Prudente de Moraes

PRUDENTE JOSÉ DE MORAES BARROS
(61 anos)
Advogado, Político e Presidente do Brasil

* Itu, SP (04/10/1841)
+ Piracicaba, SP (03/12/1902)

Prudente José de Moraes Barros, foi um advogado e político brasileiro. Foi presidente do estado de São Paulo (cargo equivalente ao de governador), senador, presidente da Assembleia Nacional Constituinte de 1891, terceiro presidente do Brasil, tendo sido o primeiro político civil a assumir este cargo e o primeiro a fazê-lo por força de eleição direta.

Prudente de Moraes representava a ascensão da oligarquia cafeicultora e dos políticos civis ao poder nacional, após um período de domínio do poder executivo por parte dos militares, no qual essa oligarquia mantinha-se dominando apenas o poder Legislativo.

Formação e Início de Carreira

Prudente de Moraes nasceu nos arredores da cidade paulista de Itu em 04/10/1841, sendo descendente dos primeiros colonizadores de São Paulo. Seus pais eram José Marcelino de Barros e Catarina Maria de Moraes, fazendeiros. Em 1844, com menos de três anos de idade, Prudente de Moraes perdeu o pai, assassinado por um escravo quando estava viajando como tropeiro nas proximidades da cidade de São Paulo. Sua mãe casou-se com o viúvo Caetano José Gomes Carneiro.

Prudente de Moraes graduou-se em direito na Universidade de São Paulo em 1863, e, no mesmo ano, transferiu-se para Piracicaba, SP, onde exerceu advocacia durante dois anos. Em 28/05/1866, Prudente de Moraes casou-se com Adelaide Benvinda na residência dos pais dela em Santos, SP. Após o casamento, fixaram-se em Piracicaba, e atualmente, a residência onde viveram tornou-se o Museu Histórico e Pedagógico Prudente de Moraes.

Prudente de Moraes teve nove filhos com Adelaide, sendo que dois faleceram na menoridade, Teresa e Maria Jovita, falecidas, respectivamente, aos onze e um ano de idade. Além desses nove filhos, Prudente de Moraes teve um filho fora do casamento na época em que era estudante de direito, este chamava-se José.

No Império, pertenceu ao Partido Liberal (PL), monarquista. Elegeu-se vereador, sendo o mais votado, com 420 votos em 1864, presidindo a Câmara Municipal de Piracicaba. Em 1877, no exercício de vereador, Prudente de Moraes conseguiu mudar o nome da cidade, que na época chamava-se Vila Nova da Constituição, e passou a denominar-se Piracicaba.

Em 1873, transferiu-se para o Partido Republicano Paulista (PRP), declarando-se republicano, tendência que representou na Assembleia Provincial.

Foi deputado provincial em São Paulo e deputado à Assembleia Geral do Império, defendendo, além da forma republicana de governo, o abolicionismo e o federalismo. Como deputado provincial trabalhou na complexa questão das divisas de São Paulo com Minas Gerais, tema no qual era especialista.

Prudente de Moraes (no centro) preside a Constituinte republicana
Óleo de Aurélio de Figueiredo (Museu da República, Rio de Janeiro)
No Início da República

Proclamada a república, foi nomeado por Deodoro da Fonseca chefe da junta governativa que governou São Paulo de 16/11 a 14/12/1889, nomeado em seguida governador, permanecendo no cargo até 18/10/1890, quando renunciou para assumir uma cadeira no senado.

No governo de São Paulo, reorganizou e modernizou a administração, especialmente o Tesouro e o Arquivo do Tesouro, ampliou Força Pública, sendo que a transição para a república em São Paulo, com a nomeação de novos administradores, secretários e intendentes municipais ocorreu em tranquilidade. Reorganizou a Escola Normal, que deu origem à Escola Normal Caetano de Campos.

Chegou a ser vice-presidente do Senado, e presidiu a Assembleia Constituinte de 1890-1891. Elaborada a Constituição, disputou com Deodoro da Fonseca a presidência da república, sendo derrotado.

Após a derrota para Deodoro da Fonseca, eleito indiretamente com 129 votos contra 97, Prudente de Moraes presidiu o Senado até o fim do seu mandato.

Na Presidência da República

Na disputa pela sucessão de Floriano Peixoto, que chegara à presidência devido ao golpe de 23/11/1891, candidatou-se pelo Partido Republicano Federal (PR Federal), fundado pelo paulista Francisco Glicério em 1893. Venceu as eleições presidenciais de 01/03/1894 e tomou posse no dia 15/11/1894, tornando-se o primeiro presidente do Brasil a ser eleito pelo voto direto e o primeiro presidente civil do Brasil. Prudente de Moraes teve 276.583 votos contra 38.291 de seu principal competidor Afonso Pena, em uma eleição que teve mais 29 políticos que foram votados. Seu vice-presidente foi o médico Manuel Vitorino Pereira. A sua eleição marcou a chegada ao poder da oligarquia cafeeira paulista em substituição aos setores militares.

Os quatro anos de governo de Prudente de Moraes foram agitados, tanto por problemas político-partidários (a perda do apoio do Partido Republicano Federal) como pela oposição dos setores florianistas e pela continuação, no Rio Grande do Sul, da Revolta Federalista (1893-1895).

Prudente de Moraes dedicou todos os seus esforços à pacificação das facções, que tinham em seus extremos os defensores do governo forte de Floriano Peixoto e os partidários da monarquia. Durante seu governo, abandonou uma a uma as medidas inovadoras de Floriano Peixoto. Essa cautela de Prudente de Moraes foi necessária, já que os florianistas ainda tinham uma certa força, principalmente no Exército. Além disso, o vice-presidente estava ligado às ideias de Floriano Peixoto. Prudente de Moraes imprimiu uma direção ao governo que atendia mais aos cafeicultores e afastava os militares da política.

Mandato (1894-1898)

No início do seu governo conseguiu pacificar a Revolução Federalista no Rio Grande do Sul, assinando a paz com os rebeldes, que receberam anistia.

Em 1896, enfrentou a questão diplomática envolvendo os ingleses, que acharam por bem tomar posse da Ilha da Trindade em 1895, e a revolta da Escola Militar. Fez então valer sua autoridade: fechou a escola e o clube militar. A questão diplomática foi resolvida favoravelmente ao Brasil.

Prudente de Moraes restabeleceu as relações com Portugal e assinou o Tratado de Amizade, Comércio e Navegação com o Japão, em novembro de 1895, com o objetivo de incitar a vinda de imigrantes japoneses.

Mas pouco tempo depois enfrentaria um movimento rebelde ainda maior: a Guerra de Canudos, no sertão baiano.

Obrigado a submeter-se a uma cirurgia, se afastou do poder entre 10/11/1896 e 04/03/1897, passando o cargo ao vice-presidente, o médico Manuel Vitorino Pereira. Nesta interinidade, Manuel Vitorino transferiu a sede do governo do Palácio Itamaraty para o Palácio do Catete.

Com a vitória dos amotinados de Antônio Conselheiro sobre várias expedições militares, a situação voltou a deteriorar-se. Prudente de Moraes interrompeu então a convalescença e nomeou ministro da Guerra o general Carlos Machado Bittencourt, que liderou nova expedição e derrotou os rebeldes.

As divergências internas no Partido Republicano Federal (PR Federal) e a Guerra de Canudos desgastaram o governo. Mesmo com a vitória das tropas do governo na guerra, os ânimos não se acalmaram.

Em 05/11/1897, durante uma cerimônia militar, sofreu um atentado contra a sua vida praticado por Marcellino Bispo de Mello. Escapou ileso, mas o seu ministro da Guerra, marechal Carlos Machado Bittencourt, faleceu defendendo a vida de Prudente de Moraes. O presidente decretou, então, estado de sítio, para o Distrito Federal, Rio de Janeiro e Niterói, conseguindo assim livrar-se dos oposicionistas mais incômodos.

