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Waldir Peres

WALDIR PERES DE ARRUDA
(66 anos)
Goleiro

☼ Garça, SP (02/01/1951)
┼ Mogi Mirim, SP (23/07/2017)


Waldir Peres de Arruda, mais conhecido como Waldir Peres, foi um futebolista brasileiro que atuava como goleiro, nascido em Garça, SP, no dia 02/01/1951.

Waldir Peres era considerado um dos mais importantes goleiros do futebol brasileiro. Defendeu o São Paulo de 1973 a 1984 e a Seleção Brasileira em três Copas do Mundo, 1974, 1978 e 1982. Jogou nas décadas de 1970 e 1980, e foi considerado em boa parte desse tempo um dos melhores goleiros do Brasil.

Foi reserva nas Copas do Mundo de 1974 e 1978, sendo titular na Copa do Mundo de 1982, na Espanha, onde era um dos destaques de um time que contava com Zico, Sócrates, Falcão e Oscar. Waldir Peres é o goleiro com menor média de gols sofridos na Seleção Brasileira entre os que atuaram em Copas do Mundo.

Waldir Peres começou a carreira como revelação da Ponte Preta, mas foi no São Paulo, aonde chegou em 1973, onde ganhou projeção. Não estava na convocação original do Brasil para a Copa do Mundo de 1974, mas, com a contusão do goleiro reserva Wendel no joelho esquerdo, o titular do São Paulo foi chamado. Entretanto, sua primeira partida pela Seleção só aconteceria mais de um ano depois, em 04/10/1975, uma vitória por 2 x 0 sobre o Peru, pelas semifinais da Copa América de 1975 - o Brasil perdeu a classificação para a final no sorteio.

Nesse período, ele já tinha conquistado o primeiro título de sua carreira, o Campeonato Paulista de 1975. A final contra a Portuguesa só foi decidida nos pênaltis, e Waldir Peres espalmou as cobranças de Dicá e Tatá. Como Wilsinho chutou para fora e o São Paulo tinha convertido suas três penalidades, o tricolor comemorou o título. A torcida gritou o nome do goleiro e carregou-o em seus braços, já com a faixa de campeão.


Seu segundo título também veio nos pênaltis: o Campeonato Brasileiro de 1977, decidido apenas em 05/03/1978. Ele começou o campeonato em um rodízio com Toinho, em que cada um disputava três jogos, mas retomou o posto de titular na reta final. Na final, o São Paulo, que tinha 10 pontos a menos que o adversário, o Atlético-MG, empatou por 0 x 0 no Mineirão, tanto no tempo normal como na prorrogação. Nos pênaltis, o goleiro do São Paulo manteve-se frio e catimbou bastante, ajudando a deixar nervosos Joãozinho Paulista, Toninho Cerezo e Márcio, que chutaram suas cobranças para fora, dando o título à equipe paulista. Nessa época, foi considerado um dos três melhores goleiros em atividade no Brasil.

Nessa condição ele foi convocado para a Copa do Mundo de 1978, mas, assim como quatro anos antes, não entrou em campo. Só voltaria a ser convocado mais de dois anos depois, e em condições parecidas com a sua convocação em 1974.

O técnico da Seleção Brasileira, Telê Santana, não convocou Waldir Peres para o Mundialito, que se realizaria entre o fim de 1980 e o início de 1981 para comemorar o cinquentenário da Copa do Mundo, mas teve de chamá-lo em 5 de janeiro, depois do titular Carlos se contundir na primeira partida, contra a Argentina. A convocação de Waldir Peres gerou polêmica, por causa da boa fase de Leão, então no Grêmio. Isso apesar do goleiro ter acabado de conquistar o Campeonato Paulista de 1980 com o São Paulo. Waldir Peres, no entanto, não entrou em campo nos dois outros jogos da campanha do vice-campeonato. Ele só voltaria a defender o gol do Brasil, pela primeira vez desde 19/05/1976, na partida contra a Venezuela em 08/02/1981, pelas eliminatórias para a Copa do Mundo de 1982.

Seu grande momento na Seleção Brasileira veio um mês e meio depois, em 19 de maio, num amistoso contra a Alemanha. Quando Luisinho cortou um cruzamento de Karl-Heinz Rummenigge com a mão, o árbitro inglês Clive White marcou o pênalti. Faltavam 10 minutos para o fim do jogo, e o Brasil vencia por 2 x 1. Paul Breitner, que nunca tinha perdido uma penalidade em sua carreira até ali, partiu para a cobrança, e a bola foi no canto esquerdo, e Waldir Peres defendeu. O árbitro anulou a defesa, alegando que o goleiro se adiantou. Paul Breitner chutou novamente, desta vez no outro canto, e Waldir Peres defendeu mais uma vez. O Neckarstadion ficou em silêncio.


A atuação serviu de consolo para o goleiro, que tinha perdido no início do mês o Campeonato Brasileiro de 1981, com duas derrotas para o Grêmio. De qualquer maneira, Waldir Peres protagonizou um lance que fez a torcida lembrar da final de 3 anos antes. Quando Baltazar correu para cobrar um pênalti no primeiro jogo, Waldir Peres partiu em sua direção e impediu a cobrança. O atacante adversário teve de repeti-la, mas, possivelmente nervoso, chutou para fora.

Ainda em 1981, conquistou o bicampeonato paulista. Mantendo a posição de titular da Seleção Brasileira desde o começo do ano, no ano seguinte, foi convocado para ser o goleiro titular do Brasil na Copa do Mundo de 1982. Sofreu um frango incrível na primeira partida, contra a União Soviética, mas foi mantido na posição. Curiosamente, foi o único jogador do Brasil em toda a Copa a receber um cartão amarelo. A derrota por 3 x 2 para a Itália, que determinou a eliminação brasileira, foi o único jogo oficial pela Seleção Brasileira em que Waldir Peres sofreu mais de um gol. Foi também seu último jogo com a camisa da Seleção Brasileira.

Waldir Peres deixou o São Paulo na metade de 1984, onde jogou de 03/11/1973 e 26/05/1984, indo para o America-RJ. Em seguida, foi para o Guarani. No Campeonato Brasileiro de 1985, defendeu três pênaltis em um jogo contra o Flamengo, ajudando a garantir a vaga para a fase seguinte.

Em 1986 chegou ao Corinthians. Apesar de ter passado 12 anos em um dos maiores rivais do clube, teve seu nome cantado pela torcida em várias partidas.

No Campeonato Paulista de 1987, foi um dos destaques do time que deixou a lanterna no primeiro turno para chegar ao vice-campeonato.

No início de 1988, o jogador comprou seu próprio passe por 764 mil cruzados.

