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Mauro Montalvão

MAURO MONTALVÃO
(74 anos)
Apresentador de TV e Locutor de Rádio

* (1936)
+ Rio de janeiro, RJ (06/02/2010)

Mauro Montalvão foi um apresentador de televisão e locutor de rádio brasileiro da década de 1970. Um dos últimos remanescentes da Era de Ouro da TV brasileira. Por duas décadas, comandou na TV Tupi o programa Mauro Montalvão Em Quatro Tempos. Passou também pela TV Record, TV Bandeirantes, e encerrou a carreira no vídeo nos anos 90, na extinta TV Rio.

Em 2000, teve breve passagem no rádio, ao lado de Francisco Barbosa e Paulo Martins, na Rádio Carioca (AM 710).

Mauro Montalvão já morou num apartamento de quatro quartos de frente para o mar na Rua Vieira Souto, em Ipanema, no Rio de Janeiro. Foi o primeiro brasileiro a ter um Bugatti, carro de luxo esportivo. Era comum vê-lo em rodas de amigos cercado de craques como Pelé e Jairzinho.

Em 2001, os tempos áureos de Mauro Montalvão, repórter esportivo que cobriu três Copas do Mundo e ganhou fama como apresentador de um programa que levava seu nome na extinta TV Tupi, estavam presentes apenas nas fotografias que ele guardava em seu apartamento de um quarto alugado em Copacabana.

A queda de Mauro Montalvão começou em 1980, quando a TV Tupi saiu do ar. Dois anos depois passou ter sintomas de uma doença que só em 1990 foi diagnosticada como Síndrome do Pânico. Foi tratado como cardíaco por sentir palpitações. Melhorou, mas não entrava em elevador sozinho, sentia-se mal em congestionamentos e túneis. "A doença acabou com minha carreira", disse Mauro.

A Síndrome do Pânico, hoje uma doença curável se o tratamento for seguido corretamente, se arrastou no caso de Montalvão. "A doença se tornou crônica nele porque, por problemas financeiros, não seguiu o tratamento indicado. E também era hipertenso", explicou o neurologista Fernando Pompeu Filho, seu médico. "Cerca de 80% dos pacientes se curam em um ano, com medicamentos específicos. No terceiro mês dão sinais de melhora", disse a psiquiatra Silvana Forelli.

Gustavo Almeida e Mauro Montalvão
Mauro Montalvão foi dono de fábrica de pastel. Sem sucesso, vendia canetas e isqueiros em quiosques da orla,  mas abandonou a vida de ambulante porque não alcançava o lucro necessário para cuidar de sua doença e se manter. Vivendo com aposentadoria de R$ 900,00 por mês, morava com a mulher e o filho, desempregado, e amigos o ajudam a pagar o aluguel de R$ 900,00.

Mauro Montalvão faleceu vítima de um Infarto na madrugada de sábado, dia 06/02/2010, aos 74 anos, no Hospital Municipal de Itatiaia, região sul Fluminense.  O seu corpo foi sepultado às 15:00hs de sábado, dia 06/02/2010, no Cemitério São Francisco Xavier, no Caju.

Mauro Montalvão deixou duas filhas, sete netos e bisnetos. 

Carlos Aguiar

CARLOS AGUIAR
(41 anos)
Locutor, Produtor e Apresentador de TV

* Caiabu, SP (1947)
+ São Paulo, SP (22/10/1988)

Hey, hey! Um passo para ô... su-ce-sso!!!

Esta frase com certeza lhe remeterá a ele, um dos grandes nomes do início da TV Gazeta. Ele tinha um público fiel e garantia bons pontos no Ibope para a emissora aos domingos. A voz um pouco anasalada e uma alegria contagiante. Como não lembrar de Carlos Aguiar, o mister show? Se a sua memória ainda não está fresca, com certeza agora ficará. Feche os olhos e lembre-se das bela panteras: Lia, Edna, Zilu, Aline, Ângela, Zeti, Eliane, Rebeca, Leninha e Rosane, as bailarinas de Carlos Aguiar. Agora vá mais fundo e lembre-se delas, em coro, cantando a canção que com certeza vai te remeter ao início de cada Programa Carlos Aguiar:

Laialaiá, laiá, laialaiá... Lalalalaiá, lalalaiá...
Chegou a hora, nós vamos cantar: Já está no ar, Carlos Aguiar!
Bate palma, bate o pé, o mister show é o que ele é!
Saia da frente que ele vai passar, Carlos Aguiar não pode parar!
Laialaiá, laiá, laialaiá... Lalalalaiá, lalalaiá...

E com alegria, ele entrava no palco:

- Oi, oi, oi, oiêêê... Alô, alô, minha geeeentê!


Berros, gritos, uma série de telespectadoras presentes no palco aplaudiam o Carlos Aguiar, que abriu na televisão brasileira não uma porta, mas um portão para a música sertaneja e a música nordestina. Sempre incentivou a música brasileira. Foi o primeiro programa da linha de shows da  TV Gazeta, que estreou em 4 denovembro de 1970 com o nome São Paulo da Viola. Posteriormentetornou-se Boa-Tarde Viola, quando seu horário era vespertino. E, em 1972 transformou-se em Show da Viola, nome que manteve até 1978.

Mas para falar do Carlos Aguiar, precisamos relembrar um pouco de sua história. Carlos Aguiar nasceu em 1947 em Caiabu, SP, cidade próxima de Martinópolis, na região de Presidente Prudente. Foi lá que Carlos Aguiar, aos 14 anos, iniciou sua carreira artística como locutor no serviço de alto-falantes da cidade. Um ano depois foi contratado como locutor da Rádio Clube de Martinópolis, onde ficou até 1964. Foi chamado para ser locutor da Rádio de Presidente Prudente.

Foi um passo para o sucesso. No final daquele mesmo ano, aos 17 anos,  Carlos Aguiar veio para São Paulo e começou a trabalhar com o ator Amácio Mazzaropi. Trabalhou como programador do Rancho Alegre, programa do humorista na TV Tupi. A partir dali dividiu seu trabalho entre o rádio como locutor e a televisão como produtor.

