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Charles Guttemberg

CHARLES GUTTEMBERG GOMES DOS SANTOS
(57 anos)
Humorista e Artista Circense

☼ Jundiaí, SP (22/07/1962)
┼ Jundiaí, SP (26/11/2019)

Charles Guttemberg Gomes dos Santos foi um artista circense e humorista, nascido em Jundiaí, SP, no dia 22/07/1962.

Charles Guttemberg estreou em 2004 no programa humorístico "A Praça é Nossa" e deixou o programa em 2017, quando foi demitido em meio aos cortes no orçamento da atração. Ele também chegou a atuar no extinto "Dedé e o Comando Maluco", de 2005 a 2008, estrelado por Dedé Santana na grade dominical do SBT. No programa ele ficou conhecido por interpretar o personagem Rapadura, ao lado de Dedé Santana.

Rapadura era um cabo irmão de Bananinha, interpretado por Marcelo Beny. O seu bordão famoso foi "Calma Dedé, Calma Dedé, Calma Dedé!".

Em 2018, após sair do SBT, candidatou-se ao cargo de deputado federal por São Paulo, através do Movimento Democrático Brasileiro (MDB), recebendo 2729 votos, mas não se elegeu.

Morte

Charles Guttemberg faleceu na tarde de terça-feira, 26/11/2019, aos 57 anos, em Jundiaí, SP. Ele passava por uma cirurgia no aparelho digestivo, quando complicações ocorreram e ele não sobreviveu. De acordo com informações da TV Record, ele foi para a UTI logo após a cirurgia, e depois passou por um novo procedimento cirúrgico, mas não resistiu. O boletim médico informou que ele teve Falência Múltipla dos Órgãos.

O corpo de Charles Guttemberg foi velado no Velório Municipal Adamastor Fernandes, em Jundiaí, SP, com cortejo saindo às 14h30 para o Cemitério Municipal Nossa Senhora do Monte Negro. O sepultamento às 15h00 com cerimônia aberta ao público.

Marcelo Beny, o Bananinha, trabalhou com Charles Guttemberg, o Rapadura, no SBT e lamentou a morte do colega nas redes sociais.

Uma mensagem publicada no perfil do humorista já havia adiantado que o estado de saúde era delicado: "Infelizmente o estado da saúde do Rapadura é grave. Ele continua na UTI, continuem orando por ele", disse o texto.

Os humoristas Bananinha (Marcelo Beny) e Rapadura (Charles Guttemberg)
Carreira

  • 2004 / 2017 - A Praça é Nossa ... Rapadura (SBT)
  • 2005 / 2008 - Dedé e o Comando Maluco ... Rapadura (SBT)

Fonte: Wikipedia
Indicação: Miguel Sampaio e Reginaldo Monte

Domingos Montagner

DOMINGOS MONTAGNER
(54 anos)
Ator, Palhaço, Artista Circense, Teatrólogo e Empresário

☼ São Paulo, SP (26/02/1962)
┼ Canindé de São Francisco, SE (15/09/2016)

Domingos Montagner foi um ator, palhaço, artista circense, teatrólogo e empresário brasileiro nascido em São Paulo, SP, no dia 26/02/1962.

Domingos Montagner nasceu no bairro paulistano do Tatuapé numa família descendentes de italianos.

Domingos Montagner Iniciou sua carreira em teatros e circos, através do curso de interpretação de Myriam Muniz, e no Circo Escola Picadeiro conheceu as técnicas e o vocabulário que o conduziram para o circo e a arte popular.

Com Fernando Sampaio, formou em 1997 o Grupo La Mínima, que possui 12 espetáculos em repertório. "A Noite dos Palhaços Mudos", de 2008, lhe rendeu o Prêmio Shell de Melhor Ator.

Em 2003, com mais oito artistas, criou o Circo Zanni, do qual é diretor artístico.

Sua estreia na televisão aconteceu com o seriado "Mothern", no canal GNT. Na TV Globo, suas primeiras participações foram no programa "Força Tarefa" (2009) e nas séries "A Cura" (2010) e "Divã" (2011).


Em 2011, atuou em sua primeira novela, "Cordel Encantado", pela qual recebeu os prêmios Contigo e Melhores do Ano do programa "Domingão do Faustão", ambos na categoria Ator Revelação.

Em 2012, protagonizou a minissérie "Brado Retumbante", de Euclydes Marinho, vivendo o presidente Paulo Ventura, pela qual recebeu o prêmio Contigo na categoria de Melhor Ator de Série / Minissérie. Também em 2012, o artista atuou na novela "Salve Jorge", de Glória Perez. Estreou no cinema no mesmo ano, com uma participação especial no longa "Gonzaga - de Pai Pra Filho", de Breno Silveira.

Em 2013, Domingos Montagner foi escalado para a novela das 18h00, "Joia Rara", de Thelma Guedes e Duca Rachid.

Em 2015, interpretou Miguel, o protagonista da novela "Sete Vidas", de Lícia Manzo, e em seguida deu vida ao delegado Espinosa na série "Romance Policial - Espinosa". A adaptação do livro "Uma Janela em Copacabana", de Luiz Alfredo Garcia Roza, foi ao ar no canal GNT,  com direção geral de José Henrique Fonseca. No mesmo ano, Domingos Montagner participou dos longas-metragens "Vidas Partidas" (Marcos Schechtman),  "De Onde Te Vejo" (Luiz Villaça) e "O Outro Lado do Vento" (Walter Lima Jr.), que entram em cartaz em 2016.

Atualmente, Domingos Montagner estava no elenco de "Velho Chico", novela de Benedito Ruy Barbosa, com direção de Luiz Fernando Carvalho.

Circo

O Circo Zanni, do qual Domingos Montagner era diretor artístico e um dos nove sócios, estreou no verão de 2004, em Boiçucanga, litoral norte de São Paulo, após dez meses de preparação e busca de recursos para adquirir sua própria lona e estrutura.

Hoje a companhia acumula um total de 26 temporadas - em estados como São Paulo, Minas Gerais, Pernambuco, Goiás e Santa Catarina -, tendo superado a marca de 130 mil espectadores. Participou de Festivais de Circo no Brasil e no exterior, ganhou Prêmios de Estímulo e Fomento à Cultura e patrocínios por meio da Lei Federal Rouanet de Incentivo à Cultura.

Recentemente, foi eleito o melhor circo de São Paulo na edição especial "O Melhor de São Paulo" da Revista Época e, este ano de 2016, foi uma das atrações do 1º Festival Internacional de Circo de Buenos Aires, na Argentina.

Domingos Montagner e Fernando Sampaio são os fundadores do Circo Zanni, que busca revitalizar a importância dos circos de pequeno e médio porte na vida cultural das cidades.

