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Stellinha Egg

STELLA MARIA EGG
(76 anos)
Atriz, Cantora e Compositora

* Curitiba, PR (18/07/1914)
+ Curitiba, PR (17/06/1991)

Stellinha Egg nasceu numa família de seis irmãos (três meninas e três meninos: Jovita, Carlos, Stellinha, Arthur, Daniel e Rosinha) e cresceu recebendo a influência do ambiente musical existente em sua família - o pai cantava no coral e tocava flauta horizontal, a mãe tocava bandolim.

Com cinco anos começou a cantar em festas da igreja evangélica. Posteriormente, participou de um concurso de cantores para Rádio Clube Paranaense, tirando o primeiro lugar, sempre acompanhada do seu violão. Mas tarde deixou de tocar violão e dedicou-se ao canto.

Sua carreira profissional se iniciou na Rádio Clube Paranaense, em Curitiba. Venceu um concurso de melhor intérprete do folclore brasileiro e foi contratada a partir daí pela Rádio Tupi de São Paulo, para onde se transferiu logo depois.

Na capital paulista trabalhou na Rádio São Paulo e na Rádio Cultura.

No início da década de 40, transferiu-se para a Rádio Tupi do Rio de Janeiro, onde se apresentou ao lado de Dorival Caymmi e Sílvio Caldas.

Em 1944, gravou seu primeiro disco, pela gravadora Continental, interpretando a toada Uma Lua no Céu... Outra Lua no Mar (Jorge Tavares e Alaíde Tavares), e o coco Tapioquinha de Coco (Jorge Tavares e Amirton Valim).

No ano de 1945, casou-se com o maestro Lindolpho Gaya, que conhecera na Rádio Tupi de São Paulo, e que a partir daí trabalharia nos arranjos de suas músicas, e de quem gravou, entre outras músicas, o samba Não Consigo Esquecer Você, a toada Mais Ninguém, parceria com Eme de Assis e o samba-canção Um Amor Para Amar.

Em 1949, gravou de Ary Barroso, o samba-canção Terra Seca.

Em 1950, gravou o baião Catolé (Humberto Teixeira e Lauro Maia Teles). No mesmo ano, foi eleita no Congresso Internacional de Folclore, em Araxá, Minas Gerais, como a Melhor Cantora Folclórica.

Em 1952, gravou a rancheira Toca Sanfoneiro (Stellinha Egg e Luiz Gonzaga), e a canção Luar do Sertão (Catulo da Paixão Cearense).

Em 1953, gravou, de Dorival Caymmi, as canções O Mar e O Vento. Gravou também do mesmo autor, o samba-canção Nunca Mais.

Em 1954, gravou ainda de Dorival Caymmi, os batuques Noite de Temporal e A Lenda do Abaeté.

Entre 1955 e 1956 excursionou à Europa, apresentando-se na União Soviética, França, Polônia, Finlândia, Itália e Portugal, acompanhada do maestro Lindolpho Gaya.

Em 1956, gravou o xote O Torrado (Luiz Gonzaga e Zé Dantas) e o clássico baião Fiz a Cama na Varanda, grande sucesso de Dilu Melo.

Em 1960, gravou na Odeon cantando com o Trio Irakitan a limpa-banco Entrevero no Jacá (Barbosa Lessa e Danilo Vital).

Dedicada ao estudo e pesquisa do folclore brasileiro, gravou diversas composições de domínio público e folclóricas, tais como Garoto da Lenha de Angico, Boi Barroso, Samba Lelê, A Moda da Carranquinha, Cantigas do Meu Brasil e outras. Gravou ainda o LP Luar do Sertão, com composições de Catulo da Paixão Cearense, Ernesto Nazareth e Anacleto de Medeiros.

Gravou diversos LPs dedicados a distintos aspectos da música popular e folclórica, entre os quais: Modas e Modinhas, com modas de viola e modinhas antigas e modernas; Vamos Todos Cirandar, com canções de roda; e Músicas do Nosso Brasil, com canções tradicionais brasileiras.

Além de cantora e compositora era também atriz. Gravou 160 discos 78 rpm, 15 LPs e mais de 20 compactos gravados, entre 1943 e 1975.

Ao lado de Sylvia Telles formou a dupla caipira Mara e Cota para a gravação, no ano de 1959, de duas músicas de Tom Jobim, Eu Sei Que Vou Te Amar e Eu Não Existo Sem Você.

Stellinha também foi professora primária, lecionando pela primeira vez em Antonina. De lá foi transferida para Curitiba, para um colégio anexo à Escola Normal, onde mais tarde se especializaria em Educação Física.

Stellinha e Lindolpho Gaya tiveram um casamento extremamente amoroso e harmonioso, mas nunca tiveram filhos, pois julgavam que atrapalharia a profissão. Mais tarde, quando resolveram ter um filho, Stellinha não conseguiu engravidar.

O último show de Stellinha foi no Teatro Guaíra, em Curitiba.

Adoeceu logo depois, ao mesmo tempo que o marido. Quando o marido morreu, ela não resistiu a perda, não perseverou em seu tratamento e faleceu.

Fonte: Memória da MPB e Wikipédia

Marisa Sanches

MARISA SANCHES
(77 anos)
Atriz, Cantora, Apresentadora e Locutora

☼ Caconde, SP (08/04/1924)
┼ São Paulo, SP (04/02/2002)

Marisa Sanches foi uma das atrizes pioneiras da TV brasileira e iniciou sua carreira artística como cantora.

Ela morou muitos anos nos Estados Unidos, onde trabalhou como locutora na NBC, emissora de New York.

Na volta ao Brasil, Marisa Sanches foi contratada pela TV Tupi de São Paulo, onde fez vários trabalhos como atriz, apresentadora e locutora.

