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Paulinho

PAULO CÉSAR DOS SANTOS
(68 anos)
Cantor, Compositor e Percussionista

☼ Rio de Janeiro, RJ (06/09/1952)
┼ Rio de Janeiro, RJ (14/12/2020)

Paulo César dos Santos, mais conhecido como Paulinho, foi um cantor, compositor e percussionista, integrante do grupo Roupa Nova, nascido no Rio de Janeiro no dia 06/09/1952.

No inicio da década de 1970, era vocalista e percussionista de uma banda de bailes carioca chamada Los Panchos Villa, ao lado de Kiko e de Ricardo Feghali. Nessa época, já frequentava as apresentações da banda Os Famks, que tinha grande influência na noite carioca. Em 1974, recebeu o convite para cantar e tocar nessa segunda banda. Logo após entrar, convidou Kiko para substituir o guitarrista.

Com uma voz potente e marcante, Paulinho cantava como vocalista principal em diversas músicas do grupo Roupa Nova, incluindo hits marcantes como "Canção de Verão", "Clarear", "Sensual" (na versão original de 1983), "Volta Pra Mim", "Whisky a Go-Go" (na versão ao vivo, no álbum "Agora Sim", no "Roupacústico I" e no álbum "Roupa Nova 30 anos"), "Linda Demais", "Meu Universo é Você", "Vício", "De Volta Pro Futuro", "Chama", "Asas do Prazer", "Os Corações Não São Iguais", "Maria Maria", "Felicidade", além de canções mais recentes como "À Flor da Pele", "A Lenda", "A Metade da Maçã", "Frio da Solidão" e "Já Nem Sei Mais" ao lado da dupla Chitãozinho & Xororó, "Retratos Rasgados", "Reacender" ao lado de Ben's Brother, gravada para o álbum "Roupa Nova Em Londres", de 2009 e "Sonhando Com Os Pés No Chão" do álbum "Todo Amor do Mundo", lançado no final de 2015.

Outros hits mais recentes foram "Luzes de Emergência" e "Alma Brasileira", presentes no álbum "As Novas do Roupa" lançado em 2019, e o single "Noites Traiçoeiras", lançado nas plataformas digitais em 2019.

Além de cantor, Paulinho também ocupava a função de percussionista na banda Roupa Nova.


Com o Roupa Nova, Paulinho já dividiu os vocais com importantes nomes de música nacional e internacional como The Commodores em "Esse Tal de Repi Enroll", Ivete Sangalo em "O Sal da Terra", Zélia Duncan em "Feira Moderna", Elba Ramalho em "Fé Cega, Faca Amolada", Marjorie Estiano em "Flagra", Ben's Brother em "Reacender", Fresno em "Show de Rock'n Roll", Zezé Di Camargo & Luciano em "Depende", Marcos & Belutti em "Mar de Lágrimas"Angélica em "Você, O Surf e Eu", entre outros.

Em 2009, devido a problemas de saúde, foi substituído em três shows do Roupa Nova pelo ex-vocalista da banda Rádio Táxi, Maurício Gasperini. Logo se recuperou e voltou à atividade.

Paulinho esteve com o Roupa Nova desde a sua formação original, há mais de 40 anos. Com o grupo, recebeu em 2009 um dos maiores prêmios da indústria fonográfica, o Grammy Latino de melhor álbum pop contemporâneo brasileiro, categoria em que o Roupa Nova concorreu com nomes como Rita Lee, Ivete Sangalo, Skank e Jota Quest.

Paulinho é pai de Pepê, baterista da banda Jamz, revelada no programa "Super Star" da TV Globo. O cantor também é pai da cantora Twigg que gravou um dueto com o Roupa Nova na canção "O Barquinho", presente no álbum duplo comemorativo dos 35 anos de carreira da banda intitulado "Todo Amor do Mundo", lançado no final de 2015.

Morte

Em agosto de 2020, Paulinho foi diagnosticado com linfoma. Em setembro, o tratamento foi feito através de um transplante de medula óssea autólogo, no qual as células-tronco do próprio paciente são empregadas.

Em novembro de 2020, Paulinho foi internado no Hospital Copa D'or, no Rio de Janeiro, com Covid-19 no contexto da pandemia do Coronavírus.

Paulo César Santos faleceu na segunda-feira, 14/12/2020, aos 68 anos, no Rio de Janeiro, RJ, vítima de complicações da Covid-19. Ele estava internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Copa D'or, na Zona Sul do Rio de Janeiro.

A conta oficial do Roupa Nova no Instagram publicou a seguinte mensagem:
"As luzes do palco se apagaram. Infelizmente o nosso querido Paulinho não resistiu. Acabamos de receber a notícia que ele veio a falecer de falência de múltiplos órgãos após ser acometido pela infecção do vírus Covid-19. Paciente decorrente de outras co-morbidades, entre elas um transplante de medula óssea devido a um linfoma, ele teve uma parada cardiorrespiratória hoje, que levou à parada dos órgãos. Nossos agradecimentos à todos que oraram e pediram por ele. Deus o receba de braços abertos! #Luto."

Roupa Nova

Roupa Nova é uma banda brasileira de soft rock formada em 1980 na cidade do Rio de Janeiro. Muito popular nas décadas de 1980 e 1990, seu som é frequentemente comparado com o da banda americana Toto. O grupo vendeu mais de 20 milhões de discos e emplacou 52 singles de sucesso durante a carreira.

A banda foi formada em 1970, sob o nome de Os Famks, pelo tecladista Cléberson Horsth, o baixista Nando, o guitarrista Kiko e o cantor Paulinho. Com esta formação, a banda lançou o single "Hoje Ainda é Dia de Rock". Mantém até hoje sua formação original. É composta por Paulinho (percussão e vocal), Serginho Herval (bateria e vocal), Nando (baixo e vocal), Kiko (guitarra e vocal), Cleberson Horsth (teclados e vocal) e Ricardo Feghali (piano, teclados e vocal).

Em 1975, mudaram seu nome para Os Motokas e passaram a ser acompanhados pelo tecladista e guitarrista Ricardo Feghali e pelo baterista Serginho Herval. Assim como a Banda 14 Bis, foram apadrinhados por Milton Nascimento.

Depois de obter um contrato de gravação com a Polygram, a banda é renomeada como Roupa Nova sob sugestão do produtor de discos Mariozinho Rocha. Seu estilo acessível e sofisticado que fazia uso extensivo de harmonias vocais os tornaram conhecidos rapidamente, tendo suas canções tocadas em diversas estações de rádio contemporâneas adultas brasileiras.

Seu álbum "Roupa Nova em Londres", lançado em 2009, foi gravado no Abbey Road Studios em Londres, Inglaterra, sendo vencedor do Grammy Latino na categoria Melhor Álbum Pop Contemporâneo Brasileiro.

Década de 1980

Em 1980 o Roupa Nova defendeu a canção "No Colo D'el Rey" no Festival MPB Shell, gravando logo em seguida o primeiro álbum que já emplacou nas rádios grandes sucessos como "Canção de Verão", "Bem Simples", "Sapato Velho" e "Roupa Nova", canção de Milton Nascimento e Fernando Brant que deu origem ao nome do grupo desde então.

Em 1982 a banda se consagrou no cenário nacional com o lançamento do segundo disco da carreira, que trazia clássicos como "Clarear", tema da novela "Jogo da Vida" (1981) da TV Globo, "Lumiar", "Vira de Lado", "Vôo Livre" e "Simplesmente" que entrou para a trilha sonora da novela "Paraíso" (1982). No mesmo disco estava a canção "Estado de Graça", incluída na trilha sonora nacional da novela "Campeão" (1982) da TV Bandeirantes.

O álbum seguinte, lançado em 1983, impulsionou a carreira do Roupa Nova com o sucesso nacional da canção "Anjo", trilha sonora da novela "Guerra dos Sexos" (1983) da TV Globo, ficando entre as dez canções mais tocadas nas rádios de todo o Brasil naquele ano. Do mesmo disco o Roupa Nova ainda emplacou a balada "Sensual", que se tornou trilha sonora da novela "Voltei Pra Você" (1983) da TV Globo e "O Direito de Nascer" (2001) do SBT, e ainda os hits "Boa Viagem", "Tudo Desarrumado" e "Fora do Ar".