Teatro

Domingos Montagner e Fernando Sampaio conheceram-se em 1989, no Circo Escola Picadeiro em São Paulo, onde iniciaram a dupla de palhaços. Ali criaram e levaram às ruas, reprises, entradas e outros números circenses, desenvolvidos sob a orientação do mestre Roger Avanzi, o Palhaço Picolino.

Em 1997, criaram o Grupo LaMínima, que estreou com o espetáculo "LaMínima Cia. de Ballet", baseada no humor físico e nas clássicas paródias acrobáticas. Desde então, a arte do circo e do palhaço, conduziram o trabalho da dupla, em espetáculos de rua e sala, que percorreram, nestes 15 anos dezenas de festivais e temporadas nacionais e internacionais.

Dentre os principais prêmios recebidos pelo LaMínima estão dois APCA: Melhor Espetáculo Infanto-Juvenil, por "Piratas do Tietê - O Filme" e Melhor Espetáculo com Técnicas Circenses, por "À La Carte"; Prêmio Coca-Cola FEMSA na Categoria de Melhor Espetáculo Jovem de 2003 por "Piratas do Tietê - O Filme".

A Noite dos Palhaços Mudos recebeu em 2008 os prêmios Shell de Teatro SP - Melhor Ator para Domingos Montagner e Fernando Sampaio, Cooperativa Paulista de Teatro de Melhor Espetáculo de Sala Convencional e Melhor Elenco.

Morte

Domingos Montagner desapareceu na quinta-feira, 15/09/2016, depois de mergulhar no Rio São Francisco, na região de Canindé de São Francisco, divisa com Alagoas e Sergipe. Ele estava de folga junto com uma colega, mergulhou e foi levado pela correnteza. A colega em questão era a atriz Camila Pitanga e ela entrou na água junto com Domingos Montagner.

De acordo com a colunista Patricia Kogut, do jornal "O Globo"Camila Pitanga também mergulhou, mas conseguiu segurar em uma pedra para não ser arrastada pela correnteza.

"A Camila está transtornada. Ela contou que os dois estavam de folga e foram dar um mergulho para se despedir do rio. A correnteza começou a puxá-lo. Domingos lutou, mas acabou afundando e não emergiu mais. Camila foi mais ágil, nadou e se agarrou a uma pedra. Todas as forças do estado de Sergipe trabalharam nas buscas."

As buscas para encontrar Domingos Montagner contaram com 2 helicópteros, 2 lanchas e vários pescadores locais.

O corpo de Domingos Montagner foi encontrado na na quinta-feira, 15/09/2016, no Rio São Francisco, informaram as autoridades de Canindé de São Francisco, na divisa entre Sergipe e Alagoas. Ele deixa a mulher, Luciana Lima, e três filhos.

Segundo relatos iniciais, o ator gravou cenas da novela pela manhã e, no início da tarde, estava em momento de lazer. Depois do almoço, mergulhou no Rio São Francisco ao lado da atriz Camila Pitanga. Eles teriam nadado até um conjunto de rochas, o que exigiu fisicamente dos atores. Camila Pitanga conseguiu chegar às rochas, mas o ator, não.

Em "Velho Chico", seu personagem, Santo, chegou a desaparecer nas águas do Rio São Francisco, após levar três tiros em um atentado. A população da cidade se mobilizou, então, para encontrá-lo, com receio que ele tivesse se afogado. Mas Santo foi salvo por um pajé de uma tribo indígena.

Trabalhos

Televisão
  • 2008 - Mothern ... João
  • 2010 - Força Tarefa  ... Cabo Moacyr
  • 2010 - A Cura ... Pai de Ezequiel
  • 2011 - Divã ... Carlos Alencar
  • 2011 - Cordel Encantado  ... Capitão Herculano Araújo
  • 2012 - O Brado Retumbante ... Paulo Ventura
  • 2012 - Salve Jorge ... Zyah
  • 2012 - Gonzaga - De Pai pra Filho ... Coronel Raimundo
  • 2013 - Jóia Rara ... Raimundo Fonseca (Mundo)
  • 2015 - Sete Vidas ... João Miguel Oliveira Sanches
  • 2015 - Romance Policial - Espinosa ... Espinosa
  • 2016 - Velho Chico ... Santo dos Anjos

Cinema
  • 2009 - Paredes Nuas
  • 2012 - A Noite dos Palhaços Mudos ... Palhaço
  • 2014 - A Grande Vitória ... César Trombini
  • 2014 - Tarja Branca - A Revolução Que Faltava
  • 2015 - Através da Sombra ... Afonso
  • 2016 - De Onde Eu Te Vejo ... Fábio
  • 2016 - Um Namorado Para Minha Mulher ... Corvo
  • 2016 - Vidas Partidas ... Raul
  • 2016 - O Rei das Manhãs ... Palhaço

Teatro
  • 2001 - À La Carte
  • 2003 - Piratas do Tietê, O Filme
  • 2006 - Feia - Uma Comédia Circense
  • 2007 - Reprise
  • 2008 - A Noite dos Palhaços Mudos
  • 2012 - Mistero Buffo
  • 2016 - Mistero Buffo

Prêmios e Indicações

  • 2011 - Prêmio Extra de Televisão - "Cordel Encantado" (Revelação Masculina - Indicado)
  • 2011 - Melhores do Ano  - Melhor Ator Revelação - "Cordel Encantando" (Venceu)
  • 2011 - Prêmio Quem de Televisão - Melhor Ator Coadjuvante - "Cordel Encantado" (Indicado)
  • 2012 - Prêmio Contigo! de TV - Revelação da TV (Venceu)
  • 2013 - Prêmio Contigo! de TV - Melhor Ator de Série ou Minissérie - "O Brado Retumbante" (Venceu)
  • 2013 - Prêmio Quem de Televisão - Melhor Ator - "Salve Jorge" (Indicado )
  • 2015 - Troféu APCA - Melhor Ator - "Sete Vidas" (Indicado)

Orlando Orfei

ORLANDO ORFEI
(95 anos)
Empresário Circense, Domador, Pintor, Dublê, Ator, Pintor e Escritor

☼ Riva del Garda, Itália (08/07/1920)
┼ Rio de Janeiro, RJ (01/08/2015)

Orlando Orfei foi um empresário circense, domador, pintor, escritor, dublê de cinema e ator italiano radicado no Brasil. Foi o fundador do tradicional Circo Orlando Orfei.

A história dos Orfei teve início em 1822 quando o então seminarista Paulo Orfei conheceu uma jovem da família Massari no conservatório da cidade italiana de Ferrara. Os dois se apaixonaram e ele abandonou a vida eclesiástica e decidiu pedir a mão da moça em casamento. Como a família se opôs, os dois fugiram e se refugiam com ciganos que viajavam pela Itália.

Três anos depois, em 1825, nasceu o primeiro Circo Orfei. O jovem Orlando Orfei, neto de Paulo Orfei, estreou no picadeiro aos 6 anos como palhacinho dentro das calças do irmão palhaço, que a um certo momento do esquete o retirava como se estivesse grávido.