Marisa Sanches é mãe de Débora Duarte, avó de Paloma DuarteDaniela Duarte. Quando ela se casou com Lima Duarte, Débora tinha um ano e oito meses de vida. Marisa Sanches teve mais uma filha, a advogada Mônica.

É avó de Paloma Duarte e Daniela Duarte.

Marisa Sanches faleceu após longo período doente.

Televisão

  • 1979 - Dinheiro Vivo ... Gumercinda
  • 1978 - João Brasileiro, o Bom Baiano
  • 1977 - Éramos Seis ... Benedita
  • 1976 - Os Apóstolos de Judas ... Mildred
  • 1975 - Meu Rico Português ... Letícia
  • 1973 - Rosa dos Ventos
  • 1972 - Bel-Ami
  • 1972 - Na Idade do Lobo
  • 1971 - A Fábrica ... Lúcia
  • 1970 - Simplesmente Maria
  • 1969 - Nino, o Italianinho ... Júlia
  • 1968 - Sozinho no Mundo
  • 1967 - Os Rebeldes
  • 1967 - Angústia de Amar ... Cíntia
  • 1966 - Os Irmãos Corsos
  • 1966 - A Ré Misteriosa ... Roberta
  • 1966 - A Inimiga ... Paulina
  • 1965 - O Cara Suja ... Amália
  • 1965 - Teresa ... Luiza
  • 1964 - Se o Mar Contasse ... Raquel
  • 1964 - Alma Cigana ... Carlota
  • 1963 - Moulin Rouge, a Vida de Tolouse Lautrec
  • 1962 - A Única Verdade
  • 1962 - A Estranha Clementine
  • TV de Comédia ... Mimi
  • 1959 - Doce Lar Teperman
  • 1959 - Adeus, Mr. Chips
  • TV de Vanguarda
  • 1958 - Sétimo Céu ... Arlete
  • TV Teatro
  • 1958 - Suspeita
  • 1957 - O Corcunda de Notre-Dame ... Flor de Lys
  • 1955 - Oliver Twist

Cinema

  • 1975 - Cada um Dá o que Tem

Fonte: Wikipédia

Gilda Miranda

GILDA MIRANDA SARMENTO DE OLIVEIRA
(74 anos)
Atriz e Cantora

☼ Rio de Janeiro, RJ (02/05/1925)
┼ Porto Alegre, RS (27/05/1999)

Gilda Miranda Sarmento de Oliveira, mais conhecida como Gilda Miranda, foi uma atriz e cantora brasileira nascida em São Cristóvão, na Rua da Liberdade, na cidade do Rio de Janeiro, RJ, no dia 02/05/1925.

Gilda Miranda foi casada com Sálvio de Oliveira, que também era ligado as artes e foi o primeiro diretor do Museu de Artes de Florianópolis. Foi Sálvio de Oliveira quem iniciou Gilda Miranda nas artes cênicas ao dirigir a peça "A Barca do Inferno" de Gil Vicente, onde Gilda Miranda estreou em 1954 no Teatro Álvaro de Carvalho, Florianópolis, SC.

Da união entre Gilda e Sálvio, nasceram Perla (1945), Thalma (1947) e Jano Sarmento de Oliveira (1950).

Separaram-se em 1955 e Gilda foi para Porto Alegre onde fez teste de cantora na Rádio Farroupilha. Entrou para um grupo de teatro amador dirigido por Vanoly Pereira Dias, mais conhecido como Pereira Dias, com que se casou e deu prosseguimento a carreira no teatro e na televisão.

Gilda Miranda, na Rádio Farroupilha, teve a saudosa Elis Regina como sua colega na referida emissora. Cantava em alguns idiomas, sendo que recebeu da fadista portuguesa Maria Amália um lenço, em reconhecimento a seu talento, como interprete de musicas lusitanas.

Foi atriz de teatro e uma das pioneiras de peças teatrais, ao vivo, na TV Tupi. Contracenou com o renomado Procópio Ferreira, com quem muito aprendeu, em virtude de ser um ator perfeccionista.

O último trabalho de Gilda Miranda na televisão foi na minissérie "O Tempo e o Vento" (1985). Antes, a atriz participou das novelas "Jogo da Vida" (1981), "Ciranda de Pedra" (1981), "Chega Mais" (1980), "Os Gigantes" (1979), "Pecado Rasgado" (1978), "Escrava Isaura" (1976), "Anjo Mau" (1976) e "Escalada" (1975), todas exibidas pela Rede Globo.

Aposentada, Gilda Miranda foi viver em Porto Alegre, onde faleceu vítima de infarto, aos 74 anos, no dia 27/05/1999.

Cida

APARECIDA MARTINS BATISTA
(71 anos)
Cantora

* Franca, SP (22/05/1940)
+ São Paulo, SP (17/07/2011)

Aparecida Martins Batista e Irene Lopes, ambas nascidas em Franca, SP, em 1940 e 1941, respectivamente eram cantoras e faziam a dupla Duo Ciriema.

A dupla iniciou carreira em 1959. Em 1960, passou a cantar na Rádio Nacional, no programa "Alvorada Cabocla". Em setembro do mesmo ano, gravou seu primeiro disco, contendo a canção rancheira "Não Beba Mais Não" (Jeca Mineiro e Orlandinho) e o bolero "Mais uma Lição" (Nonô Basílio).


Acompanhada do sanfoneiro Orlandinho, a dupla passou a cantar em diversas rádios paulistas, tendo participado de programas na Rádio Nacional, na Rádio América, na Rádio Bandeirantes e na Rádio Piratininga.