Em 1984 o Roupa Nova se manteve nas paradas de sucesso com o lançamento do quarto álbum da carreira, que trazia entre outras, os hits "Whisky a Go-Go", "Chuva de Prata", "Tímida", "Não Dá" e "Com Você Faz Sentido".

Em 1985, o Roupa Nova viria a lançar aquele que seria o seu álbum mais bem sucedido, trazendo vários de seus grandes sucessos, tais como "Dona", "Seguindo no Trem Azul", "Linda Demais", "Sonho", "Corações Psicodélicos" e "Show de Rock'n Roll". O álbum alcançou a marca de 2,2 milhões de discos vendidos, conquistando discos de ouro, platina, duplo de platina e alavancando de vez a carreira da banda, que a cada ano vinha se tornando mais popular.

Em 1986, o hit "Um Sonho a Dois", composição de Michael Sullivan e Paulo Massadas ganhou as rádios de todo o Brasil nas vozes da cantora Joanna e do grupo Roupa Nova, se tornando tema da novela "Corpo Santo" (1987) da TV Manchete.

O sexto álbum da banda, "Herança", viria a ser lançado em 1987, e novamente um grande sucesso de vendas, ultrapassando a marca de um milhão de cópias vendidas. Hits como "Volta Pra Mim", "A Força do Amor", "Cristina" e "De Volta Pro Futuro" tomaram conta das rádios de todo o Brasil e o Roupa Nova marcou presença nos principais programas de televisão da época. Do mesmo álbum, a canção "Um Lugar no Mundo" foi tema de abertura da novela "Corpo Santo" (1987) da TV Manchete. Também se destacam as canções "Sexo Frágil", tema do filme homônimo, "Um Toque", tema do filme "Romance da Empregada" (1988) e a faixa título, "Herança", cantada em dueto com Fagner.

Em 1988 chegou ao mercado o sétimo álbum da banda, intitulado "Luz", sucesso de vendas embalado por grandes hits como "Meu Universo é Você" e "Vício", que dominaram as paradas de sucesso e os programas de auditório. Este disco, assim como o anterior, é composto por canções autorais que contribuíram para solidificar a carreira e a personalidade da banda, merecendo destaque também as canções "Filhos" em dueto com Trem da Alegria, "Romântico Demais" e "Chama" que entrou para a trilha sonora da novela "Que Rei Sou Eu?" (1989) da TV Globo.

Em 1989, em dueto com José Augusto, o Roupa Nova grava "Eu e Você", trilha sonora da novela "Tieta" (1989) da TV Globo.

Década de 1990

Abrindo a década de 1990, o Roupa Nova permanece nas paradas de sucesso com o bem sucedido "Frente e Versos", impulsionado pelo hit "Coração Pirata", tema da novela "Rainha da Sucata" (1990) da TV Globo, trazendo a aclamada versão a capela de "Yesterday" dos Beatles. No mesmo disco estavam também canções de sucesso como "Amo Em Silêncio", "Cartas", "Asas do Prazer", "Mistérios" e até mesmo uma parceria internacional com o grupo The Commodores em "Esse Tal de Repi Enroll" que entrou na trilha sonora nacional da novela "Meu Bem Meu Mal" (1990) da TV Globo.

Em 1991, o grupo lançou o seu primeiro álbum ao vivo, "Roupa Nova Ao Vivo", trazendo os grandes singles lançados nos primeiros dez anos de carreira da banda em versões ao vivo como, "Lumiar", "Roupa Nova", "Anjo", "Sapato Velho", "Clarear", "Linda Demais", "Volta Pra Mim", "A Força do Amor", "Chama", "Seguindo no Trem Azul", "Show de Rock'n Roll", "Coração Pirata" e "Whisky à Go-Go", além da regravação de "Todo Azul do Mar" e a inclusão de duas canções inéditas que se tornaram grandes hits, "Felicidade" e "Começo, Meio e Fim", ambas temas da telenovela "Felicidade" (1991) da TV Globo, embalando a abertura e o casal principal, formado por Tony Ramos e Maitê Proença.

Em 1991, o Roupa Nova que gravou o tema original do Rock In Rio em 1985, foi escalado pela primeira vez para subir ao palco do festival, onde desfilou com seus maiores sucessos para uma grande multidão de pessoas, tendo como convidado especial o cantor e compositor mineiro Beto Guedes, com o qual gravaram um dueto na canção "Todo Azul do Mar" para o álbum "Cais" de Ronaldo Bastos também lançado em 1991.

Em 1992, o álbum "The Best En Español" foi lançado no mercado latino e nos Estados Unidos, reunindo 13 grandes hits da banda traduzidas para o idioma espanhol, com destaque para a canção "Zapato Viejo", versão para o clássico "Sapato Velho" lançada no primeiro álbum da banda em 1981 e que desta vez contou com solo vocal de todos os seis integrantes do Roupa Nova.

O grupo também emplacaria a canção "Ser Mais Feliz", gravada com exclusividade para a trilha sonora da telenovela "Despedida de Solteiro" (1992) da TV Globo, tema da personagem Bianca vivida pela atriz Rita Guedes.

Em 1993 a banda lança o seu décimo primeiro álbum, intitulado "De Volta Ao Começo", com releituras de clássicos da música brasileira gravados originalmente por artistas como Gonzaguinha, Roberto Carlos, Os Paralamas do Sucesso, Os Mutantes, O Terço, Taiguara, Sérgio Sampaio, Milton Nascimento, entre outros, com destaque para as canções "De Volta Ao Começo", tema da telenovela "Renascer" (1993) da TV Globo, "Ando Meio Desligado", tema da telenovela "Sonho Meu" (1993) da TV Globo, "Universo No Teu Corpo", "Meu Erro" e "Maria Maria" que anos mais tarde, em 2007 também se tornaria tema de novela, desta vez na TV Record, fazendo parte da trilha sonora de "Caminhos do Coração" (2007).

Em 1994, o Roupa Nova lançou mais um trabalho bem sucedido, o álbum "Vida Vida", e graças à popularidade da canção "A Viagem" que se tornou tema de abertura da telenovela de mesmo nome na TV Globo, a banda se manteve por meses nas paradas de sucesso e com presença constante nos principais programas de televisão. Do mesmo disco merece destaque a canção "Os Corações Não São Iguais", outro sucesso radiofônico e que após a gravação original do Roupa Nova já ganhou versões com artistas como Marcos & Belutti e Bonde do Forró, além dos hits "Louca Paixão" e "Coração Aberto".

Em 1995 foi lançada a coletânea "Novela Hits", reunindo alguns hits marcantes que o Roupa Nova emplacou nas telenovelas brasileiras, incluindo a inédita "Ibiza Dance", canção instrumental que foi tema de abertura da telenovela "Explode Coração" (1995) da TV Globo, que no mesmo álbum ainda aparece em uma versão remix produzida pelo DJ Memê, versão esta que também foi incluída na trilha sonora da mesma novela.

Roupa Nova são os atuais recordistas em trilhas sonoras de novelas, com mais de 30 músicas emplacadas. Além delas, "Videogame" se tornou a trilha sonora do "Jornal da Manchete", da extinta TV Manchete.

Os temas mais famosos são "Canção de Verão", de "As Três Marias" (1980), "Bem Simples", de "O Amor é Nosso" (1981), "Anjo", de "Guerra dos Sexos" (1983), "Dona", de "Roque Santeiro" (1985), "A Viagem", de "A Viagem" (1994), "Coração Pirata", de "Rainha da Sucata" (1990) e ainda "Felicidade" e "Começo, Meio e Fim", ambas temas da novela "Felicidade" (1991).

