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Joel Camargo

JOEL CAMARGO
(67 anos)
Jogador de Futebol

* Santos, SP (18/09/1946)
+ Santos, SP (23/05/2014)

Joel Camargo foi um jogador de futebol brasileiro, nascido na cidade de Santos, SP, em 18/09/1946. Começou sua carreira nas categorias de base da Portuguesa Santista.

Naquele início dos anos sessenta, o excelente quarto-zagueiro Joel era comparado ao fenômeno Djalma Dias. Dono de um futebol vistoso jogava com os braços abertos e a cabeça erguida, ganhando o curioso apelido de "Açucareiro".

Contratado pelo Santos em agosto de 1963, Joel rapidamente firmou-se na posição fazendo sua estréia na equipe no dia 01/09/1963, diante da Ferroviária de Araraquara, quando tinha exatos 16 anos e 11 meses de idade, tornando-se um dos jogadores mais jovens a vestir a camisa santista.

Joel chegou a tempo de integrar o elenco que conquistou o segundo título mundial nas partidas contra o forte time italiano do Milan.

A coletânea de títulos foi ampliada com o campeonato paulista de 1964. Em seguida vieram as conquistas da Taça Brasil e do Torneio Rio-São Paulo.

E os títulos não pararam: em 1965 venceu o Campeonato Paulista e a Taça Brasil. Em 1966 o Torneio Rio-São Paulo, em 1967 e 1968 venceu novamente o Campeonato Paulista e ainda em 1968 o Torneio Roberto Gomes Pedrosa, a Recopa Sul-Americana e Recopa Mundial.

Em 1969, com a conquista do tri-campeonato paulista, o técnico João Saldanha não tinha mais dúvidas a respeito do seu titular para a quarta zaga na disputa das eliminatórias para a Copa do México. Para João Saldanha, Joel era o melhor quarto zagueiro do mundo.


Enquanto isso, no Santos, houve um momento estranho na carreira de Joel Camargo.

Titular absoluto das feras de João Saldanha na Seleção Brasileira, Antoninho Fernandes, então o treinador do time do Santos, teimava em deixá-lo na reserva no time da Vila Belmiro, preferindo escalar Ramos Delgado e Djalma Dias, também excepcionais.

João Saldanha, que não tinha papas na língua, reprovava a postura do técnico Antoninho. A rigor, ele também viveu situação insólita ao assumir a Seleção Brasileira. Sua experiência no ramo se resumia a efêmera passagem no comando do time do Botafogo na década de 50.

Ele foi um jornalista respeitadíssimo pelo profundo conhecimento sobre futebol. Quer no rádio, quer no jornal, usou linguagem direta e criou frases imortalizadas no mundo da bola:

"Se macumba ganhasse jogo, o Campeonato Baiano terminaria empatado". Outra pérola foi: "Se concentração ganhasse jogo, o time da penitenciária seria campeão".

Com a saída de João Saldanha da Seleção Brasileira, o espaço de Joel foi encurtado. Permaneceu no grupo de jogadores, porém relegado pelo técnico substituto, Mário Jorge Lobo Zagallo, que preferiu improvisar o volante Wilson Piazza na posição.

Fontana, o outro quarto-zagueiro, ainda atuou naquele Mundial e Joel não passou de um turista na conquista do tri-campeonato.


Depois da copa, Joel sofreu um violento acidente de automóvel. O barulho da violenta batida do Opala vermelho no poste da Avenida Ana Costa em Santos, abalou definitivamente sua carreira. No acidente Joel saiu muito machucado, vindo a falecer uma moça que o acompanhava a bordo de seu carro.

Acusado de dirigir embriagado na ocasião do acidente, o Santos suspendeu seu contrato. Com o longo período de recuperação, sua volta aos gramados revelou um craque com cicatrizes no peito e a perna direita mais fina.

A última partida que fez pelo Santos foi no dia 21/11/1970, no empate sem gols diante do América Carioca, no Parque Antártica, em partida válida pela Taça de Prata.

Joel Camargo permaneceu no Santos até o início da temporada de 1971, completando mais de 300 partidas na Vila Belmiro. Em seguida, teve passagens discretas pelo Paris Saint-Germain da França, Clube de Regatas Brasil, AL, Saad Esporte Clube de São Caetano do Sul e no Londrina, PR.

Pendurou precocemente as chuteiras aos 26 anos, no mesmo ano e com a mesma idade que o consagrado companheiro de seleção Tostão.

Após se aposentar e trabalhar no porto de Santos, Joel deu aulas de futebol em uma escolinha de futebol em Santos, e foi também professor de escolinhas da prefeitura de São Paulo.

Depois de sumir do mundo do futebol, Joel nunca mais procurou seus antigos companheiros na Vila Belmiro. Em situação financeira difícil, fechou as duas casas lotéricas e tratou de vender sua medalha conquistada na campanha do tri-campeonato do México em 1970.

Enfim, o futebol profissional era página do passado. Aposentando, trabalhou no porto, deu aulas de futebol em uma escolinha no bairro da Encruzilhada, em Santos, e foi também professor de escolinhas da prefeitura de São Paulo, uma iniciativa abortada parcialmente pelos prefeitos Celso Pitta e Marta Suplicy.


Morte

Joel Camargo morreu vítima de insuficiência renal na sexta-feira, 23/05/2014, aos 67 anos, na Santa Casa de Misericórdia, em Santos.

Em nota divulgada no site oficial do clube, o Peixe prestou uma homenagem ao ex-zagueiro, e o presidente Odílio Rodrigues lamentou a morte do ídolo santista.

"Perdemos um grande ídolo do nosso clube e do Brasil. Joel Camargo esteve no elenco que ganhou o Mundial de 63 e foi campeão da Copa de 70. Um grande zagueiro, que sempre honrou as cores da camisa do Santos. Desejamos força à família e amigos nesse momento tão difícil. Que eles recebam nossos sentimentos."


Homenagem do Santos

Joel Camargo foi homenageado pelo Santos, no dia 11/11/2006, antes da partida do Campeonato Brasileiro entre Santos e Paraná, por ser mais um jogador do clube que conquistou a Copa do Mundo.