Foi para a TV Paulista, canal 5, produzindo os programas de Chacrinha, Dercy Gonçalves e Juca Chaves. Estava lá quando a TV Paulista foi comprada e transformada em TV Globo. Começou a fazer sucesso como locutor do programa Patrulha do Sertão, na Rádio Piratininga. E foi ali que recebeu o convite do produtor Kleber Afonso para apresentar um programa na TV Gazeta. Aí, naquele novembro de 1970, começou o São Paulo da Viola. O programa ia ar aos domingos à tarde, num auditório improvisado no 4º andar. Kleber Afonso foi ser seu produtor.

Quando as cores chegaram à TV brasileira, a TV Gazeta transformou o programa de Carlos Aguiar em cores. Em 1972, nos jornais, falava-se do Show da Viola: O programa colorido de maior audiência no horário, mostra o que de melhor existe na música sertaneja. Pouco tempo depois, o Show da Viola abriu espaço para a música nordestina, atraindo um público esquecido da metrópole paulistana. Aos poucos a viola sertaneja abriu espaço para outros instrumentos... e o enfoque neste novo segmento aumentou a audiência da TV Gazeta.


A partir de 1973 o programa passou a ter uma garota-propaganda, Wilma, ex-jogadora de basquete da Seleção Brasileira. Aos poucos, o ator Kleber Afonso se ausentou da produção, ocupando-se com turnês de suas peças de teatro, e Wilma assumiu a produção do programa. O bom entendimento com Carlos Aguiar, suas boas sugestões, suas opiniões, tudo fez que além da parceria nascesse algo mais forte: Carlos Aguiar e Wilma se casaram em 1975... E ela passou a usar o nome de Wilma Aguiar.

Em 1974 Wilma sugeriu que Carlos Aguiar criasse um quadro destinado à Música Popular Brasileira, que obteve muito sucesso. A TV Gazeta passou por uma grande reformulação na programação em 25 de janeiro de 1978, seu 8º aniversário. Com Com isso, o Show da Viola se transformou em Programa Carlos Aguiar, tendo agora a Música Popular Brasileira em geral como enfoque principal. Foi outra sugestão de Wilma Aguiar à direção da TV Gazeta.

As músicas sertaneja e nordestina passaram a aparecer no quadro Coisas do Nosso Folclore dentro do programa. Havia ainda os quadros: Só Sucessos, Um Passo Para o Sucesso (grande bordão do apresentador) e Lançamento, que mostravam, respectivamente, as músicas já consagradas pelo público, as que estavam atingindo o topo das paradas e as lançadas no mercado fonográfico. Além disso, semanalmente um artista consagrado contava fatos pitorescos de sua vida e carreira no quadro Vida de Artista (hoje tão copiado pelas grandes redes).

A equipe de produção de Carlos Aguiar contava com Wilma, Rubito, Amaury e Tony Auad, responsáveis pelos artistas convidados e pelas promoções do programa. A equipe também criou o Troféu Carlos Aguiar, aos grandes nomes do rádio, TV e música brasileira.

A partir de 1979, o Programa Carlos Aguiar passa a ser gravado no Teatro das Nações, na Avenida São João. De "ao vivo" virou "gravado", mas não tirou a naturalidade e o jeito espontâneo de Carlos Aguiar. O aumento do público foi uma das principais causas da mudança. O Teatro das Nações ficava lotado pelas fãs do programa, nas noites de segundas-feiras (dia da gravação). E não dá para deixar de lado o júri do programa, que gerava polêmica: Garcia Gambero, Prof. Fernando Jorge, Tony Auad, Arethusa Nogueira, Severino Araújo, entre outros.

Os aniversários do programa de 1978, 1979 e 1980 foram realizados no Ginásio do Pacaembu. Em cada ano um número aproximado de 18 mil fãs prestigiou Carlos Aguiar. Wilma Aguiar, a eterna companheira do apresentador, é quem nos conta mais sobre sua história:


"Eu entrei na Gazeta em 1973... O Aguiar já fazia o programa na TV Gazeta. Era o Show da Viola. Antes era jogadora de basquete da seleção brasileira. Fui apresentada a ele pelo Aucir, da Churrascaria Eduardo’s. Eu e o Aguiar sempre nos demos bem. Tanto é que aquela amizade cresceu e nos casamos. Dentro do programa tinha corrida, passava turfe, corrida de cavalo lá do Jockey Clube. Era transmitido simultaneamente. O Aguiar estava no ar, mas o programa era interrompido para entrar a corrida. Era domingo de manhã. No programa vieram violeiros importantes da época – Tonico & Tinoco, Pena Branca & Xavantinho, Zico & Zeca, Trio Parada Dura, Milionário e Zé Rico, Zé Betio... Eu comecei sendo garota-propaganda do programa dele... E metia o dedo onde não era chamada! Dava sugestões, opiniões. Um dia o Kleber Afonso foi fazer turnês e acabaram me colocando como produtora do programa. Na época os maiores patrocinadores do programa eram cafés. Tinha o Café do Ponto, Café São Bernardo, Café Serra Negra... Nós tínhamos patrocinadores de café até demais, porque o programa era pela manhã... E o Aguiar ia falando: 'Você vai acordando e tomando seu café'. Tínhamos também a Tapeçaria Chic, que na época era a rainha de patrocinar os programas de televisão. O Aguiar ajudou também na divulgação dos grandes laboratórios da época. Eles patrocinavam o programa. Dorsay, que era o Vitasay, do Doril, hoje grande potência e que na época era pequeno. Quando o programa foi para o horário da tarde, começamos a competir com o Sílvio Santos, aos domingos, com duas horas de duração. Depois dei a sugestão de ser Programa Carlos Aguiar. Nessa época, surgiu no programa o Zé Luiz, que chamam de Diabo Loiro, cantor de sucesso na época. Ele despontou no quadro Um Passo Para o Sucesso. O Amado Batista também começou no programa. O Aguiar sempre foi um comunicador popular. A gente tocava música sertaneja, música nordestina, que na época ninguém tocava. Quem fazia sucesso era Anastácia, Trio Nordestino, Dominguinhos, Luiz Gonzaga. Os artistas passaram a procurar o programa. Cada vez mais foi melhorando o nível, a ponto de a gente chegar a ter Fábio Jr., Elba Ramalho diversas vezes, Sidney Magal, Chitãozinho & Xororó... Os artistas faziam tudo o que o Aguiar queria, uma vez ele brincou com o Ovelha e perguntou para o público:
 
- Vocês querem o Ovelha pelado?
E todo mundo respondeu:
- Queremos!
 