Depois disso, dos 9 aos 15 anos foi malabarista - um dos números mais difíceis -, equilibrista, ciclista acrobático e mágico aos 18 anos.


Em 1956 um domador alemão deixou a companhia e Orlando Orfei decidiu se tornar domador, o que o levou a ser considerado um dos melhores do mundo, por seu estilo descontraído de tratar os animais.

Orlando Orfei foi responsável por inúmeras invenções do circo moderno: quando os circos eram obrigados a encerrar temporadas por causa do inverno rigoroso da Europa, Orlando Orfei inventou a calefação a diesel. Convenceu seu amigo Canobbio, hoje o mais famoso fabricante de lonas de circo do mundo, a construir a primeira lona de plástico, quando as lonas eram de algodão, impagáveis devido ao seu alto custo e com pouco tempo de vida.

Enfrentou o irmão Paridi, seu sócio, ao idealizar o cartaz de 4 folhas e assim aumentar a eficácia dos cartazes de colagem urbana. O som central utilizando a concavidade do interior do circo, a propaganda aérea, as águas dançantes e principalmente seu modo inigualável de domar os animais.

Orlando Orfei foi também pintor, escritor e músico, apesar de não poder tocar mais já que teve um acidente com uma de suas leoas onde perdeu a articulação de um dos dedos das mãos. Na pintura, teve suas obras reconhecidas como herdeiras da arte alemã, por especialistas e, durante anos, teve suas telas expostas na Sala Antonina uma das mais importantes galerias de Roma, por indicação do cardeal Fanini, seu amigo do Vaticano.

Entrega da Grã Cruz da Ordem do Mérito Cultural 2012
Condecorações

Orlando Orfei foi condecorado pelo Governo Italiano como Cavalheiro Oficial da República. No Rio de Janeiro, São Paulo e Goiânia é Cidadão Honorário. Recebeu o título de Cidadão Carioca pelo município do Rio de Janeiro e de Cidadão Iguaçuano, em 2010, pela Câmara Municipal de Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro.

Foi recebido pelo Papa Pio XII, Papa Paulo XVI e Papa João Paulo II. Mas foi o Papa João XXIII, que ao recebê-lo 5 vezes disse-lhe: "Orlando, o teu trabalho é um apostolado de paz, continua a levar ao mundo às famílias cristãs a alegria".

Em 2012 que foi agraciado pela mais alta honraria do governo brasileiro, aos cidadãos que prestaram relevantes serviços à cultura brasileira. Recebeu das mãos da presidente do Brasil, Dilma Rousseff, a Grã-Cruz do Mérito Cultural, em cerimônia realizada no Palácio do Planalto, dia 05/11/2012.

Em 1968 decidiu aventurar-se na América Latina e estreou em São Paulo na Praça Princesa Isabel. Logo se apaixonou pelo Brasil e decidiu ficar, deixando na Itália um legado inestimável de tradição e cultura circense, com seus parentes que seguem até hoje com o nome Orfei.


Tivoli Park

Em 1972, inaugurou o Tivoli Park da Lagoa, que levou alegria, a uma geração, durante duas décadas. O Tivoli Park encerrou suas atividades em 17/12/1995.

Turnê Pela América Latina

Em 1985, saiu do Rio de Janeiro, num navio cargueiro da Grimaldi e foi até Manaus. De Manaus a Boa Vista, o circo subiu o Rio Solimões em barcaças, levando mais de 100 veículos e o avião de propaganda. Entrou na Venezuela por terra. Depois, Colômbia, Equador, Peru, Bolívia, Chile, Argentina, Uruguai, Paraguai e retornou ao Brasil em 1990.

Orlando Orfei continuou seu "Apostolado de Paz", seguindo as palavras do Papa João XXIII, e continuou a homenagear seu público, com as "Águas Dançantes", sua grande interpretação e considerado um dos números circenses mais lindos do mundo, agora interpretadas por seu filho Mário Orfei.

Em 2008, Orlando Orfei fez sua última apresentação antes de morrer em 2015.

Documentário "Orlando Orfei, o Homem do Circo Vivo"

No dia 24/11/2013, foi apresentado em avant-première o documentário "Orlando Orfei, o Homem do Circo Vivo", o filme que mostra a trajetória do maior domador de feras que o mundo conheceu. Comoveu a plateia, mostrando a importância de Orlando e da família Orfei para o circo mundial.

O longa metragem dá ao personagem um recorte surpreendente, mostrando um Orlando Orfei visionário e inovador na arte dos picadeiros. Produzido pela Camera2 do premiado diretor Sylas Andrade, o filme de 85 minutos está divido em duas partes: Até 1968, quando Orfei veio ao Brasil, com o Festival Mundial do Circo e os 45 anos de permanência no Brasil.

Os depoimentos de irmãos, filhos, sobrinhos e circenses que ainda mantém a tradição do circo vivo na Itália, emocionaram a todos os presentes. Apesar de Orfei ter voltado diversas vezes à terra natal durante estas quatro décadas, nota-se que laços que nunca serão quebrados.

Morte

Orlando Orfei morreu na noite de sábado, 01/08/2015, aos 95 anos, vítima de pneumonia. O artista estava internado no Hospital do Coração de Duque de Caxias (HSCOR), na Baixada Fluminense, desde o dia 16/07/2015.

Orlando Orfei deixou seis filhos, treze netos e seis bisnetos. O corpo do artista será velado na segunda-feira, 03/01/2015, a partir das 14:00 hs, no Cemitério Jardim da Saudade de Mesquita. O enterro ocorrerá na terça-feira, 04/01/2015, no mesmo cemitério.

Fonte: WikipédiaG1
Indicação: Miguel Sampaio

Pimentinha

WALTER SEYSSEL
(66 anos)
Ator e Palhaço

* Juiz de Fora, MG (16/06/1926)
+ Itu, SP (17/07/1992)

Walter Seyssel, mais conhecido pelo nome artístico Pimentinha foi um ator e palhaço brasileiro. Trabalhou ao lado de seu tio Arrelia, no programa da TV Paulista, canal 5, no ano de 1953 e depois foi para a TV Record, onde trabalhou durante vários anos.

Pimentinha foi dos tempos de ouro do circo no Brasil. Inaugurou uma época na televisão, pertenceu a uma família que durante quatro gerações, viveu sob a lona. Pimentinha contava ser sobrinho do Arrelia por parte de pai, e Arrelia que era 20 anos mais velho que ele, que lhe deu o nome de Walter.

Pode-se dizer que Pimentinha nasceu no circo e que era a quarta geração de sua família circense, que se originou na França e se espalhou por diversos países da Europa e veio para o Brasil. Nasceu em Juiz de Fora, MG, correu o Brasil e depois estabeleceu-se em Itu, SP.

