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Sílvio Caldas

SÍLVIO ANTÔNIO NARCISO DE FIGUEIREDO CALDAS
(89 anos)
Cantor, Compositor e Ator

☼ Rio de Janeiro, RJ (23/05/1908)
┼ Atibaia, SP (03/02/1998)

Filho da gaúcha Alcina Figueiredo Caldas e de Antônio Caldas, afinador, vendedor de pianos e compositor. O casal teve outro filho, o também compositor, Murilo Caldas.

Sílvio Caldas apareceu cantando em público pela primeira vez aos 6 anos nos saraus da Casa dos Bigodinhos e encarapitado nos ombros adultos no Família Ideal, bloco que saía pelas ruas de seu bairro, São Cristóvão.

Iniciou sua vida profissional aos 9 anos como aprendiz de mecânico. Também foi lavador de carros, chofer de táxi, de caminhão e particular, estivador, garimpeiro, e teve como hobby a pescaria e a culinária.

Em 1924 mudou-se para São Paulo ainda trabalhando em oficinas mecânicas até 1927, quando retornou ao Rio de Janeiro. Por esta ocasião, através do cantor de tangos Antônio Gomes, o Milonguita, apresentou-se pela primeira vez na Rádio Mayrink Veiga. Daí pra frente, cantou praticamente em todas as rádios do Rio de Janeiro.

Em 1929 compôs a sua primeira música, "Mas... Por Que Mulher?", em parceria com Quincas Freitas.

Seu primeiro registro em disco, de forma ainda amadora foi na Brunswik com o samba "Quando o Príncipe Chegar", em homenagem ao Príncipe de Gales, Duque de Windsor, em visita ao Brasil.

Seu primeiro disco comercial deu-se em 1930 na RCA Victor, com "Amoroso", samba de sua autoria.


Em 1931 participou da revista musical da Companhia Margarida Max, "Brasil do Amor" cantando "Faceira", de Ary Barroso, seu primeiro grande sucesso, onde na noite de 14/05/1931 teve de reprisa-la 8 vezes.

Como ator, trabalhou em várias peças como: "Ri de Palhaço", de Marques Porto e Paulo Orlando. Fez ainda parte do elenco nos filmes "Favela Dos Meus Amores", de 1935 (onde foi o Zé Carioca), "Carioca Maravilhosa", de 1935 produzido por Sebastião Santos e "Luz Dos Meus Olhos", de 1947 dirigido por José Carlos Burle.

Os apelidos que ganhou em sua trajetória artística foram "Rouxinol da Família Ideal", "O Cantor Que Valoriza as Palavras", "Silvinho", "Poeta da Voz", "Seresteiro", "Caboclinho Querido", dado por César Ladeira, "A Voz Morena da Cidade", dado por Cristóvão de Alencar, ou simplesmente "Titio".

Com versos de Sebastião Fonseca de 1937, Sílvio Caldas lançou em 1951 a sua "Violões Em Funeral", em homenagem a Noel Rosa.

Em 1952 lançou pela Sinter a canção "Silêncio do Cantor", de Joubert de Carvalho e David Nasser, em homenagem a Francisco Alves, que em setembro daquele ano falecera, vítima de um trágico acidente automobilístico.

A partir de 1954 passou a gravar pela Columbia, mais tarde CBS e até sua morte, Sony Music, recém-inaugurada em São Paulo.

Em 1956 apresentou o programa "Os Degraus da Glória", na Rádio Gazeta paulistana. Ainda na capital paulista, na TV Record, apresentou um programa semanal exclusivamente seu.

Com o surgimento da bossa-nova e a evolução dos estúdios de gravação, os vozeirões como o de Sílvio Caldas perderam espaço na mídia.


Lançou um LP singular, com canções compostas por Lauro Miller, todas dedicadas à cidade de São Paulo e seus principais bairros. São conhecidas pelo menos duas edições desse disco, uma da RGE sem data e outra de 1968, pela Premier.

