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Gláucio Gil

GLÁUCIO GUIMARÃES GIL
(32 anos)
Ator, Dramaturgo e Apresentador de Televisão

☼ Rio de Janeiro, RJ (18/08/1932)
┼ Rio de Janeiro, RJ (13/08/1965)

Gláucio Guimarães Gil, mais conhecido como Gláucio Gil, foi um ator, dramaturgo e apresentador de televisão nascido no Rio de Janeiro, RJ, no dia 01/09/1932.

Gláucio Gil escreveu peças como "Toda Donzela Tem Um Pai Que é Uma Fera", "Procura-se Uma Rosa", que inspirou o filme italiano "Una Rosa Per Tutti", dirigido por Franco Rossi e estrelado por Claudia Cardinale. "Toda Donzela Tem um Pai que é Uma Fera" e o "O Bem Amado", foram dois dos maiores sucessos de Gláucio Gil no Teatro Santa Rosa.

No início da década de 1960, Gláucio Gil, Léo Jusi e Hélio Bloch abriram o Teatro Santa Rosa, assim batizado em homenagem ao artista plástico Tomás Santa Rosa.

Gláucio Gil era considerado pelos atores com quem trabalhou, como um empresário generoso. Ele era desconhecido até mesmo pela maioria dos funcionários do teatro que também leva o seu nome e cujas paredes não possuem sequer uma única foto sua.

Gláucio Gil e Agildo Ribeiro no programa "Show da Noite"
Além de ter sido um dos maiores comediógrafos do país, Gláucio Gil foi o precursor dos talk shows, ao se tornar apresentador do programa "Show da Noite", pela TV Globo e produzido por Domingos de Oliveira.

Léo Jusi, ex-sócio de Gláucio Gil no Teatro Santa Rosa, diretor de teatro e professor universitário aposentado da cadeira de Produção e Direção Teatral, conta que conheceu Gláucio Gil na turma de teatro, ainda nos tempos do Conservatório Nacional de Teatro, no final dos anos 40. A amizade entre os dois foi quase imediata.

Gláucio Gil tinha um humor arguto, uma capacidade de observação incomum.

Em abril de 1961, Léo Jusi, Hélio BlochGláucio Gil, adaptando um espaço antes destinado ao comércio, abriram o Teatro Santa Rosa, assim batizado em homenagem ao artista plástico Thomaz Santa Rosa, falecido em 29/11/1956 em Nova Délhi, Índia.

Joana Fomm e Gláucio Gil
O que pouca gente sabe é que Gláucio Gil e Ziraldo foram relações-públicas da revista "O Cruzeiro", uma publicação com tiragem semanal gigantesca para o seu tempo, mais de 700 mil exemplares. Gláucio Gil foi, também, muito ligado ao dramaturgo Nelson Rodrigues.

A atriz Íris Bruzzi lembra que atores e atrizes eram muito mimados por Gláucio Gil no Teatro Santa Rosa. Nas matinês, às quintas e domingos, tinham um farto buffet, antes e depois dos espetáculos. Rosas, bilhetinhos carinhosos, pagamentos extras eram constantes.

Apesar de dar seu nome a um teatro e a uma avenida no Rio de Janeiro, pouco se sabe sobre a vida de Gláucio Gil, que foi uma das personalidades mais populares da televisão brasileira, nos anos 60, e um dos importantes nomes do teatro carioca.

Gláucio Gil namorou com a atriz Joana Fomm de 1962 á 1963 e Vera Vianna de 1964 á 1965.

Morte

Gláucio Gil faleceu prematuramente na sexta-feira, 13/08/1965, aos 32 anos, no Rio de Janeiro, RJ, vítima de um infarto cardíaco fulminante, diante das câmeras de televisão, quando apresentava o programa "Show da Noite" na TV Globo, dez minutos depois da introdução, quando proferiu o texto:
"Hoje é sexta-feira, 13 de agosto. Dia aziago, mas até agora vai tudo caminhando bem, felizmente!"
Em artigo no Jornal do Brasil de 17/8/1965, Yan Michalski relatou:
"A fatídica sexta-feira, dia 13, proporcionou-nos uma experiência que nos deixará, por muito tempo, um gosto amargo na boca. Estávamos, por volta das 23 horas, assistindo ao Show da Noite, com Gláucio Gil entrevistando os seus convidados, como todas as noites, irradiando a sua simpatia tão pessoal, o seu estilo tão inimitável, e a sua enorme vitalidade, que tanto impressionava. No meio do programa, resolvemos mudar de canal, para assistir a um programa de noticiário. Poucos minutos depois, ainda dentro do noticiário, soubemos que, ao girar o botão do nosso receptor, havíamo-nos despedido para sempre de Gláucio Gil!"
A morte de Gláucio Gil causou comoção no Rio de Janeiro. Dona Carmem, sua mãe, não acompanhou o enterro e pediu para que os fotógrafos não fizessem "a triste foto da despedida".

Gláucio Gil  foi sepultado no domingo, dia 15/08/1965, no Cemitério São João Batista, com a presença de centenas de artistas e fãs. O cortejo teve mais de cem carros e, no momento do enterro, centenas de rosas foram jogadas em sua sepultura.

O "Show da Noite", sem o mesmo fôlego, continuou no ar por mais alguns meses, até 30/12/1965, apresentado por Paulo Roberto.

Fonte: Wikipedia e TV História
#FamososQuePartiram #GlaucioGil

Jô Soares

JOSÉ EUGÊNIO SOARES
(84 anos)
Humorista, Apresentador de Televisão, Escritor, Dramaturgo, Diretor Teatral, Ator e Músico

☼ Rio de Janeiro, RJ (16/01/1938)
┼ São Paulo, SP (05/08/2022)

José Eugênio Soares, mais conhecido como Jô Soares, foi um humorista, apresentador de televisão, escritor, dramaturgo, diretor teatral, ator e músico nascido no Rio de Janeiro, RJ, no dia 16/01/1938.

Jô Soares apresentou de 1988 a 1999 o "Jô Soares Onze e Meia" no SBT e de 2000 a 2016 o "Programa do Jô" na TV Globo.

Jô Soares foi o único filho do empresário paraibano Orlando Heitor Soares e da dona de casa Mercedes Pereira Leal. Pelo lado materno, foi bisneto do conselheiro Filipe José Pereira Leal, diplomata e político que, no Brasil Imperial, foi governador do Estado do Espírito Santo. Por parte de seu pai, foi sobrinho-bisneto de Francisco Camilo de Holanda, ex-governador da Paraíba.