A primeira apresentação ao público, de cara pintada, foi aos dois anos de idade. Foi a vez de alguém anunciar, do alto do picadeiro: "Respeitável público, aqui vem Espirro!". E ali entrou o novo palhaço fazendo as trapalhadas que o pai, Paulo Seyssel, o palhaço Aleluia do circo que ainda esta vivo, havia lhe ensinado. Dali em diante, todos os dias, ele subia no picadeiro, fazia brincadeiras e palhaçadas e depois ia dormir no colo da primeira moça que não tivesse ensaiado ou se apresentado. Ela o levava ate o camarim e entregava-o a sua mãe, Dona Leontina, que na época desafiava o trapézio.


E assim, aos poucos e quase que automaticamente, foi ensaiado. Inicialmente umas cambalhotas, mais tarde vieram o salto mortal e toda espécie de aventura.

Na vida real Espirro chamado de Valtinho ou então de Pimenta ou Pimentinha, de tão levado que era. Não aceitava apanhar de ninguém e mexia em tudo, até com os animais ferozes. Com ArreliaPimentinha começou a trabalhar desde cedo, no Circo Seyssel, que já havia sido do seu avô.

Valtinho Arrelia já trabalharam juntos até que, em 1952, os Seyssel e a população de São Paulo entraram em pânico: o circo entrou em chamas, debaixo do Viaduto Santa Efigênia. Daí então sua vida se complicou. Já casado com Amélia Rocha, mulher circense, aramista, comediante e cantora, um filho e outro para nascer, Pimentinha teve que se virar.

Com PiolimArrelia, foi para a TV Paulista, canal 5. No ano seguinte, em 1953, Arrelia começou a trabalhar na TV Record, onde numa sala pequena, montou seu circo. E ali, entrou também o mestre do riso Pimentinha.

Trabalhou até o ano de 1976, desenvolvendo diversas atividades na TV, onde fez papéis dramáticos e dublagens, marcando presença com facilidade em interpretar sotaques de diversas línguas, principalmente a chinesa. De 1976 a 1980, ele atuou em programas infantis da TV Cultura, contracenando com Torresmo.

Em 1980, mudou-se para Itu, interior paulista, onde veio a falecer em 17/07/1992, aos 66 anos de idade.


Caracterização do Palhaço Pimentinha

Um estilo bastante sofisticado, considerando um cômico "clown" de perfil clássico para o mundo do circo, usava um cone na cabeça, uma camisa amarela (estilo convencional), vestia calça com suspensório. A sua maquiagem revelava o quanto este mestre entendia a arte de fazer rir e os seus traços do rosto revelavam a tradição dos "clowns" clássicos europeus.

Cinema
  • 1975 - O Trapalhão na Ilha do Tesouro


Torresmo

BRASIL JOSÉ CARLOS QUEIROLO
(78 anos)
Ator e Palhaço

* Espírito Santo do Pinhal, SP (04/04/1918)
+ São Paulo, SP (19/08/1996)


Torresmo nasceu no circo de seus pais e tios, o Circo Irmãos Queirolo, que excursionava pelo interior de São Paulo. Seu pai, José Carlos Queirolo (conhecido como palhaço Chicharrão — do espanhol Chicharrón, "torresmo") era uruguaio, e sua mãe, Graciana Cassano Queirolo, atriz, era argentina.

Na infância, era chamado de Chicharrãozinho. Estudou no Colégio Caetano de Campos e no Colégio Ipiranga. Viajou com o circo por todo o Brasil e em alguns outros países.

Foi também cantor de tangos e tocava saxofone e violino.

Estréia no Circo

Em 1943, a família se mudou para o Rio de Janeiro, e Torresmo foi trabalhar no Teatro Recreio, a convite de Jardel Jercolis. No ano seguinte, voltou a São Paulo e, em Ibirarema, se casou com Otília Piedade, com quem viveria por toda a vida. Desse casamento, vieram os filhos Gladismary e Brasil José Carlos, o futuro palhaço Pururuca. Nesse período, até 1949, trabalhou em rádios de Adamantina e Lucélia.

Depois, foi trabalhar no Circo Alcebíades, do pai do amigo Fuzarca, com quem fez dupla cômica e se apresentava antes da dupla principal: os palhaços Piolim e Arrelia.

A família Queirolo faria outros palhaços, como Chic-Chic, Otelo Queirolo e seus filhos.

Finalmente, a Televisão

Em 1950, Torresmo passou a morar no bairro do Mandaqui, na cidade de São Paulo. Era a época do início da televisão no Brasil, e Torresmo acreditou em seu sucesso. Apresentou-se no programa de Luiz Gonzaga, no Cine-Teatro Odeon, e seu talento foi reconhecido por um produtor da TV Tupi, Humberto Simões, na época famoso como ventríloco, que o levou ao diretor Cassiano Gabus Mendes.

Sua estréia na televisão foi no Dia das Crianças (12 de outubro) de 1950. Desde então, não saiu mais da TV, e trabalhou em programas infantis de todos as emissoras da época, incluindo Zás Trás na TV Paulista, apresentado por Márcia Cardeal. Trabalhou em outros programas: Calouros Mepacolan, Gurilândia, Recreio do Torresmo na TV Cultura, Torresmolândia na TV Excelsior, Tic-Tac e Pururuca na TV Bandeirantes, Gincana Kibon na TV Record e muitos outros, até 1964.

Em 1964, morreu seu parceiro, Albano (Fuzarca), e ele passou a se apresentar com seu filho Pururuca, então com apenas 15 anos.

O programa O Grande Circo, com Pururuca e mais os palhaços Chupeta, Chupetinha, Pimentinha e outros, ficou no ar de 1973 a 1982, na TV Bandeirantes, levando o mundo circense à televisão.

Em 1983, retirou-se para tratamento de saúde em Mairiporã, e Pururuca passou a cuidar de seu restaurante, na Serra da Cantareira.

Em 1987, Torresmo voltou à TV e passou a apresentar o Programa Bombril, ainda da TV Bandeirantes.

Torresmo trabalhou na televisão durante 30 anos, período em que gravou 80 discos infantis.

Seu bordão favorito era:

- Assim eu não aguento! (e a criançada respondia: - Agueeeeeentaaaaa!)

Reconhecimento

Torresmo foi condecorado com a Medalha Anchieta e recebeu um Diploma de Gratidão da Cidade de São Paulo, conferido pela câmara dos vereadores.

Em 1982, recebeu o título de Pinhalense Emérito da câmara municipal de Espírito Santo do Pinhal.

A TV Bandeirantes lhe daria o Troféu Bandeirantes.

Filmografia

  • 1981 - Partidas Dobradas
  • 1979 - O Todo-Poderoso
  • 1954 - Falcão Negro
  • As Aventuras de Berloque Kolmes
  • TV de Vanguarda


Fonte: Wikipédia

Colé Santana

PETRÔNIO ROSA SANTANA
(82 anos)
Ator, Produtor, Diretor, Humorista e Artista Circense

☼ Cruzeiro, SP (01/12/1919)
┼ Rio de Janeiro, RJ (29/08/2000)

Petrônio Rosa Santana, mais conhecido por Colé Santana, foi um ator, produtor, diretor teatral, humorista e artista circense brasileiro nascido em Cruzeiro, SP, no dia 01/12/1919.

