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César de Alencar

ERMELINDO CÉSAR DE ALENCAR MATTOS
(72 anos)
Radialista, Ator e Apresentador de Televisão

* Fortaleza, CE (06/06/1917)
+ Rio de Janeiro, RJ (14/01/1990)

Ermelindo Cesar de Alencar, sem sobra de dúvida, foi o maior animador de programas de auditório que existiu no rádio brasileiro, no qual, através das ondas da Rádio Nacional, ajudou a popularizar todos os seus ídolos. Durante anos César apresentou seu programa aos sábados, de 15h às 19h. A produção era de Hélio do Soveral, que mantinha o Brasil atento durante esse período para culminar com a atração maior, chamada por César de Alencar ao palco:

- A minha, a sua, a nossa favorita... Emiiilhiiiinha... Borrrrrba!

Nascido em Fortaleza, veio para o Rio de Janeiro ainda menino, para depois se matricular no Colégio Pedro II. Em 1939, ingressou na Rádio Clube do Brasil como locutor e contra- regra, trabalhando com Renato Murce participando de locuções comerciais. Mais tarde, César de Alencar foi para a Rádio Nacional, onde criou o programa que levava seu nome.

Culto e inteligente, não demorou a alcançar o mais absoluto sucesso na emissora situada na Praça Mauá numero 7. Todas as atrações internacionais que vinham ao Brasil participavam de seu programa, como: Charles Trenet, Édith Piaf, Ninón Sevilla, Bing Crosby entre muitos que souberam divulgar suas gravações em nosso país.

César Alencar mostrou sua popularidade de ótimo apresentador na mesma proporção da Rainha dos Auditórios, Emilinha Borba, cantando em seu programa. Atrás dele surgiram outros querendo imitá-lo, mas sem sucesso.

Participou de gravações carnavalescas, canções de meio de ano, em duo com Emilinha, Marlene, Heleninha Costa entre outras, devido a sua bela dicção como também aos sucessos que alcançava com os filmes da Atlântida.

Uma dúvida nos resta, depois da leitura do livro escrito por Jonas Vieira, sobre a sua participação direta na política que modificou a estrutura da emissora inaugurada em 12 de setembro do ano de 1936.

César de Alencar faleceu vítima de um Enfisema Pulmonar em 14 de janeiro de 1990 aos 72 anos de idade.

Cassiano Gabus Mendes

CASSIANO GABUS MENDES
(64 anos)
Ator, Autor, Roteirista, Sonoplasta, Contra-Regra, Diretor e Radialista

☼ São Paulo, SP (29/07/1929)
┼ São Paulo, SP (18/08/1993)

Cassiano Gabus Mendes foi pioneiro da televisão brasileira nascido em São Paulo, SP, no dia 29/07/1929. era filho do radialista Otávio Gabus Mendes e pai dos atores Cássio Gabus Mendes e Tato Gabus Mendes.

Foi um profissional extremamente versátil, tendo sido ator, roteirista, diretor, produtor, sonoplasta, contrarregra e autor de telenovelas. Antes da inauguração da televisão no Brasil, Lima Duarte fora escolhido para ser o principal diretor da futura TV Tupi, mas recusou. Cassiano Gabus Mendes foi a segunda opção e tornou-se assim o primeiro diretor artístico da televisão brasileira, comandando a TV Tupi por mais de uma década.

Na primeira década criou vários programas que entraram para a história da televisão, como "TV de Vanguarda" e "Alô Doçura". Após uma breve passagem pela TV Excelsior em 1967, voltou à TV Tupi e concebeu outro marco, a telenovela "Beto Rockfeller" (1968).

Com a decadência da TV Tupi passou brevemente pela TV Cultura antes de chegar à Rede Globo, na qual só encontrou vaga como autor de novelas. Como não havia melhor opção, aceitou e se tornou um dos maiores autores do gênero. Cassiano Gabus Mendes dizia que a vantagem de ser um autor era a de que não precisava comparecer à emissora diariamente.


A crítica demorou a reconhecer o brilhantismo de Cassiano Gabus Mendes. Suas novelas eram vistas como exibições fúteis do conflito entre ricos e pobres, até se começar a notar que Cassiano Gabus Mendes, na verdade, era um amargo observador da mesquinharia humana, e que a futilidade dos personagens era vista com um olhar impiedoso e cruel. Cassiano Gabus Mendes não admirava nem um pouco seus personagens, eles eram um retrato amargo de uma sociedade vazia e superficial.

A novela "Anjo Mau" (1976) foi seu sucesso mais popular, protagonizado por Suzana Vieira e que ganharia um remake 21 anos depois, desta vez protagonizado por Glória Pires e adaptado por Maria Adelaide Amaral. O remake também foi bem sucedido, mesmo não repetindo o estrondoso sucesso da versão original, que, segundo consta, contava até com o ex-presidente Juscelino Kubitschek como fã.

Embora tenha escrito sucessos nos anos 70, como "Locomotivas" (1977) e "Marron Glacê" (1979), se consagrou mesmo na década seguinte, conseguindo grandes êxitos de público e crítica com inesquecíveis tramas do horário das 19h00, como "Elas Por Elas" (1982), "Ti Ti Ti" (1985-86), "Brega e Chique" (1987) e principalmente "Que Rei Sou Eu?" (1989). Essa última era uma inteligente sátira em forma de aventura, capa e espada, à situação política do Brasil no final do Governo Sarney.

Escreveu também duas novelas para o horário nobre, "Champagne" (1983) e "Meu Bem, Meu Mal" (1990).


Sua grande característica era a de imprimir um delicioso tom irônico nos seus trabalhos, elaboradas e sofisticadas sátiras de costumes. Outro traço marcante era o de suas tramas raramente ultrapassarem o número de 30 personagens. Assim, todos participavam diretamente do segmento da ação principal.

Autores renomados, como Sílvio de Abreu e Carlos Lombardi, veem-no como uma grande influência. Carlos Lombardi até prestou uma homenagem a ele, escalando-o como ator em "Perigosas Peruas" (1992), Cassiano Gabus Mendes a essa altura não atuava há décadas. Inicialmente ele faria apenas uma participação especial, mas acabou ficando a novela inteira, embora depois confessasse não ter gostado da experiência.

Algumas de suas telenovelas foram reencenadas na TV Chilena. O remake de "Marron Glacê" (1979) fez tanto sucesso que teve uma segunda parte, o que não aconteceu com o original.

Seus dois filhos, Cássio Gabus Mendes e Tato Gabus Mendes são importantes atores brasileiros, bem como seu cunhado Luís Gustavo.

Cassiano Gabus Mendes morreu aos 64 anos, em São Paulo, SP, no dia 18/08/1993, vítima de um infarto do miocárdio, faltando menos de três semanas para o desfecho de sua última novela, "O Mapa da Mina" (1993).