O Roupa Nova também esteve presente na gravação original de outros três temas bastante conhecidos. O "Tema da Vitória", usado nas transmissões das corridas de Fórmula 1 da TV Globo, imortalizado nas vitórias do piloto brasileiro Ayrton Senna, o tema do Rock In Rio, em 1985 e ainda o tema de abertura do programa "Vídeo Show" da TV Globo.

Outro grande sucesso da carreira do Roupa Nova é "Whisky a Go-Go", composição de Michael Sullivan e Paulo Massadas, gravada originalmente em 1984, tema de abertura da novela da TV Globo "Um Sonho a Mais" (1985). "Whisky a Go-Go" é um grande sucesso presente até os dias de hoje, tanto nos shows do Roupa Nova quanto em danceterias, clubes e festas.

Algumas novelas tiveram mais de uma música do Roupa Nova em sua trilha sonora. É o caso de "Um Sonho a Mais" (1985), que além de "Whisky a Go-Go", tema de abertura, tinha também "Chuva de Prata" na voz de Gal Costa com participação especial do Roupa Nova. Na novela "Corpo Santo" (1987), exibida pela extinta TV Manchete, o tema de abertura era "Um Lugar No Mundo" do Roupa Nova. Além desta canção o grupo estava presente, ao lado de Simone, em "Amor Explícito" e "Um Sonho a Dois", ao lado de Joanna.

O feito se repetia em "Felicidade" (1991). Dessa vez, o Roupa Nova emplacaria dois grandes sucessos da sua carreira: "Felicidade", que era o tema de abertura, e "Começo, Meio e Fim", tema do casal principal Álvaro e Helena, formado por Tony Ramos e Maitê Proença. A música "Ibiza Dance", tema de abertura da novela "Explode Coração" (1995), ganhou versão remix "Ibiza Dance Remix" que também entrou para a trilha sonora da novela e foi faixa de uma compilação extra lançada no mesmo ano.

Década de 2000

Ainda em novelas, a canção "Amor De Índio", gravada pelo Roupa Nova em 2001 para o álbum "Ouro de Minas", fez parte da trilha sonora de duas novelas da TV Globo. A primeira, "Estrela Guia" (2001), tema dos personagens de Sandy e Guilherme Fontes, e a segunda, "Desejo Proibido" (2007), tema da personagem Laura, vivida por Fernanda Vasconcellos.

Outra canção do Roupa Nova que acabou se tornando tema de duas novelas foi "Sensual", que embalou as novelas "Voltei Pra Você" (1983) da TV Globo, e "O Direito de Nascer" (2001), na época exibida pelo SBT.

Em 2001, o Roupa Nova lançou o álbum "Ouro de Minas" composto por 12 canções de compositores mineiros, entre eles Milton Nascimento, Beto Guedes, Flávio Venturini, Lô Borges, Samuel Rosa e João Bosco, contando com a participação especial das cantoras Ivete Sangalo, Zélia Duncan, Elba Ramalho, Sandra de Sá e Luciana Mello. Com este disco o Roupa Nova foi o vencedor do Prêmio Caras de Música em 2002 na categoria de Melhor Grupo Popular, concorrendo com Araketu e Art Popular.

Em 2004, a banda lançou seu primeiro DVD "RoupaAcústico", o qual veio a ser um grande sucesso de público e crítica e teve continuação com "RoupaAcústico 2", que em menos de uma semana vendeu mais de 70.000 cópias. Os dois lançamentos acústicos do Roupa Nova ajudaram a renovar o público da banda. Se tornou comum e frequente a presença de um público formado por adolescentes e jovens nos shows do grupo.

O Roupa Nova se tornou presença constante em programas de auditório como o "Programa Raul Gil", "Discoteca do Chacrinha", "Perdidos Na Noite", "Programa da Hebe", "Domingão do Faustão", entre outros.

Durante a carreira, o Roupa Nova fez parcerias com os grandes nomes da música brasileira e artistas internacionais, como The Commodores, com quem gravou a canção "Esse Tal de Repi Enroll", tema da novela "Meu Bem Meu Mal" (1990), David Gates (ex-vocalista do Bread), com quem gravou "De Ninguém" para o álbum "Através dos Tempos", de 1997, a canção "Volte Neste Natal", para o álbum "Natal Todo Dia", de 2007, e a banda Ben's Brother, que participou da faixa "Reacender", do CD e DVD "Roupa Nova Em Londres", de 2009.

O Roupa Nova também fez parcerias com Roberto Carlos, Ivete Sangalo, Rita Lee, Amelinha, Sandra de Sá, Tavito, Zélia Duncan, Fagner, Steve Hackett, David Coverdale, Fafá de Belém, Lulu Santos, Leandro & Leonardo, Daniel, Ney Matogrosso, Luciana Mello, Marjorie Estiano, Pedro Camargo Mariano, Cláudia Leitte, Elba Ramalho, Ed Motta, Chitãozinho & Xororó, José Augusto, Hangar, Byafra, Tony Garrido, Padre Marcelo Rossi, Simone, Joanna, Milton Nascimento, Beto Guedes, Alex Cohen, Sá & Guarabyra, Angélica, Gal Costa, entre outros.

Os grandes incentivadores da carreira do Roupa Nova são Mariozinho Rocha, diretor musical da TV Globo, o responsável pelo nome da banda, o maestro Eduardo Souto Neto com quem o Roupa Nova gravou o "Tema da Vitória" e o cantor e compositor Milton Nascimento que homenageou a banda com a canção "Nos Bailes da Vida".

Os integrantes do grupo são músicos requisitados nos estúdios e foram responsáveis por muitas gravações, para vários cantores e bandas, dos mais variados gêneros, principalmente durante a década de 1980, quando o pop rock brasileiro ganhou destaque.

Vários artistas famosos também já regravaram canções compostas pelos integrantes do Roupa Nova, como é o caso de Sandy & Júnior com a canção "A Lenda", a dupla sertaneja Rick & Renner com as canções "A Força do Amor" e "De Volta Pro Futuro", o cantor Eduardo Costa, com "Linda Demais", "Meu Universo é você" e "Volta Pra mim", a dupla sertaneja Victor & Léo com "Retratos Rasgados", a banda KLB e o cantor Nando Reis com "Whisky a Go-Go" e a dupla Marcos & Belutti com "Os Corações Não São Iguais".

O Roupa Nova é a banda brasileira com maior tempo de formação, 40 anos de estrada e com seus membros originais.

Em junho de 2005, o Roupa Nova foi o vencedor do Prêmio TIM de Música na categoria Canção Popular, recebendo dois prêmios: o de Melhor Disco com "Roupacústico", disputando com "Beleza Roubada" de Dulce Quental e "Outros Planos" da banda 14 Bis, e o prêmio de Melhor Grupo, disputando com Red e 14 Bis.

Em 2007 o Roupa Nova recebeu novamente o Prêmio TIM de Música, desta vez na categoria Canção Popular como Melhor Grupo com o álbum "RoupaAcústico 2", concorrendo com o grupo The Originals.

Em 2007, o Roupa Nova foi um dos convidados especiais de Roberto Carlos no programa "Roberto Carlos Especial" exibido pela TV Globo, onde cantaram as canções "Se Você Pensa", "Whisky a Go- Go" e "A Paz", sendo que esta última contou também com a participação especial do coral Canarinhos de Petrópolis.

Em 2008, o Roupa Nova viajou para Londres para gravar o terceiro DVD, composto por canções inéditas, intitulado "Roupa Nova Em Londres". O álbum, idealizado pelo tecladista e violonista Ricardo Feghali foi gravado no famoso Abbey Road Studios, famoso por ser o estúdio utilizado pelos Beatles em suas gravações. Neste mesmo álbum o Roupa Nova presta uma homenagem aos Beatles com uma versão da música "She's Leaving Home". O disco contou ainda com a participação especial da banda inglesa Ben's Brother na canção "Reacender".

Em 2009, o grupo recebeu um dos mais importantes prêmios da música mundial, o Grammy Latino, na categoria Melhor Álbum de Pop Contemporâneo Brasileiro, desta vez concorrendo com Ivete Sangalo, Jota Quest, Skank e Rita Lee.

