele!"
(Galvão Bueno)

Carlos Alberto Torres era dono de uma personalidade marcante e de muita elegância em campo. Tinha um estilo de liderança que não poupava ninguém de suas críticas - nem mesmo Pelé, que é 4 anos mais velho.

Carlos Alberto Torres não era capitão apenas na hora do cara ou coroa. Ele foi um dos que pediram a Zagallo a escalação de Everaldo no lugar de Marco Antônio, então com 19 anos e inexperiente demais, na avaliação do grupo.

Um episódio que demonstra bem seu estilo de liderança, aconteceu na partida que o Brasil venceu a Inglaterra por 1x0 na Copa de 1970. Carlos Alberto Torres abandonou a posição só para dar uma entrada mais forte no ponta inglês Francis Lee, que tinha chutado o rosto de Félix. Depois do lance, Francis Lee sumiu do jogo.

Clodoaldo, Carlos Alberto Torres e Felix
Como Treinador

Em seu primeiro ano como treinador, já se consagrou Campeão Brasileiro pelo Flamengo. Foi treinador do Fluminense no bicampeonato carioca, em 1984.

Em 1985, foi bicampeão pernambucano pelo Clube Náutico Capibaribe.

Em 1993 foi campeão da Copa Conmebol pelo Botafogo.

Carreira Política e Vida Pessoal

Na política, Carlos Alberto Torres era filiado ao Partido Democrático Trabalhista (PDT). Foi vereador de 1989 a 1993, ocupando a vice-presidência e a primeira secretaria da Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro.

Em 2008 tentou uma vaga para vice-prefeito da capital fluminense, na chapa de Paulo Ramos, não se elegendo.

Carlos Alberto Torres foi casado três vezes: com Sueli, mãe dos seus filhos Andréa e Alexandre Torres, também jogador, com a atriz Terezinha Sodré e com Graça, sua ultima esposa.

Morte

Carlos Alberto Torres morreu aos 72 anos, na terça-feira, 25/10/2016, vítima de um infarto fulminante em sua casa, no Rio de Janeiro, RJ. Ele fez sua última aparição no SporTV, onde era comentarista, apenas dois dias antes de sua morte, quando participou do programa "Troca de Passes".

Carlos Alberto Torres ainda foi levado para o Hospital Riomar, onde chegou por volta das 11h00 com parada cardiorrespiratória, mas as tentativas de reanimá-lo foram em vão. O detalhe é que Carlos Alberto Torres tinha um irmão gêmeo, Carlos Roberto, falecido há um mês.

Seu corpo foi velado na sede da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), na Barra da Tijuca, e o enterro aconteceu na manhã de quarta-feira, 26/10/2016, no Cemitério de Irajá, na Zona Norte do Rio de Janeiro.

"Tudo foi feito, mas não teve reanimação. Foi provavelmente um infarto agudo do miocárdio. Algumas vezes obtemos êxito. Teríamos condições de reanimar com procedimento, mas ele não nos deu essa chance. Ele já tinha algumas doenças que poderiam levar a esse fato. Sem contar a idade, 72 anos. Chegou acompanhado da esposa, desacordado, sem nenhuma resposta e sem sinais de vida naquele momento. As manobras foram adotadas naquele momento, mas não obtivemos resposta. É lamentável." - disse o médico Marcelo Meucci.

Títulos

Como Jogador:

Fluminense
  • 1964 - Campeonato Carioca
  • 1966 - Taça Guanabara
  • 1975 - Campeonato Carioca
  • 1975 - Taça Guanabara
  • 1976 - Campeonato Carioca
  • 1976 - Torneio de Paris
  • 1976 - Torneio Viña del Mar

Santos
  • 1965 - Campeonato Brasileiro
  • 1965 - Campeonato Paulista
  • 1966 - Torneio Rio-São Paulo (Rio de Janeiro x São Paulo)
  • 1967 - Campeonato Paulista
  • 1968 - Recopa Sul-Americana
  • 1968 - Campeonato Brasileiro
  • 1968 - Campeonato Paulista
  • 1969 - Campeonato Paulista
  • 1973 - Campeonato Paulista

New York Cosmos
  • 1977 - NASL Exterior Championships
  • 1978 - NASL Exterior Championships
  • 1978 - Eastern Division (National Conference)
  • 1979 - Eastern Division (National Conference)
  • 1980 - NASL Exterior Championships
  • 1980 - Eastern Division (National Conference)
  • 1980 - Trans-Atlantic Cup Championships
  • 1982 - NASL Exterior Championships
  • 1982 - Eastern Division (National Conference)

Seleção Brasileira
  • 1970 - Copa do Mundo FIFA
  • 1963 - Jogos Pan-Americanos: Medalha de Ouro


Como Treinador:

Flamengo
  • 1983 - Campeonato Brasileiro

Fluminense
  • 1984 - Campeonato Carioca

Botafogo
  • 1993 - Copa Conmebol

Flávio Gikovate

FLÁVIO GIKOVATE
(73 anos)
Psiquiatra, Psicoterapeuta e Escritor

☼ São Paulo, SP (11/01/1943)
┼ São Paulo, SP (13/10/2016)

Flávio Gikovate foi um médico psiquiatra, psicoterapeuta e escritor brasileiro, nascido em São Paulo, SP, no dia 11/01/1943.

Filho do médico polonês Febus Gikovate, formou-se pela Universidade de São Paulo (USP) em 1966 como psicoterapeuta e desde o início da carreira dedicou-se às técnicas breves de psicoterapia. Flávio Gikovate alegou que escolheu a especialidade psiquiátrica em função de dois motivos combinados: pessoal - ter sido um obeso tímido e familiar - pai era médico e a mãe dele sofria de depressão.

Em 1970, foi assistente clínico no Institute Of Psychiatry da Universidade de Londres.