Em maio de 1961, lançou o segundo disco contendo a huapango "Pecado de Amor" (Nízio e Piraci) e o bolero "Sonhando Contigo" (Junquinha, Junqueira e Paulo Jorge). No mesmo ano, gravou seu maior sucesso, a guarânia "Colcha de Retalhos" (Raul Torres). Pela mesma época, iniciou uma excursão ao Nordeste do Brasil levando a música sertaneja, onde, até então, somente predominavam o frevo e o forró.

Apresentou-se na Bahia, Rio Grande do Norte, Alagoas, Sergipe, Paraíba e Ceará.

Em janeiro de 1962, lançou o bolero "Beijos Proibidos" (Raimundo Teles e Antônio Mendes), e o rasqueado "Indiazinha" (Paulo Borges e Doralice Ferreira).

Ainda em 1962, lançou o rasqueado "Não Bebas Mais" (Nízio e Piraci). Em 1963, gravou dois de seus maiores sucessos, o rasqueado "Oh! Ciriema" (Mário Zan e Nhô Pai) e "Bebida Não Mata Saudades", canção rancheira de Benedito Seviero e Luiz de Castro. Lançou, também, com grande sucesso, inclusive em Assunção, Paraguai, "Lencinho de Nhanduti" (Piraci e Nhô Fio). Em 1964, a dupla fez temporada no país vizinho. De lá trouxe a composição "Saudade", uma guarânia do escritor e embaixador Mário Palmeiro.

A dupla se afastou da vida artística um pouco depois. Em 1972, gravou "Chitãozinho e Xororó" (Serrinha e Athos Campos), retornando à vida artística. Gravou também "Como Era Bom Aquele Tempo" (César e Cirus), "Rogo ao Senhor" (J.K. Filho e Miguel da Portela) e "Hei de Vencer" (Capitão Furtado e Juvenal Fernandes).

Em 1973, lançou novo LP, onde gravou a guarânia "Saudade" (Mário Palmeiro), até então inédita. Gravou também "Mensagem de Esperança" (Capitão Furtado e João Pacífico), que se tornou tema de uma novela do "Capitão Furtado" com o mesmo nome.

Regravou também "Não Beba Mais Não" (Jeca Mineiro e Orlandinho), a primeira gravação e sucesso do Duo Ciriema. Em 1975, gravou LP pela Copacabana em que se destacaram entre outras, "Onde Tu Irás Sem Mim" (J.K. Filho e Zito Berdinato) e "Vivo Chorando" (Everaldo Ferraz e Silvia Boanato). Em 1978 gravou "Mensagem de Esperança" (Capitão Furtado e João Pacífico).


Cida faleceu no dia 17 de julho de 2011, às 18:30 hs, em São Paulo, aos 71 anos. Cida completaria 52 anos de carreira no dia 18/07/2011. Ela sofria de Câncer, segundo informações de Irene Lopes, sua parceira de dupla.


Miriam Batucada

MIRIAM ANGELA LAVECCHIA
(47 anos)
Cantora

* São Paulo, SP (28/12/1946)
+ São Paulo, SP (02/07/1994)

Miriam era neta de italianos, tanto por parte de mãe, quanto por parte de pai. Nasceu aos 28 de Dezembro de 1946, mas foi registrada no dia 01 de janeiro de 1947, assim ganhando "um ano", como se dizia antigamente.

Miriam fez um curso técnico de digitadora pela IBM e chegou a trabalhar na Arno, sendo despedida por batucar no teclado.

Quando pequena, conheceu uma menina que tinha o apelido de Chacareira. Essa menina lhe ensinou a batucar com as mãos durante três meses. No começo, despontava um samba devagar, o que dias de prática fez se tornar um ritmo frenético e no compasso de qualquer samba.

Carreira

Em 1967 recebeu o convite para participar do programa do Blota Júnior. Sua apresentação durou duas horas e maravilhou todo público e o apresentador, e de quebra, Miriam ainda tocou todos os instrumentos que se encontravam no palco da TV Record naquele dia: piano, bateria, harmônica, violão, cuíca, além de batucar na mesa do apresentador e mostrar também a sua batucada nas mãos.

No dia seguinte já era representada pelo famoso empresário Marcos Lázaro, sendo contratada pela TV Record.

Participou do programa da Sônia Ribeiro e em seguida ganhou um programa com Ronnie Von nas tardes de sábado. E foi durante sua apresentação num programa de televisão que Cidinha Campos a intitulou de Miriam da Batucada. Como o "da" na época não estava na moda, o extraiu e ficou só com o codinome de Miriam Batucada.

Em 1968 gravou o compacto pela gravadora Rozemblit contendo as faixas Batucando Nas Mãos (Renato Teixeira) e Plác-Tic-Plác-Plác (Walter Peteléco), produzido por Côrte Real. Já apresentava sua famosa batucada nas mãos nessas músicas. Começou, nessa época a ser muito requisitada para espetáculos, e chegou a até fazer apresentações no exterior.

Apesar de seu samba ser relativamente tradicional, Miriam era pessoalmente muito criativa e aberta. Não teve problemas para gravar um disco relativamente inovador com Raul Seixas, Sérgio Sampaio e Edy Star em 1971, chamado Sociedade da Grã-Ordem Kavernista Apresenta Sessão das 10.

Este se tornou seu disco mais famoso, o mais encontrado na Internet. Com Marcix (Compositora e produtora cultural) compos a musica Salve Rainha em homenagem a Chico Mendes.

Em 1973 gravou um compacto pela CBS com produção de Raul Seixas.

Pontos marcantes na personalidade de Miriam eram sua extrema simpatia e simplicidade. Como intérprete, tinha uma noção de ritmo muito boa. Um de seus sucessos era Teco Teco (Pereira da Costa e Milton Vilella). A canção hoje não é mais associada a ela, depois que Gal Costa também gravou.