Década de 2010

Nos dias 2 e 3 de julho de 2010 foi gravado o 4º DVD da carreira, um projeto em comemoração aos 30 anos de carreira com participações de Sandy, Milton Nascimento, Fresno e o Padre Fábio de Melo. O álbum foi lançado em outubro de 2010.

Com o CD e DVD "Roupa Nova 30 Anos" o grupo recebeu discos de ouro e platina, além do prêmio de Melhor Grupo Popular no 22º Prêmio da Música Brasileira.

Em 2012, o Roupa Nova lançou seu quinto DVD, gravado em formato acústico a bordo de um transatlântico, intitulado "Cruzeiro Roupa Nova", que além de canções inéditas e versões de sucessos internacionais, trouxe também canções já conhecidas de discos anteriores da banda, como "Frisson", "Tudo Desarrumado", "Não Dá", "Luz do Teu Caminho" e "Terra do Amor".

Em 2013 o grupo autorizou o lançamento de sua primeira biografia, intitulada "Tudo de Novo - Biografia Oficial do Roupa Nova". O livro, de autoria da jornalista Vanessa Oliveira, foi publicado pelo selo Best Seller, do Grupo Editorial Record. Também em 2013, o Roupa Nova lançou um projeto comemorativo pelos 33 anos de carreira, o "Box Roupa Nova Music", que reúne os últimos cinco DVD's lançados pelo grupo e ainda um EP com seis canções inéditas.

Em 2014, o Roupa Nova gravou a canção inédita "Depende", junto com a dupla Zezé Di Camargo & Luciano. A parceria resultou numa série de shows pelo Brasil.

Em 2015, o Roupa Nova foi convidado a participar do álbum "Acústico Tão Feliz", da dupla Marcos & Belutti, com os quais dividiram os vocais e tocaram na canção inédita "Mar de Lágrimas". Ainda em 2015, em comemoração aos 35 anos de carreira, o grupo lançou um novo CD/DVD chamado "Todo Amor do Mundo", com roteiro do baixista Nando, composto por 19 canções e narrativas intercaladas, entre elas, a regravação de "É Tempo de Amar", sucesso também na voz de Roberto Carlos em 1967 e que foi escolhida como música de trabalho do novo disco, que contou ainda com as participações de Tico Santa Cruz, Alexandre Pires, Ed Motta, Angélica, além de Twigg, filha do vocalista Paulinho e Carol Feghali, filha do tecladista Ricardo Feghali.

Para o projeto "Todo Amor do Mundo", o Roupa Nova contou com a colaboração de versionistas renomados como Humberto Gessinger dos Engenheiros do Hawaii, Guilherme Arantes, Nelson Motta, Paulinho Moska, Ronaldo Bastos e Paulo Massadas, que escreveram versões de canções internacionais que foram sucesso nos anos 60 e 70 com artistas como B. J. Thomas, The Guess Who, Marvin Gaye, The Beach Boys e Marmalade. O DVD "Todo Amor do Mundo", foi lançado no começo de 2016. Ainda em 2016, o Roupa Nova foi convidado a participar do álbum "De Volta Pro Amanhã" do grupo Sorriso Maroto, onde gravaram a canção inédita "Adeus". Neste mesmo ano a canção "Whisky a Go-Go" é destaque na trilha sonora do filme "Tamo Junto" (2016), de Matheus Souza, comédia estrelada por Sophie Charlotte, Fábio Porchat, Fernanda Souza, entre outros.

No início de 2017, o Roupa Nova comemorou mais uma conquista. Com o DVD "Todo Amor do Mundo" a banda foi premiada com mais um disco de ouro na carreira, em plena era digital e enfrentando os desafios do mercado devido à pirataria.

Em maio de 2017 o grupo dividiu o palco do programa "Música Boa Ao Vivo" do canal Multishow com a dupla Marcos & Belutti e o grupo Sorriso Maroto, cantando hits como "Mar de Lágrimas", "Guerra Fria", "É Tempo de Amar", "Clarear", "A Viagem", "Linda Demais", "Sonhando Com os Pés no Chão" e "Whisky à Go-Go". No programa, o Roupa Nova mostrou a sua veia rock'n roll tocando clássicos das bandas Queen, Nirvana e Guns N' Roses, e ainda fez um dueto inusitado com a apresentadora e cantora Anitta na clássica canção "Dona".

Em 2017, ao lado de astros da MPB como Oswaldo Montenegro, Fábio Júnior e Toquinho, o Roupa Nova foi um dos convidados especiais do álbum "Duetos" da cantora Jane Duboc. Ainda em 2017 o Roupa Nova foi convidado a participar do álbum comemorativo dos 40 anos da banda "A Cor do Som" produzido por Ricardo Feghali, dividindo os vocais e instrumentos na canção "Alto Astral". Nesse mesmo ano, a canção "Linda Demais" entrou na trilha sonora do filme "Bingo - O Rei das Manhãs" do diretor Daniel Rezende, estrelado por Vladimir Brichta.

Em, 2018, com 38 anos de carreira, o Roupa Nova já havia vendido mais de 20 milhões de discos.

No início de 2018 foi anunciado o projeto "Novas do Roupa", que conta com 12 músicas inéditas e lançado por completo ao longo do ano 2019. Surpreendendo mais uma vez o público, o álbum ainda traz participações especiais como a da mexicana Maite Perroni em "Destino O Casualidad (Destino ou Acaso)" e do cantor Luan Santana no reggae "Amor Sob Medida".

As canções que dão start ao novo projeto são "Queda de Braço", "Luzes de Emergência", "Seja Bem Vindo (O Amor)" e "Alma Brasileira", todas elas de novos e jovens compositores.

Em 2019, o Roupa Nova lançou os clipes das canções "Seja Bem Vindo (O Amor)", e também "Destino O Casualidad (Destino ou Acaso)" em parceria com a cantora mexicana Maite Perroni, que rapidamente ultrapassaram mais de um milhão de visualizações no YouTube, além do clipe de "Amor Sob Medida", onde o vocalista Paulinho dividiu os vocais com Luan Santana em uma parceria inédita.

Rumo às comemorações dos 40 anos de sucesso, ainda no ano de 2019, o Roupa Nova presenteou os fãs com o single "Noites Traiçoeiras", lançado em todas as plataformas digitais em 20/12/2019, com direito a um videoclipe gravado com imagens captadas em um cenário 3D, que mergulhou a banda em um céu estrelado e pôde passar toda a emoção da canção.

Nesta mesma época a banda lançou o videoclipe da canção "Natal Todo Dia", sucesso do álbum homônimo lançado pelo Roupa Nova em 2007 que ganhou versão em vídeo.

Década de 2020

Em junho de 2020, mais especificamente no dia 12/06/2020, em comemoração ao dia dos namorados, o Roupa Nova se juntou ao cantor Daniel durante uma live beneficente, com mais de três horas de duração, transmitida pelas redes de ambos os artistas na internet, intitulada "A Força do Amor", título de um dos principais sucessos do Roupa Nova de autoria de Cleberson Horsth e Ronaldo Bastos, mesclando clássicos dos seus repertórios e duetos inéditos durante a apresentação. Durante a live, o Roupa Nova e o cantor Daniel anunciaram que o projeto "A Força do Amor" irá culminar em uma turnê com vários shows pelas principais capitais brasileiras no decorrer do ano de 2021.

Em julho de 2020, o Roupa Nova apresentou mais um projeto em formato inovador, uma Live Drive-In Show, se adaptando às restrições impostas pela pandemia do Corona Vírus, onde os fãs puderam acompanhar o show da banda de dentro dos seus veículos, que também foi transmitido diretamente do Espaço Hall no Rio de Janeiro pelo canal oficial da banda na internet. Em quase três horas de show o Roupa Nova tocou os principais hits da carreira, apresentou novas canções como "Alma Brasileira", "Amor Sob Medida", interagindo com Luan Santana pelo telão e uma nova versão de "Seu Jeito e Meu Jeito" que foi gravada originalmente pelo grupo no álbum "Luz" de 1988, além de render homenagens às grandes bandas do rock mundial como The Beatles, Kiss, Creedence Clearwater Revival, Queen, Guns N' Roses, Pink Floyd, Nirvana, Rolling Stones e Bee Gees.

