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Nelson Prudêncio

NELSON PRUDÊNCIO
(68 anos)
Atleta e Professor

☼ Lins, SP (04/04/1944)
┼ São Carlos, SP (23/11/2012)

Nelson Prudêncio foi um atleta de salto triplo e professor brasileiro. Juntamente com Adhemar Ferreira da Silva e João do Pulo foi um dos maiores desportistas de sua modalidade.

Nelson Prudêncio fez história ao conquistar duas medalhas olímpicas, uma de prata nos Jogos Olímpicos de Verão de 1968 na Cidade do México e uma de bronze nos Jogos Olímpicos de Verão de 1972 em Munique. No México, ele protagonizou uma das mais disputadas finais do salto triplo com o soviético Viktor Saneyev e o italiano Giuseppe Gentile, quando chegaram a quebrar o recorde mundial nove vezes durante a prova.

Nelson Prudêncio, que também ganhou medalhas de prata nos Jogos Pan-Americanos de 1967  em Winnipeg, Canadá e nos Jogos Pan-Americanos de 1971 em Cali, Colômbia, foi o primeiro brasileiro a suceder o consagrado Adhemar Ferreira da Silva, duas vezes campeão olímpico em salto triplo.

Nascido em Lins, no interior paulista, no ano de 1944, Nelson Prudêncio dizia querer ver novamente o Brasil no pódio do salto triplo, o que não ocorre há mais de 30 anos. Ele chegou a desenvolver um estudo acadêmico na Universidade de São Carlos, no qual apontava a importância da ciência para ajudar os atletas que disputam essa modalidade no país.

Homenagens

Durante sua vida, o ex-atleta recebeu diversas homenagens por suas conquistas e por seu trabalho em favor do atletismo brasileiro. Em São Carlos, Araras e Sorocaba, por exemplo, foi criado o "Cross Campus Nelson Prudêncio", uma corrida anual que tem como objetivo incentivar a prática da atividade física no espaço dos campi da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e integrar as comunidades interna e externa à instituição.

Nelson Prudêncio durante as Olimpíadas do México em 1968
Nelson Prudêncio - Atletismo e Salto Triplo

Na infância, Nelson Prudêncio gostava mesmo era de futebol, tanto que chegou a receber um convite para treinar no São Paulo. Só não foi porque o pai queria que ele continuasse os estudos de contabilidade.

Quando se tornou atleta, trabalhava como torneiro mecânico e treinava apenas duas vezes por semana. Medalha de prata nos Jogos Pan-Americanos de Winnipeg, 1967, no Canadá, com um salto de 16,45 metros, o sonho de Nelson Prudêncio era bater o recorde brasileiro, de 16,56 metros, ainda em poder de Adhemar Ferreira da Silva. Mas nos Jogos Olímpicos de Verão de 1968 na Cidade do México, com a altitude e o vento a seu favor, Nelson Prudêncio conseguiu muito mais que isso.

Supersticioso, três dias antes da prova que decidiu as medalhas de ouro, prata e bronze, ele foi a uma exposição em que viu um quadro com um negro de camisa amarela em um pódio e logo pensou: "Vou ganhar uma medalha olímpica", vislumbrou. Durante mais de três horas, ele, o soviético Viktor Saneiev e o italiano Giuseppe Gentile brigaram pela vitória. O recorde mundial foi quebrado nada menos que cinco vezes.


No último salto, Nelson Prudêncio chegou à marca de 17,27 metros, uma marca surpreendente. Mas a alegria durou apenas 25 minutos. Viktor Saneiev pulou 17,39 metros, conseguindo o novo recorde e a medalha de ouro. Nelson Prudêncio ficou com a prata. Ainda que por menos de meia hora, naquele dia Nelson Prudêncio tornou-se um dos poucos brasileiros detentores de um recorde mundial no atletismo, façanha até hoje alcançada por três brasileiros: Adhemar Ferreira da Silva,  João Carlos Oliveira, o João do Pulo, e pelo maratonista Ronaldo da Costa.

Depois de 1968, Nelson Prudêncio havia decidido não participar dos Jogos Olímpicos de Verão de 1972 em Munique. Mudou de idéia, retornou aos treinamentos apenas seis meses antes das competições, com a meta de saltar acima de 17 metros. E foi justamente com a marca de 17,05 metros que ele trouxe a medalha de bronze, perdendo outra vez para Viktor Saneiev. Era o dia 4 de setembro, e justamente por isso o sempre supersticioso Nelson Prudêncio acreditava que venceria. "Nasci em 1944, no dia 4 de abril, que é o mês quatro", lembrou naquela oportunidade. "Além disso, serei o quarto a saltar". Acabou ficando em terceiro.

Nelson Prudêncio encerrou a carreira em 1976, logo depois dos Jogos Olímpicos de Verão de 1976 em Montreal.

Nelson Prudêncio exercia a função de vice-presidente na Confederação Brasileira de Atletismo. Além disso, com doutorado em educação física pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Também era professor na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), interior de São Paulo.

Morte

Nelson Prudêncio morreu na madrugada de sexta-feira, 23/11/2012, vítima de um câncer de pulmão descoberto há um mês, ele estava internado desde terça-feira na Casa de Saúde de São Carlos, onde permanecia em estado de coma irreversível. A doença foi constatada no início de novembro e pegou Nelson Prudêncio e sua família de surpresa. O diagnóstico apontou um câncer de pulmão já em estado avançado, o que dificultou ainda mais o tratamento. 

De acordo com comunicado divulgado no site do hospital, o velório seria realizado na manhã desta sexta-feira no Cemitério Municipal Nossa Senhora do Carmo, em São Carlos, com o sepultamento marcado para as 16h30min.

Familiares chegaram a cogitar transferir Nelson Prudêncio para um hospital de São Paulo assim que ele piorou, mas seu estado de saúde não permitiu que isso fosse feito.

Fonte: Wikipédia e Veja
Indicação: Fada Veras e João Veras

Silveirinha

OCTÁCIO DA SILVEIRA
(88 anos)
Ator e Humorista

* Florianópolis, SC (1923)
+ Rio de Janeiro, RJ (15/11/2012)

Octácio da Silveira, ator cômico, trabalhou em várias produções da TV Globo como "Corpo A Corpo" (1984), "Memórias De Um Gigolô" (1986), "Hipertensão" (1986), "A, E, I, O... Urca" (1990) e "Pedra Sobre Pedra" (1992).

Com o personagem Belzonte, da "Escolinha do Professor Raimundo", trabalhou ao lado de Chico Anysio.


Morte

Silveirinha estava internado no Hospital Quinta D'Or, em São Cristóvão, na Zona Norte do Rio de Janeiro e morreu na quinta-feira, 15/11/2012 aos 88 anos. O corpo do ator foi velado desde às 10:00 hs na Capela 6 no Memorial do Carmo, no Caju, na Zona Portuária da cidade e foi sepultado na sexta-feira, 16/11/2012, às 14:00 hs, na Ordem Terceira da Penitência, no Caju. 