Com fortes raízes italianas, Miriam era muito ligada a um bairro tradicional de São Paulo, a Mooca.

A Mooca só a homenageou após a sua morte, atribuindo o seu nome a uma travessa da Rua Bixira – Travessa Miriam Batucada.

Discografia

1968 – Rozenblit – Compacto Simples - Batucando na mão
1971 – Sociedade da Grã-Ordem Kavernista Apresenta Sessão das 10
1973 – Diabo no Corpo - Compacto Simples
1974 – Acertei No milhar - Compacto Duplo
1974 – Amanhã Ninguém Sabe - LP
1979 – Marcha do João - Compacto Simples
1991 – Alma de Festa - LP ¹
           Sinal de Vida - Compacto Simples

¹ Produzido por Marcix (Marcia Carvalho) e arranjado pelo maestro Otavio Basso (seu último disco)

Morte

Faleceu precocemente, sendo encontrada morta em seu apartamento onde morava só no bairro de Pinheiros, por sua irmã Mirna, que residia em Maringá, 21 dias após ter sofrido um Infarto Fulminante.


Fonte: Wikipédia

Angelita Martinez

ANGELITA MARTINEZ
(48 anos)
Cantora, Bailarina, Vedete e Atriz

* São Paulo, SP (17/05/1931)
+ São Paulo, SP (13/01/1980)

Angelita Martinez foi uma vedete, atriz e cantora brasileira. Era filha do jogador Bartô Guarani, que fez sucesso no Clube Paulistano. Começou sua carreira artística na década de 50 no Teatro de Revista.

Entre os vários prêmios que recebeu, destaca-se o de Rainha das Vedetes, em 1958.

Estreou no cinema em 1960, no filme "Pequeno Por Fora". Em 1966, fez o filme "007 1/2 no Carnaval".

Angelita Martinez fez poucos filmes, dedicando-se mais à carreira de cantora e bailarina e gravou algumas músicas típicas para carnaval, de sucesso relativo.


Participou dos primórdios da televisão brasileira, e causando escândalo, como numa edição do programa Espetáculos Tonelux, de 27/12/1956, na TV Continental, onde apareceu com roupas sumárias, causando reação na sociedade moralista da época.

Teve vários romances célebres, como os com Garrincha, Dorival Caymmi e com o então vice-presidente João Goulart.

Casou-se com Francisco Bretal Rego em 13/08/1964. 

Angelita Martinez morreu em 13/01/1980, aos 48 anos de idade, vítima de leucemia, em São Paulo.

Neusinha Brizola

NEUSA MARIA GOULART BRIZOLA
(56 anos)
Cantora e Compositora

* (20/11/1954)
+ Rio de Janeiro (27/04/2011)

Neusa Maria Goulart Brizola, filha caçula do ex-governador Leonel Brizola, ou Neusinha Brizola, ficou conhecida por suas desavenças públicas com o pai nos anos 1980 e 1990.

Extravagante, anunciou que havia criado o Movimento Anarquista Tropicalista Energético, do qual era sacerdotisa. Fez uma festa de casamento no alto do Terminal Rodoviário Menezes Cortes. A cerimônia foi celebrada por Paulo Coelho.

Mudou-se para a Holanda, onde viveu por seis anos. Ao voltar, em 1991, estava viciada em drogas. Foi presa duas vezes por posse de cocaína. Também foi acusada de agredir uma empregada doméstica.

Depois da fase turbulenta, livrou-se do álcool e das drogas e abriu uma produtora cultural com a filha. Passou a ter uma relação mais tranquila com o pai e o acompanhava durante as campanhas políticas.

"Meu pai sempre foi um aglutinador na política e na família. Procurava manter todos debaixo da asa. Nos falávamos praticamente todos os dias", disse, em entrevista à revista IstoÉ Gente, logo depois da morte de Leonel Brizola, em 2004.

Carreira

Fez sucesso na década de 1980 ao lançar hits New Wave, como a música "Mintchura", em parceria com o compositor e guitarrista gaúcho Joe Euthanázia.

Em 1983 fez um ensaio fotográfico para a revista Playboy mesmo contrariando a opinião do seu pai, então governador do estado do Rio de Janeiro. Porém, Leonel Brizola impediu a publicação das fotos. Seu primeiro LP foi lançado neste ano.

Em 1984 participou da trilha sonora do programa musical infantil "Plunct, Plact, Zuuum", da Rede Globo. Para esta emissora, também compôs algumas trilhas sonoras para novelas, como em "Transas e Caretas" (1984) e para o cinema, como no filme "As Sete Vampiras" (1986). Na campanha Diretas Já, lançou a música "Diretcha" em compacto simples.

Morte

Neusinha Brizola morreu no dia 27/04/2011, aos 56 anos, na Clínica São Vicente, na Gávea, zona sul do Rio de Janeiro. De acordo com a família, ela sofria de Hepatite C e morreu em decorrência de complicações da doença.

O hospital não foi autorizado a divulgar boletim médico. Neusinha Brizola sentiu-se mal na tarde de domingo, 24/04/2011, e foi internada. Ao longo da semana, o quadro se agravou e ela sofreu uma embolia pulmonar, informou Tania Fayal, uma das fundadoras do Partido Democrático Trabalhista (PDT) e assessora do Secretário de Trabalho e Renda, Brizola Neto, e do vereador Leonel Brizola, sobrinhos de Neusinha.

Neusinha Brizola deixou dois filhos, Laila (36), Paulo César (28) e quatro netos.

O velório de Neusinha Brizola, ocorreu na capela 2 do Cemitério de São João Batista, em Botafogo, na zona sul do Rio de Janeiro, às 11:00 hs de quinta-feira, 28/04/2011.

