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Paulo Goulart

PAULO AFONSO MIESSA
(81 anos)
Ator, Produtor e Escritor

* Ribeirão Preto, SP (09/01/1933)
+ São Paulo, SP (13/03/2014)

Paulo Goulart, nome artístico de Paulo Afonso Miessa, foi um ator brasileiro. O Goulart veio de um tio que, ao entrar na vida artística o escolheu como sobrenome. Nasceu em Ribeirão Preto, SP, em 09/01/1933, na Fazenda Santa Tereza. "Tocaram sinos, quando eu nasci", dizia Paulo Goulart brincando.

Seus pais, Afonso e Elza Miessa ganhavam a vida lidando com a terra, mas Paulo sonhava mais. Estudou Química Industrial, formou-se, mas só sonhava com o rádio. Quando soube que ia haver um teste para locutor, fez e não passou. Fez outros testes, dessa vez para ator, e passou a ser rádio-ator. O diretor era Oduvaldo Viana, o "diretor durão", que todos temiam, mas que Paulo enfrentou, com toda a tranquilidade, pois ele era e sempre foi um rapaz tranquilo.

Seu primeiro trabalho na televisão foi com Mazzaropi, no papel de Boca Mole, mas logo saiu da Rádio Tupi e TV Tupi indo para a TV Paulista. Foi ser o galã da novela "Helena" (1952). E também começou a fazer teatro.

Paulo Goulart conheceu a atriz Nicette Bruno, em 1952, quando ela procurava um galã para atuar ao seu lado na peça "Senhorita, Minha Mãe"Paulo Goulart fez um teste e foi aprovado pela própria Nicette. Pouco depois, os dois começaram a namorar, casaram em 1954 e permaneceram casados por toda a vida de Paulo. Juntos eles tiveram três filhos, sete netos e dois bisnetos.


Paulo Goulart fez uma carreira rápida. Parecia que tudo estava sempre preparado para ele. Foi para o Rio de Janeiro e fez TV Continental, TV Tupi e TV Rio. Passou por todas elas e por muitos teatros. Foi quando resolveu ir com Nicette Bruno, que esperava seu 3º filho, à Curitiba, a chamado de seu pai, que estava lá numa boa posição em um banco.

Paulo GoulartNicette Bruno foram empresários, mas atores também, pois nunca conseguiram deixar a arte. Fizeram o desejo do pai, que se preocupava por achar instável a profissão do casal, mas foram logo chamados para participações, aulas e cursos. E aquilo só durou dois anos.

Voltaram para São Paulo e para o Rio de Janeiro e, em verdade, sempre trabalharam em uma cidade ou outra, onde possuíam residência.

Paulo Goulart conheceu então a TV Excelsior, onde trabalhou sob a direção de Walter Avancini. Foi nessa época em que se aprofundou muito em televisão, e que o levou para a TV Globo, após a falência da TV Excelsior


Na TV Globo sempre fez grande papéis. "Na verdade, às vezes eles eram pequenos, e eu achava um jeitinho de melhorá-los" dizia Paulo Goulart. Alías, ele sempre teve esse jeitinho.

No teatro fez, entre outras coisas, a peça "Lá", que esteve em cartaz por quatro anos e meio. Na TV Globo fez "Uma Rosa Com Amor" (1972), "Plumas E Paetês" (1980), "O Dono Do Mundo" (1991), "Mulheres De Areia" (1993), e tantos outros trabalhos. Fez alguns papéis femininos, como em "Orquestra De Senhoritas". E Paulo Goulart ria dizendo: "Um dia sou galã, no outro estou vestido de mulher, com trancinha e tudo".

Paulo Goulart e Nicette Bruno tinham um casamento estável e longo, "feito de amor e respeito", segundo ele. E eram também sócios. Nicette Bruno, que foi dona do Teatro Intimo Nicette Bruno (TINB) tinha sociedade com o marido e com os filhos. É o Miessa e Filhos (MF) que administra o Teatro Paiol, em São Paulo, e também têm o Nicette Bruno Produções Artísticas, que é a empresa de produções.

Paulo Goulart (Orquestra das Senhoritas)
Atualmente, Paulo Goulart, que também fez cinema, como produtor e ator, era também escritor. Lançou "7 Vidas", que é um livro de auto-ajuda, "Grandes Pratos E Pequenas Histórias De Amor", que é um livro de culinária e "Vôo Da Borboleta", ainda inédito.

Alto, encorpado, Paulo Goulart tinha sempre um jeito maroto e infantil de sorrir. É sorrindo que dizia que "o importante para mim é ser útil, ao próximo, dentro do meu ofício". E isso, sem dúvida, Paulo Goulart sempre conseguiu ser.

Em sua homenagem, na cidade de São Paulo foi denominado um teatro do Esporte Clube Banespa.

Paulo Goulart e Nicette Bruno professaram seguir os ensinos do Espiritismo há décadas, juntamente com seus filhos.

Seus filhos são as atrizes Beth Goulart e Bárbara Bruno, e o ator e dançarino Paulo Goulart Filho. Também é avô das atrizes Vanessa Goulart e Clarissa Mayoral, a qual não tem qualquer parentesco com a atriz Tatyane Goulart.

Morte

Em 2012, Paulo Goulart passou algumas semanas internado no setor de oncologia do Hospital Beneficência Portuguesa, para tratar de um câncer do mediastino, uma cavidade no centro do tórax, localizada entre os pulmões. Há sete anos, o ator já havia passado por uma cirurgia para a retirada de um tumor no rim.

Paulo Goulart morreu aos 81 anos, em decorrência de um câncer, na cidade de São Paulo. A informação foi confirmada pela produção Nicette Bruno Produções ArtísticasPaulo Goulart morreu por volta das 13:30 hs do dia 13/03/2014, no Hospital Beneficência Portuguesa. No momento da morte, o ator estava ao lado da família, a mulher, Nicette Bruno, e os filhos.