Carreira
  • 1963 - Portuguesa Santista
  • 1963-1971 - Santos Futebol Clube
  • 1971-1972 - Paris Saint-Germain (França)
  • 1973 - Clube de Regatas Brasil (Alagoas)
  • 1973 - Saad Esporte Clube (São Caetano do Sul)

Ele atuou somente dois jogos pelo Paris Saint-Germain antes de deixar o clube.


Títulos

  • 1970 - Copa do Mundo pela Seleção Brasileira
  • 1969 - Campeonato Paulista pelo Santos
  • 1968 - Campeonato Paulista pelo Santos
  • 1968 - Torneio Roberto Gomes Pedrosa pelo Santos
  • 1968 - Recopa Sul Americana pelo Santos
  • 1968 - Recopa Mundial pelo Santos
  • 1967 - Campeonato Paulista pelo Santos
  • 1965 - Campeonato Paulista pelo Santos
  • 1965 - Taça Brasil pelo Santos
  • 1964 - Campeonato Paulista pelo Santos
  • 1964 - Taça Brasil pelo Santos

Indicação: Miguel Sampaio

Bellini

HIDERALDO LUÍS BELLINI
(83 anos)
Jogador de Futebol

* Itapira, SP (07/06/1930)
+ São Paulo, SP (20/03/2014)

Hilderaldo Luís Bellini foi um futebolista brasileiro, capitão da Seleção Brasileira de Futebol na conquista do primeiro título mundial, em 1958.

Bellini nasceu no dia 07/06/1930 em Itapira, SP. Décimo primeiro dos doze filhos do imigrante italiano Hermínio Bellini, um homem de músculos e temperamento forte que criou a família trabalhando como carroceiro.

Ainda adolescente, Bellini iniciou como zagueiro na Sociedade Esportiva Itapirense no ano de 1946. Pouco depois, em 1949, foi descoberto pelo olheiro Mauro Xavier da Silva, que o levou para envergar a camisa da Esportiva Sanjoanense, que contava em seus quadros com um tal de Mauro Ramos de Oliveira e representava a cidade de São João da Boa Vista na disputa do campeonato paulista da segunda divisão. Permaneceu na Esportiva Sanjoanense até 1951.

Um ano depois, acertou transferência para o Vasco da Gama, onde chegou em 1952, numa época de renovação do time, após o desmanche do famoso Expresso da VitóriaExpresso da Vitória é como ficou conhecido o que é considerado pela maioria o maior esquadrão de futebol da história do Club de Regatas Vasco da Gama e um dos maiores da história do Brasil, que jogou entre 1942 e 1952. A denominação teria surgido num programa musical da Rádio Nacional, onde um cantor, ao se apresentar, disse que dedicaria a música ao Vasco, chamado por ele de "Expresso da Vitória", por atropelar seus adversários em campo.

Bellini recebe a taça Jules Rimet, em 1958 (Foto: Agência Estado)
No Vasco da Gama, Bellini ficou por 11 anos e conquistou três títulos estaduais em 1952, 1956 e 1958, , Torneio Rio-São Paulo de 1958, Torneio de Paris de 1957, Torneio Octogonal Rivadavia Corrêa Meyer de 1953, dentre outros. A passagem do ex-jogador pelo Vasco foi tão marcante que até hoje muitos torcedores e especialistas colocam seu nome entre os maiores jogadores de todos os tempos do clube. Após mais de uma década no Rio de Janeiro, ele se transferiu para o São Paulo.

Bellini, no entanto, não pegou uma época das mais gloriosas no São Paulo. Com o estádio do Morumbi em fase de construção, não havia muito investimento no futebol. Resultado: o campeão do mundo não conquistou nenhum título pelo clube. Seu destino, então, foi o futebol paranaense. Pelo Atlético Paranaense, ele encerrou a carreira em 1969, também sem conquistas.

Consagrou-se como capitão da Seleção Brasileira nas Copas do Mundo de 1958 e 1962. Sua foto levantando a Taça Jules Rimet com as duas mãos sobre a cabeça é uma das marcas do futebol brasileiro, e passou a ser repetida por todo capitão ao levantar a taça.

Bellini era um zagueiro vigoroso, raçudo, que se impunha dentro da área. Compensava a limitada técnica com muita seriedade e lealdade aos adversários, o que lhe deu o posto de capitão da Seleção Brasileira em 1958.

Bellini era casado desde 1963 com Giselda, mãe de seus dois filhos Carla e Junior.


Morte

Bellini morreu na quinta-feira, 20/03/2014, aos 83 anos, em São Paulo. Há cerca de dez anos, ele sofria de Mal de Alzheimer e vivia entre idas e vindas ao hospital. Internado nesta semana, ele não resistiu.

Com a morte de Bellini, apenas sete campeões de 1958 estão vivos atualmente: Zito, Zagallo e Pepe (os três também foram bi-campeões em 1962), Pelé (vencedor ainda em 1962 e 1970) e Dino Sani, Moacir e Mazzola.

Os outros ex-jogadores do primeiro título mundial que já faleceram são Gylmar, Nilton Santos, Castilho, De Sordi, Djalma Santos, Oreco, Mauro Ramos, Orlando, Zózimo, Didi, Dida, Garrincha, Vavá e Joel.


Estátua No Maracanã

A estátua localizada em uma das entradas do Maracanã, inaugurada em 13/11/1960 em homenagem aos Campeões Mundiais de Futebol de 1958, tornou-se popularmente conhecida como Estátua do Bellini, mesmo não se assemelhando a ele.

É natural até hoje que as pessoas que frequentam o Maracanã, no Rio de Janeiro,  marquem encontro na Estátua do Bellini. Ao contrário do que muitos pensam, no entanto, o monumento não é em homenagem ao ex-zagueiro do Vasco, mas sim aos campeões mundiais de futebol. O rosto da estátua, por sinal, não tem nada a ver com o do bicampeão do mundo.