Nos últimos trinta anos, escreveu 25 livros sobre problemas relacionados com a vida social, afetiva e sexual e seus reflexos na sociedade, alguns dos quais também publicados em língua espanhola. Colaborava regularmente com vários periódicos de grande circulação. Manteve uma coluna semanal sobre comportamento no jornal Folha de S.Paulo, entre 1980 e 1984 e, entre 1987 e 1999, uma página na revista mensal Claudia.

Mantinha um programa de rádio semanal na CBN chamado "No Divã do Gikovate" e frequentemente participava, como convidado, de programas de televisão.

Entre 1991 e 1993, coordenou programas na Rede Bandeirantes de Televisão e uma primeira fase do talk-show "Canal Livre". O formato desse programa era ao vivo e Flávio Gikovate sempre começava fazendo considerações psicológicas profundas sobre um determinado tema.

Era também conferencista, atuando em eventos dirigidos ao público em geral, como também naqueles voltados a quadros gerenciais e profissionais de psicologia ou de diferentes especialidades médicas.

Fez participações na novela "Passione" (2010), como ele mesmo, ajudando o personagem que tinha sofrido de abuso sexual na infância, Gérson, vivido por Marcello Antony.

Morte

Flávio Gikovate morreu na quinta-feira, 13/10/2016, aos 73 anos, no Hospital Albert Einstein onde estava internado desde março de 2016 devido a um câncer.

Alguns Livros Publicados

  • 1981 - As Drogas: Opção de Perdedor (Ed. MG Editores)
  • 1987 - Vício dos Vícios (Ed. MG Editores)
  • 1989 - Homem: O Sexo Frágil? (Ed. MG Editores)
  • 1990 - Cigarro: Um Adeus Possível (Ed. MG Editores)
  • 1996 - Uma Nova Visão do Amor (Ed. MG Editores)
  • 1998 - Os Sentidos da Vida - Uma Pausa Para Pensar (Ed. Moderna)
  • 1998 - A Arte de Educar (Ed. MG Editores)
  • 1998 - Ensaios Sobre o Amor e a Solidão (Ed. MG Editores)
  • 2000 - Liberdade Possível (Ed. MG Editores)
  • 2001 - A Libertação Sexual (Ed. MG Editores)
  • 2005 - Deixar de Ser Gordo (Ed. MG Editores)
  • Uma História de Amor... Com Final Feliz (Ed. Grupo Editorial Summus)

Fonte: Wikipédia

Geraldo Nunes

GERALDO NUNES
(83 anos)
Cantor e Compositor

☼  Teófilo Otoni, MG (1933)
┼ São Paulo, SP (13/05/2016)

Geraldo Nunes foi um cantor e compositor nascido em Teófilo Otoni, MG no ano de 1933.

Em 1960 gravou seu primeiro disco, pela gravadora Chantecler, com a toada "Lenço Vermeio" (Nino Ferraz e Caetano Somma) e o xaxado "Fazenda Veia" (Tatá Sales e Chacrinha).

Em 1962 gravou pela Continental, de sua autoria e Coronel Narcizinho o rasqueado "As Três Marias" e de Elias Soares a toada "Nordeste Sangrento".

Em 1964, Luiz Gonzaga gravou de sua autoria o baião "Viva o Zé Arigó".

Em 1965 teve a composição "Minha Serenata", em parceria com João Silva, gravada por Wanderley Cardoso na gravadora Copacabana.

Em 1968, Wanderley Cardoso gravou "Bobo do Baile" (Geraldo Nunes e Wanderley Cardoso) e "Eu Não Sou Ioiô" (Geraldo Nunes e Cláudio Fontana).


Em 1971, Eduardo Araújo gravou "A Canção do Povo de Deus", pela Odeon.

Em 1989, compôs com João Silva "Faça Isso Não", gravado por Luiz Gonzaga.

Como cantor um de seus grandes sucessos foi "A Véia Debaixo da Cama" (J. Andrade), gravada nos anos de 1970, que vendeu 800 mil cópias e rendeu a ele vários troféus, inclusive o da "Discoteca do Chacrinha".

Gravou pela Candem os LPs "Na Onda do Sucesso" volumes I e II.

Seus maiores sucessos como compositor foram "O Bom Rapaz" e "Meu Amor Brigou Comigo", gravadas por Wanderley Cardoso nos anos 1960, no auge da Jovem Guarda.

Em 1999 teve a música "A Véia Debaixo da Cama" relançada no CD "A Discoteca do Chacrinha", pela Universal Music.

Em 2001, o sanfoneiro Renato Leite gravou "Mentira Cabeluda" (Geraldo Nunes e Joca de Castro).

Em seu curriculum tem 18 discos, entre LPs, compactos e CDs. Compôs sucessos para muitos artistas e dividiu um disco com sua filha, Monalisa.

Morte

Geraldo Nunes faleceu vítima de problemas cardíacos, na sexta-feira, 13/05/2016, aos 83 anos. Segundo a família, na quinta-feira, 12/05/2016, ele passou por uma delicada cirurgia cardíaca. Procedimento cirúrgico que durou aproximadamente 12 horas. Na madrugada do dia 13/05/2016 ele teve uma parada cardíaca e não resistiu.

O velório de Geraldo Nunes aconteceu no Cemitério Municipal São Miguel Arcanjo, em Santana de Parnaíba, SP. O enterro foi às 9h00 no sábado, 14/05/2016.

Waleska

MARIA DA PAZ GOMES
(75 anos)
Cantora e Compositora

☼ Afonso Claudio, ES (29/09/1941)
┼ Rio de Janeiro, RJ (14/10/2016)

Maria da Paz Gomes, mais conhecida pelo pseudônimo Waleska, foi uma cantora e compositora brasileira, nascida no Espírito Santo, no dia 29/09/1941, Maria da Paz Gomes adotou o nome artístico de Waleska na década de 1960, quando começou a carreira se apresentando na Rádio Inconfidência e na emissora de TV Itacolomy, ao lado de Clara Nunes e de Milton Nascimento, em Belo Horizonte, até se mudar definitivamente para o Rio de Janeiro.

Foi entre a efervescência cultural carioca da época que se tornou cronner da Boate Arpége, de Waldir Calmon, e passou a cantar no famoso Beco das Garrafas.

