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Assis

BENEDITO ASSIS DA SILVA
(61 anos)
Jogador de Futebol

* São Paulo, SP (12/11/1952)
+ Curitiba, PR (06/07/2014)

Benedito de Assis Silva, mais conhecido como Assis, foi um jogador de futebol brasileiro que atuava como atacante.

Depois de passar por clubes pequenos do futebol paulista, teve a sua primeira grande chance no São Paulo Futebol Clube em 1979, e uma rápida passagem pelo Sport Club Internacional, assim, foi para o Clube Atlético Paranaense, onde começou a se projetar nacionalmente. Formando uma dupla de sucesso com o atacante Washington, ajudou a levar o clube paranaense ao título estadual de 1982 e à semifinal do Campeonato Brasileiro de 1983.

Mas sua carreira teve maior destaque no Fluminense, quando chegou ao clube ao lado de Washington e conquistou o tricampeonato do Campeonato Carioca (1983, 1984, 1985) e o Campeonato Brasileiro de 1984, além de diversos outros torneios, inclusive internacionais.

Washington e Assis
Assis disputou 177 partidas pelo Fluminense e fez 54 gols, entre 1983 e 1987. Ao lado do companheiro de ataque, formando uma dupla que ficou conhecida como "Casal 20", alusão a seriado de TV da época, Assis deu muitas alegrias à torcida tricolor. Decidiu dois campeonatos cariocas, marcando gols em finais contra o Flamengo. Ganhou o apelido de "Carrasco do Flamengo" e passou a ser saudado pela torcida tricolor com o refrão "Recordar é viver, Assis acabou com você!".

Deixou o clube carioca em 1987 para tentar jogar nos Estados Unidos, pelo Miami, mas não conseguiu obter o visto de entrada e teve que voltar para o Brasil. Também defendeu o Paysandu e o Paraná Clube antes de encerrar a carreira no Atlético Paranaense, em 1992.

Em 2012, após anos como coordenador da Categoria de Base do Fluminense Football Club, Assis foi convidado a ocupar o título de "Embaixador do Fluminense". No novo cargo, o "Carrasco", acompanhou os eventos do mundo futebolístico e do próprio Fluminense, como o projeto "Tricolor Em Toda a Terra", como representante do seu time do coração.

Em 2013, seu filho, Gustavo Stella, ator, diretor e roteirista, desenvolveu o documentário independente intitulado "Ídolo Desmistificado" em que conta a relação do pai com seus admiradores e torcedores por todo o Brasil. O filme passa por Curitiba, Rio de Janeiro, São Paulo, Recife, Salvador, Brasília e Vitória ao tentar ilustrar e desmistificar a relação entre um ídolo e seu admirador, e também, a de um filho e seu pai.


Seleção Brasileira

Assis foi convocado apenas uma vez para a Seleção Brasileira, na breve passagem do técnico Edu, em 1984, logo após a vitoriosa campanha do Fluminense no Campeonato Brasileiro. Ele atuou nos amistosos contra a Inglaterra (derrota por 2 x 0, no Maracanã) e o Uruguai (vitória por 1 x 0, no Morumbi).


Morte

Assis faleceu na madrugada de domingo, 06/07/2014, em Curitiba PR. Ele foi vítima de uma insuficiência renal e morreu às 5:30 hs, aos 61 anos. Ele deixou esposa e dois filhos.

O velório de Assis acontecerá em Curitiba, PR, às 15:00 hs de domingo, 06/07/2014. O enterro será realizado na segunda-feira, 07/07/2014, no Cemitério do Água Verde, às 17:00 hs.


Títulos

  • 1980 - Campeonato Paulista (São Paulo)
  • 1981 - Campeonato Gaúcho (Internacional)
  • 1982 - Campeonato Paranaense (Atlético Paranaense)
  • 1983 - Campeonato Carioca (Fluminense)
  • 1984 - Campeonato Carioca (Fluminense)
  • 1984 - Campeonato Brasileiro (Fluminense)
  • 1985 - Campeonato Carioca (Fluminense)
  • 1991 - Campeonato Paranaense (Paraná)


Fonte: Wikipédia
indicação: Fátima Alencar

Washington

WASHINGTON CÉSAR SANTOS
(54 anos)
Jogador de Futebol

* Valença, BA (03/01/1960)
+ Curitiba, PR (25/05/2014)

Washington César Santos, ou simplesmente Washington, foi um jogador de futebol brasileiro, que atuava como centroavante. Jogou cinco partidas pela Seleção Brasileira principal, marcando 2 gols, e mais 4 jogos pela Seleção Olímpica marcando 2 gols.

Nascido na cidade de Valença, litoral sul da Bahia, Washington começou sua carreira no Galícia Esporte Clube de Salvador, tendo passado depois pelo Sport Club Corinthians Paulista, Operário Futebol Clube, Sport Club Internacional, Guarani Futebol Clube, Fortaleza Esporte Clube, Santa Cruz Futebol Clube, entre outros. Mas brilhou intensamente no Clube Atlético Paranaense e no Fluminense Football Club.

No Atlético Paranaense, foi campeão paranaense em 1982 e grande ídolo desta torcida junto com Assis, com quem fazia uma dupla de ataque muito eficaz.

Washington e Assis
Tendo se transferido para o Fluminense em 1983, junto com Assis, clube onde mantiveram o apelido de "Casal 20", nome de um seriado de TV de sucesso na época, porque já eram conhecidos com este apelido carinhoso no clube paranaense, fizeram o primeiro jogo em 02/07/1983, em que o Tricolor venceu o São Cristóvão por 3 x 0, na abertura do Campeonato Carioca de Futebol, e Washington fez o terceiro gol da partida. Ao lado de Assis, "O Carrasco", formou uma das duplas mais carismáticas e vitoriosas da história do clube.

Pelo Fluminense, Washington foi campeão brasileiro em 1984 e campeão carioca em 1983, 1984 e 1985, além de muitos outros títulos de menor expressão.

