Pardinho foi um cantor brasileiro, famoso por ter formado com Tião Carreiro, a dupla Tião Carreiro & Pardinho.
Antonio Henriquenasceu em São Carlos, SP, na Fazenda São Joaquim. Logo depois, se mudou para a Fazenda Figueira Branca. "Na época da colheita do café havia muita festa e na fazenda Figueira Branca meu pai ganhou um cavaquinho, com 12 anos mais ou menos", contou Carlos Henrique seu filho.
Antonio Henrique começou cantando com o nome de Miranda e formou uma dupla com Zé Carreiro, da dupla Zé Carreiro & Carreirinho, em 1956, para concorrer a um concurso para violeiros lançado pela Rádio Tupi.
A dupla ganhou o prêmio com o cururu "Canoeiro". A partir daí, Antonio Henrique adotou o pseudônimo de Pardinho e começou a criar seus próprios sucessos.
Pardinho fez sucesso com o companheiro Tião Carreiro com a dupla Tião Carreiro & Pardinho. A discografia da dupla soma mais de 45 discos, encontrados facilmente em qualquer loja de discos do Brasil. Pardinho também cantou com outros parceiros, como João Mulato (Wilson Leôncio de Melo) e Pardal (Gonçalo Gonçalves), com o qual gravou 7 discos, incluindo o disco "4 Azes", no qual também participam a dupla Tião Carreiro & Paraíso.
Se destacam entre as suas músicas a trilogia do "Menino da Tábua", que conta a história de um menino que só bebia leite e água em cima de uma tábua onde vivia, e suas continuações, que fala de seus milagres depois da morte.
A dupla Pardinho & Pardal também gravou a música "O Poder da Viola", que conta a história de uma menina que recebeu várias picadas de aranha enquanto dormia e se salvou depois de ser benzida à toque de viola. A dupla gravou também a música "Sertão do Virador", de Zé Fortuna & Pitangueira, com o nome de "O Poder da Fé", no disco "O Poder da Viola" (1980).
Embora tenha se mudado muito jovem de São Carlos, entre 13 e 14 anos, Pardinho sempre visitava a cidade no dia 15 de agosto, pois era devoto de Nossa Senhora Aparecida da Babilônia.
Em janeiro de 1963, casou-se com Lucília Pires de Lima, e o casal passou a lua-de-mel no município. Tiveram dois filhos, Carlos Henrique e Rosângela Aparecida de Lima, que lhes deram duas netas, Lívia e Daniele de Lima.
Morte
Pardinho morreu na madrugada do dia 02/06/2001, aos 68 anos. Ele estava internado num hospital de Sorocaba, interior de São Paulo, desde o dia 23/05/20001, após sofrer um Acidente Vascular Cerebral em seu sítio.
Homenagem
Na noite de 14/08/2007, dia em que completaria 75 anos, Antonio Henrique de Lima, o músico Pardinho, foi homenageado com a inauguração de um parque que leva seu nome. Um show com apresentações de 15 duplas de viola e do músico Mazinho Quevedo ao lado de Carlos Henrique, filho de Pardinho, com apoio da EPTV Central, marcou o evento. São-Carlense, Pardinho é reconhecido como um dos maiores músicos do país.
No parque, localizado no início da serra da Cidade Aracy, no bairro Monte Carlo, possuindo 15 mil m², foi erguido um monumento em homenagem ao músico, projetado e confeccionado pela cenógrafa Sueli Russo Paes de Barros, chefe da Divisão de Teatro da Prefeitura do município.
Um dos integrantes do primeiro grupo de músicos da Bossa Nova, compositor de clássicos como "Manhã de Carnaval" e "Samba de Orfeu", ambas em parceria com Antônio Maria, Luiz Bonfá começou a tocar violão de ouvido, na infância, no Rio de Janeiro.
Quando completou 12 anos passou a ter aulas com o uruguaio Isaías Sávio. Tais aulas se tornaram muitos cansativas para Luiz Bonfá, que tinha de sair de sua casa na periferia do Rio de Janeiro, andar uma grande parte do caminho a pé e depois pegar um bonde para Santa Teresa, onde morava o professor. Devido à extraordinária dedicação de Luiz Bonfá, Isaías Sávio não lhe cobrava as aulas.
Na década de 40 tocou na Rádio Nacional, ao lado de Garoto. Participou de alguns conjuntos, como o Quitandinha Serenaders, até começar a carreira solo, como violonista.
Teve atuação destacada como compositor, e seus primeiros sucessos foram gravados por Dick Farney, em 1953. A peça "Orfeu da Conceição", de Vinicius de Moraes, foi um marco em sua carreira. Tocou violão na gravação do disco da peça em 1956 e, três anos depois, compôs algumas das faixas que compunham a trilha sonora do filme de Marcel Camus, "Orfeu do Carnaval", inspirado na peça.
"Manhã de Carnaval", feita para o filme "Orfeu do Carnaval" (1959), tem incontáveis gravações em todo o mundo, a primeira delas feita por Agostinho dos Santos.
"Não há violonista que não saiba tocar Manhã de Carnaval", sentenciou Toquinho, que foi discípulo do mesmo professor de violão de Luiz Bonfá, o uruguaio Isaías Sávio.
"Manhã de Carnaval é uma música muito simples e muito profunda, por isso é tão especial", explicou o violonista Paulinho Nogueira, que conhecia Luiz Bonfá de longa data.
"Lembro que uma vez, há mais de 30 anos, ele foi me visitar na minha casa, faltou luz e ficamos várias horas tocando no escuro. Esse tipo de coisa não se esquece", disse Paulinho Nogueira.
Participou do Festival de Bossa Nova no Carnegie Hall em New York, em 1962, sempre respeitado como compositor refinado e exímio violonista. Uma de suas características era tocar fazendo amplo uso do recurso das cordas soltas, o que conferia uma sonoridade ampla e grandiosa.
Luiz Bonfá gravou diversos discos nos Estados Unidos que não foram lançados no Brasil. Voltou a gravar no Brasil no fim dos anos 80 e nos anos 90, lançando discos bem-sucedidos também nos Estados Unidos.