Trabalhos

  • 2010 - Ti Ti Ti (Remake)
  • 1997 - Anjo Mau (Remake)
  • 1993 - O Mapa da Mina (Autor Principal)
  • 1992 - Perigosas Peruas (Co-autoria)
  • 1990 - Meu Bem, Meu Mal (Autor Principal)
  • 1989 - Que Rei Sou Eu? (Autor Principal)
  • 1987 - Brega e Chique (Autor Principal)
  • 1985 - Ti Ti Ti (Autor Principal)
  • 1984 - Champagne (Autor Principal)
  • 1982 - Elas Por Elas (Autor Principal)
  • 1980 - Plumas e Paetês (Autor Principal)
  • 1979 - Marron Glacê (Autor Principal)
  • 1978 - Te Contei? (Autor Principal)
  • 1977 - Locomotivas (Autor Principal)
  • 1976 - Anjo Mau (Autor Principal)
  • 1968 - Beto Rockfeller (Autor Principal)
  • 1966 - O Amor Tem Cara de Mulher (Autor Principal)
  • 1953 - 1964 - Alô Doçura (Autor Principal)

Fonte: Wikipédia

Genésio Arruda

GENÉSIO ARRUDA
(69 anos)
Ator, Cantor, Compositor, Radialista, Cineasta e Produtor

* Campinas, SP (28/05/1898)
+ Campinas, SP (03/10/1967)

Genésio Arruda foi um dos pioneiros na representação do caipira em peças e filmes. Antes da aparição de Mazzaropi incorporando o nosso caipira, Genésio Arruda já levava esta imagem aos palcos e as telas da época. Infelizmente esses grandes nomes nuncam são citados como as fontes de inspiração destes grandes artistas que se consagraram. Raramente se ouve falar no nome de Genésio Arruda na história de nossa dramaturgia.

Genésio Arruda fez dupla com o ator que fazia um estilo de "caipira italiano"

Em 1930 formou sua própria companhia de teatro. Genésio Arruda é considerado um dos precursores do cinema brasileiro. Apresentava-se em espetáculos ao lado de sua esposa Noemia Liendo, seus filhos e músicos, sempre representando o caipira.

Ganhou o Troféu Saci como melhor ator coadjuvante no filme "Tristeza do Jeca" onde fazia o personagem chamado Coronel Policarpo.

Genésio foi também um dos pioneiros da música sertaneja. Apresentou-se em diversos programas de rádio. Em 1929, gravou seu primeiro disco interpretando a marcha "Vai, Santinha", dele e de Jorge Peixoto e o foxtrote "Odalisca", de Edgardo Ferreira. No mesmo ano participou do primeiro filme sonoro brasileiro, "Acabaram-se os Otários", no qual fazia o papel de um caipira.

No final da década de 1930, teve um programa radiofônico na Rádio Tupi de São Paulo. No mesmo ano filmou "Lua de Mel".

Formou o grupo "Genésio Arruda e Sua Gente". Ainda em 1930, gravou o cateretê "Trovas do Sertão", de Luiz Gomes Cruz. No mesmo ano, gravou com Raul Torres a embolada "O Piá da Nambu", e a canção cômica "Uma Festa no Arraial", de sua autoria. Gravou também as paródias "O Tango Tá na Moda" e "Cinembra Falado", ambos de sua autoria.

Em 1931 dirigiu o filme "Campeões de Futebol", com Otília Amorim e o cantor paulista Paraguassu. Nos anos 1930 dirigiu a "Companhia Genésio Arruda de Teatro de Revista", que encenou, dentre outras, a revista "Moinho do Jeca", com J. Aimberê como maestro.

Em fins dos anos 1930 teve um programa na Rádio Tupi de São Paulo. No mesmo período fez parte do elenco da "Casa de Caboclo", casa de espetáculos dirigida pelo dançarino e compositor Duque no Rio de Janeiro. Em 1941, gravou com o grupo "Sua Gente" os gêneros humorísticos "Viagem do Genésio", de sua autoria e de Januário França, e "Olhar e Gostar", de Heitor dos Prazeres e Sílvio Galicho. Nessas gravações contou com a participação de Luiz Gonzaga, então em começo de carreira, na sanfona.

Nos anos 1950, apresentou o programa de rádio "A Hora dos Municípios". Em 1961 atuou no filme "Tristeza do Jeca", de Mazzaropi. No final da carreira apresentou shows intitulados "Genésio Arruda e Sua Bandinha".

Obras

Cinembra Falado
Do Sertão as Capitá
Na Estação (Com Januário França)
Num Vagão de Segunda (Com Tom Bill / Cayaffa)
O Papagaio do Compadre (Com Januário França)
O Tango Tá na Moda
Onde Mora o Coronel (Com Tom Bill / Cayaffa)
Pindurassaia (Com Johan Joanna)
Uma Festa no Arraial
Vai, Santinha (Com Jorge Peixoto)
Viagem do Genésio (Com Januário França)

Discografia

1941 - Viagem do Genésio / Olhar e Gostar
1941 - O Papagaio do Compadre / Alavantu
1941 - Vida de Casado / Na Estação
1930 - Isso é Enguiço / Isso Mesmo é Que eu Quero
1930 - Trovas do Sertão / Mussurungo
1930 - Num Vagão de Segunda / Onde Mora o Coronel
1930 - O Piá da Nambu / Uma Festa no Arraial
1930 - O José Pelin / Do Sertão às Capitá,
1930 - O Tango Tá na Moda / Cinembra Falado
1929 - Vai, Santinha / Odalisca
1929 - Pindurassaia / Pamanho
1929 - Deixei de Ser Otário / Pé no Chão

Paulo Tapajós

PAULO TAPAJÓS GOMES
(77 anos)
Cantor, Compositor, Produtor e Radialista

* Rio de Janeiro, RJ (20/10/1913)
+ Rio de Janeiro, RJ (29/12/1990)

Estudou desenho na Escola Nacional de Belas Artes, e música com o maestro Lorenzo Fernández. O trio Irmãos Tapajós foi formado em 1927, com seus irmãos Haroldo e Osvaldo.

Em 1928 estreou na Rádio Sociedade do Rio de Janeiro. Com a saída do irmão Osvaldo do trio, forma dupla com o irmão Haroldo, gravando "Loura e Morena" de Haroldo Tapajós e Vinicius de Moraes, "Decadência de Pierrô" de Lamartine Babo e Alcir Pires Vermelho, "Eu Chorei" e "Noite Azul". Compôs com Vinicius de Moraes a música "Canção da Noite".

Foi cantor, diretor e produtor de diversos programas da Rádio Nacional, do Rio de Janeiro, em 1942. Saiu da rádio Nacional em 1946 e foi contratado pela Rádio Tupi como diretor artístico. Em 1951 compôs o samba "Morreu o Anacleto", junto com o compositor Donga. Em 1956 gravou o Long Play, chamado "Luar do Sertão".

Dublou diversos desenhos para os estúdios Disney.

Formava a comissão executiva do I Festival Internacional da Canção - TV Rio, Rio de Janeiro, em 1966. Tendo ficado com o cargo de diretor artístico da emissora até 1970.

Em 1971 grava pela RCA Victor "Os Saraus de Jacob - Jacob do Bandolim Recebe o Modinheiro Paulo Tapajós".

Participou de diversos festivais de música pelo país. Por vários anos apresentou, produziu e dirigiu o programa radiofônico "Domingo Musical", do Projeto Minerva - Rádio MEC.

Pai dos cantores e compositores Paulinho Tapajós, Maurício Tapajós e da cantora Dorinha Tapajós.