Em 1960, gravou seu primeiro disco pela Vogue Discos interpretando os sambas-canção "Noite Fria" e "És Tu", ambos de Albatênio Rego.

Contratada pela CBS lançou em 1961 um compacto simples no qual interpretou as canções "Cantiga de Mandar Embora" (Evaldo Gouveia e Jair Amorim), "Risos e Canções" (Albatênio Rego), "Há Por Ai" (Othon Russo e Niquinho) e "Canção de Tristeza" (Paulo Borges).

Autora de mais de 20 álbuns, Waleska destacou-se no cenário musical ao gravar composições de Tom Jobim, Ary Barroso e Cartola. O apelido de "Rainha da Fossa", dado por Vinícius de Moraes, traduzia o fato de ser considerada uma das mais fiéis intérpretes românticas da Música Popular Brasileira. "Ela sempre tem a canção certa para a dor exata", costumava descrever Vinícius de Moraes.


Em 1966, Waleska fundou o PUB (Pontifícia Universidade dos Boêmios), no bairro do Leme, onde se reuniam muitos artistas. O bar foi tema constante das crônicas de Sérgio Bittencourt tornando-se um verdadeiro "point" da boemia carioca da época.

Em 1968, gravou a canção "Estrelinha", de Sérgio Bittencourt, de quem foi uma das principais intérpretes. 

Celebrizada no circuito de boates, com público cativo na década de 1970, criou a Boate Fossa, em Copacabana. O local ficou conhecido pelos seus frequentadores ilustres, como o ex-presidente Juscelino Kubitschek e o jornalista Carlos Lacerda.

Na década de 1980 e 1990, fez várias turnês, passando pela Itália, Portugal e pelos Estados Unidos.

Waleska era admirada também pelo jornalista e compositor Sérgio Bittencourt, um dos grandes divulgadores de seu trabalho, além de ser muito amiga da cantora Maysa, grande referência musical para ela, tanto que, em 2015, apresentou na Sala Baden Powell o espetáculo "Maysa - Um Mito Cantado Por Waleska", com direção musical de José Roberto Leão, no qual interpretou canções consagradas na voz da cantora Maysa.

Mesmo debilitada pela doença, subiu ao palco pela última vez em março de 2016, no Little Club, no Beco das Garrafas, em Copacabana, com o show "Cantando e Contando a MPB".

Morte

Waleska morreu na manhã de sexta-feira, 14/10/2016, aos 75 anos, na Clínica São Carlos, no Humaitá, na Zona Sul do Rio de Janeiro, após três anos de luta contra um câncer no pâncreas.

Waleska deixou dois filhos.

Discografia

  • 2010 - 20 Super Sucessos (Polydisc)
  • 2002 - Boleros em Espanhol (Polimusic)
  • 2000 - Seleção de Ouro - 20 Sucessos - Waleska
  • 2000 - Waleska Canta Boleros
  • 1998 - 20 Super Sucessos (Polydisc)
  • 1996 - 20 Super Sucessos (Polydisc)
  • 1990 - Fossa e Bossa (CID)
  • 1988 - Novo Jeito de Amar (3M)
  • 1985 - Com Amor (Copacabana)
  • 1981 - Êta Dor de Cotovelo (Copacabana)
  • 1980 - Canto Livre (Copacabana)
  • 1979 - Waleska - Palavras Amigas (Copacabana)
  • 1978 - Eu, Waleska (Copacabana)
  • 1977 - Waleska (Copacabana)
  • 1975 - Waleska (Copacabana)
  • 1974 - A Fossa (Copacabana)
  • 1971 - Waleska na Fossa (Copacabana)
  • 1971 - Amiga / A Fossa  (Copacabana - Compacto Simples)
  • 1970 - Chorinho Por um Adeus / Tema de Amor Por Patricia (Copacabana)
  • 1968 - Uma Noite na Fossa (Codil)
  • 1961 - Cantiga de Mandar Embora /Risos e Canções / Há Por Aí / Canção de Tristeza (CBS)
  • 1960 - Noite Fria / És Tu (Vogue Discos)

Indicação: Miguel Sampaio

Orival Pessini

ORIVAL PESSIANI
(72 anos)
Ator, Humorista, Cantor e Compositor

☼ Marília, SP (06/08/1944)
┼ São Paulo, SP (14/10/2016)

Orival Pessini foi um ator, compositor, cantor e humorista brasileiro nascido em Marília, SP, no dia 06/08/1944. Era conhecido por seus personagens Sócrates, Charles, Fofão, Patropi, Juvenal, Ranulpho Pereira, Hitler, Clô (baseado em Clodovil), Frank (em homenagem ao cantor Frank Sinatra), dentre outros em programas e comerciais para a Televisão, e também por utilizar máscaras de látex (feitas por ele próprio) na composição de seus personagens.

Orival Pessini iniciou sua carreira no teatro amador e posteriormente começou a aparecer em comerciais famosos como dos produtos "Jarrão da Ki-Suco", "Campanha da AACD" e "Tigre da Kellogg’s".

Sua estréia na televisão foi no infantil  "Quem Conta Um Conto" na TV Tupi em 1963. Durante este período, Orival Pessini começou a desenvolver uma técnica própria, criando máscaras de látex com movimento.

Na década de 70 interpretou os macacos Sócrates e Charles, do programa humorístico "Planeta dos Homens" na TV Globo.


Em 1988 estreou o personagem Patropi, no programa "Praça Brasil" na TV Bandeirantes, sendo convidado pra atuar em outros programas como "Escolinha do Professor Raimundo" na TV Globo e "A Praça é Nossa" no SBT.

Foi no programa "Balão Mágico" da TV Globo, em 1983, que Orival Pessini criou os bonecos Fofão e Fofinho, sendo que o primeiro, cuja jardineira foi confeccionada por Ney Galvão, era interpretado por ele mesmo. Fofão fez tanto sucesso que, com o fim do programa na TV Globo, ganhou seu programa diário chamado "TV Fofão" na TV Bandeirantes, no qual apresentava quadros humorísticos e desenhos animados. Também estrelou um filme para o cinema, teve vários produtos licenciados com seu nome e lançou 10 álbuns de estúdio.