"Almost In Love", composição de Luiz Bonfá, foi a única música brasileira gravada por Elvis Presley.
Frank Sinatra, Sarah Vaughan, George Benson, Tony Bennett, Julio Iglesias, Diana Krall e Luciano Pavarotti são outros intérpretes que já cantaram músicas de Luiz Bonfá.
Luiz Bonfá foi, como compositor, um dos responsáveis pela transição do samba-canção para a bossa nova, com suas composições do início da década de 50, interpretadas por nomes como Nora Ney, Lúcio Alves e Johnny Alf.
Outros sucessos são "De Cigarro em Cigarro", "Correnteza", em parceria com Tom Jobim, "The Gentle Rain", "Menina Flor", "Mania de Maria" e "Sem Esse Céu".
Morte
Luiz Bonfá sofria de câncer de próstata, agravado por metástase óssea e uma isquemia. Ficou internado por 7 dias na clínica Núcleo Integrado de Geriatria (NIG), na Barra da Tijuca, Zona Oeste, bairro onde morava desde os anos 70.
Morreu na madrugada do dia 12/01/2001, aos 78 anos. Foi enterrado no mesmo dia, às 16:30 hs, no Cemitério Jardim da Saudade.
Maria Clara Machado foi uma escritora e dramaturga brasileira, nascida em Belo Horizonte, MG, no dia 03/04/1921. É autora de famosas peças infantis e fundadora do Tablado, escola de teatro do Rio de Janeiro. Filha de Aníbal Machado, escritor, futebolista, professor e homem de teatro brasileiro.
Nascida em Belo Horizonte, em 03/04/1921, Maria Clara mudou-se para o Rio de Janeiro aos 4 anos, indo morar em Ipanema. Permaneceu nesse bairro até sua morte, em 30/04/2001, aos 80 anos de idade.
Em 1949 concorreu a uma bolsa de estudos do governo francês para jovens intelectuais e acabou indo para Paris, onde teve contato definitivo com o teatro e a dança, se tornando aluna do mímico Decroux, do diretor Jean-Louis Barrault e de Rudolf Laban.
Um ano depois Maria Clara Machado voltou ao Brasil e foi trabalhar como enfermeira no Patronato da Gávea. Por ter muito jeito com crianças, acabou tentando montar um teatro amador com as pessoas da comunidade, mas como a grande maioria eram de operários que precisavam acordar muito cedo para trabalhar, ela tentou descobrir outra forma de realizar seu intento. Como não queria desistir dessa ideia, acabou por montar, em 1951, um grupo amador que apresentasse peças para a comunidade sem necessariamente contar com os moradores locais. Surgiu, então, o Teatro Tablado.
O Teatro Tablado apresentava peças para todos os públicos, mas sua principal força era com as peças infantis de Maria Clara Machado. Ela desenvolvia textos e fazia montagens de altíssima qualidade, até mesmo para a época. Seus textos são até hoje montados.
Considerada a maior autora de teatro infantil do país, Maria Clara Machado escreveu quase 30 peças infantis, livros para crianças e 3 peças para adultos: "As Interferências", "Os Embrulhos" e "Miss Brasil".
Além disso, o Teatro Tablado formou várias gerações de atores. Para se ter uma idéia, na primeira turma da escola faziam parte Marieta Severo, Hildegard Angel, Nora Esteves e Djenane Machado. Durante seus 50 anos de existência, o Teatro Tablado formou mais de 5 mil atores, entre os quais várias estrelas do porte de Malu Mader, Louise Cardoso, Miguel Falabella e Cláudia Abreu. E durante todo esse tempo, Maria Clara Machado sempre esteve presente, traçando diretrizes e ensinando mais e mais atores.
Sua primeira grande peça, "O Boi e o Burro a Caminho de Belém", de 1953, era um auto de Natal que rendeu ótimas críticas. A peça foi originalmente escrita para teatro de bonecos, mas, no fim, acabou sendo montada com atores.
De qualquer forma, foi em 1955 que surgiu o maior sucesso do Teatro Tablado e o texto mais montado de Maria Clara Machado: "Pluft, o Fantasminha". Essa peça, que conta com humor, poesia e diversas situações, possui apenas uma hora de duração, sendo considerada pela própria autora como sua obra mais completa.
Depois do sucesso de "Pluft, o Fantasminha", Maria Clara Machado escreveu várias outras peças, entre as quais "O Cavalinho Azul", "A Bruxinha Que Era Boa" e "A Menina e o Vento".
Sua última peça foi escrita em 2000, "Jonas e a Baleia", na qual Maria Clara Machado reconta esse episódio bíblico em parceria com Cacá Mourthé.
Em 2011 Maria Clara Machado foi enredo de Escola de Samba pela Porto da Pedra, pela terceira vez, sendo que a primeira foi com a Unidos do Jacarezinho e a segunda pela União da Ilha em 2003. Uma curiosidade é que o carnavalesco que desenvolveu o desfile da Porto da Pedra em 2011 é o mesmo que desenvolveu o desfile da União da Ilha em 2003.
Morte
Maria Clara Machado faleceu às 20h45 do dia 30/04/2001, aos 80 anos, em razão do Linfoma de Hodgkin, um tipo de câncer no Sistema Imunológico, diagnosticado há um ano e seis meses. Faleceu em sua casa em Ipanema, no Rio de Janeiro, RJ, ao lado da sobrinha, a atriz Cacá Mourthé, amigos e familiares.
"Ela detestava hospital, e se ficasse internada sofreria mais. Ela queria ficar perto da família", disse Cacá Mourthé.
O corpo de Maria Clara Machado foi levado para a capela do Patronato da Gávea, na Lagoa, próxima ao Teatro Tablado, onde foi velado.
O sepultamento aconteceu na terça-feira, 01/05/2001, às 16h00, no Cemitério São Francisco Xavier, no Caju, na Zona Norte do Rio de Janeiro.
Uma semana antes de seu falecimento, a escritora ganhou o Prêmio Shell de Personalidade, mas já não pôde ir recebê-lo. Foi representada por ex-alunos do Teatro Tablado, que a homenagearam.