Com 1,88 m e grande impulsão, costumava levar grande vantagem sobre os zagueiros adversários. Quando tinha escanteio a favor do Fluminense, a torcida tricolor cantava: "Ão, ão, ão, na cabeça do negão...", o que invariavelmente preocupava muito as defesas adversárias e redundou em vários gols para o Fluminense.

Washington, é o oitavo maior artilheiro da história do Fluminense com 118 gols em 301 jogos.


Doença

Washington sofria de uma grave doença degenerativa, a Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), mesma doença que afeta o mais conhecido e famoso físico e cosmólogo da atualidade, Stephen Hawking. Havia, por parte da torcida tricolor carioca, a solidariedade e o interesse em prestar todo o apoio ao ídolo. Já por parte do rubro-negro paranaense, o apoio financeiro ao tratamento e a intenção do desenvolver alguma campanha de marketing para ajudar ainda mais o ex-atacante atleticano.

O jogo realizado no domingo, 15/11/2009, entre as equipes do Fluminense e Atlético Paranaense pelo Brasileirão, foi denominado "Washington Day". A homenagem não se deve apenas ao motivo do ex-atacante ser ídolo das duas torcidas, mas também porque e, principalmente, o jogador integrante da famosa dupla "Casal 20" no Furacão e no Tricolor carioca, passar por sérios problemas de saúde e, desta forma, o evento esportivo arrecadou contribuições que foram revertidas para o tratamento de Washington com depósitos, em dinheiro, em sete urnas espalhadas pelo Maracanã.

O atacante Fred, principal destaque do time carioca no Brasileirão, também se mostrou solidário com o drama de Washington. Depois de anunciar em seu blog oficial o leilão de uma camisa autografada por ele e pelo próprio jogador, cuja renda seriea revertida para o ex-centroavante, Fred mostrou que está cada vez mais identificado com o clube e fez questão de tirar uma foto com a camisa comemorativa do "Washington Day".


Morte

Washington foi encontrado morto em sua casa em Curitiba, PR na manhã de domingo, 25/05/2014. Segundo a família do jogador, ele foi encontrado sem o respirador, que caiu durante a noite. O jogador já vinha sendo acompanhado diariamente por uma equipe médica.


Títulos

Internacional
Campeonato Gaúcho: 1981

Atlético Paranaense
Campeonato Paranaense: 1982

Fluminense
Campeonato Carioca: 1983, 1984 e 1985
Campeonato Brasileiro: 1984

Botafogo
Campeonato Carioca: 1990

Desportiva Ferroviária
Campeonato Capixaba: 1992

Santa Cruz
Campeonato Pernambucano: 1993

Galícia
Campeonato Baiano: 1980 (Vice-campeão)

Fonte: Wikipédia

Fernandão

FERNANDO LÚCIO DA COSTA
(36 anos)
Jogador de Futebol, Dirigente e Técnico

* Goiânia, GO (18/03/1978)
+ Aruanã, GO (07/06/2014)

Fernando Lúcio da Costa, mais conhecido como Fernandão, foi um futebolista e dirigente brasileiro.

Iniciou sua carreira nas categorias de base do Goiás como meia, e aos dezesseis anos passou a jogar bola no time profissional. Foi no Goiás onde passou a ter destaque no cenário futebolístico, entre 1995 e 2001, quando conquistou cinco estaduais, duas Copas Centro-Oeste e um Brasileiro da Série B na posição de meio de campo.

Devido ao seu futebol de grande técnica e seus cabeceios certeiros, teve a oportunidade de ir para a Europa, onde jogou pelo Olympique de Marselha, por quase três anos, depois foi transferido para o Toulouse, também da França, lá começou a jogar de atacante.

Na volta para o Brasil, Fernandão foi para o Internacional, sendo que Fernando Carvalho, presidente do Internacional na época, fez grande esforço para contratar o jogador. Foi no Internacional onde atingiu seu melhor momento no futebol. Logo em seu jogo de estréia, marcou o milésimo gol da história do clássico Grenal, feito que lhe rendeu uma placa e o fez cair nas graças da torcida colorada.

Após se adaptar rapidamente ao futebol gaúcho, chegou a vestir a camisa da Seleção Brasileira em um amistoso contra a Seleção da Guatemala.

Em 2006, Fernandão foi o capitão do time que deu ao Internacional os seus dois maiores títulos: a Copa Libertadores da América e o Mundial de Clubes FIFA. Ele foi decisivo, marcando um gol e dando passe para o outro na grande final da Libertadores com o São Paulo, partida na qual foi eleito pela patrocinadora do torneio melhor jogador em campo.


Na conquista da Copa Dubai de 2008 foi fundamental para o Internacional, fazendo um gol de fora da área contra a Inter de Milão.

Em 14/06/2008, foi anunciada a sua transferência para o Al-Gharafa. Fernandão saiu do Internacional como um dos maiores ídolos da história do time. E prometeu voltar ao clube futuramente, seja como dirigente, seja como jogador ou seja como torcedor, sendo considerado por muitos como o maior ídolo da história colorada.

No dia 30/07/2009, rescindiu seu contrato com o Al-Gharafa e, após muita especulação por parte de vários clubes, como São Paulo, Internacional e Santos, acertou com o clube que o revelou, o Goiás.

No dia 06/05/2010, o São Paulo anunciou a contratação de Fernandão até o fim de 2011. Em sua estreia, desequilibrou o duelo válido pelas quartas de final da Copa Libertadores, contra o Cruzeiro no Mineirão, originando as jogadas dos dois gols, o último inclusive com um passe de calcanhar.

No dia 23/05/2010, em jogo valido pela 3ª rodada do Campeonato Brasileiro, Fernandão marcou seu primeiro gol com a camisa do São Paulo, ironicamente foi contra o Internacional, clube onde tornou-se ídolo, e na casa do Internacional, o Beira-Rio. A partida terminou com a vitória do São Paulo por 2 x 0.