As dificuldades econômico-financeiras, herdadas da crise do encilhamento, acentuaram-se em sua administração, sobretudo devido aos gastos militares, aumentando as dívidas com os credores estrangeiros.

Com a assessoria de seus ministros da Fazenda, Rodrigues Alves e Bernardino de Campos, negociou com os banqueiros ingleses a consolidação da dívida externa, operação financeira que ficou conhecida como Funding Loan, base da política executada por Joaquim Murtinho nos quatro anos seguintes.

No plano da política externa, resolveu, favoravelmente, para o Brasil a questão de limites com a Argentina, arbitrada pelo presidente norte-americano Grover Cleveland e na qual se destacou o representante brasileiro, o Barão do Rio Branco.

Vida Após a Presidência e Homenagens

Prudente de Moraes desfrutava de grande popularidade ao fim do mandato, em 15/11/1898, quando passou o cargo de Presidente da República a Campos Salles e retirou-se para Piracicaba, onde exerceria a advocacia por alguns anos.

Faleceu devido a uma tuberculose em 03/12/1902. Prudente de Moraes está enterrado no Cemitério da Saudade, localizado na cidade de Piracicaba, SP.

É homenageado dando seu nome à cidade de Presidente Prudente, SP, Prudentópolis, PR e Prudente de Moraes, MG.


Ministros de Estado


Ministério da Justiça e Negócios Interiores:

  • Antônio Gonçalves Ferreira (15/11/1894 - 30/08/1896)
  • Alberto de Seixas Martins Torres (30/08/1896 - 07/01/1897)
  • Bernardino José de Campos Júnior (Interinamente: 07/01/1897 - 19/01/1897)
  • Amaro Cavalcanti (19/01/1897 - 15/11/1898)

Ministério da Marinha:

  • Almirante Eliziário José Barbosa (15/11/1894 - 21/11/1896)
  • Manuel José Alves Barbosa (21/11/1896 - 15/11/1898)

Ministério da Guerra:

  • General de Divisão Bernardo Vasques (15/11/1894 - 23/11/1896)
  • General de Brigada Dionísio Evangelista de Castro Cerqueira (Interinamente: 23/11/1896 - 04/01/1897)
  • General de Brigada Francisco de Paula Argolo (04/01/1897 - 17/05/1897)
  • Marechal Carlos Machado Bittencourt (17/05/1897 - 05/11/1897)
  • General de Divisão João Tomás de Cantuária (06/11/1897 - 15/11/1898)

Ministério das Relações Exteriores:

  • Carlos Augusto de Carvalho (15/11/1894 - 01/09/1896)
  • Dionísio Evangelista de Castro Cerqueira (01/09/1896 - 15/11/1898)

Ministério da Fazenda:


Ministério da Indústria, Viação e Obras Públicas:

  • Antônio Olinto dos Santos Pires (15/11/1894 - 20/11/1896)
  • Joaquim Duarte Murtinho (20/11/1896 - 01/10/1897)
  • Dionísio Evangelista de Castro Cerqueira (01/10/1897 - 13/11/1897)
  • Sebastião Eurico Gonçalves de Lacerda (13/11/1897 - 27/06/1898)
  • Marechal Jerônimo Rodrigues de Morais Jardim (27/06/1898 - 15/11/1898)

Geraldo Nunes

GERALDO NUNES
(83 anos)
Cantor e Compositor

☼  Teófilo Otoni, MG (1933)
┼ São Paulo, SP (13/05/2016)

Geraldo Nunes foi um cantor e compositor nascido em Teófilo Otoni, MG no ano de 1933.

Em 1960 gravou seu primeiro disco, pela gravadora Chantecler, com a toada "Lenço Vermeio" (Nino Ferraz e Caetano Somma) e o xaxado "Fazenda Veia" (Tatá Sales e Chacrinha).

Em 1962 gravou pela Continental, de sua autoria e Coronel Narcizinho o rasqueado "As Três Marias" e de Elias Soares a toada "Nordeste Sangrento".

Em 1964, Luiz Gonzaga gravou de sua autoria o baião "Viva o Zé Arigó".

Em 1965 teve a composição "Minha Serenata", em parceria com João Silva, gravada por Wanderley Cardoso na gravadora Copacabana.

Em 1968, Wanderley Cardoso gravou "Bobo do Baile" (Geraldo Nunes e Wanderley Cardoso) e "Eu Não Sou Ioiô" (Geraldo Nunes e Cláudio Fontana).


Em 1971, Eduardo Araújo gravou "A Canção do Povo de Deus", pela Odeon.

Em 1989, compôs com João Silva "Faça Isso Não", gravado por Luiz Gonzaga.

Como cantor um de seus grandes sucessos foi "A Véia Debaixo da Cama" (J. Andrade), gravada nos anos de 1970, que vendeu 800 mil cópias e rendeu a ele vários troféus, inclusive o da "Discoteca do Chacrinha".

Gravou pela Candem os LPs "Na Onda do Sucesso" volumes I e II.

Seus maiores sucessos como compositor foram "O Bom Rapaz" e "Meu Amor Brigou Comigo", gravadas por Wanderley Cardoso nos anos 1960, no auge da Jovem Guarda.

Em 1999 teve a música "A Véia Debaixo da Cama" relançada no CD "A Discoteca do Chacrinha", pela Universal Music.

Em 2001, o sanfoneiro Renato Leite gravou "Mentira Cabeluda" (Geraldo Nunes e Joca de Castro).

Em seu curriculum tem 18 discos, entre LPs, compactos e CDs. Compôs sucessos para muitos artistas e dividiu um disco com sua filha, Monalisa.

Morte

Geraldo Nunes faleceu vítima de problemas cardíacos, na sexta-feira, 13/05/2016, aos 83 anos. Segundo a família, na quinta-feira, 12/05/2016, ele passou por uma delicada cirurgia cardíaca. Procedimento cirúrgico que durou aproximadamente 12 horas. Na madrugada do dia 13/05/2016 ele teve uma parada cardíaca e não resistiu.

O velório de Geraldo Nunes aconteceu no Cemitério Municipal São Miguel Arcanjo, em Santana de Parnaíba, SP. O enterro foi às 9h00 no sábado, 14/05/2016.

Waleska

MARIA DA PAZ GOMES
(75 anos)
Cantora e Compositora

☼ Afonso Claudio, ES (29/09/1941)
┼ Rio de Janeiro, RJ (14/10/2016)

Maria da Paz Gomes, mais conhecida pelo pseudônimo Waleska, foi uma cantora e compositora brasileira, nascida no Espírito Santo, no dia 29/09/1941, Maria da Paz Gomes adotou o nome artístico de Waleska na década de 1960, quando começou a carreira se apresentando na Rádio Inconfidência e na emissora de TV Itacolomy, ao lado de Clara Nunes e de Milton Nascimento, em Belo Horizonte, até se mudar definitivamente para o Rio de Janeiro.

Foi entre a efervescência cultural carioca da época que se tornou cronner da Boate Arpége, de Waldir Calmon, e passou a cantar no famoso Beco das Garrafas.

Em 1960, gravou seu primeiro disco pela Vogue Discos interpretando os sambas-canção "Noite Fria" e "És Tu", ambos de Albatênio Rego.

Contratada pela CBS lançou em 1961 um compacto simples no qual interpretou as canções "Cantiga de Mandar Embora" (Evaldo Gouveia e Jair Amorim), "Risos e Canções" (Albatênio Rego), "Há Por Ai" (Othon Russo e Niquinho) e "Canção de Tristeza" (Paulo Borges).