Fonte: Wikipédia

Heron Domingues

HERON DE LIMA DOMINGUES
(50 anos)
Jornalista e Radialista

* São Gabriel, RS (04/06/1924)
+ Rio de Janeiro, RJ (09/08/1974)

Aos 16 anos tentou a carreira de cantor e foi participar em um concurso de calouros na Rádio Gaúcha, em Porto Alegre a 7 dezembro de 1941, dia escolhido pelos japoneses para bombardear Pearl_Harbour, Hawaii nos Estados Unidos. Na ausência do locutor da rádio, Domingues foi lançado às pressas aos microfones e deu a notícia em primeira mão. Não participou do concurso, mas saiu da rádio empregado. Em 1944, mudou-se para o Rio de Janeiro e passou a trabalhar na Rádio Nacional, onde, no programa Repórter Esso, transmitia a informação "como se estivesse numa trincheira", costumava dizer.

Acampado no estúdio da carioca Rádio Nacional, Heron Domingues, o Repórter Esso, aguardava sôfrego pelo telegrama que confirmaria o fim da Segunda Guerra Mundial, em 1945. Deveria fazer jus ao apelido a ele atribuído, "o primeiro a dar as últimas". Após passar Natal, Ano-Novo e Páscoa em alerta, os colegas insistiam para que ele fosse descansar em casa. Aceitou o conselho a contragosto e, para sua decepção, foi em casa que o radialista soube do fim do armistício, pela emissora concorrente. Para consolo, sua credibilidade ressoou: "Se o Repórter Esso ainda não deu, não deve ser verdade", comentava-se pelo País. Só depois que empostou sua inconfundível voz ao microfone é que a notícia ganhou veracidade.

Na televisão, trabalhou na extinta TV Rio, onde apresentou o Telejornal Pirelli, ao lado de Léo Batista e na Rede Globo, onde apresentou o Jorna da Noite e o Jornal Internacional na Globo de 1971 até 1974.

Em tom alarmista, o radialista foi o primeiro a noticiar vários fatos históricos nos 33 anos de carreira: o lançamento da bomba atômica sobre Hiroshima, 1945; o suicídio de Getúlio Vargas, (1954); a morte da cantora Carmem Miranda, 1955; a renúncia do presidente da República Jânio Quadros, (1961), a chegada do Homem à Lua, (1969).

Acreditava que a voz era dádiva de Deus e não se preocupava em preservá-la. Boêmio, bebia e fumava em excesso. Depois do expediente, era comum lotar a casa de amigos para notívagos bate-papos. Quando as visitas partiam, virava-se para a esposa, a jornalista Jacyra Domingues, e dizia: "Já faz muito tempo que estou em casa, vamos sair para dançar".

Foi o primeiro apresentador de televisão, quando ingressou na TV Tupi do Rio de Janeiro, em 1961. Desde 1972, estava na TV Globo, (Rede Globo), do Rio de Janeiro.

Eufórico para anunciar com exclusividade o impeachment do ex-presidente norte-americano Richard Nixon, no extinto Jornal Internacional, da TV Globo, sem imaginar que seria seu último noticiário.

Poucas horas depois foi jantar com os amigos, tendo tido um Ataque Cardíaco fulminante, já em casa. Os amigos acreditam que Domingues foi vencido pela emoção.

Ele era casado com a também jornalista Jacyra Domingues.

Sobre o Repórter Esso, Heron relatou:

"Trabalhei no Repórter Esso de 1944 a 1962, sem um dia de folga. Levantava-me ás 6:45 hs. e voltava para casa à 01:30 da madrugada. Nos períodos críticos, dormia na rádio, que tinha uma cama na redação. Para se ter uma idéia da época conturbada em que vivíamos, no período em que fui locutor do Esso, houve no Brasil dez presidentes da república. Durante a guerra, dormia na Rádio Nacional com um fone no ouvido, diretamente ligado a UPI. Sempre que havia uma notícia importante, eles me despertavam, eu mesmo colocava a emissora no ar e transmitia a notícia. Para o fim da guerra, preparamos uma audição especial do Repórter Esso, em que a notícia seria dada fundida com o repicar de sinos. Com medo de me emocionar muito diante do microfone, gravei o início da transmissão: "Atenção! Atenção! Acabou a guerra".

Fonte: Wikipédia


Gilda de Abreu

GILDA DE ABREU
(74 anos)
Atriz, Cineasta, Cantora, Escritora e Radialista

* Paris, França (23/09/1904)
+ Rio de Janeiro, RJ (04/06/1979)

Filha de um diplomata brasileiro e de uma cantora lírica, começou como atriz de teatro em 1933, passando ao cinema no papel principal da comédia romântica "Bonequinha de Seda", produzida por Ademar Gonzaga, em 1936.

Foi uma das primeiras mulheres a dirigir filmes no Brasil, fazendo estrondoso sucesso com o melodrama "O Ébrio" de 1946, sobre a ascensão e decadência de um cantor em virtude de uma decepção amorosa e do alcoolismo. O papel principal foi de seu marido, o cantor e compositor Vicente Celestino, com quem se casou em 1933.

Dirigiu também os dramas "Pinguinho de Gente", uma história ingênua e simplória, em 1947, "Coração Materno", onde também atuou como atriz e roteirista, em 1951, ao lado de Vicente Celestino, e "Chico Viola não Morreu", documentário sobre a vida e as canções de Francisco Alves.

Foi cantora lírica e de operetas, autora de radionovelas, das peças teatrais "Aleluia", "A Mestiça", "Arca de Noé" e "Alma de Palhaço" e de vários livros, dois deles sobre o marido, que morreu em 1968. Quando ela morreu estava casada com José Spinto.

No dia 04/06/1979, onze anos depois da morte do marido, aos 74 anos, a bonequinha de seda de Celestino despediu-se da vida na cidade do Rio de Janeiro, partindo ao encontro daquele que tanto amou e admirou.

Almirante

HENRIQUE FORÉIS DOMINGUES
(72 anos)
Cantor, Compositor, Escritor, Apresentador e Radialista

* Rio de Janeiro, RJ (19/02/1908)
+ Rio de Janeiro, RJ (22/12/1980)

Também conhecido por Almirante. Seu codinome na Era de Ouro do Rádio era: "A Mais Alta Patente do Rádio".

Pioneiro da música popular no país, começou sua carreira musical em 1928 no grupo amador Flor do Tempo formado por alunos do Colégio Batista, do bairro da Tijuca, Rio de Janeiro. Compunham o grupo, além de Almirante, cantor e pandeirista, os violonistas Braguinha (João de Barro) Alvinho e Henrique Brito.

Em 1929, convidados a gravar um disco na Parlophon, subsidiária da Odeon, admitem mais um violonista, do bairro vizinho de Vila Isabel, um jovem talento chamado Noel Rosa. O grupo então é rebatizado para Bando de Tangarás, nome inspirado numa lenda do litoral paranaense, a "Dança dos Tangarás" que conta a história de um grupo de pássaros, os tangarás, que se reúne para dançar e cantar alegremente.


