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Carlos Manga

JOSÉ CARLOS ARANHA MANGA
(87 anos)
Montador, Roteirista e Diretor de Cinema e TV

☼ Rio de Janeiro, RJ (06/01/1928)
┼ Rio de Janeiro, RJ (17/09/2015)

José Carlos Aranha Manga foi um montador, roteirista e diretor de cinema e televisão brasileiro. Carlos Manga inovou a comédia e a sátira no cinema brasileiro. Filho do advogado Américo Rodrigues Manga e de Maria Isabel AranhaJosé Carlos Aranha Manga nasceu em 06/01/1928, no Rio de Janeiro.

Começou a trabalhar como bancário, porém sua paixão pelo cinema. Essa paixão o levou para a Atlântida Cinematográfica, através do ator Cyll Farney que integrava o primeiro time da companhia. Na ocasião, foi contratado pela Atlântida, para trabalhar no setor de almoxarifado, e abandonou o curso de direito no segundo ano. Mas aos poucos foi aprendendo o ofício e galgando posições. De contra-regra, passou a assistente de montagem e de direção. Por volta de 1951, atuou como diretor musical em filmes da Atlântida, o que o qualificou para a sua primeira empreitada como diretor.

Seu nome artístico, Carlos Manga, foi sugerido pelo então presidente da companhia, Luiz Severiano Ribeiro Júnior.

Junto com Watson Macedo, foi um dos principais diretores do período de ouro, os anos 50, da Atlântida, onde esteve à frente de clássicos da chanchada como "Nem Sansão Nem Dalila" (1954), "Matar Ou Correr" (1954) e "O Homem do Sputnik" (1959). Fez sua estreia, inclusive, em um filme produzido em 1952 pela antiga companhia, e dirigido por José Carlos Burle, "Carnaval Atlântida" (1952). Na época, foi responsável por dirigir os números musicais.

Ao todo, Carlos Manga dirigiu 32 filmes. O primeiro deles, ainda na Atlântida, foi "A Dupla Do Barulho", em 1953. No elenco, além de Oscarito e Grande Otelo, os grandes astros da época, nomes como Wilson Grey, Fregolente, entre outros.

Do Cinema Para a Televisão

Começou a trabalhar na televisão no início dos anos 1960, a convite de Chico Anysio, na antiga TV Rio. Estreou dirigindo o programa "O Riso é o Limite", depois passou por "Noites Cariocas", "Agora é Que São Elas", entre muitos outros. Ainda naquela emissora, foi o responsável, junto com o técnico Marcelo Barbosa, pela primeira edição em videotape da televisão brasileira, feita para o humorístico "Chico City", em 1961. Ainda no início da década de 1960, começou a trabalhar também com publicidade, atividade que desempenharia ao longo de toda a sua carreira no cinema e na televisão.

Contratado pela TV Excelsior, onde chegaria a ser o diretor geral, dirigiu programas importantes, como o musical "Times Square", "Vovô Deville", "A Cidade Se Diverte", "Dois No Balança", "My Fair Lady", entre outros.

Carlos Manga trabalhou também na TV Record de São Paulo, no final da década de 1960, ao lado de profissionais renomados como o produtor Nilton Travesso, o editor Paulo de Carvalho, o escritor Manoel Carlos e o humorista Jô Soares. Ainda na TV Record, criou programas como "Preto No Branco" e "Quem Tem Medo da Verdade?", além de participar das edições do Prêmio Roquette Pinto, sobretudo a de 1968, quando se apresentou imitando o cantor norte-americano Al Johnson, devidamente caracterizado.

No início dos anos 1970, Carlos Manga morou na Itália, onde conheceu a Cinecittá e trabalhou com seu grande ídolo, o diretor de cinema Federico Fellini. De volta ao Brasil, em 1974, escreveu, produziu e dirigiu o longa-metragem "O Marginal", estrelado por Darlene Glória e Tarcísio Meira, inspirado nos métodos de direção aprendidos com Federico Fellini. Em seguida, ainda em 1974, Carlos Manga escreveu e dirigiu "Assim Era Atlântida", em que contou com a assistência de direção de um iniciante promissor, Silvio de Abreu.

Em 1980, também convidado por Chico Anysio, foi contratado pela TV Globo, onde dirigiu a segunda versão do humorístico "Chico City". Ainda na linha de humor da emissora, Carlos Manga dirigiu também "Os Trapalhões", na fase de maior sucesso do programa. Seu último trabalho no cinema seria ao lado deles, no filme "Os Trapalhões e o Rei do Futebol" (1986), que contou com a participação especial de Édson Arantes do Nascimento, o Pelé.

Minisséries: Grandes Produções

Na década de 1990, já como diretor artístico de minisséries da TV Globo, Carlos Manga foi responsável por grandes produções da teledramaturgia brasileira, como "Agosto" (1993), "Memorial De Maria Moura" (1994), protagonizada por Glória Pires, e "Engraçadinha... Seus Amores e Seus Pecados" (1995), adaptação da obra clássica de Nelson Rodrigues, com Cláudia Raia no papel principal.

Carlos Manga dirigiu ainda "A Madona De Cedro" (1994), adaptada por Walther Negrão a partir do romance homônimo de Antônio Callado, "Incidente em Antares" (1994), baseada na obra de Érico Verissimo, e "Decadência" (1995), de Dias Gomes.

Além das minisséries, Carlos Manga tornou-se diretor de núcleo e foi responsável pela produção de duas novelas na TV Globo. A primeira foi o remake de "Anjo Mau" (1997), escrita originalmente por Cassiano Gabus Mendes em 1976 e adaptada por Maria Adelaide Amaral, com a atriz Glória Pires no papel da vilã Nice. A segunda novela foi "Torre de Babel" (1998), de Sílvio de Abreu, que teve no elenco grandes astros e estrelas da emissora, como Tarcísio Meira, Glória Menezes, Edson Celulari, Cláudia Raia, Tony Ramos, entre outros.

No final dos anos 1990, após a experiência com a teledramaturgia e o êxito que suas obras obtiveram, Carlos Manga voltou a trabalhar com a linha de shows, na qual iniciara sua carreira, cerca de quarenta anos antes. Nessa linha, dirigiu desde programas de auditório, como o "Domingão do Faustão" (1989), seriados, como "Sandy & Junior" (1999) e "Sítio do Pica-Pau Amarelo" (2001).

Carlos Manga iniciou os anos 2000 trabalhando como diretor artístico do "Zorra Total" (1999), que reúne diversos humoristas da emissora. Em 2004, voltou a trabalhar como diretor artístico em uma minissérie da TV Globo.

Em "Um Só Coração" (2004), de Maria Adelaide Amaral e Alcides Nogueira, o diretor esteve à frente de um grande elenco, estrelado por Ana Paula Arósio, Edson Celulari, entre muitos outros. A minissérie foi produzida em comemoração aos 450 anos da cidade de São Paulo.

Aos 50 anos de carreira, o diretor foi homenageado e fez uma participação especial, no papel de si mesmo, na novela "Belíssima" (2006), de seu amigo Sílvio de Abreu. Além disso, por sua contribuição ao cinema brasileiro, recebeu o primeiro Troféu Oscarito, no Festival de Gramado.

Em 2007, o núcleo Carlos Manga foi responsável pela produção da novela "Eterna Magia" (2007), de Elizabeth Jhin, que contou com a supervisão de texto de Sílvio de Abreu.

Em setembro de 2008, a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (ALERJ) concedeu ao cineasta Carlos Manga o título de Cidadão Benemérito do Estado do Rio.

Em novembro de 2010, Carlos Manga participou como ator do seriado "Afinal, o Que Querem As Mulheres?". A trama contava a aventura de um jovem escritor e psicólogo, interpretado por Michel Melamed, obcecado por entender o sexo oposto. Carlos Manga interpretou o papel de Don Carlo, um conde italiano decadente que namorava Celeste, vivida por Vera Fischer.