Jô Soares queria ser diplomata quando criança. Estudou no Colégio de São Bento do Rio de Janeiro, no Colégio São José de Petrópolis, e em Lausana, na Suíça, no Lycée Jaccard, com este objetivo. Porém, percebeu que o senso de humor apurado e a criatividade inata apontavam para outra direção.

Jô Soares com o filho Rafael Soares

Entre 1959 e 1979, Jô Soares foi casado com a atriz Therezinha Millet Austregésilo, com quem teve um filho, Rafael Soares (1964-2014), que era autista.

Entre 1980 a 1983, foi casado com atriz Sílvia Bandeira, doze anos mais nova.

Em 1984 começou a namorar a atriz Claudia Raia, romance que durou dois anos.

Jô Soares já namorou a atriz Mika Lins e em 1987, casou-se com a designer gráfica Flávia Junqueira Pedras, de quem se separou em 1998.

Jô Soares admitiu sofrer de Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC) e em sua casa, os quadros precisam estar tombados levemente para a direita.

Jô Soares era sobrinho de Togo Renan Soares, conhecido como Kanela, ex-treinador da seleção brasileira de basquetebol.

No dia 01/10/2012, levou ao ar um programa especial que reprisou uma entrevista com Lolita Rodrigues e Nair Bello em homenagem à apresentadora Hebe Camargo, com quem declarou ter vivido intensas alegrias.

Rafael Soares comemora o aniversário em 11/05/2003 ao lado dos pais Jô e Theresa

Jô Soares
falava, com diferentes níveis de fluência, cinco idiomas: português, inglês, francês, italiano e espanhol, além de ter bons conhecimentos de alemão. Traduziu um álbum de histórias em quadrinhos de Barbarella, criação do francês Jean-Claude Forest.

Jô Soares era católico, sendo devoto de Santa Rita de Cássia.

No dia 25/07/2014, Jô Soares foi internado no Hospital Sírio-Libanês, para tratar de uma pneumonia, permanecendo no hospital por 22 dias.

No dia 31/10/2014, morreu seu único filho, Rafael Soares, no Hospital Samaritano, na Zona Sul do Rio de Janeiro. No dia 03/11/2014, Jô Soares dedicou o programa ao seu filho, em que fez um discurso contando um pouco da história dele.

No dia 04/08/2016, foi eleito para a Academia Paulista de Letras, assumindo a cadeira 33, que pertenceu ao escritor Francisco Marins.

Cronologia

Detentor de um talento versátil, além de atuar, dirigir, escrever roteiros, livros e peças de teatro, Jô Soares também foi um apreciador de jazz e chegou a apresentar um programa de rádio na extinta Jornal do Brasil AM, no Rio de Janeiro, além de uma experiência na também extinta Antena 1 Rio de Janeiro.

1956 - Estreou na televisão no elenco da "Praça da Alegria", na época na TV Record, onde ficou por 10 anos.

1965 - Protagonizou a única novela de sua carreira, a comédia "Ceará Contra 007", a trama de maior audiência naquele ano no Brasil. Também na TV Record.

1967 - Em "Família Trapo", roteirizou ao lado de Carlos Alberto de Nóbrega e atuou como Gordon, o mordomo atrapalhado e descompensado. Seu último trabalho na TV Record.

1971 - "Faça Humor, Não Faça Guerra" foi primeiro humorístico da TV Globo a contar a com a participação de Jô Soares. O programa em meio à Guerra Fria e ao conflito do Vietnã brincava com o slogan pacifista hippie "Make Love, Don't Make War" (Faça Amor, Não Faça Guerra).

Eliezer Motta e Jô Soares caracterizados como Carlos Suely e Capitão Gay

1973 - Em "Satiricom", novo programa humorístico da TV Globo, com direção de Augusto César Vanucci, realizou roteiros com Max Nunes e Haroldo Barbosa. A atração satirizava o título do filme homônimo de Federico Fellini, "Satyricon". Na promoção do programa, todavia, diziam que era a "sátira da comunicação" num mundo que tinha virado uma "aldeia global", expressão que esteve na moda depois dos primeiros anos da TV via satélite.

1976 - "Planeta dos Homens", nova sátira com o cinema. Desta vez, a série cinematográfica "O Planeta dos Macacos", atuava com roteiros de Haroldo Barbosa.

1981 - "Viva o Gordo", com direção de Walter Lacet e Francisco Milani, foi o primeiro programa solo de Jô Soares. Tinha roteiros de Armando Costa. Deu origem ao espetáculo do gênero "One Man Show" de chamado "Viva o Gordo, Abaixo o Regime" (sátira explícita ao Golpe Militar de 1964 ainda vigente àquela época). As aberturas do programa brincavam com efeitos especiais usando técnica de inserção de imagens de entre cenas famosas do cinema como em "Cliente Morto Não Paga" e "Zelig", ou "contracenando" com políticos nacionais e internacionais, como Orestes Quercia, Jânio Quadros, Ronald Reagan, dentre outros.

Jô Soares (Zezinho) e Magda Cotrofe em "Viva o Gordo"

1982 - Participação no "Chico Anysio Show".

1983 - Participação no musical infantil "Plunct, Plact, Zuuum" e comentários no "Jornal da Globo" até 1987.

1988 - "Veja o Gordo", estreou no SBT com o mesmo estilo do "Viva o Gordo" da TV Globo. Estreou nesse ano, ainda no SBT, o talk show "Jô Soares Onze e Meia" que foi ao ar de 1988 até 1999.

2000 - Trazido de volta para a TV Globo, onde apresentou o "Programa do Jô" até 2016, e fez participação no especial de Natal do programa "Sai de Baixo" - episódio "No Natal a Gente Vem Te Mudar" (sátira ao título da peça de Naum Alves de Souza, "No Natal a Gente Vem Te Buscar") como Papai Noel.

2018 - Participou como comentarista do programa "Debate Final", no Fox Sports, debatendo sobre a Copa do Mundo FIFA de 2018.

Morte

Jô Soares faleceu na sexta-feira, 05/08/2022, aos 84 anos, em São Paulo, SP. Ele estava internado no Hospital Sírio-Libanês desde o final de julho de 2022 e a causa da morte não foi divulgada.

A notícia foi divulgada pela ex-mulher, Flavia Pedras, em uma publicação de sua página pessoal do Instagram. A notícia também foi confirmada pela assessoria de imprensa de Jô Soares.