O grupo se desfez em 1933 mas Almirante continuou sua carreira como cantor, interpretando sambas e músicas de carnaval, muitas de grande sucesso e hoje clássicos da música popular brasileira, como "O Orvalho Vem Caindo" (Noel Rosa e Kid Pepe), "Yes, Nós Temos Bananas" e "Touradas em Madri" (Braguinha e Alberto Ribeiro), entre outras.

Autor de uma das mais famosas músicas carnavalescas, "Na Pavuna", possuía enorme biblioteca e discoteca sobre música brasileira.

Em 1951, tornou-se o primeiro biógrafo do Poeta da Vila, ao produzir para a Rádio Tupi do Rio de Janeiro a série de programas semanais "No Tempo de Noel Rosa", com histórias, depoimentos e interpretações de suas músicas, muitas delas inéditas.

Entre 18 de outubro de 1952 e 3 de janeiro de 1953, publicou na Revista da Semana, em capítulos, "A Vida de Noel Rosa". Em 1963, com o mesmo título da série radiofônica, a Editora Francisco Alves lançou seu livro sobre o ex-companheiro do Bando de Tangarás.

Almirante faleceu de causas não reveladas.

Maiores Sucessos

  • 1930 - Na Pavuna
  • 1931 - Eu Vou Pra Vila
  • 1931 - Já Não Posso Mais
  • 1933 - Prato Fundo
  • 1933 - Moreninha da Praia
  • 1933 - Contraste
  • 1933 - O Orvalho Vem Caindo
  • 1934 - Menina Oxigenê
  • 1934 - Ninguém Fura o Balão
  • 1935 - Deixa a Lua Sossegada
  • 1935 - Pensei Que Pudesse Te Amar
  • 1936 - Amor em Excesso
  • 1936 - Marchinha do Grande Galo
  • 1936 - Levei Um Bolo
  • 1936 - Tarzan (O Filho do Alfaiate)
  • 1937 - Vida Marvada
  • 1937 - Apanhei Um Resfriado
  • 1938 - Yes, Nós Temos Bananas
  • 1938 - Touradas em Madrid
  • 1939 - Hino do Carnaval Brasileiro
  • 1939 - Vivo Cantando
  • 1939 - O Que é Que Me Acontecia
  • 1940 - Minha Fantasia
  • 1941 - Não Sei Dizer Adeus
  • 1941 - Qual Será o Score Meu Bem?
  • 1951 - Marchinha do Poeta

Fonte: Wikipédia

Hilton Gomes

HILTON GOMES DE SOUZA
(75 anos)
Jornalista, Radialista, Apresentador e Repórter

☼ Rio de Janeiro, RJ (23/05/1924)
┼ Rio de Janeiro, RJ (17/10/1999)

Hilton Gomes de Sousa, mais conhecido por Hilton Gomes, foi um jornalista, radialista, apresentador e repórter brasileiro nascido em Quintino Bocaiúva, bairro do Rio de Janeiro, em 23/05/1924.

Hilton Gomes era filho de Luiz Gomes de Souza e Cacilda Normandia de Souza. Tinha irmãos, mas era ele quem mais gostava da companhia do pai, quando este ia trabalhar no jornal A Noite, de Irineu MarinhoE foi lá que um dia conversou com Roberto Marinho, que também trabalhava no jornal.

Estudou também, mas não fez curso de jornalismo, pois, segundo ele, isso nem existia na época. 

Seu primeiro cargo foi como office boy, na Companhia Telefônica, atual Oi, mas logo passou para uma agência de propaganda. Escrevia também textos para rádio e televisão.

Foi, em seguida, trabalhar na Rádio Tupi, de Assis Chateaubriand, e passou logo para a TV Tupi do Rio de Janeiro.


Cid Moreira e Hilton Gomes, primeiros apresentadores do 'Jornal Nacional', em 1969.
Em 1951, apresentou o Telejornal Brahma, consagrando-se como o primeiro noticiarista do país. Fez amizade com as pessoas importantes da época, como João Calmon, Paulo Cabral Heloisa Helena. E se enfronhou no jornalismo, embora fizesse programas de auditório também.

Figura bonita, alta, voz grave e sorriso permanente, logo conquistou a todos. Foi depois para a TV Rio, onde estavam Péricles do Amaral e Cerqueira Leite. Fez sucesso com o Telejornal Bendix.

Esteve ainda na TV Excelsior, e foi por ela que foi, representando o telejornalismo, aos Estados Unidos, fazer a cobertura do assassinato de John Kennedy em 1963. Fez a cobertura da cerimônia fúnebre narrando todos os acontecimentos pela Rádio Voz da América.

Quando voltou, já como profissional consagrado, foi para a TV Globo. Mauro Salles era o diretor de jornalismo da emissora e o apreciou muito. Roberto Marinho também se lembrou do "garoto de calças curtas", que tamborilava na máquina de escrever do pai, no jornal A Noite, muitos anos antes.

E Hilton Gomes foi logo para o horário nobre, às 20h00, na primeira fase do Jornal da Globo, ao lado de Luís Jatobá e Nathalia TimbergDepois veio o Cid Moreira, mas Hilton Gomes continuava sempre.


Hilton Gomes no Festival Internacional da Canção
Para a profissão fez inúmeras viagens e grandes entrevistas. Fez uma reportagem com o Papa João Paulo, que lhe deu um bracelete. E esteve também na NASA, nos Estados Unidos. Nos programas de auditório, em que atuava como apresentador, fez sucesso em "Oh, Que Delícia de Show" "Festival da Canção". Entrevistou Roy Rogers e vários cantores internacionais. 

Das narrações famosas a que se destaca é o primeiro pouso do homem na Lua, com a Apollo 11, em 1969. Um fato interessante é que no dia seguinte ao pouso na Lua, no bar onde ia tomar seu tradicional café, os funcionários que o atendiam, o chamaram de mentiroso, que o homem não tinha ido a Lua coisa nenhuma. Quando mais gente começou a lhe perturbar com o assunto, Hilton Gomes desistiu do café e foi embora sem que ninguém o visse.

Esteve também no Japão, sempre a trabalho.

Casado com Maria Alice, o casal teve quatro filhos e oito netos. Hilton Gomes estava afastado da profissão, pois teve um problema sério de saúde, que o fez colocar um marca-passo.

Hilton Gomes faleceu no dia 17/10/1999, aos  75 anos, no Rio de Janeiro, RJ, vítima de uma parada cardiorespiratória.

Fonte: Wikipédia

Lauro Borges

LAURENTINO BORGES SAES
(66 anos)
Ator, Radioator, Radialista, Apresentador e Jogador de Futebol

* São Paulo, SP (14/01/1901)
+ São Paulo, SP (11/06/1967)

Lauro Borges nasceu no bairro Santa Efigênia, na capital paulista, e seu nome verdadeiro era Laurentino Borges Saes.

Criado por uma tia, pois seus pais morreram cedo, Lauro desde criança percebeu que sua vocação era a imitação. Junto com outro grande humorista e cantor que foi Castro Barbosa, Lauro criou um dos programas mais marcantes do humorismo radiofônico nacional. o "PRK-30", que fez a alegria do povo brasileiro por vinte anos, de 1944 a 1964.

