Mostrando postagens com marcador Produtor. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Produtor. Mostrar todas as postagens

Flávio Migliaccio

FLÁVIO MIGLIACCIO
(85 anos)
Ator, Produtor e Diretor

☼ São Paulo, SP (26/08/1934)
┼ Rio Bonito, RJ (04/05/2020)

Flávio Migliaccio foi um ator, produtor e diretor nascido em São Paulo, SP, no bairro do Brás, no dia 26/08/1934. Tornou-se conhecido pelos personagens Tio Maneco dos filmes "Aventuras Com Tio Maneco" (1971), "Maneco, O Super Tio" (1980) e Xerife da novela "O Primeiro Amor" (1972) e do seriado infantil "Shazan, Xerife & Cia" (1972).

Flávio Migliaccio era um dos filhos de uma família de dezessete irmãos, entre eles a atriz e comediante Dirce Migliaccio, já falecida.

Casado com Ivone Miglliaccio, e pai do jornalista Marcelo Miglliaccio, Flávio Migliaccio iniciou atuando em peças de teatro na periferia de São Paulo, onde logo descobriu a sua veia cômica. Participou de um grupo de teatro da igreja de Tucuruvi onde ficou três anos, até chegar a ator principal e diretor. Como precisava ganhar dinheiro, no entanto, teve que arrumar outras ocupações, trabalhando como balconista e mecânico.

Em 1954, depois de fazer o curso de teatro do diretor italiano Ruggero JacobbiFlávio Migliaccio começou sua carreira de ator profissional no Teatro de Arena. O seu primeiro papel foi o de um cadáver, na peça "Julgue Você".


Flávio Migliaccio era muito conhecido pelo seu papel de Xerife na série de TV brasileira "Shazan, Xerife e Cia" (1972), e pelo papel de Tio Maneco, na série exibida pela TVE.

Na TV Globo pôde ser visto com grande destaque nas novelas "Rainha da Sucata" (1990), "Perigosas Peruas" (1992), "A Próxima Vítima" (1995), "Vila Madalena" (1999), "Senhora do Destino" (2004), "Passione" (2010), entre muitas outras.

Flávio Migliaccio está atualmente no ar com a reprise de "Êta Mundo Bom" (2016). O mais recente trabalho dele em novelas foi em "Órfãos da Terra" (2019), em que interpretou o personagem Mamede.

Em 2020, ele ainda teve a chance de ser visto como o violinista Fego, pai de Hebe Camargo, na minissérie "Hebe" (2019).

Morte

Flavio Migliaccio foi encontrado morto por seu caseiro, na segunda-feira, 04/05/2020, em seu sítio em Rio Bonito, RJ, aos 85 anos.
"Liguei para o Marcello Migliaccio, filho de Flávio, que disse que recebeu uma ligação do caseiro dizendo que o Flavio tinha falecido. Ele está na estrada, a caminho do sítio, e ainda não sabe a causa da morte do pai. Não tenho maiores informações porque o Marcello está a caminho do local!"
(Sylvio Guerra, advogado de Flávio Migliaccio)


Flávio Migliaccio deixou uma carta para a família. A Polícia Militar informa que a ocorrência segue em andamento e aguarda realização da perícia no local. Segundo o Boletim de Ocorrência, Flávio Migliaccio cometeu suicídio

Paulo José e Flávio Migliaccio, 1972
Carreira

Televisão
  • 1958 - Grande Teatro Tupi
  • 1972 - Vila Sésamo
  • 1972 - O Primeiro Amor ... Xerife
  • 1972 - Shazan, Xerife e Cia ... Xerife
  • 1972 - Moacyr Franco Show
  • 1972 - Comédia Especial (Episódio: "Amor à Brasileira")
  • 1972 - Caso Especial (Episódio: "Giovanni, o Açougueiro")
  • 1973 - Caso Especial (Episódio: "Gente Pobre, Gente Rica")
  • 1974 - Caso Especial (Episódio: "Enquanto a Cegonha Não Vem")
  • 1974 - Caso Especial (Episódio: "Turma, Minha Doce Turma")
  • 1974 - Corrida do Ouro ... Sérgio
  • 1975 - Caso Especial (Episódio: "Tudo Cheio de Formiga")
  • 1975 - O Grito ... Osvaldo
  • 1975 - Pluft, o Fantasminha
  • 1976 - Duas Vidas ... Túlio
  • 1976 - O Casarão ... Coringa
  • 1977 - O Astro ... Nestor da Silva (Neco)
  • 1978 - Caso Especial (Episódio: "A Morte e a Morte de Quincas Berro D’Água")
  • 1979 - Aplauso (O Morto do Encantado Saúda o Povo, Morre e Pede Passagem)
  • 1979 - Pai Herói ... Genésio Camargo
  • 1979 - Plantão de Polícia
  • 1980 - Chega Mais ... Taxista
  • 1981 - Viva o Gordo
  • 1982 - Chico Anysio Show
  • 1983 - Parabéns Pra Você ... Valdir
  • 1989 - O Salvador da Pátria ... Nilo Assunção
  • 1990 - Rainha da Sucata ... Osvaldo Moreiras (Seu Moreiras)
  • 1991 - O Sorriso do Lagarto ... Cornélio
  • 1991 - Estados Anysios de Chico City
  • 1991 - Caso Especial (Episódio: "Os Homens Querem Paz")
  • 1992 - Perigosas Peruas ... Venâncio Falcão
  • 1992 - Você Decide (Episódio: "Águas Passadas")
  • 1993 - Caso Especial (Episódio: "O Mambembe")
  • 1993 - Você Decide (Episódio: "Se Acaso Você Chegasse)
  • 1994 - Incidente em Antares ... Padre Gerônico
  • 1994 - Você Decide (Episódio: "O Transplante")
  • 1995 - A Próxima Vítima ... Vitório Giovanni (Vitinho)
  • 1995 - Engraçadinha: Seus Amores e Seus Pecados ... Piragibe Sandini
  • 1995 - Você Decide (Episódio: "Milionário Por Engano")
  • 1996 - Quem é Você? ... Seu Jacinto
  • 1996 - Caça Talentos ... Jazão
  • 1997 - O Amor Está no Ar ... Peninha
  • 1997 - Sai de Baixo ... Pestana (Episódio "Quem Não Tem Cão Casa com Gato")
  • 1997 - Renato Aragão Especial
  • 1998 - Era Uma Vez... ... Xerife
  • 1998 - Torre de Babel ... Caju
  • 1999 - Chiquinha Gonzaga ... Vaga-Lume
  • 1999 - Vila Madalena ... Ângelo Xavier
  • 1999 - Você Decide (Episódio: "Uma Mina de Ouro")
  • 2001 - As Filhas da Mãe  ... Barnabé
  • 2001 - Brava Gente (Episódio: "O Morto do Encantado Morre e Pede Passagem")
  • 2001 - Brava Gente (Episódio: "Arioswaldo e Sua Mãe Centenária")
  • 2001 - Brava Gente (Episódio: "Arioswaldo e o Casamento de Sua Velha Mãe Centenária")
  • 2001 - Brava Gente (Episódio: "O Natal de Arioswaldo")
  • 2002 - Pastores da Noite  ... Alonso
  • 2002 - Brava Gente (Episódio: "Arioswaldo e o Lobisomem")
  • 2004 - Sítio do Pica-Pau Amarelo ... Iaú
  • 2004 - Clara e o Chuveiro do Tempo ... Vô Teodoro
  • 2004 - Senhora do Destino ... Jacques Pedreira
  • 2005 - América ... Velmiro
  • 2005 - Clara e o Chuveiro do Tempo
  • 2006 - Sítio do Pica-Pau Amarelo ... Eremita
  • 2007 - Sete Pecados ... Nino de Souza
  • 2007 - Duas Caras ... Jacques Pedreira
  • 2008 - Casos e Acasos ... Olavo
  • 2009 - Caminho das Índias ... Karan Ananda
  • 2009 - Chico e Amigos ... Antônio
  • 2010 - Passione ... Fortunato da Silva
  • 2011 - Tapas & Beijos ... Seu Chalita Al Aragón
  • 2016 - Êta Mundo Bom! ... Dr. Josias da Conceição
  • 2018 - Malhação: Vidas Brasileiras ... Roberto Santos (Episódios: "7-10 de Junho")
  • 2019 - Órfãos da Terra ... Mamede Aud
  • 2019 - Hebe ... Maestro Fego