Trabalhos
Peças Infantis (Escritora)
1953 - O Boi e o Burro No Caminho de Belém
1954 - O Rapto das Cebolinhas
1955 - Pluft, o Fantasminha
1956 - O Chapeuzinho Vermelho
1957 - O Embarque de Noé
1958 - A Bruxinha Que Era Boa
1960 - O Cavalinho Azul
1961 - Maroquinhas Fru-Fru
1962 - A Gata Borralheira
1963 - A Menina e o Vento
1965 - A Volta do Camaleão Alface
1967 - O Diamante do Grão-Mogol
1968 - Maria Minhoca
1969 - Camaleão na Lua
1971 - Tribobó City
1976 - O Patinho Feio
1976 - Camaleão e as Batatas Mágicas
1979 - Quem Matou o Leão?
1980 - João e Maria
1981 - Os Cigarras e os Formigas
1984 - O Dragão Verde
1985 - Aprendiz de Feiticeiro
1987 - O Gato de Botas
1992 - Passo a Passo no Paço
1994 - A Coruja Sofia
1994 - Tudo Por um Fio
1996 - A Bela Adormecida
2000 - Jonas e a Baleia (Com Cacá Mourthé)
2004 - O Alfaiate do Rei
Peças Adultas (Escritora)
1951 - A Moça da Cidade
1963 - Referência 345
1966 - As Interferências
1970 - Os Embrulhos
1970 - Miss, Apesar de Tudo, Brasil
1972 - Um Tango Argentino [3]
Direção
1951 - O Pastelão e a Torta
1951 - A Moça e a Cidade
1952 - Sganarello
1953 - A Sapateira Prodigiosa
1953 - O Boi e o Burro no Caminho de Belém
1954 - O Rapto das Cebolinhas
1955 - Pluft, o Fantasminha
1956 - Chapeuzinho Vermelho
1956 - A Sombra do Desfiladeiro
1957 - O Embarque de Noé
1958 - A Bruxinha Que Era Boa
1958 - O Matrimônio
1958 - O Rapto das Cebolinhas
1959 - Do Mundo Nada Se Leva
1960 - O Cavalinho Azul
1961 - Maroquinhas Fru-Fru
1962 - A Gata Borralheira
1962 - O Médico à Força
1963 - Barrabás
1963 - A Menina e o Vento
1964 - Sonho de Uma Noite de Verão
1964 - Pluft, o Fantasminha
1965 - Arlequim, Servidor de Dois Patrões
1965 - A Volta de Camaleão Alface
1966 - As Interferências
1966 - O Cavalinho Azul
1967 - O Diamante do Grão-Mogol
1967 - As Aventuras de Pedro Trapaceiro
1967 - O Pastelão e a Torta
1968 - Maria Minhoca
1968 - Aprendiz de Feiticeiro
1969 - Pluft, o Fantasminha
1969 - Camaleão na Lua
1970 - Os Embrulhos
1970 - Maroquinhas Fru-Fru
1971 - O Boi e o Burro no Caminho de Belém
1971 - Tribobó City
1972 - Um Tango Argentino
1972 - A Menina e o Vento
1973 - O Embarque de Noé
1973 - O Boi e o Burro no Caminho de Belém
1974 - Vassa Geleznova
1974 - Pluft, o Fantasminha
1975 - O Dragão
1976 - O Patinho Feio
1976 - Camaleão e as Batatas Mágicas
1977 - Pluft, o Fantasminha
1978 - Quem Matou o Leão?
1979 - O Cavalinho Azul
1980 - João e Maria
1980 - Platonov
1981 - Os Cigarras e Os Formigas
1982 - O Rapto das Cebolinhas
1983 - Chapeuzinho Vermelho
1984 - O Dragão Verde
1985 - Aprendiz de Feiticeiro
1985 - Pluft, o Fantasminha
1986 - O Boi e o Burro no Caminho de Belém
1987 - O Gato de Botas
1988 - Tribobó City
1990 - O Cavalinho Azul
1991 - O Boi e o Burro no Caminho de Belém
1992 - O Rapto das Cebolinhas
1992 - O Boi e o Burro no Caminho de Belém
1993 - O Diamante do Grão-Mogol
1995 - Pluft, o Fantasminha
1997 - O Gato de Botas
Como Atriz (Teatro)
1949 - A Farsa do Advogado Pathelin
1951 - A Moça e a Cidade
1951 - O Moço Bom e Obediente (Nô Japonês)
1952 - Sganarello
1953 - A Sapateira Prodigiosa
1954 - Nossa Cidade
1955 - Diálogo das Carmelitas
1955 - Tio Vânia
1957 - O Tempo e os Conways
1959 - Do Mundo Nada Se Leva
1959 - Living-room
1960 - Dona Rosita, a Solteira
1961 - O Mal Entendido
1981 - Ensina-me a Viver
1985 - Este Mundo é um Hospício
Filmografia (Atriz)
1951 - Angela
1984 - O Cavalinho Azul
Televisão (Escritora)
1972 - A Patota (TV Globo)
Adaptações de Suas Obras Para a TV e Cinema
1964 - Pluft, o Fantasminha (Cinema)
1975 - Pluft, o Fantasminha (TV Globo)
1984 - O Cavalinho Azul (Cinema)
Livros
Pluft, O Fantasminha
Tribobó City
O Cavalinho Azul
O Dragão Verde
Clarinha na Ilha
Aventura do Teatro
Dudu e o Dinossauro
Lila e Sibila na Praia
Maria Clara Machado: Eu e o Teatro
Teatro I
Pacheco, O Cachorro Gigante
Teatro IV
O Sapateiro Feliz
A Menina e o Vento
A Bruxinha Que Era Boa
O Cavalinho Azul
Os Cigarras e os Formigas
A Aventura do Teatro
Antologia de Histórias
O Diamante do Grão-Mogol
Camaleão na Lua
Maria Minhoca a Volta do Camaleão Alface
Uma Aventura na Floresta
A Viagem de Clarinha
Teatro V: Cigarras e os Formigas, Quem Matou Leão?