O que pouca gente sabe é que a primeira profissão de Borges foi ser jogador de futebol, Em 1917, ele ingressa em alguns times juvenis de São Paulo. Em 1919 vai jogar no Palestra Itália, hoje o Palmeiras. No período de 1927 a 1931 vem para o Rio e joga no Botafogo e no Flamengo, com o apelido de Saes Meia Dúzia. Lauro deixou o futebol em 1931.

Sua amizade com o locutor esportivo Amador Santos lhe dá uma guinada na carreira. Amador percebe que Lauro era um grande improvisador e imitador e o leva para trabalhar na "Hora Rubro Negra".

Posteriormente, o "Programa Casé" lhe abre as portas para o humorismo. Ele conhece seu parceiro, Castro Barbosa, no humorístico "Só Rindo" em 1937, O programa era produzido por um grande fã e incentivador da dupla, Renato Murce, futuro marido de Eliana Macedo, musa das chanchadas da Atlântida.

Lauro e Castro trabalharam ainda no humorístico "PRK-20", embrião da "PRK-30".

A PRK "-30" estreiou na Rádio Mayrink Veiga em 1944, mas Castro só se junta a Lauro em 1945, substituindo o humorista Pinto Filho. Estava formada a maior dupla cômica do rádio brasileiro. Otelo Trigueiro (Borges) e Megaterio Nababo de Alicerce (Barbosa). Eles se transformam em um grande sucesso do rádio até 1959 passando pelas estações Mayrink Veiga e Nacional. Em 1961, Castro Barbosa deixa a parceria com Lauro Borges sendo substituído por Daniel Guimarães. Dessa data até 1964, Lauro e Daniel apresentaram a "PRK -30" pela TV Paulista em São Paulo e TV Rio, no Rio de Janeiro.

Filmografia

1949 - Pra Lá de Boa
1948 - Folias Cariocas
1940 - Laranja-da-China
1939 - Banana-da-Terra

Morte

Em 11 de junho de 1967, uma manhã de domingo, o corpo de Lauro Borges é achado com um tiro na cabeça na garagem do prédio onde morava na Rua Ministro Godói, no bairro de Vila Mariana, em São Paulo. A versão oficial de sua morte foi de que houve um suicídio, mas todas as evidencias apontavam para um assassinato.

Heber de Bôscoli

HEBER DE BÔSCOLI
Radialista, Ator, Radioator, Apresentador e Compositor

* São Paulo, SP
+ São Paulo, SP (1955)

Heber de Boscoli iniciou sua vida artística na Rádio Cruzeiro do Sul, mais tarde Rádio Tamoio, em 1937, em companhia de Ary Barroso e Paulo Roberto.

É até hoje considerado um dos maiores arrecadadores publicitários das emissoras de rádio, graças a criação de programas de forte apelo popular e por isto mesmo possuidores de enorme audiências.

Dentre estes programas, podemos citar:
  • A Hora do Pato - Programa dominical de calouros, na Rádio Nacional
  • Museu de Cera - Rádio Nacional
  • A Felicidade Bate a Sua Porta - 1º programa de prêmios com transmissão externa.

Heber de Bôscoli, 1955
No entanto o maior sucesso adveio com o "Trem da Alegria", em parceria com sua esposa Yara Salles e Lamartine Babo. A audiência era tão grande que durante muito tempo teve de ser apresentado nos teatros, uma vez que o auditório das emissoras de rádio não comportava o grande público que desejava participar e assistir ao programa.

De tão magros que eram o trio formado por Hebert de BôscoliYara Salles e Lamartine Babo, também se popularizou como "O Trio de Osso", como uma paródia ao "Trio de Ouro", formado por Herivelto Martins, Nilo Chagas e Dalva de Oliveira.

A idéia de compor hinos para os clubes de futebol partiu de Heber de Bôscoli, cabendo a Lamartine Babo a execução do projeto.

Gravou até 1955 e atuou no rádio e no cinema. Era casado com a atriz Yara Salles. É também creditado como Heber de Boscoli.

Faleceu de causas não reveladas.

Fonte: Wikipedia

Yara Salles

MARIA DO ROSÁRIO SALLES
(75 anos)
Atriz, Radialista e Apresentadora

* Tietê, SP (27/07/1912)
+ Bananal, SP (23/06/1988)

Integrou o "Trio de Osso", ao lado de Lamartine Babo e de seu esposo Heber de Bôscoli. O trio apresentava o divertido programa "Trem da Alegria", nos áureos tempos da Rádio Nacional do Rio de Janeiro.

Na TV, Yara Salles trabalhou em "Coração Alado" (1980), "Cabocla" (1979) e "Nuvem de Fogo" (1963), entre outras novelas.

Fez apenas um filme, "Prá Lá de Boa" no início da década de 50.

Yara Salles era a mãe adotiva do ator Perry Salles.

Resistiu a ir para a TV por querer só se dedicar ao rádio, mas acabou chegando às novelas em 1979, para viver a Dona Generosa da novela "Cabocla". Depois, ao lado do filho e da nora, Vera Fischer, fez a novela "Coração Alado", onde viveu a personagem Dalva.

Ela morreu na cidade de Bananal após sofrer o terceiro infarto.

Yara Salles, Vitinho Binot e Heber de Bôscoli
Televisão

  • 1979 - Cabocla ... Dona Generosa
  • 1980 - Coração Alado ... Dalva Pitanga
  • 1983 - Eu Prometo ... Nilzete

Cinema

  • 1948 - Pra Lá de Boa


Fonte: Wikipédia e Gilberto

Abílio Manoel

ABÍLIO MANUEL ROBALO PEDRO
(63 anos)
Cantor, Compositor, Produtor Musical, Radialista, Publicitário, Diretor de Cinema

* Lisboa, Portugal (03/02/1947)
+ Itacaré, BA (30/06/2010)

Iniciou sua carreira em 1966, quando se preparava para ingressar na faculdade de física. Começou se apresentando no programa "Show do Meio-Dia", apresentado por Pagano Sobrinho na TV Excelsior.

Em 1967, ingressou na Universidade de São Paulo (USP) e, ao mesmo tempo que estudava física, se apresentava em shows universitários promovidos no campus. Naquele ano, foi convidado para representar a USP no I Festival Latino-América de la Canción Universitaria, em Santiago , Chile, no qual conquistou o prêmio de melhor compositor, graças à canção "Minha Rua".

Logo a popularidade no meio universitário chegou aos meios de comunicação, e, ainda em 1967, foi convidado a participar do programa de Hebe Camargo, de grande audiência, onde cantou três músicas. Essa apresentação lhe trouxe o primeiro contrato, com a gravadora Odeon, pela qual gravaria, no ano seguinte, seu primeiro LP, com direção musical de Milton Miranda e arranjos e regência de Edmundo Peruzzi, a ser lançado em 1969.

Em 1968, concorreu no festival da TV Excelsior com a música "Quem Dera…", e no Festival Internacional da Canção com "Catavento". Depois veio o I Festival Universitário da TV Tupi, do qual participou com "Samba de Roda e Tudo Bem, Tudo Certo", seu primeiro compacto simples.

Em 1969, venceu o II Festival Universitário da TV Tupi, com "Pena Verde", talvez seu maior sucesso, cujo compacto simples alcançaria o topo das paradas em 1970, tornando-o conhecido em todo o país. Essa canção foi gravada em francês por Marie Laforet.