Em agosto de 2020 chegou em todas as plataformas digitais o single "Seu Jeito, Meu Jeito", dueto do Roupa Nova com o cantor Daniel. A canção que faz parte da discografia do Roupa Nova, do álbum "Luz" de 1988, é uma composição de Nando, que divide os vocais com Daniel nessa releitura, e Ricardo Feghali, ambos do Roupa Nova.

Roupa Nova Integrantes

Paulinho: Voz e percussão
Serginho Herval: Bateria, percussão , violão e voz
Nando: Baixo, violão e voz
Kiko : Guitarra, violão e vocais
Ricardo Feghali: Piano, teclado, guitarra, baixo, violão e voz
Cleberson Horsth: Teclado, piano e vocais
Músicos de turnê (2019)
Zé Canuto: Sax e Flauta
Thiago Feghali: Bateria (Substituiu Serginho Herval por três meses)
Bruno Bonatto: Vocais (Substituiu Serginho Herval por três meses)

Discografia

Álbuns de Estúdio: 17
Álbuns ao Vivo: 4
Álbuns de Compilação: 14
Álbuns de Vídeo: 4
Extended Plays: 1
Singles: 62
Vídeos Musicais: 0
Bandas Sonoras: 40

Álbuns de Estúdio
  • 1981 - Roupa Nova
  • 1982 - Roupa Nova
  • 1983 - Roupa Nova
  • 1984 - Roupa Nova
  • 1985 - Roupa Nova
  • 1987 - Herança
  • 1988 - Luz
  • 1990 - Frente & Versos
  • 1992 - The Best En Español
  • 1993 - De Volta Ao Começo
  • 1994 - Vida Vida
  • 1996 - 6/1
  • 1997 - Através Dos Tempos
  • 1999 - Agora Sim
  • 2001 - Ouro De Minas
  • 2007 - Natal Todo Dia
  • 2009 - Roupa Nova Em Londres
  • 2015 - Todo Amor do Mundo
  • 2018 - Novas do Roupa

Álbuns Ao Vivo
  • 1991 - Roupa Nova Ao Vivo
  • 2004 - RoupaAcústico
  • 2006 - RoupaAcústico 2
  • 2010 - Roupa Nova 30 Anos
  • 2012 - Cruzeiro Roupa Nova

Álbuns De Compilação
  • 1989 - O Melhor De Roupa Nova
  • 1993 - Minha História
  • 1995 - Novela Hits
  • 1997 - O Melhor De Roupa Nova
  • 1998 - Millennium
  • 1998 - Obras Primas
  • 1999 - Focus - O Essencial De Roupa Nova
  • 2001 - Roupa Nova - Sem Limites
  • 2002 - Roupa Nova - Gold
  • 2003 - Série Romântico: Roupa Nova
  • 2004 - Novo Millennium: Roupa Nova
  • 2005 - Roupa Nova - Perfil
  • 2005 - Maxximum (Roupa Nova)
  • 2006 - A Arte De Roupa Nova

Extended Plays (EP)
  • 2008 - 4U (For You)
  • 2013 - Roupa Nova Music
  • 2018 - Novas do Roupa

Videografia

DVDs
  • 2004 - RoupaAcústico
  • 2006 - RoupaAcústico 2
  • 2009 - Roupa Nova Em Londres
  • 2010 - Roupa Nova 30 Anos
  • 2012 - Cruzeiro Roupa Nova
  • 2016 - Todo Amor Do Mundo

Fonte: Wikipédia
#FamososQuePartiram #Paulinho

Moa do Katendê

ROMUALDO ROSÁRIO DA COSTA
(63 anos)
Compositor, Percussionista, Artesão, Dançarino, Professor e Mestre de Capoeira

☼ Salvador, BA (29/10/1954)
┼ Salvador, BA (07/10/2018)

Romualdo Rosário da Costa, mais conhecido por Mestre Moa do Katendê, foi um compositor, percussionista, artesão, educador e mestre de capoeira brasileiro, nascido em Salvador, BA, no dia 29/10/1954.

Moa do Katendê era um artista ligado às tradições afro-baianas. Descobriu suas raízes aos 8 anos de idade no Ilê Axé Omin Bain, terreiro de sua tia e incentivadora, onde começou a praticar capoeira.

Em 1977, consagrou-se campeão do Festival da Canção Ilê Aiyê, o primeiro bloco afro do Brasil.

Em maio de 1978 fundou o afoxé Badauê, que desfilou pela primeira vez no ano seguinte e tornou-se campeão do carnaval na categoria de afoxé.

Em 1995, com a união de colegas e admiradores da cultura afro-brasileira, surgiu o grupo de afoxé Amigos de Katendê, que neste mesmo ano participou do carnaval em São Paulo na Cohab José Bonifácio.

Em 1996, o grupo viajou a Salvador reintegrando os componentes do Badauê e outros afoxés e desfilou no carnaval, estabelecendo assim um intercâmbio entre Bahia e São Paulo.

Atualmente Mestre Moa do Katendê vinha ministrando oficinas de afoxé na Bahia, Sudeste, Sul do Brasil, Europa e era o coordenador geral do afoxé Amigos de Katendê.


Mestre Moa do Katendê falava sobre a re-africanização da juventude da Bahia e do processo batizado por Antônio Risério de re-africanização do carnaval na Bahia, e atribuía este processo a própria dinâmica interna da vida baiana.

Extrapolando os limites de uma mera participação no carnaval, os blocos afro ocuparam física e culturalmente espaços da cidade. Alguns, antes estigmatizados por serem "lugar de preto", outros, hegemonizados desde sempre pelas elites.

Assim como o surgimento do Trio Elétrico, em 1950, veio revolucionar e particularizar o carnaval da Bahia, o processo de re-africanização, especialmente com a entrada em cena dos blocos afro, precipitando a reação africanizante e explicitando marcadamente um caráter étnico, hegemonizaram do ponto de vista estético, musical e gestual, transformaram radicalmente a trama carnavalesca baiana.

As pessoas que criaram as novas entidades afro-carnavalescas da Bahia assumiram e explicitaram a matriz negra da cultura baiana numa dimensão nunca antes registrada, como é o caso, por exemplo, do próprio Moa do Katendê, fundador do Afoxé Badauê, onde vemos a importância assumida pelos cantores na expressão de valores afros entre a comunidade negro-mestiça de Salvador, a consciência da africanidade e da nova poesia afro-baiana, baseada em reminiscências e jogando com a sonoridade das palavras africanas, extraídas do vocabulário dos candomblés, textos da autoria de Paulinho Camafeu, Moa do Catendê, Caetano Veloso, Antônio Risério, Heron, Curimã, Moraes Moreira, Gilberto Gil, Ivo do Ilê, Milton de Jesus, Charles Negrita, Chico Evangelista, Jorge Alfredo, Ana Cruz, Cebolinha, Alírio do Olodum, Lazinho Boquinha, Jailton, Egídio e Buziga.

Morte

Dois homens, uma divergência política, 12 facadas. Parece uma sequência sem lógica, e é. Mas foi ela que acabou com a vida do Mestre Moa do Katendê, aos 63 anos, em Salvador, BA, no dia 07/10/2018.

Na versão do irmão de Moa do Katendê, o alfaiate Reginaldo Rosário da Costa, de 68 anos, às 22h15 do domingo, primeiro turno das eleições no Brasil, após a definição de que Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT) se enfrentariam no segundo turno, ele e Mestre Moa do Katendê chegaram ao Bar do João, reduto que frequentavam há muitos anos, localizado bem de frente para o Dique do Tororó, ponto turístico na região central de Salvador.