Waldir Peres encerrou a carreira em 1989 na mesma Ponte Preta em que começou, depois de uma passagem pelo Santa Cruz.

Morte

Waldir Peres morreu no domingo, 23/07/2017, aos 66 anos, vítima de um infarto fulminante, durante um almoço com a família, na cidade de Mogi Mirim, no interior paulista.

Waldir Peres se sentiu mal e teve um infarto por volta das 14h00. Foi levado por familiares ao hospital 22 de Outubro, em Mogi Mirim, mas não resistiu e teve a morte decretada por volta de 15h30.

Waldir Peres deixou dois filhos, que moravam em São Paulo, e uma filha, que está na Malásia. Ele não era casado, mas estava acompanhado da noiva.

O corpo do Waldir Peres saiu de Mogi Mirim na segunda-feira, 24/07/2017, às 17h00, para São Paulo. O velório de será a partir de terça-feira, 25/07/2017, e o sepultamento na quarta-feira, 26/07/2017, às 9h00, para aguardar a filha que vem do exterior, no Cemitério Gethsêmani, no Morumbi.

Títulos

São Paulo
  • 1977 - Campeonato Brasileiro
  • 1975 - Campeonato Paulista
  • 1980 - Campeonato Paulista
  • 1981 - Campeonato Paulista

Corinthians
  • 1988 - Campeonato Paulista

Seleção Brasileira
  • 1976 - Taça Oswaldo Cruz
  • 1976 - Taça do Atlântico
  • 1976 - Copa Roca
  • 1976 - Taça Rio Branco

Fonte: Wikipédia
Indicação: Miguel Sampaio
#FamososQuePartiram #WaldirPeres

Jorginho do Pandeiro

JORGE JOSÉ DA SILVA
(86 anos)
Pandeirista

☼ Rio de Janeiro, RJ (03/12/1930)
┼ Rio de Janeiro, RJ (06/07/2017)

Jorge José da Silva, mais conhecido pelo pseudônimo Jorginho do Pandeiro, foi um pandeirista brasileiro, nascido no Rio de Janeiro, RJ, no dia 03/12/1930. Jorginho realizou também atividades como produtor de discos de artistas da Música Popular Brasileira, como Sílvio Caldas, Clara NunesElizeth Cardoso, Chico Buarque e Marisa Monte.

Nascido numa família de músicos, Jorge José da Silva, aos 7 anos, já tocava ao lado do pai, o violonista Caetano José da Silva, e deixou o seu nome marcado na história do choro - mas este viria acompanhado de um novo sobrenome, oriundo do instrumento que começou a tocar aos 7 anos de idade: o pandeiro.

Seu pai sempre recebia em casa os amigos músicos, entre eles Pixinguinha.
"O baile era dentro de casa. Como havia muitos músicos, o pessoal tocava no quarto e dançava na sala!"
(Jorginho, em 2000, entrevista ao Globo)


Lino e Dino, seus irmãos mais velhos, também se tornaram-músicos. O segundo, inclusive, ficou conhecido como Dino 7 Cordas, companheiro de Jorginho no Época de Ouro.
"Apesar de meu pai e meu irmão tocarem violão, sempre gostei mais de pandeiro!"
(Jorginho)

Jorginho iniciou sua trajetória musical aos 14 anos, na Rádio Tamoio, onde se apresentou no conjunto de Ademar Nunes. Depois, se apresentaria também na Rádio Nacional e Rádio Mayrink Veiga.

Ao longo da carreira, cantores como acompanhou Sílvio Caldas, Emilinha Borba, Marlene, Orlando Silva, Beth CarvalhoClara Nunes, Paulinho da Viola, Alcione, Martinho da Vila, Luiz Gonzaga, Cartola e Nelson Cavaquinho.

Além de ter integrado diversas orquestras e conjuntos regionais, Jorginho do Pandeiro participou de gravações históricas de Jacob do Bandolim, o fundador do Época de Ouro, em 1964, lendário grupo no qual ele entrou em 1972, três anos após a morte de Jacob, e que liderou uma espécie de renascimento do choro nos anos 1970. Jorginho continuou no grupo até sua morte.


Tanto o filho, Celso Silva, quanto o neto, Eduardo Silva, de Jorginho, tornaram-se pandeiristas. Aos 13 anos Celso Silva já tocava atabaque com os irmãos, mas a carreira profissional começou em 1976 no conjunto de choro Os Carioquinhas, que tinha entre os integrantes Luciana e Raphael Rabello. Dois anos mais tarde ele fundou, juntamente com amigos e com o irmão Jorge, que toca cavaquinho, o grupo Nó Em Pingo D'Água.

Jorginho foi o produtor, em 1989, do álbum duplo "Há Sempre Um Nome de Mulher", editado pelo Banco do Brasil para a Campanha do Aleitamento Materno, do qual foi vendido 600 mil cópias, na época, ganhando o "Disco de Ouro" o seu criador Ricardo Cravo Albin.

Em dezembro de 2000, comemorou os 70 anos de carreira em dois dias de shows na Sala Funarte do Rio de Janeiro. No show, relembrou antigos sucessos e contou com a participação especial de amigos como Paulinho da Viola, Cristóvão Bastos, Joel Nascimento, Déo Rian, e os grupos Nó Em Pingo D'Água e Época de Ouro.

Morte

Jorginho morreu na quinta-feira, 06/07/2017, aos 86 anos, no Rio de Janeiro, RJ, vítima de complicações decorrentes de uma infecção urinária.

O sepultamento ocorreu na manhã de sexta-feira, 07/07/2017, no cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, Zona Oeste do Rio de Janeiro.

Indicação: Miguel Sampaio
#FamososQuePartiram #JorginhoDoPandeiro

Maria Estela

MARIA ESTELA RIVERA
(75 anos)
Atriz

☼ Borborema, SP (13/04/1942)
┼ São Paulo, SP (06/07/2017)

Maria Estela Rivera foi uma atriz brasileira nascida em Borborema, SP, no dia 13/04/1942.

Maria Estela foi uma das mais importantes atrizes dos anos 1970 na televisão brasileira, protagonizando várias novelas na TV Tupi, principalmente como mocinha. Sempre quis ser atriz e começou jovem no teatro, mas foi na televisão que se firmou.

O início de sua carreira artística na televisão foi em 1965, na TV Excelsior, que, à época, fazia novelas de sucesso. Seu primeiro trabalho foi em "O Caminho das Estrelas". Em 1966, na mesma emissora fez "A Pequena Karen", e em 1967, "O Tempo e o Vento" e "O Morro dos Ventos Uivantes".

Sua última novela na TV Excelsior foi em 1968, quando atuou em "O Direito dos Filhos".