Abílio Manoel morreu vítima de um infarto aos 63 anos, no dia 30/06/2010, quando terminava suas férias na Bahia e se preparava para voltar a ativa.

Fonte: Wikipédia

Carlos Vergueiro

CARLOS PEREIRA DE CAMPOS VERGUEIRO
(78 anos)
Ator, Radialista, Jornalista, Compositor e Roteirista

* São Paulo, SP (01/01/1920)
+ Rio de Janeiro, RJ (31/03/1998)

Na década de 40, frequentou o curso de Direito, mas não chegou a exercer a profissão. Nessa época, ele começava a carreira artística como crítico musical do "Estado de São Paulo", do "O Correio Paulistano" e da revista "Clima".

Depois de uma viagem à Europa, em 1948, Vergueiro voltou sua atenção para o teatro. Quando voltou ao Brasil, entrou para o Grupo de Teatro Experimental, dirigido por Alfredo Mesquita. O primeiro papel foi uma ponta na peça "À Quoi Revent Les Jeunes Files", de Musset. Das apresentações, surgiu a idéia de fundar o Teatro Brasileiro de Comédia, o legendário TBC, no fim dos anos 40. Ele foi o primeiro diretor do teatro a participar de montagens históricas, como "Seis Personagens à Procura de um Autor", com Cacilda Becker e Sérgio Cardoso, e "Ralé", com Maria Della Costa e Paulo Autran.

No teatro, conheceu Zilah Maria Pederneiras Fontainha, com quem foi casado por 46 anos. Com ela, teve três filhos - Carlinhos e Guilherme Vergueiro, os dois ligados à música, e Maria Luiza.

Vergueiro não se restringiu ao teatro. Como secretário da diretoria da antiga Companhia Cinematográfica Vera Cruz, ganhou um papel no primeiro filme da empresa, "Caiçara". Também escreveu diálogos para os longas "Sinhá Moça" e "Uma Pulga na Balança".

No fim da década de 60, ocupou o cargo de diretor artístico da TV Cultura de São Paulo. Mesmo atuando como ator em peças de teatro e cinema, Vergueiro nunca abandonou o rádio. Ele costumava dizer que seu trabalho na área de programação musical tinha um paralelismo com a vida de ator.

Foi, também, diretor artístico da 'Rádio Eldorado'. Durante mais de 30 anos, ele foi responsável pela área cultural da emissora e criou programas líderes de audiência, como "Um Piano ao Cair da Tarde" e "Música de Concerto". Recebeu vários prêmios, entre eles, o Prêmio Sanyo de Radialismo, em 1979, e o Prêmio Roquette Pinto, em 1962, epla melhor programação musical.

Carlos Vergueiro morreu aos 78 de anos, de infarto.

É pai do compositor Carlinhos Vergueiro e Guilherme Vergueiro.

Fonte: Wikipédia e Dramaturgia Brasileira - In Memoriam

Luiz Carlos Alborghetti

LUIZ CARLOS ALBORGHETTI
(64 anos)
Jornalista Policial, Radialista, Showman de TV e Político

* Andradina, SP (12/02/1945)
+ Curitiba, PR (09/12/2009)

Luiz Carlos Alborghetti foi deputado estadual no Paraná por dezesseis anos. Entre suas características marcantes estavam o tom inflamado, desafiador, e o discurso ácido, não raro com o uso de termos chulos para expressar sua indignação. Seu estilo e formato de apresentação pioneiros influenciaram outras personalidades do rádio e televisão policial no Brasil.

Nascido em Andradina, mudou-se para o Rio de Janeiro aos dezesseis anos para estudar. Iniciou sua carreira em 1976, numa rádio de Londrina, Paraná, com um programa policial de nome Cadeia em que relatava os crimes ocorridos na cidade. Três anos mais tarde, Alborghetti estreou um programa de televisão, também chamado Cadeia, inicialmente para a cidade de Londrina, sendo ampliado posteriormente para todo o estado do Paraná em 1982. Neste mesmo ano, Alborghetti foi eleito vereador pela cidade e, dois anos depois, deputado estadual pela primeira vez, sendo reeleito em 1990.

Em 1992, Alborghetti estreou o Cadeia Nacional, levando seu programa para todo o Brasil, através da Rede OM de Televisão (hoje Central Nacional de Televisão), que possuía em seu quadro de afiliadas, entre elas a TV Gazeta, canal 11 de São Paulo. Várias características marcaram a atuação de Alborghetti na televisão: o discurso ácido, uma toalha dependurada sobre os ombros, os óculos de leitura, uma caneta entre os dedos da mão direita e um porrete de madeira, que ele usava para descontar sua raiva batendo em qualquer objeto que visse (principalmente em sua mesa) sempre que algo o enfurecia.

Um dos seus influenciados foi o apresentador de televisão Carlos Roberto Massa, o Ratinho, que trabalhou como repórter policial para ele por doze anos, tendo sido lançado em seu programa.

Seu tom inflamado e desafiador contra os criminosos sempre foi uma característica marcante. Por exemplo, ao denunciar o tráfico no Rio de Janeiro, nos anos 1990, chamou a facção criminosa Comando Vermelho de "bando de bichas". Também, ao comentar sobre o PCC, chamou seu líder Marcos Camacho (o Marcola) de "bundeiro" e "dador de bunda". Outro fato marcante ocorreu em 1997: através do Ministério Público ele impediu que a banda Planet Hemp se apresentasse no Paraná, devido a apologia às drogas (em particular a maconha) relatada em suas composições.

Dois anos mais tarde, Alborghetti deixou, provisoriamente, o comando de seu programa para concorrer à deputado estadual. Foi eleito pela terceira vez e, ao retornar ao programa, mudou de emissora e passou a concorrer com o antigo programa, com transmissão voltada apenas para o estado do Paraná. Em 1998, deixa o comando deste para tentar a sua terceira reeleição, sendo bem-sucedido. Pouco tempo depois, retorna ao comando de seu programa, também veiculado na CNT. Em 2002 tentou novamente a reeleição, sem sucesso. Perdeu por cinco mil votos.

Em 2006, Alborghetti estreou o programa Cadeia Sem Censura, veiculado de segunda a sexta-feira na Rede Intervalo de Comunicação, uma rádio pela Internet posteriormente transformada em programa de televisão, baseada em Curitiba. Ficou seis meses no ar, até agosto do mesmo ano. Por falta de patrocinadores, o programa saiu do ar, fazendo com que Alborghetti migrasse para a Rádio Colombo, também de Curitiba.

Na mesma época, a sua relação com a Internet e as redes sociais se intensificaram. Nas mídias digitais é referenciado como "Mestre", "Mestre Dalborgha" ou mais recentemente, "Charles Dal". Alguns de vídeos acabaram se popularizando da Internet, como o episódio em que ele comenta o filme 300. Ele também passou a ser referenciado na televisão: o programa Hermes e Renato, da MTV Brasil, fez uma paródia entre 2007 a 2008 do programa de Alborghetti no quadro "Chapa Quente", em que o apresentador Bradock faz o papel de jornalista policial e mais recentemente no progama Pânico na TV da Rede TV! com vinhetas do jornalista dizendo O Capeta existe e outros vídeos clássicos de quando Alborghetti liga pra polícia e diz que só tem duas viaturas para atender toda a cidade de Curitiba(capital do estado do Paraná). Outras manifestações também ocorreram na música: a banda curitibana de ska rock Boi Mamão compôs "Vagabundo" em homenagem ao apresentador, e o músico Rogério Skylab faz uma alusão à Alborghetti na canção "Cadê meu Pau".