No dia 09/05/2011, São Paulo e Fernandão acertaram a rescisão amigável do contrato. Com a camisa do São Paulo fez oito gols, todos pelo Campeonato Brasileiro de 2010, em 39 partidas.

Dirigente

Depois de anunciar sua aposentadoria do futebol no dia 19/07/2011, foi anunciado como diretor executivo do Internacional.


Técnico

Em 20/07/2012, foi confirmado como novo técnico do Internacional, substituindo Dorival Júnior. Seu auxiliar foi o ex-goleiro André e essa foi a primeira experiência de Fernandão como treinador.

Fez sua estréia em 22/07/2012, na goleada de 4 x 1 sobre o Atlético, GO, no estádio Beira-Rio, com gols de Elton, Dagoberto, Jajá e Fred, que foi uma aposta de Fernandão para iniciar o jogo e acabou sendo o grande destaque da partida. No jogo seguinte, venceu o Figueirense, no Orlando Scarpelli, por 1 x 0, gol de Dagoberto. Na 3ª partida, empatou em casa com o até então vice-líder do campeonato Vasco, por 0 x 0.

Em 20/11/2012, Fernandão, após obter apenas 44,9% de aproveitamento como treinador do Colorado, foi demitido pela diretoria. Antes de sair, porém, o ex-capitão trocou farpas com o zagueiro Bolívar, que se recusou a ficar no banco de reservas na partida contra o Corinthians.

 

Morte

Fernando Lúcio da Costa morreu em 07/06/2014 aos 36 anos na queda de um helicóptero. O acidente ocorreu por volta de 1:30 hs, na cidade de Aruanã, no interior de Goiás, e o helicóptero era um Helibrás HB-350BA Esquilo, prefixo PT-YJJ.

No acidente, também morreram outros quatro passageiros: Lindomar Mendes Vieira, Antônio de Pádua Ferreira, Edmilson de Sousa Lemes e Milton Ananias.

Segundo a Polícia Civil, a aeronave levantou voo da fazenda que pertencia a Fernandão por volta de 01:00 hs e caiu segundos depois sobre um banco de areia, uma pequena praia de água doce, às margens do Rio Araguaia e capotou diversas vezes. O local do acidente fica a 15 km do centro de Aruanã, GO. O ex-jogador chegou a ser levado para o hospital da cidade, mas faleceu pouco depois.

"O corpo dele é o único que está no hospital. Os demais morreram no local do acidente. Nessa época é muito comum acampamento às margens do Rio Araguaia, mas trata-se de uma região cujo acesso é mais comum por helicóptero ou barco. Ele chegou ao hospital socorrido por barco."
(Delegado Norton Ferreira, chefe de comunicação da Polícia Civil de Goiás)

Um dos responsáveis pelo resgate, o sargento Cristiano contou o estado em que encontrou o ex-jogador.

"Ele estava inconsciente, com muita secreção nas vias aéreas por causa das hemorragias internas, múltiplos ferimentos nos membros inferiores e um ferimento na cabeça. Respirava com muita dificuldade e já no trajeto ao hospital estava em estado crítico. Infelizmente, quando chegou ao hospital veio a óbito"

Fonte: Wikipédia e Globo Esporte

Dirceu

DIRCEU JOSÉ GUIMARÃES
(43 anos)
Jogador de Futebol

* Curitiba, PR (15/06/1952)
+ Rio de Janeiro, RJ (15/09/1995)

Dirceu José Guimarães, mais conhecido como Dirceu, foi um jogador de futebol brasileiro que atuava como ponta-esquerda e meia.

Ele talvez tenha sido um dos jogadores mais técnicos e voluntariosos da história do futebol brasileiro. Sua disposição era tão grande que acabou herdando o apelido de "Formiguinha" de Zagallo. Dirceu foi um dos principais nomes da Seleção Brasileira nas décadas de 70 e 80.

São três Copas do Mundo, uma Olimpíada e muitos clubes no currículo. Sua brilhante carreira durou 25 anos, e um detalhe importante: nesse tempo todo, nunca recebeu um único cartão vermelho, apesar de toda a sua garra e toda a sua determinação mostrada nos gramados.

Dirceu José Guimarães nasceu no dia 15/06/1952, na cidade de Curitiba, PR. Iniciou a sua cerreira no futebol no final dos anos 60 no infantil do Coritiba. Foi lançado no time profissional pelo lendário Filpo Núñez quando tinha apenas 18 anos e logo começou a ser notado pelos dirigentes das equipes do eixo Rio-São Paulo. Foi fundamental na conquista dos campeonatos paranaenses de 1971 e 1972, conquistados pelo Coxa Branca. Antes de se transferir para o Botafogo, participou dos Jogos Olímpicos de 1972, em Munique, e foi um dos poucos jogadores a se salvar na decepcionante campanha da Seleção Brasileira, que foi desclassificada ainda na primeira fase.

Suas atuações com a camisa do Botafogo fizeram com que aquele jovem ponta-esquerda ganhasse notoriedade e prestígio junto à torcida. Mesmo não tendo conquistado títulos com a camisa alvinegra, foi lembrado por Zagallo para fazer parte do grupo que disputou a Copa do Mundo de 1974, na Alemanha Ocidental.

Dirceu não começou o Mundial como titular, mas ganhou a vaga na segunda fase da competição e teve boa participação nos jogos contra a Alemanha Oriental, Argentina, Holanda e a Polônia. O quarto lugar na Copa acabou frustrando os torcedores, mas o hábil ponta-esquerda seguiu com bastante moral com a torcida.


Dirceu defendeu o Botafogo até 1975, participando de 52 partidas e marcando nove vezes. Depois foi contratado pelo Fluminense e fez parte de uma das equipes mais fantásticas e mais lembradas pela imprensa esportiva: a "Máquina Tricolor".

Junto com craques como Carlos Alberto Torres, Paulo César Caju, Edinho, Rodrigues Neto, Gil e Rivellino, conquistou o Campeonato Carioca de 1976 e ainda levou o Fluminense às semifinais do Campeonato Brasileiro de 1976, quando a equipe das Laranjeiras foi derrotada pelo Corinthians nos pênaltis, na partida que ficou conhecida como a "Invasão Corintiana".