Televisão

  • 1952 - Helena (TV Paulista)
  • 1966 - As Minas De Prata ... Dom Francisco (TV Excelsior)
  • 1966 - Anjo Marcado ... Drº César Galvão (TV Excelsior)
  • 1967 - Os Fantoches ... Marcos (TV Excelsior)
  • 1968 - A Muralha - Bento Coutinho (TV Excelsior)
  • 1968 - O Terceiro Pecado ... Clemente (TV Excelsior)
  • 1969 - A Cabana Do Pai Tomás ... Pierre St. Clair (TV Globo)
  • 1969 - Vidas Em Conflito ... Walter (TV Excelsior)
  • 1970 - A Próxima Atração ... Tomás (TV Globo)
  • 1970 - Verão Vermelho ... Flávio (TV Globo)
  • 1971 - Quarenta Anos Depois ... Santiago (TV Record)
  • 1972 - Uma Rosa Com Amor ... Claude Antoine Geraldi (TV Globo)
  • 1972 - Signo Da Esperança (TV Tupi)
  • 1974 - Corrida Do Ouro ... Newton (TV Globo)
  • 1976 - Um Sol Maior ... Rangel (TV Tupi)
  • 1977 - Éramos Seis ... Doutor Azevedo (TV Tupi)
  • 1977 - Papai Coração ... Mário (TV Tupi)
  • 1979 - Gaivotas ... Carlos (TV Tupi)
  • 1980 - Plumas E Paetês ... Gino (TV Globo)
  • 1981 - Jogo Da Vida ... Silas Ramos Cruz (TV Globo)
  • 1984 - Transas E Caretas ... Roberto (TV Globo)
  • 1986 - Roda De Fogo ... Marcos Labanca (TV Globo)
  • 1988 - Fera Radical ... Altino Flores (TV Globo)
  • 1988 - Chapadão do Bugre ... Capitão Eucaristo Rosa (TV Bandeirantes)
  • 1990 - Gente Fina ... Joaquim (TV Globo)
  • 1991 - O Dono Do Mundo ... Altair (TV Globo)
  • 1992 - Despedida De Solteiro ... Delegado (TV Globo)
  • 1993 - Mulheres De Areia ... Donato (TV Globo)
  • 1994 - As Pupilas Do Senhor Reitor ... Dom Arlindo (SBT)
  • 1994 - Incidente Em Antares ... Tibério Vacariano (TV Globo)
  • 1995 - A Idade Da Loba ... Zé Rubens (TV Bandeirantes)
  • 1996 - O Campeão ... Felipe Caldeira (TV Bandeirantes)
  • 1997 - Zazá ... Ulisses (TV Globo)
  • 1999 - O Auto da Compadecida ... Major Antônio Moraes (TV Globo)
  • 2000 - Aquarela do Brasil ... Gabriel Laguardia (TV Globo)
  • 2001 - A Padroeira ... Dom Lourenço (TV Globo)
  • 2002 - Esperança ... Farina (TV Globo)
  • 2002 - O Quinto dos Infernos ... José Bonifácio (TV Globo)
  • 2004 - O Pequeno Alquimista ... Rei (TV Globo)
  • 2004 - Um Só Coração ... Avelino (TV Globo)
  • 2005 - América ... Mariano de Oliveira (TV Globo)
  • 2006 - Pé Na Jaca! ... Vilela (TV Globo)
  • 2006 - JK ... Israel Pinheiro (TV Globo)
  • 2007 - Amazônia, De Galvez A Chico Mendes - Tavares (TV Globo)
  • 2007 - Duas Caras ... Heriberto Gonçalves (TV Globo)
  • 2009 - Som & Fúria ... Carlos Betti (TV Globo)
  • 2009 - Cama De Gato ... Severo Tardivo (TV Globo)
  • 2010 - Ti Ti Ti ... Orlando Bianchi (TV Globo)
  • 2010 - Escrito Nas Estrelas ... Produtor
  • 2011 - Morde e Assopra ... Drº Eliseu Vilanova (TV Globo)
  • 2012 - Louco Por Elas ... Horácio (TV Globo)

Cinema
  • 1954 - Destino Em Apuros
  • 1957 - Rio Zona Norte ... Moacir
  • 1958 - O Grande Momento ... Vitório
  • 1958 - O Cantor E O Milionário ... Paulo
  • 1958 - O Barbeiro Que Se Vira ... Leonardo
  • 1958 - E O Bicho Não Deu
  • 1958 - Pista De Grama
  • 1960 - E Eles Não Voltaram
  • 1960 - Cala A Boca, Etelvina ... Adelino
  • 1962 - Nordeste Sangrento
  • 1972 - A Marcha
  • 1974 - A Cobra Está Fumando
  • 1979 - Os Trombadinhas ... Delegado Frederico
  • 1983 - Gabriela, Cravo e Canela ... João Fulgêncio
  • 1984 - Para Viver Um Grande Amor
  • 1989 - Solidão, Uma Linda História De Amor
  • 1989 - Faca De Dois Gumes ... Delegado Olímpio
  • 1989 - Kuarup
  • 1998 - Vila Isabel
  • 2000 - O Auto Da Compadecida ... Major Moraes
  • 2000 - Soluços E Soluções
  • 2004 - Redentor ... Ministro
  • 2005 - Xuxinha E Guto Contra Os Monstros do Espaço ... Voz São Pedro
  • 2005 - Tapete Vermelho ... Caminhoneiro
  • 2010 - Chico Xavier
  • 2010 - Nosso Lar
  • 2012 - O Tempo e o Vento ... Coronel Ricardo Amaral Neto

Dublagens

  • Aslam - As Crônicas de Nárnia: O Leão, A Feiticeira e O Guarda-Roupa
  • Narrador - A Bela e a Fera: O Musical da Broadway - São Paulo, 2002-2003

Nonato Buzar

RAIMUNDO NONATO BUZAR
(81 anos)
Cantor, Compositor e Produtor Musical

* Itapecuru Mirim, MA (26/08/1932)
+ Rio de Janeiro, RJ (02/02/2014)

Raimundo Nonato Buzar era um cantor, compositor e produtor musical brasileiro. Descendentes de libaneses, Nonato Buzar iniciou sua carreira em 1953, quando transferiu-se para o Rio de Janeiro.

Teve composições gravadas por MaysaElis ReginaElizeth CardosoRosinha de Valença, João NogueiraLuiz GonzagaWilson SimonalNelson Gonçalves, AdrianaAlcione, Nana Caymmi, Cauby Peixoto, MPB-4, Jair Rodrigues, Sílvio César, Ivan Lins, Milton Nascimento, entre outros.

Como produtor musical, trabalhou nas gravadoras PolyGram, de 1969 a 1971, e RCA Victor. Nessa função, foi responsável por discos de Jair Rodrigues, Regininha, A Turma da Pilantragem, Jimmy Cliff, Festival Internacional da CançãoWilson Simonal, entre outros.

Nonato Buzar integrou A Turma da Pilantragem, entre 1967 e 1969, assinou temas de aberturas de novelas da TV Globo como "Verão Vermelho" (1969), "Irmãos Coragem" (1970) e "Assim Na Terra Como No Céu" (1970). Seu maior sucesso nessa série de temas feitos para novelas foi a música "Irmãos Coragem", composta com o compositor carioca Paulinho Tapajós e gravada pelo cantor paulista Jair Rodrigues.


Morte

Nonato Buzar morreu na manhã de domingo, 02/02/2014, aos 81 anos, no Rio de Janeiro. O músico havia sido internado com pneumonia há 15 dias. O quadro se complicou e o maranhense teve falência múltipla dos órgãos.

O músico deixa como legado o livro de crônicas, "Planeta Neus", ainda a ser publicado. Nonato Buzar tinha dois filhos, Maria Moreno e Franscisco Eduardo, e um neto de quatro meses.


Discografia


  • 1975 - Nonato Buzar e o País Tropical Via Paris (Copacabana, LP)
  • 1972 - O Primeiro Retrato (Tapecar, LP)
  • 1970 - Nonato Buzar (RCA Victor, LP)
  • 1969 - A Turma da Pilantragem (Philips, LP)
  • 1968 - A Turma da Pilantragem (Philips, LP)
  • S/D - Temas de Novelas (RCA Victor, LP)


Tributos


  • 1968 - Os Temas Que Nonano Buzar Fez Para o Filme O Donzelo (RCA Victor, LP)


Indicação Luiz Carlos Lucs

Durval Ferreira

DURVAL INÁCIO FERREIRA
(72 anos)
Compositor, Instrumentista, Arranjador e Produtor Musical

* Rio de Janeiro, RJ (26/01/1935)
+ Rio de Janeiro, RJ (17/06/2007)

Durval Ferreira foi um arranjador, instrumentista, compositor e produtor musical. Começou a aprender violão com a mãe, que tocava bandolim, e desde então interessou-se por música, estudando sozinho. Mais tarde se aperfeiçoaria no contato com músicos como João Donato, Luís Eça, Johnny Alf, Cannonball Adderley, Herbie Mann, Tom Jobim e outros.