Transferiu-se para a TV Record e fez, ainda em 1968, a novela "Ana". Vivendo a época de ouro das novelas da emissora, Maria Estela fez as novelas "As Pupilas do Senhor Reitor" (1970), "Os Deuses Estão Mortos" (1971), "Quarenta Anos Depois" (1971), "Sol Amarelo" (1971), "O Leopardo" (1972) e "Os Fidalgos da Casa Mourisca" (1972). 

Em 1973, a atriz foi para a TV Tupi, onde fez a primeira versão de "Mulheres de Areia" (1973), que depois foi refeita pela TV Globo em 1993. Em 1974, participou de "Meu Rico Português" e "Um Dia o Amor".

Em 1978, fez suas duas últimas novelas na TV Tupi, "Aritana" e "Roda de Fogo".

Nos anos 1980, fez tramas na Bandeirantes e no SBT, como "Os Imigrantes" (1981), "Vida Roubada" (1983), dentre outras.

A partir dos anos 1990, fez algumas participações especiais em novelas. Na TV Globo, fez "Meu Bem Meu Mal" (1990) e "Despedida de Solteiro" (1992).

Em 1994, voltou para o SBT e atuou em "Éramos Seis".

Em 1997, mais uma vez na TV Record, fez "Canoa do Bagre" "Marcas da Paixão" (2000).

Em 2001, novamente no SBT, atuou em "Pícara Sonhadora".

Em 2006, Maria Estela foi novamente para a TV Globo e participou da novela "Pé Na Jaca".

Em 2009, já no SBT, fez "Vende-se Um Véu de Noiva".

Por fim, em 2010, fez "Passione", na TV Globo, em participação especial. Desde então, estava afastada do veículo.

No teatro, a atriz esteve em cartaz por mais de um ano, em São Paulo, com a peça de Juca de Oliveira, "Meno Male". Quando a peça foi para o Rio de Janeiro, Maria Estela também ficou nela mais um ano em cartaz.

Morte

Maria Estela faleceu no dia 06/07/2017, aos 75 anos, em São Paulo, SP. O motivo do óbito é desconhecido e o mesmo só foi revelado depois que vários amigos da atriz começaram a comentar o seu falecimento.

Maria Estela Rivera (Os Inocentes, 1974)
Trabalhos

  • 1965 - O Caminho das Estrelas ... Célia (TV Excelsior)
  • 1966 - A Pequena Karen ... Kathlyn (TV Excelsior)
  • 1967 - O Morro dos Ventos Uivantes ... Isabela (TV Excelsior)
  • 1967 - O Tempo e o Vento - Bibiana Terra Cambará (TV Excelsior)
  • 1968 - Ana ... Ana (TV Record)
  • 1968 - O Direito dos Filhos ... Eva (TV Excelsior)
  • 1969 - Algemas de Ouro ... Glória (TV Record)
  • 1970 - As Pupilas do Senhor Reitor ... Clara (TV Record)
  • 1971 - Os Deuses Estão Mortos ... Quitéria (TV Record)
  • 1971 - Quarenta Anos Depois (TV Record)
  • 1971 - Sol Amarelo ... Zilda (TV Record)
  • 1972 - O Leopardo ... Ângela
  • 1972 - Os Fidalgos da Casa Mourisca ... Berta (TV Record)
  • 1973 - Mulheres de Areia ... Arlete (TV Tupi)
  • 1974 - Os Inocentes ... Hortência (TV Tupi)
  • 1975 - Meu Rico Português ... Ofélia (TV Tupi)
  • 1975 - Um Dia, o Amor ... Marília (TV Tupi)
  • 1978 - Aritana ... Inês (TV Tupi)
  • 1978 - Roda de Fogo ... Jane (TV Tupi)
  • 1980 - Pé de Vento ... Gisele (Rede Bandeirantes)
  • 1981 - Os Imigrantes ... Isabel (Rede Bandeirantes)
  • 1982 - A Leoa ... Alice (SBT)
  • 1982 - Campeão ... Alexandra (Rede Bandeirantes)
  • 1983 - Vida Roubada ... Virgínia (SBT)
  • 1990 - Boca do Lixo ... Carminha (TV Globo)
  • 1990 - Meu Bem, Meu Mal ... Gisela (TV Globo)
  • 1992 - Despedida de Solteiro ... Inês (TV Globo)
  • 1994 - Éramos Seis ... Laila (SBT)
  • 1997 - Canoa do Bagre ... Juliete (TV Record)
  • 1997 - Chiquititas ... Emília (SBT)
  • 2000 - Marcas da Paixão ... Simone (TV Record)
  • 2001 - Pícara Sonhadora ... Marcelina Rockfield (SBT)
  • 2001 - O Direito de Nascer ... Augusta (SBT)
  • 2002 - Marisol ... Andréa (SBT)
  • 2004 - Esmeralda ... Irmã Piedade (SBT)
  • 2006 - Pé na Jaca ... Irina Botelho Bulhões (TV Globo)
  • 2009 - Vende-se um Véu de Noiva ... Cora Baronese (SBT)
  • 2010 - Passione ... Carminha (TV Globo)

Indicação: Miguel Sampaio
#FamososQuePartiram #MariaEstela

Paulo Bellini

PAULO PEDRO BELLINI
(90 anos)
Empresário

☼ Caxias do Sul, RS (20/01/1927)
┼ Caxias do Sul, RS (15/06/2017)

Paulo Bellini foi um empresário brasileiro nascido em Caxias do Sul, RS, no dia 20/01/1927, notório por fundar a marca de carrocerias de ônibus Marcopolo.

Vindo de uma família de oito irmãos, Paulo Bellini teve uma infância feliz e sem dificuldades financeiras. Seu pai era diretor da Eberle, e conseguiu dar uma vida tranquila para a esposa e os filhos.

Quando completou a maioridade, Paulo foi para Porto Alegre estudar Administração de Empresas. Com o restante do tempo livre, decidiu procurar um emprego, pois se sentia desconfortável por estar somente estudando.

Depois de quase dois anos, voltou para Caxias do Sul, pois tinha muita vontade de trabalhar, e o lugar onde estava era muito moleza, como ele mesmo descreveu.

Paulo era vizinho de frente dos irmãos Nicola. As famílias eram amigas e os jovens costumavam passar bastante tempo juntos. Os Nicola tinham uma oficina de pintura de cabines de caminhão, e em uma conversa de final de tarde, surgiu a ideia de utilizar parte do espaço para produzir ônibus. A iniciativa era ousada, pois naquela época o forte era a fabricação de carrocerias de caminhão, e justamente para fugir do mercado saturado Paulo e os Nicola decidiram fazer ônibus.