Aí o Aguiar mandou o Ovelha tirar a roupa e ficar pelado... E ele realmente ficou! Aquilo foi manchete em tudo quanto é jornal. As festas do programa eram um sucesso, uma loucura. A primeira festa de aniversário que a gente foi fazer de externa, fomos gravar num salão de forró do Mário Zan. Metade do povo ficou do lado de fora e nós não tivemos condições de gravar. Foi aquela briga porque todo mundo queria entrar. Foi uma surpresa para a gente, até para os diretores da TV Gazeta. Foi um alvoroço. Teve que vir polícia, bombeiro, gente na rua gritando, chorando que queria entrar. Nós não tivemos condições de gravar. Foi em 1978. Tivemos que remarcar e fizemos o programa de aniversário na TV Gazeta, ao vivo e lotado de gente. Nossa sala de produção era no 8º andar, onde hoje é a Sala Vip. Hoje o Aguiar ficou na saudade para muitos artistas porque ele tinha as portas abertas para todos, sem distinção. Na TV Gazeta ele também apresentou o Telecatch... E lá também foi precursor, teve uma importância muito grande para a TV Gazeta, quando ela chegou a transmitir o Carnaval dos Clubes, durante muitos anos. Era transmitido do Palmeiras, do Corinthians, do São Paulo. A cada dia dois comentavam. Eu fazia um, o Carlos Aguiar o outro. O Aguiar sempre amou televisão, ele gostava muito mais do que rádio. O Aguiar deixou muita saudade. Tanto ele como eu amávamos a TV Gazeta."

Em 1983, o diretor-geral da Rádio Gazeta e TV Gazeta, Alberto Maluf, tirou do ar o Programa Carlos Aguiar. A alegação na época foi de que o comunicador não se enquadrava no perfil que a emissora adotava a partir daquele instante, menos popular.

Carlos Aguiar faleceu vítima de Insuficiência Respiratória, aos 41 anos, na capital paulista, em 22 de outubro de 1988. Encerrou sua carreira trabalhando na Rádio Globo, com o seu eterno Programa Carlos Aguiar.


Nota do radialista Edson Xavier: Na época eu era office-boy dos diários oficiais e trabalhava em um Flat no período noturno na Alameda Campinas. Conheci o apresentador Carlos Aguiar e sua Esposa Wilma quando se dirigiam a sua residência em uma rua travessa da Alameda Rio Preto no bairro Bela Vista. Anos mais tarde o reencontrei nas dependências da Rádio América AM 1.410 khz onde Wilma apresentava um programa com seu nome nas madrugadas, após falecimento do eterno amigo Carlos Aguiar. Saudades!

Homero Silva

HOMERO SILVA
(63 anos)
Apresentador de TV, Radialista e Político

* São Paulo, SP (30/01/1918)
+ São Paulo, SP (19/09/1981)

Foi o primeiro apresentador da televisão brasileira. Apresentava o programa TV Na Taba da TV Tupi. Foi também radialista das rádios Tupi e Difusora nas décadas de 40 e 50. Apresentava o programa de auditório Clube Papai-Noel, onde surgiram vários cantores e cantoras, entre as quais Wilma Bentivegna. Na cidade de São Paulo existe uma praça com o seu nome localizada no bairro da Pompéia, próximo à avenida de mesmo nome.

Homero Silva nasceu em São Paulo, no bairro do Cambuci. Descendente de italianos, seu pai era Eloi Domingues da Silva e a mãe Dona Cândida. Aos 18 anos Homero Silva perdeu o pai, e ele e mais um irmão menor, ficaram aos cuidados de Cândida.

O pai, fotógrafo, era pobre. E assim, Homero e o irmão Gilberto, acostumaram-se a dividir tudo, até um par de sapatos, pois a mãe comprava um número intermediário, que pudesse servir aos dois, na hora de irem à escola. E eles iam em turnos diferentes. Assim mesmo, ambos conseguiram entrar na Faculdade de Direito do Largo São Francisco, respectivamente em primeiro e segundo lugares.

Homero Silva e Assis Chateaubriand
Rapazes sérios, religiosos, extremamente inteligentes, eram admirados por todos. Gilberto, o mais novo, prosseguiu a carreira jurídica, mas Homero fez um concurso de locutor na Rádio Tupi de São Paulo, e passou, pois era dono de uma voz bonita e marcante.

E aí começou a carreira que, se não única, foi a mais importante de sua vida. Logo chegou a diretor da emissora. É preciso lembrar que seu grande sucesso deu-se à apresentação do programa infantil Clube do Papai Noel , onde ele era tão querido que as crianças o chamavam de Papai Noel. Nesse programa iniciaram a carreira artística: Hebe Camargo, Erlon Chaves, Wilma Bentivegna, Wanderley Cardoso, Vida Alves, e muitos outros.

Foi um acontecimento esse programa que começou na rádio e, mais tarde, transferiu-se para a televisão. Homero Silva, aliás, foi escolhido para ser o primeiro locutor, aquele que apresentou a PRF3-TV Tupi, aos telespectadores, no lançamento da primeira emissora de televisão da América Latina.

Homero Silva, alguns anos antes havia se casado com Yolanda. Desse casamento nasceram dois filhos: CéliaHomero Silva Filho. Na televisão Homero era super admirado pela perfeição de suas apresentações, por sua cultura, por sua verve. Apresentava também outros programas: Ponta de Lança, Boa Noite Amigos, e o famoso Clube dos Artistas, que foi uma criação de Airton Rodrigues, mas teve Homero Silva como apresentador por muitos anos.

Homero Silva, porém, não se satisfez somente com a vida artística, embora tivesse total sucesso. Foi para a política. Foi vereador da cidade de São Paulo, por duas vezes. Foi deputado, também por dois mandatos. Foi candidato à Prefeito, perdendo apenas por 50 votos, o que até suscitou muita polêmica, mas Homero, homem sério, quis deixar de lado e prosseguiu sua vida.

Quando deixou a TV Tupi, Homero Silva foi ser Presidente da Fundação Padre Anchieta e, posteriormente, diretor artístico da Rádio Cultura. Homero Silva, ainda desejoso de eternamente lutar, entrou para as lides universitárias e foi professor de Direito Constitucional na FMU e nas Faculdades de Bragança Paulista. Isso o fez rejuvenescer, pois adorava estar com os jovens, assim como tinha adorado trabalhar com crianças.