Dirceu deixou o Fluminense em 1977, como parte do "troca-troca" idealizado por Francisco Horta e se transferiu para o Vasco da Gama. Quando chegou em São Januário, Dirceu se transformou num dos principais jogadores do time, formando-se em um meio-campo de muito respeito com Zé Mário e Zanata. A conquista do Campeonato Carioca daquele ano, com apenas uma derrota e nenhum gol sofrido em todo o segundo turno, entrou para a história do Gigante da Colina. E a final contra o Flamengo, decidida apenas nos pênaltis, é considerada até hoje uma das mais emocionantes da história da competição.

Suas boas atuações com a camisa do Vasco da Gama lhe renderam a convocação para a sua segunda Copa do Mundo, em 1978. Dirceu, a princípio, era o reserva imediato de Rivellino, mas acabou entrando logo na partida de estréia, contra a Suécia.

A "Formiguinha" marcou três gols no Mundial da Argentina, dois contra o Peru e um contra a Itália, e foi o principal destaque da Seleção Brasileira que ficou com a terceira colocação no torneio, na ocasião chamada de "Campeão Moral" pelo técnico Cláudio Coutinho. E suas atuações foram tão boas que ele foi premiado com a "Bola de Bronze" da Copa do Mundo, como o terceiro melhor jogador do Mundial e fazendo parte da seleção do torneio.

Depois de duas temporadas jogando pelo América do México, Dirceu se transferiu para o Atlético de Madrid em 1979, permanecendo no clube por três anos. Foi lembrado por Telê Santana para a Copa do Mundo de 1982, na Espanha, mas só atuou no primeiro tempo da partida contra a União Soviética. Depois do Mundial, iniciou uma verdadeira peregrinação por clubes europeus, principalmente na Itália, onde defendeu o Napoli, Ascoli e o Como. Por este último, participou da melhor temporada da história do clube, levando a pequena equipe ao oitavo lugar no Campeonato Italiano e à semifinal da Copa da Itália. Por causa dessa temporada, foi eleito o melhor jogador do Calcio de 1985/1986.


Foi convocado para a Copa do Mundo de 1986, mas acabou cortado por conta de uma lesão causada num choque com o goleiro Paulo Victor a poucos dias do embarque para o México. No entanto, Dirceu se mostrou inconformado com o fato e nunca perdoaria o técnico Telê Santana e o médico Neylor Lasmar pela sua ausência naquela que seria a sua quarta Copa do Mundo. É bom lembrar que outros jogadores veteranos como Zico, Sócrates e Falcão também estavam lesionados e/ou fora de forma, e contaram com a complacência da comissão técnica.

Dirceu defendereria ainda o Avellino, da Itália, retornou ao Vasco da Gama em 1987 onde se desentendeu com o técnico Sebastião Lazaroni e só jogou sete partidas. Passou pelo Miami Sharks, dos Estados Unidos e por outras equipes pequenas do futebol italiano, se dividindo entre os campeonatos de futebol e futsal.

Com quase quarenta anos, viveu outro grande momento atuando pelo modestíssimo Ebolitana, equipe da cidade de Eboli, na província de Salerno. Com o ex-companheiro de Fluminense Rubens Galaxe no comando do time, a fanática torcida começou a sonhar com o acesso para a Série C do Campeonato Italiano. Mesmo não tendo conseguido a classificação, Dirceu foi homenageado pelo clube que batizaram o estádio local com o nome "Stadio Dirceu José Guimarães".

Depois de mais um período atuando no futebol de salão e no showbol, Dirceu aceitou uma proposta do Yucatán, onde encerraria a sua brilhante carreira em 1995. E a sua despedida contou com a presença de amigos como Zico e Roberto Dinamite jogando no Estádio Asteca, tomado por 50 mil pessoas que queriam ver a "Forminguinha" jogando pela última vez.

Talvez a única mágoa do jogador, além da polêmica do corte na Copa do Mundo de 1986, tenha sido o fato de nunca ter sido homenageado em Curitiba, sua cidade natal. Por outro lado, Dirceu também ficou conhecido pelo fato de priorizar boas propostas financeiras ao invés de permanecer nos clubes por um maior período de tempo.

Após 17 anos fora do Brasil, resolveu voltar e se restabelecer definitivamente no país.


Morte

Uma semana depois de sua chegada ao Rio de Janeiro, retornando de um futebol noturno com ex-jogadores na Barra da Tijuca, Dirceu e seu amigo italiano Pasquale Sazio teriam sido vítimas da irresponsabilidade de rapazes que faziam um "racha" e acertaram seu carro, um Puma. Ambos faleceram na hora, na madrugada de 15/09/1995.

Dirceu José Guimarães tinha 43 anos de idade e deixou três filhos. Sua mulher estava grávida do quarto menino.


Títulos

Coritiba
1971 - Campeonato Paranaense
1972 - Campeonato Paranaense

Fluminense
1976 - Campeonato Carioca

Vasco da Gama
1977 - Campeonato Carioca
1988 - Campeonato Carioca



Prêmios

  • 1977 - Jogador do Ano: Melhor Jogador do Vasco
  • 1978 - Jogador do Ano: Melhor Jogador do Vasco
  • 1978 - Bola de Bronze Copa do Mundo FIFA
  • 1978 - 3º Maior Futebolista Sul-americano do Ano
  • 1985 - Melhor Jogador do Campeonato Italiano
  • 1986 - Melhor Jogador do Campeonato Italiano

Marinho Chagas

FRANCISCO DAS CHAGAS MARINHO
(62 anos)
Jogador de Futebol

* Natal, RN (08/02/1952)
+ João Pessoa, PB (01/06/2014)

Francisco das Chagas Marinho, conhecido como Marinho Chagas, foi um futebolista brasileiro que atuou como como lateral-esquerdo.