Ali, a cerca de 500 metros de onde a família morou a vida inteira, começam a tomar cerveja e conversar sobre os resultados do pleito eleitoral. Ambos haviam votado no candidato do PT.

Às 22h25, Germínio do Amor Divino Pereira, de 51 anos, primo da dupla, passa na porta do bar, vê Moa do Katendê e Reginaldo e se junta a eles, de acordo com Reginaldo.

Passados mais 10 minutos, segundo a mesma versão, quem entra no bar é o barbeiro Paulo Sérgio Ferreira de Santana, de 36 anos, que ainda não sabe, mas dali a pouco tempo vai matar o Mestre Moa do Katendê.


Abatido e sem força na voz, o alfaiate Reginaldo disse que, de repente, Paulo Sérgio se intrometeu na conversa da família, dizendo que o país precisava de mudança e quem tinha que ganhar a eleição era Bolsonaro

Eu respondi a ele: "Rapaz, você é novo, ainda não sabe nada da vida".

Ele aí já veio com grosseria e Moa se meteu, também dizendo que ele não sabia pelo que já passamos. Disse assim: "Você não sabe o quanto sofri pra ter liberdade".

Eles ficaram discutindo e até João (dono do bar) falou pro cara: "Rapaz, olhe com quem você tá discutindo, com um senhor!".

Aí ele se afastou, pagou a conta e foi embora -, relatou Reginaldo

O irmão de Moa do Katendê afirmou que, cinco minutos após deixar o bar, Paulo Sérgio surgiu repentinamente, atacando seu irmão por trás a facadas.
"Eu só vi o vulto. Ele veio do nada e passou junto de mim já dando facada. Germínio tentou defender, mas não adiantou. Como é que o cara dá 12 facadas assim em meu irmão? Chegou na covardia. Foi uma discussão de política e pronto. Se fosse coisa séria, a gente ia ficar lá sentado bebendo?"
(Indagou Reginaldo, como quem questiona a si mesmo)


Ele disse que, com o corpo de Moa do Katendê já no chão, Paulo Sérgio ameaçou golpear quem estava em volta - quatro outros clientes -, abriu caminho e fugiu.

Acionada, a Polícia Militar encontrou o assassino minutos depois, escondido na casa onde morava há dois meses com a mulher e dois filhos, a 100 metros do local do crime.
"Os policiais da 26ª Companhia Independente de Polícia Militar avistaram um rastro de sangue que levava até uma casa e prenderam em flagrante o homicida. Ele já estava com uma mochila com roupas no intuito de fugir!"
Golpeado no braço, Germínio, primo de Mestre Moa do Katendê, foi hospitalizado, mas sem risco de morte.

À 0h38 da segunda-feira, 08/10/2018, quando Paulo Sérgio já estava dentro do camburão da PM, tocou o celular de Somonair da Costa, de 35 anos. A filha de Moa do Katendê, dormia sem saber que o pai fora morto perto de sua casa.
"Tomei aquele susto quando o celular tocou e já acordei me tremendo, porque perdi minha mãe há um mês de enfarto. Era uma amiga com essa notícia. Bateu o desespero, acordei meu irmão, a gente saiu correndo. Quando cheguei, só vi meu pai lavado de sangue. Não dá nem pra acreditar nisso!"
Versões

Responsável pelo caso, a delegada Milena Calmon, do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), descreve Paulo Sérgio como agressivo e diz que ele cai em contradição em suas versões. À polícia, o barbeiro já havia reconhecido a discussão por divergência política, o que foi confirmado por testemunhas já ouvidas.

"Foi mesmo uma discussão por causa de política, até a vítima sobrevivente já confirmou. O autor do crime estava defendendo Bolsonaro e a vítima, do lado do PT. De acordo com as testemunhas, houve ofensas verbais de lado a lado. O autor então foi em casa, pegou a faca, voltou e fez o que fez", afirmou a delegada.

Mas, na delegacia, Paulo Sergio, um homem corpulento de 1,80 m que contou ter começado a beber na tarde do domingo, negou a discussão política e alegou, falando a jornalistas, que estava apenas conversando "sobre futebol" com o dono do bar.

"Ele que levantou e começou a me chamar de preto e veadinho. Eu bebendo, fiquei exaltado, fui em casa e aconteceu o fato", disse ele, que a até a noite de terça-feira não tinha advogado constituído.

Segundo a delegada, Paulo Sérgio já tinha dois registros de passagens pela polícia. Um em 2009, por se envolver em uma briga, e outro em 2014, quando foi denunciado por um adolescente de 14 anos em situação de rua, que informou ter sido ameaçado pelo barbeiro com uma tesoura, depois de pedir R$ 0,50.

"Como é que meu irmão ia chamar ele de preto e veadinho? Um homem com a história de Moa, de tanta luta pela cultura negra. Isso é uma grande mentira", disse Reginaldo.

No seu ateliê, onde as máquinas de costura estão paradas desde domingo, ficaram as batas estampadas que Moa do Katendê levaria nesta quarta-feira para um evento em São Paulo.

"Tudo aqui pronto pra meu pai viajar pra mais um trabalho. A ficha ainda nem caiu, parece que ele vai chegar pra pegar o material. Meu pai era uma pessoa de paz", disse Somonair em meio às peças de roupa.

Fonte: WikipédiaCongo de Ouro e BBC News
#FamososQuePartiram #MoadoKatende 

Gigante Brazil

JORGE LUIZ DE SOUZA
(56 anos)
Cantor, Baterista e Percussionista

☼ Rio de Janeiro, RJ (25/04/1952)
┼ São Paulo, SP (20/09/2008)

Gigante Brazil, nome artístico de Jorge Luiz de Souza, foi um baterista e cantor brasileiro, nascido no Rio de Janeiro, RJ, no dia 25/04/1952. É considerado um dos mais importantes do movimento Vanguarda Paulista. Ele era conhecido também por seu trabalho com a banda Isca de Polícia.

Iniciou a carreira em 1969, como integrante da banda Massa Experiência. Em 1972, chegou em São Paulo acompanhando Jorge Mautner e em 1975, formou a banda Sindicato.

Gigante Brazil participou da final do festival MPB 80, na TV Globo, ao lado de Chico Evangelista, com a canção "Rastapé".

Tocou ainda com grandes nomes da MPB como Marisa Monte, onde teve grande exposição ao participar do disco e show "Mais". Eram de Gigante Brazil os vocais na faixa "Ensaboa". Também tocou com Gilberto Gil, Vânia Bastos, Caetano Veloso, Itamar Assumpção, entre outros.

Estilo de Tocar

Luiz Chagas, jornalista e músico, que tocou com Gigante Brazil na banda Isca de Polícia, fez o seguinte comentário a respeito de seu estilo musical:
"Gigante e seus solos de 'buchesom' - que criava batendo a ponta dos dedos nas bochechas e usando a boca para modular os sons. Ele tocava com o corpo, os braços pareciam asas, cantava num grave que parecia vir de outra dimensão, entrava em transe e arrastava o palco e o público junto. Uma de suas características era tirar som de qualquer coisa. Copos de metal, baldes, batentes de porta que levava para o palco. Como dizia Paulo Lepetit quando lhe pediam o mapa de palco, 'qual o kit de bateria do Gigante? Ah, o que tiver!'"
(Texto publicado na revista Brasileiros)

Conforme a revista Rolling Stone Brasil:
"Preciso, ele era certeza de uma cozinha perfeita em qualquer show e disco que participasse: tinha 'trovões nas mãos' e segurava perfeitamente tanto uma sessão de improviso ou quando fornecia a leve cama para o brilho de um intérprete!"
Morte

Gigante Brazil faleceu em São Paulo, SP, na segunda-feira, 20/09/2008, aos 56 anos, vítima de uma parada cardíaca, sofrida enquanto dormia em sua residência.