Ela será enterrada na sexta-feira, 29/04/2011, no mausoléu da família, no Cemitério Municipal de São Borja, no Rio Grande do Sul.

"Neusinha, que com todos os desentendimentos que a imprensa sempre explorou, foi sempre objeto de um carinho especial de meus avós, será sepultada ao lado deles, em São Borja", escreveu Brizola Neto, em seu blog. Foi também o ex-deputado federal que divulgou a morte da tia, pela internet.

Antes da sua morte, Neusa Maria Goulart Brizola, a Neusinha (ela se assinava com Z) implorou por uma extrema-unção - ao contrário do que muitos imaginam, ela era muito católica. Uma amiga conseguiu um padre, e o pedido foi atendido. A famosa filha do político Leonel Brizola queria ser enterrada em São Borja, Rio Grande do Sul, ao lado do pai.

Há algum tempo, Neusinha não saía de casa, desde que piorou da hepatite C. Seu último evento social foi no carnaval, quando ela comprou uma frisa na Marquês de Sapucaí.

Heloísa Helena

HELOÍSA HELENA ALMEIDA GAMA DE MAGALHÃES
(81 anos)
Atriz e Cantora

* Rio de Janeiro, RJ (28/10/1917)
+ Rio de Janeiro, RJ (19/06/1999)

Heloísa era filha de um advogado e alto funcionário da prefeitura do Rio de Janeiro. Na infância, além das disciplinas normais, estudava com uma governanta o idioma inglês. Logo, começou a cantar e tocar violão.

Iniciou sua carreira na Rádio Mayrink Veiga. No começo cantava em inglês, já que dominava a língua como se fosse nativa dos Estados Unidos.

Participou do filme Samba da Vida, primeiro musical de Jaime Costa, que passou a ser seu ídolo.

Heloísa escrevia também. Por seu valor, foi a primeira cantora a interpretar Carinhoso, de Pixinguinha, no Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Cantou também no Cassino da Urca, Copacabana e Atlântico. A embaixada dos Estados Unidos fez na época um intercâmbio cultural com o Brasil e Heloisa Helena acabou indo para New Orleans, permanecendo algum tempo.

Voltando ao Brasil, é convidada por Chianca de Garcia a ingressar na televisão, em 1951, na então recém-inaugurada TV Tupi Rio de Janeiro.

Participou de vários tele-teatros, entre os quais Um Bonde Chamado Desejo e A Rosa Tatuada.

Começou também a ser apresentadora de programas de televisão, dentre eles a Sessão das Cinco, na TV Tupi, um programa de variedades ao estilo Mais Você, da TV Globo.

Trabalhou depois por um tempo no Recife e, quando voltou ao Rio, já para a Rede Globo, integrou o elenco de várias telenovelas de sucesso, entre as quais Verão Vermelho, Assim na Terra Como no Céu, Selva de Pedra (como Fanny, a divertida dona da pensão), Pecado Capital, O Astro, A Sucessora, Sétimo Sentido, Eu Prometo (a última da autora Janete Clair), de quem era grande amiga e várias outras. Heloisa Helena também se dedicou à direção de programas, como a versão brasileira do programa What's My Line?.

No cinema, participou de Mãos Sangrentas, Leonora dos Sete Mares, O Homem do Sputinik. Mas o que mais gostou de fazer foi Independência ou Morte, filme nacional rodado em 1972 no qual interpretou Carlota Joaquina, mãe do príncipe Dom Pedro I, vivido por Tarcísio Meira.

Morte

Aos 81 anos e fumante inveterada, a atriz foi encontrada morta na tarde de sábado (19/06/1999), em seu apartamento no bairro de Ipanema, pelas duas filhas Nadja Spencer e Laila Bezerra de Mello, filha do casamento com o teatrólogo Paulo Magalhães, falecido em 1972. Elas acreditam que a mãe tenha sofrido uma Parada Cardíaca, durante a madrugada, enquanto dormia.

Heloísa Helena foi cremada no dia 21/06/1999, às 11h, no Cemitério do Caju, na zona norte do Rio.

A atriz Arlete Salles lamentou a perda da amiga: "Ela me inspirou no início da carreira, foi minha mestra. Ficamos tão amigas que ela passou a me chamar de filha e eu a chamava de mãe. Era uma mulher atualizada e de brilho próprio".

Cinema

1982 - A Fábrica das Camisinhas
1979 - A Pantera Nua
1977 - Ódio ... Rosa
1975 - Com as Calças na Mão ... Dona Flora
1973 - O Descarte
1972 - Independência ou Morte ... Carlota Joaquina
1970 - Uma Garota em Maus Lençóis
1968 - Jovens pra Frente
1967 - Rifa-Se uma Mulher
1961 - Samba em Brasília ... Eugênia
1959 - O Homem do Sputnik ... Dondoca
1958 - Matemática Zero, Amor Dez
1957 - Boca de Ouro
1956 - Depois Eu Conto ... Marinete
1955 - Chico Viola Não Morreu
1955 - Leonora dos Sete Mares
1955 - Angu de Caroço
1955 - Mãos Sangrentas
1954 - O Petróleo é Nosso ... Srª Guimarães
1954 - Marujo por Acaso
1953 - A Carne É o Diabo
1952 - É Fogo na Roupa ... Cssa. Buganville
1948 - Terra Violenta ... Lucy
1948 - É com Este que Eu Vou ... Frou Frou
1947 - Luz dos Meus Olhos
1940 - Céu Azul ... Mimi
1940 - Pega Ladrão
1939 - Futebol em Família
1938 - Tererê Não Resolve
1937 - Samba da Vida ... Helena
1936 - Alô Alô Carnaval