De família circense, Colé Santana se destacou como ator cômico no teatro de revista dos anos 40 e 50.

Estreou no circo aos 12 anos, como ajudante de palhaço, com a função de distrair a platéia enquanto os cenários eram trocados: sua falta de graça lhe rendeu o apelido de Picolé. No picadeiro, trabalhou também como acrobata e adestrador de elefantes.

Estreou no teatro no fim dos anos 30, na Companhia Típica Brasil, na qual ficou até 1940, quando entrou para a Companhia de Carambola e assumiu o pseudônimo de Santana Júnior.

Em 1941 assinou contrato com Jardel Jércolis e estreou em sua companhia na revista "Filhas de Eva", de Jardel Jércolis e Custódio Mesquita. Nesse conjunto, viajou pelo Brasil e adotou o nome artístico de Colé. Ao voltar para o Rio de Janeiro, em 1942, teve seu primeiro sucesso cômico na revista "Hoje Tem Marmelada", de Jardel Jércolis e Luiz Peixoto.

No Teatro de Revista o ator se consagrou com o tipo malandro e mulherengo que o levou para o rádio e o cinema. Em seguida foi contratado pelo empresário Chianca de Garcia e atuou ao lado de Dercy Gonçalves, Grande Otelo e Virgínia Lane em espetáculos como "O Rei do Samba" (1947), de Chianca de Garcia e Joaquim Maia, e "Um Milhão de Mulheres", de J. Maia e Humberto Cunha, que foi reencenado durante três anos, ambos com direção de Olavo de Barros.

Na década de 50, orientado por Procópio Ferreira, montou companhia própria. Um de seus maiores êxitos, sempre no gênero da revista, é "Gente Bem e Champanhota" (1955), de J. Rui, Humberto Cunha e Colé, sátira ligeira à elite social da época.

Nos anos 60 e 70, Colé Santana voltou sua carreira para a televisão, onde participou de programas humorísticos.

Colé Santana tem representativa participação em cinema, tendo atuado em "O Cortiço" (1945), adaptação de Luiz de Barros para o romance de Aluísio de Azevedo, a primeira chanchada "Segura Esta Mulher" (1946), direção de Watson Macedo, "Estou Aí" (1948), direção de Cajado Filho, "O Falso Detetive" (1951), direção de Cajado Filho, "Mulher de Verdade" (1954), direção de Alberto Cavalcanti, "O Gigante da América" (1978), de Júlio Bressane, "Tabu" (1983), em que faz o papel de Oswald de Andrade, "Brás Cubas" (1985), "Lili, a Estrela do Crime" (1988), direção de Lui Farias, "Escorpião Escarlate" (1991), direção de Ivan Cardoso.

Colé Santana era tio de Dedé Santana.

Colé Santana faleceu no dia 29/08/2000, no Rio de Janeiro, RJ, aos 82 anos, vítima de falência múltipla dos órgãos.

Piolim

ABELARDO PINTO
(76 anos)
Palhaço

* Ribeirão Preto, SP (27/03/1897)
+ São Paulo, SP (04/09/1973)

Seu pai Galdino Pinto, circense brasileiro, nasceu no interior do estado de São Paulo, de pais fazendeiros. Estudou na cidade de Rezende no Rio de Janeiro, e foi nesta cidade, durante um espetáculo circense que assistiu, que se apaixonou por uma atriz. O resultado é que acabou por ir embora com o circo, tornando-se mais tarde ele próprio um homem de circo. Tornou-se proprietário do Circo Americano, onde teve início sua dinastia.

A dinastia Galdino Pinto tem como seu membro mais ilustre seu filho Abelardo Pinto, o famoso Palhaço Piolim. Nasceu em Ribeirão Preto, no estado de São Paulo em 27 de março de 1897.

Abelardo Pinto viveu sua infância dentro do circo, envolvido nas mais diferentes atividades. Seu treinamento teve início desde muito cedo, e aprendeu as modalidades de ciclista, saltador, casaca de ferro, acrobata e contorcionista, tendo se destacado nesta última enquanto criança. Aos oitos anos de idade apresentava-se no circo de seu pai como "o menor contorcionista do mundo". Mesmo obtendo sucesso, o menino Abelardo não gostava de suas exibições, como revela mais tarde em seu depoimento ao Museu da Imagem e do Som: "Com oito anos fazia um contorcionismo primário, que só criança pode fazer".

Em entrevista dada ao Jornal Folha de São Paulo em 1957, diz:

"Não fui como os outros meninos, que entravam no circo por baixo do pano. Nasci dentro dele e levava uma vida que causava inveja aos outros garotos. Eu, do meu lado, tinha inveja deles. Eles tinham uma casa, tinham seus brinquedos comuns e podiam ir diariamente à escola. Eu começava a freqüentar um colégio e o circo se transferia. Lá ficava eu sem escola".

Revela ainda ao mesmo jornal que seu sonho era ser engenheiro, queria construir casas, pontes, estradas e castelos. Construiu apenas castelos de sonhos de muita gente. "Sou, de qualquer maneira, um engenheiro e estou feliz com isso".

O circo Americano estava sem seu principal numero: o palhaço havia ido embora. Então. O Sr. Galdino Pinto foi a São Paulo com o intuito de tentar conseguir um substituto. O filho Abelardo, diante dessa situação, resolveu assumir a profissão de palhaço e sobre essa decisão revela mais tarde – "Pensei: se ele fez, eu também posso fazer palhaçadas".

A partir deste momento, o Circo Americano adquire um artista que seria, mais tarde, aclamado como "O Imperador do Riso".

O "Palhaço Piolim" – apelido dado por uns artistas espanhóis que, ao verem o pequeno trabalhador Abelardo, diziam que ele parecia um "piolim" (barbante muito fino) – surgiu em 1918. Uma outra versão da história, contada pelo Jornal Folha de São Paulo, diz que o apelido foi devido a um favor que Abelardo fez ao um cômico e músico violinista espanhol que se apresentou com ele em um espetáculo beneficente da Cruz Vermelha: a corda do violino do espanhol quebrou-se em cena e Abelardo correu para o camarim e trocou a corda quebrada, substituindo-a por uma de seu próprio violino.

O dia de seu nascimento foi escolhido para a data comemorativa do Dia do Circo no Brasil. Foi pai da atriz Ana Ariel, falecida em 2004.