Cinema
  • 1956 - O Grande Momento
  • 1962 - Cinco Vezes Favela
  • 1965 - A Hora e Vez de Augusto Matraga ... Quim Recadeiro
  • 1966 - Todas as Mulheres do Mundo ... Edu
  • 1967 - Terra em Transe
  • 1968 - Como Vai, Vai Bem?
  • 1968 - O Homem que Comprou o Mundo ... José Guerra
  • 1969 - Máscara da Traição ... Corrêa
  • 1969 - Pobre Príncipe Encantado
  • 1969 - A Penúltima Donzela ... Padre
  • 1970 - Em Busca do Susexo
  • 1970 - O Donzelo
  • 1971 - Pra Quem Fica, Tchau
  • 1971 - Aventuras com Tio Maneco ... Tio Maneco
  • 1971 - Roberto Carlos a 300 Quilômetros por Hora ... Luigi
  • 1972 - Os Machões ... Chuca
  • 1975 - O Caçador de Fantasma ... Tio Maneco
  • 1978 - Maneco, O Super Tio ... Tio Maneco
  • 1989 - Os Trapalhões na Terra dos Monstros ... Diretor do videoclipe
  • 1998 - Boleiros - Era Uma Vez o Futebol ... Naldinho
  • 2000 - Brava Gente (Episódio: "Enquanto a Noite Não Chega")
  • 2006 - Boleiros 2 - Vencedores e Vencidos ... Naldinho
  • 2007 - Os Porralokinhas ... Tio Maneco
  • 2009 - Verônica ... Seu Luis

Parte Técnica Como Diretor (Cinema)
  • 1989 - Os Trapalhões na Terra dos Monstros
  • 1978 - Maneco, O Super Tio
  • 1975 - O Caçador de Fantasma
  • 1971 - Assalto à Brasileira
  • 1971 - Os Caras de Pau
  • 1962 - Os Mendigos

Parte Técnica Como Roteirista (Televisão)
  • 1991 - Estados Anysios de Chico City

Parte Técnica Como Roteirista (Cinema)
  • 1978 - Maneco, O Super Tio
  • 1971 - Aventuras Com Tio Maneco
  • 1971 - Como Ganhar na Loteria Sem Perder a Esportiva
  • 1970 - O Donzelo
  • 1969 - A Cama ao Alcance de Todos
  • 1962 - Cinco Vezes Favela (Segmento: "Pedreira de São Diego")


Prêmios e Indicações

  • 1972 - Troféu Imprensa "Melhor Revelação" por "O Primeiro Amor" - Venceu
  • 1995 - Troféu APCA "Melhor Ator Coadjuvante" por "A Próxima Vítima" - Venceu
  • 2019 - Melhor Ator de Televisão por "Órfãos da Terra" - Venceu

Fonte: Wikipédia
#FamososQuePartiram #FlavioMigliaccio

Nelson Hoineff

NELSON HOINEFF
(71 anos)
Jornalista, Escritor, Crítico de Cinema, Produtor e Diretor de Televisão e Cinema

☼ Rio de Janeiro, RJ (04/09/1948)
┼ Rio de Janeiro, RJ (15/12/2019)

Nelson Hoineff foi um jornalista, produtor e diretor de televisão e cinema, nascido no Rio de Janeiro, RJ, no dia 04/09/1948.

Nelson Hoineff especializou-se em HDTV e novas tecnologias de distribuição de TV em New York, onde fez seu mestrado e doutorado, e Tóquio. Ele estagiou na produção de conteúdo em HDTV analógico na Nippon Hōsō Kyōkai (NHK), oficialmente em inglês, Japan Broadcasting Corporation, organização nacional de radiodifusão pública do Japão, em 1988.

Além de fundador e por quatro vezes presidente da Associação de Críticos de Cinema do Rio de Janeiro (ACCRJ), Nelson Hoineff era co-fundador, da Associação Brasileira de Produtores Independentes de Televisão (ABPITV), da qual foi vice-presidente por duas gestões. Participou ainda da fundação do Centro de Pesquisadores do Cinema Brasileiro (CPCB). Foi membro do Conselho Consultivo da Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura. Foi membro também do Conselho Superior de Cinema da Presidência da República e do Conselho Consultivo do Sistema Brasileiro de TV Digital (SBTVD)

Diretor de Televisão

Na televisão, Nelson Hoineff, dirigiu o Departamento de Programas Jornalísticos da Rede Manchete e foi diretor de programas jornalísticos no SBT, Rede Bandeirantes, GNT, TV Cultura e TVE do Rio de Janeiro, onde também atuou como consultor de programação.

Entre as séries e programas que dirigiu destaca-se o "Documento Especial". Premiado várias vezes no Brasil, e também em Monte-Carlo e Berlim, foi ao ar em três redes abertas, tornando-se em cada uma um dos líderes de audiência: Rede Manchete (1989-1992), SBT (1992-1995) e Bandeirantes (1996-1997). Ao todo, foram produzidos 430 programas. Entre 2008 e 2010, cerca de 80 programas foram reprisados pelo Canal Brasil, em versões ligeiramente reduzidas de 45 para 30 minutos.

Também dirigiu "Primeiro Plano" (GNT, depois Cultura, sobre as vanguardas artísticas brasileiras), "Programa de Domingo" (Manchete), "Realidade" (Bandeirantes), "Curto-Circuito" (TVE), e inúmeras séries, entre as quais "Celebridades do Brasil" (Canal Brasil), "As Chacretes" (Canal Brasil) e "Vanguardas" (Canal Brasil).