Jô Soares no programa Viva o Gordo
Carreira

Discografia
  • 1972 - Norminha (Som Livre)
  • 1980 - a B... e Outras Estórias (Álbum de Piadas, K-Tel)
  • 1992 - Quinteto Onze e Meia - O Álbum (CID Entertainment)
  • 2000 - Jô Soares e O Sexteto - Ao Vivo no Tom Brasil (Globo Columbia)

Televisão
  • 1956-1967 - Praça da Alegria ... Alemão
  • 1965 - Ceará Contra 007 ... Jaime Blonde
  • 1967-1971 - Família Trapo ... Gordon
  • 1971-1973 - Faça Humor, Não Faça Guerra ... Vários personagens
  • 1973 - Globo Gente ... Apresentador
  • 1973-1975 - Satiricom ... Vários personagens
  • 1976-1982 - Planeta dos Homens ... Vários Personagens
  • 1977-1978 - Praça da Alegria ... Alemão
  • 1981-1987 - Viva o Gordo ... Vários personagens
  • 1982 - Chico Anysio Show ... Coronel Pantoja (Episódio: "12 de outubro")
  • 1983 - Plunct, Plact, Zuuum ... Mestre Cuca / Rei (Especial de Fim de Ano)
  • 1983-1987 - Jornal da Globo ... Comentarista de cultura
  • 1988-1990 - Veja o Gordo ... Vários personagens
  • 1988-1999 - Jô Soares Onze e Meia ... Apresentador
  • 2000-2016 - Programa do Jô ... Apresentador
  • 2000 - Sai de Baixo ... Papai Noel (Episódio: "No Natal a Gente Vem Te Mudar")
  • 2002 - A Grande Família ... Ele mesmo (Episódio: "Grandes Famílias, Pequenos Negócios")
  • 2018 - Debate Final ... Comentarista

Cinema
  • 1954 - O Rei do Movimento ... Jornaleiro
  • 1956 - De Pernas Pro Ar ... Jorginho
  • 1958 - Pé na Tábua ... Felício
  • 1959 - Aí Vêm os Cadetes ... Nelson
  • 1959 - O Homem do Sputnik ... Espião Americano
  • 1960 - Vai Que é Mole ... Bolinha
  • 1960 - Tudo Legal ... Euclides
  • 1965 - Pluft, o Fantasminha ... Tio Gerúndio
  • 1968 - Hitler III Mundo ... Alex
  • 1968 - Papai Trapalhão ... Antônio
  • 1969 - Agnaldo, Perigo à Vista ... Abelardo
  • 1969 - A Mulher de Todos ... Drº Plirtz
  • 1971 - Nenê Bandalho ... Narrador
  • 1973 - Amante Muito Louca ... Diretor
  • 1976 - O Pai do Povo ... El Magnífico Contreras / Cardinal / Silvestrina
  • 1979 - Tangarela, a Tanga de Cristal ... Agnaldo
  • 1986 - Cidade Oculta ... Riperti
  • 1995 - Sábado ... Homem na casa das máquinas
  • 2001 - O Xangô de Baker Street ... Desembargador Coelho Bastos
  • 2002 - Joana e Marcelo, Amor (Quase) Perfeito ... Ele mesmo
  • 2003 - Person ... Ele mesmo
  • 2004 - A Dona da História ... Ele mesmo
  • 2010 - VIPs: Histórias Reais de um Mentiroso ... Ele mesmo
  • 2012 - As Aventuras de Agamenon, o Repórter ... Ele mesmo
  • 2013 - Giovanni Improtta ... Presidente do Clube

Televisão (Autor / Diretor)
  • 1965 - Ceará Contra 007 ... Colaborador
  • 1967-1971 - Família Trapo ... Autor principal
  • 1971-1973 - Faça Humor, Não Faça Guerra
  • 1976-1982 - Planeta dos Homens
  • 1981-1987 - Viva o Gordo
  • 1988-1990 - Veja o Gordo
  • 1988 - Jô Soares Onze e Meia ... Criador do projeto original
  • 2000 - Programa do Jô

Cinema (Autor / Diretor)
  • 1976 - O Pai do Povo ... Autor, Diretor e Produtor
  • 2001 - O Xangô de Baker Street ... Autor

Obras
  • 1972 - Os Dilemas do Fantasma e do Capitão América (Capítulo no livro "Shazam!", de Álvaro de Moya)
  • 1983 - O Astronauta Sem Regime
  • 1992 - Humor Nos Tempos do Collor
  • 1994 - A Copa Que Ninguém Viu e a Que Não Queremos Lembrar
  • 1995 - O Xangô de Baker Street
  • 1998 - O Homem Que Matou Getúlio Vargas
  • 2005 - Assassinatos na Academia Brasileira de Letras
  • 2011 - As Esganadas
  • 2017 - O Livro De Jô - Uma Autobiografia Desautorizada - Vol. 1
  • 2018 - O Livro De Jô - Uma Autobiografia Desautorizada - Vol. 2

Fonte: Wikipédia
#FamososQuePartiram #JoSoares

Arnaldo Jabor

ARNALDO JABOR
(81 anos)
Cineasta, Roteirista, Diretor de Cinema e Televisão, Produtor Cinematográfico, Dramaturgo, Crítico, Jornalista e Escritor

☼ Rio de Janeiro, RJ (12/12/1940)
┼ São Paulo, SP (15/02/2022)

Arnaldo Jabor foi um cineasta, roteirista, diretor de cinema e televisão, produtor cinematográfico, dramaturgo, crítico, jornalista e escritor nascido no Rio de Janeiro, RJ, no dia 12/12/1940.

Filho de Salomão Jabor Sobrinho, um oficial da Aeronáutica, e Diva Hess, uma dona de casa, Arnaldo Jabor nasceu numa família de classe média. Seu pai descendia por linha paterna de libaneses, mas sua ascendência era bastante diversa, com ancestrais portugueses e alemães.

Era ligado por parentesco de afinidade ao crítico literário Agrippino Grieco, cujo filho primogênito Donatello era casado com sua tia paterna, Diva Jabor.

Formado no ambiente do Cinema Novo, participou da segunda fase do movimento, que buscava analisar a realidade nacional, inspirando-se no neorrealismo italiano e na nouvelle vague francesa. Seu primeiro longa metragem foi o inovador documentário "Opinião Pública" (1967), uma espécie de mosaico sobre como o brasileiro olha sua própria realidade.

