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Roberto Audi

ROBERTO AUDI
(63 anos)
Cantor e Compositor

☼ Rio de Janeiro, RJ (10/02/1934)
┼ Rio de Janeiro, RJ (12/02/1997)

Roberto Audi iniciou sua carreira artística como corista nos shows de Carlos Machado na boate Night And Day.

Cunhado do letrista David Nasser, passou a atuar com freqüência na antiga TV Tupi, bem como na Rádio Tupi.

Estreou em disco em 1958 cantando a toada "Geada" (Armando CavalcantiDavid Nasser), e o fox "No Azul Pintado de Azul" (Modugno e Puzzaglia), com versão de David Nasser, em dueto com Leny Eversong, cantora que o descobriu. No mesmo ano, fez suas primeiras gravações solo, os sambas-canção "E Me Deixe Entrar" (Jossicar e Verinha Falcão), e "Não Tens Reconhecimento" (Fausto Guimarães e Verinha Falcão), realizadas na gravadora Copacabana, onde fez um total de 22 discos entre os anos de 1958 e 1963. Ainda em 1958, recebeu da revista Radiolândia o troféu Antena de Prata depois de eleito por um júri composto de críticos especialistas e representantes de agências de propaganda como o cantor revelação do ano na TV.

Em 1959 apresentou-se no "Super Show" da TV Tupi do Rio de Janeiro, passando posteriormente a atuar em programas da Rádio Nacional, TV Tupi, TV Rio e, em São Paulo, na TV Record e na Bandeirantes. No mesmo ano, gravou a toada "A Canção é Você" e o samba canção "Noite Triste Sem Ninguém", ambas de Fred Chateubriand e Vinícius de Carvalho. Nessa época, gravou o LP "E As Operetas Voltaram", onde conhecidos trechos de operetas europeias entrelaçadas com operetas americanas foram vertidos e adaptados para o português pelo compositor Lamartine Babo, que foi também o produtor do disco. Participou do LP "A Música de Dolores" uma homenagem da gravadora Copacabana à cantora e compositora Dolores Duran falecida prematuramente naquele ano. Nesse disco interpretou o samba-canção "Noite de Paz".


Em 1960 gravou o fox "Ninguém é de Ninguém" (Umberto Silva, Toso Gomes e Luiz Mergulhão), e o samba canção "Um Novo Céu" (Ted Moreno e Fernando César).

Em 1961 foi premiado pela Revista do Rádio e Radiolândia  como Cantor Revelação. No mesmo ano, gravou a guarânia "Duas Rosas" (Lourival Faissal e Arsênio de Carvalho), e o bolero "Noite Após Noite" (Nelson GonçalvesDavid Nasser).

Entre os anos de 1961 e 1964 fez shows pelo Brasil e excursionou a Portugal, Estados Unidos, Uruguai e Argentina.

Em 1963 gravou "Meu Bem" (Getúlio Macedo), e, da dupla João Roberto KellyDavid Nasser, os sambas-canção "Poeira no Meu Caminho" e "O Céu do Teu Olhar".

Em 1964 gravou "Tédio" (Nazareno de Brito e Fernando César).

Sua primeira composição gravada foi "Encontrei Afinal, Meu Amor" (Roberto Audi e Ribamar).

Lançou ainda os LPs "Música Para Nós Dois" e "Com Vocês, Roberto Audi", ambos pela gravadora Copacabana. Ao abandonar a gravação de discos passou a se apresentar em shows pelo interior do país.

Discografia

78 RPM
  • 1958 - Geada / No Azul Pintado de Azul (Copacabana)
  • 1958 - E Me Deixe Entrar / Não Tens Reconhecimento (Copacabana)
  • 1958 - Telefonei / Vida de Artista (Copacabana)
  • 1959 - Noite de Paz / Outros Caminhos (Copacabana)
  • 1959 - Matei a Saudade / Cravo Branco - Carnaval de 1960 (Copacabana)
  • 1960 - Romântica / Férias de Amor (Copacabana)
  • 1960 - A Canção é Você / Noite Triste Sem Ninguém (Copacabana)
  • 1960 - Ninguém é de Ninguém / Um Novo Céu (Copacabana)
  • 1960 - Eu Amei / O Maior Amor (Copacabana)
  • 1961 - Duas Rosas / Música Para Nós Dois (Copacabana)
  • 1961 - Sino de Belém / Boas Festas (Copacabana)
  • 1961 - Valsa da Despedida / Feliz Natal, Meu Amor (Copacabana)
  • 1961 - Dinheiro Não Há / Adeus Mangueira (Copacabana)
  • 1961 - Renunciei / Ponto Final (Copacabana)
  • 1961 - São João Diferente / Noite Após Noite (Copacabana)
  • 1961 - Vou Beber Até Cair / É Incrível (Copacabana)
  • 1962 - Loucura, Loucura / Palhaço de Botequim (Copacabana)
  • 1962 - Sofrimento / O Lelê da Lalá (Copacabana)
  • 1962 - Adeus, Amor, Adeus / Quero e Não Quero (Copacabana)
  • 1963 - Poeira no Caminho / O Céu do Teu Olhar (Copacabana)
  • 1963 - Ao Nascer do Sol / Meu Bem (Copacabana)
  • 1963 - Meu Castigo / Eu e Elas (Copacabana)
  • 1963 - Fim de Ano / Noite Silenciosa (Copacabana)
  • 1964 - Estranho na Praia / Tédio (Copacabana)
  • 1964 - Meu Patuá / Festa Brava (Copacabana)
  • 1964 - Que Fez Você / O Carrinho (Copacabana)


LPs
  • 1959 - Concerto Para Senhoras (Copacabana)
  • 1960 - E as Operetas Voltaram (Copacabana)
  • 1960 - Música Para Nós Dois (Copacabana)
  • S/DT - Presença de Roberto Audi (Copacabana)
  • S/DT - Com Vocês, Roberto Audi (Copacabana)

Fonte: Dicionário Cravo Albin da MPB e Discomentando
Indicação: Miguel Sampaio

Adão Dãxalebaradã

ADÃO DOS SANTOS TIAGO
(48 anos)
Cantor, Compositor e Ator

☼ Rio de Janeiro, RJ (1955)
┼ Rio de Janeiro, RJ (20/01/2004)

Adão dos Santos Tiago, conhecido pelo nome artístico de Adão Dãxalebaradã, que significa "princípio, meio e fim" em iorubá, referente a uma qualidade de Xangô, foi um cantor, compositor e ator brasileiro. Foi autor de mais de 500 canções, todas ligadas a temas espirituais de religiões afro-brasileiras.

Poeta do Morro do Cantagalo, no Rio de Janeiro, foi descoberto pelo diretor Walter Salles no filme "O Primeiro Dia" (1999).

Adão sofria constantes agressões de pai, fugiu então de casa aos 8 anos:

"Não tinha liberdade, era criado na base da pancada. Não podia jogar bola de gude nem soltar pipa porque eram coisas do diabo!"

Adão era o mais velho de nove irmãos:

"Só podia brincar no porão. Não podia me misturar com filhos de pessoas que não eram da igreja!"

No tempo que viveu na rua, sobrevivia com o que lhe era dado, e acabou indo parar em um reformatório na cidade de Passa Quatro, em Minas Gerais, onde ficou dos 9 aos 17 anos. Quando criança teria vivido como "menino de rua", foi também interno da Fundação Estadual para o Bem Estar do Menor (FEBEM).