Autora de mais de 20 álbuns, Waleska destacou-se no cenário musical ao gravar composições de Tom Jobim, Ary Barroso e Cartola. O apelido de "Rainha da Fossa", dado por Vinícius de Moraes, traduzia o fato de ser considerada uma das mais fiéis intérpretes românticas da Música Popular Brasileira. "Ela sempre tem a canção certa para a dor exata", costumava descrever Vinícius de Moraes.


Em 1966, Waleska fundou o PUB (Pontifícia Universidade dos Boêmios), no bairro do Leme, onde se reuniam muitos artistas. O bar foi tema constante das crônicas de Sérgio Bittencourt tornando-se um verdadeiro "point" da boemia carioca da época.

Em 1968, gravou a canção "Estrelinha", de Sérgio Bittencourt, de quem foi uma das principais intérpretes. 

Celebrizada no circuito de boates, com público cativo na década de 1970, criou a Boate Fossa, em Copacabana. O local ficou conhecido pelos seus frequentadores ilustres, como o ex-presidente Juscelino Kubitschek e o jornalista Carlos Lacerda.

Na década de 1980 e 1990, fez várias turnês, passando pela Itália, Portugal e pelos Estados Unidos.

Waleska era admirada também pelo jornalista e compositor Sérgio Bittencourt, um dos grandes divulgadores de seu trabalho, além de ser muito amiga da cantora Maysa, grande referência musical para ela, tanto que, em 2015, apresentou na Sala Baden Powell o espetáculo "Maysa - Um Mito Cantado Por Waleska", com direção musical de José Roberto Leão, no qual interpretou canções consagradas na voz da cantora Maysa.

Mesmo debilitada pela doença, subiu ao palco pela última vez em março de 2016, no Little Club, no Beco das Garrafas, em Copacabana, com o show "Cantando e Contando a MPB".

Morte

Waleska morreu na manhã de sexta-feira, 14/10/2016, aos 75 anos, na Clínica São Carlos, no Humaitá, na Zona Sul do Rio de Janeiro, após três anos de luta contra um câncer no pâncreas.

Waleska deixou dois filhos.

Discografia

  • 2010 - 20 Super Sucessos (Polydisc)
  • 2002 - Boleros em Espanhol (Polimusic)
  • 2000 - Seleção de Ouro - 20 Sucessos - Waleska
  • 2000 - Waleska Canta Boleros
  • 1998 - 20 Super Sucessos (Polydisc)
  • 1996 - 20 Super Sucessos (Polydisc)
  • 1990 - Fossa e Bossa (CID)
  • 1988 - Novo Jeito de Amar (3M)
  • 1985 - Com Amor (Copacabana)
  • 1981 - Êta Dor de Cotovelo (Copacabana)
  • 1980 - Canto Livre (Copacabana)
  • 1979 - Waleska - Palavras Amigas (Copacabana)
  • 1978 - Eu, Waleska (Copacabana)
  • 1977 - Waleska (Copacabana)
  • 1975 - Waleska (Copacabana)
  • 1974 - A Fossa (Copacabana)
  • 1971 - Waleska na Fossa (Copacabana)
  • 1971 - Amiga / A Fossa  (Copacabana - Compacto Simples)
  • 1970 - Chorinho Por um Adeus / Tema de Amor Por Patricia (Copacabana)
  • 1968 - Uma Noite na Fossa (Codil)
  • 1961 - Cantiga de Mandar Embora /Risos e Canções / Há Por Aí / Canção de Tristeza (CBS)
  • 1960 - Noite Fria / És Tu (Vogue Discos)

Indicação: Miguel Sampaio

Orival Pessini

ORIVAL PESSIANI
(72 anos)
Ator, Humorista, Cantor e Compositor

☼ Marília, SP (06/08/1944)
┼ São Paulo, SP (14/10/2016)

Orival Pessini foi um ator, compositor, cantor e humorista brasileiro nascido em Marília, SP, no dia 06/08/1944. Era conhecido por seus personagens Sócrates, Charles, Fofão, Patropi, Juvenal, Ranulpho Pereira, Hitler, Clô (baseado em Clodovil), Frank (em homenagem ao cantor Frank Sinatra), dentre outros em programas e comerciais para a Televisão, e também por utilizar máscaras de látex (feitas por ele próprio) na composição de seus personagens.

Orival Pessini iniciou sua carreira no teatro amador e posteriormente começou a aparecer em comerciais famosos como dos produtos "Jarrão da Ki-Suco", "Campanha da AACD" e "Tigre da Kellogg’s".

Sua estréia na televisão foi no infantil  "Quem Conta Um Conto" na TV Tupi em 1963. Durante este período, Orival Pessini começou a desenvolver uma técnica própria, criando máscaras de látex com movimento.

Na década de 70 interpretou os macacos Sócrates e Charles, do programa humorístico "Planeta dos Homens" na TV Globo.


Em 1988 estreou o personagem Patropi, no programa "Praça Brasil" na TV Bandeirantes, sendo convidado pra atuar em outros programas como "Escolinha do Professor Raimundo" na TV Globo e "A Praça é Nossa" no SBT.

Foi no programa "Balão Mágico" da TV Globo, em 1983, que Orival Pessini criou os bonecos Fofão e Fofinho, sendo que o primeiro, cuja jardineira foi confeccionada por Ney Galvão, era interpretado por ele mesmo. Fofão fez tanto sucesso que, com o fim do programa na TV Globo, ganhou seu programa diário chamado "TV Fofão" na TV Bandeirantes, no qual apresentava quadros humorísticos e desenhos animados. Também estrelou um filme para o cinema, teve vários produtos licenciados com seu nome e lançou 10 álbuns de estúdio.

Em 2014, Orival Pessini atuou sem máscara na série da TV Globo "Amores Roubados" como o Padre José, contracenando com Patrícia Pillar. Neste mesmo ano seu personagem Fofão desfilou no carnaval sendo homenageado pela Escola de Samba Rosas de Ouro que trouxe o tema "Inesquecível" relembrado figuras que marcaram a vida de muita gente. A produtora Farofa Studios está produzindo uma série animada com a personagem.

Morte

Orival Pessini morreu na madrugada de sexta-feira, 14/10/2016, em São Paulo, SP, aos 72 anos. Ele tinha câncer no baço e estava internado no Hospital São Luiz, no Morumbi, na Zona Sul de São Paulo. Álvaro Gomes, o empresário do ator, afirmou por meio do Facebook que ele faleceu às 4h00.

Sob forte emoção, o corpo de Orival Pessini foi enterrado no fim da tarde de sexta-feira, 14/10/2016, no Cemitério Gethsêmani, na Vila Sônia, em São Paulo. Orival Pessini deixou um filho e três netas.

O filho de Orival Pessini, Pedro Pessini, chorando muito, preferiu não acompanhar o corpo até o local do sepultamento. À distância, ele ficou observando e foi consolado pela mulher e amigos. Marlene, ex-mulher de Orival Pessini, falou sobre a ausência do filho, Pedro, no enterro:

"Ele não quis enterrar o pai. Acho que a ficha dele não caiu, e vai ser muito triste quando cair, porque tenho certeza que ele vai sofrer muito. Ele não quis carregar o caixão e não quis vir até o enterro porque não queria ter essa imagem de enterrar o pai. Vamos rezar por ele. Ele se foi, mas o Fofão não morreu, será eterno!"

Após o enterro, que acabou por volta de 17h35hs, familiares se abraçaram, jogaram flores no túmulo e aplaudiram o ator e humorista. Confortando uns aos outros, os familiares falavam: "Fofão não morre nunca!".