Em "Dercy de Verdade", da autora Maria Adelaide Amaral, Carlos Manga foi personagem. A minissérie, que foi ao ar em janeiro de 2012, contou a história de um século de vida e 86 anos de carreira da artista Dercy Gonçalves. Carlos Manga foi responsável pela primeira aparição de Dercy Gonçalves na televisão, quando era produtor da TV Excelsior. Ele foi interpretado pelo ator Danton Mello.

Morte

Carlos Manga morreu na quinta-feira, 17/09/2015, aos 87 anos. Ele tinha 87 anos e morava no Rio de Janeiro.  A informação foi confirmada no começo da noite de quinta-feira, 17/09, pela Central Globo de Comunicação. A causa da morte não foi divulgada.

Indicação: Fadinha Veras e Miguel Sampaio

Roberto Freire

JOAQUIM ROBERTO CORRÊA FREIRE
(81 anos)
Psiquiatra, Escritor, Diretor, Autor, Letrista e Pesquisador

☼ São Paulo, SP (18/01/1927)
┼ São Paulo, SP (23/05/2008)

Joaquim Roberto Corrêa Freire foi um médico psiquiatra e escritor brasileiro, conhecido por ser o criador de uma nova e heterodoxa técnica terapêutica denominada Soma (somaterapia), baseada no anarquismo e nas ideias de Wilhelm Reich. Foi também diretor de cinema e teatro, autor de telenovela, letrista e pesquisador científico.

Nasceu em São Paulo no dia 18/01/1927. Formou-se em Medicina, na Universidade do Brasil, no Rio de Janeiro, em 1952. Enquanto estudante, e após a sua formatura, trabalhou como pesquisador em eletrofisiologia e em biofísica celular no Instituto de Biofísica da Universidade do Brasil, sob a orientação do professor Carlos Chagas Filho.

Em 1953 foi trabalhar no Collège de France, em Paris, desenvolvendo trabalhos de endocrinologia experimental, sob orientação do professor Robert Courrier. Publicou vários trabalhos nas revistas das Academias de Ciências do Rio de Janeiro e de Paris.

Após alguns anos trabalhando como endocrinologista clínico, Roberto Freire realizou sua formação em psicanálise através da Sociedade Brasileira de Psicanálise, em São Paulo, com o professor Henrique Schlomann.


Em 1956, realizou trabalhos de acompanhamento clínico no Centro Psiquiátrico Franco da Rocha, em São Paulo.

A partir deste período Roberto Freire buscou novas fontes de pesquisa, realizando estágios no exterior. Em bioenergética, com os discípulos de Wilhem Reich, em Paris. Em gestalterapia, com os discípulos de Frederich Perls, em Bourdeaux. Suas divergências teóricas e ideológicas se ampliaram e Roberto Freire acaba se distanciando da psicanálise, ao mesmo tempo em que se aproxima cada vez mais do campo artístico, literário e político brasileiro.

Roberto Freire, militante clandestino lutando contra a ditadura militar, não encontrava na psicanálise nem na psicologia tradicional as ferramentas necessárias que auxiliassem nos conflitos emocionais e psicológicos de seus companheiros de luta que o procuravam buscando algum tipo de ajuda. Foram principalmente as pesquisas de um cientista renegado pelo meio acadêmico - considerado por muitos como o dissidente mais radical da psicanálise - Wilhelm Reich, que influenciaram Roberto Freire na criação de uma nova técnica terapêutica corporal e em grupo.

A Soma nasceu de uma pesquisa sobre o desbloqueio da criatividade, realizada no Centro de Estudos Macunaíma, com as contribuições de Myriam Muniz e Sylvio Zilber. Através de exercícios teatrais, jogos lúdicos e de sensibilização, Roberto Freire foi criando uma série de vivências que possibilitavam uma rica descoberta sobre o comportamento, suas infinitas e singulares diferenças.

Roberto Freire e Roberto Carlos
Perceber como o corpo reage diante de situações comuns no cotidiano das relações humanas, como a agressividade, a comunicação, a sensualidade, e sua associação com os sentimentos e emoções, permite um resgate daquilo que nos diferencia enquanto individualidade, para criar um jeito novo, a originalidade contra a massificação. Assim, a Soma se construiu como um processo terapêutico com conteúdo ideológico explícito, o Anarquismo.

Simultaneamente a vida científica, desenvolveu atividades artísticas e culturais, desde seu retorno da Europa, especialmente no campo da poesia e do teatro. Desta época resultou um trabalho de poesia ainda inédito, "Pé no Chão, Roupa Suja, Olho no Céu". A maioria desses poemas foi musicada pelo compositor Caetano Zama, sendo que um deles, "Mulher Passarinho", teve gravação de Agostinho dos Santos, no período inicial da bossa nova.

No teatro, Roberto Freire foi diretor das peças "Escurial", de Michel Guelderhode e "Morte e Vida Severina", de João Cabral de Melo Neto, além de autor e co-diretor de "O&A", co-direção com Sionei Siqueira.

A peça "Morte e Vida Severina" é sempre muito lembrada por diretores e atores, pois foi a revelação de um jovem músico, Chico Buarque. Além disso, esta peça, de 1965, enaltecia dois pilares essenciais no teatro: a sua alta qualidade artística associada ao trabalho de mobilização do grupo de atores, músicos e diretores. Esses elementos foram fundamentais na superação da estrutura material ainda precária, e impulsionaram o grupo de tal maneira que, no ano seguinte, a peça obtivesse o primeiro lugar no Festival de Teatro de Nancy, na França.


Roberto Freire trabalhou também em funções administrativas, como presidente da Associação Paulista da Classe Teatral, diretor do Serviço Nacional de Teatro, e diretor artístico no Teatro da Universidade Católica de São Paulo (TUCA).

Na música, Roberto Freire foi letrista e jurado de diversos Festivais da Música Popular Brasileira. Nesta época trabalhava para a TV Globo na criação e redação, em parceria com Max Nunes, no programa "A Grande Família". Mesmo assim, Roberto Freire e o grupo de jurados, Nara Leão (presidente), Rogério Duprat, Décio Pignatari, Sérgio Cabral, César Camargo Mariano, Big Boy, entre outros, decidem que Roberto Freire seria o representante do júri nacional que leria o manifesto assinado por eles no palco do Maracanãzinho.

O pesquisador Zuza Homem de Mello, em seu livro "A Era dos Festivais, Uma Parábola" (2003, Editora 34, pag. 429), descreve claramente de que maneira os resultados dos Festivais passaram a ser ditados pelos interesses ligados à ditadura militar e enfoca o papel de Roberto Freire no último Festival Internacional da Canção (FIC) da TV Globo.

"Ao tentar ler no palco do VII Festival Internacional da Canção um manifesto contra a destituição do júri nacional, Roberto Freire foi violentamente arrastado por policiais, que o levaram a uma sala e o espancaram barbaramente (…) Terminava a Era dos Festivais."

Na televisão, Roberto Freire foi autor de teleteatro, exibido na TV Record e na TV Globo. No cinema fez a direção e roteiro do longa-metragem "Cleo e Daniel", com Myriam Muniz, John Herbert, Beatriz Segall, Irene Stefânia (no papel de Cleo), Chico Aragão (como Daniel). O roteiro é uma adaptação do romance homônimo, escrito por Roberto Freire em 1966, inspirado na tragédia "Daphnis e Chloe" do poeta romano Longus. O primeiro livro de Roberto Freire é reconhecido como um marco para as gerações de 1960 e 1970, que se identificava fortemente com os conflitos familiares e amorosos das personagens.


No jornalismo Roberto Freire foi repórter e redator de medicina e saúde pública no jornal OESP. Diretor-responsável e redator do jornal Brasil Urgente. Cronista do jornal A Última Hora, de São Paulo. Repórter da revista Realidade, da Editora Abril, na qual obteve o Prêmio Esso com a reportagem "Meninos do Recife". Diretor de reportagem da revista Bondinho. Editor da revista Grilo (histórias em quadrinhos).