Marinho Chagas nasceu em Natal, RN, em 08/02/1952. Aos 15 anos, ainda conhecido como Chiquinho, iniciou a carreira na lateral esquerda do modesto  Riachuelo, clube da periferia de Natal.

Dois anos depois, trocou o time pelo ABC, clube pelo qual conquistou seu primeiro título profissional: o Campeonato Potiguar de 1970, no mesmo ano em que a Seleção Brasileira conquistava o tricampeonato mundial no México.

Jogou também no América de NatalNáuticoBotafogo, onde conquistou destaque e clube que o levou para a Seleção Brasileira e à Copa do Mundo de 1974. Também atuou pelo FluminenseBanguSão PauloFortaleza, e junto com Franz Beckenbauer no New York Cosmos.

Iniciou sua carreira de treinador no Alecrim Futebol Clube, mas por razões desconhecidas deixou a carreira.

Dono de um chute forte e preciso, era conhecido pelos gols de falta marcados frequentemente. Era conhecido pelo comportamento irreverente e não raro polêmico dentro e fora de campo, se destacando por estar taticamente à frente de seu tempo: avançava livremente pela lateral do campo rumo ao ataque, características de um verdadeiro ala. Isso na época causava controvérsia, já que antigamente era considerado muito mais importante para um lateral marcar do que apoiar. Por causa disso, Marinho recebeu o pejorativo apelido de "Avenida Marinho Chagas", devido aos eventuais espaços que deixava em campo.


Apesar de toda a fama que tinha em sua terra, Marinho Chagas brilhou mesmo foi no Rio de Janeiro, onde foi ídolo pelo Botafogo, vindo do Náutico, onde começou a se projetar. No Rio de Janeiro, ganhou a fama de temperamental e o apelido de "Bruxa Loura". Lateral-esquerdo tal qual Nílton Santos, ele foi o dono da posição no Glorioso entre 1972 e 1977. E muito por isso considerado o sucessor da "Enciclopédia do Futebol"Nílton SantosTítulo, inclusive, que muito honrava Marinho Chagas.

Quando Nílton Santos morreu em 27/11/2013, o potiguar se disse "muito abalado" com a perda e resumiu de forma impactante o que sentia pelo bicampeão mundial:

"Figurar entre os melhores jogadores da história do Botafogo é uma honra enorme, pois este foi o único clube em que o meu maior ídolo jogou!"

Marinho Chagas também se orgulhava de sua estreia pelo Botafogo, justamente contra o Santos de Pelé. E dizia que logo no primeiro lance roubou a bola do Pelé e deu um lençol nele. No seguinte, tocou entre as pernas do Rei do Futebol.

Em 1973, chegou à Seleção Brasileira – a estreia aconteceu em 25 de junho daquele ano, na derrota por 1 a 0 para a Suécia, em um amistoso realizado no Estádio Rasunda - o mesmo palco da cidade de Solna que recebeu o primeiro título da Seleção em 1958.

Em 1974 foi convocado por Mário Jorge Lobo Zagallo para disputar a Copa do Mundo de 1974, a única de sua carreira. A equipe foi eliminada nos grupos da segunda fase, perdendo a vaga na final. Na disputa do terceiro lugar, perdeu por 1 a 0 para a Polônia, em jogo que valeu a Marinho Chagas rixas com o comentarista João Saldanha e com o goleiro Emerson Leão. Mas mesmo com a eliminação, Marinho Chagas acabou sendo eleito o melhor lateral-esquerdo daquele Mundial.


Marinho Chagas ficou no Botafogo até 1976, deixando a Seleção Brasileira no ano seguinte - seu último jogo com o Brasil foi em 26/06/1977, um empate por 0 x 0 com a Iugoslávia no Estádio do Mineirão. Contratado pelo Fluminense, revolucionou: durante a disputa do Troféu Teresa Herrera, naquele mesmo ano, inventou cobranças de pênalti com uma "paradinha giratória", convertendo as três tentativas que fez. Foi a única conquista pelo clube, no qual jogou até o final de 1978.

Entre 1979 e 1980, atuou no futebol dos Estados Unidos, vestindo as camisas de New York Cosmos e Fort Lauderdale Strikers. No primeiro, atuou com jogadores como Franz Beckenbauer, Carlos Alberto Torres e Giorgio Chinaglia.

Quando voltou ao Brasil, foi para vestir a camisa do São Paulo. Brilhou na equipe paulista e conquistou em 1981 o título estadual pelo Tricolor. Antes de se aposentar, ainda jogou pelo Bangu, Fortaleza e Augsburg, da Alemanha.

Nos seus últimos anos de vida, morou em sua cidade natal, onde era comentarista da Band Natal, emissora Grupo Bandeirantes de Comunicação.

Era idolatrado em sua terra natal e um mês antes de sua morte foi homenageado com uma estátua de sete metros de altura, feita em sua homenagem pelo artista plástico Guaraci Gabriel. Antes, em fevereiro de 2014, já tinha sido homenageado com uma marchinha de carnaval, ao ser homenageado pelo bloco Jegue Empacado. Ele também era membro e embaixador da cidade-sede para a Copa do Mundo.


Morte

Nos últimos anos, separado da mulher LúciaMarinho Chagas passou a sofrer com os problemas de saúde decorrentes do alcoolismo. Nos últimos cinco anos, foi internado pelo menos três vezes, a última delas no sábado, 31/05/2014, em João Pessoa, PB, onde morreu nas primeiras horas de domingo, 01/06/2014, aos 62 anos, vítima de uma hemorragia digestiva.

Em 2013 chegou a passar 10 dias internado na UTI de um hospital de Natal, entre a vida e a morte, justamente por causa de uma hemorragia digestiva. Na época, ele prometeu parar de beber para estar vivo na Copa do Mundo que seria realizada no Brasil.

O corpo de Marinho Chagas foi velado no estádio Frasqueirão, que pertence ao ABC Futebol Clube, em Natal, RN, onde ele nasceu. O enterro ocorreu às 09:00 hs de segunda-feira, 02/06/2014, no Cemitério Morada da Paz.