Televisão

1992 - Você Decide (Primeiro episódio)
1990 - Araponga ... Zora
1985 - Roque Santeiro ... Madre
1983 - Eu Prometo ... Bernarda Cantomaia
1982 - Sétimo Sentido ... Augusta
1980 - Coração Alado ... Luzia
1980 - Chega Mais ... Carmem
1979 - Vestido de Noiva (Especial)
1979 - Feijão Maravilha ... Maggie Andrade
1978 - A Sucessora ... Madame Sanchez
1977 - O Astro ... Beatriz
1976 - Duas Vidas ... Virgínia
1976 - O Casarão ... Mirtes
1975 - Pecado Capital ... Hortência
1975 - Bravo! ... Eugênia
1974 - Corrida do Ouro ... Florinda
1973 - O Semideus ...
1972 - Uma Rosa com Amor ... Genô
1972 - Selva de Pedra ... Fany
1971 - Minha Doce Namorada ... Carmem
1970 - Assim na Terra como no Céu ... Danusa
1970 - Verão Vermelho
1969 - Um Gosto Amargo de Festa

Luely Figueiró

LUELY DA SILVA FIGUEIRÓ
(75 anos)
Cantora, Atriz e Escritora

* Porto Alegre, RS (26/09/1935)
+ São Paulo, SP (07/12/2010)

Iniciou a carreira no princípio da década de 50, integrou o elenco da Rádio Gaúcha e foi considerada como uma das melhores intérpretes do sul do país.

Tornou-se uma das pioneiras na gravação de compositores que conheceriam a consagração na década de 60 como Tom Jobim, Carlos Lyra, Ronaldo Bôscoli, Newton Mendonça e Sérgio Ricardo.

Foi contratada pela gravadora Continental lançando o primeiro disco em 1957 com acompanhamento de Rafael Puglielli e Sua Orquestra registrando o tango "Yasmin de Santa Mônica" (Haletz, Warner e Humberto), e o bolero "Quero-te Assim" (Miguel Prado e Sancristobal), ambos com versões de Carlos Américo. No mesmo ano, e também com acompanhamento da Orquestra de Rafael Puglielli gravou o samba-canção "Nasce Uma Pobre Menina" (Alberto Ribeiro e Alcir Pires Vermelho), a valsa-campeira "Quero... Quero..." (Luiz Carlos Barbosa Lessa) e "Marcelino Pão e Vinho" (Pablo Sorozabal) com versão de Ribeiro Filho. Esta última, da trilha sonora de conhecido filme da época. Atuou no filme "Casei-me Com Um Xavante", com direção de Alfredo Palácios.

Em 1958, gravou a toada "Gauchinha Bem Querer", a valsa "Olha-me, Diga-me!" (Tito Madi), o calipso "Melodie D'Amour" (Salvador e Lanjean) com versão de Milton Cristofani, e o fox-trot "Till" (Sigman e Denvers), com versão de Osvaldo Santiago.

Em 1959, gravou os xotes "Xotis do Netinho" (Vitor Dagô e Poly) e "Estou Ficando Louca" (Luely Figueiró e Guaraci Ribeiro). Gravou com a Orquestra de Rafael Puglielli os sambas-canção "Não Quero, Não Posso, Não Devo" (Dirce Moraes) e "Eu Não Sei" (Lúcio Alves). Gravou também os sambas-canção "O Relógio da Saudade" (Sérgio Ricardo) e "O Que é Amar" (Johnny Alf), além dos sambas "A Felicidade" e "O Nosso Amor" (Tom Jobim e Vinicius de Moraes).

Em 1960, gravou os sambas-canção "Meditação" (Tom Jobim e Newton Mendonça), "Fim de Noite" (Chico Feitosa e Ronaldo Bôscoli), "Poema Azul" (Sérgio Ricardo), e "Se é Tarde, Me Perdoa" (Ronaldo Bôscoli e Carlos Lyra).

Em 1961, gravou pela RCA Victor com acompanhamento de orquestra, a toada "Amor Ruim" (Sérgio Ricardo) e o samba-canção "Chuva Que Passa" (Durval FerreiraMaurício e Bebeto).

Foi casada com o cantor Sérgio Ricardo com quem apresentou o programa musical "Balada", em um horário nobre na TV Continental.

Luely Figueiró não cantava mais profissionalmente, apenas em encontros comunitários, tendo aparecido pela última vez no show musical do lançamento do livro "A Era do Rádio" do pesquisador Waldyr Comegno, realizado em agosto de 2008 na Avenida São João, onde cantou ao lado de Denise Duran e Roberto Luna.

Luely Figueiró abandonou a carreira artística no final da década de 70, dedicando-se apenas à literatura espírita. Chegou, inclusive, a lançar alguns livros do gênero e se transformou em astróloga.

Faleceu no dia 07/12/2010 e foi sepultada no dia 08/12/2010, no Cemitério dos Jesuítas, no Parque Pirajuçara, em Embú das Artes, na Quadra I, túmulos 35-36-37.

Elvira Pagã

ELVIRA OLIVIERI COZZOLINO
(82 anos)
Atriz, Cantora, Compositora e Vedete

* Itararé, SP (06/09/1920)
+ Rio de Janeiro, RJ (08/05/2003)

Mudou-se ainda pequena, com a família, para o Rio de Janeiro, onde estudou em colégio de freiras - Imaculada Conceição. Ainda estudante organiza, junto com a irmã Rosina, diversas festas onde travam relações com o meio artístico carioca, sobretudo com os integrantes do Bando da Lua.

Ainda na década de 1930 realizam um espetáculo de inauguração do Cine Ipanema, junto com os Anjos do Inferno, ocasião em que recebem de Heitor Beltrão o apelido de Irmãs Pagãs - que então adotam para o resto da vida, tanto para a parceria, que dura até 1940, ano em que Elvira se casa e termina a dupla, como nas respectivas carreiras solo.