Segundo a família, Silveirinha sofria de Isquemia e morreu vítima de Falência Múltipla dos Órgãos. Ele estava internado em um hospital da zona norte do Rio de Janeiro. Cerca de 30 pessoas participaram do velório. No cemitério, o caixão foi coberto com uma bandeira do Botafogo. "Ele sabia separar o que era importante do que não era. Foi um grande pai, é uma referência pra mim. Ele ensinou a gente a viver", disse uma das duas filhas do ator, Sônia da Silveira. O ator completaria um mês de internação no sábado, dia 17/11/2012.

Silveirinha deixou duas filhas, quatro netos e um bisneto.

Fonte: WikipédiaA Tarde e G1

Alex Alves

ALEXANDRO ALVES DO NASCIMENTO
(37 anos)
Jogador de Futebol

* Campo Formoso, BA (30/12/1974)
+ Jaú, SP (14/11/2012)

Alexandro Alves do Nascimento, mais conhecido como Alex Alves, foi um futebolista brasileiro. Ficou bastante conhecido pela ginga de capoeira que fazia nas comemorações após marcar um gol.

Carreira

Destacou-se ainda jovem pelo Vitória, clube que ajudou a levar a final do Campeonato Brasileiro de 1993 em uma jovem equipe que contava com jogadores como Dida e Paulo Isidoro. Na final o Vitória perdeu para o Palmeiras que contratou Paulo Isidoro e Alex Alves, ganhador da Bola de Prata 93.

Sem muito destaque no Palmeiras, jogou no Juventude e na Portuguesa, até chegar ao Cruzeiro onde depois de um tempo se firmou como titular. O seu título de destaque no Cruzeiro foi o Mineiro de 1998.

Em 1999, o Cruzeiro vendeu o atacante Alex Alves para o Hertha Berlin, da Alemanha, por US$ 7 milhões. Sua passagem pelo clube alemão foi cheia de lesões, controvérsias e polêmicas fora do campo, sendo considerado pela imprensa local como "garoto problema". Em mais de uma oportunidade, o jogador chegou a ser detido e multado pela polícia, por estar dirigindo em alta velocidade e sem carteira de motorista. O jornal Bild chegou a classificar o jogador entre as 50 piores contratações da história do futebol alemão.

Seu retornou ao Brasil teria sido motivado para acompanhar o tratamento de sua mãe, que teve um aneurisma cerebral.

Em maio de 2003 o jogador foi apresentado como reforço do Atlético Mineiro. Em 2007 acertou contrato com o Boa Vista (RJ), onde disputou a primeira divisão do estadual do Rio de Janeiro. Em 2008 o jogador passou a treinar no Fortaleza sob o comando do preparador físico Alexandre Irineu e participando também dos coletivos.


Doença e Morte

A Fundação Amaral Carvalho (FAC), hospital em que o ex-atacante Alex Alves faleceu na quarta-feira, 14/11/2012, lançou nota oficial sobre o episódio. O texto diz que o ex-jogador fez sua primeira consulta no dia 18 de setembro de 2012 e foi internado no dia seguinte. Ele morreu vítima de Anemia Hemolítica Crônica e não de Leucemia, como havia sido divulgado. O corpo de Alex Alves será cremado no Cemitério Jardim da Saudade, em Salvador.


Nota do Hospital na Íntegra

"A Fundação Amaral Carvalho (FAC) em nota oficial informa que faleceu hoje (14), às 8h40, nas dependências do Hospital Amaral Carvalho (HAC), o ex-jogador de futebol Alexsandro Alves do Nascimento, o Alex Alves, aos 37 anos, por falência de múltiplos órgãos após transplante de medula óssea.

De acordo com um dos coordenadores do Serviço de Transplante de Medula Óssea, Mair Pedro de Souza, a primeira consulta de Alex Alves no HAC foi em 18 de setembro deste ano. No dia seguinte, ele foi internado com o diagnóstico de uma doença rara, própria da medula óssea, chamada de Hemoglobinúria Paroxística Noturna (HPN), diferente do que foi noticiado de que o ex-jogador teria leucemia.

Um dos tratamentos indicados para a doença é o transplante de medula óssea, procedimento pelo qual o ex-atleta passou no dia 5 de outubro, sendo um de seus irmãos o doador compatível da medula. O transplante foi realizado exclusivamente por meio do Sistema único de Saúde (SUS), sem custos ao paciente.

Do ponto de vista médico, não houve complicações no procedimento, e em 21 de outubro ocorreu o que é chamado pelos leigos de “pega hematológica”, significa que a medula começou a funcionar no organismo.

Nos últimos dias, o paciente, que já tinha complicações orgânicas em virtude da própria doença, como disfunção hepática (fígado), apresentou alterações de pele, fígado e intestino, decorrentes da Doença do Enxerto contra o Hospedeiro.  

A agressão ao organismo de Alex promovida pela nova medula, levou à  falência múltipla dos órgãos e seu falecimento. O corpo de Alex Alves será cremado, de acordo com sua vontade. O velório será em Salvador, no cemitério Jardim da Saudade. O horário ainda não foi definido. A família prefere não se pronunciar no momento."

(Matéria original iBahia)

Títulos

Vitória

  • Campeonato Baiano: 1992, 2005

Palmeiras
  • Campeonato Brasileiro: 1994

Cruzeiro
  • Copa Libertadores da América: 1997
  • Recopa Sul-Americana: 1998
  • Campeonato Mineiro: 1998
  • Copa Centro-Oeste: 1999

Vasco da Gama
  • Taça Rio: 2004

Fortaleza
  • Campeonato Cearense: 2008


Delegado da Mangueira

HEGIO LAURINDO DA SILVA
(90 anos)
Mestre Sala e Presidente de Honra da Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira

* Rio de Janeiro, RJ (29/12/1921)
+ Rio de Janeiro, RJ (12/11/2012)

Nascido e criado no Morro da Mangueira em 29 de dezembro de 1921, cresceu na comunidade e começou a frequentar o samba ainda no colo da mãe, aos 3 anos. Ele integrou o bloco Unidos da Mangueira.

Aos 17 anos começou a desfilar como mestre-sala, arte que aprendeu vendo Marcelino, um dos fundadores da atividade, que desfilava como baliza do Bloco dos Arengueiros, precursor da Estação Primeira de Mangueira.

Por 36 anos Delegado tirou a nota máxima no desfile, ao lado das portas-bandeiras Nininha, Neide e Mocinha. Considerado um "pé de valsa" frequentador de gafieiras, alto e esguio tinha um jeito elegante de dançar, e prendia a atenção das moças, na época, o que lhe valeu o apelido de Delegado.

Em 2011 Delegado conquistou o título de Presidente de Horna da Mangueira.