Lila e Sibila no Mar
Prêmios
Associação de Críticos Teatrais
1955 - Melhor Espetáculo (Pluft, o Fantasminha)
1955 - Melhor Autor Nacional (Pluft, o Fantasminha)
Festival Nacional de Teatro Infantil, RJ
1958 - Prêmio "Hors Concours" (A Bruxinha Que Era Boa)
1970 - Tablado Ganha o Primeiro Lugar (Maroquinhas Fru-Fru)
Prêmio na IV Bienal de São Paulo
1963 - A Menina e o Vento
Prêmio Paulo Pontes (FUNARJ)
1980 - Uma das 7 personalidades mais atuantes no teatro em 1980
Premio Molière
1980 - 30 Anos do Tablado
Prêmio Mambembe
1984 - Melhor autora de texto para teatro infantil (O Dragão Verde)
1985 - Melhor Autor de Peça Nacional (Indicada)
1987 - Melhor Espetáculo (O Gato de Botas)
1996 - Grupo, Movimento ou Personalidade (A Bela Adormecida)
Prêmio Ministério de Educação e Cultura e Inacen
1985 - Cinco melhores espetáculos do ano (O Dragão Verde)
1985 - Um dos melhores espetáculos apresentados no ano (Pluft, o Fantasminha)
Prêmio Coca-Cola
1988 - Categoria Hors Concours
1993 - Categoria Hors Concours (O Diamante do Grão-Mogol)
1994 - Melhor Espetáculo (A Coruja Sofia)
Prêmio Machado de Assis Academia Brasileira de Letras (ABL)
Walter Nunciato Abreu Avancini foi um escritor, autor e diretor de telenovelas e minisséries, nascido em São Caetano do Sul, SP, o dia 18/04/1935. Era também pai da atriz Andréa Avancini, do diretor de novelas Alexandre Avancini e do artista plástico Otávio Avancini. Walter Avancini foi um dos mais inovadores e criativos diretores da história da televisão brasileira, responsável pela condução de verdadeiros clássicos da teledramaturgia como "A Deusa Vencida" (1980), onde lançou Regina Duarte e Ruth de Souza, "As Minas de Prata" (1966), "Selva de Pedra" (1986), "O Semideus" (1973), "O Rebu" (1974), "Gabriela" (1975), "Saramandaia" (1976), "Nina" (1977), "Xica da Silva" (1996), "O Cravo e a Rosa" (2000), além de minisséries e especiais históricos, aclamados no Brasil e no exterior, como "Morte e Vida Severina", "A Morte e a Morte de Quincas Berro D'Água", "Avenida Paulista", "Moinhos de Vento", "Anarquistas Graças a Deus", "Rabo de Saia", "Grande Sertão Veredas", "Memórias de um Gigolô", "Chapadão do Bugre", entre muitos outros.
Dono de um espírito inquieto, acreditava que a televisão não era apenas um veículo para histórias-padrão produzidas em ritmo industrial, mas sim um dos mais poderosos meios de nossa expressão cultural, como conseguiu demonstrar através de seus inúmeros e brilhantes trabalhos. Trabalhou também em Portugal, onde dirigiu a telenovela "A Banqueira do Povo" (1993).
Seus últimos trabalhos em telenovelas foram na Rede Manchete onde lançou vários atores brasileiros como Giovanna Antonelli, Taís Araújo, Murilo Rosa, entre tantos outros. Foi ele também que viu na atriz Drica Moraes a possibilidade de uma grande vilã na novela "Xica da Silva" (1996).
Morte
Walter Avancini morreu no Rio de Janeiro, RJ, no dia 26/09/2001, vítima de câncer de próstata, deixando inacabado o trabalho na novela "A Padroeira" (2001), concluído por Roberto Talma.
Carreira
Como Apresentador
1997/1998 - Programa Mistério (Manchete)
Como Diretor
2001 - A Padroeira (Globo - Não concluída por Walter Avancini)
HÉLIO DA SILVA COTÊ FIGUEIREDO DE ALMEIDA COUTINHO
(72 anos)
Ator
☼ Rio de Janeiro, RJ (25/03/1929)
┼ Atibaia, SP (05/10/2001)
Hélio da Silva Cotê Figueiredo de Almeida Coutinho, mais conhecido como Hélio Souto, foi um ator de teatro, cinema e televisão brasileiro, nascido no Rio de Janeiro, RJ, no dia 25/03/1929.
Hélio Souto, nos anos 50, era considerado o sex-symbol das extintas TV Tupi e TV Excelsior, e chamado de "Galã Vitamina" em razão de seu porte atlético.
Participou do primeiro filme colorido brasileiro, "Destino Em Apuros" (1953), ao lado de Paulo Autran.
Após a juventude, conservou o charme e sustentou a persona de galã maduro, fazendo sucesso em pornochanchadas como "Viúvas Precisam de Consolo" (1979) e em novelas cômicas como "Guerra dos Sexos" (1983) e "Brega & Chique" (1987).
Morte
Já afastado do meio artístico, Hélio Souto, morreu na noite de sábado, 05/10/2001, aos 72 anos, vítima de um infarto, no seu sítio em Atibaia, SP. Hélio Souto foi sepultado no dia 07/10/2001, no Cemitério do Morumbi, em São Paulo, SP.
Carreira
Televisão
1998 - Serras Azuis ... Reginaldo Paiva
1994 - Memorial de Maria Moura ... Hércules
1991 - O Fantasma da Ópera ... Gastão Andreatti
1991 - Floradas na Serra ... Drº Jaime Freire
1990 - A História de Ana Raio e Zé Trovão ... Bruno
1990 - La Mamma ... Manfredão
1988 - Olho Por Olho ... Valdemar Sampaio
1987 - Brega & Chique ... Amadeu Correia
1985 - Uma Esperança no Ar
1985 - Meus Filhos, Minha Vida
1983 - Guerra dos Sexos ... Nenê Gomalina
1983 - Acorrentada ... Carlos
1982 - A Filha do Silêncio ... Gregório
1982 - Nem Rebeldes, Nem Fiéis
1980 - Dulcinéa Vai à Guerra ... Mateus Sampaio Godói
Foi um ator brasileiro de cinema, teatro e televisão. Foi diretor do Sindicato dos Artistas e Técnicos de São Paulo, junto com Lélia Abramo, Renato Consorte, Dulce Muniz e Robson Camargo.