A confusão ocorre porque a imagem representada na estátua está segurando uma taça acima da cabeça e também uma  bola com a outra mão. Imaginou-se, então, que poderia ser Bellini ali representado. Documentos da época informam que o rosto da estátua pode ser do cantor Francisco Alves ou do jornalista Hamilton Sbarra, mas não há confirmação.

Bellini teve suas pegadas foram eternizadas na "Calçada da Fama" do Estádio da Ressacada do Avaí Futebol Clube em 2011.


Títulos

Vasco da Gama
  • Campeonato Carioca: 1952, 1956 e 1958
  • Torneio Internacional do Chile: 1953
  • Torneio Octogonal Rivadavia Corrêa Meyer: 1953
  • Torneio de Paris: 1957
  • Troféu Teresa Herrera: 1957
  • Torneio Rio-São Paulo: 1958
  • Torneio Quadrangular do Rio: 1953
  • Torneio Triangular Internacional do Chile: 1957

Seleção Brasileira
  • Copa do Mundo: 1958 e 1962
  • Copa Roca: 1957, 1960
  • Copa Oswaldo Cruz: 1958, 1961, 1962
  • Taça Bernardo O'Higgins: 1959
  • Copa Atlântica: 1960


Mário Travaglini

MÁRIO TRAVAGLINI
(81 anos)
Jogador e Técnico de Futebol

* São Paulo, SP (30/04/1932)
+ São Paulo, SP (20/02/2014)

Mário Travaglini foi um futebolista e treinador de futebol. Foi considerado um dos introdutores da filosofia do futebol moderno no futebol brasileiro, combinando a versatilidade dos esquemas táticos europeus, sobretudo o da Seleção Holandesa de 1974, com o talento dos craques nacionais.

Depois de uma curta carreira como zagueiro, Mário Travaglini começou sua trajetória como técnico no Palmeiras, e não demorou a ter sucesso. Comandando craques como Ademir da Guia e Djalma Santos em uma das equipes que receberia o apelido de "Academia", o treinador conquistou o Campeonato Paulista em 1966, quebrando uma hegemonia do Santos de Pelé, a Taça Brasil de 1967, campeonato oficial do Brasil, que dava o direito de disputar a Copa Libertadores da América, e no mesmo ano, o Torneio Roberto Gomes Pedrosa. Os dois últimos torneios seriam oficializados mais tarde como edições do Campeonato Brasileiro.

Em 1978, foi supervisor técnico de Cláudio Coutinho no comando da Seleção Brasileira que disputou a Copa do Mundo daquele ano, na Argentina.


O técnico treinou o Corinthians entre 1982 e 1983 e foi campeão paulista em seu primeiro ano no clube. Além disso, também acompanhou a gênese do movimento político que ficaria conhecido como "Democracia Corintiana", abraçando a ideia de maior liberdade aos jogadores idealizada por Sócrates. No Parque São Jorge, Mário Travaglini ajudou a revelar Casagrande, dando as primeiras chances ao jovem atacante vindo da base do clube.

De 1983 até 1984, foi treinador do São Paulo, onde foi vice-campeão paulista em 1983, e o time foi muito mal no campeonato brasileiro de 1984. Saiu depois de uma derrota para o Internacional por 2 X 0, na 2ª rodada do Torneio Heleno Nunes. Fez no São Paulo, 64 jogos, com 29 vitórias, 24 empates, e 11 derrotas, para depois voltar a comandar o Palmeiras no campeonato paulista de 1984, obtendo o 4º lugar.

Em 1987, foi treinador do Esporte Clube Vitória. Aposentou-se no início dos anos 90, treinando clubes do interior paulista.

Foi presidente do Sindicato dos Treinadores Profissionais de Futebol de São Paulo e, em 2008, teve lançada sua biografia: "Mário Travaglini - da Academia à Democracia", de Márcio Trevisan e Helvio Borelli.

Mário Travaglini (Foto: Antonio Milena/Estadão)
Rio de Janeiro

O treinador também brilhou no futebol carioca, onde colecionou dois títulos na década de 70. No comando do Vasco da Gama, do atacante Roberto Dinamite, conquistou o Campeonato Brasileiro de 1974. Dois anos mais tarde, venceu o estadual de 1976 pelo Fluminense, uma equipe altamente ofensiva que contava com Rivellino como referência e ganhou o apelido de "Máquina Tricolor".

Mário Travaglini (Foto: JF Diorio/Estadão)
Morte

Mário Travaglini morreu às 21:30 hs de quinta-feira, 20/02/2014. Aos 81 anos, ele estava internado no Hospital São Camilo, no bairro da Pompéia, em São Paulo, desde o dia 06/01/2014.

A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa do hospital. Segundo boletim médico, Mário Travaglini morreu devido a complicações respiratórias provenientes de um tumor cerebral.

Títulos

Palmeiras
  • 1966 - Campeonato Paulista
  • 1967 - Campeonato Brasileiro


Vasco da Gama
  • 1974 - Campeonato Brasileiro


Fluminense
  • 1976 - Campeonato Carioca


Corinthians
  • 1982 - Campeonato Paulista


Fonte: Wikipédia e Veja
Indicação: Miguel Sampaio

Figueiredo

CLÁUDIO FIGUEIREDO DIZ
(23 anos)
Jogador de Futebol

* São Paulo, SP (23/12/1960)
+ Nova Friburgo, RJ (20/12/1984)

Cláudio Figueiredo Diz, mais conhecido como Figueiredo, foi um jogador de futebol brasileiro, zagueiro do Flamengo, no início dos anos 1980. Vivia com seus pais, Antônio e Suzana, e com os irmãos Antônio e Silvana.

Figueiredo começou a jogar futebol, como dente de leite, no Palmeiras. Aos quinze anos, mudou-se para o Rio de Janeiro, para defender os infantis do Flamengo, que o lançou, em 1979, numa partida contra o Botafogo.

Em um time repleto de estrelas, como o Flamengo do início da década de 1980, Figueiredo não chegava a ser um dos destaques daquela equipe.

"Não é um jogador excepcional, e seu prestígio deve-se em parte ao sobrenome, que insinua um parentesco com o presidente João Figueiredo", escreveu o jornal Folha de S.Paulo no texto sobre o acidente avião que vitimaria o zagueiro em 1984.