No início dos anos 70, com o recrudescimento da repressão política e da censura, os antigos autores cinemanovistas procuraram caminhos metafóricos, alegóricos, para driblar a ação do Governo e poder expor suas propostas e Arnaldo Jabor fez o mesmo com "Pindorama" (1970). Mas aqui o excesso de barroquismo e de radicalismo contra o cinema clássico comprometeram a qualidade da obra, como o próprio Arnaldo Jabor admitiria mais tarde.


Seu próximo filme o redime completamente e se converte num dos grandes sucessos de bilheteria do cinema brasileiro: "Toda Nudez Será Castigada" (1973), adaptado da peça homônima de Nelson Rodrigues, possui um enfoque mais humano, mas ainda assim não poupa implacáveis críticas à hipocrisia da moral burguesa e de seus costumes, na história do envolvimento da prostituta Geni (Darlene Glória, no papel que lhe valeu o Urso de Prata de Melhor Atriz no Festival de Berlim) com o viúvo Herculano (Paulo Porto).

O filme seguinte, dessa vez adaptado de um romance de Nelson Rodrigues, é ainda mais forte nas suas investidas contra as deformidades comportamentais e sexuais da sociedade: "O Casamento" (1975), último filme da atriz Adriana Prieto, também foi bem recebido por crítica e público e rendeu a atriz Camila Amado o Kikito de ouro de melhor atriz coadjuvante. Com "Tudo Bem" (1978), iniciou a chamada "Trilogia do Apartamento". Talvez seu filme mais célebre, investiga, num tom de forte sátira e ironia, as contradições da sociedade brasileira já vitimada pelo fracasso do milagre econômico, isso no espaço restrito de um apartamento de classe média. A obra ganhou o prêmio de Melhor Filme no Festival de Brasília e proporcionou a Paulo Gracindo e Fernanda Montenegro, entre outros atores, grandes desempenhos.

A película seguinte se dedicou mais a uma análise intimista e sexual: "Eu Te Amo" (1980), obra que consagrou Paulo César Pereio e Sônia Braga no cinema, concentrando-se nas crises amorosas e existenciais de um homem e uma mulher.

O próximo filme, "Eu Sei Que Vou Te Amar" (1986), com os jovens Fernanda Torres (ganhadora do prêmio de Melhor Atriz no Festival de Cannes na ocasião) e Thales Pan Chacon na pele de um casal em crise, guarda semelhanças de forma e conteúdo com "Eu Te Amo". Ambos os filmes se consagraram como grandes sucessos de bilheteria.


No início da década de 1990, com o fim do fomento estatal para a produção cinematográfica nacional no Governo de Fernando Collor, Arnaldo Jabor foi obrigado a procurar novos rumos e encontrou na imprensa o seu ganha-pão. Estreou como colunista de O Globo no final de 1995 e mais tarde foi para a TV Globo, atuando como colunista em vários telejornais da casa, como Jornal Nacional, Jornal da Globo, Bom Dia Brasil, Jornal Hoje, Fantástico e também na Rádio CBN, levando para televisão e rádio o estilo irônico com que comentava os fatos da atualidade brasileira.

Seus dois últimos livros "Amor é Prosa, Sexo é Poesia" (Editora Objetiva, 2004) e "Pornopolítica" (Editora Objetiva, 2006) se tornaram best-sellers instantâneos.

Abordando os mais variados temas como cinema, artes, sexualidade, política nacional e internacional, economia, amor, filosofia, preconceito, suas intervenções "apimentadas" na televisão e em suas colunas lhe renderam admiradores e muitos críticos.

Diversos textos que circulam pela internet são falsamente assinados por Arnaldo Jabor. No dia 03/11/2009, o próprio autor escreveu uma coluna negando essas autorias e fazendo uma crítica sobre o assunto, reclamando que a era digital não era para ele. E no jornal O Sul, escreveu na sua coluna "A Paranoia Está Batendo", em 05/10/2011, que iPhones e outros aparelhos modernos lhe deixam com sentimento de solidão, por escrever para uma pessoa e nem saber onde ela está.

Morte

Arnaldo Jabor faleceu na terça-feira, 15/02/2022, aos de 81 anos, em São Paulo, SP. Ele estava internado desde 16/12/2021 no Hospital Sírio-Libanês. Arnaldo Jabor sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC) e não se recuperou.

Filmografia

  • 1965 - O Circo (Curta-metragem)
  • 1967 - A Opinião Pública
  • 1970 - Pindorama
  • 1973 - Toda Nudez Será Castigada
  • 1975 - O Casamento
  • 1978 - Tudo Bem
  • 1980 - Eu Te Amo
  • 1986 - Eu Sei Que Vou Te Amar
  • 1990 - Carnaval (Curta-metragem)
  • 2010 - A Suprema Felicidade

Prêmios e Nomeações

  • Ganhou o Urso de Prata, no Festival de Berlim, por "Toda Nudez Será Castigada" (1973)
  • Ganhou o Kikito de Ouro de Melhor Filme, no Festival de Gramado, por "Toda Nudez Será Castigada" (1973)
  • Ganhou o Prêmio Especial do Júri, no Festival de Gramado, por "O Casamento" (1975)
  • Ganhou o Candango de Melhor Filme, no Festival de Brasília, por "Tudo Bem" (1978)

Livros

  • 1993 - Os Canibais Estão na Sala de Jantar (Editora Siciliano)
  • 1997 - Sanduíches de Realidade (Editora Objetiva)
  • 2001 - A Invasão das Salsichas Gigantes (Editora Objetiva)
  • 2004 - Amor é Prosa, Sexo é Poesia (Editora Objetiva)
  • 2006 - Pornopolítica (Editora Objetiva)
  • 2007 - Eu Sei Que Vou Te Amar (Editora Objetiva)
  • 2009 - Amigos Ouvintes (Editora Globo)
  • 2014 - O Malabarista - Os Melhores Textos de Arnaldo Jabor (Editora Objetiva)

Fonte: Wikipédia
#FamososQuePartiram #ArnaldoJabor

Francisco Carlos

FRANCISCO ANTÔNIO CARLOS
(63 anos)
Ator, Dramaturgo e Diretor

☼ Itacoatiara, AM (1957)
┼ Rio de Janeiro, RJ (18/12/2020)

Francisco Antônio Carlos foi um ator, dramaturgo e diretor nascido em Itacoatiara, AM no ano de 1957. Francisco tinha uma vasta obra na dramaturgia, com mais de quarenta peças escritas.