Uma das coisas que criou, com muito êxito foi a Campanha do Natal da Criança Pobre, que aconteceu por vários anos consecutivos e que revolucionou todo o bairro do Sumaré, que era chamado de A Cidade do Rádio, pois era a sede das Rádios Tupi, Difusora e da Televisão Tupi.

Assim foi Homero Silva, que faleceu em 19 de setembro de 1981. Ele havia se casado pela segunda vez com Mariinha, e com ela teve a filha Silvana, que é médica. Ele estava com Mariinha quando faleceu. Ao seu enterro compareceram centenas de amigos, entre artistas, advogados, professores, políticos e fãs.

Fonte: NetSaber Biografias e Wikipédia

Sérgio Britto

SÉRGIO PEDRO CORRÊA DE BRITTO
(88 anos)
Ator, Diretor, Apresentador e Roteirista

* Rio de Janeiro, RJ (29/06/1923)
+ Rio de Janeiro, RJ (17/12/2011)

Considerado um dos maiores atores do país, Sérgio Britto foi responsável pela direção de "Ilusões Perdidas", primeira telenovela produzida e exibida pela TV Globo. Apesar de seu pioneirismo na televisão, foi o teatro que o consagrou.

Filho de Lauro e Alzira, seu pai era funcionário público e sua mãe, dona de casa. Sérgio vivia com eles e o irmão, Hélio. Uma típica família da Vila Isabel daquela época: todos religiosos, tradicionais e conservadores.

A idéia de ser ator não passava por sua cabeça, tanto é que chegou a cursar até o sexto ano de medicina, na Faculdade da Praia Vermelha. Mas foi no teatro universitário amador, fazendo o papel de Benvoglio em "Romeu e Julieta", que Sérgio descobriu que o teatro seria sua vida. No ano de 1945 abandonou a medicina para se dedicar à sua paixão.

Sérgio foi o criador, diretor e ator do Grande Teatro Tupi, que foi ao ar por mais de dez anos com elenco no qual se destacam Fernanda Montenegro, Ítalo Rossi, Nathalia Thimberg, Manoel Carlos, Fernando Torres, Zilka Salaberry, Aldo de Maio e Cláudio Cavalcanti. O teleteatro apresentou sob o seu comando repertório de mais de 450 peças dos maiores autores nacionais e estrangeiros. Depois de seis anos na extinta TV Tupi Rio, o Grande Teatro Tupi transfere-se, para a TV Rio e depois, por seis meses, para a TV Globo - um programa formador de plateia, referência na história da televisão e do teatro brasileiro. Na carreira teatral, mais de 90 espetáculos representados.


Em 1953, participou do primeiro elenco profissional do Teatro de Arena atuando em "Esta Noite é Nossa" de Stafford Dickens e direção de José Renato; e dirigindo "Judas em Sábado de Aleluia", de Martins Pena.

Ainda na década de 1950, fez parte da Companhia Maria Della Costa e do Teatro Brasileiro de Comédia, em que atua em "A Casa de Chá do Luar de Agosto, Rua São Luís, 27 - 8º Andar" e "Um Panorama Visto da Ponte", sua última incursão no grupo.

Em 1959, formou sua própria companhia teatral, o Teatro dos Sete, com Fernanda MontenegroÍtalo Rossi, Gianni Ratto, Luciana Petruccelli, Alfredo Souto de Almeida e Fernando Torres, e apresentou no Teatro Municipal do Rio de Janeiro a histórica montagem de "O Mambembe", de Artur Azevedo.

Em 1960, especialmente para o Teatro dos Sete, Nelson Rodrigues escreveu "O Beijo no Asfalto".

Em 1963, dirigiu na TV Rio, "A Morta Sem Espelho" de Nelson Rodrigues.


Em 1964, dirigiu mais duas novelas: "Vitória e Sonho de Amor", esta última uma adaptação feita por Nelson Rodrigues do romance "O Tronco do Ipê", de José de Alencar, produzida pela TV Rio e exibida também em São Paulo pela TV Record.

Em 1965, juntamente com Líbero Miguel, dirigiu a primeira novela da Rede Globo, "Ilusões Perdidas", e no elenco estavam Emiliano Queiroz, Leila Diniz, Miriam Pires, Norma Blum, Osmar Prado, Reginaldo Faria, entre outros.

Em 1969, na TV ExcelsiorSérgio Britto dirigiu "A Muralha", de Ivani Ribeiro, baseada no romance de Dinah Silveira de Queiroz. A novela tinha no elenco Fernanda Montenegro, Mauro Mendonça, Rosamaria Murtinho, Stênio Garcia e Nathalia Thimberg.

Em 1971, ao lado de Fernanda Montenegro, atuou na peça "O Marido Vai à Caça" de Georges Feydeau, dirigido por Amir Haddad.

Em 1974, destaca-se como um dos intérpretes de "A Gaivota", de Anton Tchekhov, dirigida por Jorge Lavelli.


Em 1975, interpreta o Drº Facchini, grande sucesso da novela "Escalada" de Cassiano Gabus Mendes. A novela tinha no elenco Tarcísio Meira, Renée de Vielmond, Suzana Vieira, Ney Latorraca e Nathalia Thimberg.

Em 1976, atuou no novela "Anjo Mau", ao lado de Suzana Vieira, José Wilker, Renée de Vielmond, Pepita Rodrigues, Osmar Prado, entre outros. A novela de Cassiano Gabus Mendes foi exibida no horário das 19 horas e contou com 175 capítulos. Dirigida por Régis Cardoso e Fábio Sabag. "Anjo Mau" foi a penúltima novela em preto-e-branco exibida pela Rede Globo.

Em 1977, dirige Renata Sorrah, em parceria com Walter Scholiers, em "Afinal... Uma Mulher de Negócios", de Rainer Werner Fassbinder.

Em 1978, fundou o Teatro dos 4, na Gávea, como sempre com sua mania de números. E os quatro, na verdade eram três: Sergio Britto, Paulo Mamede e Mimina Roved. Durante quinze anos produziram dezessete espetáculos de teatro da maior importância, entre os quais: "Os Viciados", "Assim é Se Lhe Parece", "Tia Vânia", "O Jardim das Cerejeiras", e muitas outras...