Funcionários posam junto a um modelo em 1957, apenas oito anos depois da fundação da Nicola & Cia
A gente pensou: "Por que não fazer ônibus? Se tem madeira para fazer as carrocerias, por que não ônibus? Começamos a desenvolver e foi ai que surgiu a Nicola, hoje Marcopolo"

Iniciou então suas atividades em 1949 como sócio-gerente, na fundação da fábrica de carrocerias junto com os irmãos Nicola e um grupo de 17 colaboradores, a Nicola & Cia. Das primeiras carrocerias em madeira, que levavam 90 dias para serem fabricadas, foi pioneiro em um novo segmento da indústria automotiva. Os chassis eram próprios para caminhões na época.

Na década de 1960, a empresa ingressou no mercado exterior e realizou a primeira exportação de ônibus brasileiros, para o país vizinho Uruguai. Ainda na década de 60, foi lançado o modelo Marcopolo e o sucesso alcançado fez com que, em 1971, a empresa adotasse o nome Marcopolo.

Passou a ocupar, em 1954, o cargo de Diretor Gerente e em 1971 foi eleito Diretor Presidente, em 1977 passou a acumular este cargo com o de presidente do conselho de administração. Deixou o cargo para Mauro Gilberto Bellini, seu filho, tornando-se presidente emérito.


No período em que o negócio passou por dificuldades, Paulo sempre procurou conversar com os credores, sem fugir da responsabilidade. Essa conduta ajudou a empresa a atravessar os momentos de crise, reforçou a imagem de confiança e facilitou o acesso ao crédito bancário. Paulo relembra o apoio dos bancos como fator determinante para o desenvolvimento dos negócios. Foram diversos planos econômicos e crises financeiras, e a empresa conseguiu superar todos.

Nos anos 1990, a Marcopolo iniciou o programa de internacionalização e passou a abrir fábricas fora do Brasil.  Atualmente, a empresa tem unidades em 9 países, além de seis fábricas no Brasil. Paulo Bellini introduziu nas unidades da empresa na Serra Gaúcha o sistema de produção Marcopolo, focado na valorização e no aperfeiçoamento dos colaboradores para produção em larga escala de "ônibus customizados", como ele mesmo definiu: Uma grande alfaiataria, onde o chassi é a calça, e a carroceria, o paletó.

Em 1992 recebeu o título de Administrador do Ano, prêmio concedido pela Associação dos Administradores da Região Nordeste do Rio Grande do Sul (AANERGS).


Paulo presidiu diversas entidades de Caxias do Sul, como o Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico, o Centro da Indústria Fabril, a Associação Comercial e Industrial e o Conselho Superior da Câmara de Indústria, Comércio e Serviços.

Em 2004 recebeu do Governo Federal a Medalha do Conhecimento.

Foi vencedor do prêmio Top Ser Humano 2009.

Em 2012 lançou um livro contando suas memórias, intitulado "Marcopolo: Sua Viagem Começa Aqui".

Paulo foi casado com Maria Célia Bellini com quem teve dois filhos, James e Mauro. Em 21/08/2013, aos 81 anos, morreu sua esposa.

Paulo Bellini completou 90 anos no dia 20/01/2017, quando reuniu mais de 800 convidados nos pavilhões da Festa da Uva. Em agosto de 2016, para comemorar o aniversário de 67 anos da Marcopolo, Paulo Bellini também participou da inauguração do espaço Memória Valter Gomes Pinto, que homenageou o outro sócio da empresa. Valter Gomes Pinto morreu aos 81 anos, em 2013.

Morte

Paulo Bellini morreu às 07h15 de quinta-feira, 15/06/2017. Paulo Bellini estava internado no Hospital da Unimed desde a semana anterior ao falecimento, recuperando-se de uma infecção e teve falência múltipla de órgãos. A empresa Marcopolo, uma das maiores fabricantes de carrocerias de ônibus do mundo, divulgou nota em seu site, lamentando a morte de seu fundador.
"A Marcopolo S.A informa, com extremo pesar, o falecimento de um de seus fundadores e Presidente Emérito, Paulo Bellini, aos 90 anos, ocorrido na manhã desta quinta-feira. A companhia compartilha o pesar de sua família - irmãos, filhos e netas -, dos inúmeros amigos e dos colaboradores que tiveram a oportunidade de trabalhar e conviver com ele."
O velório ocorreu a partir das 15h00 no Memorial São José, em Caxias do Sul.  A cremação ocorreu na sexta-feira, 16/06/2017, às 15h00, no Memorial Crematório São José, Caxias do Sul.

Fonte: Wikipédia e Clic RBS
Indicação: Miguel Sampaio

Eliza Clívia

ELIZA CLÍVIA ANGELINO MARANHÃO
(37 anos)
Cantora

☼ Livramento, PB (14/11/1979)
┼ Aracaju, SE (16/06/2017)

Eliza Clívia Angelino Maranhão foi uma cantora brasileira de forró eletrônico, nascida em Livramento, PB, no dia 14/11/1979. Eliza Clívia foi conhecida por seus trabalhos na banda Cavaleiros do Forró, e mais recentemente no grupo Forró Cavalo de Aço.

Influenciada por seu pai sanfoneiro, Eliza Clívia começou sua carreira de cantora na cidade de Monteiro, PB, onde ingressou no grupo Big Banda que depois mudou o nome para Laços de Amor.

Em 2003 entrou para a banda Cavaleiros do Forró onde permaneceu por 10 anos. Nesse período participou da gravação de nove CDs e seis DVDs.


Em 2013, foi anunciado seu desligamento da banda Cavaleiros do Forró junto com Jaílson Santos, com quem foi casada até 2016. O motivo, segundo a própria Eliza, seria de questão salarial. Só que depois do anúncio do desligamento, todos os dias chegavam a imprensa e aos fãs da banda Cavaleiros do Forró notícias de como os cantores estavam se sentindo com esse fato, vários motivos da saída que não correspondiam com a verdade e etc.

Como as redes sociais fazem com que o artista esteja cada vez mais perto de seus fãs, todos os dias os cantores recebiam milhares de mensagens questionando a saída e o não pronunciamento das partes envolvidas no acordo.

A cantora Eliza Clívia que tem vários seguidores em seu twitter e Facebook também não deixava de receber mensagens do gênero. Mesmo tendo recebido uma ordem da empresa, ela quebrou o silêncio dando uma declaração muito especial, demonstrando carinho e o mais importante em um artista, que é o respeito para com os fãs. Emocionada ela explicou a causa que fez com que Alex Padang e Janine Lago, donos da banda Cavaleiros do Forró não continuassem com os serviços prestados por Eliza e Jailson.