Único dramaturgo do Amazonas indicado ao Prêmio Shell, o mais importante do teatro brasileiro, Francisco Carlos também já havia dirigido diversos espetáculos, incluindo shows musicais, concertos de canto lírico, vídeo e óperas, além de experiências multimídias. Ministrou workshops de expressão cênica para cantores líricos do Coral Paulistano e Coral Lírico do Teatro Municipal de São Paulo e do Coral Sinfônico do Estado de São Paulo.

Estudou filosofia na Universidade do Amazonas e aplicava esses conhecimentos em processos de invenção para teatro poético-filosófico. Na composição de sua estética teatral, dialogava com outras áreas artísticas, tais como música, dança, cinema, vídeo, performance, história em quadrinhos, fotografia, moda, esportes, publicidade, cibérnetica e artes plásticas.


Francisco Carlos
dirigiu e encenou, em 2011, a tetralogia "Jaguar Cibernético", de sua autoria, no Serviço Social do Comércio (SESC) Pompeia, em São Paulo. Com a tetralogia "Jaguar Cibernético" e as "Peças dos Fenômenos Urbanos Extremos" foi considerado destaque do Fringe na 20ª edição do Festival de Curitiba.

Atualmente, Francisco Carlos trabalhava com os atores Begê Muniz e Elisa Telles no projeto "Cosmos Amazônicos", contemplado no Edital Prêmio Zé Renato, de São Paulo, previsto para ser lançado no primeiro semestre de 2021.

O ator também ministrava workshops de dramaturgia pelo Serviço Social do Comércio (SESC) do Amazonas em várias cidades do Brasil.

Em 2014, coordenou a Residência Teatral "Sonata Fantasma Bandeirante" na SP Escola de Teatro, em parceria com o Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP).

Morte

Francisco Carlos foi encontrado morto na manhã de sexta-feira, 18/12/2020, aos 63 anos, no Rio de Janeiro, RJ, na casa de Roberta Salgado, onde estava morando temporariamente. A suspeita é de um infarto fulminante.

Em nota, a Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa manifestou pesar pela morte do artista.

Fonte: Wikipédia
#FamososQuePartiram #FranciscoAntonioCarlos

Gugu Olimecha

EDSON JARBAS OLIMECHA
(71 anos)
Ator, Autor, Redator de Humor e Dramaturgo

☼ Brasil (20/07/1942)
┼ Rio de Janeiro, RJ (06/03/2014)

Edson Jarbas Olimecha, mais conhecido por Gugu Olimecha, foi um ator, autor, redator humorístico e dramaturgo nascido numa tradicional família de artistas circenses em 20/07/1942.

Começou muito cedo trabalhando no Circo Olimecha, que era de seu pai.

Com o o nome artístico de Gugu Olimecha, se destacou como autor teatral, escrevendo peças como "Comédia dos Sexos".

Em 1988 foi eleito um dos mais jovens conselheiros da Sociedade Brasileira de Autores Teatrais (SBAT), na cadeira 17, sucedendo o jornalista e dramaturgo Mário Magallhães.

Gugu Olimecha teve passagens pela TV Tupi, Bandeirantes e TV Globo. Mas foi na TV Globo que se tornou redator de importantes programas humorísticos. Seus textos ajudaram no sucesso de programas como "Sai de Baixo", "Zorra Total", "A Escolinha do Professor Raimundo""Chico Anysio Show" e "Os Trapalhões".

Gugu Olimecha  trabalhou como ator na novela "Chega Mais" (1980) e nos filmes "Como Matar Uma Sogra" (1978) e "Crônica à Beira do Rio" (1980). Escreveu os diálogos do filme "O Lado Certo da Vida Errada" (1996).

Morte

Gugu Olimecha faleceu na noite de quinta-feira, 06/03/2014, aos 71 anos, vítima de um câncer de pulmão, no Rio de Janeiro, RJ. Ele estava internado desde 18/02/2014 na Clínica São Vicente, na Gávea, Rio de Janeiro, RJ, por causa de uma pneumonia.

O corpo de Gugu Olimecha foi velado a partir das 13h00 de sábado, 08/03/2014, no cemitério do Caju, no Rio de Janeiro e depois seguiu para cremação.

Fonte: Museu da TV
#FamososQuePartiram #GuguOlimecha

Geraldo Vietri

GERALDO VIETRI
(68 anos)
Diretor, Autor, Novelista, Escritor, Roteirista, Produtor, Cineasta e Dramaturgo

☼ São Paulo, SP (27/08/1927)
┼ São Paulo, SP (01/08/1996)

Geraldo Vietri foi um diretor e dramaturgo nascido em São Paulo, SP, no dia 27/08/1927.

Personalidade controversa dentro da televisão, pioneiro, de temperamento difícil e politicamente conservador, Geraldo Vietri começou sua carreira na TV Tupi, em 1958, quando um de seus textos, "Este Mundo é dos Loucos", foi aprovado e produzido pela emissora paulista. Depois disso, Geraldo Vietri viria a ser contratado para trabalhar no "TV de Comédia", como autor e diretor. Em "TV de Comédia", ganhou notoriedade e respeito.

Quando a emissora resolveu produzir telenovela, o nome de Geraldo Vietri foi logo lembrado. Na primeira produção diária, "Alma Cigana" (1964), atuou como diretor. Dois anos depois escreveu A Inimiga" (1966), adaptando um original argentino. Consagrado como autor/diretor, mostraria uma inquietação para reformular o gênero com "Os Rebeldes" (1967).

Geraldo Vietri alcançou sucesso e projeção nacional com as telenovelas "Antônio Maria" (1968) e "Nino, o Italianinho" (1969), duas marcas registradas de sua trajetória pelo mundo das telenovelas. Além destas duas, também escreveu "Meu Rico Português" (1975), última novela a derrotar a TV Globo no horário das 19h, feito imbatível durante muito tempo.

Outro grande sucesso foi "Vitória Bonelli" (1972), intensa história de decadência econômica e superação ambientada na colônia italiana de São Paulo que contou com um memorável desempenho de Berta Zemel no papel-título.


Com a falência da TV Tupi, Geraldo Vietri se revezou entre algumas emissoras, dentre elas a TV Globo, TV Bandeirantes, TV Cultura, Rede Manchete e CNT.