Em 1958 fez sua primeira composição, "Sambop" (Durval Ferreira e Maurício Einhorn) gravada dois anos depois por Claudete Soares no LP "Nova Geração Em Ritmo De Samba", gravadora Copacabana.

Em 1959 apresentou-se pela primeira vez em público no festival de bossa nova realizado no Liceu Franco-Brasileiro, do Rio de Janeiro, e em seguida em espetáculo da Faculdade de Arquitetura. Nessa época, organizou seu primeiro conjunto e acompanhou a cantora Leny Andrade.

Em 1962 integrou o conjunto de Ed Lincoln e, como guitarrista, tocou no Sexteto Bossa Rio, de Sérgio Mendes, durante o Festival de Bossa Nova, do Carnegie Hall, de Nova York, Estados Unidos. Três anos depois foi violonista do conjunto Tamba Trio em gravações, participando ainda do conjunto Os Gatos, com o qual gravou o LP "Aquele Som Dos Gatos" (Philips), e, em 1966, "Os Gatos" (Philips), incluindo sua composição "E Nada Mais" (Durval Ferreira e Lula Freire).

Durval Ferreira compôs a trilha sonora de "Estranho Triângulo", direção de Pedro Camargo, e participou, em 1968, do III Festival Internacional da Canção, da TV Globo, do Rio de Janeiro, com a música "Rua d'Aurora" (Durval Ferreira, Fátima Gaspar e Tibério Gaspar).

Durval Ferreira tem inúmeras composições gravadas por artistas brasileiros e norte-americanos, destacando-se "Batida Diferente" (Durval Ferreira e Maurício Einhorn), gravada por Roberto Menescal e seu Conjunto, na gravadora Elenco, pelo Tamba Trio, na gravadora Philips, e com várias outras gravações no Brasil e exterior.

"Tristeza De Nós Dois" (Durval FerreiraMaurício Einhorn e Bebeto), gravada em 1962 pelo conjunto de Sérgio Mendes e também com inúmeras gravações: "Estamos Aí" (Durval Ferreira, Maurício Einhorn e Regina Werneck), 1963, gravada por Leny Andrade, na Odeon, "Nuvem", com o mesmo parceiro, gravada pelo conjunto Os Gatos, de Eumir Deodato, na gravadora Philips

Sua composição com Maurício Einhorn e Hélio Mateus, "Avião", foi uma das últimas gravações do cantor Agostinho dos Santos, antes de sua morte em acidente aéreo.

Durval Ferreira participou, como jurado, do III e IV Festival Internacional da Canção, produziu as vinhetas da Rádio Nacional, do Rio de Janeiro, sozinho na FM, e em parceria com Orlandivo na AM. Foi diretor artístico da CID.

Durval Ferreira faleceu vítima de câncer.

Indicação: Miguel Sampaio

Márcio Vip Antonucci

MÁRCIO AUGUSTO ANTONUCCI
(68 anos)
Cantor, Compositor, Apresentador de TV, Ator e Produtor Musical

☼ São Paulo, SP (23/11/1945)
┼ Angra dos Reis, RJ (20/01/2014)

Márcio Augusto Antonucci, também conhecido como Márcio Vip Antonucci, foi um cantor e produtor musical brasileiro. Formou a dupla Os Vips, junto com seu irmão Ronald Luís Antonucci.

Iniciou sua carreira artística em 1964, como um dos integrantes da dupla Os Vips, destacando-se, também, como compositor, pela autoria das canções "Como Se Fosse Meu Irmão" (Lilian), "Longe Tão Perto" (Os Vips), "A Espera" (Painel de Controle), "O Jogo Acabou" (Perla), "Droga Maldita" (Vanusa) e "Borges" (Elenco da TV Colosso).

Em 1965, foi contratado como artista exclusivo da TV Excelsior, atuando como cantor e apresentador do programa "Linha de Frente", dirigido ao público jovem.

De 1966 a 1969, participou, como artista exclusivo da TV Record, dos programas "Jovem Guarda", "Ronnie Von" e "Show do dia 7", como integrante da dupla Os Vips.

Trabalhou também como ator na novela "Algemas de Ouro" (1969) e na mini-série "Ternurinha e Tremendão". Participou do júri do programa "Quem Tem Medo da Verdade", colaborando com o diretor Carlos Manga na criação do quadro "Lente da Verdade", no qual era utilizada uma câmera Nikkor de 7 mm, de sua propriedade, chamada "Olho de Peixe", que distorcia a fisionomia dos entrevistados dando mais dramaticidade ao programa.

Márcio Antonucci (à esquerda) ao lado do irmão Ronald Antonucci, com quem formava
a dupla de sucesso: Os Vips.
De 1972 a 1976, exerceu o cargo de produtor musical da Continental Discos, tendo lançado, entre outros, o cantor Agepê, contemplado com três Discos de Ouro, e o conjunto Roupa Nova. Foi responsável, também pelo LP "Novos Baianos Futebol Clube", contemplado com Disco de Ouro, e pelos LPs da série Os Motokas (Volumes I a XII), que contabilizaram mais de 3.000.000 de discos vendidos.

De 1976 a 1979, atuou como produtor musical da TV Globo, onde foi responsável pelos programas "Alerta Geral", "Brasil Especial", "Sandra & Miéle" e "Globo de Ouro".

Trabalhou como produtor musical da gravadora Som Livre, pela qual lançou as séries "Garra Brasileira", "Convocação Geral" e "Samba, Suor & Ouriço". Assinou, também, a produção musical dos LPs "Maravilhas Contemporâneas", de Luiz Melodia, e "Pecado Capital", da trilha sonora da novela homônima da TV Globo, ambos contemplados com Discos de Ouro.

De 1979 a 1981, exerceu o cargo de Diretor Geral do programa "Globo de Ouro", da TV Globo, e foi responsável pela criação dos quadros "O Som das Discotecas" e "O Som da Geração 80", esse último gerando um programa semanal devido ao alto índice de audiência.

De 1981 a 1985, atuou como diretor musical da TV Globo, tendo mudado todo o conceito musical das aberturas e vinhetas de todos os programas, com destaque para "A Volta da Vitória", que marcou a carreira dos pilotos Nelson Piquet e Ayrton Senna.

Ronald Antonucci e Márcio Antonucci
De 1985 a 1991, exerceu o cargo de diretor musical, de áudio e de sonorização da TV Globo, tendo mudado o conceito sonoro das músicas (novas trilhas e incidentais de novelas) e do áudio (gravações em 16 canais dos programas musicais), com destaque para o programa "Chico & Caetano", lançado em LP pela Som Livre. Assinou a direção musical de todas as trilhas de novelas e séries da TV Globo, como "Roque Santeiro", "Selva de Pedra", "Mandala""Tieta", entre outras.