Confira a nota logo abaixo:


Em março de 2013, Eliza e Jaílson anunciaram seu retorno aos palcos no Forró Cavalo de Aço, onde permaneceu durante 5 anos, ao lado de Marcelo Jubão e Neto Araújo.

Em 2017 a cantora anunciou seu desligamento da banda Forró Cavalo de Aço para investir em sua carreira solo.

Morte

Eliza Clívia morreu na tarde sexta-feira, 16/06/2017, aos 37 anos, após um acidente automobilístico no Centro de Aracaju, SE.

O acidente matou, além de Eliza Clívia, o seu marido, o baterista Sérgio Ramos. O acidente foi registrado pelas câmeras do circuito de segurança de uma loja.

Eliza Clívia que iniciou a carreira solo há quatro meses, estava em Aracaju para divulgar um show que seria realizado na noite de sexta-feira, 16/06/2017, e fazer algumas entrevistas.

O veículo em que Eliza Clívia estava foi atingido por um ônibus na esquina entre as ruas Aruá e Maruim, no Centro de Aracaju. Eliza Clívia estava sentada no banco de trás do carro e sem o cinto de segurança. João Paulo Tavares da Silva, de 32 anos, Paulo Teixeira de Carvalho, de 38 e Cleberton José dos Santos, de 35, foram levados para o Hospital de Urgência de Sergipe (HUSE). Os dois primeiros sofreram fraturas na coluna vertebral. O terceiro, que dirigia o carro, está na UTI em estado delicado. Não há previsão de alta para os três.

As imagens mostram que o motorista do ônibus ainda tentou frear, mas acabou batendo no carro em que estava a cantora, o marido e os outros integrantes da banda. Eles tinham acabado de sair de uma entrevista em uma emissora de televisão local.

A assessoria de imprensa de Eliza Clívia informou ainda que o velório e enterro da cantora será realizado no cemitério municipal da cidade de Livramento, na Paraíba, sua cidade natal. Já o corpo de Sérgio Ramos será velado e sepultado no cemitério municipal de João Pessoa.

A assessoria de imprensa de Eliza Clívia informou também que a mãe da cantora está bastante abalada. No ano passado, ela já havia perdido outra filha.

Segundo o coronel Vivaldi Cabral, comandante do policiamento de Aracaju, uma perícia foi realizada no local do acidente e o caso será investigado pela Delegacia Especial de Delitos de Trânsito.

Por nota, o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Aracaju (Setransp) disse que considera o caso uma fatalidade e informou que está à disposição das autoridades de trânsito para apuração das causas do acidente.

Discografia

Cavaleiros do Forró (CD)
  • 2003 - 4 Estilos - Volume 03
  • 2004 - Nossa História, Nosso Acústico
  • 2005 - Meio a Meio - Volume 4
  • 2006 - No Reino dos Cavaleiros - Volume 5
  • 2007 - Forrozada - Volume 6
  • 2008 - Beber e Amar - Volume 7
  • 2010 - Cavaleiros do Forró - Volume 8
  • 2011 - Ao Vivo em Aracaju - Volume 09
  • 2012 - Cavaleiros Universitário

Cavaleiros do Forró (DVD)
  • 2005 - O Filme - Ao Vivo em Natal
  • 2006 - O Filme 2 - No Reino dos Cavaleiros
  • 2007 - Cavaleiros Elétrico - Ao Vivo em Feira de Santana
  • 2007 - Ao Vivo em Caruaru
  • 2008 - Volume 4 - Beber e Amar - Ao Vivo em Maceió
  • 2009 - Cavaleiros do Forró - 8 Anos
  • 2011 - Volume 5 - Ao Vivo em Aracaju
  • 2011 - Cavaleiros do Forró - 10 Anos

Forró Cavalo de Aço (CD)
  • 2013 - Cavalo de Aço: A História Continua
  • 2014 - Cavalo de Aço: Promocional 2014
  • 2015 - Cavalo de Aço: Promocional 2015

Forró Cavalo de Aço (DVD)
  • 2013 - Cavalo de Aço: Ao Vivo em Lagoa de Pedras
  • 2014 - Cavalo de Aço: Ao Vivo em Campo Redondo
  • 2014 - Cavalo de Aço: Ao Vivo no Forró Caju 2014
  • 2015 - Cavalo de Aço: Ao Vivo em Lagoa de Pedras

Fonte: Wikipédia ,  Forrozão Net  e G1
Indicação: Miguel Sampaio

Moreno

JORGE BASTOS MORENO
(63 anos)
Jornalista

☼ Cuiabá, MT (23/04/1954)
┼ Rio de Janeiro, RJ (14/06/2017)

Jorge Bastos Moreno foi um jornalista brasileiro nascido em Cuiabá, MT, no dia 23/04/1954. Morou em Brasília desde a década de 70. Há 10 anos morava no Rio de Janeiro.

Com mais de 40 anos de carreira, Moreno era dono de uma invejável agenda de fontes, que inclui os principais políticos e os grandes nomes do mundo artístico do país. Moreno foi colunista do jornal O Globo, onde escrevia semanalmente sobre política, e dono do Blog do Moreno, onde também tratava de política num estilo informal, com informações dos bastidores do poder em Brasília.

Trabalhou no jornal O Globo por cerca de 35 anos, onde chegou a dirigir a sucursal de Brasília. Sua importância era tamanha que, nos corredores do Congresso Nacional, enquanto repórteres costumavam chamar "Senador, Senador" ou "Deputado, Deputado", em busca de uma informação, com Moreno era o contrário: Ao entrar no Congresso, eram os políticos que o chamavam, "Moreno, Moreno".

Em março de 2017, estreou na Rádio CBN com o programa semanal "Moreno no Rádio".


Moreno lecionava na Universidade Paulista (UNIP) de Brasília. Ele era um apaixonado por todas as plataformas de notícia. A todo instante, abastecia também o Blog do Moreno.

Desde 10/03/2017, comandava o talk show "Moreno no Rádio", na CBN, às sextas-feiras à tarde. Era também o âncora do programa "Preto no Branco", do Canal Brasil, e fazia sucesso com suas participações frequentes na Globo News. Também em março, Moreno lançou o livro "Ascensão e Queda de Dilma Rousseff", transformando em relato histórico aquela que talvez seja a forma mais efêmera de comunicação dos tempos digitais: As mensagens de Twitter. Em centenas de microtextos de até 140 caracteres, Moreno teceu comentários que remontam a meados de 2010, quando Dilma Rousseff se preparava para sua primeira eleição à Presidência da República, e vão até agosto de 2016, mês em que a petista teve seu mandato cassado no Senado Federal.