Em 2014, Orival Pessini atuou sem máscara na série da TV Globo "Amores Roubados" como o Padre José, contracenando com Patrícia Pillar. Neste mesmo ano seu personagem Fofão desfilou no carnaval sendo homenageado pela Escola de Samba Rosas de Ouro que trouxe o tema "Inesquecível" relembrado figuras que marcaram a vida de muita gente. A produtora Farofa Studios está produzindo uma série animada com a personagem.

Morte

Orival Pessini morreu na madrugada de sexta-feira, 14/10/2016, em São Paulo, SP, aos 72 anos. Ele tinha câncer no baço e estava internado no Hospital São Luiz, no Morumbi, na Zona Sul de São Paulo. Álvaro Gomes, o empresário do ator, afirmou por meio do Facebook que ele faleceu às 4h00.

Sob forte emoção, o corpo de Orival Pessini foi enterrado no fim da tarde de sexta-feira, 14/10/2016, no Cemitério Gethsêmani, na Vila Sônia, em São Paulo. Orival Pessini deixou um filho e três netas.

O filho de Orival Pessini, Pedro Pessini, chorando muito, preferiu não acompanhar o corpo até o local do sepultamento. À distância, ele ficou observando e foi consolado pela mulher e amigos. Marlene, ex-mulher de Orival Pessini, falou sobre a ausência do filho, Pedro, no enterro:

"Ele não quis enterrar o pai. Acho que a ficha dele não caiu, e vai ser muito triste quando cair, porque tenho certeza que ele vai sofrer muito. Ele não quis carregar o caixão e não quis vir até o enterro porque não queria ter essa imagem de enterrar o pai. Vamos rezar por ele. Ele se foi, mas o Fofão não morreu, será eterno!"

Após o enterro, que acabou por volta de 17h35hs, familiares se abraçaram, jogaram flores no túmulo e aplaudiram o ator e humorista. Confortando uns aos outros, os familiares falavam: "Fofão não morre nunca!".

Personagens

  • Fofão - Começou no programa infantil "Balão Mágico", que teve exibição pela TV Globo no início dos anos 80. Depois, esse personagem foi transferido para a TV Bandeirantes em que ganhou um programa próprio: a "TV Fofão". Destaque para o seu bordões: "Bilu-Bidu Alua-Iê pra todo mundo!", "Tavares, Tavares!", "Alô amiguinhos da TV Fofão!".
  • Patropi - Típico hippie, convidado de "Praça Brasil" e "A Praça é Nossa", aluno da "Escolinha do Professor Raimundo", "Escolinha do Barulho" e da "Escolinha do Gugu". Dizia-se um aluno de comunicação na PUC, mas que só dizia frases e palavras para a abertura de canal, assim como todo jogador ou técnico de futebol sempre faz. Havia iniciado o curso universitário e ainda não havia terminado, demorando em vários semestres o término. Alguns de seus bordões são: "Sei lá, entende?!", "Padaqui, padali. Padicá, palilá", "Oh lôco bixo!" e "Sem crise, meu!".
  • Juvenal - Personagem fanho que se dizia muito veloz, mas dava a entender que vacilava e sempre era apanhado nas situações mais constrangedoras e embaraçosas. Era também um grande azarado. Seu bordão mais conhecido era "Ele veio numa ve-lo-ci-dade...".
  • Ranulpho Pereira - Personagem do programa "Uma Escolinha Muito Louca". Aposentado revoltado que reclama de tudo quando se lembra da sua aposentadoria. Destaque para o seu bordão: "Se a gente não reclamar, vai ficar do jeitinho que está!".
  • Sócrates - Sempre falava de coisas filosóficas mas de um modo bem ridículo para, obviamente, serem engraçadas. Destaque para seu bordão: "Não precisa explicar, eu só queria entender!". Fez parte do programa humorístico "Planeta dos Homens", exibido pela TV Globo nos anos 70.

Fonte: Wikipédia
Indicação: Fadinha Veras

Mr. Basart

BASÍLIO ARTERO SANCHEZ
(66 anos)
Empresário e Mágico

☼ Almería, Espanha (22/08/1949)
┼ São Paulo, SP (12/08/2016)

Natural de Huércal-Overa, província de Almería, Espanha, Mr. Basart era muito conhecido do público pela sua atuação no Programa "Bambalalão" da TV Cultura nos anos 1980. Através das suas frequentes apresentações, por sete anos consecutivos, criou uma enorme rede de fãs e despertou em muitos deles o interesse pela Arte Mágica.

Atuou em quase todos os estados brasileiros e em diversas partes do mundo. Orgulhava-se de ter trabalhado no Japão, por seis meses numa mesma casa, duas sessões diárias, e de não ter repetido nenhum número nos 360 shows que apresentou.

Em 1982 criou, juntamente com o mágico Gran Leo, Leonardo Pinto Filho (1945-2012), o Museu de Arte Mágica e Ilusionismo João Peixoto dos Santos, que se tornou uma referência sobre a história da Arte Mágica no Brasil e no mundo. O museu, além de possuir um importante acervo, foi sede de eventos e de inúmeros cursos de mágica.


Quando se referia ao museu, Mr. Basart costumava dizer: "Este museu é assim, narra a história da mágica e do ilusionismo e faz todo visitante voltar um pouquinho a ser criança!"

Responsável pelo quadro "Curiosidades Mágicas", uma vez por mês apresentava-se no "Programa Truques & Ilusões" com uma curiosidade referente ao universo da magia.

Foi empresário do ramo gráfico, era formado em Publicidade e Propaganda, Jornalismo e Direito. Criou e editou a revista "Passe Mágico", que teve a duração de 19 edições.

Com 46 anos envolvidos com a Arte Mágica, cujo início se deu no ano de 1970 e prestes a completar 67 anos, Mr. Basart deixou os palcos da vida para entrar na história. Faleceu no dia 12/08/2016, em São Paulo, SP.