As irmãs realizam um total de treze discos, juntas, além de filmes como "Alô, Alô, Carnaval" (1935), e o argentino "Tres Anclados En París" (1938).

Elvira torna-se uma das maiores estrelas do Teatro de Revista, disputando com Luz del Fuego o papel de destaque dentre as mais ousadas mulheres brasileiras de seu tempo: foi a primeira a usar biquini em Copacabana. Nos anos 50 posou nua para uma foto, que distribuiu, como cartão natalino.

A beleza e sensualidade fizeram-lhe a fama, sendo uma das sexy symbols mais cobiçadas da época. Foi a primeira Rainha do Carnaval carioca - inovação nos festejos momescos, mantida até o presente.

Foi responsável direta por uma das tentativas de suicídio do compositor Assis Valente, ao lhe cobrar, de forma escandalosa, uma dívida.

A partir da década de 1970 torna-se pintora, adotando um estilo esotérico, sem grande destaque nesta nova iniciativa.

Com a maturidade foi se tornando misantropa e temperamental, evitando qualquer contato com as pessoas, sobretudo a imprensa e pesquisadores. A morte somente foi divulgada após três meses da ocorrência, pela irmã, que morava nos Estados Unidos.

Música

A carreira musical pode ser dividida em duas partes: a primeira, onde fazia parceria com a irmã, na dupla Irmãs Pagãs e a segunda, em carreira solo, onde também aventurou pela composição de Marchinhas e Sambas.

Fez, com a irmã, turnê pela Argentina, Peru e Chile, durante quatro meses. Apresentavam-se nas rádios, como a Mayrink Veiga e com a irmã gravou ao todo treze discos.

Seu primeiro disco sozinha data de 1944 e no ano seguinte gravou um novo trabalho que constitui-se numa novidade, para a época, uma vez que possuía apenas quatro músicas. Gravou em diversos estúdios, como o Continental, Todamérica e outros, além de diversas parcerias, como com Herivelto Martins, Orlando Silva e outros.

Composições

A primeira composição é de 1950, o Samba "Batuca Daqui, Batuca de Lá", em parceria com Antônio Valentim. Do mesmo ano é o seu Baião "Vamos Pescar". Do ano seguinte, com o mesmo parceiro anterior, são o Baião "Saudade Que Vive em Mim", a Marcha "A Rainha da Mata" e o Samba "Cacetete, Não!". Compôs ainda:  Reticências, Sou Feliz, Vela Acesa, Viva Los Toros, Marreta o Bombo e Condenada.

Discografia

Desde o início da carreira solo, em 44, com as músicas "Arrastando o Pé" e "Samburá", pela Continental. Participou ainda de alguns discos, por este selo. Transfere-se para a Star em 1949 e em 1951 no selo Carnaval. A partir de 53 grava pela Todamérica, Marajoara e Ritmos - última a gravar as participações.

Filmografia

Elvira Pagã teve pequenas aparições em "Vegas Nights" (1948) e "Écharpe de Seda" (1950). A filmografia inclui, ainda:

1975 - Assim Era a Atlântida
1950 - Aviso aos Navegantes
1949 - Carnaval no Fogo
1949 - Dominó Negro
1940 - Laranja-da-China
1939 - Favela
1938 - Três Anclados En París
1936 - Alô, Alô Carnaval
1936 - O Bobo do Rei
1936 - Cidade-Mulher

Morte

Elvira Pagã, morreu na Clínica Santa Cristina, em Santa Teresa, zona sul do Rio, vítima de Falência Múltipla dos Órgãos.

A morte não foi divulgada por decisão da família. O corpo teria sido enterrado no sul de Minas Gerais, em uma estância hidromineral.

Fonte: Wikipédia

Zezé Gonzaga

MARIA JOSÉ GONZAGA
(81 anos)
Cantora

* Manhuaçu, MG (03/09/1926)
+ Rio de Janeiro, RJ (24/07/2008)

Iniciou a carreira aos 12 anos de idade, participando do programa de calouros de Ary Barroso. Apadrinhada por Victor Costa, foi contratada pela Rádio Nacional, passando a integrar em seguida diversos conjuntos vocais, como "As Moreninhas" e os "Cantores do Céu". Zezé chegou a ser a cantora mais tocada da Nacional e tornou-se uma das mais famosas intérpretes da Era do Rádio.

Estrelato e Abandono da Carreira

Estreou em LP no elogiado "Zezé Gonzaga", lançado pela Columbia, em 1956. Dona de uma bela voz soprano, Zezé sempre flertou com a música clássica. Chegou a estudar canto lírico, mas não seguiu carreira porque "o mercado é muito pequeno".

Mas ela deu suas escapadinhas de vez em quando. Na Rádio Nacional, era a preferida do maestro Radamés Gnatalli, de quem vez ou outra cantava temas eruditos, juntamente com obras de Villa-Lobos. Muitas vezes, para cantar sambas, ela baixava o tom da voz, para dar às músicas um caráter mais popular.

Aos 45 anos de idade, desanimada com os rumos que tomava sua carreira, atrelada ao comercialismo da gravadora Columbia (atual Sony Music), Zezé decidiu se aposentar. Passou 3 anos trabalhando numa creche em Curitiba, Paraná.

Recomeço

Um dia, Hermínio Bello de Carvalho - velho fã da época do rádio - reapareceu em sua vida com uma proposta irrecusável: voltar ao Rio para gravar um LP. Mas não um LP qualquer e sim um de canções do velho amigo Valzinho, acompanhadas pelo sexteto de Radamés.