Em 1982, atuou na novela "Paraíso", de Benedito Ruy Barbosa. Ao lado de Tereza Rachel e Ary Fontoura.

Ainda em 1982, juntamente com a fonoaudióloga Glorinha Beutenmuller, ajudou fundar a Casa de Arte das Laranjeiras, que hoje é considerada uma das escolas mais conceituadas na preparação do ator no Brasil.

Em 1985, está em "Assim é, Se Lhe Parece", de Luigi Pirandello, com direção de Paulo Betti.

Em 1985, atua ao lado de Rubens Corrêa e Ítalo Rossi em "Quatro Vezes Beckett", que marca o início da trajetória do diretor Gerald Thomas no Brasil.

Em 1986, atua com Tônha Carrero, na peça "Quartett", de Heiner Müller e sob direção de Gerald Thomas.

Em 1989, assume a direção artística do Centro Cultural do Banco do Brasil.

Em 1990, Sérgio Britto interpreta Antero Novaes, na novela "Pantanal", da extinta TV Manchete. O personagem era viciado em pôquer, morre no 15º capítulo da novela, quando está jogando com o neto e no jogo faz um royal street flash e morre de emoção.

Em 1993, na Rede Globo, participou de "Olho no Olho", onde interpretou o Padre João.

Em 1994, Sérgio Britto integrou o elenco da minissérie "Memorial de Maria Moura".

Em 1996, lança sua autobiografia "Fabrica de Ilusão: 50 Anos de Teatro". No mesmo ano, interpreta o Conde Valadares, na novela "Xica da Silva", da TV Manchete. A novela tinha Taís Araújo no papel principal.

No ano de 2000, o ator fez papel de Teodoro Oliveira de Barros, na novela "Vidas Cruzadas", da Rede Record.

Em 2003, com a direção de Domingos Oliveira estreou "Sérgio 80", um espetáculo-solo que falava sobre as suas experiências em seus 80 anos de vida.

Em 2008, interpreta Dom Pedro II no especial da Rede Globo, "O Natal do Menino Imperador". Escrito por Péricles de Barros, com direção geral de Denise Saraceni. No mesmo ano, com a peça "A Última Gravação de Krapp" e "Ato Sem Palavras I" de Samuel Beckett, ganhou o Prêmio Faz Diferença, do jornal O Globo como personalidade do teatro.

Em 2009, ganhou o Prêmio Shell de melhor ator, por "A Última Gravação de Krapp" e "Ato Sem Palavras I".

Em 2010, protagonizou juntamente com Suely Franco, a peça "Recordar é Viver", com direção de Eduardo Tolentino de Araújo. No mesmo ano, lança sua segunda autobiografia "O Teatro e Eu". Uma corajosa revisão de seus 86 anos de idade, dos quais 65 de carreira na televisão, cinema e, principalmente, no teatro. Também em 2010, por conta de uma cláusula de exclusividade no contrato com a Rede Globo, que Sérgio Britto não aceita, é substituido por Leonardo Villar, em "Passione".

Apresentou o programa semanal "Arte Com Sérgio Britto", na TV Brasil.

Morte

Sérgio Britto estava internado no Hospital Copa D’Or, em Copacabana, desde o dia 14 de novembro com problemas cardíacos e faleceu às 6:35 hs do dia 17/12/2011 aos 88 anos de idade vítima de insuficiência respiratória aguda. A informação foi confirmada pela assessoria do Hospital Copa D’Or.

A presidente Dilma Rousseff divulgou nota sobre a morte do ator e diretor Sérgio Brito:

"Neste momento de perda para todos nós, brasileiros, quero me solidarizar com os parentes, amigos, companheiros de profissão e admiradores de Sérgio Brito. Ele destacou-se, ao longo de mais de seis décadas, como um dos mais consagrados atores e diretores do teatro brasileiro. Encarnou personagens inesquecíveis do teatro e na televisão. Na nossa TV Brasil, apresentou um programa sobre a arte da representação. É uma perda enorme para a vida cultural brasileira."
(Dilma Rousseff)

Cinema
  • 2006 - O Maior Amor do Mundo
  • 1991 - A Maldição do Sanpaku
  • 1986 - O Quebra-Nozes
  • 1977 - Na Ponta da Faca
  • 1976 - Gordos e Magros
  • 1973 - Caingangue
  • 1965 - O Desafio
  • 1965 - Society em Baby-Doll
  • 1954 - A Sogra
  • 1954 - Destino em Apuros
  • 1953 - O Homem dos Papagaios
  • 1953 - Uma Vida Para Dois
  • 1953 - Esquina da Ilusão
  • 1953 - Luz Apagada
  • 1952 - Modelo 19
  • 1951 - O Comprador de Fazendas

Televisão
  • 2008 - O Natal do Menino Imperador ... Dom Pedro II (Rede Globo)
  • 2000 - Vidas Cruzadas ... Teodoro (Rede Record)
  • 1999 - Chiquinha Gonzaga - Marquês de Caxias(Rede Globo)
  • 1998 - Serras Azuis ... Barão de Serras Azuis (Rede Bandeirantes)
  • 1997 - Direito de Vencer ... Giovanni Lucilli (Rede Record)
  • 1997 - A Indomada (Rede Globo)
  • 1996 - Xica da Silva ... Conde Valadares (Rede Manchete)
  • 1994 - Memorial de Maria Moura ... Eliseu (Rede Globo)
  • 1993 - Mulheres de Areia ... Psiquiatra (Rede Globo)
  • 1993 - Olho no Olho ... Padre João (Rede Globo)
  • 1991 - O Fantasma da Ópera ... Antônio Medeiros (Rede Manchete)
  • 1991 - O Farol ... Clemêncio (Rede Manchete)
  • 1990 - A História de Ana Raio e Zé Trovão ... Basílio (Rede Manchete)
  • 1990 - Pantanal ... Antero (Rede Manchete)
  • 1989 - Kananga do Japão ... Teodoro (Rede Manchete)
  • 1986 - Dona Beija ... Padre Aranha (Rede Manchete)
  • 1984 - Marquesa de Santos ... Visconde de Castro (Rede Manchete)
  • 1984 - Caso Verdade, Esperança ... Genaro (Rede Globo)
  • 1982 - Caso Verdade, Um Engano Mortal ... Delegado Alcântara
  • 1982 - Paraíso ... Norberto (Rede Globo)
  • 1980 - Olhai os Lírios do Campo ... Vicente Cintra (Rede Globo)
  • 1977 - Espelho Mágico ... Gastão Cortez / Benito (Rede Globo)
  • 1976 - Anjo Mau ... Téo (Rede Globo)
  • 1975 - Escalada ... Valério (Rede Globo)
  • 1974 - Supermanoela ... Jorge (Rede Globo)
  • 1974 - Mulher (Rede Globo)
  • 1969 - Sangue do Meu Sangue ... Tenente (TV Excelsior)
  • 1964 - Vitória (TV Rio)
  • 1964 - Sonho de Amor (TV Rio)
  • 1963 - Pouco Amor Não é Amor
  • 1963 - A Morta Sem Espelho (TV Rio)

