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25/08

JOÃO MARQUES
(84 anos)
Locutor

☼ (1933)
┼ Brasília, DF (25/08/2017)

João Marques foi um dos grandes locutores do país e do início do rádio em Brasília.

João Marques mudou-se do Rio de Janeiro para Brasília em 1961 e passou por diversas emissoras, como a Rádio Nacional, Rádio Educadora, Rádio Alvorada e a Rádio Senado, onde atuou até 2009.

João Marques apresentou o Jornal do Senado, dentro do programa "A Voz do Brasil", pela primeira vez em 1974. Ficou 35 anos como titular do posto. Com a criação da Rádio Senado, em 1997, liderou o time de locutores da emissora. Também emprestou sua voz marcante a diversos programas premiados da Rádio Senado, como o "Brasil 500 Anos".


O primeiro diretor da Rádio Senado, Silvio Hauagen, lembra que João Marques foi o responsável pela primeira transmissão da emissora, em 29/01/1997:
"O João Marques foi a primeira voz a surgir na programação da Rádio Senado. João Marques é um nome que dispensa maiores comentários, conhecido nacionalmente. Não há quem desconheça a voz do João Marques."
Tendo se aposentado em 2003 como servidor efetivo do Senado, não demorou muito para que João Marques voltasse a comandar "A Voz do Brasil", desta vez como terceirizado. O afastamento definitivo só veio mesmo em 2009, com a realização de concurso público na área de locução para a Rádio Senado. Naquela ocasião, João Marques saudou os novos locutores concursados que tomavam posse.
"Gente, vocês estão fazendo a partir de agora aquilo que eu sempre sonhei, ser locutor de rádio. Eu agradeço muito a Deus por ter tido essa oportunidade nessa empreitada. Parabéns!"
João Marques e o operador Wellington Araújo na Rádio Senado FM, 2000.
Morte

João Marques faleceu na sexta-feira, 25/08/2017, aos 84 anos. Ele estava internado por conta de uma pneumonia e teve um infarto. João Marques deixou esposa e quatro filhos.

O velório de João Marques aconteceu no sábado, 26/08/2017, a partir de 12h00 no cemitério Campo da Esperança, Capela 6 e o sepultamento às 17h00, em Brasília, DF.

A diretora da Secretaria de Comunicação Social do Senado (SECOM), Angela Brandão, lamentou o falecimento do locutor em nota de pesar e registrou sua contribuição como servidor e locutor da emissora:
"Mesmo aposentado do Senado Federal, João Marques continuou trabalhando na Casa até 2009, exercendo sempre com brilhantismo e competência a apresentação de programas jornalísticos e culturais. Uma personalidade inteligente, afável e gentil, Joãozinho, como era carinhosamente chamado pelos colegas, vai deixar uma saudade enorme em todos aqueles que tivemos a oportunidade de com ele conviver. É uma perda irreparável para o Rádio no Brasil."

Indicação: Miguel Sampaio
#FamososQuePartiram #JoaoMarques

Álvaro de Moya

ÁLVARO DE MOYA
(87 anos)
Jornalista, Escritor, Produtor, Ilustrador e Diretor de Cinema e Televisão

☼ São Paulo (1930)
┼ São Paulo, SP (14/08/2017)

Álvaro de Moya foi um jornalista, escritor, produtor, ilustrador e diretor de cinema e televisão. É considerado por alguns como o maior especialista em histórias em quadrinhos do Brasil.

Alvaro de Moya era filho de um coronel reformado da antiga Força Pública do Estado de São Paulo, de nome Salvador, e de Dona Amélia. Irrequieto, tenaz, inteligente e vivo, Alvaro de Moya não gostava muito de estudar. Quando o pai perguntava: "Você quer ser engenheiro, médico ou advogado?", ele respondia: "Quero ser desenhista de histórias em quadrinhos!", para desespero do pai.

Por volta dos 10 e 12 anos, outra paixão dominou o menino: o cinema. Assistia uma sessão atrás da outra, nada o satisfazia. Também gostava de ler. Lia de tudo e sabia um pouco de tudo. Uma vez, porém, ouviu na escola, uma frase que passou a ser seu lema: "Res, non verba" (Ação, e não palavras).

Na verdade a primeira paixão de Álvaro de Moya foi pelo desenho. E esse seu amor pelo desenho e pelo cinema, o levou para a televisão. Foi através de um telefonema a Walter George Durst, que Álvaro de Moya, bastante jovem, se entrosou com aquele grupo também jovem, que preparava a novidade: lançar a televisão no Brasil.


Conheceu e gostou não só de Walter George Durst, mas de Cassiano Gabus Mendes, Silas Roberg e Dionisio Azevedo. E coube a ele fazer a história de inauguração da PRF3-TV, a primeira emissora da América Latina.

Irrequieto que era, logo conseguiu uma bolsa e foi para os Estados Unidos, para ver de perto tanto a televisão, como seu amor maior: a história em quadrinho. E conseguiu muita coisa. Esteve com personalidades e aprendeu detalhes que mais tarde trouxe para o Brasil. De volta casou-se com a atriz Anita Greiss, com quem teve 2 filhos.

Acompanhando Demerval Costa Lima, ex diretor geral das Emissoras Associadas, Álvaro de Moya foi para a TV Paulista, que mais tarde transformou-se em TV Globo, e na emissora foi seu braço direito.

Foi diretor de TV, criativo e original, e no corte de imagens, era imbatível. A seguir foi para a TV Excelsior, que a seu ver, criou a verdadeira televisão brasileira moderna, com grade de programação vertical e horizontal. Aí formou, ao lado de Cyro Del Nero, a dupla que fixou a imagem daquela televisão, e foi Álvaro de Moya que conseguiu uma coisa nova na televisão: a pontualidade, que até então não existia. Naquela época os programas entravam no ar, mais ou menos às tantas horas.


Álvaro de Moya esteve também na TV Bandeirantes, e outra vez em uma missão importante: Colocar no ar a emissora. Escolheu o dia 13 de maio, já que a televisão seria, em São Paulo, o canal 13. E conseguiu a façanha, tendo ficado 72 horas sem comer e dormir, só trabalhando.

Na TV Cultura sua missão foi angariar apoio da iniciativa privada, àquela emissora estatal. Além disso Álvaro de Moya foi, por 20 anos, professor da Universidade de São Paulo (USP), na matéria Comunicação.

Professor aposentado da Universidade de São Paulo (USP), foi um dos organizadores da Primeira Exposição Internacional de Histórias em Quadrinhos, junto com Jayme Cortez, entre outros, em 1951, na cidade de São Paulo. Além de ser a primeira exposição de quadrinhos da história do Brasil, foi de ineditismo também para o mundo.

Álvaro de Moya representou o Brasil em vários congressos sobre quadrinhos no mundo, como em Roma, Buenos Aires, Nova York e em Lucca, um dos principais do mundo.


Correspondente da revista Wittyworld, dos Estados Unidos, foi colaborador de enciclopédias editadas na França, Espanha, Itália e Estados Unidos. Escolhido pela Universidade La Sapienza, de Roma, foi o único representante da América Latina em evento realizado na Itália, visando discutir o centenário dos comics books.