Geraldo Vietri lançou e formou vários nomes importantes da história de nossa televisão, como Juca de Oliveira, Aracy Balabanian, Tony Ramos, Denis Carvalho e Paulo Figueiredo. Extremamente centralizador, Geraldo Vietri produzia, escrevia e dirigia suas novelas. Essa característica dificultou seu trabalho na esquemática TV Globo, em 1980, quando começou a adaptar o romance "Olhai Os Lírios do Campo", de Érico Veríssimo, para o horário das 18h00. Geraldo Vietri desentendeu-se com o diretor Herval Rossano e não concluiu a novela.

Geraldo Vietri também produziu para o cinema, usando em seus elencos os mesmos amigos que atuavam em suas novelas na TV Tupi. Como exemplo, "Senhora" (1976), com Elaine Cristina e Paulo Figueiredo, e "Tiradentes, o Mártir da Independência" (1976), com Adriano Reys. Contudo, não obteve no meio a mesma qualidade e a mesma repercussão de suas incursões na televisão, estabelecendo-se, meramente, como um artesão de produções comerciais.

No cinema, Geraldo Vietri mencionou pela única vez sua própria homossexualidade. No filme "Os Imorais" (1979), mostrou de forma positiva o amor entre dois rapazes.

Geraldo Vietri foi proprietário de restaurantes, um com o ator Flamínio Fávero chamado La Sorella Pizza Bar, inaugurado em 1972, e outro chamado Il Fratello, inaugurado também nos anos 70.

Geraldo Vietri sofria de enfisema pulmonar.

Morte

Geraldo Vietri faleceu na quinta-feira, 01/08/1996, aos 68 anos, vítima de broncopneumonia.

Carreira

CNT
  • 1996 - Antônio dos Milagres ... Autor
  • 1996 - Irmã Catarina ... Co-autor
  • 1995 - A Verdadeira História de Papai Noel ... Autor

Manchete
  • 1991 - O Fantasma da Ópera ... Supervisor de Texto
  • 1991 - Floradas na Serra ... Autor (Remake)
  • 1991 - Na Rede de Intrigas ... Autor
  • 1985 - Antônio Maria ... Autor e Diretor
  • 1984 - Santa Marta Fabril S.A. ... Autor e Diretor

TV Bandeirantes
  • 1983/1984 - Casa de Irene ... Autor e Diretor
  • 1982 - Renúncia ... Autor e Diretor
  • 1981/1982 - Dona Santa ... Autor e Diretor

TV Cultura
  • 1981 - Floradas na Serra ... Autor
  • 1981 - O Homem Que Sabia Javanês ... (Adaptação para o Teleconto)

TV Globo
  • 1980 - Olhai os Lírios do Campo ... Autor
  • 1986 - A Única Chance (Teletema) ... Autor
  • 1990 - Iaiá Garcia (Teletema) ... Autor

TV Tupi
  • 1978 - João Brasileiro, o Bom Baiano ... Diretor e Supervisor
  • 1976 - Os Apóstolos de Judas ... Autor e Diretor
  • 1975 - Meu Rico Português ... Autor e Diretor
  • 1972 - Vitória Bonelli ... Autor e Diretor
  • 1971 - A Fábrica ... Autor e Diretor
  • 1971 - A Selvagem ... Autor e Diretor
  • 1969 - Nino, o Italianinho ... Autor e Diretor
  • 1968 - Antônio Maria ... Autor e Diretor
  • 1967 - Os Rebeldes ... Autor e Diretor
  • 1967 - Paixão Proibida ... Diretor
  • 1967 - A Ponte de Waterloo ... Autor e Diretor (Remake)
  • 1967 - A Intrusa ... Autor e Diretor
  • 1967 - Angústia de Amar ... Diretor
  • 1966 - Ciúme ... Diretor
  • 1966 - A Ré Misteriosa ... Autor e Diretor
  • 1966 - A Inimiga ... Autor e Diretor
  • 1965 - Um Rosto Perdido ... Diretor
  • 1965 - A Outra ... Diretor
  • 1965 - O Cara Suja ... Diretor
  • 1965 - Teresa ... Diretor
  • 1964 - O Sorriso de Helena ... Diretor
  • 1964 - Quando o Amor é Mais Forte ... Diretor
  • 1964 - Se o Mar Contasse ... Diretor
  • 1964 - A Gata ... Diretor
  • 1964 - Alma Cigana ... Diretor
  • 1963 - Klauss, o Loiro ... Autor e Diretor
  • 1963 - Moulin Rouge, a Vida de Tolouse Lautrec ... Autor e Diretor
  • 1963 - Terror nas Trevas ... Autor e Diretor
  • 1963 - A Sublime Aventura ... Autor e Diretor
  • 1963 - As Chaves do Reino ... Autor e Diretor
  • 1962 - Prelúdio, a Vida de Chopin ... Autor e Diretor
  • 1962 - A Única Verdade ... Autor e Diretor (Remake)
  • 1962 - A Estranha Clementine ... Autor e Diretor
  • 1962 - A Noite Eterna ... Autor e Diretor
  • 1959 - Adolescência ... Autor e Diretor
  • 1959 - A Ponte de Waterloo ... Autor
  • 1958 - A Única Verdade ... Autor
Argentina

  • 1971 - Nino, Las Cosas Simples de La Vida (Adaptação de "Nino, o Italianinho")
  • 1984 - Lúcia Bonelli (Adaptação de "Vitória Bonelli")
  • 1987 - El Duende Azul (Foi exibida em 1989 pela Band com o título de "Desencontros")
Peru

  • 1972 - La Fábrica (Adaptação de "A Fábrica")
  • 1996 - Nino (Adaptação de "Nino, o Italianinho")

Lafayette Galvão

LAFAYETTE URBANO GALVÃO
(87 anos)
Ator, Escritor, Autor, Dramaturgo, Roteirista e Dublador

☼ Pouso Alegre, MG (12/07/1931)
┼ Rio de Janeiro, RJ (07/06/2019)

Lafayette Urbano Galvão foi um ator, escritor e roteirista, nascido em Pouso Alegre, MG, no dia 12/07/1931.

Muito jovem, teve que deixar sua terra em busca da realização de seus sonhos. No teatro realizou vários trabalhos importantes como "Gota D’água", atuando como Creonte e "Mandrágora" de Maquiavel como Messer Nicia.

Lafayette Galvão iniciou sua carreira nas novelas em 1965, atuando em "Rosinha do Sobrado" (1965) e fez obras como "Sinhazinha Flô" (1977), "Coração Alado" (1980), "Dona Beija" (1986), "A História de Ana Raio e Zé Trovão" (1990), "A Viagem" (1994), "Perdidos de Amor" (1997), "América" (2005) e "Poder Paralelo" (2009).