Sem sombras de duvidas, deixou uma lacuna difícil de ser preenchida. Mais uma perda irreparável. A Arte Mágica empobreceu.

Indicação: Carlos da Terra

Carmen Silva

CARMEN SEBASTIANA SILVA DE JESUS
(71 anos)
Cantora

☼ Veríssimo, MG (22/03/1945)
┼ São Paulo, SP (26/09/2016)

Carmen Sebastiana Silva de Jesus é o nome da cantora brasileira Carmen Silva, também conhecida carinhosamente pelos fãs como A Pérola Negra. Natural de Veríssimo, cidade do Triângulo Mineiro, Carmen Sebastiana Silva de Jesus trabalhava na juventude como babá e empregada doméstica, mas tinha o sonho de ser cantora. Determinada com essa meta, ela passou a participar de programas de calouros.

Iniciou a carreira artística participando de programas de calouros. Venceu o concurso "Um Cantor Por Um Milhão, Um Milhão Por Uma Canção", da TV Record, no final da década de 1960. Recebeu convite da RCA Victor para gravar um compacto simples, que a lançaria para o sucesso com a música "Adeus Solidão", uma versão de Newton Miranda, para a canção "Picking Up Pebbles", de Custis.

Em 1970, "Adeus Solidão" fez parte do LP "O Mundo Colorido da RCA", que a gravadora RCA Victor lançou com a participação de diversos artistas, entre os quais Nelson Gonçalves, Vanusa e Martinho da Vila.

Contratada pela RCA Victor lançou LP em 1971 com as músicas "Goodbye Adiós Adieu Arrivederci" (César e Antônio Queiroz), faixa que contou com a participação especial do apresentador Silvio Santos, "As Estradas do Mundo" (Geraldo Nunes), "O Emigrante" (M. Albertina e J. Guimarães), "Perdão Amor" (Jair Gonçalves), "Eu Não Vou Mais Amar Ninguém" (Dom e Ravel), "Vivo de Esperança" (Anastácia e Dominguinhos), além de mais seis versões de músicas estrangeiras como "Tenho Saudade (Teño Saudade)" (Barro e Alcalá), e "Quando Você Me Deixou (On Laisse Tous Un Jour)" (Fugain, Auffray e Buggy), ambas com versões de Sebastião Ferreira da Silva, "Domingo de Solidão (Sunday Mornin' Comin' Down)" (Kristofferson), versão de Elzo Augusto, "Um Novo Dia Nascerá (Und Wenn Ein Neuer Tag Erwacht)" (Bruhn e Loose), "Diga Diga Diga (Well I Did)" (Reed e Stephens), ambas com versões de George Freedman, e "O Fim (The End)" (Erondes e Jacobson), versão de Mauro Sérgio.


Em 1973 lançou o LP "A Pérola Negra", no qual interpretou "Quatro Horas da Manhã", versão de Marcelo Duran, para a canção "It's Four In The Morning" (J. Chesnut), "Eu Preciso de Você" (Carlos Mendes), "Nossos Caminhos" (Ted Moreno e Ramon Villa), "Rancho de Amor e Fé" (Elzo Augusto e Carlos Mendes), "Não Vou Chorar" (Geraldo Nunes e B. Barbosa), "Eu Posso Não Prestar Mas Eu Te Amo" (Clayton), "Muito Prazer Em Conhecê-lo" (Osmar Navarro), "Foi Deus Que Mandou Você Pra Mim" (Rosângela), "Se Você Soubesse" (Portinho e Wilson Falcão), "Leva Eu "Sodade" (Tito Neto e Alventino Cavalcanti), "Não Vou Deixar Você Fugir de Mim" (N. Orlando e Carlos Mendes), e "Deixe Ele Ir" (Monalisa e Carlos Mendes).

Em 1974, lançou o LP "Cantem Comigo", que incluiu o clássico da música sertaneja "Saudades de Matão" (Raul Torres, Jorge Galati e Antenógenes Silva), as versões dos boleros "Canta Comigo" (P. Herrero e J. L. Armenteros), "Mentiras Nada Mais" (Palito Ortega e L. Fransen), "Recordar" (R. Prado), "Não Me Mates de Amor Coração" (J. Jiménez), "Me Caso Sábado, Perdôa-me (Me Caso El Sabado)" (D. Ramos e Carmen Silva), e "Eu Morro Por Estar Contigo (Me Muero Por Estar Contigo)" (P. Villar), todos com versões de Osmar Navarro, além das músicas "Amor Estou Lhe Chamando" (Carlos Mendes e N. Orlando), "Perdoa" (R. Self e D. Albritten), versão de Marcelo Duran, "Não Sou Mais Teu Amor" (Carlos Mendes e Marinah), "Lá No Céu" (Robin e D. Teixeira), e "Amor Com Amor Se Paga" (Luis Wanderley e Kátia). Nesse ano, fez sucesso com a música "Concerto Para Um Verão", lançada em compacto. Participou ainda do LP "Canções Para Dizer Te Amo", da RCA Victor, com a música "Foi Deus Que Mandou Você Pra Mim", e do LP "Fantásticos - Volume 2", também da RCA Victor, interpretando "A Canção Que Eu Fiz", versão de Rossini Pinto para "Song For Anna" (André Popp e J. Massoulier).

Em 1975 participou do LP "Fantásticos - Volume 4", da RCA Victor, com a interpretação do bolero "Amor Estou Lhe Chamando" (C. Mendes e N. Orlando).