Fez também charges e ilustrações com temáticas nacionalistas. Na Editora Abril, fez capas para as revistas em quadrinhos Disney: O Pato Donald e Mickey. Produziu quadrinizações de "A Marcha", de Afonso Schmidt, para a Editora Brasil América, "Macbeth" de William Shakespeare para a Editora Outubro e a biografia de Zumbi dos Palmares para Editora La Selva.

Em 1970, lançou o livro "Shazam!", o livro não se resume apenas a fazer um pesquisa sobre a história das histórias em quadrinhos, mas conta com a colaboração de especialistas que debatem acerca da influência pedagógica e psicológica dos quadrinhos e a sua influência na cultura, tratando as histórias em quadrinhos não somente como puro entretenimento, mas sim como um meio de comunicação que merece atenção por parte dos acadêmicos.

Em 1976, traduziu e fez o prefácio para a edição brasileira de "Para Ler o Pato Donald" de Ariel Dorfman e Armand Mattelart, publicada pela editora Paz e Terra.

Morte

Álvaro de Moya faleceu no fim da tarde de segunda-feira, 14/08/2017, em São Paulo, SP, aos 87 anos. Ele estava internado desde o último dia 05/08/2017 no Hospital São Paulo, quando sofreu, em casa, um Acidente Vascular Cerebral (AVC). Álvaro de Moya foi encontrado pelo filho no banheiro de casa.

Livros
  • 1970 - Shazam!
  • 1993 - História da História em Quadrinhos
  • 1996 - O Mundo de Walt Disney
  • 2001 - Anos 50 - 50 Anos
  • 2002 - Vapt Vupt
  • 2003 - Histórias em Quadrinhos no Brasil
  • 2004 - Gloria In Excelsior
  • 2006 - O Tico-Tico 100 Anos - Centenário da Primeira Revista de Quadrinhos do Brasil.
  • 2012 - A Reinvenção dos Quadrinhos
  • 2013 - Os Pioneiros no Estudo de Quadrinhos no Brasil
  • 2016 - Sketchbook Custom
  • 2017 - Eisner / Moya - Memórias de Dois Grandes Nomes da Arte Sequencial


Fonte: Wikipédia

Rogéria

ASTOLFO BARROSO PINTO
(74 anos)
Atriz, Maquiadora, Transexual e Vedete

☼ Cantagalo, RJ (25/06/1943)
┼ Rio de Janeiro, RJ (04/09/2017)

Rogéria, nascida Astolfo Barroso Pinto, foi uma atriz e transformista brasileira. Foi maquiadora na extinta TV Rio e vedete. Morou no exterior, apresentando vários shows, e em 1979 recebeu o Troféu Mambembe, pelo espetáculo que fez ao lado de Grande Otelo.

Rogéria nasceu em Cantagalo, no interior do Estado do Rio de Janeiro, no dia 25/06/1943, a mesma cidade de outra figura célebre - como declarou: "Em Cantagalo, nasceu a maior bicha do Brasil, no caso eu, e o maior macho do Brasil, Euclides da Cunha".

Desde sua infância tinha consciência da homossexualidade e na adolescência virou transformista e assumiu uma carreira de maquiadora. Antes disso, virou figura assídua no auditório da Rádio Nacional, particularmente nos programas estrelados pela cantora Emilinha Borba e de quem era fã incondicional.

Ao vencer um concurso de fantasias no carnaval de 1964, tentaram renomeá-la de Astolfo, "que fazia demais a 'linha executivo'", para Rogério, que levou o público a gritos de Rogéria, inspirando o nome artístico dela.


Rogéria começou sua carreira como maquiadora da TV Rio, e ao conviver com inúmeros atores célebres teve o que descreveu como equivalente de uma estadia no Actors Studio, sendo estimulada a interpretar. Sua estreia ocorreu em 29/05/1964, em um notório reduto gay de Copacabana, a Galeria Alaska.

Na televisão, participou do programa de Chacrinha e atuou como repórter do "Viva a Noite", programa de auditório, em 1986. Depois, vieram participações na novela "Tieta" (1989), em "Sai de Baixo" (1997), "Brava Gente" (2001), "Desejo de Mulher" (2002), entre outras produções audiovisuais.

No cinema, a atuação começou na década de 60. Ela estreou em 1968 com "Enfim Sós... Com o Outro", no qual interpretou o personagem Glorinha. Outros filmes contaram com a participação da atriz: "O Homem Que Comprou o Mundo" (1968), "O Sexualista" (1975), "Vestido Dourado" (2000), "Copacabana" (2001), dentre outros. 


A participação mais recente no cinema ocorreu sob direção da atriz e cineasta Leandra Leal, no filme "Divinas Divas" (2016), inspirado em um espetáculo encenado por Rogéria ao lado de Camille K e transformistas desde 2004. O documentário venceu a categoria no Festival do Rio de 2016, pelo voto popular.

Rogéria foi coreógrafa da comissão de frente da Escola de Samba São Clemente, representando Maria, a Louca, num enredo que tratava dos 200 anos da vinda da família real ao Brasil. Em sua passagem, foi recebida com carinho pelo público.

Em 2016, lançou sua biografia "Rogéria - Uma Mulher e Mais Um Pouco", de Marcio Paschoal.

De voz grave, sem papas na língua e reconhecida pela expressividade, Rogéria se dizia satisfeita com o órgão sexual masculino e se mostrava avessa a fazer uma operação para troca de gênero. Bem-humorada, se dizia "o travesti da família brasileira", uma forma de ironizar o preconceito e o moralismo característicos da formação cultural do país. 

Teatro

Foram muitas as incursões de Rogéria nos palcos do Brasil e do mundo. Foi vedete de Carlos Machado e em 1979 ganhou o Troféu Mambembe por uma peça que fazia com Grande Otelo.

Em fevereiro de 1976, participou de um espetáculo chamado "Alta Rotatividade", comédia na qual contracenava com a atriz Leila Cravo e os atores Agildo Ribeiro e Ary Fontoura.

No ano de 2007, estreou o espetáculo "7, O Musical", sob a direção de Charles Möeller e Cláudio Botelho. No espetáculo, atuou ao lado de Zezé Motta, Eliana Pittman, Alessandra Maestrini, Ida Gomes, Jarbas Homem de Mello e outros. O espetáculo estreou em São Paulo no ano de 2009.

Desde 2004 ao lado da atriz Camille K, fazia uma peça com outros notórios transformistas no Teatro Rival do Rio, "Divinas Divas"

Morte

Rogéria faleceu na noite de segunda-feira, 04/08/2017, no Rio de Janeiro, RJ aos 74 anos. Rogéria foi internada no Hospital Unimed Barra, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, com um caso de infecção urinária, mas teve uma complicação após uma crise convulsiva.

O Hospital Unimed-Rio informou que a causa da morte de Rogéria foi um choque séptico. De acordo com a unidade hospitalar, ela estava internada na unidade desde 08/08/2017 devido a um quadro de infecção urinária.

No dia 25/08/2017, Rogéria chegou a receber alta da Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do hospital e foi levada para o quarto.