Produtor

Como produtor, Nelson Hoineff, realizou em 2000 o primeiro filme brasileiro inteiramente gravado, editado e exibido em alta definição: "Antes: Uma Viagem Pela Pré-História Brasileira". Exibido durante todo o ano de 2000 na Mostra do Redescobrimento, "Brasil+500", no Ibirapuera, São Paulo, foi visto por mais de 1,8 milhão de pessoas. Para tal exibição, criou, com Marcello Dantas, o Cinecaverna, um cinema digital temático em forma de caverna para 450 espectadores, que se constituiu em um dos 14 módulos da exposição.

Em 2012, produziu e fez a supervisão geral da série "Trash!", dirigida por Cristian Caselli, para o Canal Brasil; a série "Marcados Para Morrer", dirigida por Luis Santoro, para a TruTV; a série "Teoria da Conspiração", dirigida por Daniel Camargo e Lúcio Fernandes, para a TruTV. No mesmo ano, iniciou a produção das séries "Televisão e Grandes Autores" e "A Televisão Que o Brasil Está Pensando", ambas para a TV Brasil/EBC, idealizadas pelo Instituto de Estudos de Televisão.

Em 2013, produziu a série "Cinema de Bordas", dirigida por Leonardo Luiz Ferreira para o Canal Brasil.

Ao todo, dirigiu mais de 700 documentários, seja na forma de séries de televisão, produtos isolados para televisão ou filmes de longa-metragem. Dentre os feitos especialmente para televisão, figuram: "O Século de Barbosa Lima Sobrinho", "TV Ano Zero", "O Filtro da Imprensa", "Nilo Machado - Um Cineasta Brasileiro" e "Timóteo, Política e Paixão".

Para o "Retratos Brasileiros" foi também produtor e supervisor-geral de "Antonio Meliande - Pau Pra Toda Obra", dirigido por Daniel Camargo em 2011, "Boca do Lixo", também dirigido por Daniel Camargo, em 2012, "Trash!" e "Cinema de Bordas".

Diretor de Cinema

Seu primeiro documentário de longa-metragem foi "O Homem Pode Voar", sobre a obra de Alberto Santos-Dumont, que teve como roteirista o físico brasileiro Henrique Lins de Barros.

Dirigiu ainda "Alô, Alô, Terezinha!", exibido inicialmente no Festival de Cinema do Recife em 2009, onde levantou os prêmios de Melhor Filme do júri oficial, Melhor Filme do júri popular, Melhor Montagem e o Troféu Gilberto Freire. Lançado em 30/10/2009, foi um dos indicados ao prêmio de Melhor Documentário do Ano da Academia Brasileira de Cinema.

Também dirigiu "Caro Francis", sobre Paulo Francis, um dos maiores jornalistas brasileiros, filmado no Rio de Janeiro, São Paulo e New York. Foi lançado em DVD durante a entrega do Prêmio Esso de Jornalismo no Rio de Janeiro. A versão para cinema, ligeiramente modificada, foi exibida pela primeira vez no Festival de Cinema de Paulínia, em julho de 2009, onde conquistou o prêmio de Melhor Documentário pelo Júri do Público. O filme foi também exibido no Festival do Rio e na Mostra Internacional de São Paulo de 2009. Foi exibido em outras mostras antes de ser lançado nacionalmente em 08/01/2010.

Em 2013, terminou "Cauby - Começaria Tudo Outra Vez", sobre o cantor Cauby Peixoto. O filme foi lançado nacionalmente em 28/05/2015, e ficou 16 semanas em cartaz, um recorde para documentários independentes.

Em março de 2014, iniciou a produção de um novo documentário de longa-metragem, "82 Minutos", sobre os preparativos do Carnaval da Portela para 2015. O filme foi concluído em maio de 2015. Foi convidado para participar do Festival Internacional de Programas Audiovisuais (FIPA), em Biarritz, França, em janeiro de 2016, e foi lançado nacionalmente no segundo semestre de 2016.

Seu mais recente longa-metragem, "Eu, Pecador", baseia-se no cantor, compositor e político Agnaldo Timóteo, e tem lançamento previsto para 2019.

Seus documentários são comumente exibidos em festivais, como Festival do Rio, Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, Festival Internacional de Brasília, Vitória Cine Video, dentre outros.

Outras Atividades

Nelson Hoineff foi editor-executivo do Jornal do Brasil, além de ter passado, como editor, redator, colunista ou articulista, por veículos como Veja, O Globo, Folha de S.Paulo, Bravo!, Última Hora, Diário de Noticias, O Jornal, O Cruzeiro, Observatório da Imprensa, entre muitos outros.

No Jornal do Brasil e no Observatório da Imprensa publicou mais de 800 artigos sobre televisão, políticas do audiovisual e cultura brasileira. Foi editor-chefe dos Cadernos de Televisão, revista quadrimestral sobre estudos avançados de televisão, publicada pelo Instituto de Estudos de Televisão (IETV).

Como crítico de cinema, atuou desde 1968 em veículos como O Jornal, Diário de Noticias, Última Hora, O Cruzeiro, Manchete, Filme Cultura, O Globo, IstoÉ, Veja, A Noticia, O Dia, Jornal do Brasil e criticos.com, entre outros. Foi crítico e correspondente no Brasil do Variety, dos Estados Unidos.

No início da carreira, teve passagem pela imprensa esportiva, como repórter, redator e editor de esportes no O Jornal e Última Hora, para onde cobriu a Copa do Mundo de 1974. Nesses veículos e em outros, foi editor de cultura, editor internacional, secretário de redação e editor-chefe.

Autor de vários livros sobre televisão, muitos deles antecipando em anos o advento de novas tecnologias, descrevendo-as e discutindo o seu futuro impacto sobre o meio. Neste caso figuram "TV em Expansão - Novas Tecnologias, Segmentação, Abrangência e Acesso na Televisão Moderna" (ed. Record) onde, ainda no final dos anos 80, discutia temas como TV por Assinatura, operações satelitais domésticas e TV de Alta Definição (HDTV).

Em "A Nova Televisão - Desmassificação e o Impasse das Grandes Redes" (ed. Relume-Dumará), debatia assuntos como a iminência da convergência de meios e a implantação das plataformas digitais.


Nelson Hoineff foi coordenador do curso de Radialismo (Audiovisual) da Faculdade de Comunicação Helio Alonso (FACHA) e, na mesma instituição, fundou e coordenou da Faculdade de Cinema e Audiovisual, que começou a operar no segundo semestre de 2015. Nelson Hoineff  lecionou durante 30 anos na instituição, deixando-a em 2017.

Lecionou também Televisão Digital em MBAs da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e da Universidade Cândido Mendes, ambas no Rio de Janeiro. Antes disso, foi professor de jornalismo na Sociedade Barramansense de Ensino Universitário (SOBEU).