Fonte: http://www.iar.unicamp.br/docentes/luizmonteiro/piolim.htm e Wikipédia

Arrelia

WALDEMAR SEYSSEL
(99 anos)
Palhaço, Humorista e Ator

* Jaguariaíva, PR (31/12/1905)
+ Rio de Janeiro, RJ (23/05/2005)

O palhaço Arrelia tornou-se um mito das crianças paulistanas. As matinês do circo e posteriormente o "Cirquinho do Arrelia" da TV Record (de 1955 a 1966) fizeram parte do cotidiano da família paulistana. Ele deixou como marca registrada nessa cidade o popular refrão:

Como vai, como vai, como vai? Eu vou bem, muito bem... bem... bem!

Waldemar Seyssel, o famoso palhaço Arrelia, veio de uma família que se confunde com a história do circo no Brasil. Ele começou a atuar com seis meses de idade, no circo chileno de seu tio, irmão de sua mãe.

Sua família começou a se dedicar ao circo a partir do avô paterno – Julio Seyssel, que nasceu e vivia na França. Era professor da Sorbonne, quando conheceu uma jovem espanhola, artista de um circo que excursionava pelo o país. Fazia acrobacias em cima do cavalo e Júlio apaixonou-se por ela.

Sua família não queria o casamento, mas os dois resolveram se casar mesmo assim. Júlio deixou o cargo de professor e foi morar no circo. Tornou-se apresentador de números circenses. O casal acabou vindo para o Brasil com o Grande Circo inglês dos Irmãos Charles e ao invés de prosseguir com a excursão para outros paises, ficou por aqui mesmo, dando origem a uma linguagem circense: filhos e netos, dedicados a arte circense. Arrelia tem mais cinco irmãos que foram do circo. O palhaço Pimentinha, Walter Seyssel é filho de Paulo Seyssel, o palhaço Aleluia, irmão de Arrelia.

Depois de longos anos de trabalho dentro do circo, ele resolveu trocar o picadeiro pela televisão. Foi o primeiro da sua família a abandonar o circo pois falava que o circo não dava dinheiro suficiente para viver. Em 1958, foi a vez de seus irmãos entrarem na TV e foram trabalhar com ele na TV Record.

Waldemar Seyssel começou em circo, saltando, passando depois pelo trapézio, pela cama elástica e em outras acrobacias, com seus dois irmãos, Henrique e Paulo. Mas quando o pai cansado deixou o circo, substituiu o nome artístico, usando o apelido de família que seu tio Henrique lhe dera: Arrelia. Seu primeiro parceiro foi o ator Feliz Batista, que fazia o palhaço de cara branca, vindo depois o irmão Henrique Sobrinho e finalmente, quando deixou o circo, em 1953, pela televisão, outro parceiro foi o palhaço Pimentinha, seu sobrinho.

Caracterização do Palhaço Arrelia

Ele próprio diz ser um palhaço bem diferente. Alto e desengonçado, quando todos os palhaços excêntricos são baixos, sem sapatos de bicos imensos e finos e sem bengalas compridas, falando difícil sem saber e errando sempre. Enfim, é um tipo de rua.

"Um misto de gente que encontrei no circo, teatro, cinema, TV e na própria rua. Um tipo que vai indo aos trambolhões, mas vai indo, mesmo sem instrução e metido a sebo", fala Arrelia.

Ele acredita muito no estudo acurado do personagem, que vai representar e o sucesso depende muito disso, e por isso mesmo acha que a escola de circo será um sucesso pleno. "A forma com que as crianças me procuram, prova não só o interesse que elas têm pelo palhaço Arrelia, mas também o interesse que elas têm pelo espetáculo circense em geral".

Definindo-se como palhaço fora de órbita, Arrelia cita grandes nomes da sua arte: Eduardo Neves, Benjamim de Oliveira, Polidoro, Caetano Namba, Serrano, Alcebíades e Henrique Seyssel, seu irmão e parceiro.

O palhaço Arrelia, morreu por volta das 5 horas do dia 23/05/2005 (Segunda-feira), aos 99 anos, na clínica Santa Bárbara, em Botafogo, zona sul do Rio, a sete meses da comemoração de seu centenário. Ele foi internado na última sexta-feira com febre alta e estava inconsciente. Os médicos diagnosticaram Pneumonia e Falência Múltipla dos Órgãos.

Arrelia será enterrado nesta terça-feira, às 14 horas, em São Paulo, cidade em que viveu a maior parte de sua vida e que o fez famoso em todo o País.

A advogada Ana Cristina de Arruda Botelho, uma das dez netas de Arrelia (ele tinha quatro filhos e oito bisnetos), contou que o avô pediu para ser sepultado na capital paulista, no jazigo da família, no cemitério da Paz, no Morumbi. Arrelia morava havia oito anos no bairro carioca do Recreio dos Bandeirantes, na zona oeste, com a mulher, Arlete Seyssel, de 89 anos, e uma das filhas, Haydeé Botelho, de 66.

Fonte: Wikipédia e http://retira.net/rv12/n1206.htm


Carequinha

GEORGE SAVALLA GOMES
(90 anos)
Palhaço

* Rio Bonito, RJ (18/07/1915)
+ São Gonçalo, RJ (05/04/2006)

George Savalla Gomes nasceu numa família circense, na cidade de Rio Bonito, interior do estado do Rio de Janeiro. Seus pais eram os trapezistas Lázaro GomesElisa Savalla. George literalmente nasceu no circo, pois sua mãe grávida estava fazendo performance de trapézio quando entrou em trabalho de parto em pleno picadeiro. Deu início à sua carreira como palhaço Carequinha aos cinco anos de idade, no circo de sua família, quando este estava em apresentação em Carangola, cidade do interior do estado de Minas Gerais. Aos doze era palhaço oficial do Circo Ocidental, pertencente ao seu padrasto.

Em 1938, estreou como cantor na Rádio Mayrink Veiga no Rio de Janeiro, no programa "Picolino".

Já na televisão brasileira teve como marco o fato de ter sido o primeiro palhaço a ter um programa, o "Circo Bombril", posteriormente rebatizado "Circo do Carequinha", programa que comandou por 16 anos na TV Tupi nas décadas de 1950 e 1960.

Ainda nos anos 1960, num dia de domingo, Carequinha fez um programa na TV Piratini de Porto Alegre. O produtor do programa o abordou dizendo: "Os gaúchos conhecem o Carequinha devido ao programa do Rio de Janeiro transmitido em rede. Mas eles querem você ao vivo aqui no Rio Grande do Sul. Queremos fazer seus programas todos os domingos".


Carequinha, então, entrou em contato com um empresário chamado Nelson e depois do encerramento de cada programa dominical, às 16:00 hs, saía para as mais diversas cidades gaúchas, como Caxias do Sul, São Leopoldo, Uruguaiana e até Rivera (Uruguai), para apresentar o seu circo até terça- feira, quando retornava para o Rio de Janeiro, a realizar o seu programa na TV Tupi, nas quintas-feiras. Aos sábados, apresentava o seu circo na "TV Curitiba".