Justamente por causa do sobrenome, ele tinha sido escolhido como "padrinho" da recém-criada torcida Fla-Diretas em janeiro de 1984. Assim, ele teria sido o primeiro jogador de futebol a dar apoio à campanha Diretas Já. O sobrenome também valeu-lhe o apelido de "Presidente" entre os jogadores.

Diversas contusões atrapalharam-no ao longo de sua carreira, inclusive em 1983, quando foi considerado pelo então técnico Cláudio Garcia como titular absoluto da quarta-zaga rubro-negra.

Apesar de sua curta carreira, Figueiredo teve a oportunidade de comemorar os Brasileiros de 1980, 1982 e 1983, além da Libertadores da América e do Mundial Interclubes em 1981. Sua última partida com a camisa rubro-negra aconteceu em 01/12/1984, quando o Flamengo foi derrotado pelo Fluminense pelo placar de 2 x 1. Na sua última partida Leandro, que então estava jogando como titular da quarta-zaga, foi deslocado para o meio-campo, e Figueiredo acabou recebendo do técnico Zagallo a camisa 10 do ausente Zico.

Morte

Figueiredo morreu em 20/12/1984, num desastre de avião no Pico da Caledônia, em Nova Friburgo. O monomotor Corisco de prefixo PT-NJS 193 desapareceu após decolar do Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, e só foi localizado um dia depois, a uma altitude de dois metros no Pico da Caledônia, embora os bombeiros só tenham conseguido alcançar o local após mais dois dias, devido às chuvas e à neblina na região. No acidente morreram também Nilton, irmão de Bebeto, uma modelo amiga dos dois jogadores e o piloto.

Figueiredo foi velado a Capela 7 do Cemitério São João Batista, Rio de Janeiro, onde o corpo do jogador foi sepultado.

Em pé: Leandro, Raul, Marinho, Figueiredo, Andrade e Júnior
Agachado: Tita, Adílio, Nunes, Zico e Lico
Títulos

Flamengo
  • Copa Europeia / Sul-Americana: 1981
  • Copa Libertadores da América: 1981
  • Campeonato Brasileiro: 1980, 1982 e 1983
  • Campeonato Carioca: 1981
  • Taça Guanabara: 1980, 1981, 1982 e 1984
  • Taça Rio: 1983

Fonte: Wikipédia

Jair

JAIR ROSA PINTO
(84 anos)
Jogador de Futebol e Técnico

* Quatis, RJ (21/03/1921)
+ Rio de Janeiro, RJ (28/07/2005)

Jair Rosa Pinto foi um dos principais futebolistas brasileiros das décadas de 1940 e 1950. Nasceu no dia 21/03/1921, em Quatis, RJ, pertinho de Barra Mansa, e começou a carreira no Madureira. Também jogou no Flamengo, Santos, São Paulo e Ponte Preta, Palmeiras e Vasco.

No Santos, em 1959, quando foi vice-campeão Paulista, deu aulas especiais de comportamento, posicionamento em campo e de chute a gol ao menino Pelé.


São Paulo

Jair Rosa Pinto passou pelo São Paulo. Foi rápido, em 1961. E ainda jogou na Ponte Preta, também rapidinho. Jair chegou ao São Paulo no final de sua carreira. Jogou pelo Tricolor entre 1961 e 1963. Atuou em 31 partidas (20 vitórias, quatro empates, sete derrotas) e marcou apenas 2 gols. Encerrou sua passagem pelo São Paulo dirigindo a equipe em janeiro de 1963.


Vasco da Gama

Começou a carreira profissional no Madureira, atuando como meia-esquerda, em 1938, quando formou um trio com os jogadores Lelé e Isaías, conhecido como "Os Três Patetas". O trio fez tanto sucesso que acabou sendo contratado pelo Vasco da Gama em 1943, onde participou do Expresso da Vitória, considerado um dos maiores elencos da história do clube. Pelo Vasco fez, 71 jogos, com 44 vitórias, 18 empates e nove derrotas, marcando 27 gols (média de 0,39 gols por jogo).

Zizinho, Pirillo e Jair Rosa Pinto
Flamengo

Em 1946, saiu do Vasco e foi para o Flamengo, segundo ele, por receber menos que outros jogadores no elenco.


Palmeiras

Jair chegou ao Palmeiras após vestir a camisa do Flamengo e do Vasco, e disputar a Copa de 1950 com a Seleção Brasileira. Lá ficou até 1955, onde foi ídolo incontestável.

Jair foi personagem principal de uma das partidas mais emocionantes da história do clássico entre São Paulo e Palmeiras, o famoso Choque-Rei. No dia 28/01/1951, o Palmeiras entrou em campo contra o São Paulo, jogando pelo empate. A partida era válida pelo campeonato paulista de 1950, e as duas equipes, que vinham disputando o título ponto a ponto, tinham chance de levantar o caneco. Debaixo de muita chuva o São Paulo conseguiu abrir o placar. Teixeirinha bateu, a bola desviou em Turcão (zagueiro palmeirense) e morreu no fundo das redes do goleiro Oberdan Catani. Após o árbitro inglês Alwyn Bradley decretar o fim do primeiro tempo, oa jogadores do Palmeiras, devidamente abatidos, desceram ao vestiário e foram surpreendidos por Jair, que aos berros exigiu raça ao time verde. No intervalo, ele chegou para seus companheiros e disse:

"A única chance que temos é a seguinte: todo mundo que pegar a bola, toca pra mim que eu vou lançar pra frente. Uma hora faremos um gol", lembra o jornalista Cláudio Carsughi.

E foi isso que aconteceu. Aos 15 minutos do segundo tempo Jair dominou e fez um de seus incríveis lançamentos. A bola parou em uma poça do inundado Pacaembu e sobrou para Aquiles, que empatou a partida e garantiu o título ao alviverde do Parque Antártica.

Pelo PalmeirasJair Rosa Pinto fez 241 jogos (141 vitórias, 55 empates, 45 derrotas) e anotou 71 gols. Conseguiu o título paulista de 1950 e a Copa Rio de 1951.