Ao longo de 40 anos de carreira, comemorados em 2000 com a peça "O Homem do Caminho", de Plínio Marcos, Cláudio Mamberti trabalhou em teatro e televisão, mas foi sobretudo no cinema que deixou registrado seu grande talento.
Ele estreou profissionalmente em Santos, na década de 50, depois de um breve contato com Patrícia Galvão, a Pagu, que dirigia um grupo de teatro. Sua estréia profissional foi em São Paulo, na peça Antígone América, de Carlos Henrique Escobar, dirigida por Antonio Abujamra, onde contracenou pela primeira vez com o irmão, Sérgio Mamberti.
Algumas de suas atuações mais elogiadas estão em "Barrela", o filme de Marco Antonio Cury baseado na peça de Plínio Marcos, e em "Kuarup", de Ruy Guerra, adaptado do romance de Antonio Callado. Mamberti trabalhou também em "Cidade Oculta", de Chico Botelho, em "O Quatrilho", de Fábio Barreto e em "Baile Perfumado", de Lírio Ferreira e Paulo Caldas, entre outras produções.
No teatro, Claudio participou de grandes encenações nos anos 60, como "O Balcão", de Jean Genet, e "Cemitério de Automóveis", ambas dirigidas por Victor Garcia. Nos anos 70, esteve nos elencos de "Gota d'Água", de Chico Buarque e Paulo Pontes, e "Ópera do Malandro", de Chico Buarque, dirigida por Luiz Antonio Martinez Correa. Atuou sob a direção de outros nomes consagrados nos anos 80, como Moacyr Góes ("Romeu e Julieta") e Ulisses Cruz ("Encontrar-se", de Pirandello).
Na televisão, Mamberti participou das produções "A Viagem", "O Tempo e O Vento" e "O Primo Basílio", da Globo; e das novelas "Helena" e "Tocaia Grande", da rede Manchete, entre outros trabalhos.
Em comum com muitos artistas de sua geração, Claudio Mamberti tinha grande compromisso com a cidadania e interesse pela política. Nutria igual apreço por idéias libertárias e histórias divertidas da cultura do "desbunde", dos anos 60. Na casa onde vive até hoje seu irmão, Sérgio, na Rua dos Ingleses, no Bixiga, conviveu com idéias fervilhantes e personagens carismáticas, como Judith Malina e Julien Beck, do grupo inglês Living Theatre.
Filmografia
2001 - Sonhos Tropicais
2000 - Minha Vida em Suas Mãos
1999 - Tiradentes (filme)
1998 - Amor & Cia
1998 - Policarpo Quaresma, Herói do Brasil
1997 - Baile Perfumado
1997 - For All - O Trampolim da Vitória
1997 - Miramar
1997 - O Cangaceiro
1996 - O Guarani
1995 - O Quatrilho
1994 - Mil e Uma
1994 - Sábado (filme)
1990 - Lua de cristal
1990 - Beijo 2348/72
1990 - Inspetor Faustão e o Mallandro
1990 - Vai Trabalhar, Vagabundo II - A Volta
1990 - Sua Excelência, o Candidato
1990 - Assim Na Tela Como No Céu
1989 - Kuarup
1989 - Barrela: Escola de Crimes
1988 - O Escorpião Escarlate
1987 - Anjos da Noite
1986 - Cidade Oculta
1985 - Real Desejo
1985 - Avaeté - semente da vingança
1983 - Janete
1982 - Um Casal de Três
1982 - Noites Paraguaias
1982 - As Safadas
1976 - Dona Flor e Seus Dois Maridos
1976 - Luz, Cama, Ação!
1972 - Vozes do Medo
1970 - Orgia (inacabado)
1970 - República da Traição
Espetáculos
Antígone América (São Paulo - 1960)
A Farsa do Mestre Patelin (São Paulo - 1964)
A Pena e a Lei (São Paulo - 1964)
O Rei Devasso (1984)
Helvécio Ratton, que o dirigiu em "Amor & Cia", em 1997, exprimiu assim sua importância: "Nós perdemos mais do que um ator. Perdemos um quadro do cinema brasileiro". O último trabalho de Mamberti em cinema foi no documentário de Paulo Thiago "O Poeta das Sete Faces", sobre Carlos Drummond de Andrade. Segundo Thiago, que o dirigiu também em "Policarpo Quaresma", Mamberti tinha a capacidade de transformar pequenos papéis em grandes presenças. "Ele era como Gene Hackman, por exemplo, que durante muitos brilhou em papéis secundários", compara.
Claudio Marberti morreu, aos 60 anos, em São Paulo, no Hospital Sírio Libanês, onde estava internado havia um mês e meio, com problemas respiratórios. Claudio foi casado duas vezes e deixou dois filhos, Caio e Tomás, e um neto, Rafael.
Fonte: Wikipédia e Dramaturgia Brasileira - In Memoriam
Foi o décimo-oitavo e décimo-nono governador do estado de São Paulo, entre 01/01/1995 e 22/01/2001, deixando o cargo em decorrência de um câncer que o acometeu, vindo a falecer no mesmo ano.
Infância e Juventude
Filho de Mário Covas e Arminda Carneiro Covas, é descendente de galegos e portugueses. Cursou o primeiro grau no Colégio Santista (hoje Colégio Marista de Santos), e o segundo grau no Colégio Bandeirantes, de São Paulo. Graduou-se em engenharia civil pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (POLI-USP), onde foi colega daquele que seria no futuro seu maior adversário político, Paulo Salim Maluf. Foi na USP que iniciou-se a militância política do jovem Covas, que seria eleito em 1955 vice-presidente da União Nacional dos Estudantes.
Formado, Mário Covas trabalhou como engenheiro da prefeitura de Santos até 1962.
Deputado nos Anos de Chumbo
Iniciou sua vida pública em 1961, quando foi candidato derrotado à prefeitura de Santos, a cidade natal. A respeito disso,Covas dizia que só não conseguiu ser eleito em duas coisas:Presidente da República e Prefeito de Santos. No ano seguinte conseguiu eleger-se para seu primeiro cargo, o de deputado federal, pelo PST. Com a dissolução dos partidos políticos em 1965, Covas seria um dos fundadores do MDB, único partido político de oposição existente durante o Regime Militar.