Morte

Segundo os médicos, Delegado, o eterno mestre-sala da verde-e-rosa, estava internado na Clínica Santa Branca, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, desde o dia 6 de novembro de 2012. Delegado estava com 90 anos e morreu em decorrência de complicações de um Câncer na Próstata.

A morte do sambista foi atestada às 11:18hs. O velório foi marcado para 18:00hs de segunda-feira,  12/11/2012, na quadra da Mangueira, na Zona Norte. O enterro ocorreu na terça-feira, 13/11/2012, no Cemitério do Caju, na Zona Portuária.


Velório Com Cerveja

Os tambores e repiques da bateria Surdo Um anunciaram ao som do "Hino da Mangueira" o velório de Delegado. No início da noite, vários integrantes da escola foram à quadra da verde e rosa, na Zona Norte do Rio, para se despedir de um dos maiores ícones da agremiação. Além de samba, houve distribuição de cerveja e salgadinhos para a comunidade.

O presidente da Mangueira, Ivo Meirelles, explicou que Delegado sempre pediu para ser velado dessa maneira.

"O Hino da Mangueira era a música que ele mais gostava. Ele é o símbolo da escola, o maior mangueirense de todos os tempos, não vai aparecer outro igual. Temos que lembrar sempre desse cara, que nunca deixou de frequentar a escola, nunca pediu nada em troca e sempre conseguiu nota 10 em todas as vezes que desfilou", disse Ivo Meirelles, acrescentando que vai pedir à Prefeitura do Rio de Janeiro a mudança de nome para Delegado do viaduto ou da Avenida Visconde de Niterói, onde fica a quadra da escola.

Suluca, irmã de Delegado e presidente da ala das baianas, não conteve as lágrimas ao ver a chegada do corpo do irmão na quadra da escola: "Meu irmão é tudo na Mangueira. Foi mestre-sala, diretor de honra, é um símbolo", afirmou.


Marcos Paulo

MARCOS PAULO SIMÕES
(61 anos)
Ator e Diretor

* São Paulo, SP (01/03/1951)
+ Rio de Janeiro, RJ (11/11/2012)

Com uma infância sofrida, foi criado pela avó após ter perdido a mãe um dia após seu nascimento, além de nunca ter conhecido o pai, Marcos Paulo era filho adotivo do ator e diretor Vicente Sesso, o que lhe garantiu contato precoce com a TV.

Nascido em São Paulo no dia 1 de março de 1951 e criado no bairro do Bixiga,  Marcos Paulo  tornou-se em suas mais de quatro décadas na área, um dos mais conceituados profissionais das artes cênicas no Brasil, atuando tanto na frente das câmeras quanto atrás delas, no cargo de diretor.

Estreou na televisão como ator em 1967, na novela "O Morro dos Ventos Uivantes", ainda na extinta TV Excelsior. Depois, ainda passou pela TV Record, no ano seguinte, na trama "Ana", e, em 1969, pela TV Bandeirantes, como Marcos em "Era Preciso Voltar". Antes de debutar na TV Globo em "A Próxima Atração", ainda passou pela emissora que o revelou em "Sangue Do Meu Sangue".

Em mais de 40 anos na televisão, Marcos Paulo participou de 37 novelas, entre elas, "Roque Santeiro" (1985) no papel de Jorge de Lima, "Quatro Por Quatro" (1994) como Gustavo, e "Páginas Da Vida" (2006) interpretando Diogo Côrrea. Seu último trabalho como ator se deu em 2008, fazendo participação especial como o Dr. Tadeu, em "Desejo Proibido".


A estreia como diretor ocorreu em 1978, no comando de "Dancin´ Days", de Gilberto Braga, grande sucesso estrelado por Sônia Braga e Antônio Fagundes. O trabalho nos 173 capítulos gravados foi dividido com Daniel Filho, Gonzaga Blota, Denis Carvalho e José Carlos Pieri.

Ainda ocupou o posto em outras 15 atrações da TV Globo, sendo 11 novelas, como "Roque Santeiro" e "Fera Ferida", dois seriados, "Estação Globo" (2007 a 2009) e "Malhação" (2009), e uma minissérie, "Parabéns Pra Você" (1983).

Atuou também em filmes brasileiros de sucesso, como "Eu Transo, Ela Transa" (1972) e "Se Eu Fosse Você 2" (2008), sendo que sua última aparição no cinema foi em "Faroeste Caboclo", de René Sampaio, no qual fez o personagem Ney.

A estreia como diretor nos cinemas só se deu em 2010, com o longa "Assalto Ao Banco Central", estrelado por Lima Duarte, Eriberto Leão e Giulia Gam. O trabalho foi lançado em julho de 2011, apenas um mês depois da descoberta do Câncer no Esôfago.

Morte

O ator e diretor Marcos Paulo, um dos principais nomes da teledramaturgia brasileira, morreu no domingo, 11/11/2012, aos 61 anos, no Rio de Janeiro. A informação foi confirmada pelo canal de notícias Globo News.

No mês de maio de 2011, durante um exame de rotina, Marcos Paulo foi diagnosticado com um Câncer no Esôfago que o levou a vários meses de tratamento em no Hospital São José da Beneficência Portuguesa, em São Paulo. Em agosto, passou por cirurgia para a retirada do tumor e, pouco mais de uma semana internado naUnidade de Terapia Intensiva do local, foi anunciada sua boa recuperação.

Na última semana do mês de outubro de 2012, Marcos Paulo realizou uma série de exames que apontaram uma saúde perfeita e a total remissão do tumor, informou a assessoria de imprensa do Hospital São José, onde o processo foi realizado, no dia 31 de outubro.

De acordo com o oncologista Fernando Maluf, Marcos Paulo só precisaria, a partir de então realizar novos exames em 2013.

A causa da morte de Marcos Paulo foi uma Embolia Pulmonar.

Marcos Paulo será cremado na terça-feira, 13/11/2012.