Personagens

  • Fofão - Começou no programa infantil "Balão Mágico", que teve exibição pela TV Globo no início dos anos 80. Depois, esse personagem foi transferido para a TV Bandeirantes em que ganhou um programa próprio: a "TV Fofão". Destaque para o seu bordões: "Bilu-Bidu Alua-Iê pra todo mundo!", "Tavares, Tavares!", "Alô amiguinhos da TV Fofão!".
  • Patropi - Típico hippie, convidado de "Praça Brasil" e "A Praça é Nossa", aluno da "Escolinha do Professor Raimundo", "Escolinha do Barulho" e da "Escolinha do Gugu". Dizia-se um aluno de comunicação na PUC, mas que só dizia frases e palavras para a abertura de canal, assim como todo jogador ou técnico de futebol sempre faz. Havia iniciado o curso universitário e ainda não havia terminado, demorando em vários semestres o término. Alguns de seus bordões são: "Sei lá, entende?!", "Padaqui, padali. Padicá, palilá", "Oh lôco bixo!" e "Sem crise, meu!".
  • Juvenal - Personagem fanho que se dizia muito veloz, mas dava a entender que vacilava e sempre era apanhado nas situações mais constrangedoras e embaraçosas. Era também um grande azarado. Seu bordão mais conhecido era "Ele veio numa ve-lo-ci-dade...".
  • Ranulpho Pereira - Personagem do programa "Uma Escolinha Muito Louca". Aposentado revoltado que reclama de tudo quando se lembra da sua aposentadoria. Destaque para o seu bordão: "Se a gente não reclamar, vai ficar do jeitinho que está!".
  • Sócrates - Sempre falava de coisas filosóficas mas de um modo bem ridículo para, obviamente, serem engraçadas. Destaque para seu bordão: "Não precisa explicar, eu só queria entender!". Fez parte do programa humorístico "Planeta dos Homens", exibido pela TV Globo nos anos 70.

Fonte: Wikipédia
Indicação: Fadinha Veras

Mr. Basart

BASÍLIO ARTERO SANCHEZ
(66 anos)
Empresário e Mágico

☼ Almería, Espanha (22/08/1949)
┼ São Paulo, SP (12/08/2016)

Natural de Huércal-Overa, província de Almería, Espanha, Mr. Basart era muito conhecido do público pela sua atuação no Programa "Bambalalão" da TV Cultura nos anos 1980. Através das suas frequentes apresentações, por sete anos consecutivos, criou uma enorme rede de fãs e despertou em muitos deles o interesse pela Arte Mágica.

Atuou em quase todos os estados brasileiros e em diversas partes do mundo. Orgulhava-se de ter trabalhado no Japão, por seis meses numa mesma casa, duas sessões diárias, e de não ter repetido nenhum número nos 360 shows que apresentou.

Em 1982 criou, juntamente com o mágico Gran Leo, Leonardo Pinto Filho (1945-2012), o Museu de Arte Mágica e Ilusionismo João Peixoto dos Santos, que se tornou uma referência sobre a história da Arte Mágica no Brasil e no mundo. O museu, além de possuir um importante acervo, foi sede de eventos e de inúmeros cursos de mágica.


Quando se referia ao museu, Mr. Basart costumava dizer: "Este museu é assim, narra a história da mágica e do ilusionismo e faz todo visitante voltar um pouquinho a ser criança!"

Responsável pelo quadro "Curiosidades Mágicas", uma vez por mês apresentava-se no "Programa Truques & Ilusões" com uma curiosidade referente ao universo da magia.

Foi empresário do ramo gráfico, era formado em Publicidade e Propaganda, Jornalismo e Direito. Criou e editou a revista "Passe Mágico", que teve a duração de 19 edições.

Com 46 anos envolvidos com a Arte Mágica, cujo início se deu no ano de 1970 e prestes a completar 67 anos, Mr. Basart deixou os palcos da vida para entrar na história. Faleceu no dia 12/08/2016, em São Paulo, SP.

Sem sombras de duvidas, deixou uma lacuna difícil de ser preenchida. Mais uma perda irreparável. A Arte Mágica empobreceu.

Indicação: Carlos da Terra

Carmen Silva

CARMEN SEBASTIANA SILVA DE JESUS
(71 anos)
Cantora

☼ Veríssimo, MG (22/03/1945)
┼ São Paulo, SP (26/09/2016)

Carmen Sebastiana Silva de Jesus é o nome da cantora brasileira Carmen Silva, também conhecida carinhosamente pelos fãs como A Pérola Negra. Natural de Veríssimo, cidade do Triângulo Mineiro, Carmen Sebastiana Silva de Jesus trabalhava na juventude como babá e empregada doméstica, mas tinha o sonho de ser cantora. Determinada com essa meta, ela passou a participar de programas de calouros.

Iniciou a carreira artística participando de programas de calouros. Venceu o concurso "Um Cantor Por Um Milhão, Um Milhão Por Uma Canção", da TV Record, no final da década de 1960. Recebeu convite da RCA Victor para gravar um compacto simples, que a lançaria para o sucesso com a música "Adeus Solidão", uma versão de Newton Miranda, para a canção "Picking Up Pebbles", de Custis.

Em 1970, "Adeus Solidão" fez parte do LP "O Mundo Colorido da RCA", que a gravadora RCA Victor lançou com a participação de diversos artistas, entre os quais Nelson Gonçalves, Vanusa e Martinho da Vila.

Contratada pela RCA Victor lançou LP em 1971 com as músicas "Goodbye Adiós Adieu Arrivederci" (César e Antônio Queiroz), faixa que contou com a participação especial do apresentador Silvio Santos, "As Estradas do Mundo" (Geraldo Nunes), "O Emigrante" (M. Albertina e J. Guimarães), "Perdão Amor" (Jair Gonçalves), "Eu Não Vou Mais Amar Ninguém" (Dom e Ravel), "Vivo de Esperança" (Anastácia e Dominguinhos), além de mais seis versões de músicas estrangeiras como "Tenho Saudade (Teño Saudade)" (Barro e Alcalá), e "Quando Você Me Deixou (On Laisse Tous Un Jour)" (Fugain, Auffray e Buggy), ambas com versões de Sebastião Ferreira da Silva, "Domingo de Solidão (Sunday Mornin' Comin' Down)" (Kristofferson), versão de Elzo Augusto, "Um Novo Dia Nascerá (Und Wenn Ein Neuer Tag Erwacht)" (Bruhn e Loose), "Diga Diga Diga (Well I Did)" (Reed e Stephens), ambas com versões de George Freedman, e "O Fim (The End)" (Erondes e Jacobson), versão de Mauro Sérgio.


Em 1973 lançou o LP "A Pérola Negra", no qual interpretou "Quatro Horas da Manhã", versão de Marcelo Duran, para a canção "It's Four In The Morning" (J. Chesnut), "Eu Preciso de Você" (Carlos Mendes), "Nossos Caminhos" (Ted Moreno e Ramon Villa), "Rancho de Amor e Fé" (Elzo Augusto e Carlos Mendes), "Não Vou Chorar" (Geraldo Nunes e B. Barbosa), "Eu Posso Não Prestar Mas Eu Te Amo" (Clayton), "Muito Prazer Em Conhecê-lo" (Osmar Navarro), "Foi Deus Que Mandou Você Pra Mim" (Rosângela), "Se Você Soubesse" (Portinho e Wilson Falcão), "Leva Eu "Sodade" (Tito Neto e Alventino Cavalcanti), "Não Vou Deixar Você Fugir de Mim" (N. Orlando e Carlos Mendes), e "Deixe Ele Ir" (Monalisa e Carlos Mendes).