Em 2001, Nelson Hoineff  criou o Instituto de Estudos de Televisão (IETV), do qual foi presidente. O Instituto promove eventos permanentes como o Festival Internacional de Televisão, o Fórum Internacional de TV Digital e o Seminário Esso-IETV de Telejornalismo. Também em 2001, foi curador de uma grande retrospectiva de Nam June Paik no Oi Futuro, no Rio de Janeiro, eleito pelo Jornal do Brasil como uma das dez melhores exposições no Rio daquele ano.

Nelson Hoineff criou em 2007 séries em episódios para celulares: "E aí, Dr Py?", "Por Onde Andam As Chacretes" e "É Com Você, JP".

Em 2011 realizou, também para o Canal Brasil, a série de quatro episódios "As Vanguardas", sobre as vanguardas brasileiras contemporâneas. No mesmo ano dirigiu o média-metragem "Primeiro Mundo", e foi supervisor-geral do documentário "Hijas del Monte", sobre a vida das mulheres que abandonam as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), dirigido por Patrizia Landi.

Entre mais de 50 júris em que teve participação, figuram os do Prêmio Esso de Telejornalismo, Festival Internacional de Televisão de Monte-Carlo, Festival Internacional de Cinema de Tel-Aviv, júri da Fipresci no Festival Internacional de Cinema de Berlim, Festival Internacional de Cinema de Londres (presidente), Festival Internacional de Documentários de Yamagata, Festival Internacional de Documentários de Amsterdã (presidente), Festival Internacional de Cinema de Sochi, além de vários festivais brasileiros, como os do Rio de Janeiro, Gramado, Brasília, Fortaleza, Recife, Florianópolis, Goiânia e muitos outros.

Morte

Nelson Hoineff faleceu no domingo, 15/12/2019, aos 71 anos, no Rio de Janeiro, RJ, vítima de complicações causadas pelo diabetes.

O sepultamento ocorreu na segunda-feira, 16/12/2019, no Cemitério Israelita do Caju.

Fonte: Wikipédia
Indicação: Miguel Sampaio
#FamososQuePartiram #NelsonHoineff

Fábio Barreto

FÁBIO VILLELA BARRETO BORGES
(62 anos)
Cineasta, Ator, Produtor e Roteirista

☼ Rio de Janeiro, RJ (06/06/1957)
┼ Rio de Janeiro, RJ (20/11/2019)

Fábio Villela Barreto Borges foi um cineasta, ator, produtor e roteirista nascido no Rio de Janeiro, RJ, no dia 06/06/1957.

Fábio Barreto era mais conhecido por dirigir "O Quatrilho" (1995), indicado ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, e por dirigir e co-escrever "Lula, o Filho do Brasil" (2009), um drama biográfico sobre a vida de Luiz Inácio Lula da Silva, considerado um dos filmes mais caros da história do cinema brasileiro.

Filho de Luís Carlos Barreto e Lucy Barreto, irmão do também cineasta Bruno Barreto. Atuou no primeiro curta-metragem, "Três Amigos Que Não Se Separam" (1966), quando tinha nove anos. No filme também atuaram sua irmã, Paula Barreto, e a cadela Baleia, coadjuvante no filme "Vidas Secas" (1963).

Fábio Barreto foi assistente de direção de Carlos Diegues em "Bye Bye Brasil" (1979). Iniciou sua carreira no cinema aos 20 anos, dirigindo o curta-metragem "A Estória de José e Maria" (1977). E estreou como diretor de longa-metragem no Festival de Cannes de 1982, com "Índia, a Filha do Sol" (1982), inscrito na Quinzena dos Realizadores. Tinha 24 anos.

Seu filme "O Quatrilho" (1995) foi indicado para o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro de 1995.

Fábio Barreto trabalhou como ator em dois filmes, "For All - O Trampolim da Vitória" (1997) e "Memórias do Cárcere" (1984), e dirigiu 9 longas-metragens.

Fábio Barreto era casado desde 2003 com a atriz Déborah Kalume.

Acidente

O guarda-vidas Wagner Generoso, participou do resgate ao cineasta Fábio Barreto, vítima de um acidente de carro em que teve traumatismo craniano.

Wagner Generoso disse que, no sábado, dia 19/12/2009, por volta de 22h50, estava na janela de sua casa quando viu o carro de Fábio Barreto, uma Pajero Mitsubishi, ser fechado por outro veículo, que ele não identificou. De acordo com Wagner, Fábio Barreto perdeu o controle, atravessou a mureta divisória da Rua Real Grandeza, em Botafogo, Zona Sul do Rio de Janeiro, perto do acesso ao Túnel Velho e próximo ao Cemitério São João Batista. Após bater numa grade, ele capotou.

Wagner desceu para prestar socorro. Um taxista parou seu carro e emprestou uma lanterna para tentar verificar a situação. Wagner chegou a achar que o cineasta estava morto, mas verificou que ele ainda respirava. Em seguida, o Corpo de Bombeiros foi acionado.

Wagner disse que tentou se comunicar com Fábio Barreto, mas ele estava completamente inconsciente.

Inicialmente, Fábio Barreto foi levado para o Hospital Miguel Couto, no Leblon, onde foi operado. A cirurgia, a pedido da família, foi acompanhada pelo neurocirurgião Paulo Niemeyer. Segundo Paulo NiemeyerFábio Barreto teve várias contusões na cabeça.


Fábio Barreto foi transferido na manhã de domingo, 20/12/2009, para o Copa D´Or, e passou por exames. Seu estado era grave, e ele ficou internado na UTI neurológica do hospital.

No dia 13/01/2010 um boletim médico divulgou a melhora em seu estado de saúde, e no dia 21/01/2010 ele foi submetido a uma nova cirurgia para colocação de uma válvula cerebral como parte do tratamento da hidrocefalia provocada pelo traumatismo crânio-encefálico. Fábio Barreto recebeu alta dia 22/03/2010 e continuou seu tratamento em casa.

Mesmo recebendo tratamento especial em casa, Fábio Barreto não teve mais a vida de antes e ainda continuava inconsciente após esses anos todos até sua morte. Segundo sua esposa, a atriz Deborah Kalume, que se dedicou a ajudá-lo também: "Às vezes ele responde do jeito dele. Suspira, fica com a respiração diferente. Em determinados momentos acho que ele está ali. Em outros, não!".

Morte

Fábio Barreto faleceu na quarta-feira, 20/11/2019, aos 62 anos, após ficar em coma por nove anos. A informação foi confirmada pelo Hospital Samaritano, na Zona Sul do Rio de Janeiro, onde ele estava internado. A causa da morte não foi informada.

Ele sofreu um acidente grave de carro em dezembro de 2009 e estava em coma desde então.

O velório foi realizado na sexta-feira, 22/11/2019, a partir das 10h00, no Memorial do Carmo, no Caju. O corpo foi cremado no período da tarde.