Como Diretor
  • 1981 - Prima Belinha
  • 1970 - E Nós Aonde Vamos? (TV Tupi)
  • 1968 - A Muralha (TV Excelsior)
  • 1968 - O Terceiro Pecado
  • 1965 - Um Rosto de Mulher (Rede Globo)
  • 1965 - Ilusões Perdidas (Rede Globo)
  • 1965 - Paixão de Outono (Rede Globo)
  • 1965 - Coração

Fonte: Wikipédia e G1

Gontijo Teodoro

GONTIJO SOARES TEODORO
(79 anos)
Radialista, Locutor e Apresentador de TV

* Araxá, MG (20/03/1924)
+ Rio de Janeiro, RJ (05/09/2003)

É conhecido por ter apresentado a versão carioca do Repórter Esso na TV Tupi.

Luiz, seu pai, é descendente de espanhóis. Gontijo nasceu em Araxá, Minas Gerais, em 20 de março de 1924. O pai era caixeiro viajante e a mãe, de família tradicional mineira, passou uma fase de dificuldades financeiras, ajudando a sustentar a família pedalando sua máquina de costura. O garoto Gontijo gostava de brincar de locutor numa latinha de massa de tomate.

Já no Rio de Janeiro, para onde a família havia se mudado, Gontijo imitava os grandes locutores da época: César Ladeira, Urbano Lóes e outros.

Tendo se mudado para Petrópolis, a primeira vez que Gontijo participou de um programa de calouros, cantou, e foi "gongado". Foi para Belo Horizonte, depois para a cidade de Formiga.

Conheceu o Capitão Furtado, grande nome da Rádio Bandeirantes de São Paulo, e que estava em turnê artística pelo interior. Gontijo acabou indo para aquela emissora paulista e aí começou realmente sua trajetória.

A seguir foi para a Rádio Nacional do Rio de Janeiro, sempre como locutor.

O rádio tinha grande importância na época e Gontijo Teodoro foi crescendo e logo passou a apresentador de programas. Cabia a ele anunciar os grandes cantores, as orquestras de até 200 figuras, coisa que nunca mais voltou a existir. Foi nessa época que a televisão foi inaugurada no Rio de Janeiro, um ano após São Paulo.

Gontijo pensou que não iriam chamá-lo para a televisão, mas aconteceu o oposto. Começou a apresentar Retratos da Semana, na TV Tupi Rio. Já era jornalista registrado, quando foi escolhido para ser o Repórter Esso, programa que já existia em rádio e que ia ser inaugurado na televisão.

Gontijo ficou à frente do Repórter Esso por 18 anos, 9 meses e 10 dias. Aquele era o verdadeiro Diário Oficial de toda população brasileira. Com sua voz possante e dicção perfeita, Gontijo Teodoro, às 20:00 hs. em ponto, dava o seu "Boa Noite" e passava a informar só notícias confirmadas. Sua credibilidade era tanta, que houve um tempo em que se dizia: "Se o Repórter Esso não deu, não aconteceu". Nunca foi necessário desfazer uma notícia. Não era um programa opinativo, era um jornal inteiramente informativo.

Quando o Repórter Esso acabou e Gontijo Teodoro teve dificuldade em ser aceito para outra emissora. Sua voz havia marcado demais. E aí ele começou a diversificar suas atividades. Publicou dois livros: Você Entende de Notícias e Jornalismo na TV. Por vários anos foi também editor do Jornal Messiânico, em São Paulo, mas de circulação nacional. Teve um programa no formato talk-show na Rádio Guanabara do Rio de Janeiro, com entrevistas, comentários e muitas coisas.

A sua frase escolhida era uma frase de Adolpho Bloch, dono da TV Manchete, que dizia: "O importante não é ser, nem ter, nem parecer, mas fazer".

Faleceu dia 5 de setembro de 2003 vítima de Infarto em sua casa em Copacabana no Rio de Janeiro.

Fonte: Wikipédia

Dárcio Campos

DÁRCIO CAMPOS
(49 anos)
Ator, Cantor, Narrador e Apresentador

☼ Uberaba, MG (08/09/1945)
┼ (28/08/1995)

Dárcio Campos foi um ator, cantor, narrador e apresentador nascido em Uberaba, MG, no dia 08/09/1945.

Dárcio Campos  começou sua carreira na Rádio São Paulo, pertencente às Emissoras Unidas, como narrador de rádio-novelas.

Famoso por usar o bordão "Chanty", como forma carinhosa de se comunicar com os ouvintes, trabalhou na Rádio Record, onde comandava um programa com seu nome.

Também gravou músicas como cantor e foi apresentador de TV, passando pela TV Record, TV Gazeta e TV Bandeirantes. Foi diretor da Rádio Record e Rádio Atual.

Dárcio Campos  faleceu no dia 28/08/1995, aos 49 anos, vítima de AIDS.

Ferreira Netto

JOAQUIM ANTÔNIO FERREIRA NETTO
(64 anos)
Jornalista, Apresentador de TV, Radialista e Comentarista Político

* São Paulo, SP (02/01/1938)
+ São Paulo, SP (04/08/2002)

Ferreira Netto foi um jornalista, apresentador de TV, radialista e comentarista político nascico em São Paulo, SP, no dia 02/01/1938. Trabalhou na Folha da Tarde como colunista, e por inúmeras emissoras de televisão nas décadas de 1970, 1980 e 1990, onde apresentava um programa de debates, semanal ou diário, conforme o caso, que levava o nome "Programa Ferreira Netto".