De 1991 a 1995, atuou como diretor musical da gravadora Som Livre, nos fonogramas "Os Vips ao Vivo" (Volumes I e II), contemplados com quatro Discos de Ouro, e "TV Colosso" (Volumes I e II), contemplados com dois Discos de Ouro. Assinou a direção musical e os arranjos do "Show Colosso", que apresentou-se em temporada por todo o Brasil. Foi responsável, na gravadora PolyGram, pela produção musical dos 5 CDs do projeto "30 Anos de Jovem Guarda", que atingiram vendas superiores a 2.500.000 cópias, dois Discos de Ouro e dois Discos de Platina, e pela direção geral do show que excursionou o Brasil, contabilizando mais de 300 apresentações.

De 1996 a 1997, atuou como diretor geral do programa "Som Brasil" da TV Globo, tendo lançado o grupo Gera Samba, hoje É o Tchan!, e realizado a homenagem a Ângela Maria na comemoração dos 50 anos de carreira da cantora. Foi, também, responsável pela direção geral do "Reveillon da Globo", programa de fim-de-ano com duas horas e meia de duração.

Em 1997, atuou como diretor artístico e de programação da VIP TV em Miami, pela qual apresentou diariamente o programa "Coisas do Brasil" e as novelas e séries da TV Globo nos Estados Unidos.


De 1998 a 2000, trabalhou no projeto "A Discoteca do Chacrinha", tendo sido responsável pela produção musical dos 6 CDs, que atingiram vendas superiores a 500.000 cópias, 2 Discos de Ouro, e pela direção geral do shows que contabilizaram mais de 30 apresentações pelo Brasil.

Em 1999, atuou como Diretor Geral do projeto "Todos Pela Educação - Brasil 500 Anos", da TV Globo, apresentado também pela TV Futura, constituído por dez módulos de discussão e planejamento educacional nas principais cidades do país.

Em 2000 e 2001, assumiu o cargo de diretor de programas do SBT, com destaque para a direção geral do concerto "Os 3 Tenores", com José Carreras, Plácido Domingo e Luciano Pavarotti, realizado ao vivo do Estádio do Morumbi, em São Paulo.

Foi responsável, também, pela direção geral dos programas "Reveillon do SBT", com mais de quatro horas de duração, "A Missa de Fátima", transmitida ao vivo do Estádio da Portuguesa, e "O Grande Circo Místico", com a trilha sonora de Edu Lobo e Chico Buarque. É co-diretor dos programas "Pequenos Brilhantes", com Wilton Franco, e "Canta & Dança", com Luiz Bento, na mesma emissora.

Posteriormente, assumiu o cargo de diretor musical da TV Record, que passou a ser ocupado em 2008 pelo produtor musical Marco Camargo, jurado das temporadas do reality show "Ídolos" exibidas em 2008 e 2009, pela TV Record, onde ficou até março de 2009.

Morte

Márcio Antonucci morreu aos 68 anos, na segunda-feira, 20/01/2014, pela manhã, em um hospital de Angra dos Reis, RJ, onde ele estava internado há alguns dias por causa de uma pneumonia. A doença evoluiu para um quadro de infecção generalizada.

O filho de Márcio Antonucci, Bruno Antonucci, lamentou a perda na página do pai no Facebook:

"É com muito pesar que informo que o meu pai, ídolo e amigo nos deixou hoje pela manhã. Como disse, nos últimos dias, o quadro dele estava estável, porém, hoje, esse quadro mudou. Quando estivermos mais conformados com a situação poderemos tentar esclarecer o que houve."

Indicação: Miguel Sampaio

Luíz Sérgio Person

LUIZ SÉRGIO PERSON
(39 anos)
Ator, Diretor, Roteirista e Produtor

* São Paulo, SP (12/02/1936)
+ São Paulo, SP (07/01/1976)

Luiz Sérgio Person foi um ator, diretor, roteirista e produtor brasileiro. É conhecido sobretudo por ter dirigido dois importantes filmes do cinema brasileiro dos anos 1960, "São Paulo S.A.", um contundente retrato da alienação e do desespero do cidadão médio perante a emergente e aguda industrialização iniciada no final dos anos 50, e "O Caso dos Irmãos Naves", no qual usa um episódio verídico de injustiça e abuso de poder ocorrido durante o Estado Novo para traçar um paralelo com a repressão da ditadura militar da época, de forma crua e bastante corajosa.

Em 1951, fez o curso de interpretação cinematográfica no Centro de Estudos Cinematográficos de São Paulo, como bolsista da prefeitura. Nesse mesmo ano, ele se increveu num processo de seleção de atores para a peça "O Massacre", de Manuel Robins. Ficou entre os cinco finalistas mas os pais o impediram de abandonar o curso clássico no Colégio São Bento para ser ator numa peça encenada no Rio de Janeiro.

Em 1954, ingressou na Faculdade de Direito do Largo São Francisco (USP) onde ficou até o último ano sem contudo diplomar-se.

No ano seguinte, em 1955, junto com um grupo de jovens talentosos, como Antunes Filho, Cláudio Petraglia, Flávio Rangel e Antônio Henrique do Amaral, encenou inúmeras peças teatrais em casa de amigos, dentro do mais perfeito espírito amador.

Antes de completar 20 anos, organizou e editou uma revista de cinema e teatro, "Seqüência". Apesar do título, a revista não passou do primeiro número pelas dificuldades que Luiz Sérgio Person enfrentou em conduzir sozinho todas as tarefas indispensáveis à edição. Alguns meses mais tarde, engajou-se como ator na Companhia de Comédias de Odilon Azevedo e se apresentou no Teatro Municipal de Campinas como galã na peça "Vamos Brincar de Amor". Nesse ano, ainda escreveu um roteiro cinematográfico, inédito, com base no romance "Chão Bruto", de Hernani Donato; o argumento e roteiro de "A Lei do Mais Forte", e teve participação secundária como ator nos filmes "Cais do Vício" e "A Doutora é Muito Viva", ambos de 1956.

Em 1957, experimentou a televisão como ator de  teleteatro na TV Tupi, levado pelo amigo Antunes Filho. Na TV Tupi e TV Record, dirigiu gente consagrada como a atriz Cacilda Becker, de quem ficou amigo. Escreveu o roteiro de "Casei-me Com Um Xavante" (1957), em parceria com Alfredo Palácios, de quem foi também assistente de direção e onde apareceu ainda como ator ao lado de Pagano Sobrinho, Luely Figueiró e Lola Brah. Dirigiu o longa-metragem "Um Marido Para Três Mulheres" (1957).


Afastou-se do cinema em 1959, quando passou a se dedicar a atividades industriais, assumindo a diretoria comercial da empresa Person-Bouquet S/A, o que o levou a circular por ambientes que mais tarde surgiram em "São Paulo, Sociedade Anônima" (1965).