Títulos

ABC
1970 - Campeonato Potiguar

Seleção Brasileira
1976 - Torneio Bi-centenário dos Estados Unidos

Fluminense
1977 - Troféu Teresa Herrera

São Paulo
1981 - Campeonato Paulista




Prêmios Individuais

  • 1972 - Bola de Prata (Placar)
  • 1973 - Bola de Prata (Placar)
  • 1974 - 2º Maior Futebolista Sul-Americano do Ano
  • 1974 - Melhor Lateral-Esquerdo da Copa de 1974
  • 1981 - Bola de Prata (Placar)

Fonte: Wikipédia, Globo Esporte, Terra e R7
Indicação: Miguel Sampaio

Joel Camargo

JOEL CAMARGO
(67 anos)
Jogador de Futebol

* Santos, SP (18/09/1946)
+ Santos, SP (23/05/2014)

Joel Camargo foi um jogador de futebol brasileiro, nascido na cidade de Santos, SP, em 18/09/1946. Começou sua carreira nas categorias de base da Portuguesa Santista.

Naquele início dos anos sessenta, o excelente quarto-zagueiro Joel era comparado ao fenômeno Djalma Dias. Dono de um futebol vistoso jogava com os braços abertos e a cabeça erguida, ganhando o curioso apelido de "Açucareiro".

Contratado pelo Santos em agosto de 1963, Joel rapidamente firmou-se na posição fazendo sua estréia na equipe no dia 01/09/1963, diante da Ferroviária de Araraquara, quando tinha exatos 16 anos e 11 meses de idade, tornando-se um dos jogadores mais jovens a vestir a camisa santista.

Joel chegou a tempo de integrar o elenco que conquistou o segundo título mundial nas partidas contra o forte time italiano do Milan.

A coletânea de títulos foi ampliada com o campeonato paulista de 1964. Em seguida vieram as conquistas da Taça Brasil e do Torneio Rio-São Paulo.

E os títulos não pararam: em 1965 venceu o Campeonato Paulista e a Taça Brasil. Em 1966 o Torneio Rio-São Paulo, em 1967 e 1968 venceu novamente o Campeonato Paulista e ainda em 1968 o Torneio Roberto Gomes Pedrosa, a Recopa Sul-Americana e Recopa Mundial.

Em 1969, com a conquista do tri-campeonato paulista, o técnico João Saldanha não tinha mais dúvidas a respeito do seu titular para a quarta zaga na disputa das eliminatórias para a Copa do México. Para João Saldanha, Joel era o melhor quarto zagueiro do mundo.


Enquanto isso, no Santos, houve um momento estranho na carreira de Joel Camargo.

Titular absoluto das feras de João Saldanha na Seleção Brasileira, Antoninho Fernandes, então o treinador do time do Santos, teimava em deixá-lo na reserva no time da Vila Belmiro, preferindo escalar Ramos Delgado e Djalma Dias, também excepcionais.

João Saldanha, que não tinha papas na língua, reprovava a postura do técnico Antoninho. A rigor, ele também viveu situação insólita ao assumir a Seleção Brasileira. Sua experiência no ramo se resumia a efêmera passagem no comando do time do Botafogo na década de 50.

Ele foi um jornalista respeitadíssimo pelo profundo conhecimento sobre futebol. Quer no rádio, quer no jornal, usou linguagem direta e criou frases imortalizadas no mundo da bola:

"Se macumba ganhasse jogo, o Campeonato Baiano terminaria empatado". Outra pérola foi: "Se concentração ganhasse jogo, o time da penitenciária seria campeão".

Com a saída de João Saldanha da Seleção Brasileira, o espaço de Joel foi encurtado. Permaneceu no grupo de jogadores, porém relegado pelo técnico substituto, Mário Jorge Lobo Zagallo, que preferiu improvisar o volante Wilson Piazza na posição.

Fontana, o outro quarto-zagueiro, ainda atuou naquele Mundial e Joel não passou de um turista na conquista do tri-campeonato.


Depois da copa, Joel sofreu um violento acidente de automóvel. O barulho da violenta batida do Opala vermelho no poste da Avenida Ana Costa em Santos, abalou definitivamente sua carreira. No acidente Joel saiu muito machucado, vindo a falecer uma moça que o acompanhava a bordo de seu carro.

Acusado de dirigir embriagado na ocasião do acidente, o Santos suspendeu seu contrato. Com o longo período de recuperação, sua volta aos gramados revelou um craque com cicatrizes no peito e a perna direita mais fina.

A última partida que fez pelo Santos foi no dia 21/11/1970, no empate sem gols diante do América Carioca, no Parque Antártica, em partida válida pela Taça de Prata.

Joel Camargo permaneceu no Santos até o início da temporada de 1971, completando mais de 300 partidas na Vila Belmiro. Em seguida, teve passagens discretas pelo Paris Saint-Germain da França, Clube de Regatas Brasil, AL, Saad Esporte Clube de São Caetano do Sul e no Londrina, PR.

Pendurou precocemente as chuteiras aos 26 anos, no mesmo ano e com a mesma idade que o consagrado companheiro de seleção Tostão.

Após se aposentar e trabalhar no porto de Santos, Joel deu aulas de futebol em uma escolinha de futebol em Santos, e foi também professor de escolinhas da prefeitura de São Paulo.

Depois de sumir do mundo do futebol, Joel nunca mais procurou seus antigos companheiros na Vila Belmiro. Em situação financeira difícil, fechou as duas casas lotéricas e tratou de vender sua medalha conquistada na campanha do tri-campeonato do México em 1970.

Enfim, o futebol profissional era página do passado. Aposentando, trabalhou no porto, deu aulas de futebol em uma escolinha no bairro da Encruzilhada, em Santos, e foi também professor de escolinhas da prefeitura de São Paulo, uma iniciativa abortada parcialmente pelos prefeitos Celso Pitta e Marta Suplicy.