Em 1968, Covas era o líder da bancada oposicionista na Câmara dos Deputados, porém foi cassado em 1969, com a outorga do AI-5. Com a cassação, e a perda dos direitos políticos, Mário Covas dedicou-se à engenharia.
O Retorno
Em 1979, reconquistados os direitos políticos, Covas retomou a luta contra a ditadura, tornando-se presidente do MDB. Foi reeleito deputado federal em 1982, pelo PMDB (sucessor do MDB), com um total de 300 mil votos.Também foi, no governo Franco Montoro,secretário de Estado dos Transportes. No ano seguinte, seria nomeado pelo governador André Franco Montoro para a prefeitura de São Paulo, que comandaria , como "prefeito biônico", até o primeiro dia de 1986, quando passou o cargo para Jânio Quadros.
Anteriormente à chegada do PMDB ao poder os senadores e prefeitos nomeados eram chamados pejorativamente de "Senador Biônico" e "Prefeito Biônico" numa alusão a um seriado norte-americano, mas Mário Covas, por ser do PMDB, foi poupado dessa pecha. Em 1986, ano em que foi instituído pelo Presidente José Sarney o Plano Cruzado, considerado pela oposição um "estelionato eleitoral" por favorecer os candidatos da situação, Covas foi eleito senador com 7,7 milhões de votos, a maior votação até então. Foi líder da bancada do PMDB no Senado durante a Assembleia que elaborou a Constituição de 1988.Em 1989,foi presidente Nacional do PSDB.
A Social-Democracia
Covas foi co-fundador e o primeiro presidente do PSDB. Nas eleições presidenciais de 1989, as primeiras desde 1960, Covas foi candidato tendo como vice Almir Gabriel, ficando em quarto lugar. No ano seguinte, foi candidato derrotado a governador de São Paulo, ficando em terceiro lugar.
Em 1994 Covas foi novamente candidato a governador e venceu no pleito por oito milhões de votos, sendo depois reeleito em 1998 para mais quatro anos de governo.
O Governo Covas
No início de 1995, Mário Covas assumiu o Estado de São Paulo com a política de declarar que havia herdado o estado com inúmeras dívidas da gestão anterior. Com isso, ganhou respaldo junto à imprensa e à população para qualquer eventual falha administrativa de seu mandato e possíveis promessas não cumpridas. Com essa manobra inteligente, fez questão de valorizar obras do Metrô paralisadas; declarou que em algumas empresas, como o Baneser, havia funcionários-fantasma, indicados por políticos e apadrinhados, que não trabalhavam. O Banespa, principal banco estadual do país, estava sob intervenção do Banco Central por má gestão. Intervenção esta que depois de ter sido investigada em uma CPI na Câmara dos Deputados mostrou-se trágica para a instituição, aumentando em muito a dívida do banco com o estado.
Covas demitiu 4.000 empregados do Baneser, supostos fantasmas. Entre os demitidos, encontravam-se guardas escolares (todos) e funcionários do Fundo Social de Solidariedade. Renegociou contratos de serviços, que ficaram paralisados. Limitou os cargos de confiança e iniciou um processo de reforma e modernização administrativa. Privatizou uma série de empresas estatais, como a Eletropaulo, e longos trechos de rodovias estaduais; foi criticado pelo aumento dos números de postos de pedágio. Iniciou a licitação de linhas intermunicipais de ônibus da EMTU - que venciam em 1996. Num acordo de renegociação da dívida do Estado para com o governo federal, cedeu ao mesmo as linhas da Fepasa, posteriormente privatizadas.
No setor de saneamento básico, Covas recuperou as finanças da Sabesp e incentivou a recuperação e despoluição do Rio Tietê, iniciada no governo Fleury. No final da década de 1990, a capacidade de tratamento de esgotos cresceu com a ampliação da capacidade de tratamento da Estação de Tratamento de Esgotos de Barueri e inauguração das Estações de Tratamento de Esgoto Parque Novo Mundo, São Miguel e ABC.
Na área da educação, Covas foi severamente criticado por instituir na rede estadual o modelo de ensino de progressão continuada. Neste modelo, elimina-se a repetência por nível de aproveitamento (notas). Tal modelo é amplamente elogiado por educadores, no entanto é consensual que para aplicá-lo corretamente deve haver um acompanhamento pedagógico muito bem estruturado que nem sempre ocorre na rede pública de ensino. Durante o mandato surgiram vários relatos de jovens prestes a concluir o ensino fundamental que seriam praticamente analfabetos.
Covas também sofreu críticas por recusar aumentos a professores e demais servidores públicos, chegando a entrar em conflito com professores na Praça da República, onde foi agredido por servidores grevistas. Por outro lado, colocou as finanças em dia e jamais foi acusado de qualquer envolvimento em casos de corrupção.
Afastou-se do governo em janeiro de 2001 para tratar-se de doença, e não mais retornou. Seu vice, Geraldo Alckmin, o substituiu e permaneceu até o fim do mandato, em 2002, quando foi reeleito, ficando assim ao todo 6 anos à frente do governo paulista.
As Privatizações
Através do denominado PED (Programa Estadual de Desestatização criado pela Lei Nº 9.361, de 5 de julho de 1996[1]), o governo Mário Covas privatizou as principais empresas e estradas estaduais entre 1995 e 2000, o que garantiu R$ 32,9 bilhões aos cofres do estado. Um dos principais articuladores dos planos de privatização foi o secretário de Energia de Covas, David Zylbersztajn, juntamente com Geraldo Alckmin (então vice-governador), que à época presidiu o PED.
- Banespa - Banco do Estado de São Paulo
- CESP - Companhia Energética de São Paulo
- Comgas - Companhia de Gás do Estado de São Paulo
- Eletropaulo - Eletricidade de São Paulo
- Elektro - Serviços de Eletricidade
- Fepasa - Ferrovia Paulista
- Empresa Bandeirante de Energia
- Rodovia dos Bandeirantes
- Rodovia dos Imigrantes
- Via Anchieta
- Via Anhanguera
Morte
Covas sofria de um grave câncer na bexiga. A primeira cirurgia foi realizada em 1998, o tumor foi retirado e o Governador, submetido a quimioterapia.