Carreira

Diretor
  • 2009 - Lula, o Filho do Brasil
  • 2007 - Donas de Casa Desesperadas (Série de TV)
  • 2007 - Nossa Senhora de Caravaggio
  • 2002 - A Paixão de Jacobina
  • 2000 - De Conversa em Conversa (Curta-metragem)
  • 1997 - Bela Donna
  • 1995 - O Quatrilho
  • 1991 - Lambada
  • 1988 - Luzia Homem
  • 1986 - O Rei do Rio
  • 1984 - Índia, a Filha do Sol
  • 1978 - Mané Garrincha (Curta-metragem)
  • 1977 - A Estória de José e Maria (Curta-metragem)

Ator
  • 1997 - For All - O Trampolim da Vitória
  • 1984 - Memórias do Cárcere ... Siqueira Campos

Elenco de "O Quatrilho", indicado ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro.
Premiações

  • 1995 - Indicação ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, por "O Quatrilho"
  • 1984 - Indicação ao Prêmio de Melhor Filme no Festival de Havana, por "Índia, a Filha do Sol"
  • 1977 - Prêmio de Melhor Direção no Festival de Brasília, por "A Estória de José e Maria"

Fonte: Wikipédia

Inah de Carvalho

INÁ LÚCIA CARVALHO DOS SANTOS
(65 anos)
Atriz, Diretora e Produtora

☼ São Paulo, SP (20/08/1954)
┼ São Paulo, SP (22/10/2019)

Inah de Carvalho foi uma atriz, diretora e produtora nascida em São Paulo, SP, no dia 20/08/1954.

Inah de Carvalho atuou nas áreas de televisão, cinema e teatro. Ela ficou famosa interpretando Dona Dalva, mãe de Duca (Arthur Aguiar) em "Malhação - Sonhos", de 2014. Antes disso, interpretou a mãe depressiva de Nikita (Nathalie Klein) em "Macho Man", série escrita por Fernanda Young e Alexandre Machado, com direção de núcleo de José Alvarenga Jr..

Em 2019, Inah de Carvalho foi premiada como Melhor Atriz Coadjuvante em Musicais no Prêmio Bibi Ferreira por sua atuação em "Billy Elliot - O Musical".

Atualmente, participava das gravações do filme "Sogra Perfeita"Inah de Carvalho também atuou no musical "Família Addams" interpretando a Vovó Addams.

Inah de Carvalho foi casada com o Srº Rodda, com quem teve um filho, o ator Diego Santos Rodda. Foi casada depois com Laércio Taioli com quem teve a filha Mariana Taioli.

Morte

Inah de Carvalho faleceu na noite de terça-feira, 22/10/2019, em São Paulo, SP, aos 65 anos. Ela estava hospitalizada em São Paulo desde sexta-feira, 18/10/2019, e faleceu por conta da complicação de uma Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC).

O velório de Inah de Carvalho ocorreu no dia 23/10/2019, entre 11h00 e 14h30 no Crematório Vila Alpina, na Zona Leste de São Paulo. Logo em seguida o corpo foi cremado.

Inah Carvalho ganhou prêmio Bibi Ferreira de Teatro como Melhor Atriz Coadjuvente em Musicais
Carreira

  • 2004 - Sertão Sertões São (Teatro)
  • 2006 - A Vida É Uma Comédia (Teatro)
  • 2008 - Herótica (Teatro)
  • 2010 - O Canto Minguante (Cinema)
  • 2010 - Malhação (Televisão) ... Aurora
  • 2011 - Malhação (Televisão) ... Aurora
  • 2011 - Irene (Cinema) ... Irene
  • 2011 - Macho Man (Televisão)
  • 2012 - A Família Addams (Teatro) ... Vovó Addams
  • 2013 - A Mulher do Prefeito (Televisão) ... Dona Rosa
  • 2013 - M Is For Mailbox (Cinema) ... Mãe
  • 2014 - Malhação (Televisão) ... Dalva Menezes 'Dona Velha'
  • 2015 - Malhação (Televisão) ... Dalva Menezes 'Dona Velha'
  • 2015 - Totalmente Demais (Televisão) ... Ruth
  • 2016 - Totalmente Demais (Televisão) ... Ruth
  • 2016 - De Um Dia De Pierrot Ao Curto-Circuito (Teatro)
  • 2016 - Rock Story (Televisão) ... Dona Gilsa
  • 2017 - Rock Story (Televisão) ... Dona Gilsa
  • 2017 - Metrópole: Pilot (Televisão) ... Dona Sônia
  • 2017 - Psi: A Amiga Belga Parte 1 (Televisão) ... Leonor
  • 2018 - Confissões Médicas: Olho De Peixe (Televisão) ... Débora
  • 2018 - Rua Augusta (Televisão) ... Edinéia Aparecida
  • 2019 - Billy Elliot: O Musical (Teatro) ... Avó
  • 2019 - O Amor Dá Trabalho (Cinema) ... Freira
  • 2019 - O Homem Cordial (Cinema) ... Senhora
  • 2019 - Quatro Atrizes E Um Personagem 'Leitura' (Teatro) ... Virgínia

Maurício Sherman

MAURÍCIO SHERMAN NIZENBAUM
(88 anos)
Ator, Produtor e Diretor de Televisão

☼ Niterói, RJ (31/01/1931)
┼ Rio de Janeiro, RJ (17/10/2019)

Maurício Sherman Nizenbaum foi um diretor de televisão nascido em Niterói, RJ, no dia 31/01/1931.

Filho de um casal de judeus poloneses, fez o primário no Externato Volta e completou o ginásio no Colégio Bittencourt Silva. Formou-se em direito na Universidade Federal Fluminense, no final dos anos 1940.

Aos 13 anos, já participava de peças amadoras apresentadas em um Clube da Colônia Judaica, em Niterói. Em uma dessas ocasiões, foi convidado pelo radialista Hélio Tys para trabalhar como ator na Rádio Mauá, onde estreou em uma representação de "O Corcunda de Notre Dame". A partir daí, participou do grupo Jerusa Camões, no Teatro da Juventude Universitária, atuando em diversos espetáculos ao lado de atores como Gisela Camões, Vanda Lacerda, Nathália Timberg, Fernando Pamplona e Alberto Perez.

Em 1949, foi convidado a trabalhar na Rádio Guanabara pelo ator Paulo Renato, diretor da emissora. Trabalhou ao lado de Chico Anysio, Fernanda Montenegro, Nathalia Timberg, Jaime Barcelos, Fernando Torres e Elizeth Cardoso.

Nos anos 50, foi responsável pela dublagem em português de alguns clássicos da Disney. Começou com a dublagem da primeira voz de Pinóquio em "Pinóquio", dublagem do Rei Estevão de "A Bela Adormecida" e outros mais.