Morte

Joel Camargo morreu vítima de insuficiência renal na sexta-feira, 23/05/2014, aos 67 anos, na Santa Casa de Misericórdia, em Santos.

Em nota divulgada no site oficial do clube, o Peixe prestou uma homenagem ao ex-zagueiro, e o presidente Odílio Rodrigues lamentou a morte do ídolo santista.

"Perdemos um grande ídolo do nosso clube e do Brasil. Joel Camargo esteve no elenco que ganhou o Mundial de 63 e foi campeão da Copa de 70. Um grande zagueiro, que sempre honrou as cores da camisa do Santos. Desejamos força à família e amigos nesse momento tão difícil. Que eles recebam nossos sentimentos."


Homenagem do Santos

Joel Camargo foi homenageado pelo Santos, no dia 11/11/2006, antes da partida do Campeonato Brasileiro entre Santos e Paraná, por ser mais um jogador do clube que conquistou a Copa do Mundo.

Carreira
  • 1963 - Portuguesa Santista
  • 1963-1971 - Santos Futebol Clube
  • 1971-1972 - Paris Saint-Germain (França)
  • 1973 - Clube de Regatas Brasil (Alagoas)
  • 1973 - Saad Esporte Clube (São Caetano do Sul)

Ele atuou somente dois jogos pelo Paris Saint-Germain antes de deixar o clube.


Títulos

  • 1970 - Copa do Mundo pela Seleção Brasileira
  • 1969 - Campeonato Paulista pelo Santos
  • 1968 - Campeonato Paulista pelo Santos
  • 1968 - Torneio Roberto Gomes Pedrosa pelo Santos
  • 1968 - Recopa Sul Americana pelo Santos
  • 1968 - Recopa Mundial pelo Santos
  • 1967 - Campeonato Paulista pelo Santos
  • 1965 - Campeonato Paulista pelo Santos
  • 1965 - Taça Brasil pelo Santos
  • 1964 - Campeonato Paulista pelo Santos
  • 1964 - Taça Brasil pelo Santos

Indicação: Miguel Sampaio

Bellini

HIDERALDO LUÍS BELLINI
(83 anos)
Jogador de Futebol

* Itapira, SP (07/06/1930)
+ São Paulo, SP (20/03/2014)

Hilderaldo Luís Bellini foi um futebolista brasileiro, capitão da Seleção Brasileira de Futebol na conquista do primeiro título mundial, em 1958.

Bellini nasceu no dia 07/06/1930 em Itapira, SP. Décimo primeiro dos doze filhos do imigrante italiano Hermínio Bellini, um homem de músculos e temperamento forte que criou a família trabalhando como carroceiro.

Ainda adolescente, Bellini iniciou como zagueiro na Sociedade Esportiva Itapirense no ano de 1946. Pouco depois, em 1949, foi descoberto pelo olheiro Mauro Xavier da Silva, que o levou para envergar a camisa da Esportiva Sanjoanense, que contava em seus quadros com um tal de Mauro Ramos de Oliveira e representava a cidade de São João da Boa Vista na disputa do campeonato paulista da segunda divisão. Permaneceu na Esportiva Sanjoanense até 1951.

Um ano depois, acertou transferência para o Vasco da Gama, onde chegou em 1952, numa época de renovação do time, após o desmanche do famoso Expresso da VitóriaExpresso da Vitória é como ficou conhecido o que é considerado pela maioria o maior esquadrão de futebol da história do Club de Regatas Vasco da Gama e um dos maiores da história do Brasil, que jogou entre 1942 e 1952. A denominação teria surgido num programa musical da Rádio Nacional, onde um cantor, ao se apresentar, disse que dedicaria a música ao Vasco, chamado por ele de "Expresso da Vitória", por atropelar seus adversários em campo.

Bellini recebe a taça Jules Rimet, em 1958 (Foto: Agência Estado)
No Vasco da Gama, Bellini ficou por 11 anos e conquistou três títulos estaduais em 1952, 1956 e 1958, , Torneio Rio-São Paulo de 1958, Torneio de Paris de 1957, Torneio Octogonal Rivadavia Corrêa Meyer de 1953, dentre outros. A passagem do ex-jogador pelo Vasco foi tão marcante que até hoje muitos torcedores e especialistas colocam seu nome entre os maiores jogadores de todos os tempos do clube. Após mais de uma década no Rio de Janeiro, ele se transferiu para o São Paulo.

Bellini, no entanto, não pegou uma época das mais gloriosas no São Paulo. Com o estádio do Morumbi em fase de construção, não havia muito investimento no futebol. Resultado: o campeão do mundo não conquistou nenhum título pelo clube. Seu destino, então, foi o futebol paranaense. Pelo Atlético Paranaense, ele encerrou a carreira em 1969, também sem conquistas.

Consagrou-se como capitão da Seleção Brasileira nas Copas do Mundo de 1958 e 1962. Sua foto levantando a Taça Jules Rimet com as duas mãos sobre a cabeça é uma das marcas do futebol brasileiro, e passou a ser repetida por todo capitão ao levantar a taça.

Bellini era um zagueiro vigoroso, raçudo, que se impunha dentro da área. Compensava a limitada técnica com muita seriedade e lealdade aos adversários, o que lhe deu o posto de capitão da Seleção Brasileira em 1958.

Bellini era casado desde 1963 com Giselda, mãe de seus dois filhos Carla e Junior.


Morte

Bellini morreu na quinta-feira, 20/03/2014, aos 83 anos, em São Paulo. Há cerca de dez anos, ele sofria de Mal de Alzheimer e vivia entre idas e vindas ao hospital. Internado nesta semana, ele não resistiu.

Com a morte de Bellini, apenas sete campeões de 1958 estão vivos atualmente: Zito, Zagallo e Pepe (os três também foram bi-campeões em 1962), Pelé (vencedor ainda em 1962 e 1970) e Dino Sani, Moacir e Mazzola.