Em 1976 fez grande sucesso com a música "Meu Velho Pai", de autoria do ídolo sertanejo Léo Canhoto, em disco que incluiu ainda as músicas "Lágrimas de Felicidade" (Carlos Mendes e Pardal), "Você Nasceu Pra Mim" (Carlos Mendes e Pardal), "Quero Me Casar Com Você" (Carlos Mendes e Pardal), "Volta" (Monalisa e Marco César), "Que Deus Proteja o Nosso Amor" (Pepe Ávila), "Amor Sem Fronteiras" (Tony Damito), "Chore Baixinho" (Rosângela e Sebastião Ferreira), "Quero Porque Quero" (Artulio Reis e Monalisa), "Quando Estou Junto a Ti (Jader Hat Seine Traume)" (Hoier, O'Brien, Docker e Heilburg), versão do pianista argentino Muraro, além do clássico samba-canção "Cinco Letras Que Choram (Adeus)" (Silvino Neto), e "Coração Solitário", uma versão de Osmar Navarro para o bolero "Corazon Solitário" (H. Menezes). Nesse ano, então em pleno sucesso, participou de duas coletâneas da RCA Victor: "O Melhor do Bataclan", com a música "Concerto Para Um Verão", e do disco "Fantásticos - Volume 5", com a interpretação de "Lágrimas de Felicidade".


Em 1977, lançou seu quinto LP, novamente com prioridade para canções românticas, com destaque para as músicas "Poema dos Cabelos Brancos (Tesouro da Minha Vida)" (Gordurinha), "Mais Uma Lição" (Nonô Basílio), "A Colina do Amor" (Léo Canhoto), "Além de Tudo" (Dora Lopes e Aloísio), "Quero Ser Sua Mulher" (Arthur Moreira), "Eu Sou Feliz Porque Te Amo" (Clayton), "Ajude-me a Passar a Noite (Ayudame a Pasar La Noche)" (M. Alejandro e A. Magdalena), versão de Rosa Maria, "A Louca (De Amor Para Dar)" (Pety Ávila), "Vou Dar Um Jeito na Vida" (Ronaldo Adriano e Mourão Filho), "Ai Não Digas (Ay No Digas)" (C. Montez e B. Meshel), versão de Muraro, "O Mar (Le Concerto de La Mer)" (O. Toussaint e F. Lecoultre), versão de Jean Pierre, e "Pouco Me Importa" (L. Almeida e Bady). Nesse ano fez sucesso com a música "Eu Sou Feliz Porque Te Amo" (Clayton), incluída na coletânea "Carlos Aguiar Apresenta as Preferidas do Show da Viola", da RCA Camden, organizada pelo radialista Carlos Aguiar.

Em 1979, tendo grande sucesso com apresentações em programas de rádio e televisão, além de diversos shows, lançou dois LPs. Do primeiro, intitulado "Eu Sempre Vou Te Amar", o grande sucesso foi a guarânia "Espinho Na Cama" (Praense e Compadre Lima), e versões de boleros como "Entre a Recordação e o Esquecimento" (J. L. Armenteros e P. Herrero), e "Se Amanhece" (A. Magdalena e M. Alejandro), em versões de Osmar Navarro, "Se a Noite Daquela Noite Voltasse" (A. Magdalena e M. Alejandro), versão de Zé Homero, "Estou de Novo Só" (W. Theunissen), "Adeus Amor" (Christian Bruhn e Georg Buschor), "Choraras" (D. Amaya e J. Amaya), em versões de Arthur Moreira, "Possessivo Amor" (Majó), "Segura na Mão de Deus" (Autor Desconhecido), "Acordo de Paz" (Hébano e Louzada), "Amor Sincero" (Carlos Mendes e Pardal) e "Ainda Te Amo" (Ítalo do Nascimento). O outro LP, lançado no mesmo ano, foi "Alma Latina". Este disco foi gravado com o cantor Lindomar Castilho, que interpretou com Carmen Silva doze clássicos da música romântica latino americana, onze delas em versões, com exceção de "Proposta" (Roberto Carlos e Erasmo Carlos). As versões foram "Jura-me" (Maria Grever e Fernando Adour), "História De Um Amor" (Carlos Almarán e Édson Borges), "Não Me Mates De Amor Coração" (José A. JimenezOsmar Navarro), "Esta Tarde Vi Chover" (Armando Manzanero e J. Barroso), "Alma Latina" (Pedro Elias GutierrezOsmar Navarro), "Solamente Uma Vez" (Agustin Lara e Waldomiro Bariani Ortêncio), "O Dia Que Me Querias" (Carlos Gardel, Alfredo Le Pera e Haroldo Barbosa), "Contigo Aprendi" (Armando Manzanero e Nazareno de Brito), "Caminito" (Juan de Dios Filiberto, Gabino Coria Peñaloza e Mauro Pires), "Deus Te Acompanhe" (Larry Russel, Inez James, Buddy Pipper e Joubert de Carvalho), e "Maria Bonita" (Agustin Lara e Giuseppe Ghiaroni).

Em 1980 lançou o LP "Apaixonada", com as músicas "Avião Das Nove" (Praense e Ado), "Tango Triste" (Osvaldo de Souza e Haroldo José), "Se o Povo Rezasse" (Osmar Navarro e Arthur Moreira), "Serenata" (Amado Batista e José Fernandes Santos), "Velha Saudade" (Tulio Pereira), "Manhã Sem Aurora" (Carlos César e José Fortuna), "A Canção Que Eu Dedico a Você" (Nelson Ned), "Lar Doce Lar" (Nelson Ned), "Vamos Juntos" (Pepe Ávila), "Dói Coração" (Baltazar da Silva e Jardel), "Sorriso Mudo" (Baltazar da Silva e Jardel), "Tu Me Deste Amor Tu Me Deste Fé" (E. Franco e Marmy), versão de Florêncio Peixoto. Nesse ano fez sucesso com a guarânia "Espinho Na Cama" (Praense e Compadre Lima).