Maurício Sherman no comando do programa "Faça Humor, Não Faça Guerra"
Em 1951, substituiu Paulo Renato na peça "Massacre", de Emmanoel Roblès, do repertório da Companhia de Graça Mello. A peça obteve grande sucesso, tanto no Rio de Janeiro quanto em São Paulo, garantindo-lhe o prêmio de ator revelação. Naquele mesmo ano, iniciou sua trajetória na televisão, quando participou de uma representação da "Paixão de Cristo" na TV Tupi.

Maurício Sherman transferiu-se para a TV Paulista, canal 5 de São Paulo, em 1952. Na emissora, representou clássicos do teatro e da literatura, como "Rei Lear" e "Hamlet", de William Shakespeare, e "Grande Sertão: Veredas", de Guimarães Rosa. Nessa época, a TV Paulista, propriedade do deputado Ortiz Monteiro e dirigida pelo italiano Ruggero Jacobi, funcionava no sexto andar de um edifício residencial  na Rua da Consolação.

Em 1954, passou a trabalhar na TV Tupi do Rio de Janeiro, onde permaneceu por dez anos. Durante este período, atuou no "Sítio do Pica-Pau Amarelo", nas "Fábulas Animadas" com Júlio Gouvêa e dirigiu um teleteatro com Heloísa Helena.

Em 1961, foi responsável pela direção da primeira versão televisiva de "Gabriela, Cravo e Canela", baseada no livro de Jorge Amado e transmitida pela TV Tupi. A novela foi a primeira da televisão brasileira a ser gravada em videotape.

Maurício Sherman e Haroldo Barbosa em 1965
Depois de uma breve experiência na TV Excelsior, Maurício Sherman foi convidado por Mauro Salles para trabalhar na TV Globo, em agosto de 1965. Seu primeiro trabalho na emissora foi a direção do "Espetáculo Tonelux", programa apresentado por Marília Pêra, Gracindo Jr., Riva Blanche e Paulo Araújo. O musical era gravado ao vivo no auditório da Globo, com a presença de cantores da Jovem Guarda e uma orquestra sinfônica regida por Isaac Karabtchevsky.

Em 1966, dirigiu os programas humorísticos "Riso Sinal Aberto" e "Bairro Feliz". Nesse período, contribuiu para a entrada na TV Globo dos redatores de humor Max Nunes e Haroldo Barbosa.

Maurício Sherman deixou a TV Globo em 1968, quando o programa que então dirigia, "Noite de Gala", passou a ser exibido na TV Excelsior. Neste mesmo ano, foi convidado a comandar uma equipe de criação na TV Tupi, composta por Armando Costa, Oduvaldo Vianna Filho e Paulo Pontes.

Maurício Sherman permaneceu na TV Tupi até 1972, quando retornou à TV Globo para dirigir o humorístico "Faça Humor, Não Faça Guerra", com Jô Soares, Renato Corte Real, Luis Carlos Miéle, Paulo Silvino, Sandra Bréa, entre outros.

Maurício Sherman participou da equipe de criação do "Fantástico", em 1973, e foi um dos diretores do programa por três anos. Dirigiu também o "Moacyr Franco Show" até 1977, quando saiu novamente da emissora para assumir a direção artística da linha de shows da TV Tupi de São Paulo. Retornou à Globo em 1981 e dirigiu "Chico Anysio Show" e "Os Trapalhões" por dois anos.

Mauricio Sherman e Xuxa
Em 1983, após uma breve passagem pela TV Bandeirantes, onde dirigiu apresentadores como J. Silvestre até 1984, Maurício Sherman aceitou o convite de Adolpho Bloch para dirigir a programação da recém-inaugurada TV Manchete. Na TV Manchete foi um dos mais prestigiados diretores, tendo dirigido a primeira edição do "Clube da Criança", escalando a então modelo Xuxa Meneghel como apresentadora, e descobrindo Angélica, então ainda uma menina de onze anos. Foi também o responsável pela criação do programa "Bar Academia" e da minissérie "Marquesa de Santos".

Maurício Sherman voltou à TV Globo em 1988, como diretor executivo da Central Globo de Produção. Nos 12 anos seguintes, desempenhou várias funções: foi diretor de núcleo do horário das 18 horas; diretor do musical "Globo de Ouro"; diretor artístico do "Fantástico"; diretor do departamento de Projetos Especiais e diretor da área de controle de qualidade.

Além disso, trabalhou nos anos 1980 como comentarista da Rádio Bandeirantes, onde eram transmitidos diversos jogos do campeonato brasileiro de futebol. Também foi supervisor artístico da Rede Bandeirantes, tendo dirigido apresentadores como J. Silvestre até 1984 quando foi para a Rede Manchete.

Maurício Sherman trabalhou como diretor artístico do programa infantil dos anos 90 "TV Colosso".

Mauricio Sherman e Chico Anysio
De 1989 a 1991, esteve à frente de "Os Trapalhões", programa apresentado por Renato Aragão, Dedé Santana, Mussum e Zacarias. No dia 28/07/1991, dirigiu o especial comemorativo de 25 anos dos comediantes, com 25 horas de duração e a participação de todo o elenco da TV Globo.

Em 1991 e 1992, Maurício Sherman dirigiu as vinhetas com a mensagem de final de ano da TV Globo. Foi premiado pelas vinhetas da mensagem "Tente e invente, faça um 92 diferente", em que atores, jornalistas, comediantes e apresentadores apareciam mostrando talentos até então desconhecidos do público.

Em 1994, quando atuou como supervisor do "Vídeo Show", Maurício Sherman foi responsável pela transformação da atração em um programa diário.

Em 2001, foi diretor do "Domingão do Faustão".

Em 2009, Maurício Sherman dirigiu o especial de fim de ano "Chico e Amigos". No navio "Ventos Anysios", Chico Anysio interpretou personagens que marcaram sua carreira e homenageou a "Escolinha do Professor Raimundo", que completava 57 anos. Outra edição do especial "Chico e Amigos" foi exibida em janeiro de 2011.

Dirigiu de 1999 a 2015 o humorístico "Zorra Total", um de seus últimos trabalhos na televisão.

No teatro, Maurício Sherman dirigiu vários espetáculos importantes, com destaque para "A Pequena Notável" (1972), estrelado por Marília Pêra, no papel de Carmen Miranda, e "Evita" (1983), estrelado pela cantora Cláudia e os atores Mauro Mendonça e Carlos Augusto Strazzer

Morte

Maurício Sherman faleceu na quinta-feira, 17/10/2019, aos 88 anos no Rio de Janeiro, RJ. Ele foi vítima de complicações de uma doença renal crônica e estava em sua casa, no bairro de Ipanema, na Zona Sul da cidade, quando faleceu.

Indicação: Miguel Sampaio e Jairo Borges Cunha Júnior

Geraldo Vietri

GERALDO VIETRI
(68 anos)
Diretor, Autor, Novelista, Escritor, Roteirista, Produtor, Cineasta e Dramaturgo

☼ São Paulo, SP (27/08/1927)
┼ São Paulo, SP (01/08/1996)

Geraldo Vietri foi um diretor e dramaturgo nascido em São Paulo, SP, no dia 27/08/1927.