Moreno era também autor de "A História de Mora - A Saga de Ulysses Guimarães", lançado em 2013, após ser publicado em forma de série pelo Globo. O livro, que mistura realidade e ficção, traz episódios em torno da figura de Ulysses Guimarães contados por um narrador especial: Dona Ida Maiani de Almeida, carinhosamente apelidada de Mora.


Moreno foi o primeiro jornalista a noticiar a escolha do general João Baptista de Oliveira Figueiredo como sucessor do também general Ernesto Geisel na Presidência da República, quando ainda era repórter do Jornal de Brasília.

Moreno também teve papel importante com a publicação de informações em 1992 que levaram ao impeachment do então presidente Fernando Collor. Quando a própria CPI do PC procurava uma prova cabal que ligasse o presidente aos cheques de "fantasmas" que vinham do esquema PC, foi Moreno que revelou que um Fiat Elba de propriedade do presidente tinha sido comprado pelo "fantasma" José Carlos Bonfim. Uma informação que ainda não era do conhecimento nem do relator da CPI, deputado Benito Gama, nem de seu presidente Amir Lando. A manchete do Globo selava o destino do presidente Fernando Collor.

Moreno venceu o Prêmio Esso de Informação Econômica de 1999, com a notícia da queda do então presidente do Banco Central, Gustavo Franco, e a consequente desvalorização do real. Moreno teve acesso à noticia no início da madrugada, avisou aos diretores e conseguiu um feito: Parou as máquinas do jornal para que seus leitores tivessem ao acordar a notícia.

Moreno foi considerado um dos mais respeitados repórteres políticos do Brasil.

Morte

Jorge Bastos Moreno, faleceu na madrugada de quarta-feira, 14/06/2017, aos 63 anos, no Rio de Janeiro, RJ. Segundo O Globo, onde trabalhou por 35 anos, ele sofreu um edema agudo de pulmão, decorrente de complicações cardiovasculares, por volta da 1h00.

Publicações
  • 2017 - Ascensão e Queda de Dilma Rousseff
  • 2013 - A História de Mora - A Saga de Ulysses Guimarães

Indicação: Miguel Sampaio

João Ellyas

JOÃO ANTÔNIO ELIAS DE OLIVEIRA
(72 anos)
Escritor, Artista Plástico, Ator e Humorista

☼ Catanduva, SP (23/11/1944)
┼ Catanduva, SP (09/06/2017)

João Antônio Elias de Oliveira, mais conhecido como João Ellyas, foi um escritor e humorista brasileiro, nascido em Catanduva, SP, em 1925.

João Ellyas começou a carreira como humorista numa rádio em Catanduva nos anos 50. Além de humorista, ele também era pintor e escreveu 7 livros.

Seu personagem mais conhecido era o Salim Muchiba, o qual interpretou em programas como a "Escolinha do Professor Raimundo" e "Escolinha do Barulho". Na "Escolinha do Gugu", interpretou o caipira Zé Bento.

Como humorista, começou a carreira no Rádio Difusora em 1958. Um ano depois, participou do III Salão de Pinturas de Catanduva.

Aos 20 anos, foi levado por Adoniran Barbosa para a TV Record, onde interpretou o personagem Zé Vitrola no programa "Papai Sabe Nada".

Como escritor, lançou sua primeira obra em 1966, contendo 40 páginas e 16 poemas.

Em 2013 foi homenageado pela Câmara Municipal de Catanduva pelo Dia do Comediante. No mesmo ano, lançou o livro "Tonico e Jesuíno - Casos de Um, Piadas do Outro".

Morte

João Antônio Elias de Oliveira faleceu na noite de sexta-feira, 09/06/2007, aos 72 anos, em Catanduva, SP. Segundo a família, ele estava internado há 3 meses no Hospital Padre Albino, onde teve um Acidente Vascular Cerebral (AVC) durante uma cirurgia vascular de carótidas. Ele se recuperava no quarto, quando o quadro de saúde piorou e ele precisou voltar para a Unidade de Tratamento Intensivo (UTI).

O corpo de João Ellyas foi velado durante o sábado, 10/06/2017, no Cemitério do Jardim Monsenhor Albino, em Catanduva, SP, e seguiu para o Cemitério Nossa Senhora de Fátima, por volta das 15h40, onde ocorreu o sepultamento às 16h00.

João Ellyas foi casado por 46 anos e deixou três filhos e três netos.

Livros Publicados
  • Iniciação
  • O Colecionador de Palavras - Poemas, Prosas & Ironias
  • 5 Conto de Reis e 55 Reais de Troco
  • Versos Satíricos e Outras Rimas de Humor
  • 45 Dias
  • Casos de Tonico Bento - Verdadeiros ou Quase
  • Tonico e Jesuíno - Casos de Um, Piadas do Outro

Fonte: Wikipédia e G1

Barros de Alencar

CRISTÓVÃO BARROS DE ALENCAR
(84 anos)
Cantor, Compositor, Radialista e Apresentador de Televisão

☼ Uiraúna, PB (05/08/1932)
┼ São Paulo, SP (05/06/2017)

Cristóvão Barros de Alencar, conhecido artisticamente por Barros de Alencar, foi um cantor, compositor, radialista e apresentador de televisão brasileiro, nascido em Uiraúna, interior da Paraíba, no dia 05/08/1932.

Começou sua carreira como radialista, quando trabalhou em Campina Grande, na Rádio Borborema. Em busca de novos horizontes, viajou pelas capitais brasileiras, dentre elas Recife, Fortaleza, Belo Horizonte e São Paulo.

Em 1960, na capital paulista, conseguiu um lugar ao sol, passando a fazer parte da Rádio Tupi, Rádio Record e Rádio América, tocando principalmente os sucessos da Jovem Guarda.

Em 1966 lançou seu primeiro compacto simples pela gravadora Chantecler (C-33-6209) com as músicas "Agora Sim", versão de "Adesso Sì" (Sergio Endrigo) e "Não Vá Embora", versão de "Tu Me Plais Et Je T'aime" (J. L. Chauby e Bob Du Pac).

Em 1968 lançou o compacto simples com a música "Não Me Peça Um Beijo" (Antônio Marcos e Mario Marcos).

Em 1971 lançou um compacto simples com as músicas "Não Posso Mais Viver Sem Ti" e "Ana Cristina", ambas de sua autoria.

Orlando Alvarado e Barros de Alencar
Em 1972 fez sucesso com a balada "Meu Amor (Monia)" (D. Finado, Jager e Vidalin), com versão de Sebastião Ferreira da Silva, incluída no LP "Os Grandes Sucessos da RCA Candem", que contou com a presença de nomes como Martinho da Vila, Nelson Gonçalves Carmen Silva. No mesmo ano outra gravação sua, "Não Me Peça Um Beijo (Porque Vou Chorar)", foi incluída no LP "Os Grandes Sucessos Volume 2" da mesma gravadora.