Sua última atuação na televisão foi em 2009, em "Malhação ID".

Lafayette Galvão teve vários textos montados como "Aleijadinho. Aqui. Agora" "Um, Dois, Três de Oliveira Quatro".

Em paralelo ao teatro, escreveu várias novelas como "Sinhazinha Flô", "Sabor de Mel", "O Campeão", também programas que tiveram grande repercussão nacional como "Brasil Especial", "Saudade Não Tem Idade" e a pesquisa do programa "Som Brasil", com Rolando Boldrin.

No cinema, estreou ao lado de Annick Malvil em "Essa Gatinha é Minha" (1966) e atuou nos filmes "Adorável Trapalhão" (1967), "Luz, Cama, Ação!" (1976), "O Grande Desbum" (1978) e "O Namorador" (1980).

Aposentado há alguns anos, Lafayette Galvão vivia no Retiro dos Artistas desde 2017. Era casado com a atriz Dilze Pragana (1965-2019).

Morte

Lafayette Galvão faleceu na sexta-feira, 07/06/2019, aos 87 anos, no Rio de Janeiro, RJ, vítima de sepse pulmonar. Ele estava internado desde 20/05/2019 no Hospital Miguel Couto, Zona Sul do Rio de Janeiro.

Lafayette Galvão entre os atores Cristiana Peres e Marco Antonio Gimenez em "Malhação", seu último trabalho na TV
Carreira

Televisão
  • 2009 - Malhação ID ... Emílio
  • 2009 - Poder Paralelo ... Drº Figueiroa
  • 2008 - Faça Sua História ... Abílio
  • 2008 - Guerra e Paz ... Juiz
  • 2008 - Faça Sua História ... Ernesto
  • 2006 - Paixões Proibidas ... Frei Adriano
  • 2005 - América ... Padre Serafim
  • 2003 - A Casa das Sete Mulheres ... Padre
  • 1999 - Terra Nostra ... Cesquim
  • 1999 - Suave Veneno ... Tide
  • 1999 - Chiquinha Gonzaga ... Conde D'Eu
  • 1998 - Corpo Dourado ... Epaminondas
  • 1997 - Mandacaru ... Coronel
  • 1996 - Perdidos de Amor ... Isidoro
  • 1996 - Quem é Você? ... Hamílton
  • 1996 - A Vida Como Ela é...
  • 1995 - A Próxima Vítima ... Drº Osnir
  • 1994 - A Viagem ... André
  • 1991 - O Fantasma da Ópera
  • 1991 - O Portador ... Janjão
  • 1990 - A História de Ana Raio e Zé Trovão ... Nicolau
  • 1990 - La Mamma ... Presidente
  • 1988 - O Primo Basílio ... Alves Coutinho
  • 1986 - Tudo ou Nada ... Perácio
  • 1986 - Dona Beija ... Costa Pinto
  • 1980 - Coração Alado ... Delegado
  • 1978 - Maria, Maria ... Renzebach
  • 1977 - Sinhazinha Flô ... Januário
  • 1965 - Rua da Matriz ... Mecânico
  • 1965 - Rosinha do Sobrado ... Bento

Cinema
  • 1980 - O Namorador
  • 1978 - O Grande Desbum ... Abel
  • 1976 - Luz, Cama, Ação! ... Alberto
  • 1967 - Adorável Trapalhão
  • 1966 - Essa Gatinha é Minha

Domingos de Oliveira

DOMINGOS JOSÉ SOARES DE OLIVEIRA
(82 anos)
Ator, Diretor, Cineasta, Poeta e Dramaturgo de Cinema e Teatro

☼ Rio de Janeiro, RJ (28/09/1936)
┼ Rio de Janeiro, RJ (23/03/2019)

Domingos José Soares de Oliveira foi um ator, diretor, dramaturgo de cinema e teatro, poeta e cineasta nascido no Rio de Janeiro, RJ, no dia 28/09/1936.

Domingos de Oliveira iniciou no teatro e projeta-se no cinema e na televisão. A partir da década de 1980, não abandonou mais o palco, atuando como autor e diretor em pelo menos um espetáculo anual.

Licenciado em Engenharia pelo ENE, nunca trabalhou nessa área já que depois de se ter envolvido no teatro amador, começou a escrever e a realizar para cinema. Fez duas assistências de direção para Joaquim Pedro de Andrade, "Manuel Bandeira, O Poeta do Castelo" e "Couro de Gato".

Estreou como autor com "Somos Todos do Jardim da Infância", em 1963.

Em 1964, dirigiu outro texto seu, "A Estória de Muitos Amores". Chamou a atenção no cinema com os filmes "Todas As Mulheres do Mundo" (1966), que lançou Leila Diniz, e "Edu, Coração de Ouro" (1968), sendo já autor de mais de 20 peças teatrais e tendo dirigido vários filmes.

Nos primeiros anos da década de 1980, Domingos Oliveira se tornou um dos mais atuantes diretores do teatro carioca, voltando assim à atividade na qual dera seus primeiros passos na década de 1960.


Dirigiu grandes atores como Henriette Morineau em "Ensina-me a Viver" (1981), de Colin Higgins, Jorge Dória em "Amor Vagabundo" (1981), de Felipe Wagner, Tônia Carrero em "A Volta Por Cima" (1982), de Domingos de Oliveira e Lenita Plonczynski, Marília Pêra em "Adorável Júlia" (1983), de Somerset Maugham e Marc-Gilbert Sauvajon.

Em 1980, recebeu o Prêmio Mambembe de melhor autor com "Assunto de Família". Com direção de Paulo José, a montagem teve no elenco Fernanda Montenegro e Fernando Torres. O texto procurava fazer uma radiografia da alma pequeno-burguesa no cotidiano de uma família tradicional no início dos anos 1950, exemplar da mentalidade de uma classe social que decidiu em vários momentos os rumos da história brasileira. O crítico Yan Michalski analisou a peça, sequenciando pequenos e banais acontecimentos familiares:
"Essa pequenez dos episódios causa certa sensação de saturação [...]. Ao mesmo tempo, porém, é na manipulação dessa pequenez que reside uma das qualidades da obra. Com muita sensibilidade, Domingos transforma cada um desses inócuos incidentes do passado num autêntico mini-drama, que machuca surdamente os seus protagonistas. Mas, simultaneamente, cada draminha comporta a semente de uma mini-comédia. Com um espírito bem tchekhoviano, o autor mistura extrema simpatia pelas suas personagens com uma exposição bem-humorada dos seus ridículos."
Em 1983, Domingos de Oliveira escreveu o policial "No Brilho da Gota de Sangue", com o qual ganhou os prêmios de direção e cenografia, com Juarez Puig), com desempenhos elogiados dos atores, entre eles Carlos Vereza, Francisco Milani e Clemente Viscaíno.