Mais tarde teria sido expulso do exército, e durante os anos 70, foi guerrilheiro. Envolvido com o tráfico, já no Morro do Cantagalo, no Rio de Janeiro, foi atingido por doze tiros, nas várias emboscadas da polícia e de bandidos rivais. Quatro deles foram por metralhadora, e um desses tiros ficaria a um dedo de distância de seu coração, fazendo que ficasse meses no hospital.

Chegou a ser perseguido por 30 homens da polícia especial, segundo o próprio Adão. Ele dizia que o motivo disso, foi ele ter sido excluído do Exército, creditando isso a motivos raciais. Passou então a fazer brincadeiras com o Coronel responsável por sua exclusão, tudo isso em plena Ditadura Militar, e contou ter sido torturado.

O último tiro que recebeu, teria o atingido quando tentava se afastar da violência do morro, já trabalhando como mecânico, no ano de 1973. Teria sido em um assalto, ele tentou reagir, não tendo visto uma segunda pessoa, que teria então o alvejado. Isso o deixou numa cadeira de rodas.

"Sou semi-paraplégico, consigo andar segurando nas coisas, tomar banho sozinho, fazer sexo. Na verdade o tiro foi um mal que veio para bem, pois descobri as coisas da Umbanda e do Candomblé!"

Adão teria chegado a ser preso e a cumprir pena.

Posteriormente converteu-se a religiosidade, especificamente a Umbanda e Candomblé, sendo guia espiritual. Por sua ligação às raízes afro-brasileiras, compôs então cerca de quinhentas canções relacionadas a essa condição. Residia no Morro do Cantagalo, em Ipanema.

Carreira

Adão foi apresentador do programa "Zumbi Vive", no período de 1997 à 1999, numa rádio comunitária do morro em que residia. Nesse período, no ano de 1998, que os cineastas Walter Moreira Salles e Daniela Thomas conheceram Adão.

Walter Salles teria subido o Morro do Cantagalo à procura de novas expressões artísticas. Foi então que guiado pela filha caçula de Adão, Luanda, Walter Salles teria ficado impressionado com o talento do compositor de mais de quinhentas canções. Walter Salles então apresentou Daniela Thomas e o irmão dela, o produtor musical Antônio Pinto, que posteriormente disse: "Fiquei obcecado em registrá-lo. Adão tem um discurso de contestação, de paz, mas com olhar particular!"

Desse encontro, surgiu o documentário "Adão ou Somos Todos Filhos da Terra". O documentário, foi filmado usando como base a vida de Adão, e foi premiado no Festival de Cinema de Tiradentes, em Minas Gerais, em 1998. Os mesmos cineastas realizaram a gravação do vídeo clipe da músicas "Armas e Paz", composição de Adão.

No ano de 2002, a convite do cineasta Fernando Meirelles, participou do filme "Cidade de Deus", atuando como o Pai-de-Santo.

Em 2003 lançou então seu álbum, "Escolástica", pelo selo Ambulante, dos produtores Antônio Pinto e Beto Villares.

Morte

Preso a uma cadeira de rodas e vítima de dezenas de tiros recebidos durante a vida, a frágil saúde de Adão não resistiu e ele morreu antes de completar cinquenta anos, logo após o lançamento de seu único CD.

Faleceu no dia 20/01/2004, no Hospital Municipal Miguel Couto. Alguns dizem que teria sido vítima de Hepatite C e de uma infecção generalizada, porém muito dizem que Adão incomodou integrantes do tráfico, com sua composição "Armas e Paz", uma critica ao uso de armas de fogo e a indústria bélica, deixando margens sobre os motivos de seu falecimento.

Foi sepultado no Cemitério São João Batista e deixou dois filhos: Ortinho e Luanda.

Fonte: Wikipédia

Sandro

SANDRO ROGÉRIO FERREIRA DAS NEVES
(31 anos)
Cantor

☼ Santa Fé do Sul, SP (1969)
┼ Goiânia, GO (14/12/2000)

Sandro Rogério Ferreira das Neves foi um cantor sertanejo brasileiro da dupla Sandro & Gustavo.

Paulista, nascido em Santa Fé do Sul, Sandro começou a carreira na dupla Sandro & Saulo e depois gravou um disco solo com músicas evangélicas. Em 1990 começou a se apresentar ao lado do cunhado Gustavo Coutinho Borges.

Sandro & Gustavo lançaram um CD no início de 2000 no programa do Faustão na TV Globo, estourando a partir de então em todo o Brasil. O disco de estreia da dupla vinha puxado pelo sucesso "A Garagem da Vizinha", com letra de duplo sentido, trazendo ainda as inéditas e românticas "Prá Não Morrer de Amor", "Por Amor", e a regravação de "Prá Te Esquecer Não Dá", de Zezé Di Camargo.

A dupla estava com o repertório pronto para iniciar a gravação do segundo CD. O primeiro disco vendeu mais de 150 mil cópias e o sucesso "A Garagem da Vizinha" foi regravado pelo forrozeiro Frank Aguiar, o que valeu para a dupla o primeiro Disco de Ouro. Em outubro de 2000 gravaram um vídeo-clipe.

Morte

Sandro faleceu na quinta-feira, 14/12/2000, aos 31 anos, vítima de hepatite C no Instituto Neurológico de Goiânia. Sandro havia descoberto a doença há cinco meses e teve morte cerebral atestada no domingo. O cantor estava internado desde quinta-feira, 07/12/2000, com um coágulo no cérebro e era mantido vivo por equipamentos.

Todas as funções de seu corpo cessaram por volta das 20h30 de quinta-feira, 14/12/2000. Sandro sofria de hepatite C e há cinco meses havia se afastado de seu parceiro na tentativa de superar a doença.

O Parceiro


Gustavo seguiu carreira solo e chegou a se apresentar no programa do Faustão como artista solo, um bom tempo depois da morte do parceiro.

Sem um grande investimento por trás, o cantor começou tudo do zero novamente e saiu para a estrada como se fosse um artista em começo de carreira.

Em 2008 Gustavo gravou seu primeiro DVD, com releituras de canções gravadas durante sua parceria com Sandro, em um trabalho bem mais focado na música romântica. Apesar do perfil escolhido, algumas canções de duplo sentido se mantiveram no repertório, inclusive uma inédita chamada "Ela Vai Me Dar'', que foi utilizada como música de trabalho desse projeto. Em suas apresentações atuais, o repertório de Gustavo é baseado nesse DVD.

Júpiter Maçã

FLÁVIO BASSO
(47 anos)
Cantor, Compositor e Cineasta

☼ Porto Alegre, RS (26/01/1968)
┼ Porto Alegre, RS (21/12/2015)

Flávio Basso, também conhecido como Júpiter Maçã ou Jupiter Apple, foi um cantor, compositor, cineasta de carreira solo. Ainda utilizando o nome artístico de Flávio Basso, integrou as bandas TNT e Os Cascavelletes.

Seu primeiro disco solo, "A Sétima Efervescência" (1997), é calcado nos moldes de The Piper At The Gates Of Dawn, do Pink Floyd, com psicodelia e experimentação, e por um leve momento, um prenúncio de sua obra ulterior, o final de "Sociedades Humanóides Fantásticas", uma bossa-nova psicodélica. As músicas desse disco são grandes referências do rock gaúcho. Contém algumas fixadas no imaginário underground, como "Um Lugar do Caralho", regravada por Wander Wildner no disco "Baladas Sangrentas" (1996), "Eu e Minha Ex", com a parceria de Marcelo Birck nos arranjos, "As Tortas e as Cucas" e "Essência Interior".