Personalidade controversa dentro da televisão, pioneiro, de temperamento difícil e politicamente conservador, Geraldo Vietri começou sua carreira na TV Tupi, em 1958, quando um de seus textos, "Este Mundo é dos Loucos", foi aprovado e produzido pela emissora paulista. Depois disso, Geraldo Vietri viria a ser contratado para trabalhar no "TV de Comédia", como autor e diretor. Em "TV de Comédia", ganhou notoriedade e respeito.

Quando a emissora resolveu produzir telenovela, o nome de Geraldo Vietri foi logo lembrado. Na primeira produção diária, "Alma Cigana" (1964), atuou como diretor. Dois anos depois escreveu A Inimiga" (1966), adaptando um original argentino. Consagrado como autor/diretor, mostraria uma inquietação para reformular o gênero com "Os Rebeldes" (1967).

Geraldo Vietri alcançou sucesso e projeção nacional com as telenovelas "Antônio Maria" (1968) e "Nino, o Italianinho" (1969), duas marcas registradas de sua trajetória pelo mundo das telenovelas. Além destas duas, também escreveu "Meu Rico Português" (1975), última novela a derrotar a TV Globo no horário das 19h, feito imbatível durante muito tempo.

Outro grande sucesso foi "Vitória Bonelli" (1972), intensa história de decadência econômica e superação ambientada na colônia italiana de São Paulo que contou com um memorável desempenho de Berta Zemel no papel-título.


Com a falência da TV Tupi, Geraldo Vietri se revezou entre algumas emissoras, dentre elas a TV Globo, TV Bandeirantes, TV Cultura, Rede Manchete e CNT.

Geraldo Vietri lançou e formou vários nomes importantes da história de nossa televisão, como Juca de Oliveira, Aracy Balabanian, Tony Ramos, Denis Carvalho e Paulo Figueiredo. Extremamente centralizador, Geraldo Vietri produzia, escrevia e dirigia suas novelas. Essa característica dificultou seu trabalho na esquemática TV Globo, em 1980, quando começou a adaptar o romance "Olhai Os Lírios do Campo", de Érico Veríssimo, para o horário das 18h00. Geraldo Vietri desentendeu-se com o diretor Herval Rossano e não concluiu a novela.

Geraldo Vietri também produziu para o cinema, usando em seus elencos os mesmos amigos que atuavam em suas novelas na TV Tupi. Como exemplo, "Senhora" (1976), com Elaine Cristina e Paulo Figueiredo, e "Tiradentes, o Mártir da Independência" (1976), com Adriano Reys. Contudo, não obteve no meio a mesma qualidade e a mesma repercussão de suas incursões na televisão, estabelecendo-se, meramente, como um artesão de produções comerciais.

No cinema, Geraldo Vietri mencionou pela única vez sua própria homossexualidade. No filme "Os Imorais" (1979), mostrou de forma positiva o amor entre dois rapazes.

Geraldo Vietri foi proprietário de restaurantes, um com o ator Flamínio Fávero chamado La Sorella Pizza Bar, inaugurado em 1972, e outro chamado Il Fratello, inaugurado também nos anos 70.

Geraldo Vietri sofria de enfisema pulmonar.

Morte

Geraldo Vietri faleceu na quinta-feira, 01/08/1996, aos 68 anos, vítima de broncopneumonia.

Carreira

CNT
  • 1996 - Antônio dos Milagres ... Autor
  • 1996 - Irmã Catarina ... Co-autor
  • 1995 - A Verdadeira História de Papai Noel ... Autor

Manchete
  • 1991 - O Fantasma da Ópera ... Supervisor de Texto
  • 1991 - Floradas na Serra ... Autor (Remake)
  • 1991 - Na Rede de Intrigas ... Autor
  • 1985 - Antônio Maria ... Autor e Diretor
  • 1984 - Santa Marta Fabril S.A. ... Autor e Diretor

TV Bandeirantes
  • 1983/1984 - Casa de Irene ... Autor e Diretor
  • 1982 - Renúncia ... Autor e Diretor
  • 1981/1982 - Dona Santa ... Autor e Diretor

TV Cultura
  • 1981 - Floradas na Serra ... Autor
  • 1981 - O Homem Que Sabia Javanês ... (Adaptação para o Teleconto)

TV Globo
  • 1980 - Olhai os Lírios do Campo ... Autor
  • 1986 - A Única Chance (Teletema) ... Autor
  • 1990 - Iaiá Garcia (Teletema) ... Autor

TV Tupi
  • 1978 - João Brasileiro, o Bom Baiano ... Diretor e Supervisor
  • 1976 - Os Apóstolos de Judas ... Autor e Diretor
  • 1975 - Meu Rico Português ... Autor e Diretor
  • 1972 - Vitória Bonelli ... Autor e Diretor
  • 1971 - A Fábrica ... Autor e Diretor
  • 1971 - A Selvagem ... Autor e Diretor
  • 1969 - Nino, o Italianinho ... Autor e Diretor
  • 1968 - Antônio Maria ... Autor e Diretor
  • 1967 - Os Rebeldes ... Autor e Diretor
  • 1967 - Paixão Proibida ... Diretor
  • 1967 - A Ponte de Waterloo ... Autor e Diretor (Remake)
  • 1967 - A Intrusa ... Autor e Diretor
  • 1967 - Angústia de Amar ... Diretor
  • 1966 - Ciúme ... Diretor
  • 1966 - A Ré Misteriosa ... Autor e Diretor
  • 1966 - A Inimiga ... Autor e Diretor
  • 1965 - Um Rosto Perdido ... Diretor
  • 1965 - A Outra ... Diretor
  • 1965 - O Cara Suja ... Diretor
  • 1965 - Teresa ... Diretor
  • 1964 - O Sorriso de Helena ... Diretor
  • 1964 - Quando o Amor é Mais Forte ... Diretor
  • 1964 - Se o Mar Contasse ... Diretor
  • 1964 - A Gata ... Diretor
  • 1964 - Alma Cigana ... Diretor
  • 1963 - Klauss, o Loiro ... Autor e Diretor
  • 1963 - Moulin Rouge, a Vida de Tolouse Lautrec ... Autor e Diretor
  • 1963 - Terror nas Trevas ... Autor e Diretor
  • 1963 - A Sublime Aventura ... Autor e Diretor
  • 1963 - As Chaves do Reino ... Autor e Diretor
  • 1962 - Prelúdio, a Vida de Chopin ... Autor e Diretor
  • 1962 - A Única Verdade ... Autor e Diretor (Remake)
  • 1962 - A Estranha Clementine ... Autor e Diretor
  • 1962 - A Noite Eterna ... Autor e Diretor
  • 1959 - Adolescência ... Autor e Diretor
  • 1959 - A Ponte de Waterloo ... Autor
  • 1958 - A Única Verdade ... Autor
Argentina

  • 1971 - Nino, Las Cosas Simples de La Vida (Adaptação de "Nino, o Italianinho")
  • 1984 - Lúcia Bonelli (Adaptação de "Vitória Bonelli")
  • 1987 - El Duende Azul (Foi exibida em 1989 pela Band com o título de "Desencontros")
Peru

  • 1972 - La Fábrica (Adaptação de "A Fábrica")
  • 1996 - Nino (Adaptação de "Nino, o Italianinho")

Beto Mi

HUMBERTO MIRANDA NETO
(60 anos)
Cantor, Compositor, Produtor Musical e Arranjador

☼ Guaratinguetá, SP (04/07/1958)
┼ Guaratinguetá, SP (10/06/2019)

Humberto Miranda Neto, conhecido artisticamente por Beto Mi, foi um cantor, compositor, produtor musical e arranjador nascido em Guaratinguetá, SP, no dia 04/07/1958.