Em 7 de maio de 2007, passou a apresentar seu programa Cadeia Sem Censura exclusivamente pela Internet, de segunda a sexta-feira, de 10 às 12 horas, e disponibilizava os programas em sua comunidade oficial do Orkut. Estreou em 3 de março de 2008 o programa Plantão Mais, exibido de segunda a sexta-feira, das 17 às 19 horas, na Rádio Mais AM 1120. Em 4 de agosto de 2008 passou a apresentar o Cadeia Sem Censura na Fusão TV, que foi exibido de segunda a sexta-feira, de 17 às 18 horas no endereço.

Depois de meses longe do trabalho para se dedicar a tratamentos, Alborghetti morreu em Curitiba, em 9 de dezembro de 2009, vítima de câncer de pulmão

Fonte: Wikipédia

Alziro Zarur

ALZIRO ABRAÃO ELIAS DAVID ZARUR
(64 anos)
Jornalista, Radialista, Poeta, Escritor,
Fundador e Primeiro Presidente da Legião da Boa Vontade

* Rio de Janeiro, RJ (25/12/1914)
+ Rio de Janeiro, RJ (21/10/1979)

Filho de imigrantes árabes, Ássima e Elias Zarur, foi aluno brilhante do Colégio Dom Pedro II e já nesse tempo demonstrava seu pendor para o jornalismo e para a liderança: Depois de escrever em todos os órgãos do colégio, fundou o próprio jornal, O Atalaia, e foi chamado para dirigir o órgão oficial, Boletim do Colégio Pedro II.

Aos 15 anos, ingressou como jornalista profissional no matutino A Pátria, de João do Rio, sob a direção de Diniz Júnior.

Dono de uma voz tocante, participou da chamada "Era de Ouro" do rádio brasileiro. Criou os programas "Enciclopédia Literária", "Você Não Tem Consciência!", "Gatinhos e Sinucas", "Teatro de Gente Nova", "Policial Zarur" e "As Aventuras de Sherlock Holmes". Transcrevendo a obra de Arthur Conan Doyle para a linguagem radiofônica, Alziro Zarur lançou o programa policial educativo no país, encerrando todas as produções com a sentença: "O Bem nunca será vencido pelo Mal".

Tendo sido criado por sua avó no catolicismo Romano e frequentado diversos círculos religiosos - templos protestantes, centros espíritas, sociedades positivistas, etc - Alziro Zarur afastou-se dos círculos sociais durante um ano, entre 1948 e 1949, vivenciando um "exílio espiritual" para planejar, em pormenores, a obra que viria a fundar.


Assim, em 04/03/1949, criou o programa "A Hora da Boa Vontade" na Rádio Globo. O programa, de forte cunho religioso, destinava-se principalmente aos doentes do corpo e da alma. Obteve índices estrondosos de audiência, mas foi muito criticado por pessoas do meio radiofônico, que viam a iniciativa de Alziro Zarur ora como um mero modismo, ora como fanatismo, ou ainda como maneira de projetar-se para futuros empreendimentos políticos.

Em 1950, fundou a Legião da Boa Vontade (LBV), com o objetivo de promover o diálogo inter-religioso e contribuir para o desenvolvimento solidário por meio de ações nas áreas social, educacional, cultural e filosófica.

Com o estabelecimento da Legião da Boa VontadeAlziro Zarur iniciou a Cruzada de Religiões Irmanadas, em prol da união das crenças, na busca pela paz. Teve adesão de diversos padres, pastores, líderes espíritas e lideranças de outros segmentos doutrinários. No entanto, oito anos depois abandonou o projeto dessa Cruzada alegando o despreparo das autoridades religiosas para o ecumenismo. Porém, sua preocupação em respeitar as diferentes religiões foi reconhecida pelo Vaticano. Alziro Zarur recebeu do Núncio Apostólico Dom Sebastião Baggio a Medalha do Papa Paulo VI, "por serviços prestados à causa do Ecumenismo".

Em 1958, casou-se em cerimônia na Igreja Ortodoxa, religião de seus pais. A partir desta mesma data, concentrou a atuação da Legião da Boa Vontade na promoção da caridade.


Pelas ondas da Rádio Mundial, controlada por ele mesmo, Alziro Zarur motivou por todo o Brasil a formação de grupos particulares que promoviam ações beneficentes em nome da Legião da Boa Vontade.

Concedeu entrevistas em todas as emissoras de televisão da época. Realizou programas culturais, dentro da série "O Povo Quer Saber" e "O Show é Zarur", respondendo sobre os mais variados assuntos, com auditórios lotados. Dava grande ênfase ao Novo Mandamento dado por Jesus Cristo: "Amai-vos uns aos outros como eu vos amei".

Na Rádio Mundial, de 1956 à 1966, divulgou toda a Bíblia Sagrada, de meia em meia hora, durante as 24 horas do dia, fato único em todo o mundo.

E, 1965, quando o Rio de Janeiro comemorava 400 anos de sua fundação, Alziro Zarur foi homenageado com o título de "Radialista do IV Centenário". Recebeu também, com mais nove descendentes de sírios e libaneses, a Condecoração da Liga dos Estados Árabes (LEA), das mãos de seu ministro Plenipotenciário.

Atendendo ao pedido dos senadores Petrônio Portella e Nelson Carneiro, analisou a Lei de Diretrizes e Bases Para o Ensino, sugerindo que ela fosse complementada por uma Lei de Diretrizes e Bases Para a Educação, baseada em valores morais e princípios espirituais.

Sócio remido da Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e da Associação Brasileira de Radiodifusão (ABR) e um dos pioneiros do Sindicato dos Jornalistas, Alziro Zarur criou a Associação Brasileira de Cronistas Radiofânicos (ABCR). Também lançou, em outubro de 1975, os fundamentos da Academia Brasileira de Escritores de Televisão, Rádio e Imprensa (ABETRI).


Em 24 de junho de 1964, fundou uma espécie de partido político, O Partido da Boa Vontade (PBV), que, no entanto, nunca chegou a funcionar como verdadeiro partido. O partido nasceu para "atender a uma exigência espiritual do povo brasileiro" segundo Alziro Zarur, que pretendia se lançar à presidência em 1965. O O Partido da Boa Vontade foi cassado em 1965, por força do artigo 18 do Ato Institucional Nº 2, de 27/10/1965, juntamente com vários outros partidos.

Em outubro de 1973, proclamou em Maringá a instalação na Terra da Religião de Deus, a 4ª Revelação de Deus aos Homens, as demais haviam sido a revelação a Moisés, a revelação a Jesus Cristo e a revelação dos espíritos superiores a Allan Kardec. Na ocasião, prometeu um Templo Ecumênico a ser erigido em Brasília, o qual foi concretizado anos depois por seu sucessor José de Paiva Netto.