Em 1981, completando dez anos de RCA Victor, lançou o LP "Momentos De Amor", que incluiu as seguintes versões de boleros: "Ansiedade (Ansiedad de Besarte)" (José Enrique Sarabia Rodriguez), versão do cantor, compositor e produtor sertanejo Palmeira, "Aqueles Olhos Verdes (Aquellos Ojos Verdes)" (M. Menendez e A. Utrera), versão de João de Barro, o popular Braguinha, além das composições "Tudo Acabado" (J. Piedade e Osvaldo Oliveira), "Esquina do Adeus" (Goiá), "Daí-nos a Benção" (Domínio Público), "Os Verdes Campos Da Minha Terra (Green Green Grass Of Home)" (Putman), versão de Geraldo Figueiredo, "Pais e Filhos" (Marciano e Darci Rossi), "Doce Mãezinha" (Jean PierreOsmar Navarro), em faixa que contou com a participação de Dominguinhos, "Seria Tão Diferente" (Adelino Moreira e Toni Luna), "Recordação" (Godoy Simões, Tony Dim e M. Pires), "Você Me Paga (The Wanderer)" (G. Moroder e Donna Summer), versão de Arthur Moreira, e o clássico bolero "Que Será" (Marino Pinto e Mário Rossi).

Em 1982, gravou um LP no qual não apareceram as tradicionais versões de boleros, mais composições de muitos novos autores mesclados com obras de compositores já tradicionalmente gravados por ela, como Osmar Navarro. Estão presentes nesse disco as músicas "29 Anos" (Arthur Moreira e Sebastião Ferreira da Silva), "Alvorada" (Geraldo Nunes e Devanir), "Gotinha D'água" (Zamba e Serrana), "Casinha" (S. Rodrigues), "Meu Martírio" (Sergio Velazquez e Arnaldo Diniz), "Meu Natal Sem Mamãe" (Goiá e S. Aurélio), "Quarto Vizinho" (Peão Carreiro e Praense), "Tu Vais Conseguir" (Aniano AlcaldeOsmar Navarro), "Não Vou Mais Fazer Charminho" (Osmar Navarro), "O Milagre Do Sonho" (Vera Liz e Domingos Santos), "Canta Violeiro" (Elena de Grammont), "Festa dos Arrombas" (Hélio Rocha e Daniel Santos), e "Quem Ama Sente Saudade" (Jair dos Santos e Télio Dutra).

Em 1984, gravou, pelo selo RCA Camden, aquele que seria o último disco pela gravadora. Nele, interpreta as músicas "O Amor É Um Bichinho" (Edelson Moura e Geraldo Nunes), "Nunca Mais" (Ed Wilson), "Olha o Vira" (Sócrates), "Violeta Solitária" (Meirecler), "Coração Machucado" (Meirecler), "Guitarras Tristes" (Meirecler), "Saudade Danada" (Ringo), "Aqui é o Teu Lugar" (Julio César e Rodrigo Otávio), "O Primeiro Trem" (Thiago e O. Lacerda), "Se Não Fosse Por Amor" (Deny e Dino), "Remelexo" (Wera Liz e Hélio Alves) e "Coração e Cama" (Clayton).

Em 1985, foi contratada pela RGE e lançou o LP "Fofurinha", cuja música título, de autoria de Edelson Moura, seria um de seus maiores sucessos. Desse disco fizeram parte ainda as músicas "O Destino Nos Separou" (Negro Cosmo e Geraldo Nunes), faixa que contou com a participação especial da dupla sertaneja Chrystian & Ralf, "Sempre Juntos" (Deny), "Te Amo Te Amo (Habana de Cuba)" (Pepe Ávila), "Do Seu Mundo Fiz o Meu" (Meirecler), "Retalhos De Amor" (José Fortuna), "É Sempre Um Começo" (Martinha e César Augusto), "Tremelique" (Geraldo Nunes), "Motivação" (Cecílio Nena e Nicéas Drumont), "Ai Que Beijo Bom" (Ed Wilson), "Vem Meu Amor (Ou a Saudade Me Mata)" (Zé Maria e Geraldo Nunes) e "A Felicidade Existe" (Sócrates e Geraldo Nunes).


A gravação de "Fofurinha" foi incluída no LP "14 + Populares", da Som Livre, lançado em 1986.

Seu disco seguinte foi lançado em 1987, teve como sucessos as músicas "Ave Sem Ninho" (Tony Damito), "Sapequinha" (Nicéas Drumont e Cecílio Nena), "Como é Facil Dizer Te Amo" (Ed Wilson e Cury), "Sofrendo Demais" (Nicéas Drumont e Cecílio Nena), "Abandono" (Geraldo Nunes e Devanir), "Beco Sem Saída" (Geraldo Nunes e Raquel di César), "Nosso Amor Está Por Um Triz" (Meirecler e Rita Carvalho), "Travesseiro Amigo" (Meirecler), "Acostumado Com Você" (Nicéas Drumont e Cecílio Nena), "A Saudade Doeu" (Edelson Moura), e "Saudade Me Deixe Em Paz" (Everaldo Ferraz e Neusinha). No mesmo ano, sua interpretação de "Nosso Amor Está Por Um Triz" foi incluída no LP "O Fino do Brega" da RGE.

Em 1988, gravou as músicas "O Último Julgamento" (Léo Canhoto), "Festa de Aniversário" (Carlos Colla e Chico Roque), "A Dor Do Amor" (Jotha Luis e Benedito Seviero), "Venerão Rasgado" (Joel Marques e Jotha Luis), "Paixão Infinita" (Edelson Moura), "Trem Bom Danado" (Tony Damito e Aline), "Coração Ferido" (Negro Cosmo), "Prece" (Meirecler), "Fotografia" (Meirecler), "Para Mim e Mais Ninguém" (Pedro Jardim M. Perez) e "Como Vou Viver Sem Você" (Gilson e Joran). Nesse ano, fez uma participação especial no LP do cantor Carlos Alexandre, pela gravadora RGE, interpretando com ele a música "Encanto e Magia" (Mário Maranhão e Tivas).