"Programa Ferreira Netto" foi o primeiro da televisão brasileira a fazer um debate televisivo entre os dois principais candidatos ao governo paulista na eleição de 1982, Franco Montoro (PMDB) e Reynaldo de Barros (PDS), depois da abertura política de 1979, na TV Bandeirantes, onde manteve um programa de entrevistas políticas nos finais de noite.

Ferreira Netto costumava começar a atração conversando por um telefone vermelho com um suposto amigo, chamado de Léo. Usando desse estratagema, criticava e comentava as atualidades da política e da economia.

Ferreira Netto também era um crítico ferrenho do Partido dos Trabalhadores (PT) e do então presidente José Sarney.

Em outubro de 1970 Ferreira Netto invadiu o estudio da TV Excelsior e anúnciou o fim da TV durante um programa humorístico chamado "Adélia e Suas Trapalhadas".

Em 1990 candidatou-se ao Senado Federal pelo Partido da Reconstrução Nacional (PRN) do então presidente Fernando Collor de Melo, tendo perdido para Eduardo Suplicy (PT). No entanto, ficou à frente de nomes de vulto da política nacional, como o ex-governador Franco Montoro (PSDB) e do empresário Guilherme Afif Domingos (PL).

Ferreira Netto mantinha uma coluna com notícias de bastidores da televisão que era veiculada em vários jornais do Brasil, como O Dia, Folha da Tarde de Porto Alegre ou Jornal da Tarde de São Paulo.

Morte

Ferreira Netto faleceu em São Paulo, SP, aos 64 anos, às 21h25 do dia 04/08/2002, vítima de falência múltipla dos órgãos, após cirurgia para drenar um coágulo na cabeça e complicações hepáticas, em conseqüência de uma queda em sua casa.

Marisa Sanches

MARISA SANCHES
(77 anos)
Atriz, Cantora, Apresentadora e Locutora

☼ Caconde, SP (08/04/1924)
┼ São Paulo, SP (04/02/2002)

Marisa Sanches foi uma das atrizes pioneiras da TV brasileira e iniciou sua carreira artística como cantora.

Ela morou muitos anos nos Estados Unidos, onde trabalhou como locutora na NBC, emissora de New York.

Na volta ao Brasil, Marisa Sanches foi contratada pela TV Tupi de São Paulo, onde fez vários trabalhos como atriz, apresentadora e locutora.

Marisa Sanches é mãe de Débora Duarte, avó de Paloma DuarteDaniela Duarte. Quando ela se casou com Lima Duarte, Débora tinha um ano e oito meses de vida. Marisa Sanches teve mais uma filha, a advogada Mônica.

É avó de Paloma Duarte e Daniela Duarte.

Marisa Sanches faleceu após longo período doente.

Televisão

  • 1979 - Dinheiro Vivo ... Gumercinda
  • 1978 - João Brasileiro, o Bom Baiano
  • 1977 - Éramos Seis ... Benedita
  • 1976 - Os Apóstolos de Judas ... Mildred
  • 1975 - Meu Rico Português ... Letícia
  • 1973 - Rosa dos Ventos
  • 1972 - Bel-Ami
  • 1972 - Na Idade do Lobo
  • 1971 - A Fábrica ... Lúcia
  • 1970 - Simplesmente Maria
  • 1969 - Nino, o Italianinho ... Júlia
  • 1968 - Sozinho no Mundo
  • 1967 - Os Rebeldes
  • 1967 - Angústia de Amar ... Cíntia
  • 1966 - Os Irmãos Corsos
  • 1966 - A Ré Misteriosa ... Roberta
  • 1966 - A Inimiga ... Paulina
  • 1965 - O Cara Suja ... Amália
  • 1965 - Teresa ... Luiza
  • 1964 - Se o Mar Contasse ... Raquel
  • 1964 - Alma Cigana ... Carlota
  • 1963 - Moulin Rouge, a Vida de Tolouse Lautrec
  • 1962 - A Única Verdade
  • 1962 - A Estranha Clementine
  • TV de Comédia ... Mimi
  • 1959 - Doce Lar Teperman
  • 1959 - Adeus, Mr. Chips
  • TV de Vanguarda
  • 1958 - Sétimo Céu ... Arlete
  • TV Teatro
  • 1958 - Suspeita
  • 1957 - O Corcunda de Notre-Dame ... Flor de Lys
  • 1955 - Oliver Twist

Cinema

  • 1975 - Cada um Dá o que Tem

Fonte: Wikipédia

Maestro Záccaro

AUGUSTINHO ZÁCCARO
(55 anos)
Maestro, Arranjador, Produtor de Espetáculos e Apresentador de TV

* São Paulo, SP (01/01/1948)
+ São Paulo, SP (02/02/2003)

Maestro, arranjador e produtor de espetáculos, conhecido pelo grande público após apresentar durante mais de uma década os programas "Záccaro" e "Italianíssimo", na TV Bandeirantes, TV Record e Central Nacional de Televisão (CNT).

Neto de italiano, Záccaro começou cedo na música. Aos 4 anos tocava acordeão. A professora ia dar aula a seu irmão e ele observava, arriscando-se sozinho no instrumento. Com 7 anos, iniciou suas aulas de piano, e aos 13, formou-se professor. No início da década de 80, o maestro inaugurou no bairro do Bixiga o Teatro Záccaro. Dividido entre a carreira de concertista e de músico, formou banda e trabalhou animando bailes.

Záccaro comandou o programa "Italianíssimo" durante 25 anos na TV Gazeta, onde estreou em 1978. Na TV Bandeirantes a partir de 1981, onde ficou 13 anos no ar durante as tardes de sábado. E na CNT, gravado no teatro que leva seu nome.

Ultimamente, era exibido no Canal 21, aos domingos, às 14:30 hs. Música, culinária e turismo, tudo sobre a Itália, e merchandising faziam parte da atração. O maestro e seu conjunto animaram bailes e festas com temática italiana em São Paulo e no Grande ABC, São Caetano do Sul principalmente.

Paulistano nascido na Avenida Paulista e neto de italianos, formou-se em piano e acordeom aos 14 anos, quando montou o primeiro conjunto. A partir dos salões de baile, já diplomado em curso superior de Música e em Direito, Záccaro foi animador musical de navio em rotas pelo Norte e Nordeste do Brasil, onde chegou a diretor artístico.