Televisão Como Ator

  • 1967 - O Morro Dos Ventos Uivantes
  • 1968 - Ana Vladimir
  • 1969 - Era Preciso Voltar ... Marcos
  • 1969 - Sangue Do Meu Sangue
  • 1970 - A Próxima Atração ... Téo
  • 1970 - Pigmalião 70 ... Kico
  • 1971 - Minha Doce Namorada ... Raul
  • 1972 - Uma Rosa Com Amor ... Sérgio
  • 1972 - Meu Primeiro Baile ... Eduardo
  • 1972 - O Primeiro Amor ... Marcos Paulo Peitl
  • 1973 - Carinhoso ... Eduardo
  • 1974 - Fogo Sobre Terra ... André
  • 1975 - O Grito ... Orlando
  • 1975 - Gabriela ... Rômulo Vieira
  • 1976 - O Casarão ... Eduardo
  • 1977 - Nina ... Miguel
  • 1979 - Plantão De Polícia ... Editor-Chefe Jornal Serra
  • 1983 - Eu Prometo ... Justo Dinard
  • 1984 - Corpo A Corpo ... Cláudio Fraga Dantas
  • 1984 - Meu Destino É Pecar ... Maurício
  • 1984 - Transas e Caretas ... Amigo de Thiago (José Wilker)
  • 1985 - Roque Santeiro ... Jorge de Lima
  • 1986 - Sinhá Moça ... Rodolfo Garcia Fontes
  • 1987 - Brega e Chique ... Luís Paulo
  • 1988 - O Primo Basílio ... Basílio
  • 1989 - Tieta ... Arturzinho (Mirko Stephano)
  • 1989 - O Salvador da Pátria ... Paulo Silveira
  • 1990 - Meu Bem, Meu Mal ... André
  • 1992 - Despedida De Solteiro ... Sérgio Santarém
  • 1993 - Olho No Olho ... Marido de Débora (Natália do Valle)
  • 1994 - Quatro Por Quatro ... Gustavo
  • 1995 - Cara E Coroa ... Heitor Morales
  • 1996 - Salsa E Merengue ... Gaspar
  • 1997 - Por Amor ... Empresário
  • 2004 - Começar De Novo ... Miguel Arcanjo / Andrei Ivanovic
  • 2006 - Páginas Da Vida ... Diogo Corrêa
  • 2008 - Desejo Proibido ... Drº Tadeu (Participação Especial)

Televisão Como Diretor

  • 1978 - Dancin' Days
  • 1981 - Brilhante
  • 1983 - Parabéns Pra Você (Minissérie)
  • 1985 - Roque Santeiro
  • 1993 - Fera Ferida
  • 1998 - Meu Bem Querer
  • 1997 - A Indomada
  • 1999 - Força De Um Desejo
  • 2001 - Porto Dos Milagres
  • 2002 - O Beijo Do Vampiro
  • 2004 - Começar De Novo
  • 2007 - Desejo Proibido
  • 2007 - Estação Globo (3 Temporadas)
  • 2009 - Malhação
  • 2009 - Essa Vida É Uma Comedia
  • 2010 - Os Caras De Pau

Cinema Como Ator

  • 1972 - Eu Transo, Ela Transa
  • 1990 - Mais Que A Terra
  • 2003 - Apolônio Brasil, Campeão Da Alegria
  • 2006 - Diário De Um Novo Mundo
  • 2007 - Valsa Para Bruno Stein
  • 2008 - Se Eu Fosse Você 2
  • 2011 - Faroeste Caboclo

Cinema Como Diretor

  • 2010 - Assalto Ao Banco Central

Fonte: Wikipédia e Terra

Hedy Siqueira

HEDY PRUDENTE DE TOLEDO SIQUEIRA
(77 anos)
Atriz

* São Paulo, SP (1935)
+ São Paulo, SP (17/08/2012)

Por mais de 40 anos fez teatro e era casada com o diretor Silney Siqueira, responsável por grandes produções, entre elas a primeira versão para os palcos de "Vida e Morte Severina".

Hedy Siqueira formou-se na Escola de Arte Dramática da Universidade de São Paulo em 1963 e logo foi para os palcos onde fez inúmeras peças.  Hedy Siqueira era uma das atrizes preferidas de Paulo Autran e muito amiga do ator. Com ele fez sete peças, entre eles "Pato Com Laranja", "Drº Knock", "As Sabichonas", "Macbeth" e "Equus".

Um de seus papéis marcantes foi a Noiva de Macunaíma, em "Macunaíma" (1969).

Hedy Siqueira tinha quatro filhos: Manuel (falecido em 2000), Gabriel, e as gêmeas, Maria e Mariana. Após a morte do filho mais velho, Manuel, Hedy Siqueira se afastou da carreira.

Anna Maria Niemeyer

ANNA MARIA NIEMEYER
(82 anos)
Marchand, Designer, Galerista e Arquiteta de Interiores

* Rio de Janeiro, RJ (1929)
+ Rio de Janeiro, RJ (06/06/2012)

Anna Maria Niemeyer foi uma marchand, arquiteta e designer. A única filha do renomado arquiteto Oscar Niemeyer, trabalhou com o pai na construção de Brasília, tendo sido responsável pela decoração de interiores de diversos edifícios públicos da cidade. Nos anos 70, criou uma linha de móveis, exposta em diversas instituições do Brasil e do exterior. Em 1977, fundou a Galeria Anna Maria Niemeyer, um tradicional espaço voltado à difusão e comercialização de arte contemporânea no Rio de Janeiro.

 Oscar Niemeyer e sua filha Anna Maria Niemeyer
Vida e Obra

Anna Maria Niemeyer nasceu em 1929, fruto da união de Oscar Niemeyer e Anita Baldo. Dedicou-se desde cedo à decoração de interiores, colaborando em projetos do pai. Nos anos 70, foi funcionária da Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap), projetando a ambientação interna dos edifícios públicos de Brasília, como a sede do Congresso Nacional, a sede do Supremo Tribunal Federal, o Palácio do Planalto e o Palácio da Alvorada. Residiu na capital federal entre 1960 e 1973.

Nos anos 70, novamente em colaboração com o pai, projetou uma linha de móveis, produzidos simultaneamente no Brasil e na Itália. A parceria rendeu exposições em diversos museus brasileiros e em renomadas mostras e instituições internacionais, como o Centro Georges Pompidou, o Salão de Paris, o Salão Internacional do Móvel de Milão, o Chiöstro Grande de Florença, o Salone Del Móbile de Pádua, a Feira Internacional de Colônia e a Organização das Nações Unidas em New York.

No Rio de Janeiro, fundou a Galeria Anna Maria Niemeyer, inaugurada em 13 de outubro de 1977, a princípio no Leblon, transferindo-a posteriormente para Gávea. No comando da galeria, gerenciou, coordenou e organizou mais de 300 exposições individuais e coletivas. A galeria ocupa hoje dois espaços na Gávea, na Praça Santos Dumont e na Rua Marquês de São Vicente, responsáveis por manter eventos artísticos, lançamentos e representação comercial de diversos artistas, como Victor Arruda e Chico Cunha. Anna Maria Niemeyer coordenou ainda, nos anos 90, o projeto de decoração do Museu de Arte Contemporânea de Niterói.

Anna Maria Niemeyer foi casada com Carlos Magalhães da Silveira com quem viveu 14 anos, teve dois filhos, Carlos Oscar e Ana Cláudia. De Carlos Oscar tem três netos: João Pedro, Maria Cláudia e João Henrique.

Oscar Niemeyer e sua filha Anna Maria Niemeyer
Morte

Anna Maria Niemeyer, morreu na quarta-feira, 06/06/2012, vítima de Enfisema Pulmonar. Anna Maria tinha 82 anos e estava internada no Hospital Samaritano do Rio de Janeiro desde o dia 01/06/2012.