Em 1974, lançou o LP "Cantem Comigo", que incluiu o clássico da música sertaneja "Saudades de Matão" (Raul Torres, Jorge Galati e Antenógenes Silva), as versões dos boleros "Canta Comigo" (P. Herrero e J. L. Armenteros), "Mentiras Nada Mais" (Palito Ortega e L. Fransen), "Recordar" (R. Prado), "Não Me Mates de Amor Coração" (J. Jiménez), "Me Caso Sábado, Perdôa-me (Me Caso El Sabado)" (D. Ramos e Carmen Silva), e "Eu Morro Por Estar Contigo (Me Muero Por Estar Contigo)" (P. Villar), todos com versões de Osmar Navarro, além das músicas "Amor Estou Lhe Chamando" (Carlos Mendes e N. Orlando), "Perdoa" (R. Self e D. Albritten), versão de Marcelo Duran, "Não Sou Mais Teu Amor" (Carlos Mendes e Marinah), "Lá No Céu" (Robin e D. Teixeira), e "Amor Com Amor Se Paga" (Luis Wanderley e Kátia). Nesse ano, fez sucesso com a música "Concerto Para Um Verão", lançada em compacto. Participou ainda do LP "Canções Para Dizer Te Amo", da RCA Victor, com a música "Foi Deus Que Mandou Você Pra Mim", e do LP "Fantásticos - Volume 2", também da RCA Victor, interpretando "A Canção Que Eu Fiz", versão de Rossini Pinto para "Song For Anna" (André Popp e J. Massoulier).

Em 1975 participou do LP "Fantásticos - Volume 4", da RCA Victor, com a interpretação do bolero "Amor Estou Lhe Chamando" (C. Mendes e N. Orlando).

Em 1976 fez grande sucesso com a música "Meu Velho Pai", de autoria do ídolo sertanejo Léo Canhoto, em disco que incluiu ainda as músicas "Lágrimas de Felicidade" (Carlos Mendes e Pardal), "Você Nasceu Pra Mim" (Carlos Mendes e Pardal), "Quero Me Casar Com Você" (Carlos Mendes e Pardal), "Volta" (Monalisa e Marco César), "Que Deus Proteja o Nosso Amor" (Pepe Ávila), "Amor Sem Fronteiras" (Tony Damito), "Chore Baixinho" (Rosângela e Sebastião Ferreira), "Quero Porque Quero" (Artulio Reis e Monalisa), "Quando Estou Junto a Ti (Jader Hat Seine Traume)" (Hoier, O'Brien, Docker e Heilburg), versão do pianista argentino Muraro, além do clássico samba-canção "Cinco Letras Que Choram (Adeus)" (Silvino Neto), e "Coração Solitário", uma versão de Osmar Navarro para o bolero "Corazon Solitário" (H. Menezes). Nesse ano, então em pleno sucesso, participou de duas coletâneas da RCA Victor: "O Melhor do Bataclan", com a música "Concerto Para Um Verão", e do disco "Fantásticos - Volume 5", com a interpretação de "Lágrimas de Felicidade".


Em 1977, lançou seu quinto LP, novamente com prioridade para canções românticas, com destaque para as músicas "Poema dos Cabelos Brancos (Tesouro da Minha Vida)" (Gordurinha), "Mais Uma Lição" (Nonô Basílio), "A Colina do Amor" (Léo Canhoto), "Além de Tudo" (Dora Lopes e Aloísio), "Quero Ser Sua Mulher" (Arthur Moreira), "Eu Sou Feliz Porque Te Amo" (Clayton), "Ajude-me a Passar a Noite (Ayudame a Pasar La Noche)" (M. Alejandro e A. Magdalena), versão de Rosa Maria, "A Louca (De Amor Para Dar)" (Pety Ávila), "Vou Dar Um Jeito na Vida" (Ronaldo Adriano e Mourão Filho), "Ai Não Digas (Ay No Digas)" (C. Montez e B. Meshel), versão de Muraro, "O Mar (Le Concerto de La Mer)" (O. Toussaint e F. Lecoultre), versão de Jean Pierre, e "Pouco Me Importa" (L. Almeida e Bady). Nesse ano fez sucesso com a música "Eu Sou Feliz Porque Te Amo" (Clayton), incluída na coletânea "Carlos Aguiar Apresenta as Preferidas do Show da Viola", da RCA Camden, organizada pelo radialista Carlos Aguiar.

Em 1979, tendo grande sucesso com apresentações em programas de rádio e televisão, além de diversos shows, lançou dois LPs. Do primeiro, intitulado "Eu Sempre Vou Te Amar", o grande sucesso foi a guarânia "Espinho Na Cama" (Praense e Compadre Lima), e versões de boleros como "Entre a Recordação e o Esquecimento" (J. L. Armenteros e P. Herrero), e "Se Amanhece" (A. Magdalena e M. Alejandro), em versões de Osmar Navarro, "Se a Noite Daquela Noite Voltasse" (A. Magdalena e M. Alejandro), versão de Zé Homero, "Estou de Novo Só" (W. Theunissen), "Adeus Amor" (Christian Bruhn e Georg Buschor), "Choraras" (D. Amaya e J. Amaya), em versões de Arthur Moreira, "Possessivo Amor" (Majó), "Segura na Mão de Deus" (Autor Desconhecido), "Acordo de Paz" (Hébano e Louzada), "Amor Sincero" (Carlos Mendes e Pardal) e "Ainda Te Amo" (Ítalo do Nascimento). O outro LP, lançado no mesmo ano, foi "Alma Latina". Este disco foi gravado com o cantor Lindomar Castilho, que interpretou com Carmen Silva doze clássicos da música romântica latino americana, onze delas em versões, com exceção de "Proposta" (Roberto Carlos e Erasmo Carlos). As versões foram "Jura-me" (Maria Grever e Fernando Adour), "História De Um Amor" (Carlos Almarán e Édson Borges), "Não Me Mates De Amor Coração" (José A. JimenezOsmar Navarro), "Esta Tarde Vi Chover" (Armando Manzanero e J. Barroso), "Alma Latina" (Pedro Elias GutierrezOsmar Navarro), "Solamente Uma Vez" (Agustin Lara e Waldomiro Bariani Ortêncio), "O Dia Que Me Querias" (Carlos Gardel, Alfredo Le Pera e Haroldo Barbosa), "Contigo Aprendi" (Armando Manzanero e Nazareno de Brito), "Caminito" (Juan de Dios Filiberto, Gabino Coria Peñaloza e Mauro Pires), "Deus Te Acompanhe" (Larry Russel, Inez James, Buddy Pipper e Joubert de Carvalho), e "Maria Bonita" (Agustin Lara e Giuseppe Ghiaroni).

Em 1980 lançou o LP "Apaixonada", com as músicas "Avião Das Nove" (Praense e Ado), "Tango Triste" (Osvaldo de Souza e Haroldo José), "Se o Povo Rezasse" (Osmar Navarro e Arthur Moreira), "Serenata" (Amado Batista e José Fernandes Santos), "Velha Saudade" (Tulio Pereira), "Manhã Sem Aurora" (Carlos César e José Fortuna), "A Canção Que Eu Dedico a Você" (Nelson Ned), "Lar Doce Lar" (Nelson Ned), "Vamos Juntos" (Pepe Ávila), "Dói Coração" (Baltazar da Silva e Jardel), "Sorriso Mudo" (Baltazar da Silva e Jardel), "Tu Me Deste Amor Tu Me Deste Fé" (E. Franco e Marmy), versão de Florêncio Peixoto. Nesse ano fez sucesso com a guarânia "Espinho Na Cama" (Praense e Compadre Lima).


Em 1981, completando dez anos de RCA Victor, lançou o LP "Momentos De Amor", que incluiu as seguintes versões de boleros: "Ansiedade (Ansiedad de Besarte)" (José Enrique Sarabia Rodriguez), versão do cantor, compositor e produtor sertanejo Palmeira, "Aqueles Olhos Verdes (Aquellos Ojos Verdes)" (M. Menendez e A. Utrera), versão de João de Barro, o popular Braguinha, além das composições "Tudo Acabado" (J. Piedade e Osvaldo Oliveira), "Esquina do Adeus" (Goiá), "Daí-nos a Benção" (Domínio Público), "Os Verdes Campos Da Minha Terra (Green Green Grass Of Home)" (Putman), versão de Geraldo Figueiredo, "Pais e Filhos" (Marciano e Darci Rossi), "Doce Mãezinha" (Jean PierreOsmar Navarro), em faixa que contou com a participação de Dominguinhos, "Seria Tão Diferente" (Adelino Moreira e Toni Luna), "Recordação" (Godoy Simões, Tony Dim e M. Pires), "Você Me Paga (The Wanderer)" (G. Moroder e Donna Summer), versão de Arthur Moreira, e o clássico bolero "Que Será" (Marino Pinto e Mário Rossi).