Porém, a doença voltou e, em 2001, Mário Covas afastou-se do governo e teve de ser submetido a uma nova cirurgia, na qual parte de seu intestino teve de ser retirado. Ele viria a falecer pouco depois, no dia 6 de março de 2001. O corpo está sepultado no Cemitério do Paquetá, em Santos.
Fez estudos no conservatório de música, época em que participa do teatro universitário. Os anos 40 serão fundamentais na carreira dessa talentosa atriz, que leva sua arte também para o rádio e para o cinema.
Estreou nas telas em 1944, no filme "Gente Honesta", de Moacyr Fenelon, cineasta com quem roda mais dois filmes, "Vidas Solitárias" e "Fantasma Por Acaso".
Na década de 50 privilegia seus trabalhos no teatro – veículo onde durante sua trajetória brilha em peças de Jorge Andrade e Nelson Rodrigues, entre outros -, voltando ao cinema, e também estreando em novelas, nos anos 60.
A partir daí emenda um clássico atrás do outro, atuando em filmes inesquecíveis e de primeira linha do cinema brasileiro: "A Falecida" e "São Bernardo", de Leon Hirszman; "Cara a Cara" e "Matou a Família e Foi ao Cinema", de Júlio Bressane.
Não bastasse sua importância como atriz, Vanda Lacerda foi também uma militante da classe artística de primeira grandeza. Ao presidir, em segunda gestão, o Sated-RJ, Sindicato dos Artistas e Técnicos, ela teve a alegria de ver, finalmente, a regulamentação profissional da categoria de ator.
Depois de passar quase toda a década de 80 longe do cinema, Vanda Lacerda volta às telas como protagonista, ao lado de Jofre Soares, do episódio "Bolo", de José Roberto Torero, do filme "Felicidade É...".
Na televisão passou pelas emissoras Globo e Manchete e participou de novelas importantes como "Assim na Terra como no Céu"; "Uma Rosa com Amor"; "O Espigão"; "Anjo Mau"; "Sinal de Alerta"; "Tudo ou Nada"; "Memorial de Maria Moura"; "A Próxima Vítima" ; "Quem é Você?" e "Torre de Babel".
Filmografia
Posta Restante (1997)
Felicidade É... (1995)
Álbum de Família (1981)
Insônia (1980)
O Sol dos Amantes (1979)
Vida Vida (1977)
A Estrela Sobe (1974)
Tati, A Garota (1973)
São Bernardo (1971)
Matou a Família e Foi ao Cinema (1969)
Cara a Cara (1967)
A Falecida (1965)
Fantasma por Acaso (1946)
Vidas Solitárias (1945)
Gente Honesta (1944)
Televisão
Luna Caliente (1999) ... Maria
Torre de Babel (1998) ... Eglantine
Quem É Você? (1996) ... Anita
A Próxima Vítima (1995) ... Tia Anunciata
Memorial de Maria Moura (1994) ... Francisca
Você Decide (1992) (Episódio: Justiça de Deus)
Meu Marido (1991) ... Edith
Abraçar as Árvores (1990) ... Júlia
Tudo ou Nada (1986) ... Ema Barroso
Ciranda, Cirandinha (1978) ... Isabel
Sinal de Alerta (1978) ... Melinda
Anjo Mau (1976) ... Alzira
O Espigão (1974) ... Urânia Camará
Medéia (1973)
Uma Rosa com Amor (1972) ... Joana
Minha Doce Namorada (1971) ... Joana
Assim na Terra Como no Céu (1970) ... Marieta
Demian, o Justiceiro (1968) ... Sumitra
A atriz faleceu aos 77 anos, de Edema Pulmonar, e estava em plena temporada nos palcos cariocas com o espetáculo "Mulher Sem Pecado", um original de Nelson Rodrigues.
Fonte: Wikipédia e Dramaturgia Brasileira - In Memoriam
☼ Rio de Janeiro, RJ (01/02/1946) ┼ Rio de Janeiro, RJ (06/04/2001)
Ivan Setta foi um ator e dramaturgo brasileiro. Popularmente conhecido como um grande intérprete de bandidos, o ator começou a carreira no teatro em 1966. A estréia aconteceu em peças infanto-juvenis no Teatro Tablado, sob a direção de Maria Clara Machado.
A partir da década de 70, Ivan Setta passou a atuar também no cinema. Entre os destaques estão "Lúcio Flávio, o Passageiro da Agonia" (1977), "A Dama do Lotação" (1978) e "Tiradentes" (1999).
Em 1973 Ivan Setta descobriu outra vocação e virou dramaturgo. Escreveu, junto com sua irmã, Vera Setta, e com Dudu Continentino, a peça "Verbenas de Seda".
Mas foi na televisão que Ivan Setta tornou-se popular e ganhou a fama de mau. Nove entre dez de seus personagens eram vilões. Participou de sucessos como "O Rebu" (1974), "Senhora" (1975), "Sem Lenço, Sem Documento" (1977), "Feijão Maravilha" (1979) e "Roque Santeiro" (1985). O último trabalho na televisão foi em 1997 na extinta Rede Manchete, na novela "Mandacaru".
Ivan Setta é tio de Morena Baccarin, que em 2009 estrelou a série "V", que foi ao ar pela ABC nos Estados Unidos e estreou em abril de 2010 no Brasil pela Warner Channel.
Ivan Setta morreu vítima de câncer generalizado em 06/04/2001, aos 55 anos, no Instituto Nacional do Câncer. Ele deixou a viúva Sandra Schaeppi e quatro filhos. Entre eles, a caçula Rebecca, de apenas cinco meses de idade.