Em julho de 2017, Rogéria foi hospitalizada em uma clínica em Laranjeiras, na Zona Sul do Rio de Janeiro, após apresentar fortes dores nas costas, época em que o diagnóstico apontou infecção generalizada.

Filmografia

Televisão
  • 1986 - Viva a Noite ... Repórter
  • 1989 - Tieta ... Ninete (Valdemar Alencar)
  • 1997 - Sai de Baixo ... Brigite (Episódio: "Adivinha Quem Vem Para Jantar")
  • 1999 - Você Decide ... Episódio: "Mulher 2000"
  • 2000 - Zorra Total ... Ela Mesma (Rosto a Rosto Com Alberto Roberto)
  • 2001 - Brava Gente  ... Sissi (Episódio: "O Enterro da Cafetina")
  • 2002 - Desejos de Mulher ... Regina
  • 2002 - A Grande Família ... Carla (Episódio: "O Velho Gostoso")
  • 2006 - Cilada ... Marilene (Episódio: "Carnaval")
  • 2007 - Paraíso Tropical ... Carolina da Silva
  • 2007 - Toma Lá Dá Cá ... Tia Dolly (Episódio: "Dolly Pancada Seca")
  • 2008 - Duas Caras ... Astolfo Barroso
  • 2008 - Dicas de um Sedutor ... Lulu (Episódio: "Amor Não Tem Idade")
  • 2009 - A Praça é Nossa ... Ela Mesma
  • 2010 - Os Caras de Pau ... Rogéria ''Seu Astolfo'' (Episódio: "Dia dos Pais")
  • 2011 - Amor & Sexo ... Ela Mesma
  • 2012 - Malhação ... Carmém Rios / Rômulo Rios
  • 2012 - Lado a Lado ... Alzira Celeste
  • 2013 - Com Frescura ... Apresentadora
  • 2013 - Divertics ... Vários Personagens
  • 2014 - Pé na Cova ... Patrícia Swanson
  • 2015 - Babilônia ... Úrsula Andressa (Oswaldo Alvarenga)
  • 2015 - Tá No Ar: A TV Na TV ... Ela Mesma
  • 2017 - A Força do Querer ... Ela Mesma


Cinema
  • 1968 - Enfim Sós... Com o Outro ... Glorinha
  • 1968 - O Homem Que Comprou o Mundo
  • 1975 - O Sexualista
  • 1978 - O Gigante da América
  • 1979 - Gugu, o Bom de Cama
  • 1991 - A Maldição do Sanpaku ... Loura
  • 1994 - A Causa Secreta ... Participação Especial
  • 1999 - Hi Fi (Curta Metragem)
  • 2000 - Vestido Dourado
  • 2001 - Copacabana ... Rogéria
  • 2016 - Divinas Divas ... Ela Mesma

Indicação: Soraya Veras, Fadinha Veras, Gaby Terra, Roner Marcelo e Miguel Sampaio
#FamososQuePartiram #Rogeria

Wilson das Neves

WILSON DAS NEVES
(81 anos)
Cantor, Compositor e Baterista

☼ Rio de Janeiro, RJ (14/06/1936)
┼ Rio de Janeiro, RJ (26/08/2017)

Wilson das Neves foi um cantor, compositor e baterista brasileiro nascido no Rio de Janeiro, RJ, no dia 14/06/1936.

Wilson das Neves  estudou música com Joaquim Naegele e logo depois com Darci Barbosa. Aos 14 anos, através do ritmista Edgar Nunes Rocca, o Bituca, tocou na Escola Flor do Ritmo, no bairro do Méier. Anos mais tarde, deu início a sua carreira de baterista na orquestra de Permínio Gonçalves.

Entre 1957 e 1968, Wilson das Neves acompanhou a pianista Carolina Cardoso de Menezes, foi membro do conjunto de Ubirajara Silva, estreou como músico de estúdio na Copacabana Discos, se integrou em conjuntos como o de Steve Bernard e o de Ed Lincoln.

Tocou com o flautista Copinha, com o pianista Eumir Deodato no conjunto Os Catedráticos, e com Eumir e Durval Ferreira no grupo Os Gatos.

Wilson das Neves fez parte da orquestra de Astor Silva, da orquestra da TV Globo e da orquestra da TV Tupi de São Paulo, liderada pelo maestro Cipó.

Em 1965, participou da gravação do disco "Coisas" do mastro e compositor Moacir Santos, tocando bateria em todas as faixas do álbum. Além disso, gravou com Elza Soares, o disco "Elza Soares - Baterista: Wilson das Neves" e formou seu conjunto, registrando o LP "Juventude 2000".


Em 1969 gravou pela Polydor seu segundo disco, "Som Quente é o das Neves" e, no ano seguinte, o LP "Samba Tropi - Até Aí Morreu Neves", desta vez pelo selo Elenco/Philips. Estes dois trabalhos tiveram arranjos de Erlon Chaves. Desse período até 1973, acompanhou artistas como Elis Regina, Egberto Gismonti, Wilson Simonal, Elizeth Cardoso, Roberto Carlos, Francis Hime, Taiguara e Sérgio Sampaio.

Em 1975 participou da gravação dos discos "Lugar Comum", do músico João Donato e "Meu Primeiro Amor", da cantora Nara Leão. Em 1976 ano tocou timbales no clássico "África Brasil", de Jorge Ben.

Tempos depois fez o terceiro disco com o seu conjunto, o LP "O Som Quente é o das Neves". Nesse trabalho, lançado pela gravadora Underground/Copacabana, Wilson das Neves estreou como cantor e compositor. Os arranjos foram feitos por João Donato e pelo tecladista Sérgio Carvalho.

Figura presente no samba, Wilson das Neves tocou ao lado de grandes nomes do gênero como João Nogueira, Beth Carvalho, Cartola, Nelson Cavaquinho, Clara Nunes, Roberto Ribeiro, Martinho da Vila e muitos outros.

Wilson das Neves foi ritmista na escola de samba Império Serrano, onde tocava tamborim.

Como compositor, era parceiro de Aldir Blanc, Paulo Cesar Pinheiro, Nei Lopes, Ivor Lancellotti, Claudio Jorge, Marcelo Amorim, Moacyr Luz e Chico Buarque, com quem tocava desde 1982.

Gravou em 1996 o disco "O Som Sagrado de Wilson das Neves", lançado pela CID com participações de Paulo César Pinheiro e Chico Buarque, agraciado com o Prêmio Sharp.


Em 2001 participou do CD "O Quintal do Pagodinho", idealizado por Zeca Pagodinho e produzido por Rildo Hora.

Desde 2003 era integrante do combo carioca Orquestra Imperial, sendo cantor e compositor parceiro dos jovens integrantes do grupo.

Em 2004 lançou o CD "Brasão de Orfeu" no Centro Cultural Carioca, onde também foi apresentado o curta-metragem "O Samba é Meu Dom", no qual o compositor contou detalhes de sua vida.

Em 2006 atuou no filme "Noel - Poeta da Vila", no papel do motorista e cantor Papagaio.