Santos

Em 1956, foi para o Santos, onde venceu três campeonatos paulistas (1956, 1958 e 1960). Ainda em 1957, voltou a vestir a camisa do Vasco num combinado Vasco-Santos, numa série de três amistosos no Maracanã. Jair jogou no Santos já quando veterano (tinha quase 40 anos), mas é lembrado até hoje como membro da melhor linha do time, que não tinha Mengálvio e Coutinho.

O melhor ataque do Santos foi a que o Palmeiras enfrentou no famoso 7x6 do Torneio Rio-São Paulo de 1958, formada por Dorval, Jair, Pagão, Pelé e Pepe. Esse ataque bateu o recorde de gols do paulistão em 58, com 143 gols, e o aumentou em 59 para 151 gols.


Seleção Brasileira

Jair atuou em 41 partidas pela Seleção Brasileira (39 oficiais), com 25 vitórias, cinco empates, onze derrotas, marcando 24 gols (22 oficiais). Foi o artilheiro da Campeonato Sul-Americano de 1949, com 9 gols, recorde até hoje não batido. Foi vice-campeão na Copa do Mundo de 1950, jogada no Brasil, onde marcou um gol em cinco jogos disputados. Sobre a derrota para o time do Uruguai, na final travada no estádio do Maracanã, Jair declarou: "Isso eu vou levar para a cova, mas, lá em cima, perguntarei para Deus por que perdemos o título mais ganho de todas as copas, desde 1930".

Apesar da seleção não usar numeração fixa naquela copa, Jair usava a camisa 10 sempre que jogava, portanto é tido como o primeiro jogador a usar a camisa 10 da seleção em copas do mundo.

Últimos Clubes e Carreira de Treinador

Ainda jogou com brilho no São Paulo e depois na Ponte Preta, onde encerrou a carreira em 1963, aos 42 anos. Foi ainda técnico de oito clubes, mas sem conseguir alcançar o sucesso que teve como jogador.


Vida Pós-Futebol

Depois de aposentado, estabeleceu-se no bairro da Tijuca, onde era um popular frequentador dos cafés da Praça Sáenz Peña. Ele passava boa parte do seu tempo cuidando dos muitos passarinhos que criava e revivendo mentalmente os seus tantos e tantos anos de glória no futebol, como jogador (principalmente) e como técnico.

Jair, que costumava acompanhar todos os programas esportivos da TV, ficou inconformado quando a Band tirou do ar o programa "Gol, o Grande Momento" e quando a TV Cultura encurtou e transformou o "Grandes Momentos do Esporte".

Jair Rosa Pinto morreu na madrugada do dia 28/07/2005, vítima de embolia pulmonar. Ele estava internado no Hospital da Lagoa, na zona sul do Rio de Janeiro, onde se recuperava de uma cirurgia no abdômen. O corpo do jogador foi velado no Cemitério do Caju, zona portuária do Rio de Janeiro, e cremado, no mesmo dia de sua morte.

Clubes
  • Madureira (1938 a 43)
  • Vasco da Gama (1943 a 48)
  • Flamengo (1948 a 49)
  • Palmeiras (1950 a 55)
  • Santos (1956 a 61)
  • São Paulo (1961 a 63)
  • Ponte Preta (1963 a 64).


Títulos

Vasco
  • Rio de Janeiro Campeonato Carioca: 1945


Palmeiras
  • São Paulo Campeonato Paulista: 1950
  • Rio de Janeiro x São Paulo Torneio Rio-São Paulo: 1951
  • Mundial de Clubes 1951: 1951


Santos
  • São Paulo Campeonato Paulista: 1956, 1958 e 1960
  • Rio de Janeiro x São Paulo Torneio Rio-São Paulo: 1959


Seleção Brasileira
  • Vice-Campeão Mundial: 1950
  • Campeão Sul-Americano (Atual Copa América): 1949



Pedro Rocha

PEDRO VIRGÍLIO ROCHA FRANCHETTI
(70 anos)
Técnico e Jogador de Futebol

* Salto, Uruguai (03/12/1942)
+ São Paulo, SP (02/12/2013)

Pedro Virgilio Rocha Franchetti, mais conhecido apenas como Pedro Rocha, foi um jogador e técnico de futebol nascido no Uruguai e naturalizado brasileiro.

Pedro Rocha teve um desempenho brilhante vestindo a camisa do Peñarol, acumulando títulos da Copa Libertadores da América e do Mundial Interclubes, além de campeonatos uruguaios.

Em 1971, transferiu-se para o São Paulo, onde permaneceu até 1977, quando saiu com 34 anos de idade.

No Brasil, ficou mais conhecido por prenome e sobrenome, Pedro Rocha. Nesse meio tempo, Verdugo, um de seus apelidos, já que misturava a raça uruguaia e uma enorme habilidade com a bola, ajudou o São Paulo a chegar a dois títulos estaduais, em 1971 e 1975, e também chegou a ganhar o Brasileirão pelo mesmo São Paulo em 1977.

Pelé e Pedro Rocha
(Foto: Gazeta Press)
Pelo tricolor paulista, atuou 375 vezes, marcando 113 gols. Também jogou em outros clubes do futebol brasileiro, como Coritiba, Palmeiras e Bangu antes de encerrar a carreira, em meados da década de 1980 quando atuava pelo Al-Nassr, da Arábia Saudita.

Foi artilheiro do campeonato brasileiro em 1972 pelo São Paulo com 17 gols dividindo a artilharia com Dario, do Atlético Mineiro.

Também é lembrado pela admiração que Pelé tinha por seu futebol. Em 1968, em sua opinião, Pedro Rocha era um dos cinco melhores jogadores do mundo.


Morte

Pedro Rocha morreu na noite de segunda-feira, 02/12/2013, aos 70 anos, a apenas um dia de seu aniversário. Ele sofria de atrofia do mesencéfalo, uma doença cerebral degenerativa, um mal que afetava os seus movimentos e a fala, e passou por uma internação na Santa Casa de Misericórdia.