Em 1982, gravou um LP no qual não apareceram as tradicionais versões de boleros, mais composições de muitos novos autores mesclados com obras de compositores já tradicionalmente gravados por ela, como Osmar Navarro. Estão presentes nesse disco as músicas "29 Anos" (Arthur Moreira e Sebastião Ferreira da Silva), "Alvorada" (Geraldo Nunes e Devanir), "Gotinha D'água" (Zamba e Serrana), "Casinha" (S. Rodrigues), "Meu Martírio" (Sergio Velazquez e Arnaldo Diniz), "Meu Natal Sem Mamãe" (Goiá e S. Aurélio), "Quarto Vizinho" (Peão Carreiro e Praense), "Tu Vais Conseguir" (Aniano AlcaldeOsmar Navarro), "Não Vou Mais Fazer Charminho" (Osmar Navarro), "O Milagre Do Sonho" (Vera Liz e Domingos Santos), "Canta Violeiro" (Elena de Grammont), "Festa dos Arrombas" (Hélio Rocha e Daniel Santos), e "Quem Ama Sente Saudade" (Jair dos Santos e Télio Dutra).

Em 1984, gravou, pelo selo RCA Camden, aquele que seria o último disco pela gravadora. Nele, interpreta as músicas "O Amor É Um Bichinho" (Edelson Moura e Geraldo Nunes), "Nunca Mais" (Ed Wilson), "Olha o Vira" (Sócrates), "Violeta Solitária" (Meirecler), "Coração Machucado" (Meirecler), "Guitarras Tristes" (Meirecler), "Saudade Danada" (Ringo), "Aqui é o Teu Lugar" (Julio César e Rodrigo Otávio), "O Primeiro Trem" (Thiago e O. Lacerda), "Se Não Fosse Por Amor" (Deny e Dino), "Remelexo" (Wera Liz e Hélio Alves) e "Coração e Cama" (Clayton).

Em 1985, foi contratada pela RGE e lançou o LP "Fofurinha", cuja música título, de autoria de Edelson Moura, seria um de seus maiores sucessos. Desse disco fizeram parte ainda as músicas "O Destino Nos Separou" (Negro Cosmo e Geraldo Nunes), faixa que contou com a participação especial da dupla sertaneja Chrystian & Ralf, "Sempre Juntos" (Deny), "Te Amo Te Amo (Habana de Cuba)" (Pepe Ávila), "Do Seu Mundo Fiz o Meu" (Meirecler), "Retalhos De Amor" (José Fortuna), "É Sempre Um Começo" (Martinha e César Augusto), "Tremelique" (Geraldo Nunes), "Motivação" (Cecílio Nena e Nicéas Drumont), "Ai Que Beijo Bom" (Ed Wilson), "Vem Meu Amor (Ou a Saudade Me Mata)" (Zé Maria e Geraldo Nunes) e "A Felicidade Existe" (Sócrates e Geraldo Nunes).


A gravação de "Fofurinha" foi incluída no LP "14 + Populares", da Som Livre, lançado em 1986.

Seu disco seguinte foi lançado em 1987, teve como sucessos as músicas "Ave Sem Ninho" (Tony Damito), "Sapequinha" (Nicéas Drumont e Cecílio Nena), "Como é Facil Dizer Te Amo" (Ed Wilson e Cury), "Sofrendo Demais" (Nicéas Drumont e Cecílio Nena), "Abandono" (Geraldo Nunes e Devanir), "Beco Sem Saída" (Geraldo Nunes e Raquel di César), "Nosso Amor Está Por Um Triz" (Meirecler e Rita Carvalho), "Travesseiro Amigo" (Meirecler), "Acostumado Com Você" (Nicéas Drumont e Cecílio Nena), "A Saudade Doeu" (Edelson Moura), e "Saudade Me Deixe Em Paz" (Everaldo Ferraz e Neusinha). No mesmo ano, sua interpretação de "Nosso Amor Está Por Um Triz" foi incluída no LP "O Fino do Brega" da RGE.

Em 1988, gravou as músicas "O Último Julgamento" (Léo Canhoto), "Festa de Aniversário" (Carlos Colla e Chico Roque), "A Dor Do Amor" (Jotha Luis e Benedito Seviero), "Venerão Rasgado" (Joel Marques e Jotha Luis), "Paixão Infinita" (Edelson Moura), "Trem Bom Danado" (Tony Damito e Aline), "Coração Ferido" (Negro Cosmo), "Prece" (Meirecler), "Fotografia" (Meirecler), "Para Mim e Mais Ninguém" (Pedro Jardim M. Perez) e "Como Vou Viver Sem Você" (Gilson e Joran). Nesse ano, fez uma participação especial no LP do cantor Carlos Alexandre, pela gravadora RGE, interpretando com ele a música "Encanto e Magia" (Mário Maranhão e Tivas).

Em 1989, lançou o LP "Tempero Bom", no qual interpretou duas composições de Elias Muniz: "Tempero Bom" e "Mistério", além de outras composições de autores costumeiramente gravados por ela como "Prisioneiro Do Amor" (Negro Cosmo e Rita Carvalho), "Nunca Mais Solidão" (Meirecler e Rita Carvalho) e "Amigos Nada Mais" (Meirecler). Gravou também "Chorando Na Estação" (Tony Damito e Miro Alves), "É Tudo Um Sonho" (Everaldo Ferraz e Martins Neto), "Em Mãos" (Carlos Rian e Genival Melo), "Sonhei Com Você" (Vicente Dias e José Rico), "Que Saudade De Você" (Nicéas Drumont e Cecílio Nena), "Coração Acelerado" (Everaldo Ferraz e Neusinha) e "Diga Diga" (Lou Reed e G. Stephens), versão de Jorge Freedam.


Em seu LP de 1990, que levou seu nome como título, teve destaque o compositor Elias Muniz, que assinou cinco das 12 músicas: "Ai Saudade", "Chora Meu Coração", "Dor Bandida", e duas versões, "Baile na Fazenda (Badjo na Fazenda)" (P. Rodrigues) e "Minha Doce Loucura (Bia Lulucha" (Domínio Público). O disco apresentou ainda as músicas "Personagem" (Mauro Motta e Carlos Colla), "A Saudade Faz Sofrer" (Everaldo Ferraz e Neusinha), "Seu Lugar é Aqui" (Nicéas Drumont e Cecílio Nena), "Onde Andará Você" (Alípio Martins e Jesus Couto), "Noites Sem Você" (Lonely Nights)" (A. May), versão de Osmar Navarro, "Na Mesma Moeda" (Edinho da Mata e Luci Martins) e "Deixa o Tempo Passar" (Amado Batista e Reginaldo Sodré).

Em 1992, lançou seu último LP pela RGE, intitulado "Se Você Quer Amor", no qual se destacaram músicas de compositores ligados ao universo sertanejo, muito ouvidos naquele momento, como Elias Munis, Tivas, Fátima Leão, Carlos Randall, e Carlos Colla. Desses autores estão presentes no disco as composições: "Não Judia Não" (Elias Muniz), "Não Vai Ser Fácil Não" (Elias Muniz e Fátima Leão), "Sem Fingir" (Tivas e Rocky), "Cuidado Meu Amor" (Marcos Valle e Carlos Colla), "Não Vire As Costas Pro Nosso Amor" (Jefferson Farias e Carlos Randall), "Ser Tua Namorada" (Geraldo Nunes e Antônio Queiroz) e "Formiguinha" (Geraldo Nunes e Edelson Moura).