De acordo com Kadu Niemeyer, um dos quatro filhos de Anna Maria, sua mãe lutava havia muitos anos contra um câncer que teve início no pulmão e depois se espalhou pelo corpo (metástase).

O sepultamento de Anna Maria ocorreu na quinta-feira, 07/06/2012, às 13:00hs, no Cemitério São João Batista. Por ocasião de sua morte, a Galeria Anna Maria Niemeyer decretou luto de dez dias.


Autran Dourado

WALDOMIRO FREITAS AUTRAN DOURADO
(86 anos)
Escritor

* Patos de Minas, MG (18/01/1926)
+ Rio de Janeiro, RJ (30/09/2012)

Waldomiro Freitas Autran Dourado, mais conhecido como Autran Dourado, foi um escritor brasileiro.

Filho de um juiz, passou sua infância em Monte Santo de Minas e São Sebastião do Paraíso, no estado natal, Minas Gerais. Aos 17 anos foi para Belo Horizonte, onde cursou direito, enquanto trabalhava como taquígrafo e jornalista.

Formou-se em 1949. Sua segunda obra publicada, "Sombra E Exílio", de 1950, ganhou o Prêmio Mário Sette do Jornal de Letras. Mudou-se em 1954 para o Rio de Janeiro, onde morou até sua morte, em 2012.

Foi secretário de imprensa da República, de 1958 a 1961, no governo Juscelino Kubitschek. Sua primeira obra a ser traduzida para outro idioma foi "A Barca Dos Homens", que havia sido considerado o melhor livro de 1961 pela União Brasileira de Escritores.

Diversas narrativas se passam na cidade imaginária de Duas Pontes, a maioria narradas pelo personagem João da Fonseca Ribeiro, formando um conjunto em que as gerações da família Honório Cota se sucedem, transitando entre os séculos do apogeu da mineração ouro até os dias de hoje. Outras estão ambientadas em cidades reais da Minas Gerais atual e de outras épocas. Uma exceção é "A Barca Dos Homens", ambientada numa ilha do sul do Brasil. Uma espécie de Comédia Humana que mostra a decadência das classes abastadas desde o século XVII.

Também publicou ensaios sobre teoria literária, onde expôs seu processo pessoal de produção, traço praticamente único entre os grandes escritores. Autran Dourado também já deixou um livro de memórias, "Gaiola Aberta", onde abordou seu trabalho no governo de Juscelino Kubitschek.

Ganhou vários prêmios literários, entre eles o Prémio Camões, em 2000. Seu romance mais célebre é "Ópera Dos Mortos", incluída na seleção de obras representativas da literatura universal, feita pela Unesco. Sua obra predileta é a novela "Uma Vida Em Segredo", adaptada posteriormente para o cinema. Outras obras importantes são "A Barca Dos Homens", "O Risco Do Bordado", "Os Sinos Da Agonia" e "As Imaginações Pecaminosas".


Estilo e Influências

Em suas obras, focaliza a vida no interior de Minas Gerais e utiliza amplamente expressões locais, mas explora não temáticas regionalistas, e sim os aspectos psicológicos da vida humana: a morte, a solidão, a incompreensão do outro, a loucura, o crime. Esses traços demonstram tanto a origem mineira do autor quanto a influência de James Joyce, Stendhal e Goethe. Além disso, frequentemente revela-se também influenciado pelo Barroco mineiro e espanhol, usando uma linguagem obsessivamente trabalhada e trazendo personagens que são arrastados por forças superiores rumo à destruição. O pensamento de filósofos como Platão, Aristóteles, Nietzsche e Schopenhauer também se manifesta nas obras de Autran Dourado.

Em entrevista, Autran Dourado certa vez declarou:

"Meus personagens se parecem muito comigo. Eu os conheço muito bem e sofro a angústia que eles sofrem. Não tenho nenhum prazer em escrever. Depois de pronta a obra, aí me dá uma certa satisfação, mas a mesma que dá quando se descarrega dos ombros um fardo pesado. [...] (Escrever é) também uma fatalidade. Você é destinado à literatura, e não a literatura a você. "

Autran Dourado aponta Godofredo Rangel, que conheceu quando tinha apenas 17 anos, como uma influência decisiva em sua carreira. Este escritor, após ler seu primeiro livro de contos, aconselhou-o a não publicá-lo e estudar um pouco mais os grandes mestres. Assim, Autran Dourado estréia somente quatro anos depois, com uma nova obra: "A Teia".

Outras características notáveis do texto de Autran Dourado são o emprego da metalinguagem, da sutil repetição das idéias e dos eventos importantes, da alternância de pessoa no discurso do narrador, da busca pela palavra exata (le mot juste, como apregoava Gustave Flaubert), do emprego de estruturas e conceitos herdados da Grécia clássica (Homero, Hesíodo, Ésquilo, Sófocles e Eurípedes), da alternância de tempos verbais num mesmo parágrafo, da preocupação com detalhes estruturais como, por exemplo, o tamanho dos capítulos, e do uso de técnicas literárias como o monólogo interior, o fluxo de consciência e a narrativa em blocos. Também empregava costumeiramente técnicas gerais da literatura modernista, como os flashbacks e os flashforwards.

Segundo Autran Dourado, em "Breve Manual De Estilo E Romance", o escritor deve trabalhar como um artesão, buscar a simplicidade de forma que a leitura seja fácil e fluida, sem preocupar-se com a crítica ou com a vendagem de seus livros, além de ler, pelo menos uma vez ao ano, algum dos clássicos de Machado de Assis. Antes de escrever alguma coisa, a leitura de um poema:

"Ser simples é mais difícil das tarefas [...] Não pense em venda, vender livros é função de editores e livreiros, não sua [...] Todos os dias, antes de começar a escrever, lia um poema de qualquer grande poeta da minha língua. Em geral Manuel Bandeira, Carlos Drummond de Andrade, Mário de Andrade, Murilo Mendes e João Cabral de Melo Neto que são os meus poetas preferidos."

Em "O Meu Mestre Imaginário" e em "Um Artista Aprendiz", destacam-se os ensinamentos de Flaubert: a flexibilidade da regra gramatical, a importância de estruturar-se o romance antes de começá-lo, e a necessidade de presença do autor, invisível como Deus, na sua obra.


Morte

O escritor mineiro Autran Dourado, morreu aos 86 anos, por volta das 7:30 hs de domingo 30/09/2012, em sua casa, em Botafogo, zona sul do Rio de Janeiro.

Autran Dourado havia ficado internado por cerca de cinco meses no Hospital São Lucas, em Copacabana, na zona sul do Rio de Janeiro, para tratamento de problemas respiratórios, segundo a família. Teve alta há dois meses e, desde então, estava em casa. 