Foi um dos melhores discos do ano (1979), com as honras de ter revelado ao grande público a arte de Valzinho, que morreria meses depois, e de ter provado que Zezé Gonzaga ainda era a mesma. Desde então, não parou mais: fez shows, recitais, viagens. Discos, mesmo, só em participações especiais.

Até que Hermínio voltou a ser seu anjo da guarda. Produziu o excelente CD "Clássicos", em que Zezé canta em dupla com Jane Duboc. A oportunidade de gravar o primeiro CD solo surgiu no início de 2002, quando a cantora mineira fez uma série de apresentações no Paço Imperial, no Rio de Janeiro.

Em uma delas estava a cantora Olivia Hime, dona da gravadora Biscoito Fino. O convite para gravar foi imediato. Assim, nasceu "Sou Apenas Uma Senhora Que Ainda Canta", unindo canções do passado a novas composições, num repertório magnífico, esplendorosamente interpretado.

Zezé também se orgulha de ter muitos fãs entre jovens que conhecem boa música. "Ter uma cantora como Zezé é algo que o Brasil devia aproveitar bem mais. É uma grande referência, nos faz entender melhor quem somos", exalta Roberta Sá, uma das melhores intérpretes da nova geração.

Desde que sua filha de criação morreu, em 1999, Zezé vivia só num apartamento perto da praça da Bandeira, área simples da zona norte do Rio.

A cantora passou seus últimos anos de vida sem gravar ou fazer apresentações. Faleceu na cidade do Rio de Janeiro, em 24 de julho de 2008.

Fonte: Wikipédia

Aracy Côrtes

ZILDA DE CARVALHO ESPÍNDOLA
(80 anos)
Atriz e Cantora

* Rio de Janeiro, RJ (31/03/1904)
+ Rio de Janeiro, RJ (08/01/1985)

Uma das atrizes de maior destaque no Teatro de Revista, Aracy Cortes se caracteriza pela interpretação e pelo tipo físico brasileiros.

Inicia sua carreira aos 16 anos, no Circo Democrático, cantando e dançando Maxixe. Sua veia cômica lhe vale o convite para atuar em seu primeiro espetáculo teatral, Nós Pelas Costas (1922), de J. Praxedes.

No teatro, os primeiros trabalhos de sua carreira são na companhia do empresário Pascoal Segreto e entre os mais destacados revisteiros.

Atua em Secos e Molhados (1924), de Luiz Peixoto e Marques Porto; O Baliza (1925) de Luiz Peixoto. De Bastos Tigre interpreta Dito e Feito (1924) e Zig-Zag e Bric-à-Brac, ambos 1926.

Torna-se rapidamente popular entre o público da Praça Tiradentes - onde se concentra os espetáculos musicais da época - e passa a ser o destaque dos espetáculos em que atua.

Protagoniza, em 1928, Miss Brasil, de Marques Porto e Luiz Peixoto, em que canta Ai, Ioiô, Eu Nasci Pra Sofrê, música feita para ela e que se torna um grande sucesso da Música Popular Brasileira.

Na segunda metade da década, trabalha alternadamente nas companhias Tro-lo-ló e Ra-ta-plan. Entre 1929 e 1934, faz vários espetáculos com direção de João de Deus, a maioria textos de Teatro de Revista, como Compra um Bonde, de Carlos Bittencourt, Cardoso de Meneses e Alfredo de Carvalho; Laranja da China, de Olegário Mariano e Às Urnas! de Luís Iglesias e Freire Jr., todos de 1929.

Na década de 30, funda sua própria companhia, que encena principalmente textos de Luís Iglesias e Freire Jr. - entre eles, Co-co-ro-có, Paz e Amor e É Batatal, só em 1936. É eleita Rainha do Rádio (1935) e Rainha das Atrizes (1939).

Nos primeiros anos da década de 40, trabalha exclusivamente na companhia do empresário Walter Pinto, atuando, entre outros, em É Disso que Eu Gosto, de Miguel Orrico, Oscarito Brennier e Vicente Marchelli; e Acredite Se Quiser (1940) de Paulo Guanabara, Assim... Até Eu, de Olavo de Barros e Saint-Clair Senna, Os Quindins de Yayá, de J. Maia e Walter Pinto; A Cabrocha Não É Sopa, de Freire Júnior (1941). Em seguida se associa aos autores Luís Iglesias e Freire Júnior em uma companhia de curta duração.

O Teatro de Revista, alvo da censura do Estado Novo, muda de feição: em lugar da comédia, o luxo, em lugar dos autores, os produtores.

Na década de 50, quando o gênero revista entra em declínio, Aracy trabalha junto aos autores J. Maia e Max Nunes em espetáculos dirigidos por Rosa Mateus e Geysa Bôscoli.

A partir dos anos 60, atua eventualmente em musicais. Seu último sucesso acontece em 1965, num show realizado pelo Teatro Jovem e dirigido por Hermínio Bello de Carvalho, Rosa de Ouro, em que atua ao lado de Geysa Bôscoli e Paulinho da Viola.

Em 1978, estrela o espetáculo A Eterna Aracy, com direção de J. Maia, contando sua carreira e cantando seus maiores sucessos, como Jura, de Sinhô e Tem Francesa no Samba, de Assis Valente.

Quando morre, em 1985, os jornais associam a ela o próprio gênero teatral:

"A quase totalidade das artistas de teatro de revistas em atividade no Brasil guiava-se pelo modelo francês, tinha uma malícia de boulevard, parecia importada de um music hall parisiense. A morena Aracy Cortes, de cabelos crespos, olhos vivos, corpo bonito que não procurava esconder com suas roupas ousadas para os palcos da época, era brasileira em tudo, na malícia dos gestos, nas insinuações do olhar, no gosto pelo duplo sentido das frases. Foi a primeira grande desbocada do teatro brasileiro".