Ao longo de sua carreira foi agraciada com os Troféu Roquete Pinto e Troféu Chico Viola.

Em 1996, com declínio de sucesso, entrou em longa crise depressiva que a levou a mudar radicalmente de vida e abraçar a religião evangélica. Começou então nova carreira, tornando-se cantora gospel.


Com problemas emocionais e familiares, envolvida com religiões, sem achar o caminho para a felicidade, Carmen Silva não via saída para sua vida tão atribulada, até que uma viagem para os Estados Unidos mudou a sua história. 

Aproveitando a passagem por aquele país, Carmen Silva decidiu visitar a filha, Karla, que mora nos Estados Unidos. Vendo a aflição da mãe, Karla a convidou para assistir a um culto na igreja que frequentava. Naquele dia, Carmen Silva aceitou a Cristo e iniciou uma nova vida.

Sua carreira gospel começou em 2001, quando foi convidada pelo Missionário R.R. Soares para fazer parte do cast da gravadora Graça Music. O primeiro CD vendeu mais de 100 mil cópias, garantindo à cantora Disco de Ouro pelo trabalho.

Em 2004, Carmen Silva gravou seu segundo álbum, com músicas de sua autoria e em parceria com uma grande amiga, a irmã Meirecler

Em 2008, Carmen Silva voltou a gravar um CD com músicas inéditas, matando as saudades daqueles que admiram seu talento e ministério. Em "Minhas Canções Na Voz de Carmen Silva", cujas músicas são de autoria do Missionário R.R. Soares, a cantora mostra todo seu potencial vocal e bela interpretação nas 12 faixas que compõem o disco. Destaque para "Deus Vai Cuidar De Mim" e "Contrato Fechado", música de trabalho do CD. 

Ao longo da carreira lançou mais de 20 discos individuais, entre LPs e compactos pela RCA Victor e RGE, além de participar de mais de 25 coletâneas de sucessos.

Seus maiores sucessos foram as músicas "Adeus Solidão", "Fofurinha", "Sapequinha", "Espinho Na Cama", "Fotografia", "Amor Com Amor Se Paga", "Meu Velho Pai" e "Ser Sua Namorada".

Morte

Carmen Silva faleceu na manhã de segunda-feira, 26/09/2016, aos 71 anos, em São Paulo, SP, informou a assessoria de imprensa do Hospital Presidente. Ela teve insuficiência cardíaca por conta de uma embolia pulmonar e estava internada desde o dia 14/09/2016.

Discografia

  • 2008 - Minhas Canções na Voz de Carmen Silva (Graça Music)
  • 2004 - Carmen Silva: Volume II (Graça Music)
  • 2002 - Carmen Silva: Volume I (Graça Music)
  • 1992 - Se Você Quer Amor (RGE)
  • 1990 - Carmen Silva (RGE)
  • 1989 - Tempero Bom (RGE)
  • 1988 - Carmen Silva (RGE)
  • 1987 - Carmen Silva (RGE)
  • 1985 - Fofurinha (RGE)
  • 1984 - Carmen Silva (RCA Camden)
  • 1982 - Carmen Silva (RCA Victor)
  • 1981 - Momentos de Amor (RCA Victor)
  • 1980 - Apaixonada (RCA Victor)
  • 1979 - Eu Sempre Vou Te Amar (RCA Victor)
  • 1979 - Alma Latina - Carmen Silva e Lindomar Castilho (RCA Victor)
  • 1977 - Carmen Silva (RCA Victor)
  • 1976 - Carmen Silva (RCA Victor)
  • 1974 - Cantem Comigo (RCA Victor)
  • 1973 - A Pérola Negra (RCA Victor)
  • 1971 - Carmen Silva (RCA Victor)

Indicação: Miguel Sampaio

Chica Lopes

FRANCISCA DA CONCEIÇÃO LOPES DE OLIVEIRA
(90 anos)
Atriz

☼ São Carlos, SP (08/12/1925)
┼ São Paulo, SP (10/09/2016)

Francisca da Conceição Lopes de Oliveira, mais conhecida como Chica Lopes, foi uma atriz brasileira nascida em São Carlos, SP, no dia 08/12/1925.

Começou a carreira no teatro em 1950 e estreou na televisão em 1975 no episódio do "Teleteatro" (A Cama). 

Em 1976 fez sua primeira novela, "O Julgamento" na TV Tupi. No mesmo canal, fez "Éramos Seis" (1977), "Roda de Fogo" (1978) e "O Direito de Nascer" (1978).

Ficou conhecida pela personagem Durvalina na novela "Éramos Seis". Quando o SBT fez outra versão da trama em 1994, Chica Lopes foi chamada pela emissora para o mesmo papel.

Em 1981, Chica Lopes foi trabalhar na TV Bandeirantes, onde atuou na novela "Os Imigrantes".

Em 1994, voltou à TV na segunda versão de "Éramos Seis", no SBT. Na emissora, fez ainda "Sangue do Meu Sangue" (1995), "Os Ossos do Barão" (1997), "Pícara Sonhadora" (2001), "Marisol" (2002) e "Jamais Te Esquecerei" (2003).

Atuou também na segunda versão de "A Escrava Isaura" em 2004 na Rede Record, interpretando a escrava Joaquina, conselheira da protagonista Isaura, personagem de Bianca Rinaldi. Dois anos depois, fez "Cristal", novamente no SBT.

No cinema, Chica Lopes atuou em vários filmes entre eles destacam-se "Tiradentes, o Mártir da Independência" (1976), seu primeiro longa e "Cafundó" (2005).

Em 25/11/2005, recebeu o Prêmio Zumbi dos Palmares, na Assembléia Legislativa de São Paulo. Durante a Semana da Cultura Negra, foi considerada uma das principais representantes da raça na televisão brasileira.

Chica Lopes na novela "Cristal", do SBT.
Morte

Chica Lopes morreu no sábado, 10/09/2016, aos 86 anos de idade, em São Paulo, SP, mas a notícia só veio à público em 21/09/2016, quando a também atriz Jussara Freire, informou a notícia em seu perfil no Facebook. A causa da morte não foi divulgada.

Na postagem, Jussara Freire homenageou a amiga com quem contracenou em diversas emissoras.

"R I P Chica Lopes. Nossa querida e amiga de tantas novelas. A amada Durvalina, das 2 versões de 'Éramos Seis', foi chamada para habitar outra constelação. Fica homenagens e muito carinho. Muito, muito obrigada querida Chica"
(Jussara Freire)

Chica Lopes morava no bairro Santa Felícia, era viúva e tinha uma filha. Ela foi enterrada no Cemitério Nossa Senhora do Carmo.

Chica Lopes e Patrícia França na novela "A Escrava Isaura", da Rede Record.
Trabalhos

Televisão
  • 2016 - Êta Mundo Bom ... Criada - Participação (Globo)
  • 2006 - Cristal ... Balbina (SBT)
  • 2004 - A Escrava Isaura ... Joaquina (Record)
  • 2003 - Jamais Te Esquecerei ... Irmã Margarida (SBT)
  • 2002 - Marisol  ... Dolores (SBT)
  • 2001 - Pícara Sonhadora ... Luzia (SBT)
  • 1997 - Os Ossos do Barão ... Marlene (SBT)
  • 1995 - Sangue do Meu Sangue ... Bentinha (SBT)
  • 1994 - Éramos Seis ... Durvalina (SBT)
  • 1981 - Os Imigrantes ... Dora (Bandeirantes)
  • 1978 - O Direito de Nascer ... Tina (Tupi)
  • 1978 - Roda de Fogo ... Rosa (Tupi)
  • 1977 - Éramos Seis ... Durvalina (Tupi)
  • 1976 - O Julgamento ... Elvira (Tupi)
  • 1975 - Teleteatro ... (Tupi)
Cinema
  • 2005 - Cafundó ... Nhá Chica
  • 1983 - O Médium
  • 1981 - A Noite das Depravadas ... Empregada da Pensão
  • 1980 - Força Estranha
  • 1977 - Tiradentes, o Mártir da Independência

Fonte: Wikipédia
Indicação: Miguel Sampaio

Peninha

PAULO HUMBERTO PIZZIALI
(66 anos)
Percussionista

☼ Rio de Janeiro, RJ (1950)
┼ Rio de Janeiro, RJ (19/09/2016)

Paulo Humberto Pizziali, mais conhecido por Peninha, foi um percussionista brasileiro nascido no Rio de Janeiro, RJ em 1950.