Em 2011, Wilson das Neves lançou, no Brasil e Europa, seu terceiro CD como cantor e compositor, "Pra Gente Fazer Mais Um Samba". Indicado melhor cantor pelo Prêmio da Música Brasileira 2011 e vencedor como melhor álbum de samba.

Em 2013 fez uma participação na música "Trepadeira", do CD "O Glorioso Retorno de Quem Nunca Esteve Aqui", do rapper Emicida.

Em 2016 participou da abertura dos jogos olímpicos do Rio de Janeiro.

Em mais de 50 anos de carreira como baterista, participou de mais de 600 gravações e acompanhou Carlos Lyra, Ney Matogrosso, João Bosco, Maria Bethânia, Gal Costa, Emílio Santiago, Nelson Gonçalves, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Alcione, Tom Jobim, Miucha, entre vários outros artistas da MPB, além de internacionais como Michel Legrand, Toots Thielemans, Sarah Vaughan e Sean Lennon.

Morte

Wilson das Neves morreu na noite de sábado, 26/08/2017, aos 81 anos, no Rio de Janeiro, RJ. Ele lutava contra um câncer e estava internado em um hospital na Ilha do Governador.

A informação foi confirmada pela página oficial do sambista no Facebook e no no Instagram:
"É com grande pesar que comunicamos a todos a partida do nosso grande mestre que foi tocar suas baquetas do outro lado. Ficaremos com as boas lembranças"

(Escrito em sua página no Facebook)

O corpo de Wilson das Neves foi sepultado por volta das 10h50 de segunda-feira, 28/08/2017, no cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, na Zona Oeste do Rio de Janeiro.

Representantes de velhas guardas de várias escolas de samba foram prestar a última homenagem ao artista, que foi sepultado sob aplausos, ao som da música "O Samba é Meu Dom" e do surdo de marcação da sua escola de coração, a Império Serrano.

Discografia
  • 1968 - Elza Soares - Baterista: Wilson das Neves
  • 1968 - Juventude 2000 - Wilson das Neves e Seu Conjunto
  • 1969 - Som Quente é o das Neves - Wilson das Neves e seu Conjunto
  • 1970 - Samba Tropi - Até Aí Morreu Neves - Wilson das Neves e Seu Conjunto
  • 1976 - O Som Quente é o Das Neves - Wilson das Neves e Seu Conjunto
  • 1996 - O Som Sagrado de Wilson das Neves
  • 2004 - Brasão de Orfeu
  • 2006 - Samba de Gringo 2
  • 2010 - Pra Gente Fazer Mais Um Samba
  • 2013 - Se Me Chamar, Ô SorteFonte: Wikipédia

Fonte: Wikipédia e G1
Indicação: Miguel Sampaio
#FamososQuePartiram #WilsonDasNeves

Cesar Mata Pires

CESAR DE ARAÚJO MATA PIRES
(67 anos)
Empresário

☼ Salvador, BA (19/01/1950)
┼ São Paulo, SP (22/08/2017)

Cesar de Araújo Mata Pires foi um empresário e engenheiro civil brasileiro, fundador da empreiteira OAS. Cesar Mata Pires era o maior acionista do grupo OAS, com 80% do capital social.

Casou-se com Tereza Magalhães, filha do então governador da Bahia Antônio Carlos Magalhães. Teve três filhos: Cesar Mata Pires Filho, Antonio Carlos Mata Pires e Fernanda Mata Pires Morari.

Graduado pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) em 1971, Cesar Mata Pires trabalhou na construtora Ordebrecht antes de fundar a OAS, em 1976, ao lado dos empresários Carlos Suarez e Durval Olivieri. Atualmente era presidente do Conselho de Administração da construtora.

A OAS, segundo seu próprio site, foi criada em 1976, na Bahia, com atuação no setor de engenharia e infraestrutura. Hoje, é um conglomerado multinacional brasileiro, de capital privado, que reúne empresas presentes em território nacional e em mais de 20 países.

Poucos anos depois de sua fundação, a OAS passou participar de obras públicas federais e tornou-se uma das maiores empreiteiras do país.

Após a morte do deputado Luís Eduardo Magalhães, em 1998, filho de Antônio Carlos Magalhães, a relação de Cesar Mata Pires com o sogro ficou conturbada. Ambos tinham personalidade forte, temperamento explosivo e brigavam com frequência.

Fizeram as pazes em 2007, quando Antônio Carlos Magalhães já estava hospitalizado. Após a morte de Antônio Carlos Magalhães, o empresário brigou com os demais herdeiros da família Magalhães.

Em 2008, iniciou uma briga judicial pelo espólio de Antônio Carlos Magalhães. Oficiais de Justiça, acompanhados de policiais militares, fizeram arrolamento de bens e obras de arte que integram uma coleção deixada pelo senador. Eles recorreram a um chaveiro para entrar no apartamento onde mora a
viúva de Antônio Carlos Magalhães, Arlette Magalhães.

Na época, o empresário Antônio Carlos Magalhães Júnior, que sucedeu o pai no Senado, afirmou que Cesar Mata Pires era o mentor do litígio familiar. "Ele não está brigando por dinheiro, até porque tem muito. Ele quer poder, quer ter o poder que o meu pai teve sem ser político!"

Cesar Mata Pires ainda tentou obter o controle da Rede Bahia, afiliada da Rede Globo da qual sua mulher detinha um terço das ações. Em 2013, acabou cedendo e vendeu a participação da emissora para a empresa paulista EPTV, encerrando a situação difícil com a família.

No campo político, Cesar Mata Pires aproximou-se de adversários de Antônio Carlos Magalhães como o petista Jaques Wagner, para qual a OAS fez doações nas campanhas para o governo da Bahia.

No governo de Jaques Wagner, a OAS tocou grandes obras como a Via Expressa, avenida que liga o porto à BR-324 e a construção da Avenida 29 de Março.

Léo Pinheiro
Operação Lava Jato

A partir de 2014, o grupo OAS, passou a ser investigado pela Operação Lava Jato e Cesar Mata Pires negociava acordo delação premiada no âmbito da operação. 

Nos últimos três anos Cesar Mata Pires andava preocupado com o avanço da Operação Lava Jato sobre a empresa da família. Léo Pinheiro, acionista e ex-presidente da OAS, foi preso duas vezes pelo
juiz federal Sergio Moro.

Léo Pinheiro tentou um acordo de delação premiada com a Procuradoria-Geral da República em 2016, mas a negociação foi interrompida por conta do vazamento de um dos temas conversados com os procuradores.

Neste ano, 2017, as tratativas retomaram e agora executivos e acionistas da empreiteira estão próximos de fechar acordo com os procuradores da Lava Jato. Cerca de 20 candidatos a delatores já entregaram documentos com histórias de corrupção protagonizadas pela OAS e o próximo passo é discutir as penas dos executivos. Porém, a morte de Cesar Mata Pires deve atrasar a assinatura do acordo.

Entre os colaboradores estão os herdeiros Cesar Mata Pires Filho e Antônio Carlos Mata Pires.

Cesar Mata Pires não estava entre os que negociavam com o Ministério Público Federal.