Fonte: Wikipédia
#FamososQuePartiram #GiganteBrazil

Laudir de Oliveira

LAUDIR SOARES DE OLIVEIRA
(77 anos)
Compositor, Ator, Dançarino e Percussionista

☼ Rio de Janeiro, RJ (06/01/1940)
┼ Rio de Janeiro, RJ (17/09/2017)

Laudir Soares de Oliveira foi um dos mais importantes percussionistas brasileiros e dos mais atuantes do cenário internacional, nascido no Rio de Janeiro, RJ, no dia 06/01/1940.

Iniciou sua carreira profissional em 1965, como percussionista do grupo folclórico Mercedes Batista, com o qual excursionou durante um ano na França.

Em 1966, participou, como ator, do I° Teatro Negro do Brasil, encenando "Antígona", de Sófocles, produzida por Paschoal Carlos Magno na Aldeia de Arcozelo. Em seguida, viajou em turnê de dois anos pelo exterior como percussionista e bailarino do grupo folclórico Brasiliana

Em 1969, acompanhou durante dois meses o Sergio Mendes & Brasil' 66, em shows realizados nos Estados Unidos. Ainda nesse ano, integrou o conjunto Vox Populi, com o qual viajou para o México. De volta ao Brasil, fundou, com Wagner Tiso, Zé Rodrix, Tavito e Luis Alves, o conjunto Som Imaginário, para acompanhar Milton Nascimento. Desligou-se do grupo em 1970, sendo substituído por Naná Vasconcelos, para atender ao convite de Sergio Mendes para integrar o Brasil' 66.

Laudir de Oliveira mudou-se, em 1970, para os Estados Unidos, onde viveu até 1984. 


De 1970 a 1974 fez parte, como percussionista e cantor, do Sergio Mendes & Brasil' 66. Participou, ainda, do conjunto de Moacir Santos (1970), como percussionista e cantor, e do conjunto de Manfredo Fest (1971), como percussionista.

De 1974 a 1981, atuou como percussionista do grupo norte-americano Chicago, com o qual foi agraciado com o Prêmio Grammy, em 1976. 

Em 1983 e 1984, participou de duas turnês internacionais de Chick Corea, gravando dois discos com o pianista. 

Fez parte do Paul Winter Consort, ao lado do violonista Oscar Castro Neves, gravando dois álbuns com o grupo. 

Em 1989, voltou para o Brasil. 

Na década de 1990. atuou também como produtor musical, tendo sido responsável por discos de João Nogueira, Alfredo Karan, Ventilador, Angelo, Pura Relíquia, Força do Pagode e Edinho Santa Cruz

Laudir de Oliveira em show na Miranda, Rio de Janeiro, 29/09/2015
Laudir de Oliveira tocou com o saxofonista e clarinetista Paulo Moura, com quem fundou o grupo de espetáculos da Velha Guarda da Imperatriz Leopoldinense.

Participou das gravações do álbum de Joe Cocker, "With a Little Help From My Friends", apresentou-se com o guitarrista Santana no Rock In Rio II, tocou com o saxofonista Wayne Shorter, gravou o último álbum dos Jackson Five, intitulado "Destiny".

Gravou também com o multiinstrumentista Hermeto Pascoal, o saxofonista americano Paul Winter, e na banda Som Imaginário, com Milton Nascimento, Robertinho Silva, Wagner Tiso, Luiz Alves, Zé Rodrix e Tavito.

Participou de duas turnês da cantora Nina Simone, como percussionista e vocalista, gravou com Chick Corea, Gal Costa, Maria Bethânia, Sadao Watanabe, Dom Um Romão, Jennifer Warnes, Gerry Mulligan, entre outros.

Gravou cinco álbuns com Airto Moreira ("I'm Fine How Are You", "Touching You Touching Me", "Aqui Se Puede", "Samba de Flora" "The Colors Of Life"), quatro álbuns com Flora Purim ("Open Your Eyes You Can Fly", "Everyday Everynight", "Carry On""Live At Hollywood Bowl", além do vídeo "Harvest Jazz") e sete álbuns com Ithamara Koorax ("Serenade In Blue", "Exclusively For My Friends", "Brazilian Butterfly", "Ithamara Koorax & Friends", "Tributo à Stellinha Egg", "All Around The World" e "Ithamara Koorax Sings Getz/Gilberto"), entre outros.


Compôs canções e gravou com Marcos Valle. Em parceria fizeram, entre outras, as canções "Life Is What It Is", gravada pelo grupo Chicago, em seu álbum "Chicago 13" (1979), "A Paraíba Não é Chicago" (Baby Don't Stop Me), "Sei lá", essas duas também em parceria com Leon Ware, parceiro de Marvin Gaye, e Peter Cetera, do álbum "Vontade de Rever Você", de Marcos Valle (1981), "Dentro de Você", gravada por Emílio Santiago, "Tapetes, Guardanapos e Cetins" e "Para os Filhos de Abraão", do álbum "Marcos Valle" (1983).

Laudir de Oliveira foi também dançarino, ritmista e diretor do grupo de dança afro-brasileira Brasiliana. Foi ator, artista plástico, diretor cultural da Universidade do Grande Rio e produtor musical de discos de João Nogueira, Alfredo Karam, entre outros.

Laudir de Oliveira fez a direção musical da peça "Carlota Joaquina", de Nuno Leal Maia.

Gravou a música "Do Kayambá ao Dollar", no álbum "Costa do Descobrimento" de Ari Sobral & Água de Coco.

Gravou a faixa "Viúva Negra", ao lado de Jorge Pescara, para o álbum "Rio Strut".

As últimas gravações foram para o disco da Orquestra Afro-Brasileira, em agosto de 2017, e para o CD "Boulevard", da banda Urca Bossa Jazz, em setembro de 2017.

Morte

Laudir de Oliveira faleceu na tarde deste domingo, 17/09/2017, aos 77 anos, durante um show no Reduto Pixinguinha, centro cultural na Praça Ramos Figueira, em Olaria, Zona Norte do Rio de Janeiro. Segundo familiares, ele teve um mal súbito enquanto tocava, diagnosticado posteriormente como infarto do miocárdio.

Laudir de Oliveira participava de uma homenagem ao maestro Paulo Moura. Segundo relato de amigos, ele estava tocando o chorinho "Ternura" quando teve um mal súbito e morreu.

Fonte: Wikipédia e Dicionário Cravo Albin da MPB
Indicação: Miguel Sampaio
#FamososQuePartiram #LaudirDeOliveira

Orlandivo

ORLANDIVO HONÓRIO DE SOUZA
(79 anos)
Cantor, Compositor e Percussionista

☼ Itajaí, SC (05/08/1937)
┼ Rio de Janeiro, RJ (08/02/2017)

Orlandivo Honório de Souza, conhecido como Orlandivo, foi um cantor e compositor popular brasileiro, além de percussionista, nascido em Itajaí, SC, no dia 05/08/1937.

Mudou-se para o Rio de Janeiro com sua família aos 9 anos de idade. Ainda lá, ao atingir a maioridade, começou sua carreira com suas primeiras composições em parceria de Paulo Silvino.

No início dos anos 1960, atuou como crooner do conjunto de Ed Lincoln.

Em 1962, gravou na Musidisc as músicas "Samba no Japão", "Amor Quadradinho" (Orlandivo e Roberto Jorge) e "Vai Devagarinho" (Orlandivo e Roberto Jorge),  e "Brincando de Samba",(Orlandivo e Celso Murilo). Gravou seu primeiro LP, intitulado "A Chave do Sucesso", cuja faixa título remete à sua personalíssima maneira de se utilizar de um chaveiro como instrumento de percussão. Ainda em 1962, teve o samba "Tamanco no Samba" (Orlandivo e Helton Menezes) gravado por Célia Reis na Philips e por Waldir Calmon e sua orquestra na Copacabana.

Em 1963, Sônia Delfino gravou "Bolinha de Sabão" (Orlandivo e Adilson Azevedo).

Em 1965, gravou o LP "Samba em Paralelo" e escreveu algumas canções sob o pseudônimo de D'Orlan.