Peninha começou a tocar em bailes de carnaval há aproximadamente 30 anos com a Orquestra do Formiga. Era ritmista como se falava na época. Mais tarde trabalhou com a Orquestra de Ed Maciel, tocou com Anselmo ManzoniJohnny Alf, Gal Costa, SimoneSivuca e fez parte da Orquestra da Rede Globo, onde tocou com Bezerra da Silva, que ainda não era cantor.

Formou um grupo que se chamava "Escreveu Não Leu, o Palco é Meu". Esse grupo não tinha baterista, mas possuía 8 percussionistas: Peninha, Chacal, Ariovaldo, Cesinha, o irmão de Peninha, outro Cesinha, Pelé do Pandeiro e Zizinho além de um trombone, uma flauta, uma guitarra e um baixo.

Peninha, que em 2016 completou 50 anos de carreira, em 1986 estava com Simone e o Barão vermelho estava gravando o álbum "Declare Guerra", já sem Cazuza, e chamaram-no para gravar algumas faixas. O trabalho rendeu, foi bem e quando o disco foi lançado, convidaram Peninha para participar da banda.

Antes disso, havia participado de diversas gravações, incluindo "Manhã Sem Sono" e a clássica "Bete Balanço". Ele se juntou ao grupo ao lado do guitarrista Fernando Magalhães, participando não só de shows e discos, mas e também de composições da banda.


Essa mudança de estilo, de Música Popular Brasileira para Rock'n Roll e Blues foi uma grande virada em sua carreira. Até então, a única banda de rock que lhe chamava atenção era Led Zeppelin. Mesmo assim, não teve problemas para se adaptar com a nova banda. 

Nas três décadas desde que entrou no Barão Vermelho, Peninha participou de discos como "Carnaval" (1988), "“Carne Crua" (1994) e "Barão Vermelho" (2004), gravado após um período de separação. Ele também esteve em diversas apresentações memoráveis da banda, em festivais como o Rock In Rio e o Hollywood Rock. 

Peninha foi integrante fixo até 2013, quando passou a trabalhar com o maestro e arranjador Lincoln Olivetti, morto em 13/01/2015.

Nos períodos de folga do Barão Vermelho, Peninha tocava com a sua banda Gungala, com forte influência de salsa, uma de suas grandes influências e que era pouco explorada com os antigos colegas.

"Por trás daquele jeito cascudo, ele era uma pessoa maravilhosa, um grande companheiro, e um músico de um nível muito acima do que qualquer pessoa pode imaginar. Era surpreendente", disse o vocalista Roberto Frejat ao jornal O Globo.

"Toda a percussão que se ouve nas gravações do Barão Vermelho é dele. Mesmo antes de ser membro efetivo da banda, ele já tinha gravado conosco, em músicas como 'Manhã Sem Sono', do disco 'Barão Vermelho II' (1983), e 'Bete Balanço', de 'Maior abandonado' (1984)", disse o cantor e guitarrista Roberto Frejat, emocionado com a perda do amigo.

Frejat e Peninha
Morte

Peninha morreu na segunda-feira, 19/09/2016, por volta das 17h30, aos 66 anos, no Rio de Janeiro, RJ, vítima de uma hemorragia no estômago.

 Ele estava internado em estado grave no CTI do Hospital da Lagoa, na Zona Sul do Rio de Janeiro, desde o começo do mês, por causa de hepatite C e uma hérnia no abdômen. Peninha sofria de problemas digestivos. O corpo de Peninha será cremado.

Peninha deixou quatro filhos, Paulo, Pedro, Rafael e Luca.

A informação foi confirmada pela ex-mulher de Peninha, Ana Tereza Lima Soler:

"Queridos amigos e familiares, é com pesar que venho comunicar que o pai dos meus filhos, Paulo Humberto Pizziali, mais conhecido como (Peninha percussão), faleceu agora."
(Ana Tereza Lima Soler, ex-mulher de Peninha, nas redes sociais)

"Foram 66 anos muito bem vividos. Por trás daquele jeito cascudo, ele era uma pessoa maravilhosa, um grande companheiro, e um músico de um nível muito acima do que qualquer pessoa pode imaginar. Era surpreendente!"
(Roberto Frejat)

Indicação: Luiz Carlos (LUCS)

Mazolinha

VÁGNER APARECIDO NUNES
(57 anos)
Jogador de Futebol

☼ Santa Bárbara d'Oeste, SP (03/04/1959)
┼ Santa Bárbara d'Oeste, SP (05/09/2016)

Vágner Aparecido Nunes, mais conhecido como Mazolinha, foi um jogador de futebol brasileiro nascido em Santa Bárbara d'Oeste, SP, no dia 03/04/1959. O esquecido herói do Botafogo.

Ponta-direita de origem, tinha 1,67m de altura e pesava 70 kg no auge de sua forma física. Mazolinha iniciou carreira no Rio Branco em 1986, onde na ocasião disputou o Campeonato Brasileiro da Série A.

Após se destacar na equipe paulista, chamou atenção do Botafogo, que tratou de o contratar.

Aos 29 anos de idade, ficou marcado na história do time da Estrela Solitária quando na final do Campeonato Carioca de 1989, deu um belo o cruzamento para o gol do companheiro de equipe, Maurício. Assim, o Botafogo quebrou um jejum de 21 anos sem o título.


Depois do Alvinegro Carioca, desembarcou no Avaí após rejeitar uma proposta do São José em janeiro de 1990. Lá, prometeu muitos gols e empenho à torcida.

Mazolinha abriu uma loja de confecções no mesmo ano em que chegou ao Avaí, mas acabou perdendo todos os seus bens. Perdeu a loja, carro, dois terrenos, uma chácara, uma casa em construção e até sua esposa.

Passou por Santo André e União Barbarense antes de encerrar carreira no Ríver Atlético Clube, time do Piauí.

Sem muito que fazer e necessitando de dinheiro, virou sacoleiro. Todo mês ia ao Paraguai, até que foi assaltado. Temendo que a violência se repetisse, desistiu da profissão.

Foi aí que resolveu retornar à sua cidade natal e reconstruir sua vida ao lado da segunda mulher e do filho. Virou pedreiro, profissão que havia aprendido com seu pai. Conseguiu também um emprego numa escolinha de futebol e, quando tudo parecia voltar ao normal, um infarto quase acabou com seus sonhos e vida. Mazolinha teve que colocar três pontes safena.

Morte

Mazolinha faleceu na manhã de segunda-feira, 05/09/2016, em Santa Bárbara d'Oeste, SP, aos 57 anos, vítima de um infarto fulminante. Mazolinha chegou a ser socorrido e levado para o Pronto Socorro Edson Mano, mas faleceu.

O corpo de Mazolinha foi velado na tarde de segunda-feira, 05/09/2016, no Velório Municipal Berto Lira, e o sepultamento ocorreu às 14h00, de terça-feira, 06/09/2016, no Cemitério Parque da Ressurreição, em Santa Bárbara d'Oeste, SP.

Mazolinha deixou três filhos e a lembrança do dia em que foi jogado para o alto como herói, ainda que para logo cair no esquecimento.