Fortuna

Cesar Mata Pires acumulou uma das maiores fortunas do Brasil. De acordo com o jornal Folha de S.Paulo, a fortuna de Cesar Mata Pires acumulou construindo estádios para a Copa do Mundo no Brasil, plataformas de petróleo e rodovias, do Haiti à Angola. No auge, em 2014, seu patrimônio líquido chegou a US$ 7 bilhões. Em 2015, após a operação Lava Jato, a fortuna encolheu para US$ 1 bilhão.

Em 2014, a Polícia Federal realizou buscas na sede paulistana de sua empresa, a OAS. Prendeu vários executivos por uma suposta participação em um cartel que pagava funcionários da Petrobras para fraudar o processo licitatório e obter contratos.

Antônio Carlos Magalhães

Cesar Mata Pires era casado com Tereza, filha de um dos principais políticos da história da Bahia, o ex-senador e ex-governador do estado Antônio Carlos Magalhães. O crescimento da empresa acompanhou a ascensão de Antônio Carlos Magalhães. Foi, inclusive, durante uma das gestões do político na chefia do Executivo Estadual que a OAS alavancou seu patrimônio.

Na década de 1970, a empreiteira reformou o Aeroporto 2 de Julho, de Salvador, recentemente batizado de Deputado Luís Eduardo Magalhães, o que multiplicou o faturamento da construtora. À época, Antônio Carlos Magalhães governava a Bahia.

Já na década de 1990, o político e o genro se desentenderam diversas vezes. Antônio Carlos Magalhães, então senador, inclusive, teria pedido ao Executivo baiano a suspensão de pagamentos devidos à OAS, como retaliação.

Apesar da troca de favores entre OAS e o político, Antônio Carlos Magalhães negava participação na empresa. Em entrevista à revista Istoé, em 1999, ele minimizou a relação com a construtora:
"Tenho é alguns problemas pessoais com o dono de lá, mas eu não tenho nada com a OAS, nem com os seus êxitos nem com seus possíveis fracassos. A não ser que o presidente da OAS é casado com a minha filha!"
Em 2016, Cesar Mata Pires foi internado no hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.

Morte

Cesar Mata Pires morreu na manhã de terça-feira, 22/08/2017, em São Paulo, SP, aos 67 anos. Ele sofreu um infarto enquanto caminhava no bairro do Pacaembu, Zona Oeste de São Paulo, às 9h30. Cesar Mata Pires foi socorrido por pessoas que frequentavam o local e levado para o Hospital das Clínicas, mas não resistiu.

Cesar Mata Pires morava nos Jardins, Zona Oeste de São Paulo, mas costumava caminhar no parque
Ibirapuera e nos arredores do Estádio do Pacaembu. A caminhada foi um hábito adquirido depois de ter sofrido, no passado, problemas no coração.

Indicação: Fadinha Veras
#FamososQuePartiram #CesarMataPires

Maria D’Apparecida

MARIA D'APPARECIDA MARQUES
(82 anos)
Cantora

☼ Rio de Janeiro, RJ (17/01/1935)
┼ Paris, França (04/07/2017)

Maria D’Apparecida cantou uma única vez no Brasil, no Rio de Janeiro, em 1965. Aqui esteve com o elenco da Ópera de Paris. Na época era a melhor Carmen da França. Foi o que ela cantou aqui, além de "O Diálogo das Carmelitas" (Francis Poulenc), sob a batuta de Jacques Pernoo e a direção de Henry Doublier. A crítica não gostou, boa parte do público torceu o nariz, por causa disso ou daquilo. Até o governador do antigo Estado da Guanabara, Carlos Lacerda, O Corvo, resolveu dar pitaco: "Nunca vi um soprano cantando um papel de meio soprano".

Experto e ladino em política, ignorante em ópera. Mas ele entendeu que devia entrar no coro de maledicências. Apesar desses resmungos, foram necessárias duas récitas extras para atender ao público que fazia fila nas bilheterias. Foram cinco récitas ao invés das três inicialmente previstas, com teatro lotado em todas.

Maria D’Apparecida não era uma cantora excepcional, e tinha consciência disso. Mas era excelente atriz. Carmen é uma personagem cobiçada por praticamente todas as cantoras, um desafio verdadeiro. Grandes cantoras se aventuraram na Carmen e foram por ela engolidas. Maria Callas, que tinha voz perfeita para o papel, gravou a ópera em estúdio, mas sabia que no palco a história seria outra e não ousou, respeitou Carmen.

No entanto, outras cantoras, com muito menos recursos vocais e teatrais foram felizes cantando a Carmen. A francesa Geneviève Vix, soprano de voz insinuante e grande presença cênica, foi um exemplo da primeira metade do século passado. Muito bonita e sedutora ela entendia a Carmen.  

Maria D’Apparecida é outro exemplo. Foi uma aparição fulgurante na França dos anos 70. Mostrou aos franceses uma Carmen que eles não conheciam. Sensual, provocante, atrevida. Arretada! Uma Carmem que continha a negritude da mulher brasileira, e particularmente, da mulher carioca.


A entrada em cena de Maria D’Apparecida foi com as mãos nas cadeiras, olhando e sorrindo para os homens, mas altiva, não de forma vulgar. Lembro que a voz soou com menos volume do que o desejável. Mas ela, ainda assim, ficou senhora do palco. Era uma Carmen negra e Maria d’Apparecida se orgulhava de ser negra, algo que os patetas racistas não entendiam.

Por sua Carmen recebeu um Orphée d’Or em 1967.

Em 1974, Maria D’Apparecida, sofreu grave acidente automobilístico, o que a obrigou a abandonar o canto lírico. Passou a se dedicar à divulgação da Música Popular Brasileira (MPB). Fez shows e gravou muito. Seu disco mais conhecido é "Maria D’Apparecida Et Baden Powell", de 1977. 

Voltou poucas vezes ao Brasil e jamais foi chamada para cantar.

A exceção foi em 1965, com o elenco da Opera de Paris. Houve quem quisesse barrá-la, mas o então diretor do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, Murilo Miranda, garantiu sua presença. Quando ele saiu, Maria D’Apparecida foi para o índex.

Os franceses voltaram ao Rio de Janeiro nos anos seguintes, mas ela não estava no elenco.
"A direção do teatro decidiu me barrar, é exatamente isso que quero dizer!"
(Afirmou Maria D’Apparecida sem papas na língua numa entrevista)

Maria D’Apparecida "Carmen", Theatro Municipal do Rio de Janeiro, 1965.
Maria D’Apparecida tinha um temperamento doce e amável, mas que ninguém ousasse pisar em seus pés.

No final de sua estreia no Rio de Janeiro, na "Carmen", meu pai e eu, que tinha 15 anos, fomos ao palco. Naquela época isso era permitido. Meu pai já a conhecia e se corresponderam por algum tempo até sua morte, em 1969. Ele me apresentou.

- Esse aqui é meu filho.
- Oh! Très charmant! - Exclamou sorridente e arrematou com beijos nas minhas bochechas.

Quase caí sentado, bem ali onde o otário do Don Jose acabara de assassinar "Carmen"

Ela era linda! Não sabia se olhava para os lados, se procurava algo inexistente nos bolsos, se estancava a incômoda revolução dos hormônios ou se tentava um olhar mais atento no ousadíssimo decote a dois palmos do meu nariz. Ah, os 15 anos...