Após experimentar um grande sucesso com o lançamento desse disco, tornou-se Jupiter Apple, compõe em inglês e decidiu misturar bossa-nova e vanguarda. Muitos fãs não o entenderam, preferindo a psicodelia mais acessível de "A Sétima Efervescência". Essa mistura inusitada está muito bem feita no seu segundo disco, "Plastic Soda" (1999). Ele começou com uma canção de nove minutos, "A Lad And a Maid In The Bloom", que define o caráter inovador do disco.


Em 2002 foi lançado "Hisscivilization", o disco mais ambicioso, e talvez incompreendido, de Jupiter Apple. Longas experimentações eletrônicas com destaque para "The Homeless And The Jet Boots Boy", bossas elétricas e lounge, valsa, cítaras e moogs, condensados em momentos, ora de leveza, ora de paranóia. É seu disco mais hermético: se, para os que estavam acostumados com o rock'n roll de Os Cascavelletes, a "A Sétima Efervescência" já era algo inesperado, psicodelia em doses cavalares, a reação causada pelos dois discos da fase Apple são ainda mais dramáticas.

Em 2006 era esperado o lançamento do disco "Uma Tarde Na Fruteira". Nele, o "Apple" volta a ser "Maçã", mas continua explorando o lado brasileiro e experimental, com músicas já eternizadas no subconsciente do underground porto-alegrense, como "A Marchinha Psicótica de Dr. Soup". Esse álbum pode ser considerado o mais acessível do autor. De certa forma, tudo que já foi composto por Júpiter Maçã está resumido neste disco: desde canções mod sessentistas, levezas jazz, baladas domingueiras à Bob Dylan com concretismos e timbres eletrônicos.

No dia 23/11/2011, Jupiter Apple gravou seu primeiro DVD ao vivo no Opinião, em Porto Alegre, RS. O show também marcou a inauguração da Jupiter Apple Corporation And Kingdom (J.A.C.K.).


Em 19/07/2012 caiu do segundo andar do prédio onde morava em Porto Alegre, ficando internado em de saúde regular no setor de traumatologia do Hospital de Pronto Socorro de Porto Alegre.

Apoiado por sua banda, formada por Júlio Sasquatt (bateria), Júlio Cascaes (guitarra), Felipe Faraco (baixo) e Astronauta Pinguim (teclados), o show foi gravado em Porto Alegre, na noite da quarta-feira, 23/11/2011 no Bar Opinião. Com participações mais do que especiais de Nei Van Soria, Lucio Vassarath, Hique Gomes, Marcio Petracco, Clara Averbuck, Hamburg Black Cats e Bibiana Graeff, o DVD apresenta um registro de 20 canções que sintetizam a carreira de Jupiter Apple, mostrando hits de seus álbuns solo e também relembrando momentos dos tempos de TNT e Os Cascavelettes.

Depois de quase 2 anos sem dar notícias aos fãs e ficar afastado dos palcos, após a queda, Júpiter Maçã, retornou e lançou, em julho de 2014, o DVD "Six Colours Frenesi". O set-list completo do show tem 20 músicas, clássicos do rock gaúcho e mais de duas horas de show. O DVD possui uma versão de "Lovely Riverside" que conta com a participação do grupo Gaúcho Bluegrass, que mostra uma faceta nova a música.

Morte

Flávio Basso morreu na segunda-feira, 21/12/2015, em Porto Alegre, aos 47 anos. A causa da morte informada pelo Departamento Médico Legal (DML) foi falência múltipla dos órgãos, segundo informou a produtora Cida Pimentel, amiga do músico.

Segundo a produtora do artista, ele bateu a cabeça após cair no banheiro da casa onde morava. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi acionado, mas não houve tempo de levar o artista ao hospital.

O velório foi realizado às 8h30min de terça-feira, 22/12/2015, no Teatro Renascença, local cedido pela prefeitura.

Discografia

Com a TNT
  • 1985 - Rock Grande do Sul


Com Os Cascavelletes
  • 1987 - Vórtex Demo
  • 1988 - Os Cascavelletes
  • 1988 - Rio Grande do Rock
  • 1989 - Pré-Rock'a'ula
  • 1989 - Rock'a'ula
  • 1989 - Ao Vivo no Ocidente
  • 1990 - Demo Tape 1990-1991
  • 1992 - Sob um Céu de Blues
  • 1992 - Ao Vivo em Viamão
  • 2006 - Ao Vivo em Santo Ângelo


Carreira Solo
  • 1995 - Ao Vivo na Brasil 2000 FM
  • 1997 - A Sétima Efervescência
  • 1999 - Plastic Soda
  • 2001 - Muquifo Records Apresenta: COMP 01/02 (Orgânico/Sintético)
  • 2002 - Hisscivilization
  • 2007 - Jupiter Apple And Bibmo Presents: Bitter
  • 2008 - Uma Tarde na Fruteira
  • 2008 - Little Darla Has a Treat For You
  • 201? - Underground Years


Singles
  • 1997 - Um Lugar do Caralho
  • 1997 - Miss Lexotan 6mg Garota
  • 1997 - Eu e Minha Ex
  • 1998 - As Tortas e as Cucas
  • 1998 - Querida Superhist x Mr. Frog
  • 2003 - A Marchinha Psicótica de Dr. Soup
  • 2005 - Beatle George
  • 2007 - Síndrome de Pânico
  • 2007 - Mademoiselle Marchand
  • 2007 - Lovely River Side
  • 2009 - Modern Kid
  • 2009 - Gregorian Fish
  • 2010 - Calling All Bands
  • 2012 - Gothic Love - Urban Blue


DVD
  • 2014 - Six Colours Frenesi - Ao Vivo no Opinião


Formação da Banda
  • Júpiter Maçã / Flávio Basso ... Vocal, Guitarra e Violão
  • Julio Cascaes ... Guitarra
  • Felipe Faraco ... Baixo
  • Felipe Maia ... Bateria


Influências
  • Syd Barrett
  • The Beatles
  • Rolling Stones
  • Os Mutantes
  • Tom Zé
  • Françoise Hardy
  • Pink Floyd
  • Nico
  • Nina Simone
  • Stereolab
  • David Bowie
  • Serge Gainsbourg

Fonte: Wikipédia e G1
Indicação: Miguel Sampaio

Waldir 59

WALDIR DE SOUZA
(88 anos)
Cantor e Compositor

☼ Rio de Janeiro, RJ (03/03/1927)
┼ Rio de Janeiro, RJ (25/11/2015)

Waldir de Souza, mais conhecido como Waldir 59, foi um cantor e compositor brasileiro. Foi integrante da Ala de Compositores da Portela a partir da década de 1950, tendo vencido vários carnavais na Escola em 1955, 1956, 1957, 1959 e 1965.

Seu pseudônimo se originou devido a ter três pessoas com o mesmo nome "Waldir" na Ala de Compositores da Portela, assim ficou conhecido como o Waldir que morava no número 59, em uma casa próxima à escola.

Trabalhou como ferroviário e também integrou a Ala de Compositores do Bloco Recreativo Embalo de Madureira a partir de 1963.

Waldir 59 era considerado o responsável por Clara Nunes e Paulinho da Viola terem integrado a Portela.

Participou do filme "Orfeu do Carnaval", sendo responsável por toda parte musical do samba. Era integrante da Velha-Guarda da Portela desde sua fundação no ano de 1970. Atuou como Diretor de Harmonia da Portela a partir do ano de 1973 e em 1990 foi premiado com o "Troféu O Dia" por sua atuação.