Assim, era comum no final do programa anúncios como "Alô garotada de Uruguaiana, Carequinha e o seu circo estarão aí…". O palhaço e a sua troupe, Fred, Zumbi, Meio Quilo e Cia., costumavam se hospedar em Porto Alegre no antigo Hotel Majestic, hoje a Casa de Cultura Mario Quintana. O vendedor e representante da Copacabana Discos, gravadora do Carequinha, em Porto Alegre, o Jajá, Jairo Juliano, foi convidado por Carequinha a ser o apresentador do seu programa nessa época.

Carequinha também apresentou o seu circo na TV Gaúcha, que foi o embrião da Rede Brasil Sul de Comunicações (RBS) e finalmente, na TV Difusora (pioneira na transmissão ao vivo de um evento nacional em cores: A Festa da Uva, 1972) anunciando os desenhos animados da garotada, além de apresentar nas tardes de sábado o programa americano "O Circo".

Vale destacar que Carequinha, participante do início da TV Tupi - Rio, também estava no estágio final da citada televisão com o programa local, "O Circo do Carequinha".


Em 1976 o cineasta Roberto Machado Junior fez um documentário sobre Carequinha que teve o próprio palhaço como autor do roteiro.

Nos anos 1980, apresentou um programa infantil chamado "Circo Alegre", na extinta TV Manchete. O "Circo Alegre" tinha a assistência da ajudante Paulinha e das professoras da Escola de Dança Sininho de Ouro, de Niterói (RJ).

Na TV Manchete, ele gravava um programa de oito horas por dia para uma semana inteira e a empresária Marlene Mattos era a sua assessora. Após dois anos e meio de "Circo Alegre", com a saída de Carequinha, as características fundamentais do seu programa foram incorporados pelo de Xuxa, O Clube da Criança.

"Eu inventei essas brincadeiras com crianças, tão comuns hoje nos programas infantis. Eu as pegava para dar cambalhota, rodar bambolê, calçar sapatos, vestir paletó primeiro, brincadeiras com maçã e furar bolas", conta Carequinha.

Na TV Globo, participou do programa "Escolinha do Professor Raimundo" e da novela "As Três Marias".

Seu último trabalho na televisão foi na Rede Globo, com uma participação na minissérie "Hoje É Dia De Maria" em 2005.

Atuação

Carequinha agitava a criançada com seu bordão "Tá certo ou não tá?". Por várias gerações levou alegria a milhões de espectadores. Ainda ativo, no alto dos seus noventa anos, continuava alegrando e educando com suas músicas. Natural da cidade de Rio Bonito, Rio de Janeiro, residia na cidade de São Gonçalo, também no estado do Rio de Janeiro. Iniciou sua carreira com cinco anos de idade e atuou em diversos circos nacionais e internacionais.

Carequinha foi o primeiro artista circense a fazer sucesso na televisão, sendo pioneiro, no Brasil, no formato de programas infantis de auditório que até hoje fazem sucesso. Gravou 26 discos, fez filmes e colocou sua marca em diversos produtos infantis.

Seu vasto repertório musical, quase integralmente formado por cantigas de roda, constitui hoje, clássicos da música infanto-juvenil, folclórica e carnavalesca. Dentre elas, destacam-se "Sapo Cururu", "Marcha Soldado", "Escravos de Jó", "Samba Lelê" e dezenas de outros.

O palhaço Carequinha é considerado por muitos como um patrimônio da cultura brasileira. Suas músicas estiveram sempre entre os maiores sucessos muito no carnaval, como "Garota Travessa", "Carnaval JK", "O Bom Menino" e tantas outras.

Carequinha atravessou várias gerações como ídolo infantil. Apresentou-se para vários presidentes, como Getúlio Vargas, Juscelino Kubitschek, João Goulart, passando pelos generais do regime militar e recebendo condecoração do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

A Morte

Aos noventa anos, o artista morreu em sua casa em São Gonçalo, no estado do Rio de Janeiro. Durante a madrugada, ele queixou-se de falta de ar e dores no peito, e morreu antes de receber atendimento médico. Foi enterrado no dia seguinte, no Cemitério de São Miguel, na mesma cidade. Seu terno colorido, com o qual sempre se apresentava em seus espetáculos, foi também posto no caixão e assim enterrado juntamente com o corpo do artista. O local tem grande valor simbólico, neste cemitério estão a maior parte das 400 vítimas de um incidente de um circo ocorrido em 1961, na cidade de Niterói - o incêndio no Gran Circus Norte Americano.

Durante anos, o artista expressou publicamente (em entrevistas para jornais e para a televisão) sua intenção de ser enterrado com a cara pintada - segundo ele, para "alegrar os mortos". Seu desejo não foi atendido pela família, que exigiu que ele fosse enterrado com a cara limpa. No entanto, permitiram que ele fosse sepultado vestindo uma roupa de palhaço.

Fonte: Wikipédia
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Valentino Guzzo

VALENTINO GUZZO
(62 anos)
Ator, Produtor de TV, Cantor, Compositor, Humorista e Palhaço

☼ São Paulo, SP (26/03/1936)
┼ São Paulo, SP (08/12/1998)

Valentino Guzzo foi um ator, produtor de televisão, cantor, compositor e humorista nascido em São Paulo, SP, no dia 26/03/1937.

Valentino começou a carreira no cinema em um pequeno papel no filme "Absolutamente Certo" (1957), dirigido por Anselmo Duarte. Ainda no cinema fez "Uma Certa Lucrécia" (1957), "O Mistério do Taurus" (1965) e "Ninguém Segura Essas Mulheres" (1976).

Para chegar a TV, trabalhou como contra-regra e maquinista até se tornar produtor e diretor. Passou por quase todas emissoras brasileiras, como TV Tupi, TV Paulista, TV Excelsior, SBT e TV Record.

Na TV estreou na série "Vigilante Rodoviário" e depois fez alguns programas humorísticos, até virar diretor e produtor.

Valentino produziu vários programas na TVS e depois no SBT, entre eles o "Ratinho Livre" e o "Show de Calouros" apresentado pelo próprio Sílvio Santos.

Valentino tornou-se nacionalmente famoso ao interpretar a personagem Vovó Mafalda, no extinto "Programa do Bozo", exibido pelo SBT na década de 80. Depois disso, apresentou os programas  "Dó Ré Mi", "Sessão Desenho" e "Sessão Desenho no Sítio da Vovó".

Produziu os programas de Bibi Ferreira, Silvio Santos, Chacrinha, Flávio Cavalcanti, Raul Gil, Bolinha e Ratinho.

Morte

Valentino Guzzo faleceu na terça-feira, 08/12/1998, aos 62 anos, em São Paulo, SP, vítima de um ataque cardíaco.

Valentino era casado com Cleuza Guzzo, pai da cantora Beth Guzzo e da produtora de TV Vanessa Guzzo.