Títulos

Peñarol
  • Campeonato Uruguaio: 1959, 1960, 1961, 1962, 1964, 1965, 1967 e 1968
  • Copa Libertadores da América: 1960, 1961 e 1966
  • Copa Europeia/Sul-Americana: 1961 e 1966
  • Recopa dos Campeões Intercontinentais: 1969


São Paulo
  • Campeonato Paulista: 1971 e 1975
  • Campeonato Brasileiro: 1977


Coritiba
  • Campeonato Paranaense: 1978


Artilharias

Peñarol
  • Campeonato Uruguaio: 1963 (18 gols), 1965 (15 gols) e 1968 (8 gols)
  • Recopa dos Campeões Intercontinentais: 1968 e 1969


Seleção Uruguaia
  • Eliminatórias Sul Americanas para a Copa do Mundo FIFA de 1966: 1965 (4 gols)


São Paulo
  • Campeonato Brasileiro: 1972 (17 gols)
  • Copa Libertadores da América: 1974 (7 gols)


Prêmios Individuais
  • Melhor jogador do Campeonato Su-Americano (atual Copa América): 1967
  • Bola de Prata (Revista Placar): 1973
  • 38º maior futebolista Sul-Americano do Século XX pela  Federação Internacional de Historias e Estatística do Futebol (IFFHS): 1999


Fonte: Wikipédia
Indicação: Miguel Sampaio

Nílton Santos

NÍLTON SANTOS
(88 anos)
Jogador de Futebol

* Rio de Janeiro, RJ (16/05/1925)
+ Rio de Janeiro, RJ (27/11/2013)

Nílton dos Santos foi um futebolista brasileiro que atuava como lateral-esquerdo. Em 2000, foi eleito pela FIFA como o melhor lateral-esquerdo de todos os tempos. Foi o precursor em arriscar subidas ao ataque através da lateral do campo. Revolucionou a posição de lateral-esquerdo, utilizando-se de sua versatilidade ao defender e atacar, inclusive marcando gols, numa época do futebol que apenas tinha a função defensiva.

Integrou o plantel da seleção brasileira nos campeonatos mundiais de 1950, 1954, 1958 e 1962, tendo sido bicampeão nas duas últimas.


Botafogo

Enquanto cumpria serviço militar foi descoberto por um oficial da Aeronáutica. Levado para jogar no Botafogo em 1948, somente deixou General Severiano em 1964 quando abandonou os gramados. Sua estréia com a camisa do clube da estrela solitária aconteceu contra o América Mineiro. No campeonato carioca de 1948, disputou seu primeiro jogo contra o Canto do Rio Foot-Ball Club em Caio Martins. O Botafogo venceu de 4 x 2. O alvinegro de General Severiano foi o campeão carioca de 1948.

Nílton Santos atuou sua carreira toda no Botafogo, onde conquistou por quatro vezes o Campeonato Estadual, 1948, 1957, 1961 e 1962; o Torneio Internacional de Paris em 1963, além de vários outros títulos internacionais. Participou de 718 partidas pelo clube sendo o recordista.

Tão adorado quanto Garrincha, tão respeitado quanto Pelé. Com sua habilidade e categoria, Nilton Santos ultrapassou o conceito de maior lateral esquerdo da história do futebol mundial. Ao ser chamado de "A Enciclopédia do Futebol", teve de forma definitiva o merecido reconhecimento de sua incrível capacidade de encantar o torcedor. Em toda sua carreira jogou apenas no Botafogo e, além do Glorioso, a única camisa que usou foi a da Seleção Brasileira. No Botafogo, disputou 723 partidas, marcando 11 gols. Na Seleção Brasileira, fez 84 jogos, marcando 3 gols.

Segurança na marcação era uma de suas virtudes. Com sua dinâmica de jogo, tornou-se o precursor dos laterais que buscavam o ataque, tendo marcado um gol na Copa de 1958, contra a Áustria, fato raro na época em que lateral era apenas marcador de ponta. Se taticamente tinha sua importância para o esquema do Botafogo e da Seleção Brasileira, foi fora de campo que marcou um de seus mais belos gols: quando, após enfrentar Mané Garrincha num treino, Nílton Santos praticamente forçou o Botafogo a contratar o então desconhecido ponta-direita.

No Botafogo, Nílton Santos foi campeão carioca quatro vezes (1948, 1957, 1961 e 1962) e conquistou dois Torneios Rio-São Paulo (1962 e 1964). Foi bicampeão mundial pela Seleção Brasileira, em 1958 e 1962, e esteve também nas Copas de 1950 e 1954. Nunca perdeu uma decisão e, assim como Garrincha, foi eleito, em pesquisa feita pela FIFA em 1998, para a seleção de todos os tempos.


Seleção Brasileira

Nílton Santos estreou na Seleção Brasileira no sul-americano de 1949, a competição foi realizada no Brasil que acabou campeão. Participou da Copa do Mundo de 1950 onde foi vice-campeão. Ainda foi campeão com a seleção do Pan-Americano de 1952, bi campeão mundial em 1958 na Suécia e 1962 no Chile. Atuou em 75 partidas oficiais e 10 não oficiais. Sua despedida da Seleção Brasileira ocorreu na final da Copa de 1962. Marcou dois gols com a camisa da seleção2 .

Na Seleção Brasileira, Nílton Santos foi um jogador chave na defesa durante os campeonatos mundiais em que participou e ficou famoso internacionalmente por marcar um gol magnífico no torneio de 1958, quando o Brasil jogou com a Áustria. Trazendo a bola do campo de defesa e driblando o time adversário inteiro, e deixando doido o técnico Vicente Feola, finalizou com um ótimo chute.

Outra jogada de gênio sempre lembrada aconteceu contra a Espanha, na Copa do Mundo de 1962, no Chile, considerada a partida mais difícil daquela campanha. Nílton Santos derrubou o atacante espanhol muito perto da linha lateral da grande área, cometendo pênalti. Quando o juiz se aproximava, ele deu um passo à frente, saindo mansamente da grande área, sem estardalhaço. Para sorte do Brasil, enganado, o árbitro não percebeu e acabou marcando falta fora da área.