Maria D’Apparecida era mulher espiritualizada, com grande senso de humanidade. Uma alma grande, bonita, inteligente e corajosa. Fez muito pela cultura do Brasil e não teve o reconhecimento que lhe é devido.

Nosso maior poeta dedicou-lhe versos. E Carlos Drummond de Andrade não escrevia versos para qualquer um. Poucos conhecem ou deram atenção.

No início dos anos 90 e na década seguinte estava em plena atividade. Participou de shows em favor da luta contra a AIDS e outras causas humanitárias. Dedicava-se ainda ao apoio a crianças autistas na França.

Baden Powell e Maria D’Apparecida
Morte

Maria d'Apparecida Marques faleceu no dia 04/07/2017, aos 82 anos, em Paris, onde morava desde os anos 1960. Seu corpo foi encontrado por vizinhos duas semanas depois, já em estado de decomposição. O corpo ficou por mais de 30 dias no Instituto Médico Legal de Paris à espera dos parentes.

O Consulado Geral do Brasil em Paris tentou contato com familiares sem sucesso e, por fim, o Itamaraty acionou a Polícia Federal, que localizou um sobrinho por afinidade. Ela não tinha irmãos. Ficou decidido, então, que o corpo seria cremado e as cinzas, trazidas para o Brasil.

"Tua voz, D’Apparecida, é aparição
Fulgurante, sensitiva, dramática
E vem do fundo negroluminoso dos nossos corações
E vai e volta e vai
Maria D'Apparecida do Brasil,
Aparecedoramente cantaril."

(Carlos Drummond de Andrade)

Texto: Henrique Marques Porto
Indicação: Miguel Sampaio
#FamososQuePartiram #MariaDApparecida

Paulo Silvino

PAULO RICARDO CAMPOS SILVINO
(78 anos)
Ator, Humorista, Compositor e Cantor

☼ Rio de Janeiro, RJ (27/07/1939)
┼ Rio de Janeiro, RJ (17/08/2017)

Paulo Ricardo Campos Silvino, mais conhecido por Paulo Silvino, foi um ator, humorista e compositor brasileiro, nascido no Rio de Janeiro, RJ, no dia 27/07/1939.

Filho de Silvino Netto e Naja Silvino, não tardou a despontar para a carreira artística. Com 20 anos, ao lado de nomes como Altamiro Carrilho, Durval Ferreira e Eumir Deodato, lançou o LP "Nova Geração Em Ritmo de Samba", compondo e interpretando com sua voz abaritonada a maioria das canções, ainda sob o nome de Silvino Júnior.

Durante as décadas de 1960 e 1970, ampliou sua produção musical e teatral, escrevendo e atuando em peças e filmes. Passou pelas extintas TV Tupi, TV Continental, TV Rio e TV Excelsior.

Paulo Silvino estreou na TV Globo em 1967, em "TV Ó - Canal Zero" e ganhou dois prêmios como o melhor comediante de televisão do ano. Desde então, apresentou e foi destaque em diversos programas de humor da TV Globo: "Faça Humor, Não Faça Guerra", "Satiricom", "Planeta dos Homens", "Balança Mas Não Cai", "Viva o Gordo" e "Brasil Pandeiro".

Em 1988, Paulo Silvino comandou inúmeras vezes o "Cassino do Chacrinha", substituindo o Velho Guerreiro, Chacrinha.

Paulo Silvino no programa "Satiricom", 1974
Paulo Silvino esteve no SBT de 1989 a 1992, onde atuou em "A Praça é Nossa" e na "Escolinha do Golias", ao lado de Ronald Golias.

Participou da "Escolinha do Professor Raimundo", entre 1993 e 1995, na TV Globo, e da "Escolinha do Barulho" (1999), na TV Record.

De volta à TV Globo, participou do programa "Zorra Total", onde já fez muitos personagens, mas atualmente interpretava o mulherengo Alceu.

O humor de Paulo Silvino é fortemente baseado em bordões e piadas de duplo sentido. É, portanto, típico daquele que fez escola nos programas no qual atuou nos anos 60 e 70. São memoráveis o bordão do policial Fonseca, em quadro no qual contracenava com Jô Soares ("Guenta, doutor, ele gueeeeenta!"), e, do porteiro Severino ("Isso é uma tremenda bichona, seu diretor!" e "Cara, crachá! Cara, crachá!").

Paulo Silvino sempre buscou a piada simples, mas de gosto popular, ao criar seus tipos, popularizando assim os bordões de seus personagens.

No cinema, participou de "Um Edifício Chamado 200" (1973), "Com a Cama na Cabeça" (1973), "O Rei da Pilantragem" (1968), "Minha Sogra é da Policia" (1958) e "Sherlock de Araque" (1957).

Paulo Silvino é pai de três filhos: Flávio Silvino, João Paulo Silvino e Isabela Silvino.


Após gravar seu primeiro LP e atuar em algumas novelas da TV Globo, Flávio Silvino teve sua carreira parcialmente interrompida em 02/11/1993 ao sofrer um grave acidente de carro que lhe causou danos cerebrais ao deixá-lo em coma durante 3 meses e meio.

Paulo Silvino fazia parte do elenco de "Zorra Total" com seu personagem Severino, que participava do Strip Trem Quiz, e o Senador ("Eu quero é mamar!"). Com a mudança no "Zorra Total", Paulo Silvino integrou o novo elenco do programa que tem pelo nome de "Zorra" apenas. Em 2017 deixou o programa.

Paulo Silvino descobriu em julho de 2016 que tinha um endocarcinoma, câncer de estomago. Foi operado com sucesso total pelo cirurgião oncologista Drº Leonaldson Castro e, desde o início de setembro de 2016, fazia sessões de quimioterapia para a remissão da enfermidade.
"Só faltam quatro sessões e Paulo Silvino está ótimo! A intenção é voltar logo para a telinha mas antes disso estaria lançando, em março de 2017, seu livro-vídeo 'As Aventuras do Papaceta'"
"Quero morrer na ativa, trabalhando na minha querida TV Globo", contou certa vez. Paulo Silvino esteve na emissora desde 1966. Nesses 50 anos de casa, participou de diversos programas humorísticos, apresentou-se no programa de auditório "Porque Hoje é Sábado", foi redator do "Domingão do Faustão" e chegou a narrar uma novela, "O Pulo do Gato" (1978).

Morte

Paulo Silvino morreu na manhã de quinta-feira, 17/08/2017, aos 78 anos, no Rio de Janeiro, vítima de um câncer no estômago. Segundo a Central Globo de Comunicação, o humorista morreu em casa, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro, no início da manhã.

Em redes sociais, o filho mais novo do ator, João Paulo Silvino, lamentou a morte do pai:
"Que Deus te receba de braços abertos meu pai amado!"
Segundo a família, Paulo Silvino chegou a ser submetido a uma cirurgia em 2016, mas o câncer se espalhou e a opção da família foi que ele fizesse o tratamento em casa. A filha de Paulo Silvino, Isabela Silvino, também usou as redes sociais para falar sobre a morte do pai:
"Amigos, obrigada por todas as mensagens. Ainda estou naquele processar isso tudo. Mas posso dizer que ele foi bem. Sem sofrer!"