Ivan Setta, Felipe Carone e Olney Cazarré (1979)
Televisão
1974 - O Rebu ... Morel
1975 - Senhora ... Tadeu
1976 - Anjo Mau ... Bodoque
1977 - Sem Lenço, Sem Documento ... Bilé
1978 - Sítio do Pica-Pau Amarelo ... Burro Falante
1978 - Viva o Gordo (Vários Personagens)
1979 - Feijão Maravilha ... Coruja
1982-1986 - Os Trapalhões (Várias Personagens)
1983 - Bandidos da Falange ... Sousa
1984 - Meu Destino é Pecar ... Rubens
1984 - Padre Cícero ... Encourado
1985 - Grande Sertão: Veredas ... Aristides
1985 - Roque Santeiro - Ator que vive Navalhada no filme de Gérson (Participação Especial)
* Araranguá, SC (14/01/1927) + Rio de Janeiro, RJ (19/08/2001)
Jovem ainda mudou-se para o Rio de Janeiro, onde iniciou os estudos de arte dramática, no Teatro do Estudante.
Em 1950, estreou na TV Tupi paulista, fazendo pequenas novelas e participando da inauguração da televisão no Brasil. A convite de Henriette Morineau, integrou o grupo Os Artistas Unidos. Em 1951 teve sua primeira oportunidade no cinema no filme "Maria da Praia", sendo apontado como a revelação do ano, ganhando o prêmio da ABCC. Também ganhou os prêmios Saci e o Índio, criados em 1952. Passou a ser bastante requisitado para outros trabalhos no cinema, chegando a fazer muitos outros filmes como "Rua Sem Sol" (1954), "O Diamante" (1955), "O Rei do Movimento" (1954), "Mãos Sangrentas" (1955), "O Feijão é Nosso" (1956), "Fuzileiro do Amor" (1956), "O Adorável Trapalhão" (1967) e "O Pistoleiro" (1976).
Paralelamente atuou também com destaque na televisão, principalmente no papel de Falcão Negro, super-herói brasileiro de muito sucesso na década de 50, ao lado de Haydeé Miranda, que ficou sete anos no ar. Sua estréia na TV Globo foi em 1967 na novela "Sangue e Areia". Durante quase dez anos, fez quase todas as novelas da emissora, interpretando principalmente vilões e coronéis. Em 1970 ganhou notoriedade nacional ao interpretar o Coronel Pedro Barros na novela "Irmãos Coragem" de Janete Clair. Além de novelas, fez várias peças teatrais, inclusive nas companhias de Bibi Ferreira, Marlene/Luiz Delfino e de Graça Mello.
Participou, também com destaque das novelas "Selva de Pedra" (1972), "Uma Rosa com Amor" (1972), "Carinhoso" (1973), "Fogo Sobre Terra" (1974), "Gabriela"(1975),"Pecado Capital" (1975),"Escrava Isaura" (1977),"Maria, Maria" (1978), "Cabocla" (1979), "Memórias de Amor" (1979), "Chega Mais" (1980), "Baila Comigo" (1981) e da minissérie "O Tempo e o Vento" (1985). Sua última novela foi "Roda de Fogo", em 1986, na TV Globo.
Gilberto Martinho era casado e tinha três filhos. Morreu vítima de um câncer pulmonar. Foi sepultado na Região dos Lagos no Estado do Rio de Janeiro.
Cinema
1951 - Maria da Praia
1954 - Rua Sem Sol
1954 - Alvorada de Glória (Inacabado)
1954 - O Rei do Movimento
1954 - Conchita Und Der Ingenieur
1955 - Paixão Nas Selvas
1955 - Mãos Sangrentas
1955 - O Grande Pintor
1955 - Colégio de Brotos
1955 - O Diamante
1956 - O Feijão é Nosso
1956 - Fuzileiro do Amor
1957 - O Negócio Foi Assim
1957 - Tudo é Música
1958 - Contrabando
1967 - O Adorável Trapalhão
1976 - O Pistoleiro
Televisão
1957 - O Falcão Negro ... Falcão negro (Seriado - TV Tupi)
1967 - Anastácia, A Mulher Sem Destino (Novela - TV Globo)
1967 - Sangue e Areia (Novela - TV Globo)
1969 - A Grande Mentira(Novela - TV Globo)
1969 - Rosa Rebelde(Novela - TV Globo)
1969 - Véu de Noiva ... Felício(Novela - TV Globo)
1970 - Irmãos Coragem ... Cel. Pedro Barros(Novela - TV Globo)
1971 - O Homem Que Deve Morrer ... Mestre Jonas(Novela - TV Globo)
1972 - Selva de Pedra ... Aristides Vilhena(Novela - TV Globo)
1972 - Somos Todos do Jardim de Infância (Caso Especial - TV Globo)
1972 - Uma Rosa Com Amor ... Carlos (Novela - TV Globo)
1973 - Medéia (Caso Especial - TV Globo)
1973 - Carinhoso ... Felipe(Novela - TV Globo)
1974 - Fogo Sobre Terra ... José Martins(Novela - TV Globo)
1974 - O Crime de Zé Bigorna ... Delegado João (Caso Especial - TV Globo)
1975 - Gabriela ... Cel. Melk Tavares(Novela - TV Globo)
1975 - Pecado Capital ... Raimundo(Novela - TV Globo)
1977 - Escrava Isaura ... Comendador Almeida(Novela - TV Globo)
1977 - Sinhazinha Flô ... Pêpe, o Cigano(Novela - TV Globo)
1978 - Maria, Maria ... Antônio Roxo(Novela - TV Globo)
1979 - Memórias de Amor ... Mauro Pompéia(Novela - TV Globo)
1979 - Cabocla ... Cel. Justino(Novela - TV Globo)
1980 - Chega Mais ... Srº Barata(Novela - TV Globo)
1981 - Baila Comigo ... Antenor Gomide(Novela - TV Globo)
1982 - O Homem Proibido ... Jocemar(Novela - TV Globo)
1983 - Voltei Pra Você ... Januário(Novela - TV Globo)
1984 - Vereda Tropical ... Barbosa(Novela - TV Globo)
1985 - O Tempo e o Vento ... Cel. Ricardo Amaral (Minissérie - TV Globo)
1986 - Roda de Fogo ... Gílson Góes(Novela - TV Globo)
1994 - Você Decide (Episódio: Carga Pesada - TV Globo)
1995 - Você Decide (Episódio: A Greve - TV Globo)
1996 - Você Decide (Episódio: Francisco - TV Globo)