Garrincha e Nilton Santos
Garrincha

Nílton Santos também fez história no futebol brasileiro fora das quatro linhas. Já consagrado, teve de enfrentar em um treino do Botafogo um jovem desconhecido e malvisto por ter as pernas tortas. A dificuldade para marcar Mané Garrincha naquela atividade levou o lateral a convencer o Botafogo a contratar o homem que viria a ser o maior nome da história do clube.

Depois de encerrar a carreira, Nílton Santos chegou a fazer parte da cúpula do futebol do Botafogo, mas a carreira como dirigente chegou ao fim quando agrediu com um soco o então árbitro Armando Marques, após uma partida no Maracanã, em 1971.

Ele chegou a ter uma escolinha de futebol em Uberaba, MG, antes de se mudar para o Distrito Federal.


Vida Como Ex-jogador

Depois que parou de jogar, Nílton Santos se especializou em contar passagens divertidas da vida de Garrincha, seu compadre e amigo íntimo de muitos anos. Ele dizia, por exemplo, que na sua frente Garrincha, um contumaz alcoólatra, nunca havia tomado um gole, pedindo sempre um copo de água quando o via.

Escreveu "Minha Bola, Minha Vida", livro que conta sua história através dos campos do mundo. Ele também foi homenageado no Cantinho da Saudade em dezembro de 1999, no Museu dos Esportes Edvaldo Alves de Santa Rosa - Dida, que fica localizado no Estádio Rei Pelé em Maceió, AL.

Nílton Santos faz parte do FIFA 100. E foi homenageado no Prêmio Craque do Brasileirão de 2007. Foi eleito pela International Federation Of Football History & Statistics (IFFHS), o 9º maior jogador brasileiro do século, o 28º da América do Sul, e o maior lateral esquerdo de todos os tempos pela Federação Internacional de Futebol Associado (FIFA).


Falecimento

Nilton Santos faleceu às 15:50 hs de quarta-feira, aos 88 anos de idade, após uma infecção pulmonar. A morte do jogador na Clínica Bela Lopes, Zona Sul do Rio de Janeiro, foi confirmada por uma rede social do Glorioso.

O jogador sofria de Mal de Alzheimer há cinco anos e estava residindo na clínica em que morreu, porque precisava de acompanhamento de médicos e enfermeiros. O ídolo deixava a clínica em poucos momentos e, na maioria das vezes, era para tratar alguma emergência em um hospital ou pronto-socorro.

No último sábado, 23/11/2013, Nilton Santos foi internado em um hospital do Rio de Janeiro por causa de uma insuficiência respiratória. A informação foi confirmada no domingo, 24/11/2013, pela equipe de General Severiano.

Nílton Santos deixou a mulher Célia, que hoje luta contra um câncer no cérebro e mora em Aruarama, região dos Lagos, também no Rio de Janeiro. O velório ocorrerá na quarta-feira, 27/11/2013, às 22:00 hs, no Salão Nobre do Botafogo.

Fonte: Wikipédia, Gazeta Esportiva e Folha de S.Paulo

Jancarlos

JANCARLOS DE OLIVEIRA BARROS
(30 anos)
Jogador de Futebol

* Natividade, RJ (15/08/1983)
+ Petrópolis, RJ (22/11/2013)

Jancarlos de Oliveira Barros, mais conhecido apenas como Jancarlos, foi um futebolista brasileiro que atuava como lateral-direito.

Revelado pelo Fluminense, Jancarlos alternou bons e maus momentos com a camisa tricolor. Ganhou o título do Campeonato Carioca de 2002. Deixou o clube em 2004, quando foi atuar pelo Esporte Clube Juventude. No primeiro semestre de 2005 já atuou no campeonato gaúcho pelo Juventude, após o término se transferiu para o Clube Atlético Paranaense.

Em 2005, chegou ao clube onde obteria maior destaque, o Clube Atlético Paranaense. Logo em seu primeiro ano, ajudou o clube a ser campeão paranaense e vice da Libertadores da América. Suas assistências, gols e velocidade eram suas principais marcas pelo rubro-negro.

Por tais características, o São Paulo contratou o lateral em 2008 para ser titular. Entretanto, Jancarlos não obteve sua regularidade no começo e acabou a temporada sendo terceira opção de Muricy Ramalho, atrás de Zé Luís e Joílson.


Em 2009, com a necessidade de ter mais um lateral, o Cruzeiro Esporte Clube contratou Jancarlos. Com a camiseta celeste, Jancarlos não obteve a titularidade, cedendo à concorrência de Jonathan, no time que chegou à final da Libertadores da América de 2009. Ao final da temporada, o jogador foi dispensado pelo clube, já que o seu trabalho não agradou ao técnico Adilson Batista.

No dia 28/01/2010, Jancarlos acertou contrato de dois anos com o Botafogo, em seu retorno ao Rio de Janeiro. Depois de pouco atuar pelo alvinegro carioca, o jogador foi emprestado ao Bahia até o fim de 2010.

A maior carência do time do Bahia no ano de 2010 era a lateral-direita. Sete jogadores passaram pela posição, e nada acrescentaram ao time. Com isso, a diretoria tricolor, ao anunciar o empréstimo de Jancarlos, conseguiu cobrir a maior deficiência que existia, e que atrapalhava a evolução tricolor na Série B de 2010. No dia 16/10/2010, porém, o jogador recebeu uma violenta entrada do atleta Jeff Silva, do Clube Náutico Capibaribe, e acabou rompendo o ligamento cruzado anterior do joelho direito, ficando afastado do futebol por 6 meses.

Em 2012 acertou com o Ituano Futebol Clube para a disputa do Paulistão. Ainda em 2012 acertou com o America Football Club para a disputa da Copa Rio.

Em 2013, acertou com o Volta Redonda Futebol Clube para a disputa do Estadual de 2013.

O último clube que o jogador defendeu na vida foi o Rio Branco Atlético Clube do Espírito Santo.