Fonte: Wikipédia e G1
Indicação: Valmir Bonvenuto e Miguel Sampaio e Fadinha Veras
#FamososQuePartiram #PauloSilvino

Luiz Melodia

LUIZ CARLOS DOS SANTOS
(66 anos)
Cantor, Compositor e Ator

☼ Rio de Janeiro, RJ (07/01/1951)
┼ Rio de Janeiro, RJ (04/08/2017)

Luiz Carlos dos Santos, mais conhecido como Luiz Melodia, foi um ator, cantor e compositor brasileiro nascido no Rio de Janeiro, RJ, no dia 07/01/1951. Era filho do sambista e compositor Oswaldo Melodia, de quem herdou o nome artístico.

Luiz Melodia nasceu no Morro do Estácio, bairro da cidade do Rio de Janeiro. Filho de Oswaldo e Eurídice, descobriu a música ao ver o pai tocando em casa:
"Fui pegando a viola dele, tirando uns acordes, observando. Ele não deixava eu pegar a viola de 4 cordas que era uma relíquia, muito bonita, onde eu aprendi a tocar umas coisas!"
Apesar da precoce afinidade com a música, Luiz Melodia acabou contrariando seu pai, que sonhava vê-lo um "doutor" formado:
"Ele não apoiava, não adiantou coisíssima alguma, até porque as coisas foram acontecendo. Depois ele veio a curtir para caramba, quando ele faleceu, perdi um grande fã!"
Luiz Melodia começou sua carreira musical em 1963 com o cantor Mizinho, ao mesmo tempo em que trabalhava como tipógrafo, vendedor, caixeiro e músico em bares noturnos.

Em 1964 formou o conjunto musical Os Instantâneos, com Manoel, Nazareno e Mizinho.

Depois de abandonar o ginásio Luiz Melodia  passou a adolescência compondo e tocando sucessos da Jovem Guarda e bossa nova, com o grupo Instantâneos formado com amigos. Essa experiência, juntamente com a atmosfera em que vivia, do tradicional samba dos morros cariocas, resultaram em uma mescla de influências que renderam a Luiz Melodia um estilo único. Logo acabou por chamar atenção de um assíduo frequentador do Morro do Estácio, o poeta Waly Salomão e de Torquato Neto.


Através de Waly Salomão, Gal Costa acabou conhecendo um de seus compositores prediletos, resultando na gravação de "Pérola Negra" no disco "Gal a Todo Vapor" (1972). Pouco depois era vez de "Estácio, Holly Estácio", ganhar sua interpretação na voz de Maria Bethânia. Foi nesta época que o artista assumiu então o nome de Luiz Melodia, apropriando o sobrenome artístico de seu pai Oswaldo, e lançou no ano seguinte , 1973, seu primeiro e antológico disco "Pérola Negra".

Sua postura porém, mantinha a mesma irreverência e inquietude, do garoto que tocava Iê-Iê-Iê nos berços de samba carioca, que lhe rendeu um estilo musical inconfundível, assim como críticas que o consideravam um artista "maldito", ao lado de nomes como Fagner e João Bosco, por exemplo.
"Não éramos pessoas que obedeciam. Burlávamos, pode-se dizer assim, todas as ordens da casa, da gravadora. Rompíamos com situações que não nos convinham. Sempre acreditei naquilo que fiz e faço!"
(Luiz Melodia)

Sua carreira acabou por consolidar-se no disco seguinte, "Maravilhas Contemporâneas" (1976), popularizado pela canção "Mico de Circo", que seria gravado em seu retorno ao Rio de Janeiro.

Nas décadas seguintes, Luiz Melodia lançou diversos álbuns e realizou shows, inclusive internacionais.

Em 1987 apresentou-se em Chateauvallon, na França e em Berna, Suíça, além de participar em 1992 do III Festival de Música de Folcalquier, na França, e em 2004 do Festival de Jazz de Montreux à beira do lago Lemán, onde se apresentou no auditório Stravinski, palco principal do festival.

Já conhecido do público e tendo alcançado seu espaço no cenário da Música Popular Brasileira, Luiz Melodia lançou "Nós" (1980), incluindo "Codinome Beija-Flor".

No disco seguinte, "Relíquias" (1985), fez uma releitura com novos arranjos para sucessos como "Ébano" "Subanormal".

No registro intimista intenso de "Acústico - Ao Vivo" (1999), em que Luiz Melodia passeia novamente por sua obra, agora através da espontaneidade de um disco gravado ao vivo durante sua turnê nacional, considerado sucesso de público e crítica.

Década de 70

Em 1972, sua música "Pérola Negra" foi gravada por Gal Costa no LP "Gal a Todo Vapor", através dos poetas-compositores Waly Salomão e de Torquato Neto, que o ouviram no bairro carioca do Estácio, onde morava o compositor. Nesse mesmo ano, Maria Bethânia gravou sua composição "Estácio, Holly Estácio"

Em 1973, lançou o primeiro LP, "Pérola Negra", registrando suas composições "Magrelinha", "Estácio, Holly Estácio", "Vale Quanto Pesa""Farrapo Humano", entre outras.

Dois anos depois, em 1975, foi finalista do Festival Abertura, da TV Globo, com a música "Ébano".

Em 1976 sua música "Juventude Transviada" foi incluída na trilha sonora da novela "Pecado Capital" da TV Globo e gravada no seu LP "Maravilhas Contemporâneas".

Ainda nos anos 1970, quando começou a ser mais conhecido, participou do Projeto Pixinguinha, dividindo o palco com Zezé Motta.

No ano de 1978 gravou o LP "Mico de Circo".

Décadas de 80 e 90

Na década de 80 lançou os LPs "Nós" (1980), "Felino" (1983), "Claro" (1985) e "Pintando o Sete" (1989). Este último incluiu um de seus maiores sucessos, "Codinome Beija-Flor" (Cazuza, Ezequiel Neves e Reinaldo Arias.

Em 1991, gravou "Codinome Beija-Flor" para a trilha sonora de "O Dono do Mundo", novela da TV Globo.

No ano de 1995 lançou o CD "Relíquias", e fez participação especial no CD "Guitarra Brasileira", de Renato Piau, no qual interpretou "Me Beija" (Luiz Melodia, Renato Piau e Tureko). No disco também interpretou "Fadas" (Luiz Melodia).

Em 1997 lançou o CD "14 Quilates".

Em 1998, participou do disco-homenagem "Balaio do Sampaio", de Sérgio Sampaio, produzido por Sérgio Natureza, no qual interpretou a faixa "Cruel" (Sérgio Sampaio).

Em 1999, lançou "Luiz Melodia: Acústico, Ao Vivo", gravado no Teatro Rival, no Rio de Janeiro, com a participação de Renato Piau (violão de aço e náilon) e Perinho Santana (violão de náilon e guitarra). Interpretou também músicas de outros compositores, como Zé Kéti e Hortêncio Rocha na faixa "Diz Que Fui Por Aí".