No ano de 1955 a Portela desfilou com samba-enredo de sua autoria em parceria com Candeia "Festas Juninas em Fevereiro", com o qual a escola classificou-se em 3º lugar no Grupo 1.

Em 1956 a Portela foi a Vice-campeã do Grupo 1 desfilando com o samba-enredo "Tesouros do Brasil, Riquezas do Brasil ou Gigante Pela Própria Natureza" (Waldir 59Candeia). Apesar do nome, um pouco grande, o samba-enredo logo após o desfile transformou-se em um clássico do gênero e ficou mais conhecido, em diversas gravações, por "Riquezas do Meu Brasil",  também, em outras tantas gravações de vários intérpretes, por "Riquezas do Brasil" e ainda por "Riquezas do Nosso Brasil". Ainda em 1956 compôs com Candeia o samba de terreiro "Vem Amenizar", apresentado pela primeira vez na Portelinha - primeira sede da escola.


Em 1957, compôs com Candeia e Picolino da Portela o samba-enredo "Legados de D. João VI", com o qual a Portela foi campeã. Neste mesmo ano foi lançado o disco "A Vitoriosa Escola de Samba da Portela", pela Gravadora Sinter, no qual foram incluídos os sambas "Legados de D. João VI" (Waldir 59Candeia e Picolino da Portela), "Despertar de um Gigante" (Waldir 59Candeia e Picolino da Portela) e "Riquezas do Brasil" que foi editado no disco como "Brasil Poderoso", aparecendo nas três composições, estranhamente, o nome de Picolino da Portela como parceiro de Candeia e Waldir 59, tendo como intérprete As Pastoras da Portela.

No ano de 1959, compôs com Casquinha, BubuCandeia e Picolino da Portela, o samba-enredo "Brasil, Panteão de Glórias", com o qual a escola voltou a ser campeã.

Em 1965, no aniversário dos 400 anos da cidade do Rio de Janeiro, compôs com Candeia "Histórias e Tradições do Rio Quatrocentão", com o qual a Portela se classificou em terceiro lugar no desfile daquele ano.

Em 1971 no LP "Quem Samba Fica... Adelzon Alves Mete Bronca e a Rapaziada do Samba dá o Recado", da gravadora Odeon, produzido por Adelzon Alves, o cantor Nadinho da Ilha interpretou "Lapa" (Waldir 59 e Ari Guarda).

Em 1974 no LP "História das Escolas de Samba - Portela", lançado pela gravadora Discos Marcus Pereira, foi incluído o samba-enredo "Brasil, Panteão de Glórias" (Waldir 59Candeia, Casquinha e Bubu da Portela), não aparecendo nesta gravação o nome de Picolino da Portela, sendo a faixa interpretada por Altair e Bubu da Portela.

Em 1977 o parceiro Candeia, no LP "Luz da Inspiração", da gravadora WEA, interpretou de autoria de ambos "Riquezas do Nosso Brasil".

Em 1978, Candeia no disco "Axé! Gente Amiga do Samba" incluiu "Vem Amenizar", outra parceria com Waldir 59, desta vez com participações especiais de Dona Ivone Lara e Chico Santana.

Em 1980 Martinho da Vila no LP "Samba Enredo", pela gravadora RCA Victor, interpretou "Legados de D. João VI" (Waldir 59Candeia e Picolino da Portela).


No ano de 1991, Waldir 59 ganhou o prêmio "Estandarte de Ouro", do jornal O Globo, na categoria "Personalidade do Carnaval".

No ano de 2002 Zeca Pagodinho, no disco "Deixa a Vida me Levar", da Universal Music, regravou "Riqueza do Nosso Brasil" (Waldir 59 e Candeia), faixa na qual contou com a participação especial da Velha-Guarda da Portela.

Em 2008 foi lançado o filme "Eu Sou Povo", com direção de Bruno Barcellar, Regina Rocha e Luís Fernando Couto, documentário sobre a vida e obra de Candeia, no qual Waldir 59, ao lado de Carlos MonteJoão Batista M. Vargens, Teresa Cristina, Tantinho da Mangueira e Sérgio Cabral, prestou depoimento sobre o parceiro.

Em 2010 Cristina Buarque e Grupo Terreiro Grande no CD "Terreiro Grande e Cristina Buarque Cantam Candeia" regravaram "Brasil, Panteão de Glórias" (Waldir 59CandeiaCasquinha e Bubu da Portela), não aparecendo o nome de Picolino da Portela nesta gravação, e "Riquezas do Brasil" (Waldir 59 e Candeia). Neste mesmo ano participou do show "Samba do Ouvidor Visita as Escolas de Samba!", no Teatro Rival Petrobras, Rio de Janeiro, ao lado do também convidado especial Ledi Goulart, puxador oficial da Aprendizes de Lucas e da Unidos de Lucas na década de 1960. Ainda em 2010 concorreu com samba-enredo "Rio, Azul da Cor do Mar" (Waldir 59, PQD e Fernando Cabelo) para o carnaval da Portela, não se classificando para o desfile da escola para o ano de 2011.

No ano de 2012 os cineastas Anita Ekman e Alberto Bellezia deram início às filmagens do documentário "Waldir 59", contando sua vida e obra.

Em 2013, o show-palestra "Lapa em Três Tempos", acompanhado pela cantora Nina Wirtti, o bandolinista Luis Barcellos, o violonista Rafael Mallmith e o percussionista Sandro Carioca, em palco montado embaixo dos Arcos da Lapa, no centro do Rio de Janeiro, em projeto realizado com patrocínio do Governo do Rio de Janeiro e Secretaria de Estado de Cultura, idealizado pela artista plástica Anita Ekman Simões em parceria com o músico Sérgio Krakowski. Neste mesmo ano era considerado o compositor mais antigo da Portela ainda vivo, quando o cantor e compositor Monarco o convidou para integrar a "Velha-Guarda Show" da escola. Ainda em 2013 fez show solo no Cordão da Bola Preta, também na Lapa.

Há anos, com a visão prejudicada por conta de cataratas nos dois olhos, o poeta nunca deixou de frequentar a quadra da escola. Participou este ano, como integrante de uma das parcerias, do concurso que escolheu o samba para 2016.

Morte

Waldir 59 morreu, na madrugada de quarta-feira, 25/11/2015, aos 87 anos, vítima de insuficiência respiratória, na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro do Engenho de Dentro, Rio de Janeiro. De acordo com a escola de samba, ele foi atendido com problemas respiratórios no local, sendo liberado. Horas depois, teve uma piora, foi levado pela família de volta à UPA, e não resistiu.

Seu corpo foi velado, a partir das 15h00min, na antiga quadra da escola, a Portelinha, na Estrada do Portela, em Oswaldo Cruz, Zona Norte do Rio de Janeiro. O enterro de Waldir 59 ocorreu às 10h00min da manhã de quinta-feira, 26/11/2015, no Cemitério de Inhaúma, Zona Norte do Rio de Janeiro.

"Waldir era um bom letrista e excelente pesquisador. Estudava muito antes de fazer uma letra. Fez uns 10 sambas-enredo pra Portela, mas o de 57, na minha opinião, é o mais belo de todos. Waldir seguiu muito bem os ensinamentos de Paulo da Portela, que dizia que o sambista tinha que estar sempre bem arrumado. Ele sempre foi um portelense educado e elegante. Estava sempre muito bem vestido. Nunca apareceu na Portela vestindo short. Nunca vi o Waldir levantando a voz para ninguém!"
(Monarco, líder da Velha Guarda Show e presidente de honra da Portela)

Monarco acrescentou que Waldir chegou a se afastar por breve tempo da escola onde fez história. "Nos anos 80, ele se aborreceu na Portela e foi para Unidos da Tijuca. Ficou lá por pouco tempo, mas não aceitou escrever samba para disputar com a Portela. Logo voltou pra nossa escola", afirmou o presidente de honra portelense, que convidou Waldir 59 a integrar a "Velha Guarda Show" em 2013, para, segundo ele, reparar uma injustiça histórica da escola.