Muito cedo, percebeu-se o seu interesse pela música, quando se emocionava ouvindo rádio ou discos de seu pai, com músicas clássicas ou os clássicos da música brasileira ou, ainda, quando passava horas ouvindo o violão de Dilermando Reis, ao lado da casa de seus avós, o que não era comum para meninos de sua idade.

Já na adolescência, cantou em coral, sob a regência do maestro Martinho Lutero, tocou em bandas e grupos musicais, que entre outras coisas, tocavam em missas de jovens, na região.

Em meados da década de 70 mudou-se para São Paulo, para cursar a Universidade, e começava ali a trilhar seu caminho musical. Nas andanças por bares de estudantes e noites paulistas, conheceu outras realidades, pessoas e personagens, que ficaram para sempre registradas em sua memória, enriquecendo suas poesias e iniciando-o na sua carreira musical. Nessa mesma época, foi convidado a participar do grupo de Teatro Experimental Universitário (TEU), onde atuou como diretor musical. Logo em seguida começou a participar de festivais de Música Popular Brasileira (MPB), que eram muito respeitados e que serviram de escola para muitos músicos e compositores daquela época.


Tornou-se conhecido e respeitado, no meio, por vencer vários festivais e por ter recebido, várias vezes, os prêmios de melhor letra e melhor intérprete. Foi chamado de o "Rei da Afinação", por Durval Ferreira e de "Divino", por Angela Maria. Armazenou diversas vitórias e conquistou vários amigos e parceiros, com o seu trabalho e a sua simplicidade.

Em 1982, após vencer o festival de Ubá, com a música "Ói u Trem", onde recebeu o prêmio das mãos do compositor Alcyr Pires Vermelho, que o comparou a Chico Buarque, no início de carreira, foi convidado por diretores da gravadora RCA Victor, presentes ao evento, a gravar seu primeiro disco, um compacto que foi distribuído somente no Estado de Minas Gerais.

Em 1983, Beto Mi assinou um contrato com a gravadora RCA e lançou seu segundo compacto, desta vez com distribuição em todo território nacional. Em seguida lançou o seu primeiro LP, intitulado "Beto Mi", que foi produzido por Durval Ferreira, e contou com as participações especiais de Hector Costita (saxofone), Maestro Ubirajara (bandoneão) e Milton Banana (percussão). Esse disco vendeu mais de 100.000 cópias, na época, e tornou-se um grande sucesso nacional, com destaques para as músicas "Pra Dizer Que Não Falei do Verso", "Anjo da Guarda", "Ói U Trem" e "O Ano Que Virá".


Seu primeiro LP foi muito elogiado pela crítica e foi considerado um clássico na MPB. Nessa longa caminhada, conquistou amigos e parceiros que só vieram a acrescentar na sua vida e conseqüentemente no seu trabalho, como: Sá & Guarabyra, Flávio Venturini, Vanusa, Ivan Lins, Ronnie VonDurval Ferreira, Rosemary, Peninha, Toninho Horta, Tavinho Lima, Nilson Chaves, Leo Saldanha, Sérgio Eduardo, só para citar alguns nomes de destaques na música brasileira contemporânea com os quais já trabalhou.

Em 1986, Beto Mi lançou seu segundo LP, "Espelhos", com produção de Ney Marques, pela gravadora Polydisc, com destaque para a música-título.

"Um Tempo Pra Sonhar", terceiro álbum do cantor, foi lançado em 1989, pela gravadora Warner. Este trabalho, também produzido por Ney Marques, contou com a participação especial de Guarabyra, na faixa "No Coração de Quem Ama". O disco obteve grande sucesso nacional, com as músicas "Espanhola" e "Sonhos de Primavera", sendo executado em todas as rádios do país. Com o resultado deste sucesso, Beto Mi ganhou um videoclipe e conquistaria o Prêmio Sharp de Música de 1990.

Em 1995, Beto Mi gravou o seu 6º disco - e 1º CD - na carreira, "Andarilhos da Luz". Este CD teve a produção do próprio Beto Mi e a participação especial de sua filha Thais Giubelli Miranda, na época, com 11 anos de idade. Foi também o primeiro trabalho realizado por sua gravadora, a BTM.


O 7º disco, "16 anos de Beto Mi", foi lançado em 1999 em comemoração aos 16 anos de carreira do cantor e, também, ao final do milênio, também pelo selo BTM.

Além de cantar e compor, Beto Mi criou e desenvolveu em parceria com a Fundação Abrinq pelos Direitos da Criança e do Adolescente e Fundação SOS Mata Atlântica, o Projeto Educativo, Musical, Cultural e Ambientalista "Planeta Caipira".

Em 2003, pela BTM, lançou o CD "Planeta Caipira", com os apoios da Natura Cosméticos, Petrobras e BASF, novamente pela BTM.

Em 2005, Beto Mi foi indicado e nomeado Secretário da Cultura de Guaratinguetá, onde desenvolveu um trabalho, justo e perfeito, em prol dos Projetos Culturais de Guaratinguetá e região. Três anos depois, foi indicado e eleito Diretor de Comunicação do Fórum dos Dirigentes Culturais do Estado de São Paulo (FECULT).

Em 2009, Beto Mi lançou o CD "25 Anos", uma coletânea composta dos maiores sucessos do cantor, como: "Pra Dizer Que Não Falei do Verso", "Anjo da Guarda", "O Ano Que Virá", "Ói u Trem", "Espelhos", "Espanhola", "Sonhos de Primavera", "Volto Já", e outras músicas inéditas. Foi o quarto álbum lançado sob chancela da BTM.

Em 2017, Beto Mi lançou seu primeiro DVD, além de fazer um show em comemoração aos 35 anos de carreira artística.

Morte

Beto Mi faleceu na segunda-feira, 10/06/2019, aos 60 anos, em Guaratinguetá, SP, vítima de um infarto fulminante.

Seu corpo foi velado no Velório Municipal ao lado do IML e o sepultamento ocorreu às 12h00, no Cemitério dos Passos, em Guaratinguetá, SP.

Fonte: Wikipédia