Na área da educação, foi assessor do professor Paulo Freire no Plano Nacional de Alfabetização de Adultos, associando as pesquisas pedagógicas a um movimento nacional de cultura popular. Este trabalho foi interrompido após 1964. Além desta experiência, Roberto Freire foi professor na disciplina Psicologia do Ator na Escola de Artes Dramáticas da Universidade de São Paulo, então dirigida por Alfredo Mesquita, onde acumulava a função de médico clínico dos alunos.

Em 1958, a convite dos alunos e por insistência do amigo e mestre Alberto D’Aversa, também professor da Escola de Artes Dramáticas e recém chegado da Argentina, escreveu a peça "Quarto de Empregada", cujos dois únicos papéis eram representados, como exercício didático, pelas alunas Ruthnéia de Moraes e Assunta Peres. "Quarto de Empregada" é, até hoje, a peça mais encenada de Roberto Freire.

Em todas as atividades às quais se dedicou - psicanálise, teatro, televisão, jornalismo e a literatura - Roberto Freire deixou suas marcas. Porém, segundo o próprio Roberto Freire, a Somaterapia foi a sua principal contribuição enquanto teórico e libertário.

Roberto Freire morreu na noite de sexta-feira, 23/05/2008, aos 81 anos. O corpo foi cremado no sábado, 24/05/2008, no Crematório da Vila Alpina, em São Paulo. A causa da morte não foi divulgada pela família. 

Antônio Abujamra

ANTÔNIO ABUJAMRA
(82 anos)
Ator, Diretor de Teatro e Apresentador de TV

* Ourinhos, SP (15/09/1932)
+ São Paulo, SP (28/04/2015)

Antônio Abujamra foi um diretor de teatro e ator e apresentador de TV brasileiro. Paulista de Ourinhos, Antônio Abujamra cursou jornalismo e filosofia no Rio Grande do Sul. Publicou críticas teatrais ainda na faculdade, em 1957, e começou a trabalhar como diretor e, em menor intensidade, a atuar. Era conhecido pela irreverência de suas encenações e por seu humor crítico em relação a tabus sociais. Começou no teatro amador, na peça "Assim é Se Lhe Parece", atuando no Teatro Universitário de Porto Alegre.

A figura de Antônio Abujamra ficou fortemente associada a "Que Rei Sou Eu?", novela humorística do gênero capa-e-espada exibida pela TV Globo em 1989. Ele interpretava Ravengar, bruxo da corte do reino de Avilan, em 1786, antes da Revolução Francesa.

A novela agradou e surpreendeu o público habitual dos folhetins da emissora na faixa das 19:00 hs. O tom de interpretação melodramática foi bem aproveitado por Antônio Abujamra, que teve liberdade para exageros que marcaram o estilo maquiavélico de Ravengar.

Sua estreia profissional como diretor ocorreu em 1961, em São Paulo, com três peças na mesma temporada: "José, do Parto à Sepultura", de Augusto Boal, "Raízes", de Arnold Wesker, e "Antígona América", de Carlos Henrique Escobar. Como diretor, foi um dos principais da antiga TV Tupi e, como ator, teve atuação destacada.


Teve problemas com a censura na Ditadura. Em 1965, sua montagem de "O Berço do Herói", de Dias Gomes, foi proibida no último ensaio antes da estreia. Na década, acumulou prêmios, como "Roda Cor de Roda" de Leilah Assumpção, e temporadas de muito sucesso popular, como o monólogo "Muro de Arrimo", em que dirigiu Antônio Fagundes, então marido de sua sobrinha, Clarisse Abujamra.

Antônio Abujamra só assumiria a carreira de ator de forma tardia, aos 55 anos. O estouro televisivo de "Que Rei Sou Eu?" foi acompanhado de prêmios teatrais importantes. Seu trabalho favorito como ator nessa época foi o monólogo "O Contrabaixo", de Patrick Suskind. Ele continuou dirigindo e ganhou o Prêmio Molière de 1991 pela direção de "Um Certo Hamlet", em montagem carioca.

Em 1998, esteve em Monte Carlo, principado de Mônaco, ao lado de celebridades como Claudia Cardinale, Annie Girardot e Yehudi Menuhin, no júri do Festival Mundial de Televisão, como único latino-americano convidado.

Foi pai do também ator e músico André Abujamra. As atrizes Clarisse Abujamra e Iara Jamra são suas sobrinhas.

Antônio Abujamra foi quem levou o ator Othon Bastos para a televisão, depois do grande sucesso do ator ao interpretar Corisco no filme "Deus e o Diabo na Terra do Sol" de Glauber Rocha.

Comandou o programa "Provocações", da TV Cultura, no ar desde 06/08/2000. Atualmente é exibido todas as terças-feiras, às 23:30 hs, com reapresentação na madrugada de quarta para quinta-feira, às 04:30 hs.

Antônio Abujamra morreu aos 82 anos, na madrugada de terça-feira, 28/04/2015, em São Paulo. Segundo a família, ele estava dormindo em casa.

Televisão
(Diretor)

  • 1968 - O Estranho Mundo de Zé do Caixão (TV Tupi)
  • 1968 - Nenhum Homem é Deus (TV Tupi)
  • 1978 - Salário Mínimo (TV Tupi)
  • 1979 - Gaivotas (TV Tupi)
  • 1980 - Um Homem Muito Especial (TV Bandeirantes)
  • 1981 - Os Imigrantes (TV Bandeirantes)
  • 1981 - Os Adolescentes (TV Bandeirantes)
  • 1982 - Ninho da Serpente (TV Bandeirantes)
  • 1997 - Os Ossos do Barão (SBT)

Televisão
(Ator)

  • 1967 - As Minas de Prata … Frazão
  • 1987 - Sassaricando … Totó
  • 1989 - Cortina de Vidro … Arnon Balakian
  • 1989 - Que Rei Sou Eu? … Ravengar
  • 1992 - Amazônia … Drº Homero Spinoza
  • 1993 - O Mapa da Mina … Nero
  • 1995 - A Idade da Loba … Piconês
  • 1997 - Os Ossos do Barão … Sebastião
  • 1999 - Andando nas Nuvens … Álvaro Luís Gomes
  • 1999 - Terra Nostra … Coutinho Abreu
  • 2000 - Marcas da Paixão … Dono do Cassino
  • 2004 - Começar de Novo … Dimitri Nicolaievitch
  • 2009 - Poder Paralelo … Marco Iago
  • 2011 - Corações Feridos … Dante Vasconcelos

Cinema

  • 1989 - Festa (Direção de Ugo Giorgetti)
  • 1989 - Lua Cheia (Direção de Alain Fresnot)
  • 1990 - Os Sermões - A História de Antônio Vieira (Direção de Júlio Bressane)
  • 1991 - Olímpicos (Direção de Flávia Moraes)
  • 1992 - Atrás das Grades (Direção de Paolo Gregori)
  • 1992 - Perigo Negro (Direção de Rogério Sganzerla)
  • 1993 - Oceano Atlantis (Direção de Francisco de Paula)
  • 1995 - Carlota Joaquina, Princesa do Brazil (Direção de Carla Camurati)
  • 1996 - Quem Matou Pixote? (Direção de José Joffily)
  • 1996 - Olhos de Vampa (Direção de Walter Rogério)
  • 1998 - Caminho dos Sonhos (Direção de Lucas Amberg)
  • 2000 - Villa-Lobos - Uma Vida de Paixão (Direção de Zelito Viana)
  • 2005 - Concerto Campestre (Direção de Henrique de Freitas Lima)
  • 2005 - Quanto Vale ou é Por Quilo? (Direção de Sérgio Bianchi)
  • 2008 - É Proibido Fumar (Direção de Anna Muylaert)
  • 2010 - Syndrome (Direção de Roberto Bomtempo)
  • 2011 - Assalto ao Banco Central (Direção de Marcos Paulo)
  • 2013 - Babu - A Reencarnação do Mal (Direção de Cesar Nero)
  • 2012 - Brichos - A Floresta é Nossa

Teatro

Entre seus principais trabalhos em teatro encontram-se "Volpone", de Ben Johnson; "Hair", de Gerome Ragni e James Rado; "A Secreta Obscenidade de Cada Dia", de Manuel Antonio de la Parra; "Retrato de Gertrude Stein Quando Homem", texto seu sobre a vida e obra da autora, e "O Inferno São os Outros", de Sartre.