Segundo familiares, ele sofria de problemas respiratórios crônicos e teve uma hemorragia estomacal pela manhã.

O corpo do escritor foi velado em capela do Cemitério São João Batista, também em Botafogo, e enterrado no local pouco depois das 16:00 hs.

Autran Dourado deixou a mulher, Lúcia Campos, com quem foi casado por mais de 60 anos, quatro filhos, dez netos e dois bisnetos.


Romances

  • 1947 - A Teia
  • 1950 - Sombra E Exílio (Prêmio Mário Sette)
  • 1952 - Tempo De Amar (Prêmio Cidade de Belo Horizonte)
  • 1961 - A Barca Dos Homens (Prêmio Fernando Chinaglia)
  • 1964 - Uma Vida Em Segredo
  • 1967 - Ópera Dos Mortos (Listado na Coleção de Obras Representativas da UNESCO)
  • 1970 - O Risco Do Bordado (Prêmio Pen-Club do Brasil)
  • 1974 - Os Sinos Da Agonia (Prêmio Paula Britto)
  • 1976 - Novelário De Donga Novaes
  • 1978 - Armas & Corações
  • 1981 - As Imaginações Pecaminosas (Prêmio Goethe de Literatura do Brasil e Prêmio Jabuti)
  • 1984 - A Serviço Del-Rei
  • 1985 - Lucas Procópio
  • 1992 - Um Cavalheiro De Antigamente
  • 1994 - Ópera Dos Fantoches
  • 1997 - Confissões De Narciso
  • 2003 - Monte Da Alegria

Ensaios

  • 1957 - A Glória Do Oficio. Nove Histórias Em Grupo De Três
  • 1973 - Uma Poética De Romance
  • 1976 - Uma Poética De Romance: Matéria De Carpintaria
  • 1982 - O Meu Mestre Imaginário
  • 2000 - Um Artista Aprendiz
  • 2003 - Breve Manual De Estilo E Romance

Histórias Curtas

  • 1955 - Três Histórias Na Praia
  • 1957 - Nove Histórias Em Grupos De Três (Prêmio Artur Azevedo)
  • 1978 - Solidão Solitude
  • 1980 - Novelas De Aprendizado
  • 1987 - Violetas E Caracóis
  • 2001 - Melhores Contos
  • 2006 - O Senhor Das Horas

Memórias

  • 2000 - Gaiola Aberta

Artigos

  • 1985 - Símbolo Literário E Símbolo Psicológico: O Mito Ordenador (Revista do Brasil, 4 126-129)

Principais Prêmios Literários

  • 1981 - Prêmio Goethe de Literatura do Brasil (Não confundir com o Prêmio Goethe alemão)
  • 1982 - Prêmio Jabuti (Categoria Contos/crônicas/novelas)
  • 2000 - Prémio Camões
  • 2008 - Prêmio Machado de Assis

Fonte: Wikipédia
Indicação: Marta Dourado

Carmélia Alves

CARMÉLIA ALVES CURVELLO
(89 anos)
Cantora

* Rio de Janeiro, RJ (14/02/1923)
+ Rio de Janeiro, RJ (03/11/2012)

Terceira filha do casal Raimundo, nascido no Ceará e Adelina, nascida na Bahia. Carmélia Alves nasceu no bairro carioca de Bangu numa quarta-feira de cinzas. Ainda bem pequena, seus pais mudaram-se para a localidade de Areal, em Petrópolis, onde foi criada.

Seu pai, funcionário do escritório do Departamento de Estradas de Rodagem era muito festeiro, tendo formado conjuntos de baile e organizado blocos carnavalescos e festas juninas. Costumava adormecer embalada pelas cantigas nordestinas cantadas pelo pai.

Com 17 anos voltou ao Rio de Janeiro para estudar indo morar na casa de parentes. Por essa época, começou a interessar-se por música, encantando-se de ouvir no rádio as músicas cantadas por  Carmem Miranda, da qual tornou-se fã, acompanhando seus programas na Rádio Tupi e recortando suas fotografias de revistas.

Recebeu muito incentivo do irmão mais velho, Manoel, que também gostava de cantar e achava que a irmã cantava bem. Durante o período de ginásio, tomou parte em diversos programas de calouros, tendo sido aprovada em todos eles, inclusive, no mais temido de todos, o de Ary Barroso, onde o assistente Macalé fazia soar o gongo eliminando seguidamente os concorrentes.


Convidada por Manoel de Nóbrega, outro grande incentivador, participou de seu programa de calouros na Rádio Ipanema. Fez parte do programa "Estrada do Jacó", comandado por Ary Barroso, onde ele apresentava seus melhores calouros.

Terminado o curso ginasial, optou por seguir a carreira artística.

Sua carreira artística teve início nos anos 1940, quando foi contratada por Barbosa Júnior para apresentar-se com cachê fixo no programa "Picolino", cantando músicas do repertório de Carmem Miranda. Em meados dos anos 1940, obteve chance no conhecido programa "Casé", substituindo uma cantora que havia faltado. Cantou músicas de Carmem Miranda, que nesta época havia viajado definitivamente para os Estados Unidos.

Ouvida por César Ladeira, diretor da Rádio Mayrink Veiga, foi contratada por essa rádio, que buscava uma substituta para a estrela Carmem Miranda. Ganhou um programa semanal, recebendo 800 mil-réis por mês, uma verdadeira fortuna para a época.

Em 1941, foi contratada como crooner pelo Copacabana Palace, recebendo 100 mil-réis por dia, apresentando no programa "Ritmos da Panair", apresentado ao vivo por Murilo Neri, sendo transmitido para todo o Brasil pela Rádio Nacional. Nesse mesmo ano, foi considerada pela crítica especializada do Rio de Janeiro a melhor crooner.


Por essa época, conheceu no Copacabana Palace, o paulista de Franca, José Andrade Nascimento Ramos, que apresentava-se cantando músicas americanas, com o nome artístico de Jimmy Lester, e com quem se casou em apenas três meses.

Sua carreira ganhou espaço nesse momento, sendo frequentemente convidada para apresentar-se em outros locais, entre os quais, o "Programa do Chacrinha", na Rádio Fluminense. Participou no coral de várias gravações de outros artistas, entre os quais na gravação de "Aurora", feita por Joel e Gaúcho. Participou, também, de inúmeras gravações de Benedito Lacerda na RCA Victor, sempre participando do coro.

Em 1943, gravou seu primeiro disco, o qual teve que financiar com 400 mil-réis de suas economias. Contou com a ajuda do amigo Benedito Lacerda, que acompanhou a gravação com os músicos de seu regional, que nada cobraram pelo trabalho. Participaram do coro inúmeros artistas, que depois se tornariam famosos, Elizeth Cardoso, Cyro Monteiro e Nélson Gonçalves.