Indicação: Miguel Sampaio

Bob Lester

EDGARD DE ALMEIDA NEGRÃO DE LIMA
(102 anos)
Cantor, Sapateador e Dançarino

☼ Santa Maria, RS (17/01/1913)
┼ Rio de Janeiro, RJ (06/11/2015)

Edgard de Almeida Negrão de Lima, nome artístico Bob Lester, foi um cantor, dançarino e sapateador brasileiro que se destacou nas décadas de 30 e 40.

Bob Lester nasceu Edgard de Almeida Negrão de Lima, em 17/01/1913, na cidade de Santa Maria, RS. Suas tendências musicais surgiram desde muito cedo, pois sua mãe Maria do Carmo era musicista de uma orquestra em Porto Alegre. Em meados da década de 30, ainda com o pseudônimo de Almeida, participou do programa de rádio "A Hora do Gongo", apresentado por Ary Barroso. Nas duas primeiras participações, por estar muito nervoso, acabou sendo gongado. Quando já pensava em desistir, amigos o convenceram a fazer uma terceira tentativa. E foi desta vez que Edgard recebeu a nota máxima do programa, sendo contratado para cantar e sapatear no Cassino da Urca, apresentando-se ao lado de artistas como Oscarito, Grande Otelo e da famosa vedete Mistinguett.

Bob Lester foi o primeiro sapateador do Cassino da Urca e nessa mesma época, atuou também em vários espetáculos do Copacabana Palace e do Quintandinha, em Petrópolis, RJ, além de ser contratado pela Rádio Cajuti.

Por volta de 1937, Bob Lester recebeu convite para atuar na Espanha e Portugal, mas acabou por conhecer toda a Europa numa excursão que fez com a orquestra "Suspiro de Espanha". De volta ao Brasil, o artista não ficou muito tempo por aqui.

Em 1942, viajou novamente para Portugal, Espanha e, finalmente, chegou aos Estados Unidos onde passou a residir. Bob Lester também se apresentou nos cassinos da França, Suíça, Itália, Escócia, Monte Carlos e Filadélfia e atuou como dançarino em espetáculos de Frank Sinatra, Bob Hope e Doris Day, realizados em New York. Foi também nos Estados Unidos que, por sugestão de Bob Hope, adotou o pseudônimo Bob Lester.

Bob Lester permaneceu no exterior por um bom tempo, mas, atendendo ao chamado de sua mãe que estava enferma e gostaria de vê-lo, retornou a seu país. Com o falecimento de sua progenitora, o artista decidiu não mais voltar aos Estados Unidos, embora ainda tenha se apresentado no Uruguai, (Teatro Solis), Paraguai (Clube Biguá), e em cassinos e emissoras de televisão da Argentina e da Bolívia. No Brasil, atuou com sucesso ao lado de ídolos populares como Leny Eversong, Trigêmeos Vocalistas e na Companhia Teatral de Procópio Ferreira. Com relação à gravação de músicas, não se encontra nenhum registro em nome de Bob Lester.

Mudando-se para o Rio Grande do Sul, Bob Lester começou a encontrar dificuldades para se apresentar, embora atuasse como jurado numa emissora de rádio local. Em inícios dos anos 60, foi contratado pelo empresário Fernando Eiras Morales para uma temporada na Argentina e Uruguai, e foi neste país que recebeu a trágica notícia do falecimento de sua família, esposa e duas filhas, num acidente automobilístico. O cantor nem mesmo conseguiu chegar a tempo para o enterro. Traumatizado, iniciou um longo período de tratamento em hospital psiquiátrico de Porto Alegre e, posteriormente, no Rio de Janeiro. Parcialmente recuperado, mas já arruinado financeiramente por seu último empresário, tentou sem êxito retornar ao estrelato do anos 30 e 40, apresentando-se em programas de TV que lhe renderam algumas homenagens.

Na década de 80, mais uma fatalidade abalou a vida de Bob Lester: Uma enchente no bairro de Jacarepaguá onde morava, deixou sua residência inabitável e destruiu quase todos os seus pertences, inclusive instrumentos musicais de trabalho, reportagens e material fotográfico trazidos dos Estados Unidos.

Por um longo período que começou em meados dos anos 80, o cantor foi completamente esquecido pelos meios de comunicação, apresentando-se esporadicamente em uma ou outra emissora de televisão.

Após se recuperar de um tumor na bexiga, já no início da década de 2000, Bob Lester retomou seus trabalhos, sendo assunto principal de várias revistas e jornais das pequenas cidades por onde se apresentou em praça pública, com seus shows de música, sapateado e imitações dos quais ainda sobrevivia.

O artista também voltou a marcar presença em programas de TV de grande audiência como o "Programa do Jô", "Mais Você", "Pânico na TV", entre outros, além de ser convidado para participar de apresentações de cantores nos mais variados estilos tais como Lobão e Agnaldo Timóteo.

Entre 2002 e 2004, Hanna Godoy e Mariana Silveira começam a produzir o curta metragem "Bob Lester". O filme, cujo roteiro foi premiado, traz o ator Stênio Garcia no papel principal, e exibe cenas com apresentações do conjunto "Bando da Lua". Por falta de verba, no entanto, somente em 2010 é que se pôde concluí-lo. A estréia se deu no Cine Odeon, na 20ª edição do Festival Internacional de Curtas do Rio de Janeiro, e contou com a presença do próprio Bob Lester e de Stênio Garcia.

Em dezembro de 2010, Bob Lester gravou a marchinha carnavalesca "Cuidado Com o Pereira", do cantor e compositor Luiz Henrique. A gravação foi um acontecimento inédito em sua carreira, já que o artista nunca havia gravado antes como solista.

Em 2011, com 98 anos, ao lado dos artistas Luiz Henrique e Marion Duarte, participou, cantando e sapateando, do show "Tributo ao Rei do Samba Sinhô", que foi apresentado em vários locais do Rio de Janeiro como o Salão Vip do Amarelinho da Cinelândia, o Teatro do SESC de Madureira e a Estudantina Musical da Praça Tiradentes.

Não tendo residência fixa, Bob Lester costumava viver entre Rio de Janeiro e São Paulo e, quando se encontrava no Rio de Janeiro, era de praxe que fizesse seus shows, aos finais de semana, na Praia do Arpoador. Segundo declarações do próprio Bob Lester, sobrevivia com a ajuda financeira de artistas amigos.

Morte

Bob Lester morreu na sexta-feira, 06/11/2015, vítima de insuficiência cardíaca, aos 102 anos de idade, no Rio de Janeiro. O enterro ocorreu no sábado, 07/11/2015, às 13:00 hs no Cemitério do Pechincha, em Jacarepaguá, Zona Oeste do Rio de Janeiro.

Bob Lester estava hospedado no Retiro dos Artistas, no Pechincha, com saúde debilitada. Foi internado na quarta-feira, 04/11/2015, no Hospital Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, Zona Oeste. Segundo a administradora do Retiro dos Artistas, Cida Cabral, era a terceira vez que Bob Lester ficava no retiro:

"Ele era um cidadão do mundo e não gostava de ficar parado. Morava na quitinete de um amigo em Niterói, mas estava muito debilitado. Então, o trouxeram para cá, na terça-feira passada. Infelizmente, na madrugada de quarta-feira, precisamos levá-lo às pressas para a emergência."