Premiações

  • 1959 - Prêmio Juscelino Kubitschek de Oliveira, pela direção de "A Cantora Careca", de Eugène Ionesco.
  • 1987 / 1995 - Prêmio de melhor ator na peça teatral "O Contrabaixo", de Patrick Suskind.
  • 1989 - Prêmio Kikito, no Festival de Gramado, como melhor ator pelo filme "Festa".
  • 1989 - Troféu APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte) de melhor ator de TV  pelo papel de Ravengar, pela atuação na telenovela "Que Rei Sou Eu?".
  • 1998 - Prêmio Lifetime Achievement, como diretor, no XI Festival Internacional de Teatro Hispânico em Miami.

Fonte: Wikipédia e UOL
Indicação: Miguel Sampaio e Fadinha Veras

Cláudio Cunha

CLÁUDIO FRANCISCO CUNHA
(68 anos)
Ator, Diretor e Produtor Cultural

* São Paulo, SP (29/07/1946)
+ Porto Alegre, RS (20/04/2015)

Cláudio Francisco Cunha foi um ator e produtor cultural brasileiro. Cláudio Cunha teve uma boa infância, foi seminarista na Escola Apostólica Santa Terezinha em São Roque, SP, onde chegou a usar batina. 

No cinema, onde produziu 13 longas metragens e uma dezena de curtas na década de 70 e a partir dos anos 80 no teatro, voltando as suas origens de ator na pele do Analista de Bagé. Inspirado inicialmente no sucesso literário de Luis Fernando Veríssimo, o personagem acabou virando o alter ego do interprete. Segundo o próprio Claudio Cunha, seu "veiculo" de humor.

Na pele do Machão Gaúcho, ele fez rir mais de 2 milhões de espectadores nos palcos de todo o Brasil. Apresentando-se tanto nos melhores teatros, como improvisando espaços, levando teatro para cidades que nunca viram teatro.

Nas folgas com o Analista, produziu vários outros espetáculos, seguindo sempre a máxima de Brechet: "a melhor função do teatro é divertir".

A peça "O Analista de Bagé" entrou em 1998 para o Guinness Book, com dois recordes nacionais: Como a peça de maior tempo em cartaz e Cláudio Cunha o ator que mais tempo interpretou o mesmo personagem.

No cinema, ele dirigiu oito filmes. Seus grandes destaques foram "Amada Amante", onde foram computados cerca de 3 milhões de espectadores, "Vítimas do Prazer", objeto de estudos em vários países e o polemico "Oh! Rebuceteio", onde também é o protagonista, o desvairado Nenê Garcia.

A última participação de Cláudio Cunha na TV seria na novela "Os Dez Mandamentos", da TV Record. De acordo com a assessoria de imprensa da emissora, ele deveria começar a gravar 11 cenas na produção a partir de sexta-feira, 24/04/2015, como o personagem Merneptah, do mesmo núcleo do Sacerdote Paser (Giuseppe Oristanio) e Ramsés (Sérgio Marone).

Morte

Cláudio Cunha morreu aos 68 anos de idade, na segunda-feira, 20/04/2015, em Porto Alegre, RS, onde estava para apresentar a peça "A Casa Caiu". O artista havia se apresentado no sábado, dia 18/04/2015, em Caxias, no Teatro Municipal. Ele passou mal na noite de domingo, 19/04/2015, e morreu no dia 20/04/2015 após sofrer um infarto.

Cláudio Cunha foi casado com as atrizes Simone Carvalho e Edna Velho. Ele deixou quatro filhos e uma neta.

Trabalho Como Diretor

  • 1984 - Oh! Rebuceteio
  • 1981 - Profissão Mulher
  • 1980 - O Gosto do Pecado
  • 1979 - Sábado Alucinante
  • 1978 - Amada Amante
  • 1977 - Snuff, Vítimas do Prazer
  • 1975 - O Dia em Que o Santo Pecou
  • 1974 - O Clube das Infiéis


Trabalho Como Ator

Cinema
  • 1984 - Oh! Rebuceteio
  • 1981 - Karina, Objeto do Prazer
  • 1979 - A Dama da Zona
  • 1978 - Amada Amante
  • 1978 - Damas do Prazer
  • 1977 - A Praia do Pecado
  • 1977 - Snuff, Vítimas do Prazer
  • 1974 - O Clube dos Infiéis
  • 1974 - O Poderoso Machão
  • 1973 - Sob o Domínio do Sexo
  • 1972 - As Mulheres Amam por Conveniência

Telenovela
  • 1971 - Meu Pedacinho de Chão

Fonte: Wikipédia e UOL
Indicação: Douglas Bachine

Roberto Talma

ROBERTO TALMA VIEIRA
(65 anos)
Produtor Cinematográfico e Diretor de Televisão

* São Paulo, SP (29/04/1949)
+ Rio de Janeiro, RJ (23/04/2015)

Roberto Talma foi um produtor cinematográfico e diretor de televisão brasileiro. Nasceu no dia 29/04/1949, em São Paulo. Seu pai trabalhava na televisão, foi coordenador de programação da TV Rio, e sua mãe era bailarina.

Começou a carreira profissional aos 9 anos, na TV Record, integrando um grupo de sapateado que se apresentava no programa "A Grande Gincana Kibon". No início na década de 60, Roberto Talma mudou-se para o Rio de Janeiro com a família.

Em 1969, foi contratado pela TV Globo, onde começou como operador de video-tape, participando do núcleo de jornalismo da emissora. Ele fez parte da primeira equipe do "Fantástico", em 1973, e editou programas como o "Globo Repórter", e, na linha de shows, o "Globo de Ouro".

No final dos anos 70, Roberto Talma foi para a TV Bandeirantes, onde dirigiu o programa "Rosa e Azul". Após seis meses, ele voltou para a TV Globo para dirigir a novela "Pai Herói" (1979), de Janete Clair.


Roberto Talma foi responsável pelas minisséries "Anos Dourados" (1986), "Sampa" (1989), "Boca do Lixo" (1990) e "Sorriso do Lagarto" (1991).

Como diretor executivo, foi responsável por novelas como "Brega & Chique" (1987), "Que Rei Sou Eu?" (1989), "Rainha da Sucata" (1990) e "De Corpo e Alma" (1992).

Na década de 90, foi responsável pelo humorístico "Casseta & Planeta" (1994) e pela criação de "Malhação" (1995).

Entre outros programas de responsabilidade do núcleo dirigido por Roberto Talma nos últimos anos, estiveram as novelas "Negócio da China" (2008), "Vida Alheia" (2010), "O Astro" (2011) e "Aquele Beijo" (2011).

Recentemente tinha investido na área cinematográfica, sendo em 2005 produtor associado de "Carreiras", de Domingos de Oliveira, dramaturgo e cineasta brasileiro. Em 2009, produtor do filme "Meu Nome é Dindi", dirigido por Bruno Safadi.

Morte

Roberto Talma morreu na madrugada de quinta-feira, 23/04/2015, aos 65 anos. Ele estava internado no Hospital Samaritano, em Botafogo, na Zona Sul do Rio de Janeiro, e teve o óbito registrado às 02:43 hs. A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa do hospital, que disse não estar autorizada a divulgar a causa da morte por enquanto.

Em outubro de 2002, Roberto Talma teve um infarto e foi internado às pressas em uma clínica de Botafogo, no Rio de Janeiro. Em junho de 2012, ele voltou a ser internado, desta vez na UTI São José, em São Paulo, onde se recuperou de uma angioplastia para colocação de stents, espécie de mola que dilata artéria que irriga o coração.