Em 1961, retornou à atividade cinematográfica. Foi para a Itália fazer curso de direção no Centro Sperimentale di Cinematografia (CSC), em Roma, onde ficou por dois anos. Junto com vários colegas do curso, realizou, como produtor, argumentista e diretor, o curta-metragem "Al Ladro" (1962). O filme recebeu o prêmio de qualidade do governo italiano e representou o país no Festival de Veneza em 1962 e, em seguida, no Festival de Bilbao. Como explicou o próprio Luiz Sérgio Person:

"O filme foi inteirinho rodado com a câmera na mão, a pouca distância e mesmo debaixo do nariz de transeuntes e pessoas completamente desprevenidas. Como preparação, de modo geral, o método consistiu em ensaiarmos os atores sem nos preocuparmos com os curiosos que iam se amontoando à nossa volta. Depois de estabelecida a posição da câmera, a objetiva, o diafragma, etc., nos retirávamos fingindo que o trabalho estava terminado; íamos tomar um café ou bater um papo distante do local escolhido, fazendo desaparecer a máquina, a fim de que ninguém nos seguisse. Em seguida, quando o grupo já havia se dispersado, voltávamos e, rapidamente, sem dar tempo ao público de perceber exatamente o que estava sucedendo diante dele, rodávamos a cena."

No mesmo ano, 1962, foi assistente de direção de Luigi Zampa no filme "Anni Ruggenti".

Em 1963, realizou o curta-metragem "L'ottimista Sorridente" em 16mm, seu trabalho de formatura no Centro Sperimentale di Cinematografia. Dirigiu também o documentário "Il Palazzo Doria Pamphili" sobre a sede da representação diplomática brasileira em Roma. Escreveu a primeira versão do argumento de "São Paulo, Sociedade Anônima", ainda com o título de "Agonia". Em Paris, tentou comprar os direitos de "Irma la Dulce" para o cinema.

De volta ao Brasil, em 1964, iniciou os preparativos para a produção de "São Paulo, Sociedade Anônima", em regime de quotas, com Renato Magalhães Gouvêa e Nelson Mattos Penteado.

No ano seguinte, o filme recebeu o Prêmio de Público na I Mostra Internacional do Novo Cinema realizada em Pesaro na Itália; Prêmio Cabeza de Palenque no VIII Festival Internacional do Filme de Acapulco, México; Prêmio Governador do Estado, da Comissão Estadual de Cinema de São Paulo; diversos Prêmios Cidade de São Paulo; os Prêmios Saci do jornal O Estado de S. Paulo para melhor filme, direção e montagem. Nesse mesmo ano, trabalhou na produção do documentário "Esportes no Brasil" para o Ministério das Relações Exteriores.


"São Paulo, Sociedade Anônima" é um marco no cinema paulista e foi a obra de Luiz Sérgio Person mais bem-sucedida, mostrando uma temática profundamente urbana tratada de um modo único dentro do movimento do Cinema Novo. Além de ser pioneiro no aprofundamento da problemática do jovem de classe média, é de se destacar a ausência do povo no filme, que era uma das características cinema-novistas. A forma narrativa assemelha-se ao questionamento da linguagem clássica feita pelo Cinema Novo e, com isso, Luiz Sérgio Person foi considerado um dos poucos participantes paulistas do movimento.

Em 1966, convidou Jean-Claude Bernadet para fazer a pesquisa e roteirizar o episódio do erro judiciário ocorrido em Araguari, MG, em que dois irmãos foram condenados sem terem cometido crime algum. Surgiu, entretanto, a possibilidade de dirigir um filme tendo Roberto Carlos e a Jovem Guarda no elenco, e Luiz Sérgio Person decidiu adiar o projeto sobre os Irmãos Naves. Tendo como parceiros Jean-Claude Bernadet e Jô Soares, escreveu o argumento e roteiro de "SSS Contra Jovem Guarda", mas o filme não chegou a ser rodado. Escreveu então o roteiro, a primeira versão, de "Panca de Valente" (1968).

Viajou inúmeras vezes até Araguari, MG, em companhia de Jean-Claude Bernadet para entrevistar testemunhas da época em que ocorreu o julgamento dos Irmãos Naves e levantar as locações para a realização do filme sobre o assunto. Antes das filmagens, organizou uma produtora com o amigo Glauco Mirko Laurelli, a Lauper Filmes. Em novembro começam as filmagens de "O Caso dos Irmãos Naves" (1967).

Integrou a Comissão Estadual de Cinema, onde ficou até 1971.

Em 1967, "O Caso dos Irmãos Naves" recebeu o Prêmio Governador do Estado para argumento e roteiro; Prêmio INC e Coruja de Ouro de melhor fotografia, cenografia e figurino. No III Festival de Brasília do Cinema Brasileiro recebeu os prêmios para melhor roteiro, diálogo e atriz coadjuvante. No final de 1968, o filme, considerado o melhor do ano, recebeu em Marília, SP, do Clube de Cinema da cidade, o Troféu Curumim

Iniciou um outro projeto, com Jean-Claude Bernadet: o roteiro de "A Hora dos Ruminantes", que não chegou a ser filmado.

Foi lançado "Marido Barra Limpa", o antigo "Um Marido Para Tês Mulheres", de 1957, com cenas adicionais filmadas por Renato Grecchi, que assinou o filme. Luiz Sérgio Person escreveu o roteiro de "Os Sete Pecados Capitalistas", não realizado, e deu aulas na cadeira de linguagem cienematográfica na Escola Superior de Cinema São Luiz, em São Paulo.

Luis Sérgio Person e sua filha Marina Person.
Participou de vários filmes paulistas como ator, em "O Quarto" (1968), dirigido por Rubem Biáfora, "Anuska, Manequim e Mulher", de Francisco Ramalho Jr. A amizade com José Mojica Marins, o Zé do Caixão, o levou mais uma vez a desempenhar a função de ator em "O Estranho Mundo de Zé do Caixão", no episódio "O Fabricante de Bonecas". Com o mesmo José Mojica Marins e Ozualdo Candeias, fez o longa "Trilogia do Terror", cabendo-lhe o episódio "A Procissão dos Mortos" (1968).

Luiz Sérgio Person liderou a criação da Reunião de Produtores Independentes (RPI), empresa de distribuição de filmes, revelando sua preocupações com a comercialização insatisfatória da produção nacional e dirigiu mais um longa metragem, "Panca de Valente" (1968).

Em 1969, já dedicado ao cinema publicitário, Luiz Sérgio Person recebeu o prêmio de melhor comercial de cinema, "Casa Zacharias", daquele ano, oferecido pelos cronistas publicitários de São Paulo. Continuou dirigindo comerciais - centenas, entre 1969 e 1971 - na G. Smith do Brasil e na sua empresa, a Lauper Filmes.

Voltou a interpretar, em 1970, em papel secundário no filme "Audácia!", de Antônio Lima e Carlos Reichenbach, seu antigo aluno na Escola Superior de Cinema.

"O Caso dos Irmãos Naves" impressionou a crítica americana e fez grande sucesso em Nova York, em 1972. Luíz Sérgio Person seguiu para lá, na tentativa de montar algum esquema de produção para "A Hora dos Ruminantes". Tentou comprar os direitos para montagem no Brasil da peça musical "Chorus Line".

Voltando ao Brasil, dirigiu no Rio de Janeiro a pornochanchada "Cassy Jones, o Magnífico Sedutor" (1973), com o qual ganhou, em 1973, o Kikito de melhor diretor no Festival de Gramado e também prêmios da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA) que considerou seu filme o melhor do ano. O filme recebeu o Prêmio INC e Carlos Imperial foi premiado com o Troféu Coruja de Ouro de melhor autor das partituras musicais.

Associação Paulista de Críticos de Arte lhe conferiu uma menção especial pela abertura do Auditório Augusta, um velho cinema agora transformado em teatro que ele dirigiu com Glauco Mirko Laurelli e onde encenou inúmeras peças de muito sucesso.