Controvérsias

O primeiro ponto obscuro na carreira de Bob Lester seria com relação à atuação do músico no "Bando da Lua", acompanhando Carmen Miranda, quando da estada da cantora nos Estados Unidos. Ruy Castro, autor da mais recente biografia de Carmen Miranda, em estrevista dada ao jornalista Adriano Quadrado, do Jornal da Cidade, nega a participação do artista no renomado conjunto. Nos livros já publicados sobre Carmen Miranda, pouquíssimas são as referências ao nome Bob Lester. No entanto na obra "Carmen Miranda, a Cantora do Brasil", Abel Cardoso Júnior, a respeito do grupo, relata que, a partir de 1944, "a troca de elementos foi constante", inclusive com a participação de alguns componentes do conjunto "Anjos dos Inferno". Somente por volta de 1949 é que o conjunto liderado por Aloísio de Oliveira, já com formação completamente diferente, passa a usar novamente o nome "Bando da Lua", o que inclusive em muito desagradou os primitivos componentes do conjunto.

Ao serem entrevistados pela Revista Manchete, de 27/05/2000, o pesquisador musical Ricardo Cravo Albin, o percussionista Vadeco, integrante da primeira formação do "Bando da Lua", e Ricardo Quartin, produtor musical de Frank Sinatra, Tom Jobim e Vinícius de Moraes, endossam as palavras de Bob Lester, ao afirmarem que ele realmente tocou com Carmen MirandaRicardo Quartin inclusive não descarta a possibilidade de Bob Lester ter caído no ostracismo devido à grande inimizade entre ele e o líder do "Bando da Lua", Aloísio de Oliveira. Já Ricardo Cravo Albin esclarece que Bob Lester não foi uma figura permanente no grupo. Em matéria da Revista Contigo, publicada em 28/04/2010, Bob Lester confessa que não foi propriamente um componente do conjunto, com a seguinte afirmação sobre Carmen Miranda e o seu "Bando da Lua":

"É que eu subia ao palco com ela, acompanhado do Bando da Lua... isso sim... Fui amigo do pessoal todo."

E a essa conclusão também nos faz chegar a "Enciclopédia de Música Brasileira, Erudita e Folclórica Popular - Vol. 1" (Art Editora Ltda, 1977), em seu verbete sobre o artista:

"Em 1939, trabalhou em vários 'shows' nos cassinos da Urca, do Quitandinha de Petrópolis, RJ, e do Copacabana Palace Hotel. Acompanhou Carmen Miranda e o Bando da Lua quando a cantora foi para os Estados Unidos."

A segunda controvérsia é o fato de Bob Lester ter sido mesmo dançarino nos shows de Frank Sinatra. Alguns estudiosos contestam esta informação, no entanto, quando da vinda do astro americano ao Brasil, segundo matéria do jornal O Estado de S. Paulo, de 24/01/1980, Bob Lester, já em sua fase de penúria, foi reconhecido na rua pelo músico Shepard Coleman, da banda de Frank Sinatra. Jornalistas que presenciaram a cena, comoveram-se com a situação de Bob Lester e lhe compraram terno e sapatos para que ele pudesse assistir ao show de Frank Sinatra, e uma foto de Bob Lester sorrindo ao lado do grande artista americano foi imediatamente levada à suíte do cantor por um assessor zeloso, que também prometeu um encontro dos velhos companheiros, conforme reportagem da revista Veja, de 30/01/1980.

E, por fim, teríamos a polêmica no que se refere ao acidente automobilístico ocorrido com a família do cantor. Não é possível saber ao certo a data do ocorrido, muito menos quais os familiares que faleceram. As matérias que tratam sobre o assunto não são precisas. Acredita-se que o acidente tenha ocorrido antes de 1970, data em que a revista O Cruzeiro publicou uma grande reportagem sobre o artista e já relatando a fatalidade, cujos detalhes são narrados por um Bob Lester já abalado mentalmente. Outra hipótese seria a de que o próprio cantor é quem estaria dirigindo o automóvel e, por ter se sentido culpado pela morte da família, abdicou totalmente de sua existência, passando a viver como mendigo. Esta última hipótese, inclusive, justificaria a falta de precisão encontrada nas declarações do artista ao falar sobre este assunto.

Curiosidades

  • No inicio dos anos 90, Bob Lester passou por Blumenau e conseguiu com a prefeitura municipal, hospedagem, por três dias, no asilo municipal. Em retribuição, Bob Lester promoveu um show para todos os hospedes do asilo. Para que o show acontecesse a prefeitura de Blumenau pediu para que a banda Ximya de Ovo tocasse.
  • Com o falecimento do cantor de operetas Johannes Heesters, em 24/12-2011, Bob Lester passou a ser o mais velho cantor e sapateador em atividade no mundo.
  • De acordo com matéria publicada no jornal O Globo, de 22/05/2011, o hotel onde Bob Lester morava, era pago pelo cantor Roberto Carlos, fato que foi confirmado ao jornal pela assessoria de Roberto Carlos.
  • Em 24/08/2011, no Largo da Carioca, RJ, Bob Lester, aos 98 anos, levou uma surra de guardas municipais e foi parar no Hospital Souza Aguiar para tratar os ferimentos. Bob Lester tentava impedir que os guardas covardemente espancassem um camelô que estava trabalhando. O fato foi noticiado pelo jornal O Dia e pelas Rádio Globo e Rádio Nacional.
  • Em maio de 2013, Bob Lester deu entrevista ao programa de Antônio Carlos, da Rádio Globo do Rio de Janeiro, informando que, por ter sido cortada a ajuda que recebia da produção do cantor Roberto Carlos, não tendo mais como pagar sua hospedagem em hotel, conseguiu ser abrigado no Retiro dos Artista, em Jacarépagua, RJ, de onde teve que fugir logo em seguida, visto que lá não lhe davam a liberdade de sair quando quisesse.
  • Em 01/10/2013, Bob Lester foi assessorado por advogados voluntários na 5º DP, na Lapa, após sofrer devido a intoxicação por gás lacrimogênio ao participar de protesto na Câmara dos Deputados apoiando os professores. Ele emocionou a todos os presentes com a sua simpatia. 

Indicação: Miguel Sampaio

Miele

LUIZ CARLOS D'UGO MIELE
(77 anos)
Ator, Cantor, Produtor, Apresentador e Diretor

☼ São Paulo, SP (31/05/1938)
┼ Rio de Janeiro, RJ (14/10/2015)

Luiz Carlos d'Ugo Miele foi um produtor, ator, apresentador e diretor brasileiro de televisão, teatro, cinema e shows.

Era filho da cantora e instrumentista Irma Miele, cujo nome artístico era Regina Macedo. Aos 12 anos de idade, começou a trabalhar como rádio-ator numa emissora de rádio em São Vicente, SP, no programa "Meu Filho, Meu Orgulho" de Mário Donato. Mais tarde, protagonizou outros programas infantis na Rádio Tupi, ao lado de Régis Cardoso, Érlon Chaves e Walter Avancini.

Iniciou a carreira profissional como locutor da Rádio Excelsior, Rádio Tupi e Rádio Nacional. Em 1959, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde conheceu o compositor Ronaldo Bôscoli, com quem formou a dupla Miele & Bôscoli, responsável pela direção e produção de diversos espetáculos, além de programas musicais em emissoras de televisão.