Fonte:  Wikipédia
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Oscarito

OSCAR LORENZO JACINTO DE LA IMACULADA CONCEPCIÓN TERESA DIAZ
(63 anos)
Ator, Humorista e Artista Circense

* Málaga, Espanha (16/08/1906)
+ Rio de Janeiro, RJ (04/08/1970)

Oscarito nasceu na Espanha. Poderia ser marroquino se viesse ao mundo dois diante antes - a família era de circo e estava em excursão no norte da África - mas se considerava brasileiro. "Vim para cá com um ano de idade e sofri mais do que sovaco de aleijado. Podia ter nascido na China ou no pólo norte, mas sou brasileiro puro na batata", disse ele, ao conseguir naturalizar-se brasileiro, em 1949. O pai era alemão e a mãe portuguesa. Tinha tios franceses, ingleses, espanhóis, italianos e dinamarqueses, com uma tradição de 400 anos de picadeiro.

Oscarito debutou aos cinco anos no circo, vestido de índio numa adaptação de "O Guarani", de José de Alencar. Exímio violinista, chegou a tocar em salas de projeção na época do cinema mudo, foi palhaço, trapezista, acrobata e até Poncio Pilatos na semana santa. Como galã, protegeu castas meninas de condes malvados em dramalhões sob a lona que faziam a platéia arfar o peito num tempo em que não havia novela de televisão.

Em 1932, Alfredo Breda, barbeiro de profissão e teatrólogo da Praça Tiradentes, no Rio de Janeiro, convidou-o a satirizar o presidente Getúlio Vargas em "Calma, Gegê".

Era a época do teatro rebolado em que a sátira política era combinada com as exuberantes pernas das vedetes. A mistura era infalível. Desde a estréia no cinema, em "Noites Cariocas" (1935), Oscarito ligou-se ao parceiro inseparável Grande Otelo, com quem faria dupla em 34 chanchadas do estúdio da Atlântida Cinematográfica entre 1944 e 1962.



Oscarito era um gênio da comédia e conhecia a mecânica do riso. Certa vez, pediu ao diretor Carlos Manga que alterasse a montagem de um filme. Entre uma piada e outra, para dar tempo ao público de recuperar-se, havia seis closes do rosto de figurantes. Oscarito achou pouco e pediu nove closes. Era o intervalo exato, constatou Carlos Manga quando o filme estreou.

Nos anos 50, fazia três filmes por ano, incluindo gozações com sucessos de Hollywood, como, "Matar ou Correr", de Carlos Manga, paródia do bangue-bangue "Matar ou Morrer", de Fred Zinnemann.

"Colégio de Brotos" (1956) foi visto por 250 mil espectadores na primeira semana de exibição. "Esse homem é minha mina de ouro", dizia o dono da Atlântida Cinematográfica, Luiz Severiano Ribeiro.

Após vê-lo imitando Rita Hayworth no clássico papel de Gilda, o humorista americano Bob Hope convidou Oscarito para filmar nos Estados Unidos, mas ele recusou - com medo do fracasso.


"Não se dava conta da importância que tinha. Vivia com cinco contos de réis mensais, salário modestíssimo para a estrela que era. Eu próprio ganhei três contos de réis por Carnaval no Fogo, de 1949, e não deu para viver um mês", relata o ator José Lewgoy.

"Temente a Deus e ao imposto de renda", como dizia, não bebia e só passou a fumar após os 40 anos. Pegou o vício ao representar um fumante inveterado.

Casado com Margot Louro, de belíssimos olhos azuis e também de família circense, teve dois filhos.

Na manhã de 15/07/1970, após abandonar a carreira artística, enquanto a família arrumava as malas para passar um fim de semana no sítio em Ibicuí, Rio de Janeiro, Oscarito tentou repetir na sala os passos de malandro que o haviam consagrado. Terminavam sempre com um pulinho com os dois pés para trás.

"Acho que estou ficando velho e gordo", disse à mulher. Minutos depois, as pernas começaram a formigar e endurecer, antes de ele desmaiar. Um Derrame Cerebral o deixou em coma.

Ao pressentir o ocaso, ele havia decidido refugiar-se no sítio.

"Qualquer dia eles vão me demolir como um prédio velho. Vou cuidar das galinhas e dos repolhos". Mas não perdeu a chance de fazer piada: "Como sabem, repolho é uma rosa que engordou e ficou verde de raiva".

Morte

Na manhã de 15/07/1970, sentiu-se mal, devido a um Acidente Vascular Cerebral (AVC), e foi internado, já em coma, vindo a falecer no dia 04/08/1970.

Seu corpo foi velado no salão nobre da Assembleia Legislativa da Guanabara, com a presença de mais de duas mil pessoas. O sepultamento levou cerca de quinhentas pessoas ao Cemitério São João Batista.


Trabalhos
  • 1975 - Assim era a Atlântida
  • 1968 - Jovens Para Frente
  • 1967 - A Espiã Que Entrou em Fria
  • 1965 - Crônica da Cidade Amada
  • 1962 - Os Apavorados
  • 1962 - Entre Mulheres e Espiões
  • 1960 - Dois Ladrões
  • 1960 - Duas Histórias
  • 1959 - O Cupim
  • 1959 - Pintando o Sete
  • 1959 - O Homem do Sputnik
  • 1958 - Esse Milhão é Meu
  • 1957 - De Vento em Popa
  • 1957 - Treze Cadeiras
  • 1956 - Vamos com Calma
  • 1956 - Colégio de Brotos
  • 1956 - Papai Fanfarrão
  • 1955 - O Golpe
  • 1955 - Guerra ao Samba
  • 1954 - Matar ou Correr
  • 1954 - Nem Sansão nem Dalila
  • 1953 - Dupla do Barulho
  • 1952 - Três Vagabundos
  • 1952 - Carnaval Atlântida
  • 1952 - Barnabé, Tu És Meu
  • 1951 - Aí Vem o Barão
  • 1950 - Aviso Aos Navegantes
  • 1949 - Carnaval no Fogo
  • 1949 - Caçula do Barulho
  • 1948 - É Com Este Que Eu Vou
  • 1948 - Falta Alguém no Manicômio
  • 1948 - E o Mundo se Diverte
  • 1947 - Asas do Brasil
  • 1947 - Este Mundo é um Pandeiro
  • 1946 - Fantasma Por Acaso
  • 1945 - Não Adianta Chorar
  • 1944 - Gente Honesta
  • 1944 - Tristezas Não Pagam Dívidas
  • 1941 - O Dia é Nosso
  • 1941 - Vinte e Quatro Horas de Sonho
  • 1940 - Céu Azul
  • 1938 - Banana da Terra
  • 1938 - Bombonzinho
  • 1938 - Está Tudo Aí!
  • 1936 - Alô, Alô Carnaval
  • 1935 - Noites Cariocas
  • 1933 - A Voz do Carnaval

Fonte: Wikipédia
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