Trabalhos na Televisão

  • 1975 - O Grito (Rede Globo, Direção)
  • 1976 - Saramandaia (Rede Globo, Direção)
  • 1980 - Água Viva (Rede Globo, Direção Geral)
  • 1980 - Coração Alado (Rede Globo, Direção Geral)
  • 1981 - Baila Comigo (Rede Globo, Direção Geral)
  • 1981 - Jogo da Vida (Rede Globo, Direção Geral)
  • 1982 - Sétimo Sentido (Rede Globo, Direção Geral)
  • 1982 - Sol de Verão (Rede Globo, Direção Geral)
  • 1984 - Partido Alto (Rede Globo, Direção Geral)
  • 1985 - Um Sonho a Mais (Rede Globo, Direção Geral)
  • 1986 - Anos Dourados (Rede Globo, Direção Geral)
  • 1987 - Tele Tema (Rede Globo, Direção Geral)
  • 1988 - Bebê a Bordo (Rede Globo, Direção Geral)
  • 1989 - Top Model (Rede Globo, Direção Geral)
  • 1990 - Boca do Lixo (Rede Globo, Direção Geral)
  • 1991 - O Sorriso do Lagarto (Rede Globo, Direção Geral)
  • 1991 - Lua Cheia de Amor (Rede Globo, Direção Geral)
  • 1992 - Perigosas Peruas (Rede Globo, Direção Geral)
  • 1992 - De Corpo e Alma (Rede Globo, Direção Geral)
  • 1995 - Malhação (Rede Globo, Direção Geral)
  • 1998 - Roberto Carlos Especial (Rede Globo, Direção e Direção Geral)
  • 1996 - Colégio Brasil (SBT/JPO, Direção)
  • 1996 - Dona Anja (SBT/JPO, Direção Geral)
  • 2001 - O Direito de Nascer SBT (SBT/JPO, Direção Geral)
  • 2001 - A Padroeira (Rede Globo, Direção Geral e Núcleo)
  • 2002 - Xuxa no Mundo da Imaginação (Rede Globo, Direção Geral e Núcleo)
  • 2003 - Agora É que São Elas (Rede Globo, Direção Geral e Núcleo)
  • 2003 - Kubanacan (Rede Globo, Direção Geral e Núcleo)
  • 2005 - A Lua Me Disse (Rede Globo, Direção Geral e Núcleo)
  • 2005 - Toma Lá Dá Cá - Especial (Rede Globo, Núcleo)
  • 2006 - O Profeta (Rede Globo, Núcleo)
  • 2007 - Toma Lá Dá Cá (Rede Globo, Núcleo)
  • 2007 - Guerra & Paz (Rede Globo, Núcleo)
  • 2008 - Faça Sua História (Rede Globo, Núcleo)
  • 2008 - Negócio da China (Rede Globo, Núcleo)
  • 2009 - Geral.com (Rede Globo, Núcleo)
  • 2009 - Natal de Luz da Xuxa (Rede Globo, Núcleo)
  • 2010 - Globeleza (Rede Globo, Núcleo)
  • 2010 - A Vida Alheia (Rede Globo, Núcleo)
  • 2010 - TV Xuxa (Rede Globo, Núcleo)
  • 2010 - Xuxa Especial de Natal (Rede Globo, Núcleo)
  • 2010 - Roberto Carlos Especial (Rede Globo, Núcleo)
  • 2011 - Amor Em 4 Atos (Rede Globo, Núcleo)
  • 2011 - O Astro (Rede Globo, Núcleo)
  • 2011 - Aquele Beijo (Rede Globo, Núcleo)
  • 2011 - Ivete, Gil e Caetano (Rede Globo, Núcleo)
  • 2012 - Gabriela (Rede Globo, Núcleo)
  • 2013 - Pé na Cova (Rede Globo, Núcleo)

Fonte: Wikipédia e UOL
Indicação: Miguel Sampaio e Fadinha Veras

Barbara Heliodora

HELIODORA CARNEIRO DE MENDONÇA
(91 anos)
Diretora, Crítica e Professora Teatral, Roteirista, Figurinista, Tradutora e Ensaísta

* Rio de Janeiro, RJ (29/08/1923)
+ Rio de Janeiro, RJ (10/04/2015)

Heliodora Carneiro de Mendonça, ou Barbara Heliodora, foi diretora crítica e professora teatral, roteirista, figurinista, tradutora, ensaísta e uma das maiores autoridades brasileiras da obra de William Shakespeare. Era filha do historiador Marcos Claudio Philippe Carneiro de Mendonça e e da poetisa Anna Amelia de Queiroz Carneiro de Mendonça.

Barbara Heliodora fez o Bacharelado em Língua e Literatura Inglesas no Connecticut College, nos Estados Unidos, e o Doutorado em Artes na Universidade de São Paulo (USP). Começou a carreira como jornalista aos 35 anos. Nessa época, estreou na crítica teatral por insistência de seus amigos que trabalhavam no meio e conheciam sua admiração pela arte.

Pela relevância de seu trabalho, ao longo de sua carreira recebeu o título de Oficial da Ordre des Arts et des Lettres, da França, a Medalha Connecticut College, nos Estados Unidos e a Medalha João Ribeiro, da Academia Brasileira de Letras (ABL), em 2005, pelos serviços prestados à cultura brasileira. Era Professora Titular aposentada da Universidade do Rio de Janeiro (UNI-RIO) e Professora Emérita da mesma Universidade.

Entre suas atividades profissionais, exerceu sobretudo o ofício de crítica teatral, mas desempenhou outros papéis no cenário cultural nacional, entre os quais o de diretora do Serviço Nacional de Teatro (1964-1966); o de fundadora e duas vezes presidente do Círculo Independente de Críticos Teatrais (RJ-SP); de membro do júri do Prêmio Molière, desde sua criação até a extinção, membro do júri do Prêmio Mambembe; integrante da equipe de jurados para as bolsas da Rio-Arte na área de teatro e membro de júris de incontáveis outras premiações.


Exerceu também a atividade de tradutora, tendo em seu currículo a publicação em português de cerca de 40 livros de vários gêneros e autores de língua inglesa e um mesmo número de peças de teatro de autores diversos além de, como especialista da obra de William Shakespeare, ter traduzido boa parte das peças do "bardo".

Barbara Heliodora tornou-se uma das mais respeitadas especialistas em Shakespeare do país. Sua paixão pelo dramaturgo inglês começou na infância e, segundo a própria Barbara Heliodora, continuou por toda a vida: ela dizia que Shakespeare foi um grande e fiel amigo.

Entre suas obras, destacam-se os livros: "A Expressão Dramática do Homem Político em Shakespeare", "Falando de Shakespeare" e "Martins Pena, Uma Introdução".

Participou de publicações coletivas, tendo escrito capítulos ou artigos em livros como "A História da Cultura no Brasil" (MEC); "A Era do Barroco" (MNBA); "Theatre Companies Of The World" (Kullman & Young); "Escenarios de dos Mundos" (Centro de Documentación Teatral, Espanha); e freqüentemente teve artigos publicados em periódicos nacionais e internacionais, entre os quais citam-se o Shakespeare Survey; o Shakespeare Quarterly; o Shakespeare Bulletin; a revista Bravo!; a revista República; e os jornais Estado de São Paulo e Folha de São Paulo.

Como crítica, era admirada e temida: "Eu me indispus com muita gente", dizia. "Mas agora passo por cima de tudo isso. Não tenho rancores. Só projetos", disse em 2014 em entrevista a revista Época.

Barbara Heliodora se aposentou no final de 2013, quando anunciou que abandonaria a coluna que mantinha no jornal O Globo. Pretendia continuar trabalhando como tradutora.