Em entrevistas, deu opiniões contundentes sobre os seguintes assuntos:

Homossexualismo: "Deveria ser segregado mesmo para todos saberem que, se tomarem tal atitude dúbia, estarão estragando a sociedade", quando o então prefeito de São Paulo Jânio Quadros, expulsou homossexuais da Escola Municipal de Balé.

Política: "O Brasil precisa de um homem que ame sua terra e arrume um cinturão de bons generais para limpar à força esse país".

Povo Brasileiro: "É um povo salafrário e corrupto, que quando chega ao poder quer usufruir mais ainda às expensas do governo".

Augustinho Záccaro faleceu aos 56 anos, no dia 02/02/2003, às 23:00 hs no Hospital do Rim e Hipertensão, São Paulo.

A causa da morte foi devido a complicações pós-operatórias. Ele estava internado em coma induzido depois da sétima cirurgia desde que transplantou um rim.

Sônia Ribeiro

NEYDE MOCARZEL
(56 anos)
Atriz, Apresentadora de TV e Radialista

* São Paulo, SP (20/03/1930)
+ São Paulo, SP (26/06/1987)

O nome da apresentadora Sônia Ribeiro era Neyde Mocarzel. Ela e a irmã, ainda meninas, foram trabalhar na Rádio Record, fazendo radioteatro. Sônia tinha voz bem grave para sua idade, e , às vezes, embora fosse criança, fazia papel de velha. Foi nesse emissora que ela conheceu Blota Júnior, que era um jovem inteligente, muito conceituado como profissional de rádio. Eles começaram a namorar e logo se casaram. Sônia estava com apenas 16 anos.

E aconteceu que as Redes CBS e NBC dos Estados Unidos os convidaram para fazer lá, um programa para os hispânicos e brasileiros. Eles aceitaram, mas a viagem foi complicada, pois Sônia, recém casada, engravidou e queria voltar ao Brasil. Ficaram nos Estados Unidos só alguns meses, pois tinham contrato a cumprir.

Voltaram e continuaram a carreira aqui no Brasil, sempre nas Emissoras Unidas. Já estavam então na TV Record e embora Sônia tivesse vocação para atriz, fez par com seu marido e isso lhe deu bastante conceito dentro da emissora e junto ao público.

Ainda assim fazia carreira solo e tinha um programa de rádio na Rádio Bandeirantes, que se chamava O Clube abre às 5. Depois ficou só com o marido e ambos apresentavam programas de muito sucesso, como Alianças Para o Sucesso.

Também eram os apresentadores oficiais do Troféu Roquette Pinto, do Show do dia 7 e do Esta Noite se Improvisa. Eram perfeitos e todos os admiravam muito. Apresentaram também os festivais de Música Popular Brasileira.

Sônia fez algumas participações em teleteatros. Fez as novelas Os Fidalgos da Casa Mourisca e Seu Único Pecado. Participou também, num pequeno papel, do seriado A Família Trapo.

Sônia Ribeiro tinha muito prestígio dentro da sociedade paulistana, tanto que ela foi empossada como presidente de honra da Sociedade Pestalozzi de São Paulo.

De seu casamento com Blota Júnior nasceram 3 filhos.

Sônia Ribeiro foi acometida de um Câncer Linfático e veio a falecer em 26 de junho de 1987.

Fonte: Museu da TV

Aérton Perlingeiro

AÉRTON PERLINGEIRO
(70 anos)
Apresentador de TV e Locutor de Rádio

* Macaé, RJ (28/12/1921)
+ Rio de Janeiro, RJ (31/10/1992)

Aérton Perlingeiro nasceu na cidade de Macaé, no estado do Rio de Janeiro, em 1921. Algumas de suas biografias citam a cidade de Miracema como de seu nascimento. Ele foi um apresentador de rádio e TV, e por décadas teve muito prestígio.

Começou sua carreira artística em 1943, na Rádio Transmissora, no Rio. Sempre como apresentador e locutor. Transferiu-se para a Rádio Tupi, Rádio Fluminense e para a Rádio Clube.

No ano de 1956, foi para a televisão. Em São Paulo, o colega Airton Rodrigues criou o programa Almoço Com As Estrelas. E o mesmo fez Aérton Perlingeiro no Rio de Janeiro. Ambos programas foram um sucesso e tinham o mesmo formato: Uma mesa grande, para um almoço rápido e vários cantores, atores e personalidades nacionais eram entrevistados.

No Rio, Aérton era o mestre de cerimônias, além de ser também o produtor. Naquele tempo era assim e por isso tanto ele, como Airton Rodrigues em São Paulo, tinham muito trabalho. Mas tinham também muita fama e estima por parte de toda a classe artística, que desejava muito aparecer nesses programas.

Tanto o programa de São Paulo como o do Rio, eram transmitidos na hora do almoço de sábado e ficavam no ar por várias horas. O programa do Rio chamava-se Aérton Perlingeiro Show e existiu de 1956 até 1980, quase 30 anos no ar, só terminando quando a emissora faliu.

O programa de Aérton teve 2204 edições. Tinha alguns quadros e o que era dedicado ao Samba e era apresentado por Jorge Perlingeiro, filho de Aérton.

Aérton foi um recordista da televisão brasileira. Personalidade muito querida pela classe artística, foi um grande incentivador dos cantores populares e do teatro brasileiro. No seu programa, marcavam presença gente importante como Fernanda Montenegro, Fábio Jr., Sidney Magal e o proprietário das Emissoras Associadas, Assis Chateaubriand.

Criou o troféu O Velho Capitão, busto de bronze representando a figura de Assis Chateaubriand. Esse troféu foi entregue para mais de 300 personalidades, dentre os quais as cantoras Maysa Monjardim, Elis Regina e Elizeth Cardoso e o próprio Chateaubriand, que foi pessoalmente receber o prêmio no programa, três meses antes de morrer.

Homem do rádio e da televisão, Aérton foi incansável na promoção da arte, principalmente música e teatro. E ele ficou no primeiro lugar no IBOPE, por 23 anos.

Sofria de forte Bronquite. Veio a a falecer em 1996, na cidade do Rio de Janeiro.

Fonte: Cifra Antiga
Data de Nascimento e Falecimento: Miguel Sampaio