Morte

Em 22/11/2013, o jogador veio a falecer após sofrer um acidente de carro em Itaipava, região serrana do Rio de Janeiro. O veículo Hyundai com placa de Duque de Caxias conduzido pelo jogador despencou em uma ribanceira localizada na BR-040, sentido capital, no bairro Itaipava. Socorrido pela equipe do Corpo de Bombeiros, Jancarlos faleceu a caminho do hospital. Ele só foi identificado no início da noite de 22/11/2013, pouco depois de ter sofrido o acidente.

Jancarlos viajava pelo interior do Rio de Janeiro para fechar com o Duque de Caxias. Desta forma, voltaria a atuar pelo Campeonato Carioca na próxima temporada.


Títulos

Fluminense
  • Rio de Janeiro Campeonato Carioca: 2002

Atlético Paranaense
  • Paraná Campeonato Paranaense: 2005

São Paulo
  • Brasil Campeonato Brasileiro: 2008

Cruzeiro
  • Minas Gerais Campeonato Mineiro: 2009
  • Uruguai Torneo de Verano: 2009

Botafogo
  • Rio de Janeiro Campeonato Carioca: 2010


Fonte: Wikipédia
Indicação: Neyde Almeida

Otto Glória

OTAVIANO MARTINS GLÓRIA
(69 anos)
Jogador de Futebol, Jogador de Basquete e Técnico Futebol/Basquete

* Rio de Janeiro, RJ (09/01/1917)
+ Rio de Janeiro, RJ (04/09/1986)

Otaviano Martins Glória, mais conhecido por Otto Glória, foi um técnico brasileiro de futebol. Dirigiu as equipas da Portuguesa de São Paulo e do Vasco do Rio de Janeiro, o Benfica, o Belenenses, o Futebol Clube do Porto e Sporting em Portugal, assim como a própria Seleção Portuguesa, na França o Olímpico de Marselha e na Espanha o Atlético de Madrid. Foi o técnico da seleção portuguesa que disputou a Copa do Mundo em 1966, alcançando o 3º lugar na prova.

Antes de ir para o futebol, Otto Glória era ligado ao basquete. É reconhecidamente, um dos maiores estrategistas da história do futebol.

Constantemente lembrado pela colônia portuguesa, Otto Glória fez sucesso no futebol brasileiro atuando principalmente no Vasco da Gama e na Portuguesa de Desportos. Enfrentou o rei Pelé em partidas decisivas obtendo triunfos históricos como aconteceu na copa de 1966, quando dirigia a seleção portuguesa e depois na final do campeonato paulista contra o Santos em 1973.

Nas partidas do Corinthians contra a Portuguesa de Desportos, sempre esperávamos por armadilhas inteligentemente preparadas por aquele homem gordinho que habitualmente usava boinas na cabeça.


Otto Glória começou como jogador de futebol e passou pelos times do Vasco da Gama, do Botafogo e do Olaria. Precocemente, com 25 anos de idade encerrou sua carreira. Partiu para o basquete onde atuou como jogador e depois como treinador. No mundo do esporte da "cestinha" adquiriu conhecimentos mais aprofundados sobre estratégias e táticas de jogo.


A convite do técnico Flávio Costa (técnico da Seleção Brasileira de 1950), seu amigo pessoal, Otto Glória voltou para o futebol. No Vasco da Gama assumiu o juvenil do time da colina. Com o passar do tempo exerceu a função de técnico adjunto ao lado do próprio Flávio Costa.

Em 1948 conquistou seu primeiro título carioca com o Botafogo. Estudioso, adaptou muitos fundamentos do basquetebol no futebol, como posse de bola, triangulações, marcação por zona, aproveitamento dos rebotes defensivos e ofensivos e principalmente o sentido coletivo da cobertura.

Além do Vasco da Gama e do Botafogo, trabalhou nas equipes do Grêmio, América, Santos e Portuguesa de Desportos. Nos anos 50 foi para Portugal onde virou um verdadeiro mito. Muitas das informações dessa pesquisa foram conseguidas em sites do futebol português.


Foi o primeiro treinador a treinar os quatro gigantes lusitanos, Benfica, Sporting, Porto e Belenenses. Colecionou inúmeros títulos e trabalhou ainda nas equipes do Olimpique de Marseille e Paris Saint German da França e no Atlético de Madrid da Espanha.

Em 1966 comandou a Seleção Portuguesa durante a copa e realizou uma campanha fantástica com resultados surpreendentes como a vitória sobre o Brasil por 3×1, quando eliminou o time canarinho ainda na fase de grupos.

Mostrou sangue frio ao conduzir seus comandados naquela virada inesquecível contra a Coréia do Norte pelo placar de 5×3, quando perdia por 3×1 na primeira etapa. O "Pantera de Moçambique" Eusébio, assinalou quatro tentos naquele jogo.

Na semifinal contra os Ingleses, Portugal acabou derrotado por 2×1. A conquista do terceiro lugar naquele mundial foi um resultado espetacular para a seleção lusitana. Muito de deve ao trabalho do "Melancia", um dos vários apelidos de Otto Glória.

Um de seus títulos mais lembrados, é a conquista do campeonato paulista de 1973 pela Portuguesa de Desportos.


Astuto, rapidamente percebeu o grave erro do árbitro Armando Marques nas contagens dos pênaltis e recomendou que todos os seus jogadores fossem para o vestiário e imediatamente trocassem de roupa e fossem para o ônibus. Tal manobra evitou a continuação das cobranças de pênaltis e colocou a federação paulista de futebol em uma autêntica "saia justa". Como a Portuguesa negou o retorno ao gramado e também a marcação de uma nova partida, o resultado foi a divisão do título com o Santos, que já estava com a taça praticamente nas mãos.

Em 1979, Otto Glória foi vice campeão Brasileiro com o Vasco da Gama quando enfrentou o Internacional. Além da seleção Portuguesa, Otto Glória também treinou a seleção da Nigéria.

Foi autor de frases famosas como:

"Treinador quando vence é bestial e quando perde é uma besta!"

"Não posso fazer uma omelete sem os ovos" (referindo-se a dirigentes que não contratavam os reforços que ele pedia)

Otto Glória faleceu no Rio de Janeiro, em 04/09/1986.