Apesar do sucesso obtido com a gravação, teve que afastar-se um tempo dos discos, pois sendo novata, criara involuntariamente uma situação constrangedora, já que naquele momento de guerra, muitos artistas consagrados não conseguiram gravar. Preferiu, então, excursionar pelo Brasil com o marido. Durante quatro anos apresentou-se em diversas cidades brasileiras. Retornou ao Rio de Janeiro em 1948, retomando seu lugar na Rádio Mayrink Veiga.


Em 1949, gravou com Ivon Curi a toada "Me Leva", de Hervé Cordovil e Rochinha, com orquestração e regência do maestro Radamés Gnattali, que tornou-se seu primeiro grande sucesso e a rancheira "Gauchita", de Luíz Gonzaga e Humberto Teixeira.

Em 1951, ela e o marido Jimmy Lester, em viagem ao Nordeste, descobriram o acordeonista Sivuca, atuando na Rádio Comércio do Recife e o levaram para o Rio de Janeiro. Gravou na mesma época, com Jimmy Lester, os baiões "Adeus Maria Fulô", de Humberto Teixeira e Sivuca, e "Saudade É De Matar", de Hervé Cordovil e Manezinho Araújo. Com Sivuca gravou o pot-pourri "No Mundo Do Baião", com baiões de diferentes autores.

Em 1952 reforçou o direcionamento de sua carreira em direção aos ritmos regionais, embora continuasse a gravar sambas. Começou, também, a ingressar no cinema cantando números avulsos e ganhou o título de "Rainha do Baião", integrando uma verdadeira corte, sendo Luíz Gonzaga , o "Rei", Luiz Vieira, o "Príncipe" e Claudette Soares, a "Princesa", cantando repertório de Carmélia Alves, já conhecida como a "Rainha do Baião".

Recebeu inúmeros convites para apresentar-se em diversos lugares, inclusive na Argentina, onde viu lançado seu grande sucesso "Sabiá Na Gaiola".

De 1950 a 1954, manteve-se na gravadora Continental, na Rádio Nacional e no topo das paradas como a "Rainha do Baião". Depois de apresentar-se com enorme sucesso na Argentina, viajou com a caravana de Humberto Teixeira indo apresentar-se na Alemanha, onde fez sucesso, sendo convidada a gravar um LP pela Telefunken. O mesmo acontece em outros países onde se apresentou. Em Portugal, seu repertório passou a ser utilizado por ranchos regionais. Na então União Soviética, fez um show para 150 mil pessoas.

Luiz Gonzaga, Carmélia Alves e Jaime Santos
Durante a Jovem Guarda, chegou a apresentar-se com o grupo vocal Golden Boys, no Programa Silvio Santos, na televisão.

Em 1977, após 15 anos sem se apresentar para o público carioca, fez antológico show ao lado de Luíz Gonzaga no Teatro João Caetano reabrindo a série "Seis E Meia". Na ocasião interpretou "Qui Nem Jiló", "Trepa No Coqueiro", "Sabiá Lá Na Gaiola" e "Cabeça Inchada", além dos duetos com Luíz Gonzaga em "Reis Do Baião", "Lorota Boa" e "Forró Do Mané Vito".

Na década de 1990, integrou o conjunto Cantoras do Rádio ao lado de Nora Ney, Zezé Gonzaga, Rosita Gonzales, Ellen de Lima e Violeta Cavalcanti.

Em 1993 teve relançado em CD o seu show realizado no Teatro João Caetano ao lado de Luíz Gonzaga.

Em 1998, com a morte de seu marido, Jimmy Lester, entrou em depressão, permanecendo isolada em sua residência de Teresópolis. Mas em dois anos já estava de volta às lides, participando de vários shows em São Paulo, inclusive, no projeto "O Botequim do Cabral" ao lado do crítico Sérgio Cabral.


Em 1999, lançou pelo selo CPC-UMES o CD "Carmélia Alves Abraça Jackson do Pandeiro e Gordurinha" no qual interpretou clássicos como "Chiclete Com Banana", de Gordurinha e José Gomes, "Um a Um", de Edgard Ferreira e "Sebastiana", de Rosil Cavalcanti. Esse disco contou com a participação de Inezita Barroso, Luiz Vieira e Elymar Santos. O lançamento do CD aconteceu através de uma série de shows por todo o Brasil.

Em 2001, apresentou-se no Teatro de Arena ao lado das cantoras Ellen de Lima, Violeta Cavalcanti e Carminha Mascarenhas, no show "Cantoras do Rádio - Estão Voltando As Flores", com apresentação, roteiro e direção de R. C. Albin e que foi gravado em CD pela Som Livre. O espetáculo que teve excelente aceitação, atingindo um público de mais de dez mil pessoas, que aplaudiam de pé, tornou presente diversas memórias da era do rádio, revivendo, por exemplo, logo no início, o prefixo do programa de César de Alencar, apresentado, nos anos 50 na Rádio Nacional.

Em 2002, foi lançado o CD "Estão Voltando As Flores", com Violeta Cavalcanti, Carminha Mascarenhas e Ellen de Lima, onde ela canta, entre outras, as músicas "Ninguém Me Ama", "Feitiço Da Vila" e "Kalu". Como programação do lançamento do CD, o mesmo espetáculo voltou à cena no Teatro Rival BR em agosto de 2002, com grande sucesso de crítica e público.

Em 2004, apresentou, em temporada no Teatro Ipanema, Rio de Janeiro, o espetáculo "Tra-lá-lá-Lalá é Cem", com direção, roteiro e apresentação de R. C. Albin. O espetáculo fez parte das comemorações do centenário do nascimento do compositor Lamartine Babo. Neste show, Carmélia Alves dividiu o palco com Ellen de Lima, Carminha Mascarenhas e O jovem cantor Márcio Gomes, interpretando canções consagradas, em coro e em solo, do renomado compositor . Ainda no mesmo ano, o mesmo espetáculo ganhou temporada no palco do Teatro João Caetano, no projeto "Seis e meia", obtendo entusiasmo da platéia.

A partir de 2010, recolheu-se ao Retiro dos Artistas, onde passou a viver.


Morte

Carmélia Alves faleceu em 03/11/2012 aos 89 anos. O corpo da cantora foi velado no domingo, 04/11/2012, domingo no Cemitério do Pechincha, próximo ao Retiro dos Artistas. A cantora, que tinha Alzheimer e morava há dois anos no Retiro, faleceu na noite do sábado vítima de Falência Múltipla dos Órgãos, de acordo com o boletim do Hospital das Clínicas de Jacarepaguá, onde estava internada há um mês.

Abrahão Farc

ABRAM JACOB SZAFARC
(75 anos)
Ator

* São Paulo, SP (28/07/1937)
+ São Paulo, SP (24/09/2012)

Nome conhecido da cena teatral paulista durante os anos 1960, Abram Jacob Szafarc nasceu em São Paulo em 2/07/1937. Após adotar o nome artístico de Abrahão Farc, o ator estudou teatro com Eugênio Kusnet, em 1961, um dos mais destacado discípulos de Stanislavski e que teve passagem marcante no teatro brasileiro entre os anos 1960 e 1970.