Em 1976, após a morte do humorista Manuel de Nóbrega, passou a apresentar "A Praça da Alegria" na Rede Globo, saindo do ar em 1979. O programa contou com a participação de Ronald Golias.

Na televisão, atuou na direção e produção dos programas musicais "Noite de Gala" e "Cara & Coroa", com Dori Caymmi e Sílvia Telles, na TV Rio.

"Dois no Balanço", "Se Meu Apartamento Falasse", com Cyll Farney e Odete Lara, "Rio Rei", "Os 7 Pecados", com Fernando Barbosa Lima, e "Musical em Bossa 9", na TV Excelsior, "O Fino da Bossa", "Show Em Simonal" e "Elis Especial", na TV Record, "Alô Dolly", "Dick & Betty 17", com Dick Farney e Betty Faria, "Fantástico", direção musical, "Elis Especial", "Praça da Alegria", "Sandra & Miele", "Cem Anos de Espetáculo", "Viva Marília""Batalha dos Astros", além de festivais de música, na Rede Globo, "Um Homem - Uma Mulher", com Tuca, "Cassio Muniz Show", criação dos comerciais, e "Programa Flávio Cavalcanti", na TV Tupi, "Miele & Cia" e "Ele & Ela", com Leila Richers, na TV Manchete, "Coquetel e Cocktail", no SBT, e "Escolinha do Barulho", na TV Record.


Como produtor e diretor de espetáculos de artistas como Roberto Carlos, Elis Regina, Wilson Simonal, Sérgio Mendes, Lennie Dale, Sarah Vaughan, Leny Andrade, Pery Ribeiro e Bossa 3 ("Gemini V"), Taiguara e Claudette Soares ("Primeiro Tempo 5×0"), Milton Nascimento, Marcos Valle, Joyce e Wanda Sá (Sucata, Rio de Janeiro), Alcione (Canecão, Rio de Janeiro), Agnaldo Timóteo; Joanna; Angela Maria e Lucinha Lins ("Spot Light"); Os Cariocas; Família Caymmi; Trio Irakitan e Rosana Tapajós (Beco das Garrafas, Rio de Janeiro); Regina Duarte ("Regina Mon Amour", no Canecão); Sandra Bréa e Pedrinho Mattar ("Caso Water-Closed"), e Dzi Croquettes ("Monsieur Pujol", Rio de Janeiro), além dos projetos "Chega de Saudade", "Vivendo a Rádio Nacional", "Vivendo Vinícius" e "Festival Internacional de Mágica".

Como showman, participou dos espetáculos "Miele & Juarez Machado" (Sucata, Rio de Janeiro), "Concerto Para Miele & Orquestra" (Hotel Maksoud Plaza, São Paulo), "Miele & Tuca" (Rui Barbossa e Sucata), "Miele no Palladium", com Rosemary, "Elis & Miele" (Teatro Clara Nunes e Teatro Maria Della Costa).

Atuou, ainda, como diretor de projetos especiais no Metropolitan, RJ, e como mestre de cerimônias do Prêmio Molière. Gravou o compacto simples "Miele e Carolina", com a participação de Carol Saboya, registrando as canções "A Menina e a TV" (Rolf Zuckowski), versão de Antonio Adolfo e Jésus Rocha, e "Cirrose" (Daltony Nóbrega e Ana Maria).

Em 1997, apresentou-se, com Roberto Menescal e Wanda Sá, no Mistura Fina, RJ, em espetáculo gravado ao vivo e lançado pelo selo Albatroz no CD "Uma Mistura Fina".

Em 1999 assinou a direção do espetáculo "Vivendo Vinícius", com Carlos Lyra, Toquinho, Miúcha e Baden Powell, apresentado no Metropolitan, RJ. Ainda em 1999, passou a exercer a função de diretor de projetos especiais na Casa de Cultura da Universidade Estácio de Sá, no Rio de Janeiro, onde produziu vários espetáculos, como "Um Brasileiro Chamado Jobim", com Roberto Menescal, Danilo Caymmi, Joyce, Cris Delanno e o conjunto Os Cariocas, "Minhas Duas Estrelas - Pery Ribeiro Canta e Conta - Dalva de Oliveira e Herivelto Martins", "Essa Bahia Chamada Caymmi", com Nana Caymmi, Dori Caymmi e Danilo Caymmi", "Jazz Para As Onze", com o Quinteto Paulinho Trompete e Rio Jazz Orquestra, no qual atuou como crooner, entre outros.


Em 2004 fez espetáculos no Tom Brasil em São Paulo, mostrando pela primeira vez em público o "Hino do Fome Zero" (Roberto Menescal e Abel Silva), cujo DVD foi dirigido por ele, e também publicou o livro "Poeira de Estrelas" (Ediouro). Ainda em 2004, foi responsável pela apresentação do espetáculo "Bossa Nova In Concert", realizado no Canecão no Rio de Janeiro, com a participação de Johnny Alf, João Donato, Carlos Lyra, Roberto Menescal, Wanda Sá, Leny Andrade, Pery Ribeiro, Durval Ferreira, Eliane Elias, Marcos Valle, Os Cariocas e Bossacucanova. O show contou com uma banda de apoio formada por Durval Ferreira (violão), Adriano Giffoni (contrabaixo), Marcio Bahia (bateria), Fernando Merlino (teclados), Ricardo Pontes (sax e flauta) e Jessé Sadoc (trompete), concepção e direção artística de Solange Kafuri, direção musical de Roberto Menescal, pesquisa e textos de Heloísa Tapajós, cenários de Ney Madeira e Lídia Kosovski, e projeções de Sílvio Braga. Também nesse ano, lançou o livro "Poeira de Estrelas" (Ediouro).

Apresentou-se, em 2005, no Bar do Tom, com o espetáculo "Bênção Bossa Nova", ao lado de Roberto Menescal e Wanda Sá. Nesse mesmo ano, lançou o DVD "Miele, Um Showman Brasileiro - Um Show de Música & Muito Humor" (CID), com festa no Bar do Tom. Ainda em 2005, interpretou o advogado Wexler no seriado "Mandrake" da HBO Brasil, baseado na obra de Rubem Fonseca.

O melhor momento da carreira de Miele foi o musical "Elis". O pior momento da carreira foi o "Programa Cocktail", exibido no SBT de agosto 1991 a agosto 1992. Miele disse em uma entrevista em 2002: "Aquele programa não era muito a minha praia". Ele preferiu esquecer e considerava um programa de mau gosto.

No fim de 2011 atuou no filme "As Aventuras de Agamenon, o Repórter" interpretando o sogro de Agamenon Mendes Pedreira.

Em 2012 atuou na minissérie "O Brado Retumbante" no papel de Nicodemo Cabral, O Senador.

Em 2014, atuou na minissérie "A Teia", no papel do ex-senador Walter Gama. Interpretou o magnata Jack Parker, na novela "Geração Brasil". Ainda em 2014, em agosto, participou da "Dança dos Famosos" no programa "Domingão do Faustão". Interpretou o vizinho garanhão Gustavo Pennaforte, no episódio "Ela é a Dona de Tudo" do sitcom "Trair e Coçar é Só Começar", do canal Multishow.

Seu último trabalho foi na novela "Geração Brasil", atuando como Jack Parker pai de Pamela Parker Marra.

Miele torcia pelo São Paulo Futebol Clube. Foi casado com Anita durante 47 anos e nunca tiveram filhos.