2000 - 2006

No ano 2000 realizou o mesmo show no Garden Hall, no Rio de Janeiro.

Em 2001, lançou o CD "Retrato do Artista Quando Coisa", com arranjos de cordas e sopros. O disco, produzido pelo guitarrista Perinho Santana, com arranjos sofisticados de sopros e cordas na maioria das faixas, contou com a participação de Ricardo Silveira (guitarra) e Luiz Alves (baixo acústico). No repertório incluiu suas composições "Feeling da Música" (Luiz Melodia, Ricardo Augusto e Hyldon), "Gotas de Saudade" (Luiz Melodia e Perinho Santana), "Lorena" (Luiz Melodia, Renato Piau e Mahal), que contou com a participação de seu filho Mahal, "Brinde" (Luiz Melodia e Ricardo Augusto), "Esse Filme Eu Já Vi" (Luiz Melodia e Renato Piau), "Perdido" (Luiz Melodia e Cara Feia), "Boa Atmosfera" (Luiz Melodia e Cara Feia), "Quizumba" (Luiz Melodia e Cara Feia), e a faixa-título, sobre versos de Manoel de Barros, além de "Otimismo" (Célio José e Marize Santos), "Levanta a Cabeça" (Ivan Nascimento e Osvaldo Nunes), "Sempre Comigo" (William Duba e Anísio Silva) e "Poderoso Gangster" (Guida Moira).

Lançou no ano de 2002 o CD e o DVD "Luiz Melodia Convida - Ao Vivo", gravado no Pólo Cine Vídeo, no Rio de Janeiro, com a participação de Zeca Pagodinho, Zezé Motta e Luciana Mello, entre outros artistas. O CD ganhou como faixa bônus "Presente Cotidiano", dueto com Gal Costa gravado em estúdio.

Apresentou-se, em 2005 no Parque dos Patins, no Rio de Janeiro, dentro do projeto Vivo na Lagoa. Neste mesmo ano participou do CD "Um Pouco de Mim - Sérgio Natureza e Amigos", no qual interpretou "Vela no Breu" (Paulinho da Viola e Sérgio Natureza).

Em 2006, apresentou-se no Teatro Rival BR, no Rio de Janeiro e foi capa da revista Carioquice, editada pelo Instituto Cultural Cravo Albin. Neste mesmo ano, ao lado de Eudes Fraga, Wanda Sá e Claudia Telles, participou do CD "Par ou Ímpar", de Marcelo Lessa e Paulinho Tapajós, no qual interpretou a faixa "Veludo Azul".

MTV 2008 - Estação Melodia MTV

Há sete anos, Luiz Melodia acalentava a ideia de um projeto sobre samba. Paralelo a isso, em meados de 2006, o cantor foi convidado para fazer um show especial em comemoração aos 70 anos do Teatro Rival, no Rio de Janeiro. Focado em sambas de várias épocas, o espetáculo seria o embrião, por assim dizer, do disco "Estação Melodia", cujo repertório é a base do espetáculo que originou estes CD, DVD e programa Especial MTV.

No carnaval de 2016, o repertório foi fechado e um desejo antigo começava a se delinear. Assim, cinco anos depois de seu último CD em estúdio, Luiz Melodia voltava à cena com um trabalho de interpretação, que não deixa, em última instância, de ser também de composição: a assinatura que o cantor imprime às canções é tão particular, que perpassa a nítida impressão de co-autoria.

Álbum Zerima (2014)

Em 2011 participou do quarto disco solo do titã Sérgio Britto, lançado em setembro de 2011, "Purabossanova".

Em 2013 apresentou-se no Teatro Rival, no Rio de Janeiro. Nesse mesmo ano, foi lançada a caixa "Três Tons de Luiz Melodia", contendo três álbuns gravados pelo cantor em três décadas diferentes: "Pérola Negra" (1973), "Felino" (1983) e "Pintando o Sete" (1991).

Em 2014 lançou em show no Teatro Rival BR, no Rio de Janeiro, o CD "Zerima", seu 13º disco solo. Há 13 anos sem um disco de inéditas, Luiz Melodia voltou ao seu típico gênero musical. O samba e outras bossas, ouvido nas 14 faixas é tão pessoal e intransferível quanto sua ótima qualidade vocal.

Cheio da classe e do suingue habituais, Luiz Melodia apresenta novas composições como "Cheia de graça" (Luiz Melodia), cujos versos "o desejo é fera que devora" dão a tônica amorosa que perpassa o trabalho. Um amor dolente com jeito de fossa, como em "Dor de Carnaval" (Luiz Melodia), que conta com a participação especial da cantora e compositora paulista Céu.

Prêmios

Em 2015 ganhou o Prêmio Música Popular Brasileira na Categoria MPB - Canção Popular - Melhor Cantor pelo disco "Zerima". Neste mesmo ano fez turnê de lançamento do CD "Zerima", por Belo Horizonte, Porto Alegre, São Paulo e Rio de Janeiro, em show no Circo Voador, na Lapa, zona boêmia da cidade.

Morte

Luiz Melodia morreu na madrugada de sexta-feira, 04/08/2017, por volta das 5h00, aos 66 anos. Luiz Melodia lutava contra um câncer na medula. Ele chegou a ser submetido a um transplante. O câncer voltou e o estado de saúde do cantor se agravou bastante na última quinta-feira, 03/08/2017.

O hospital Hospital Quinta D'Or em que Luiz Melodia faleceu informou através de uma nota:
"A direção do Hospital Quinta D'Or informa que Luiz Carlos dos Santos, o cantor Luiz Melodia, faleceu na madrugada desta sexta-feira, 04/08 em decorrência do agravamento do câncer de medula óssea, que estava em tratamento no Centro de Oncologia da unidade"
O velório ocorrerá na sexta-feira, 04/08/2017, a partir das 18h00, aberto ao público, na quadra da Escola de Samba Estácio de Sá, na Cidade Nova, Zona Central do Rio de Janeiro. O sepultamento acontecerá às 10h00 de sábado, 05/08/2017, no Cemitério do Catumbi, Zona Norte do Rio de Janeiro.

Luiz Melodia foi casado com a cantora, compositora e produtora Jane Reis de 1977 até sua morte, e era pai do rapper Mahal Reis.

Discografia
  • 1973 - Pérola Negra
  • 1976 - Maravilhas Contemporâneas
  • 1978 - Mico de Circo
  • 1980 - Nós
  • 1983 - Felino
  • 1987 - Decisão
  • 1988 - Claro
  • 1991 - Pintando o Sete
  • 1995 - Relíquias
  • 1997 - 14 Quilates
  • 1999 - Acústico ao Vivo
  • 2001 - Retrato do Artista Quando Coisa
  • 2003 - Luiz Melodia Convida
  • 2007 - Estação Melodia
  • 2008 - Especial MTV - Estação Melodia Ao Vivo
  • 2014 - Zerima

Fonte: Wikipédia e Veja
Indicação: Miguel Sampaio, Valmir BonvenutoJoão Veras e Neyde Veras
#FamososQuePartiram #LuizMelodia