Em 1973 lançou LP pela RCA Victor, interpretando composições românticas como a clássica balada "Quem É" (Osmar Navarro e Oldemar Magalhães), "Todas As Crianças Para Sempre Crianças" (Eduardo Araújo), "Volta Ao Tempo Antigo" (Marcos Roberto e Dori Edson), "Aniversário Do Meu Bem" (Celso Castro), além de versões suas para quatro músicas estrangeiras, "Por Toda a Vida (For The Good Times)" (K. Kristofferson), "Bem Perto De Ti (Pequeña Mariposa)" (Joseph), "O Maior Amor Do Mundo (Le Premier Amour Du Monde)" (D. R), "Noites (Nachts)" (F. Berlipp e B. Tilgert), entre outras. No mesmo ano, participou do LP "Os Grandes Sucessos Volume 3", da RCA Camden, interpretando a música "Volte Querida (Honey Come Back)" (J. Webb) e versão de Sebastião Ferreira da Silva.

Em 1974 participou de duas coletâneas, "Os Grandes Sucessos Volume 4", da RCA Camden, com a música "Meu Amor é Mais Jovem Do Que Eu", e do LP "Canções Para Dizer Te Amo", da RCA Victor, interpretando a balada "Namorados", música que também foi incluída no LP "Parada Nacional de Sucesso" da Som Livre.


Em 1975 gravou em LP as músicas "A Menina Que Cresceu" (Tony Damito e César), "Dois Corações Apaixonados" (Tony Damito e César), "Tem Que Ser Assim" (Peninha), "Eu Sinto Pena De Você" (Donizette e Jean Pierre), "Emanuela (Emmanuelle)" (P. Bachelet e H. Roy), versão de Barros de Alencar, trilha de um famoso filme da época, "Champagne" (Di Francia e S. Jodice), com versão de Agnaldo Timóteo, "Soleado (O Sermão da Montanha)" (Zacar), com versão de Barros de Alencar, "Você Não Tem Sensibilidade" (Osmar Navarro), entre outras.

Ainda nesse ano de 1975 participou de quatro coletâneas de sucessos, "Natal Com Cristo - Ano Novo Com Amor", da RCA Camden, interpretando o poema "Soleado (O Sermão Da Montanha)". As outras três participações foram em LPs da RCA Victor: "Canções Para Dizer Te Amo Volume 2", em que interpretou "Prometemos Não Chorar", "Fantásticos Volume 3" cantando "Prometemos Não Chorar" "Fantásticos Volume 4" cantando "Natali" (Minellomo e Balsamo), com versão de Jean Pierre.

Em 1976 participou da série "Fantásticos Volume 5", da RCA Victor, com a guarânia "Os Homens Não Devem Chorar (Nova Flor)" (Mário Zan e Palmeira). Participou, ainda no mesmo ano do LP "Saudade Jovem Nacional Volume 2", da RCA Camden, com a música "Olhos Tristes".

Em 1977 no LP "Globo de Ouro Volume 3", da Som Livre, foi incluída sua interpretação para a guarânia "Quero Beijar-te As Mãos" (Arsênio de Carvalho e Lourival Faissal).


Em 1978 gravou, pela RCA Victor, as músicas "Por Mais Que Eu Tente" (Odair José e Maxine), "Noite Sem Ti" (Marcos Lago e Dino Rossi), "Ansiedade" (José Enrique Sarabia Rodriguez), versão de Palmeira, "Volta Amor" (Romeo Nunes e Carlito), "Rosa Mulher" (Osmar Navarro e Arthur Moreira), "Rio Amargo" (Roberto Uballes, Cholo, AguirreOsmar Navarro) e "Meu Caminho" (Maxcilliano e Paulinho Camargo).

Em 1979, lançou o LP "Sentimental", no qual interpretou, entre outras, as músicas "Amanhã o Que Será (Adios)" (Juan Pardo) e versão de Osmar Navarro, "Na Areia" (Lindomar Castilho, Ronaldo Adriano e C. Mendes), "Apenas 3 Minutos" (Barros de Alencar e Ivan), "Herança De Um Grande Amor" (Osmar Navarro e Arthur Moreira) e "Antes Mal Acompanhado Do Que Só" (Osmar Navarro e Arthur Moreira). Nesse ano, no LP "As campeãs da volta do sucesso", da gravadora Seta, que incluiu gravações de Diana, Joelma, Wanderley Cardoso, Jerry Adriani, dentre outros, foi incluida a sua interpretação de "Prometemos Não Chorar" (Barros de Alencar).

Na década de 80, apresentou na Rádio Tupi de São Paulo o programa "Só Sucessos". Apresentou na TV Record o "Programa Barros de Alencar" de 1982 a 1986, no qual ficou famoso com o bordão: "Alô mulheres, segurem-se nas cadeiras. Alô marmanjos, não façam besteiras!" e ganhou audiência com o Concurso Michael Jackson onde elegeu a garota Lúcia Santos, a Maika Jeka como carinhosamente a chamava, melhor imitadora do cantor.

Ainda nos anos 1980, sua interpretação para "A Primeira Carta" foi incluída na coletânea "Astros do Disco", da gravadora RCA Victor.

Barros de Alencar apresentou nas madrugadas da CNT do Rio de Janeiro, o programa "CD na TV".

Barros de Alencar afastou-se do rádio após passar por uma delicada cirurgia na garganta.

Morte

Barros de Alencar faleceu na madrugada de segunda-feira, 05/06/2017, aos 84 anos, em um hospital do bairro da Mooca, em São Paulo, onde estava internado com problemas cardíacos.

Na manhã do dia 05/06/2017, o radialista Kaká Siqueira, locutor da Tropical FM 107,9 - SP, afirmou que Barros de Alencar entrou em coma no domingo, 04/06/2017. "Ele estava com o coração bem fraquinho", afirmou Kaká Siqueira, que relembrou ainda o período em que o amigo passou por problemas nas cordas vocais e precisou passar por uma cirurgia.

O sepultamento ocorreu às 13h30, no Cemitério Primavera em Guarulhos, Grande São Paulo.