Morte

Luiz Carlos D'Ugo Miele foi encontrado morto em sua casa em São Conrado, Zona Sul do Rio de Janeiro, na quarta-feira, 14/10/2015. Bombeiros do quartel da Gávea foram acionados para uma ocorrência no local, mas Miele faleceu após sofrer um mal súbito, antes da chegada dos militares.

Segundo Vânia Barbosa, empresária e amiga de Miele e da família, a esposa do artista o encontrou caído no chão do escritório logo pela manhã e chamou os bombeiros, que constataram o óbito ao chegarem em sua casa, em São Conrado. Segundo ela, o mal súbito que acometeu o diretor pegou parentes de surpresa.

O velório ocorrerá a partir das 07:00 hs de quinta-feira, 15/10/2015, na Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro, no Centro, e será aberto ao público. O corpo será enterrado no Cemitério do Caju, às 14:00 hs.

Fonte: WikipédiaG1 e Diário de Pernambuco

Renato Ladeira

RENATO LADEIRA
(63 anos)
Cantor e Tecladista

☼ Rio de Janeiro, RJ (04/05/1952)
┼ Rio de Janeiro, RJ (12/08/2015)

Renato Ladeira era filho do radialista César Ladeira e da atriz Renata Fronzi e do radialista e ator César Ladeira, que criou nomes artísticos como "A Pequena Notável", para Carmen Miranda, e "A Garota Grau Dez", para Emilinha Borba.

 um dos grandes nomes do rock nacional. Compôs a música "Faz Parte do Meu Show" com Cazuza. Ele foi integrante de bandas importantes como A Bolha, Bixo da Seda e Herva Doce.

Em 2009, Renato Ladeira concedeu uma entrevista a fanzine Sindromina, publicação criada e editada por um grupo de patobranquenses. Na conversa Renato Ladeira falou sobre sua trajetória musical e também sobre mochilão carona, e lugares inusitados, tema da terceira edição da fanzine:


Nas décadas de 60, 70 e 80, você participou de bandas como A Bolha, Herva Doce e Bixo da Seda. Certamente viajou bastante fazendo shows. Como avalia a experiência de conhecer novos mundos e culturas diferentes?
Tive a benção de começar a tocar aos 13 anos de idade na banda The Bubbles junto com meu irmão. Tocamos em vários programas de televisão ao vivo e shows dentro e fora do estado (anos 60). Com A Bolha toquei em todos os clubes do Rio de Janeiro. Ganhamos prêmio de melhor banda no Festival Internacional da Canção no Maracanãzinho em 1971. Gravamos alguns discos e já vivia da música desde então (anos 70). Com o Bixo da Seda gravamos no Rio de Janeiro o LP e fizemos shows também no Rio de Janeiro e no Rio Grande do Sul em vários lugares, foi uma experiência diferente (anos 70). O Herva Doce apareceu junto com as rádios FM no Brasil. Tocamos no Brasil inteiro, graças ao estouro do rock-pop nacional (anos 80). Mas o que posso dizer é que conheci muitos aeroportos, hotéis, restaurantes e clubes das cidades que fomos, era impossível sair para conhecer os lugares e suas culturas, apenas as pessoas dos lugares.
Fazer parte da cena musical num momento em que o rock descobria outros rumos e o país passava por situações conturbadas não é pra qualquer um. Quais são as suas lembranças daqueles tempos?
Foi uma época especial. Eu comecei com o rock nacional. Vivi seu nascimento, seu crescimento, seu amadurecimento. Foram várias épocas distintas. No início, muita ralação, falta de equipamentos, de infra-estrutura, de produção, de divulgação, mas a gente fazia, e fazia direito. Depois, tudo começou a aparecer, a divulgação, a produção, a infra-estrutura e os equipamentos. Nos anos 80 era tudo muito mais fácil, e por isso surgiram muitas bandas que ainda existem até hoje.
Em 2005, A Bolha regravou algumas músicas para o filme "1972”, e em 2007 lançou o CD "É Só Curtir". Depois de tantos anos de estrada e uma pausa prolongada na carreira da banda, o que dizer sobre essa união?
Posso te dizer que foi mágico. Quando nos reunimos para gravar para o filme, fomos para o estúdio de ensaio para ver se todos lembravam das músicas. E depois da primeira musica tocada, estávamos todos com os olhos mareados e com um sorriso de orelha à orelha. Adoro tocar com esses caras.
Tanto em sua vida pessoal quanto profissional, seja recentemente ou há muitos verões, você já pegou carona? Talvez tenha alguma história relacionada a caronas durante a sua juventude, poderia relembrá-la?
Foram poucas as caronas que pequei, se peguei. Porque desde os 18 anos tive o meu carrinho (Fusquinha), e era eu a dar carona para todo mundo.
O tema "mochilão, caronas e lugares inusitados" exerce ou já exerceu alguma influência em seu trabalho? Se sim, de que maneira essa influência se dá?
A idéia de aventura é uma das mais utilizadas nas criações, porque são ricas em novas emoções e nos dão experiência de vida e amadurecimento. Com certeza influi muito na cabeça de quem cria, seja texto, música ou empreendimento. Viajar enriquece a alma.

Herva Doce

Herva Doce foi uma banda de pop rock brasileira formada em 1982. Fizeram sucesso em 1982 com a canção "Erva Venenosa" e em 1985 com a canção "Amante Profissional".

A banda foi formada em 1982, durante o carnaval, quando Marcelo Sussekind e Renato Ladeira gravaram uma fita demo com quatro canções: "Volta Meu Bem", "Ganhei um Avião", "O Negócio é Relaxar" e "Não Faz Sentido". Esta última, se transformaria posteriormente num grande sucesso na voz de Ney Matogrosso.

Como "Volta Meu Bem" estava sendo bem executada na Rádio Cidade, Marcelo Sussekind e Renato Ladeira foram chamados pela EMI-Odeon para uma entrevista, posteriormente sendo contratados, mas com a condição de que fosse formada uma banda com eles.

Logo entrou o baterista Sérgio Della Mônica, baterista de Ney Matogrosso, que participou apenas da gravação do single "Volta Meu Bem" / "Ganhei um Avião".

Em novembro de 1982 lançaram seu álbum de estreia, agora com novos integrantes: Paul de Castro (guitarra), Roberto Lly (baixo), e Pena (bateria). A canção de maior sucesso desse álbum foi "Erva Venenosa", versão de "Poison Ivy", uma canção de 1959 do conjunto The Coasters, composta por Jerry Leiber e Mike Stoller.

Em 18/06/1983, a banda abriu o show da Kiss no estádio do Maracanã, tendo se apresentado para um público de mais de 200 mil pessoas. No mesmo ano lançaram seu segundo e último álbum pela EMI. Logo após assinaram com a gravadora RCA Victor. Nessa época, a formação da banda era Renato Ladeira (teclados e vocais), Fred Maciel (bateria e vocais), Roberto Lly (baixo e vocais) e Marcelo Sussekind (guitarra e vocais).

O primeiro LP pela RCA Vicor, lançado em 1985, trazia a faixa-título "Amante Profissional", que foi um grande sucesso.

Em 1986, lançaram o último álbum de estúdio, "Desastre Mental".

Morte

Renato Ladeira morreu por volta das 23:00 hs de quarta-feira, 12/08/2015, em sua casa no Rio de Janeiro, RJ, aos 63 anos, vítima de uma parada cardiorrespiratória.

O corpo de Renato Ladeira foi enterrado às 16:00 hs de quinta-feira, 13/08/2015, no Jardim da Saudade, em Sulacap, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. O corpo começou a ser velado às 14:30 hs na Capela A.