Em 1989, lançou o LP "Tempero Bom", no qual interpretou duas composições de Elias Muniz: "Tempero Bom" e "Mistério", além de outras composições de autores costumeiramente gravados por ela como "Prisioneiro Do Amor" (Negro Cosmo e Rita Carvalho), "Nunca Mais Solidão" (Meirecler e Rita Carvalho) e "Amigos Nada Mais" (Meirecler). Gravou também "Chorando Na Estação" (Tony Damito e Miro Alves), "É Tudo Um Sonho" (Everaldo Ferraz e Martins Neto), "Em Mãos" (Carlos Rian e Genival Melo), "Sonhei Com Você" (Vicente Dias e José Rico), "Que Saudade De Você" (Nicéas Drumont e Cecílio Nena), "Coração Acelerado" (Everaldo Ferraz e Neusinha) e "Diga Diga" (Lou Reed e G. Stephens), versão de Jorge Freedam.


Em seu LP de 1990, que levou seu nome como título, teve destaque o compositor Elias Muniz, que assinou cinco das 12 músicas: "Ai Saudade", "Chora Meu Coração", "Dor Bandida", e duas versões, "Baile na Fazenda (Badjo na Fazenda)" (P. Rodrigues) e "Minha Doce Loucura (Bia Lulucha" (Domínio Público). O disco apresentou ainda as músicas "Personagem" (Mauro Motta e Carlos Colla), "A Saudade Faz Sofrer" (Everaldo Ferraz e Neusinha), "Seu Lugar é Aqui" (Nicéas Drumont e Cecílio Nena), "Onde Andará Você" (Alípio Martins e Jesus Couto), "Noites Sem Você" (Lonely Nights)" (A. May), versão de Osmar Navarro, "Na Mesma Moeda" (Edinho da Mata e Luci Martins) e "Deixa o Tempo Passar" (Amado Batista e Reginaldo Sodré).

Em 1992, lançou seu último LP pela RGE, intitulado "Se Você Quer Amor", no qual se destacaram músicas de compositores ligados ao universo sertanejo, muito ouvidos naquele momento, como Elias Munis, Tivas, Fátima Leão, Carlos Randall, e Carlos Colla. Desses autores estão presentes no disco as composições: "Não Judia Não" (Elias Muniz), "Não Vai Ser Fácil Não" (Elias Muniz e Fátima Leão), "Sem Fingir" (Tivas e Rocky), "Cuidado Meu Amor" (Marcos Valle e Carlos Colla), "Não Vire As Costas Pro Nosso Amor" (Jefferson Farias e Carlos Randall), "Ser Tua Namorada" (Geraldo Nunes e Antônio Queiroz) e "Formiguinha" (Geraldo Nunes e Edelson Moura).

Ao longo de sua carreira foi agraciada com os Troféu Roquete Pinto e Troféu Chico Viola.

Em 1996, com declínio de sucesso, entrou em longa crise depressiva que a levou a mudar radicalmente de vida e abraçar a religião evangélica. Começou então nova carreira, tornando-se cantora gospel.


Com problemas emocionais e familiares, envolvida com religiões, sem achar o caminho para a felicidade, Carmen Silva não via saída para sua vida tão atribulada, até que uma viagem para os Estados Unidos mudou a sua história. 

Aproveitando a passagem por aquele país, Carmen Silva decidiu visitar a filha, Karla, que mora nos Estados Unidos. Vendo a aflição da mãe, Karla a convidou para assistir a um culto na igreja que frequentava. Naquele dia, Carmen Silva aceitou a Cristo e iniciou uma nova vida.

Sua carreira gospel começou em 2001, quando foi convidada pelo Missionário R.R. Soares para fazer parte do cast da gravadora Graça Music. O primeiro CD vendeu mais de 100 mil cópias, garantindo à cantora Disco de Ouro pelo trabalho.

Em 2004, Carmen Silva gravou seu segundo álbum, com músicas de sua autoria e em parceria com uma grande amiga, a irmã Meirecler

Em 2008, Carmen Silva voltou a gravar um CD com músicas inéditas, matando as saudades daqueles que admiram seu talento e ministério. Em "Minhas Canções Na Voz de Carmen Silva", cujas músicas são de autoria do Missionário R.R. Soares, a cantora mostra todo seu potencial vocal e bela interpretação nas 12 faixas que compõem o disco. Destaque para "Deus Vai Cuidar De Mim" e "Contrato Fechado", música de trabalho do CD. 

Ao longo da carreira lançou mais de 20 discos individuais, entre LPs e compactos pela RCA Victor e RGE, além de participar de mais de 25 coletâneas de sucessos.

Seus maiores sucessos foram as músicas "Adeus Solidão", "Fofurinha", "Sapequinha", "Espinho Na Cama", "Fotografia", "Amor Com Amor Se Paga", "Meu Velho Pai" e "Ser Sua Namorada".

Morte

Carmen Silva faleceu na manhã de segunda-feira, 26/09/2016, aos 71 anos, em São Paulo, SP, informou a assessoria de imprensa do Hospital Presidente. Ela teve insuficiência cardíaca por conta de uma embolia pulmonar e estava internada desde o dia 14/09/2016.

Discografia

  • 2008 - Minhas Canções na Voz de Carmen Silva (Graça Music)
  • 2004 - Carmen Silva: Volume II (Graça Music)
  • 2002 - Carmen Silva: Volume I (Graça Music)
  • 1992 - Se Você Quer Amor (RGE)
  • 1990 - Carmen Silva (RGE)
  • 1989 - Tempero Bom (RGE)
  • 1988 - Carmen Silva (RGE)
  • 1987 - Carmen Silva (RGE)
  • 1985 - Fofurinha (RGE)
  • 1984 - Carmen Silva (RCA Camden)
  • 1982 - Carmen Silva (RCA Victor)
  • 1981 - Momentos de Amor (RCA Victor)
  • 1980 - Apaixonada (RCA Victor)
  • 1979 - Eu Sempre Vou Te Amar (RCA Victor)
  • 1979 - Alma Latina - Carmen Silva e Lindomar Castilho (RCA Victor)
  • 1977 - Carmen Silva (RCA Victor)
  • 1976 - Carmen Silva (RCA Victor)
  • 1974 - Cantem Comigo (RCA Victor)
  • 1973 - A Pérola Negra (RCA Victor)
  • 1971 - Carmen Silva (RCA Victor)

Indicação: Miguel Sampaio