Depois de uma famosa e controvertida entrevista dada a O Pasquim, em que criticou os cinema-novistas e fez afirmações contundentes ("Ipanema Não Existe!"), Luíz Sérgio Person foi convidado a colaborar no semanário enviando suas crônicas semanalmente de São Paulo.

Em 1975, concluiu o curta "Vicente do Rego Monteiro".

Luis Sérgio Person fotografado na região da Boca do Lixo, em São Paulo.
Morte

Luiz Sérgio Person faleceu vítima de um acidente automobilístico em 07/01/1976, deixando duas filhas pequenas, Marina Person e Domingas Person, que futuramente se tornariam bem-sucedidas apresentadoras de televisão, sobretudo de programas musicais.

Ele recebeu inúmeros prêmios póstumos, entre eles o Grande Prêmio da Crítica (APCA) e o prêmio do XI Festival de Brasília, por seu filme "Vicente do Rego Monteiro".


Filmografia

  • 1974 - Vicente do Rego Monteiro
  • 1972 - Cassy Jones, o Magnífico Sedutor
  • 1968 - Panca de Valente
  • 1968 - Trilogia do Terror (Episódio: A Procissão dos Mortos)
  • 1967 - O Caso dos Irmãos Naves
  • 1965 - São Paulo, Sociedade Anônima
  • 1963 - II Palazzo Doria Pamphil
  • 1963 - L'ottimista Sorridente (Curta-Metragem)
  • 1962 - Al Ladro (Curta-Metragem)
  • 1957 - Um Marido Barra-Limpa (Não Creditado)

Fonte: Filmescópio

Luiz Bandeira

LUIZ BANDEIRA
(74 anos)
Cantor, Compositor, Instrumentista, Produtor Fonográfico e Rádio-Ator

* Recife, PE (25/12/1923)
+ Recife, PE (22/02/1998)

Luiz Bandeira foi um cantor, compositor, violonista e produtor fonográfico pernambucano, nasceu em 25/12/1923, no Recife, PE. Passou parte de sua infância em Maceió, AL, onde participou de grupos de repentistas nas freiras locais.

Iniciou sua carreira artística no programa de Abílio de Castro, "Valores Desconhecidos", na Rádio Clube de Pernambuco em 1939, ingressando logo depois para o cast profissional daquela emissora, incentivado pelo maestro Nelson Ferreira, então diretor-artístico da emissora, e pelos compositores Capiba e Carnera.

Naquela rádio foi violonista, radioator, cantor e compositor, inclusive fazendo também frevos para propaganda, além de integrar o conjunto vocal Garotos da Lua, formado por Inaldo Vilarim, Ernani Reis, José Rabelo, Madeirinha e Djalma Torres.

Em 1942 ingressou como cantor para a Orquestra de Nelson Ferreira, apresentando-se no carnaval e nas festas dos clubes sociais do Recife. Em 1948 transferiu-se para o Rádio Jornal do Commercio, onde foi arranjador do conjunto vocal As Três Marias, (Maria Thereza, Maria do Amparo e Maria Luiz Oliveira), de grande sucesso na época, trabalhando ainda como cantor e corretor de publicidade.


Em 1950 fixou residência no Rio de Janeiro, levado por Caribé Rocha, onde estreou no Copacabana Palace, passando a cantar com o conjunto de Moacir Silva. Em 1955 compôs "Na Cadência Do Samba", também conhecida como "Que Bonito É", que foi por muitos anos executada como tema de jogos de futebol exibidos por um  jornal de cinema, o famoso "Canal 100", e dois anos depois "O Apito No Samba", que veio a receber posteriormente letra de Luís Antônio.

Para o carnaval de 1956 fez sucesso com "Madeira De Lei", samba em parceria com Renato Araújo, gravado por Heleninha Costa. Para o ano seguinte, já com saudade de sua terra, estourou nas paradas com "Recado à Olinda".

Para o Carnaval do Recife compôs, em 1957, "É De Fazer Chorar", gravado por Carmélia Alves em 1957 (Copacabana nº 5699, Matriz 1725), que tinha na outra face o frevo instrumental, "Carabina", também de autoria do próprio Luiz Bandeira.

A distância do Recife foi sempre uma preocupação constante, como pôde expressar nos seus frevos que se transformaram em verdadeiros cartões postais da sua cidade como é o caso de "Voltei Recife", frevo canção de 1959, seguindo-se de "Novamente" em 1967.


Em 1979 foi vencedor do primeiro Frevança - Encontro Nacional do Frevo, com o frevo-canção "Linha De Frente", gravado por Claudionor Germano (Cactus LP 9999), figurando no mesmo ano no disco "O Bom Do Carnaval" (CID 4077), com os frevos "Recife Meu Amor" e "Linha De Frente".

Voltando a residir no Recife, a partir de 1984, colocou no ano seguinte, melodia na letra do então governador Gustavo Krause, "Fogo Do Galo", frevo canção de grande sucesso em homenagem ao Clube de Máscaras Galo da Madrugada. No mesmo ano, em 09/12, fez um recital no Teatro Valdemar de Oliveira, dentro do programa "Encontro Às Segundas", onde acompanhado pelo maestro Edson Rodrigues, apresentou toda sua obra de compositor até aquela data.

Em 1985 voltou a ser o vencedor na categoria de melhor interprete e de melhor frevo canção, no 7º Frevança - Encontro Nacional do Frevo e do Maracatu, com o frevo de sua autoria, "Dina", interpretado por ele mesmo.

No Recife procurou resgatar sua obra com a publicação dos discos, "Voltei Recife" (Polydisc 512.404.117), em 1985, e "Como Sempre Fui - 50 Anos De Vida Artística" (Intuição 804.405), em 1991.

Em 1998, foi homenageado pelo Serviço Social da Indústria (Sesi), com o CD "Luiz Bandeira - Sua Música e Seus Amigos" (Seleto 199.003.058), uma produção musical de Edson Rodrigues, responsável por todos os arranjos, na qual estão gravadas as composições suas.

Além de músicas carnavalescas, também é autor de sucessos gravados por Luiz Gonzaga"Onde Tu Tá, Neném", por Clara Nunes"Viola De Penedo", e muitos outros nomes da música popular brasileira.

Fonte: O Nordeste
Indicação: Miguel Sampaio

João Silva

JOÃO LEOCÁDIO DA SILVA
(78 anos)
Cantor, Compositor e Produtor Musical

* Arcoverde, PE (16/08/1935)
+ Recife, PE (06/12/2013)

João Leocádio da Silva, o Mestre João Silva, foi um compositor, cantor e produtor musical brasileiro. Foi um dos maiores parceiro de Luiz Gonzaga na produção de mais de cem músicas, entre elas sucessos tais como: "Danado de Bom", "Nem se Despediu de Mim", "Forró de Ouricuri", "Pagode Russo", "Arcoverde Meu" e "De Fiá Pavi". Sua participação foi de fundamental importância para que em 1984, Luiz Gonzaga recebesse seu primeiro disco de ouro, com o LP "Danado de Bom".

Aos 7 anos de idade começou a tocar pandeiro. Aos 9 anos ganhou um concurso como cantor. Aos 10 anos apresentou-se no programa no programa Ademar Paiva na Rádio Clube de Pernambuco tocando acordeom.