Discografia

  • 1968 - Compacto Simples
  • 1970 - Compacto Duplo (RCA Victor, LCD-1224)
  • 1971 - A Canção Anti-Tóxico / Não Lhe Quero Mais (Compacto Simples)
  • 1971 - Não Posso Mais Viver Sem Ti / Ana Cristina (Compacto Simples)
  • 1973 - Barros de Alencar (RCA Victor, LP)
  • 1975 - Barros de Alencar (RCA Victor, LP)
  • 1977 - Disco de Ouro (RCA Victor, LP)
  • 1978 - Barros de Alencar (RCA Victor, LP)
  • 1979 - Sentimental (RCA Victor, LP)
  • 1980 - Compacto Duplo (RCA Victor, 102.0282)
  • 1980 - A Primeira Carta / Um Amor Imenso (Compacto Simples)
  • 1981 - Falando de Amor Volume 2 (EP)
  • 1998 - Grandes Sucessos (LP)

Expedito Baracho

EXPEDITO BARACHO
(82 anos)
Cantor e Compositor

☼ Jucurutu, RN (09/05/1935)
┼ Olinda, PE (27/05/2017)

Expedito Baracho foi um cantor e compositor nascido em Jucurutu, RN, no dia 09/05/1935.

Conhecido por ser um dos divulgadores mais fieis do frevo pernambucano, Expedito Baracho foi um dos que gravou com maior intensidade músicas de Nelson Ferreira e Capiba. Embora tenha nascido em Jurucutu, no Rio Grande do Norte, foi em Pernambuco, para onde se mudou aos 13 anos, que Expedito Baracho materializou seu desejo de infância, quando também aprendeu a tocar violão.

No ano seguinte, em 1948, já instalado em Olinda, tomou coragem e se inscreveu em um festival de calouros de um programa da Rádio Clube. Ganhou quatro edições seguidas e foi chamado para ser crooner, ou vocalista, da Jazz Band Acadêmica, fundada por Capiba e formada exclusivamente por estudantes.

Em 1954 passou a integrar o grupo Os Cancioneiros, com o qual gravou diversos discos, sendo contratado pela Rádio Jornal do Comércio.

Em 1956, dividiu disco com a Orquestra Paraguay interpretando o "Totoca no Frevo" (Luiz Chacon). No mesmo ano, gravou o samba "Perdão" (Gilberto Milfont e Benny Wolkoff ) e o samba-canção "Beco da Maldição" (Dozinho).


Em 1957 gravou "Modelos de Verão" (Capiba).

Em 1958 gravou "Casado Não Pode" (Genival Macedo) e "A Procura de Alguém" (Capiba).

Em 1960 gravou "A Própria Natureza" (Capiba) e "Você" (Fernando Castelão).

Em 1962 gravou "Turma de Brotinhos" (Carnera).

Em 1964 gravou "Garota Vedete" (Carnera).

Em 1968, no I Festival do Frevo, concurso patrocinado pela Rádio Clube, de Recife obteve o primeiro e o segundo lugar com, respectivamente, "Você Está Sozinha?" (Valdemar de Oliveira e Gildo Branco) e "Eu Passo a Vida no Passo" (Mário Griz e Luiz Cavalcanti). No mesmo ano, interpretou "Um Carnaval a Mais" (Nelson Ferreira) e "Cavalo Velho... Capim Novo" (Gildo Branco), no LP "Um Carnaval a Mais", lançado pela Mocambo.

Em 1971 gravou com a Orquestra Pernambucana de Frevos, o frevo "Ninguém Segura Este Recife" (Nelson Ferreira e Ademar Paiva), no LP "Botando Pra Frevar", pela gravadora Mocambo. No mesmo disco, interpretou "O Que Se Pode Fazer Hoje" (Gildo Branco).


Em 1973 gravou "Aleluia" (Reinaldo Oliveira), no LP "Na Transa do Frevo", pelo selo Passarela.

Em 1974 gravou "Vem Cá Morena" (Irmãos Valença), no LP "Carnaval na Praça do Diário".

Em 1978 participou do LP "Capital do Frevo 78", interpretando "Frevo da Solidão" (Capiba).

Em 1980 gravou "E Eu Durmo?" (Capiba) no LP "Capital do Frevo 80".

Em 1982 participou do LP "Capiba Ontem, Hoje e Sempre", interpretando "A Mesma Rosa Amarela" (Capiba e Carlos Pena Filho), "A Uma Dama Transitória" (Capiba e Assenso Ferreira), "Cais do Porto", "Campina Cidade Rainha", entre outras. No mesmo ano, gravou no LP "Capital do Frevo 82" o frevo-canção "A Turma da Boca-Livre" (Capiba).

Em 1984, no LP "Frevança", do V Encontro Nacional do Frevo e do Maracatu, interpretou "Morena Azeite" (Severino Araújo).

Em 1999, a Polydisc, dentro da série "Histórias do Carnaval", lançou dois CDs com coletânea de suas gravações trazendo entre outras as composições "Sonhei Que Estava em Pernambuco", "Touradas em Madri", "Mamãe, eu Quero", "Soldado de Israel", "Já Fui Bom Nisso" e "Morena da Sapucaia".

Um de seus maiores sucessos foi o frevo "Trombone de Prata" (Capiba).

Nos anos 90 passou a residir em Olinda, PR, onde passou a cantar na noite.

Curiosidades

Em São Paulo, Expedito Baracho conheceu os ídolos que embalaram sua infância na Era do Rádio.
"Ouvia na rádio Orlando Silva cantando 'Brasa', composta por Lupicínio Rodrigues. Fiquei amigo dos dois e ainda de Sílvio Caldas!"
O sobrenome Baracho, de origem portuguesa, já deu margem a mal-entendidos. Expedito Baracho dizia ser confundido com Antônio Baracho, considerado um dos maiores mestres de ciranda de Pernambuco.

Entre os anos 1980 e 1990, um dos quatro filhos de Expedito Baracho, Zé Baracho, comandou o Bar Baracho, na Avenida Agamenon Magalhães, no bairro do Paissandu. O estabelecimento funcionou por pouco mais de um ano, e o pai do dono costumava aparecer para cantar. Outra atração do local era a cantora Dalva Torres.

Morte

Expedito Baracho faleceu na manhã de sábado, 27/05/2017, aos 82 anos, em Olinda, PE. O artista se sentiu mal e foi levado ao hospital, onde sofreu duas paradas cardíacas e não resistiu.

O sepultamento ocorreu no domingo, 28/05/2017, no Cemitério de Santo Amaro, Região Central do Recife, às 11h00.

Discografia

  • 1999 - Expedito Baracho Volume 1 (Polydor, CD)
  • 1999 - Expedito Baracho Volume 2 (Polydor, CD)
  • 1960 - A Própria Natureza / Você (RCA Victor, 78)
  • 1958 - Casado Não Pode / A Procura de Alguém (RCA Victor, 78)
  • 1956 - Perdão / Beco da Maldição (Mocambo, 78)

Indicação: Miguel Sampaio