Alziro Zarur também fundou a Agência Paz Promoções, que passou a ser responsável pelos lançamentos literários da Legião da Boa Vontade.

Em 1976, Alziro Zarur sagrou-se campeão mundial de permanência no ar, com a impressionante marca de 33 mil audições.

Após a morte de Alziro Zarur em 1979, sua esposa Iracy Zarur sucedeu-o juntamente com seus filhos Paulo e Pedro, tendo tomado posse numa Assembleia Magna em dezembro de 1979 (Jornal Última Hora de 05/12/1979). José de Paiva Netto tornou-se o presidente da instituição em 1980.

Fonte: Wikipédia

Oswaldo Sargentelli

OSWALDO SARGENTELLI
(77 anos)
Radialista, Apresentador de TV e Empresário Artístico


* Rio de Janeiro, RJ (08/12/1924)
+ Rio de Janeiro, RJ (13/04/2002)

Com sua voz grave peculiar, Sargentelli foi locutor de rádio no fim da década de 1940. Na extinta TV Tupi apresentou programas como O preto no branco e Advogado do Diabo, nos quais fazia perguntas polêmicas aos seus entrevistados.

Em 1964, Sargentelli foi proibido pelo regime militar de continuar com o programa. Então partiu para o samba. Abriu a casa de espetáculos "Sambão", em Copacabana, em 1969. Em 1970, abriu a "Sucata" e, em 1973, o "Oba-Oba". Casado três vezes, a primeira com Lúcia (por 8 anos), a segunda com Vera (por 11 anos) e a terceira com Almary (por 13 anos); foi pai de 7 filhos e, desde 1978, estava solteiro e tinha planos de abrir, em parceria com o empresário Ricardo Amaral, uma boate no mesmo local onde funcionara o antigo "Sucata", na Lagoa.


Sargentelli sofreu um Ataque Cardíaco Agudo justamente quando foi convidado para fazer uma participação especial na telenovela O Clone. Ele seria um dos freqüentadores do bar de Dona Jura, personagem da atriz Solange Couto, e local por onde já haviam passado importantes personalidades brasileiras, como por exemplo Pelé. Era uma maneira de homenagear Sargentelli, responsável por ter revelado Solange Couto como uma das mulatas dos shows de suas casas noturnas. Sargentelli se autodefinia como mulatólogo. Ele foi um dos grandes ícones da história do samba no Brasil.

Na data de seu aniversário é comemorado o Dia da Mulata.

Fonte: Wikipédia

Lamartine Babo

LAMARTINE DE AZEREDO BABO
(59 anos)
Compositor, 
Revistógrafo, Humorista, Radialista e Produtor

* Rio de Janeiro, RJ (10/01/1904)
+ Rio de Janeiro, RJ (16/06/1963)

Foi um dos mais importantes compositores populares do Brasil. Era um dos doze filhos de Leopoldo Azeredo Babo e Bernarda Preciosa Gonçalves, sendo um dos dos três que chegaram à idade adulta. Era tio de Oswaldo Sargentelli.

Nasceu no mesmo ano da fundação do América Football Club. Tijucano e americano fanático, Lamartine protagonizou cenas memoráveis como o desfile que fez em carro aberto pelas ruas do centro do Rio, fantasiado de diabo, comemorando o último campeonato do América em 1960.

Mesmo tendo sido um leigo em técnica musical, Lamartine criou melodias maravilhosas, resultantes de seu espírito inventivo e altamente versátil. Começou a compor aos catorze anos - a valsa "Torturas do Amor" e, aos dezesseis anos, compõe a opereta "Cibele". Quando foi para o Colégio São Bento dedicou-se a músicas religiosas.

Formou-se em Ciências Jurídicas e Sociais na então Faculdade de Direito da Universidade do Rio de Janeiro, atual Faculdade Nacional de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Porém, foi através das marchinhas carnavalescas, cantadas até hoje, como O Teu Cabelo Não Nega, Grau 10, Linda Morena, e A Marchinha do Grande Galo, que o seu nome se tornou mundialmente conhecido como o Rei do Carnaval. Em suas letras, predominavam o humor refinado e a irreverência.

Como poucos, Lamartine alcançou os dois extremos da alma brasileira: a gozação e o sentimento.

Em 1937, na cidade mineira de Boa Esperança, numa situação inusitada, compôs o famoso samba-canção Serra da Boa Esperança.

Em 1949 compôs os hinos dos 11 participantes do Campeonato Carioca de Futebol daquele ano, com patrocínio do programa de rádio Trem da Alegria, que lançou lps de cada um dos clubes. Em um só dia Lamartine Babo compôs os famosos hinos dos considerados seis maiores e mais tradicionais times de futebol do Rio de Janeiro - sendo o primeiríssimo em seu coração o América FC, além de Vasco da Gama, Fluminense, Flamengo, Botafogo e Bangu. Em seguida foram escritos os hinos dos clubes "menores", sendo eles o São Cristóvão, Madureira, Olaria, Bonsucesso e Canto do Rio. Esses hinos são, na verdade, hinos populares, sendo os hinos oficiais da maioria dos clubes músicas diferentes.

Lalá, como era conhecido, era uma das pessoas mais bem humoradas e divertidas de sua época, não perdendo nunca a chance de um trocadilho ou de uma piada. Em uma entrevista afirmou "Eu me achava um colosso. Mas um dia, olhando-me no espelho, vi que não tenho colo, só tenho osso". Numa outra, o entrevistador pergunta qual era a maior aspiração dos artistas do broadcasting, Lalá não vacila: "A aspiração varia de acordo com o temperamento de cada um… Uns desejam ir ao céu… já que atuam no éter… Outros ‘evaporam-se’ nesse mesmo éter… Os pensamentos da classe são éter… ó… gênios…" - valeu-lhe o título de O Pior Trocadilho de 1941.

E aconteceu também o caso dos correios: Lalá foi enviar um telegrama, o telegrafista bateu então o lápis na mesa em morse para seu colega: "Magro, feio e de voz fina". Lalá tirou o seu lápis e bateu: "Magro, feio, de voz fina e ex-telegrafista"

Sua primeira marchinha gravada, foi a divertida "Os Calças-Largas", em que Lamartine debochava dos rapazes que usavam calças boca-de-sino. Em 1937, com a censura imposta pelo Estado Novo de Getúlio Vargas, carnavalescos irreverentes como Lamartine Babo ficaram proibidos de utilizar a sátira em suas composições. Sem a irreverência costumeira, as marchinhas não foram mais as mesmas.

Em 1951, aos 47 anos, Lamartine Babo, que nunca tivera sorte no amor, casou-se, enfim. Morreu vitimado por um infarto, no dia 16 de junho de 1963, deixando seu nome no rol dos grandes compositores deste país. Seu amigo e parceiro João de Barro, o popular Braguinha, disse certa vez: "Costumo dividir o carnaval em duas fases: Antes e depois de Lamartine".

Em 1981 a escola de samba Imperatriz Leopoldinense conquistou seu primeiro bicampeonato com o enredo "O teu cabelo não nega", de Arlindo Rodrigues, uma comovente e divertida homenagem ao compositor.

Fonte: Wikipédia