Morte

Bárbara Heliodora morreu na manhã de sexta-feira, 10/04/2015, aos 91 anos, no hospital Samaritano, Zona Sul do Rio de Janeiro. Ela estava internada desde o dia 21/03/2015. Ela deixou três filhas e quatro netos.

Fonte: Instituto de Artes Unicamp e Época
Indicação: Fadinha Veras

Lúcia Lambertini

LÚCIA LAMBERTINI
(50 anos)
Atriz, Diretora e Autora

* São Paulo, SP (26/06/1926)
+ São Paulo, SP (23/08/1976)

Lúcia Lambertini foi uma atriz, diretora e autora brasileira. Graciosa, alegre, era baixinha e sempre aparentou menos idade do que tinha.

Quando a TV Tupi foi inaugurada em 1950, Lúcia Lambertini já tinha amizade com Tatiana Belinky e Júlio Gouveia, diretores do TESP. E estes começaram as tratativas para lançar os programas infantis na televisão, logo em 1952.

Lúcia Lambertini, seu tipo físico e seu talento, encaixaram-se perfeitamente no papel de Emília, a bonequinha do "Sítio do Pica-Pau Amarelo". Então, em 1952, ela estreou na televisão vivendo a Emília da primeira versão do "Sítio do Pica-Pau Amarelo". Depois participou do "TV de Vanguarda" e interpretou famosas personagens juvenis em especiais e tele-teatros, como "Heidi", "Pollyana", "A Moreninha" e "O Pequeno Lorde".

Grande atriz, intercalou seus trabalhos de atriz, aos de redatora de novelas e produtora de programas. Na década de 60 passou a escrever e dirigir para a TV Cultura e TV Excelsior, onde fez "Quem Casa Com Maria", "Yoshico, Um Poema de Amor", a primeira novela brasileira dedicada à colônia japonesa. Escreveu ainda "As Professorinhas" e "Os Amores de Bob".

HélioTozzi e Lúcia Lambertini

Foi produtora das novelas "Amor de Perdição", "Escrava do Silêncio" "O Moço Loiro". Sua importância também cresceu por ser um dos principais nomes da criação do modelo de TV Educativa. Esteve por muitos anos na TV Cultura, como produtora e autora.

Como atriz atuou no filme "O Homem das Encrencas" (1964), título alternativo "Imitando o Sol", e nas telenovelas "As Professorinhas", "Quem Casa Com Maria?", "Sozinho no Mundo" e "A Viagem", na TV Tupi, onde fez a divertida Dona Cidinha, proprietária de uma pensão.

Era irmã da também atriz Leonor Lambertini e foi casada com o diretor e produtor Hélio Tozzi, com quem teve filhos.

Lúcia Lambertini morreu repentinamente em 23/08/1976, vítima de uma parada cardíaca.


Sempre se disse sobre ela:

"Lúcia Lambertini foi a melhor Emília de todos os tempos!"

Indicação: Valdimir D'Angelo

Suzana de Moraes

SUZANA DE MORAES
(74 anos)
Atriz e Diretora

* Rio de Janeiro, RJ (05/08/1940)
+ Rio de Janeiro, RJ (27/01/2015)

Suzana de Moraes, ou Suzana Moraes, foi uma atriz e diretora de televisão brasileira. Oficializou em 2010 união estável com a compositora Adriana Calcanhotto com quem já vivia há 25 anos.

Primeira filha de Vinícius de Moraes, era uma das responsáveis pelas obras do pai, tendo sido responsável pelas comemorações do centenário do Poetinha, em 2013.

Suzana de Moraes atuou em diversas novelas na TV Globo, entre elas "Verão Vemelho", em 1969. Atuou em filmes como "O Gigante da América", de Júlio Bressane, e "Perfume de Gardênia", de Guilherme Almeida Prado.

Suzana de Moraes também era uma das principais responsáveis pelo espólio do pai e produziu o documentário "Vinicius", de Miguel Faria Jr. Também participou da concepção do projeto "A Arca de Nóe", em 2013, álbum que reunia regravações das canções infantis feitas pelo pai.

Com Adriana Calcanhoto, dirigiu os shows "Público" e "Adriana Partimpim".

Vinicius de Moraes e sua filha mais velha, Susana Moraes, em 1980
Morte

Suzana de Moraes morreu na terça-feira, 27/01/2015, por volta das 5:00 hs, vítima de uma infecção respiratória em decorrência de um câncer, aos 74 anos. De acordo com a Clínica São Vicente, na Gávea, Zona Sul do Rio de Janeiro, ela estava internada desde o dia 05/01/2015, em tratamento de um câncer no útero, que a atingia há pelo menos dois anos.

Suzana de Moraes será cremada na quarta-feira, 28/01/2015, às 17:30 hs, no Memorial do Carmo. A cerimônia será fechada para familiares e amigos.

Em comunicado, Adriana Calcanhotto contou que estava ao lado da companheira até o fim.

"Fui a mulher mais feliz do mundo nestes 26 anos em que estive com ela. Uma grande mulher, inteligente, engraçada, culta, amiga dos amigos, que teve uma vida extraordinária, e que viveu cada segundo como nunca mais. Morreu de mãos dadas comigo. Foi-se o amor da minha vida!"

Em setembro de 2014, Adriana Calcanhotto falou sobre sua relação com Suzana de Moraes no programa "Mais Você". Em conversa com Ana Maria Braga, ela falou sobre a luta contra o câncer e contou que ajudava  muito a parceira. "São 25 anos. Dou muita força a ela diariamente. Ela está melhor", disse, na época.

Cinema

  • 1992 - Perfume de Gardênia
  • 1982 - Tabu
  • 1981 - Corações a Mil
  • 1978 - O Gigante da América
  • 1978 - A Noiva da Cidade
  • 1976 - Bandalheira Infernal
  • 1974 - O Lobisomem
  • 1971 - O Capitão Bandeira Contra o Drº Moura Brasil ... Mulher do Capitão
  • 1971 - Matei Por Amor
  • 1970 - Pecado Mortal ... Suzana
  • 1970 - Cuidado, Madame
  • 1969 - Pedro Diabo Ama Rosa Meia-Noite ... Rosa Meia-Noite
  • 1967 - Garota de Ipanema


Adriana Calcanhotto, Suzana de Moraes e Mart'nália
Televisão

  • 1970 - Assim na Terra Como no Céu ... Joaninha
  • 1970 - Verão Vermelho ... Madalena
  • 1969 - Véu de Noiva ... Suzana
  • 1969 - Rosa Rebelde ... Lola


Fonte: Wikipédia e G1
Indicação: Miguel Sampaio

Hugo Carvana

HUGO CARVANA DE HOLANDA
(77 anos)
Ator e Diretor de Cinema e Televisão

* Rio de Janeiro, RJ (04/06/1937)
+ Rio de Janeiro, RJ (04/10/2014)

Hugo Carvana de Holanda foi um ator e diretor de cinema e televisão brasileiro. Tornou-se conhecido do grande público na televisão interpretando personagens notáveis, como o jornalista do seriado "Plantão de Polícia"Valdomiro Pena, nos anos 80, embora não escondesse sua paixão pelo cinema. Nasceu no dia 04/06/1937, em Lins de Vasconcelos, na Zona Norte do Rio de Janeiro. É filho de Clóvis Elói de Holanda, comandante da Marinha Mercante, e de Alice Carvana de Castro, costureira.

Iniciou sua carreira de ator em 1955, atuando como figurante no filme "Trabalhou Bem, Genival", dirigido por Lulu de Barros. Figurou em várias produções até conseguir seu primeiro papel de destaque, no filme "Esse Rio Que Eu Amo" (1960), sob a direção de Carlos Hugo Christensen, com Tônia Carrero, Agildo Ribeiro e Daniel Filho.

Até o final dos anos 50, Hugo Carvana atuou em diversas chanchadas, com diretores como Watson Macedo em "Sinfonia Carioca" e "Carnaval em Marte", e Carlos Manga em "Guerra ao Samba" e "Garotas e Samba".