Segundo o crítico Macksen Luiz, o maior mérito da encenação é o cuidado com o acabamento:
"Há cuidados que chegam a ser comoventes, como um personagem manuseando um exemplar de 'O Correio da Manhã' ou o luto usado na lapela do delegado pela morte da esposa [...]. E esses cuidados se transferem para o trabalho dos atores [...]"
Domingos de Oliveira recebeu o Prêmio Molière de direção pelo conjunto de trabalhos - "Conversas Íntimas", "Escola de Mulheres" e "Irresistível Aventura" - realizados em 1984.

Em "Irresistível Aventura"Domingos de Oliveira reuniu quatro peças curtas - de Federico García Lorca, Artur Azevedo, Tennessee Williams e Anton Tchekhov - e, tendo Dina Sfat e José Mayer como atores centrais, conseguiu, na opinião do crítico Macksen Luiz, "manter aguçados os sentimentos e a inteligência para criar o verdadeiro jogo teatral".

Em 1985, Domingos de Oliveira dirigiu o texto de um autor estreante, "A Fonte da Eterna Juventude", de Tiago Santiago, e "Do Amor", nova coletânea de textos.


Em 1992, lançou "Confissões de Adolescente", espetáculo que foi sucesso de bilheteria e propôs um formato que o inspirava a escrever e dirigir, no ano seguinte, "Confissões das Mulheres de 30".

Na segunda metade da década de 1990, assumiu a direção do Teatro Planetário, onde realizou seus espetáculos até 2000. Ali escreveu, dirigiu, interpretou e organizou eventos. É dessa fase a sequência de cabarés filosóficos, em que misturava música, humor e crítica em espetáculos de diálogo direto com o público.

Domingos de Oliveira teve, durante anos, programas no Canal Brasil, que denominou de jornalismo autoral: "Todas as Mulheres do Mundo", "Todos os Homens do Mundo", "Swing", sempre em parceria com sua companheira, Priscilla Rozenbaum.

Domingos de Oliveira é pai da atriz e escritora Maria Mariana, a caçula da família. Foi casado também com Nazaré Ohana, mãe da atriz Claudia Ohana.

Morte

Domingos de Oliveira faleceu no sábado, 23/03/2019, aos 82 anos, no Rio de Janeiro, RJ. Ele estava em sua casa, no bairro do Leblon. Segundo familiares, ele sentiu falta de ar. Uma ambulância foi acionada, mas não chegou a tempo. Ele passou mal por volta das 14h00 e não resistiu.

Domingos de Oliveira foi diagnosticado com Mal de Parkinson há anos. O velório e o sepultamento ocorreram no próprio sábado, 23/03/2019, no Planetário da Gávea, no Rio de Janeiro, RJ.

Carreira Cinema

Como Diretor

  • 2017 - Os 8 Magníficos
  • 2016 - Barata Ribeiro, 716
  • 2014 - Infância
  • 2012 - Paixão e Acaso
  • 2012 - Primeiro Dia De Um Ano Qualquer
  • 2008 - Todo Mundo Tem Problemas Sexuais
  • 2008 - Juventude
  • 2006 - Carreiras
  • 2005 - Feminices
  • 2002 - Separações
  • 1997 - Amores
  • 1978 - Vida, Vida
  • 1977 - Teu Tua
  • 1973 - Deliciosas Traições do Amor
  • 1971 - A Culpa
  • 1970 - É Simonal
  • 1969 - As Duas Faces da Moeda
  • 1967 - Edu, Coração de Ouro
  • 1966 - Todas as Mulheres do Mundo

Como Roteirista

  • 2016 - Barata Ribeiro, 716
  • 2014 - Infância
  • 2012 - Primeiro Dia De Um Ano Qualquer
  • 2008 - Era Uma Vez...
  • 2008 - Todo Mundo Tem Problemas Sexuais
  • 2008 - Juventude
  • 2005 - Dois Filhos de Francisco
  • 2006 - Carreiras
  • 2005 - Feminices
  • 2002 - Separações
  • 1997 - Amores
  • 1975 - As Deliciosas Traições do Amor (Segmentos "Os Divinos Sons da Música do Prazer" e "O Olhar")
  • 1971 - A Culpa
  • 1970 - É Simonal
  • 1969 - As Duas Faces da Moeda
  • 1967 - Edu, Coração de Ouro
  • 1966 - Todas as Mulheres do Mundo
  • 1962 - Cinco Vezes Favela (Segmento "Couro de Gato")

Como Ator

  • 2008 - Juventude
  • 2006 - Carreiras
  • 2005 - Feminices
  • 2002 - Separações
  • 2004 - Redentor
  • 1997 - Amores
  • 1975 - Os Maniacos Eróticos
  • 1973 - Deliciosas Traições do Amor
  • 1972 - Sambizanga

Carreira Televisão

Como Diretor

  • 1994-1996 - Confissões de Adolescente (TV Cultura)

Como Roteirista

  • 2011 - Os Anjos do Sexo (Bandeirantes)
  • 2007 - Confissões de Mulheres de 30 (TVI)
  • 1994 - 74.5 Uma Onda no Ar (Manchete)
  • 1993 - Contos de Verão (TV Globo)
  • 1981 - Amizade Colorida (Episódio: 'Das Dificuldades de Ser Homem', TV Globo)
  • 1979 - Vestido de Noiva (TV Globo)
  • 1978 - Ciranda, Cirandinha (TV Globo)
  • 1977 - A Ordem Natural das Coisas (TV Globo)
  • 1973 - O Duelo (TV Globo)
  • 1972 - Somos Todos do Jardim de Infância (TV Globo)
  • 1972 - O Médico e o Monstro (TV Globo)
  • 1965 - 22-2000 Cidade Aberta (TV Globo)

Como Ator

  • 2006 - JK ... Jayme Ovalle
  • 1992 - As Noivas de Copacabana ... Indalécio Piolho
  • 1987 - Helena

Fonte: Wikipédia e Enciclopedia Itaú Cultural e Veja Abril
Indicação: Miguel Sampaio e Neyde Almeida
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