Um dos principais parceiros de Luiz Gonzaga a partir dos anos 1960, aos 17 anos mudou-se para o Rio de Janeiro com uma carta de recomendação de João Calmon. Apresentou-se no programa "Domingueira" apresentado por Arnaldo Amaral na Rádio Mayrink Veiga onde cantou "Crepúsculo Sertanejo", de sua autoria.

Em 1964, Luiz Gonzaga gravou no disco "A Sanfona do Povo" o baião "Não Foi Surpresa", de sua parceria com João do Vale. Em 1965, o Rei do Baião gravou a marcha junina "Piriri" (João Silva e Albuquerque). Em 1966 gravou "Crepúsculo Sertanejo" (João Silva e Rangel). No mesmo disco, "Óia eu Aqui de Novo", aparece sua primeira parceria com Luiz Gonzaga, "Garota Todeschini". Em 1968, no LP "São João do Araripe", aparecem duas composições da parceria entre os dois, "Lenha Verde" e "Meu Araripe", que se tornou um enorme sucesso.

João Silva e Luiz Gonzaga
Em 1973, no LP "Nova Jerusalém"Luiz Gonzaga gravou "O Vovô do Baião" (João Silva e Severino Ramos). Em 1974, Bastinho Calixto gravou a composição "Laura" (João Silva e Anatalício). Em 1978 compôs com Luiz Gonzaga "Umbuzeiro da Saudade". Em 1979 compôs com Pedro Maranguape "Adeus a Januário", em homenagem ao pai de Luiz Gonzaga recentemente falecido.

Em 1980, compôs com Pedro Maranguape a composição "Cego Aderaldo", gravada por Luiz Gonzaga. Em 1983, no disco "70 Anos de Sanfona e Simpatia"Luiz Gonzaga gravou três de suas parcerias, "Cidadão Sertanejo", "Forró de Ouricuri" e "Sequei os Olhos", esta uma pungente canção sobre a seca que assolou a região nordestina entre 1979 e 1983.

Em 1984, João Silva compôs com Luiz Gonzaga o forró "Pagode Russo", regravado nos anos 1990 pelo grupo Mastruz Com Leite. Em 1984, no LP "Luiz Gonzaga e Fagner", a composição de abertura do disco é "Sangue Nordestino", outra parceria de João Silva com Luiz Gonzaga.

Em 1985 no LP "Sanfoneiro Macho", o Rei do Baião gravou seis composições de parceria com João Silva, entre as quais "A Mulher do Sanfoneiro", além de "Maria Baiana" (João Silva e Zé Mocó) e "Amei à Toa" (João Silva e Joquinha Gonzaga).

Em 1986 compôs em parceria com Luiz Gonzaga "Forró de Cabo a Rabo", que deu nome ao disco de Luiz Gonzaga daquele ano e, no qual, aparecem mais duas parcerias entre os dois, e ainda "Xote Machucador" (João Silva e Dominguinhos), e "Passo Fome Mas Não Deixo"  (João Silva e Zé Mocó). No mesmo ano, Marinês em seu LP "Tô Chegando" gravou de João SilvaLuiz Gonzaga "Tá Virando Emprego", e "Amigo Velho Tocador" (João Silva e Zé Mocó).

Em 1987, mais uma de suas composições, "De Fia Pavi", feita em parceria com Oseinha, deu nome a um disco de Luiz Gonzaga, no qual aparecem ainda "Doutor do Baião", "Pobre do Sanfoneiro" e "Toca Pai", três parcerias suas com o Rei do Baião. No mesmo ano, Marinês gravou no LP "Balaio de Paixão" a canção "Danação de Gamação" (João SilvaChico Xavier), e "Olhos duidinhos" (João SilvaPedro Maranguape e Iranilson).

Em 1988 compôs com Luiz Gonzaga "Pra Que Mais Mulher", "Fruta Madura" e "Outro Amanhã Será", todas gravadas no LP "Aí Tem Gonzagão".


Em 1989, uma composição de sua parceria com Luiz Gonzaga, "Vou Te Matar De Cheiro", deu título ao último disco do Rei do Baião, no qual João Silva participou da gravação de três faixas, "Um Pra Mim, Um Pra Tu" e "Arcoverde Meu", em parceria com Luiz Gonzaga, e "Ladrão de Bode" (João Silva, Rui Moraes e Silva).

Ao todo compôs mais de 30 músicas com Luiz Gonzaga, todas gravadas pelo Rei do Baião. Teve ainda composições gravadas com sucesso pelo Trio Nordestino, entre as quais "Estou Roendo Sim" (João Silva e Anatalício), "No Galpão da Bulandeira" (João Silva e K-boclinho), "Intupidinho de Amor" (João Silva e J. B. de Aquino) e "Gamado Até Demais" (João Silva e Sebastião Rodrigues). Dominguinhos gravou, "Pode Morrer Nessa Janela", "O Galo Já Miudou" e "Cintura de Abelha".

João Silva tem cerca de 2000 composições. Entre seus parceiros estão João do Vale, Onildo Almeida, Rosil Cavalcante, Severino Ramos, Bastinho Calixto, Pedro Maranguape, Zé Mocó, Pedro CruzDominguinhos, Sebastião Rodrigues e outros.

Entre seus principais sucessos estão "A Mulher do Sanfoneiro", "Danado de Bom", "Pagode Russo", "Nem se Despediu de Mim", "Meu Araripe", "Uma Pra Mim Outra Pra Tu" e "Pra Não Morrer de Tristeza", que já teve cerca de 40 gravações.

Como produtor, produziu discos de Luiz Gonzaga, Trio Nordestino e Jackson do Pandeiro entre outros, E atuou também como arranjador.

Em 2006, o coco "Como Tudo Começou", de sua autoria, foi gravado por Dominguinhos, no CD "Conterrâneos".

Em 2012, participou da coleção tripla de CDs "Pernambuco Forrozando Para o Mundo - Viva Dominguinhos!!!", produzida por Fábio Cabral, cantando a música "Bodo Bodocó", (João Silva e José Maria Marques). A coletânea trouxe forrós diversos interpretados por 48 artistas, e que fazem referência aos 50 anos de carreira do seu inspirador: Dominguinhos. Interpretando músicas de compositores em sua grande maioria pernambucanos, fizeram parte do projeto também artistas como Acioly Neto, Adelzon Viana, Dudu do Acordeon, Elba Ramalho, Jorge de Altinho, Irah Caldeira, Liv Moraes, Hebert Lucena, Geraldo Maia, Sandro Haick, Spok, Jefferson Gonçalves, Chambinho, Joquinha Gonzaga, Maciel Melo, Luizinho Calixto, Silvério Pessoa, Walmir Silva, entre outros, além do próprio Dominguinhos.

João Silva foi agraciado com o título de Patrimônio Vivo de Pernambuco em 2012.


Morte

João Leocádio da Silva foi encontrado morto, no apartamento em que morava, no Conjunto Pernambucano, em Boa Viagem. A provável causa foi um infarto. Ele estava sozinho em casa. Sua mulher e filha estavam em Aracaju para uma apresentação da enteada do compositor, Thaís Nogueira.

O corpo foi encaminhado para o Instituto de Medicina Legal (IML), no bairro de Santo Amaro, onde chegou por volta das 21:45 hs. 