Em 1962, integrou o movimento do Cinema Novo, passando a trabalhar com seus principais diretores, como Ruy Guerra em "Os Cafajestes" e "Os Fuzis", Paulo César Sarraceni em "O Desafio", Leon Hirszman em "A Falecida", Joaquim Pedro de Andrade em "Macunaíma", Cacá Diegues em "A Grande Cidade", "Os Herdeiros" e "Quando o Carnaval Chegar", e Glauber Rocha em "Câncer", "O Leão de Sete Cabeças" e "Terra em Transe", entre outros.

Junto com o início de sua carreira no cinema, Hugo Carvana participou de diversos programas nas principais emissoras de televisão da época, entre os quais se destacam: "Câmera Um" e "Falcão Negro", na TV Tupi; "Teledrama do Canal 9", na TV Continental; "Noite de Gala e Espetáculos Tonelux", na TV Rio.

No teatro, integrou o Teatro de Arena de São Paulo, "Revolução na América do Sul", o Teatro Nacional de Comédia, "O Pagador de Promessas" e "Boca de Ouro", e o Grupo Opinião, "Meia Volta Vou Ver" e "Se Correr o Bicho Pega".

Convidado por Daniel Filho, foi trabalhar na TV Globo em 1967, na novela "Anastácia, a Mulher Sem Destino", primeiro trabalho de Janete Clair para a emissora. Em seguida, deixou o trabalho na televisão para se dedicar ao cinema.

Em 1973, dirigiu seu primeiro filme, "Vai Trabalhar, Vagabundo", que ganhou o Kikito de Ouro de Melhor Filme, no Festival de Gramado. A comédia, escrita por Hugo Carvana e Armando Costa, teve a participação de Wilson Grey, Paulo César Pereiro e Odete Lara, além do próprio Hugo Carvana, no papel do malandro Dino.

O ator voltou a trabalhar na TV Globo em 1975, novamente convidado por Daniel Filho, desta vez para viver o personagem Jacaré, na novela "Cuca Legal", escrita por Marcos Rey e dirigida por Oswaldo Loureiro. Ainda naquele ano, fez uma participação especial na novela "Gabriela", adaptação de Walter George Durst para o romance de Jorge Amado. Logo depois, afastou-se do trabalho na televisão para produzir seu segundo filme, "Se Segura, Malandro", lançado em 1978.

Voltou à TV Globo em 1979, para protagonizar o seriado "Plantão de Polícia", no qual interpretou o repórter policial Waldomiro Pena. O seriado, dirigido por Daniel Filho, teve 80 episódios e durou de maio de 1979 a outubro de 1981. Em seguida, o ator viveu o personagem Fonseca, na minissérie "Quem Ama Não Mata", escrita por Euclydes Marinho e protagonizada por Marília Pêra e Cláudio Marzo. Na sequência, deixou mais uma vez a TV Globo para trabalhar em seu novo filme, "Bar Esperança". Lançado em 1983, o filme teve Hugo Carvana como um dos autores e foi estrelado por Marília Pêra.

Nos dois anos seguintes, afastou-se da televisão e do cinema para assumir a vice-presidência da Fundação das Artes do Rio de Janeiro, durante o primeiro governo de Leonel Brizola no Estado do Rio de Janeiro. Em seguida, deixou o cargo para voltar a trabalhar como ator no filme "Avaeté" (1985), de Zelito Viana, e na novela "Corpo a Corpo" (1984), de Gilberto Braga, na qual viveu o empresário Alfredo Fraga Dantas. Logo depois, trabalhou nas novelas "De Quina Pra Lua" (1985), de Alcides Nogueira, e "Roda de Fogo" (1986), de Lauro César Muniz, antes de se afastar novamente para filmar "Vai Trabalhar, Vagabundo 2 – A Volta" (1991).

Hugo Carvana voltou à TV Globo em 1990, para viver o chefe de família Guilherme, na novela "Gente Fina", escrita por Luiz Carlos Fusco e Marilu Saldanha. No ano seguinte, viveu o personagem Lucas em "O Dono do Mundo", de Gilberto Braga.

Em 1992, participou da novela "De Corpo e Alma", escrita por Gloria Perez. Participou de "As Noivas de Copacabana", minissérie escrita por Dias Gomes, Ferreira Gullar e Marcílio Moraes.

Em 1993, trabalhou na minissérie "Agosto", adaptação de Jorge Furtado e Giba Assis Brasil do livro de Rubem Fonseca. Logo em seguida, o ator viveu o personagem Numa, na novela "Fera Ferida", de Aguinaldo Silva, Ana Maria Moretzsohn e Ricardo Linhares.

Em 1995 fez par romântico com a atriz Arlete Salles, na novela "Cara e Coroa", de Antonio Calmon. Nesse mesmo ano, participou da minissérie "Engraçadinha... Seus Amores e Seus Pecados", adaptação de Leopoldo Serran da obra homônima de Nelson Rodrigues.

Em 1998, em outra novela de Antônio Calmon, "Corpo Dourado", o ator viveu um velho comissário de polícia, parceiro do personagem vivido por Humberto Martins.

Em 1999, faria de novo o papel de um jornalista, o Wagner, na novela "Andando Nas Nuvens", de Euclydes Marinho. Ainda naquele ano, foi o pianista Gouveia da minissérie "Chiquinha Gonzaga" (1999), de Lauro César Muniz.

Em 2001, lançou seu quinto filme, e o primeiro em que não acumulava a direção com a atuação como protagonista. "O Homem Nu" foi baseado no conto homônimo de Fernando Sabino, e estrelado por Cláudio Marzo.

Hugo Carvana voltou a participar de novelas em "Um Anjo Caiu do Céu" (2001), de Antonio Calmon. Em seguida, fez "Desejos de Mulher" (2002), de Euclydes Marinho, e "Celebridade" (2003), de Gilberto Braga, na qual representou o personagem Lineu Vasconcelos, cuja morte teve grande repercussão junto ao público.

Em 2003, lançou mais um filme, "Apolônio Brasil, o Campeão da Alegria", protagonizado pelo ator Marco Nanini. O filme foi escrito e dirigido por Hugo Carvana.

Em 2004 viveu o personagem Sinésio Paiva, na novela "Como Uma Onda", de Walther Negrão.

Em 2006, representou o empresário carioca Jorge Sampaio na minissérie "JK", de Maria Adelaide Amaral, Geraldo Carneiro e Alcides Nogueira.

Em 2007, Hugo Carvana voltaria a viver um personagem malandro e simpático, o Belisário Cavalcanti, na novela "Paraíso Tropical", de Gilberto Braga e Ricardo Linhares. Pai do famoso empresário Antenor Cavalcanti (Tony Ramos), de quem recebe uma mesada - a despeito de manterem uma relação ruim - , Belisário é casado com Virgínia, vivida por Yoná Magalhães, sua companheira em pequenos golpes, que os dois aplicam para conseguir manter certo padrão de vida.

Em 2008, estreou na novela "Três Irmãs", de Antonio Calmon, no papel de Drº Andrade, um advogado competente e boa-praça.

Em seu último papel para a TV, em 2012, Hugo Carvana interpretou o ex-presidente Jorge Mourão na minissérie "O Brado Retumbante".

Diretor Subestimado

O ator também foi um diretor subestimado no cinema nacional devido ao uso abundante de tomadas externas e em locais públicos (trens, ônibus, praças, ruas etc.), mostrando o trabalhador, o pobre na sua condição mais crua, muitas vezes até atuando diretamente com o público, que aparece como é, sem a necessidade de figurantes, o que nos deixa ter uma ótima noção dos costumes do Rio de Janeiro da década de 1970.

Nos seus filmes iniciais, ele expunha o cotidiano do carioca, abria espaço para uma crítica mais concreta, principalmente em seu segundo filme "Se Segura, Malandro!", que foi rodado no governo de Ernesto Geisel. Tal filme, se tornou possível devido ao momento político vivido em 1978, quando a produção foi lançada, um ano antes da anistia.