Abrahão Farc fez sua estreia no teatro profissional em 1962, no espetáculo "A Visita Da Velha Senhora", de Friedrich Dürrenmatt e com direção de Walmor Chagas, numa produção da Companhia Cacilda Becker. Também no início de sua carreira, Abrahão Farc integrou as primeiras atividades do Teatro Oficina, criado em 1961 por José Celso Martinez Corrêa, Renato Borghi, Fernando Peixoto, Ítala Nandi e Etty Fraser, atuando em montagens consagradas como "Pequenos Burgueses", entre 1963 e 1964, e "Tambores Na Noite", realizada em 1972.

Durante os anos 1970, ele esteve presente nas montagen de "Equus" (1975), em que contracenava com direção de Celso Nunes, protagonizada por Paulo Autran e Ewerton de Castro, sob a direção de Celso Nunes.

Mais recentemente, Abrahão Farc integrou o elenco de encenações como "Anna Weiss", do escocês Mike Cullen, "Jardim Das Cerejeiras", de Antón Tchkhov, e "O Escrivão", dirigida por Antônio Abujamra e baseada na novela "Bartleby, O Escrivão", do escritor norte-americano Herman Melville, todas realizadas em 2006.

Seu último trabalho em teatro ocorreu em 2011, na montagem para "O Casamento Suspeitoso", texto do escritor Ariano Suassuna que foi levado à cena pelo diretor Sérgio Ferrrara.

Dono de uma longa carreira na TV, Abrahão Farc atuou em mais de 30 trabalhos, entre novelas, seriados e minisséries. Esteve na TV Tupi entre 1970 e 1980, onde trabalhou em 14 produções. Como contratado da Rede Globo atuou em inúmeros trabalhos, entre eles "Livre Para Voar", "De Quina Pra Lua" e em "Sete Pecados", de 2007. O ator também participou de novelas da TV Bandeirantes, Rede Manchete, TV Record e SBT, por onde fez sua última aparição, na novela "Revelação", exibida em 2009.

Sua carreira no cinema, iniciada em 1968, com "As Amorosas", de Walter Hugo Khouri, computa 24 longas, sendo os três últimos "Cafundó" (2005), além de "O Ano Em Que Meus Pais Saíram De Férias" e "O Cheiro Do Ralo", ambos lançados em 2006.

Em 2011, o ator participou do videoclipe da música "Subirusdoistiozin", do rapper Criolo, uma das grandes revelações da música brasileria no ano. Também em 2011 protagonizou o filme "A Grande Viagem", dirigido por Caroline Fioratti.

Morte

O ator Abrahão Farc faleceu na segunda-feira, dia 24/09/2012, aos 75 anos, em São Paulo. Chegou a ficar três semanas internado para tratar um tumor no intestino, mas teve uma pneumonia e não resistiu à falência múltipla dos órgãos. O corpo foi sepultado no Cemitério Israelita do Butantã, localizado na zona Oeste da capital paulista. Abrahão Farc era casado e tinha duas filhas.

A Ministra da Cultura Marta Suplicy divulgou uma nota de pesar pela morte:

"Abrahão Farc deixa um admirável legado para a dramaturgia televisiva e importantes contribuições para o cinema e o teatro brasileiros. Solidarizo-me com a família do ator e com toda a classe artística neste momento de perda".

Televisão

  • 2009 - Revelação ... Pai adotivo de Margareth
  • 2007 - Sete Pecados ... Silas
  • 2002 - Marisol ... Drº Heitor
  • 1999 - Força De Um Desejo ... Padre Olinto
  • 1998 - A História De Ester ... Abner
  • 1996 - Malhação ... Nestor
  • 1991 - Salomé ... Albino
  • 1990 - Mico Preto ... Juca
  • 1988 - Vida Nova ... Abrahão
  • 1986 -Tudo ou Nada ... Salomão
  • 1986 - Dona Beija ... Coronel Paulo Sampaio
  • 1985 - De Quina Pra Lua ... Moshe
  • 1984 - Livre Para Voar ... Lau
  • 1984 - Meu Destino É Pecar ... Saul
  • 1983 - Moinhos De Vento
  • 1982 - Campeão ... Matias
  • 1982 - Os Imigrantes - 3ª Geração ... Domingues
  • 1982 - Avenida Paulista ... Artur
  • 1982 - O Coronel E O Lobisomem ... Padre Malaquias de Azevedo
  • 1981 - Partidas Dobradas .... Hermano
  • 1981 - O Fiel E A Pedra
  • 1980 - Dulcinéa Vai À Guerra ... Eugênio
  • 1979 - Gaivotas ... Júlio
  • 1977 - O Profeta ... Piragibe
  • 1976 - O Julgamento ... Procópio
  • 1976 - Xeque-Mate ... Salomão
  • 1975 - A Viagem ... Tibério
  • 1975 - Ovelha Negra ... Vital
  • 1974 - Ídolo De Pano ... Guilherme
  • 1974 - O Machão ... Calixto
  • 1973 - Mulheres De Areia ... Marujo
  • 1972 - Camomila E Bem-Me-Quer ... Lula
  • 1972 - Bel-Ami
  • 1972 - Na Idade Do Lobo
  • 1971 - Nossa Filha Gabriela ... Romeu
  • 1970 - O Meu Pé De Laranja Lima ... Padre Rozendo

Cinema

  • 2006 - O Cheiro Do Ralo ... Homem Dos Soldadinhos
  • 2006 - O Ano Em Que Meus Pais Saíram De Férias ... Anatol
  • 2005 - Cafundó ... Juiz
  • 2004 - Como Fazer Um Filme De Amor ... Mordomo
  • 2004 - Nina ... Srº Freak
  • 1993 - Alma Corsária ... Suicida
  • 1992 - Oswaldianas
  • 1987 - Vera
  • 1986 - Nem Tudo É Verdade
  • 1981 - Sadismo - Aberrações Sexuais
  • 1981 - A Noite Das Depravadas
  • 1980 - Ato De Violência ... Diretor Da Cadeia
  • 1978 - O Estripador De Mulheres
  • 1977 - Belas E Corrompidas
  • 1976 - O Mulherengo ... Charreteiro
  • 1976 - Excitação .. Delegado
  • 1976 - Tiradentes, O Mártir Da Independência
  • 1975 - Cada Um Dá O Que Tem
  • 1975 - O Predileto
  • 1973 - O Detetive Bolacha Contra O Gênio Do Crime
  • 1971 - Bang Bang ... Homem Gordo
  • 1970 - Em Cada Coração Um Punhal
  • 1969 - A Mulher De Todos ... Turista
  • 1968 - As Amorosas

Fonte: O Globo