A cantora Walkiria, muito amiga do compositor, que mora em um prédio próximo, disse que estranhou porque há um dia não o via: "Do meu apartamento dava para ver ele em casa. E, quando saía para fazer caminhada ou ir ao supermercado, sempre estava encontrando com ele", comentou a cantora, uma das primeira pessoas conhecidas a chegar ao apartamento de João Silva.

João Silva foi velado na Câmara Municipal Recife, sábado, 07/12/2013, a partir das 15:00 hs. O enterro ocorreu em Arcoverde, PE, no domingo, 08/12/2013.

Indicação: Miguel Sampaio

João Araújo

JOÃO ALFREDO RANGEL DE ARAÚJO
(78 anos)
Empresário e Produtor Musical

* Rio de Janeiro, RJ (02/07/1935)
+ Rio de Janeiro, RJ (30/11/2013)

Caçula de uma família pernambucana com seis filhos, João Alfredo Rangel de Araújo nasceu no Leblon, Rio de Janeiro, em 02/07/1936 e começou sua carreira na indústria musical aos 14 anos, como auxiliar de imprensa na Copacabana Discos, que tinha em seu elenco estrelas como Ângela Maria e Elizeth Cardoso.

Passou por diversas gravadoras, incluindo a Odeon, que tinha entre suas estrelas na época Dorival Caymmi e João Gilberto, e a Philips, na qual foi diretor artístico e ajudou a lançar artistas como Caetano Veloso, Gal Costa, Jorge Ben e Djavan.

Participou da criação da Som Livre, em 1969. Na gravadora ligada às Organizações Globo, que comandou por quase quatro décadas, lançou bem-sucedidas trilhas de novelas e lançou fenômenos de venda como Xuxa. Na empresa, ele possibilitou a criação do disco "Acabou Chorare", dos Novos Baianos.

João Araújo ao lado do filho Cazuza
Sua história como empresário musical ficou em segundo plano a partir do sucesso de Cazuza, seu único filho, nascido do casamento de mais de cinco décadas com Lucinha Araújo.

Temendo acusações de nepotismo e favorecimento, João Araújo não quis ajudar o filho a princípio, mas foi convencido pelo produtor Guto Graça Melo e pelo jornalista Ezequiel Neves a lançar o disco de estreia do Barão Vermelho, em 1982.

A morte de Cazuza foi um baque do qual João Araújo jamais se recuperou. Ele evitava assistir a homenagens ao filho, como o musical teatral atualmente em cartaz.

João Araújo e Lucinha Araujo (Foto: Cristina Granato)
Além de presidir a Som LivreJoão Araújo também foi eleito presidente de honra da Associação Brasileira dos Produtores de Discos (ABPD), em 2007, no mesmo ano em que recebeu o prêmio Grammy Latino por sua contribuição à indústria musical.

"A trajetória de João Araújo confunde-se com a história da música brasileira moderna e seus principais movimentos musicais das últimas décadas, desde a Bossa Nova, Jovem Guarda, Tropicalismo e a consolidação do pop rock brasileiro. Sua contribuição para o fortalecimento da indústria da música no Brasil é inestimável."
(Paulo Rosa, presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Discos na ocasião)

"Foi impossível não me lembrar do Cazuza. Ele teria feito alguma gozação, teria achado tudo ridículo, mas depois ia aplaudir e gostar de ver o pai ganhar esse prêmio. Cazuza não teve tempo de ter carreira internacional, ele morreu antes de ver o reconhecimento do seu trabalho fora do Brasil."
(Em entrevista a O Globo logo após ter recebido o Grammy)

João Araújo era bom apostador também no pôquer, uma de suas paixões. Tinha emoldurados, na sala de casa, os oito royal street flash -  sequência de dez ao sequências do dez ao ás, todas do mesmo naipe - que fez na vida. Um dos refúgios preferidos de Cazuza, a casa na Fazenda Inglesa, em Petrópolis, foi construída em um terreno ganho no jogo.

João Araújo foi representado por Reginaldo Faria no filme "Cazuza - O Tempo Não Para" (2004).


Morte

João Araújo morreu às 6:30 hs da manhã de sábado, 30/11/2013, em seu apartamento no Rio de Janeiro, vítima de um ataque cardíaco.

João Araújo estava com a saúde fragilizada desde que sofreu uma queda há três semanas, em Angra dos Reis, na qual fraturou a cabeça do fêmur. Internado para uma cirurgia, teve um problema nos rins detectado pelos médicos e passou por hemodiálise. Voltou para casa na segunda-feira, 25/11/2013.

"Há dois dias, fumou nove cigarros e tomou um uísque, já proibido pelos médicos. Ele já estava sentindo [que morreria]", disse o deputado federal Miro Teixeira (Pros, RJ), um dos amigos que compareceram ao velório, que aconteceu no cemitério São João Batista, em Botafogo, zona sul do Rio.

O enterro foi marcado para as 17:00 hs de 30/11/2013 no mesmo jazigo em que está Cazuza.

Sérgio Cabral e João Araújo no lançamento do livro "O Tempo Não Para - Viva Cazuza"
(Foto: Cristina Granato)
Em nota, a Som Livre lamentou a morte de João Araújo, a quem chamou de "o mais importante executivo" de sua história.

"Ao longo de mais de 35 anos de dedicação à empresa, João estabeleceu as bases da Som Livre, que deve a ele sua história e seu sucesso. João lançou as mais importantes trilhas sonoras da teledramaturgia brasileira e abriu portas para o sucesso de alguns dos principais nomes da música nacional como Novos Baianos, Djavan, Barão Vermelho e, claro, seu querido filho Cazuza. Seu legado como executivo e produtor para a música brasileira pode ser comparado, mas não será superado. Seus amigos, ex-funcionários e admiradores aqui reunidos lhe desejam descanso em paz por eternas e maravilhosas trilhas."
(Comunicado da Som Livre)

"Ele é uma pessoa muito querida. Era um amigo pessoal muito querido e uma pessoa de uma importância enorme para a música. É uma perda muito grande!"
(Gloria Perez)

"João vai deixar um legado para a música brasileira. Ele fez história"
(Leiloca, ex-As Frenéticas)

Cazuza e seu pai João Araujo
Entre amigos e familiares, estiveram no velório as apresentadoras Xuxa e Ana Furtado, o produtor musical Luís Carlos Miele, o escritor Zuenir Ventura, a atriz Rosamaria Murtinho, o autor de novelas Gilberto Braga, os diretores da TV Globo Daniel Filho, Boninho, Ali Kamel e José Frejat, pai do músico Frejat, que foi parceiro de Cazuza no Barão Vermelho.

Xuxa chegou ao velório por volta de 15:00 hs e deixou o cemitério após quase duas horas, chorando muito, ao lado do namorado. O cantor Caetano Veloso também foi ao velório de João Araújo. Ele chegou ao local por volta de 16:30 hs. Pouco depois, a atriz Glória Pires chegou ao velório, acompanhada pelo marido Orlando Morais.

"Ele era uma pessoa muito generosa e prestou muito serviço ao país e à música. Temos que reconhecer o trabalho dele. Eu o conhecia há quase tanto tempo quanto Cazuza conheceu Frejat."
(José Frejat)

Indicação: Fadinha Veras