"O humor, hoje, é moda. E se amanhã sair de moda, eu vou continuar fazendo humor. É uma devoção. Só consigo me olhar sob esse viés da alegria, da brincadeira, da ironia. Estou preso a essa bolha da alegria, e de dentro dela não pretendo sair!"
(Hugo Carvana, 2011)

Morte

Hugo Carvana morreu no sábado, 04/10/2014, aos 77 anos no Rio de Janeiro. De acordo com o hospital em que ele estava internado desde o domingo 28/09/2014, em Botafogo, na Zona Sul do Rio de Janeiro, ele teve complicações causadas por um câncer no pulmão. Em 1996 já havia descoberto a mesma doença no mesmo órgão e em junho de 1997 havia se recuperado.

O velório ocorrerá no domingo, 05/10/2014, a partir das 09:00 hs, no Parque Lage, no Jardim Botânico. O corpo será cremado na segunda-feira, 06/10/2014, em cerimônia fechada para a família no Memorial do Carmo, no Caju, Zona Portuária.

Era casado com a jornalista Martha Alencar e pai de PedroMaria ClaraJúlio, e Rita.

Hugo Carvana em Plantão de Polícia
Televisão
  • 2012 - O Brado Retumbante ... Mourão
  • 2011 - Insensato Coração ... Olegário Silveira (Seu Silveira)
  • 2010 - Na Forma da Lei ... Jorginho Monteverde
  • 2009 - Malhação ... Inspetor Ubiracy Cansado
  • 2008 - Três Irmãs ... Drº Andrade
  • 2008 - Guerra e Paz ... Moreira
  • 2008 - Malhação ... Paulo Lopret
  • 2008 - Casos e Acasos ... Álvaro
  • 2007 - Paraíso Tropical ... Belisário Cavalcanti
  • 2006 - JK (Minissérie) ... Sampaio
  • 2004 - Como Uma Onda ... Sinésio
  • 2003 - Celebridade ... Lineu Vasconcelos
  • 2002 - Desejos de Mulher ... Atílio
  • 2001 - Porto dos Milagres ... Drº Gouveia
  • 2001 - Um Anjo Caiu do Céu ... Garcia
  • 1999 - Andando nas Nuvens ... Wagner Maciera
  • 1999 - O Belo e as Feras ... Barman
  • 1999 - Chiquinha Gonzaga (Minissérie) .... Gouveia
  • 1998 - Corpo Dourado ... Azevedo
  • 1995 - Cara e Coroa ... Aníbal
  • 1995 - Engraçadinha, Seus Amores e Seus Pecados (Minissérie) ... Irmão Fidélis
  • 1993 - Fera Ferida ... Numa Pompílio de Castro
  • 1993 - Agosto (Minissérie) ... Luiz Magalhães
  • 1992 - De Corpo e Alma ... Agenor Pinheiro
  • 1992 - As Noivas de Copacabana (Minissérie) ... Delegado Adroaldo de Lima
  • 1991 - O Dono do Mundo ... Lucas
  • 1990 - Gente Fina ... Guilherme Azevedo Paiva
  • 1986 - Roda de Fogo ... Paulo Costa
  • 1985 - De Quina Pra Lua ... Silva
  • 1984 - Corpo a Corpo ... Alfredo Fraga Dantas
  • 1982 - Quem Ama Não Mata (Minissérie) ... Fonseca
  • 1979 - Plantão de Polícia (Seriado) ... Valdomiro Pena
  • 1975 - Gabriela ... Argileu Palmeira
  • 1975 - Cuca Legal ... Celso Maranhão (Jacaré)


Cinema

Como Diretor
  • 2013 - Casa da Mãe Joana 2
  • 2011 - Não Se Preocupe, Nada Vai Dar Certo!
  • 2008 - Casa da Mãe Joana
  • 2003 - Apolônio Brasil - O Campeão da Alegria
  • 1997 - O Homem Nu
  • 1991 - Vai Trabalhar, Vagabundo II
  • 1982 - Bar Esperança
  • 1978 - Se Segura, Malandro!
  • 1973 - Vai Trabalhar, Vagabundo

Como Ator
  • 1954 - Trabalhou Bem, Genival
  • 1956 - Contrabando
  • 1957 - Tudo é Música
  • 1961 - Esse Rio Que Eu Amo
  • 1963 - Os Fuzis
  • 1964 - A Falecida
  • 1964 - Crime de Amor
  • 1965 - O Desafio
  • 1966 - A Grande Cidade
  • 1967 - Terra em Transe
  • 1967 - O Engano
  • 1968 - O Dragão da Maldade Contra o Santo Guerreiro
  • 1968 - O Homem Que Comprou o Mundo
  • 1968 - A Vida Provisória
  • 1968 - Antes, o Verão
  • 1968 - Como Vai, Vai Bem?
  • 1968 - Jardim de Guerra
  • 1968 - O Bravo Guerreiro
  • 1968 - Um Homem e Sua Jaula
  • 1969 - Macunaíma
  • 1969 - O Anjo Nasceu
  • 1969 - Os Herdeiros
  • 1969 - Pedro Diabo Ama Rosa Meia-Noite
  • 1969 - Tempo de Violência
  • 1970 - O Leão de Sete Cabeças
  • 1970 - O Capitão Bandeira Contra o Drº Moura Brasil
  • 1970 - Pindorama
  • 1971 - O Rei dos Milagres
  • 1971 - Procura-se Uma Virgem
  • 1972 - Quando o Carnaval Chegar
  • 1972 - Amor, Carnaval e Sonhos
  • 1972 - Câncer
  • 1973 - Tati, a Garota
  • 1973 - Toda Nudez Será Castigada
  • 1973 - Vai Trabalhar, Vagabundo
  • 1974 - Ipanema, Adeus
  • 1975 - A Nudez de Alessandra
  • 1976 - A Queda
  • 1976 - Gordos e Magros
  • 1977 - Anchieta, José do Brasil
  • 1977 - Tenda dos Milagres
  • 1977 - Mar de Rosas
  • 1977 - Se Segura, Malandro! ... Paulo Otávio
  • 1982 - Bar Esperança, o Último Que Fecha
  • 1983 - Águia na Cabeça
  • 1984 - Bete Balanço ... Tony
  • 1985 - Avaeté - Semente da Vingança
  • 1987 - Leila Diniz ... Clyde
  • 1990 - Boca de Ouro ... Caveirinha
  • 1991 - Assim na Tela Como no Céu
  • 1991 - Vai Trabalhar, Vagabundo II - A Volta
  • 1997 - O Homem Nu ... Motorista de Táxi
  • 1999 - Mauá - O Imperador e o Rei ... Queiroz
  • 2002 - Sonhos Tropicais ... Macedo
  • 2003 - Apolônio Brasil - O Campeão da Alegria
  • 2003 - Deus é Brasileiro
  • 2005 - Mais Uma Vez Amor ... Drº Alvarez
  • 2006 - Achados e Perdidos ... Juiz
  • 2006 - O Maior Amor do Mundo ... Salvador
  • 2008 - Casa da Mãe Joana ... Salomão
  • 2009 - Histórias de Amor Duram Apenas 90 Minutos
  • 2010 - 5x Favela - Agora Por Nós Mesmos
  • 2011 - Não se Preocupe, Nada Vai Dar Certo!
  • 2013 - Giovanni Improtta ... Cantagallo


Prêmios
  • Kikito de Ouro de melhor ator, no Festival de Gramado, por "Vai Trabalhar Vagabundo 2 - A Volta" (1991).
  • Troféu Candango de melhor Ator no Festival de Brasília, por "Vai Trabalhar Vagabundo 2 - A Volta" (1991).
  • Kikito de Ouro de melhor roteiro, no Festival de Gramado, por "Bar Esperança" (1983).
  • Kikito de Ouro de melhor filme, no Festival de Gramado, por "Vai Trabalhar Vagabundo" (1973).