Em 1966, teve as músicas "O Ganso" (Orlandivo e Ed Lincoln) e "O Amor Que Eu Guardei" (Orlandivo e Ed Lincoln), gravadas por Ed Lincoln e Seu Conjunto. Participou, ainda, da trilha sonora de diversos filmes, nos quais trabalhou também como ator.


Na televisão atuou nos programas "Alô Brotos", "Aérton Perlingeiro Show" e "Chico Anísio Show", na TV Tupi. "Balança Mas Não Cai" e "Faça Humor, Não Faça Guerra", na TV Globo. Integrou a equipe de produção musical de festivais de música de carnaval e festivais universitários na TV Tupi e do programa "Som Livre Exportação" na TV Globo.

No cinema, atuou nos filmes "Eu Transo... Ela Transa" (1972) de Pedro Camargo e "Como Nos Livrar do Saco" (1973), dirigido por César Ladeira Filho.

Suas músicas foram interpretadas por diversos artistas como Ed Lincoln, Golden Boys, Conjunto Farroupilha, Humberto Garin, Wilson Simonal, Cauby Peixoto, Ângela Maria, João Donato, Sônia Delfino, Trio Esperança, Dóris Monteiro, Claudette Soares, Jorge Ben, Elza Soares, Celso Murilo, Luíz Carlos Vinhas, entre outros. Além dos conjuntos instrumentais de Astor Silva, Maestro Zacarias, Waldir Calmon, Carlos Monteiro de Souza, Moacir Silva, Walter Wanderley, Carl Tjader, Fats Elpídio, Velhinhos Transviados, Tamba 4, entre outros.

Em 1974, compôs com Arnaud Rodrigues a música "Vou Bater Pra Tu", gravada pela dupla humorística Baiano e os Novos Caetanos formada por Chico AnysioArnaud Rodrigues, no programa "Chico City". Essa música foi sucesso até na Europa.

Em 1976, lançou o LP "Orlan Divo", com arranjos de João Donato. Fundou a banda de bailes Ipanema Dance, integrada por 12 músicos.

Em 2006, lançou pela Deckdisc o CD "Sambaflex", produzido por Henrique Cazes, no qual interpretou clássicos de sua carreira.

Morte

Orlandivo morreu na madrugada de quarta-feira, 08/02/2017, aos 79 anos, de causas ainda não divulgadas. Na noite de terça-feira Orlandivo passou mal e chegou a dizer ao filho que iria ao hospital na quarta-feira, mas foi encontrado morto pela manhã.

O velório de Orlandivo ocorreu na quinta-feita, 09/02/2017, na capela 3 do Memorial do Carmo, no Caju, a partir das 13h00.

Orlandivo planejava lançar um novo disco, com músicas inéditas, e um show celebrando seus 80 anos, que ele completaria no dia 05/08/2017.

Discografia

  • 1961 - Samba Toff / Amor Vai e Vem / Vem Pro Samba / Dias de Verão (Musidisc, EP)
  • 1962 - Samba no Japão / Amor Quadradinho (Musidisc, 78)
  • 1962 - Vai Devagarinho / Brincando de Samba (Musidisc, 78)
  • 1962 - A Chave do Sucesso (Musidisc, LP)
  • 1964 - Orlan Divo (Musidisc, LP)
  • 1965 - Samba em Paralelo (Musidisc, LP)
  • 1976 - Orlan Divo (Copacabana, LP)
  • 2006 - Sambaflex (DeckDisc, CD)

Fonte: Wikipédia e O Globo

Peninha

PAULO HUMBERTO PIZZIALI
(66 anos)
Percussionista

☼ Rio de Janeiro, RJ (1950)
┼ Rio de Janeiro, RJ (19/09/2016)

Paulo Humberto Pizziali, mais conhecido por Peninha, foi um percussionista brasileiro nascido no Rio de Janeiro, RJ em 1950.

Peninha começou a tocar em bailes de carnaval há aproximadamente 30 anos com a Orquestra do Formiga. Era ritmista como se falava na época. Mais tarde trabalhou com a Orquestra de Ed Maciel, tocou com Anselmo ManzoniJohnny Alf, Gal Costa, SimoneSivuca e fez parte da Orquestra da Rede Globo, onde tocou com Bezerra da Silva, que ainda não era cantor.

Formou um grupo que se chamava "Escreveu Não Leu, o Palco é Meu". Esse grupo não tinha baterista, mas possuía 8 percussionistas: Peninha, Chacal, Ariovaldo, Cesinha, o irmão de Peninha, outro Cesinha, Pelé do Pandeiro e Zizinho além de um trombone, uma flauta, uma guitarra e um baixo.

Peninha, que em 2016 completou 50 anos de carreira, em 1986 estava com Simone e o Barão vermelho estava gravando o álbum "Declare Guerra", já sem Cazuza, e chamaram-no para gravar algumas faixas. O trabalho rendeu, foi bem e quando o disco foi lançado, convidaram Peninha para participar da banda.

Antes disso, havia participado de diversas gravações, incluindo "Manhã Sem Sono" e a clássica "Bete Balanço". Ele se juntou ao grupo ao lado do guitarrista Fernando Magalhães, participando não só de shows e discos, mas e também de composições da banda.


Essa mudança de estilo, de Música Popular Brasileira para Rock'n Roll e Blues foi uma grande virada em sua carreira. Até então, a única banda de rock que lhe chamava atenção era Led Zeppelin. Mesmo assim, não teve problemas para se adaptar com a nova banda. 

Nas três décadas desde que entrou no Barão Vermelho, Peninha participou de discos como "Carnaval" (1988), "“Carne Crua" (1994) e "Barão Vermelho" (2004), gravado após um período de separação. Ele também esteve em diversas apresentações memoráveis da banda, em festivais como o Rock In Rio e o Hollywood Rock. 

Peninha foi integrante fixo até 2013, quando passou a trabalhar com o maestro e arranjador Lincoln Olivetti, morto em 13/01/2015.

Nos períodos de folga do Barão Vermelho, Peninha tocava com a sua banda Gungala, com forte influência de salsa, uma de suas grandes influências e que era pouco explorada com os antigos colegas.

"Por trás daquele jeito cascudo, ele era uma pessoa maravilhosa, um grande companheiro, e um músico de um nível muito acima do que qualquer pessoa pode imaginar. Era surpreendente", disse o vocalista Roberto Frejat ao jornal O Globo.

"Toda a percussão que se ouve nas gravações do Barão Vermelho é dele. Mesmo antes de ser membro efetivo da banda, ele já tinha gravado conosco, em músicas como 'Manhã Sem Sono', do disco 'Barão Vermelho II' (1983), e 'Bete Balanço', de 'Maior abandonado' (1984)", disse o cantor e guitarrista Roberto Frejat, emocionado com a perda do amigo.

Frejat e Peninha
Morte

Peninha morreu na segunda-feira, 19/09/2016, por volta das 17h30, aos 66 anos, no Rio de Janeiro, RJ, vítima de uma hemorragia no estômago.

 Ele estava internado em estado grave no CTI do Hospital da Lagoa, na Zona Sul do Rio de Janeiro, desde o começo do mês, por causa de hepatite C e uma hérnia no abdômen. Peninha sofria de problemas digestivos. O corpo de Peninha será cremado.

Peninha deixou quatro filhos, Paulo, Pedro, Rafael e Luca.

A informação foi confirmada pela ex-mulher de Peninha, Ana Tereza Lima Soler:

"Queridos amigos e familiares, é com pesar que venho comunicar que o pai dos meus filhos, Paulo Humberto Pizziali, mais conhecido como (Peninha percussão), faleceu agora."
(Ana Tereza Lima Soler, ex-mulher de Peninha, nas redes sociais)

"Foram 66 anos muito bem vividos. Por trás daquele jeito cascudo, ele era uma pessoa maravilhosa, um grande companheiro, e um músico de um nível muito acima do que qualquer pessoa pode imaginar. Era surpreendente!"
(Roberto Frejat)

Indicação: Luiz Carlos (LUCS)