Os outros ex-jogadores do primeiro título mundial que já faleceram são Gylmar, Nilton Santos, Castilho, De Sordi, Djalma Santos, Oreco, Mauro Ramos, Orlando, Zózimo, Didi, Dida, Garrincha, Vavá e Joel.


Estátua No Maracanã

A estátua localizada em uma das entradas do Maracanã, inaugurada em 13/11/1960 em homenagem aos Campeões Mundiais de Futebol de 1958, tornou-se popularmente conhecida como Estátua do Bellini, mesmo não se assemelhando a ele.

É natural até hoje que as pessoas que frequentam o Maracanã, no Rio de Janeiro,  marquem encontro na Estátua do Bellini. Ao contrário do que muitos pensam, no entanto, o monumento não é em homenagem ao ex-zagueiro do Vasco, mas sim aos campeões mundiais de futebol. O rosto da estátua, por sinal, não tem nada a ver com o do bicampeão do mundo.

A confusão ocorre porque a imagem representada na estátua está segurando uma taça acima da cabeça e também uma  bola com a outra mão. Imaginou-se, então, que poderia ser Bellini ali representado. Documentos da época informam que o rosto da estátua pode ser do cantor Francisco Alves ou do jornalista Hamilton Sbarra, mas não há confirmação.

Bellini teve suas pegadas foram eternizadas na "Calçada da Fama" do Estádio da Ressacada do Avaí Futebol Clube em 2011.


Títulos

Vasco da Gama
  • Campeonato Carioca: 1952, 1956 e 1958
  • Torneio Internacional do Chile: 1953
  • Torneio Octogonal Rivadavia Corrêa Meyer: 1953
  • Torneio de Paris: 1957
  • Troféu Teresa Herrera: 1957
  • Torneio Rio-São Paulo: 1958
  • Torneio Quadrangular do Rio: 1953
  • Torneio Triangular Internacional do Chile: 1957

Seleção Brasileira
  • Copa do Mundo: 1958 e 1962
  • Copa Roca: 1957, 1960
  • Copa Oswaldo Cruz: 1958, 1961, 1962
  • Taça Bernardo O'Higgins: 1959
  • Copa Atlântica: 1960


Mário Travaglini

MÁRIO TRAVAGLINI
(81 anos)
Jogador e Técnico de Futebol

* São Paulo, SP (30/04/1932)
+ São Paulo, SP (20/02/2014)

Mário Travaglini foi um futebolista e treinador de futebol. Foi considerado um dos introdutores da filosofia do futebol moderno no futebol brasileiro, combinando a versatilidade dos esquemas táticos europeus, sobretudo o da Seleção Holandesa de 1974, com o talento dos craques nacionais.

Depois de uma curta carreira como zagueiro, Mário Travaglini começou sua trajetória como técnico no Palmeiras, e não demorou a ter sucesso. Comandando craques como Ademir da Guia e Djalma Santos em uma das equipes que receberia o apelido de "Academia", o treinador conquistou o Campeonato Paulista em 1966, quebrando uma hegemonia do Santos de Pelé, a Taça Brasil de 1967, campeonato oficial do Brasil, que dava o direito de disputar a Copa Libertadores da América, e no mesmo ano, o Torneio Roberto Gomes Pedrosa. Os dois últimos torneios seriam oficializados mais tarde como edições do Campeonato Brasileiro.

Em 1978, foi supervisor técnico de Cláudio Coutinho no comando da Seleção Brasileira que disputou a Copa do Mundo daquele ano, na Argentina.


O técnico treinou o Corinthians entre 1982 e 1983 e foi campeão paulista em seu primeiro ano no clube. Além disso, também acompanhou a gênese do movimento político que ficaria conhecido como "Democracia Corintiana", abraçando a ideia de maior liberdade aos jogadores idealizada por Sócrates. No Parque São Jorge, Mário Travaglini ajudou a revelar Casagrande, dando as primeiras chances ao jovem atacante vindo da base do clube.

De 1983 até 1984, foi treinador do São Paulo, onde foi vice-campeão paulista em 1983, e o time foi muito mal no campeonato brasileiro de 1984. Saiu depois de uma derrota para o Internacional por 2 X 0, na 2ª rodada do Torneio Heleno Nunes. Fez no São Paulo, 64 jogos, com 29 vitórias, 24 empates, e 11 derrotas, para depois voltar a comandar o Palmeiras no campeonato paulista de 1984, obtendo o 4º lugar.

Em 1987, foi treinador do Esporte Clube Vitória. Aposentou-se no início dos anos 90, treinando clubes do interior paulista.

Foi presidente do Sindicato dos Treinadores Profissionais de Futebol de São Paulo e, em 2008, teve lançada sua biografia: "Mário Travaglini - da Academia à Democracia", de Márcio Trevisan e Helvio Borelli.

Mário Travaglini (Foto: Antonio Milena/Estadão)
Rio de Janeiro

O treinador também brilhou no futebol carioca, onde colecionou dois títulos na década de 70. No comando do Vasco da Gama, do atacante Roberto Dinamite, conquistou o Campeonato Brasileiro de 1974. Dois anos mais tarde, venceu o estadual de 1976 pelo Fluminense, uma equipe altamente ofensiva que contava com Rivellino como referência e ganhou o apelido de "Máquina Tricolor".

Mário Travaglini (Foto: JF Diorio/Estadão)
Morte

Mário Travaglini morreu às 21:30 hs de quinta-feira, 20/02/2014. Aos 81 anos, ele estava internado no Hospital São Camilo, no bairro da Pompéia, em São Paulo, desde o dia 06/01/2014.

A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa do hospital. Segundo boletim médico, Mário Travaglini morreu devido a complicações respiratórias provenientes de um tumor cerebral.

Títulos

Palmeiras
  • 1966 - Campeonato Paulista
  • 1967 - Campeonato Brasileiro


Vasco da Gama
  • 1974 - Campeonato Brasileiro


Fluminense
  • 1976 - Campeonato Carioca


Corinthians
  • 1982 - Campeonato Paulista


Fonte: Wikipédia e Veja
Indicação: Miguel Sampaio