Parou de gravar no final da década de 70, mas sempre foi convidado a apresentar-se em espetáculos, adiando assim a sua despedida dos palcos.

Em 1995, com 87 anos, Sílvio Caldas se apresentou em São Paulo no SESC Pompéia, ao lado de Dóris Monteiro, Miltinho, Noite Ilustrada e os Trovadores Urbanos, relembrando grandes sucessos da Música Popular Brasileira que, por sinal, ajudou a imortalizar.

Com sua voz aveludada e de grande extensão, utilizou-se de sua interpretação para se destacar de seus contemporâneos, tais como Francisco Alves e Carlos Galhardo e até mesmo Orlando Silva. Sílvio Caldas também teve outro destaque sobre os outros pois foi o único que realmente compunha.

Uma pequena curiosidade: Sílvio era grande amigo do pai da cantora I, e foi ele que a ensinou a tocar violão.

Sílvio Caldas casou-se duas vezes, tendo uma filha, Silvinha, com a primeira mulher, e Silvio Caldas Filho, com a segunda.

Em 1965 mudou-se para um sítio em Atibaia, interior de São Paulo, a 65 Km da capital, onde viveu até seu último dia. Nesta cidade ocupou-se como agricultor.

Dono de uma saúde extraordinária, Sílvio Caldas foi o cantor de mais longa atividade na Música Popular Brasileira. Infelizmente, no seu último ano da vida, o cantor sofreu crises de depressão e anorexia, falecendo vítima de insuficiência cardiorrespiratória.

Germano Filho

GERMANO FILHO
(62 anos)
Ator

* Rio Grande, RS (22/04/1933)
+ Rio de Janeiro, RJ (26/04/1995)

Começou a carreira no cinema em 1957, no filme "Sherlock de Araque", e só foi para a televisão em 1964 quando participou da novela "O Desconhecido", da TV Rio.

Se transformou em um dos atores coadjuvantes mais presente no cinema e na TV a partir daí.

O ator fez nove filmes e participou de mais de 30 novelas e minisséries.

No cinema, seus melhores papéis foram em "El Justicero", "O Menino eo Vento", "O Trapalhão na Ilha do Tesouro" e "O Coronel e o Lobisomem".

Germano Filho morreu aos 62 anos no Rio de janeiro, RJ, no dia 26/04/1995, vítima de insuficiência respiratória.

Telenovelas, Minisséries e Seriados

1994 - Memorial de Maria Moura
1993 - Mulheres de Areia - Ataliba
1991 - Salomé ... Jairo
1989 - Tieta ... Jarde
1987 - Bambolê ... Manoel
1987 - O Outro ... Padeiro
1986 - Sinhá Moça ... Everaldo
1985 - A Gata Comeu ... Vicente
1984 - Partido Alto ... Jesus
1983 - Voltei Pra Você
1982 - Elas por Elas
1982 - O Homem Proibido ... Delegado
1981 - Terras do Sem Fim ... Genaro Torres
1981 - O Amor É Nosso
1980 - Coração Alado ... Padre
1980 - Marina ... Aluísio
1978 - Maria, Maria ... Oscar
1978 - Sinal de Alerta ... Loyola
1977 - Sítio do Pica-Pau Amarelo ... Elias
1976 - Saramandaia
1975 - Pecado Capital ... Orestes
1975 - Roque Santeiro ... Salustiano Duarte, "Beato Salu"
1975 - Gabriela ... Silva
1975 - O Noviço
1974 - Fogo Sobre Terra ... Quebra Galho
1973 - Carinhoso ... Arquimedes
1973 - Cavalo de Aço ... Antônio
1972 - Selva de Pedra ... Abud
1970 - Simplesmente Maria
1969 - A Cabana do Pai Tomás ... Natalieh
1968 - Ana ... Raimundo
1968 - A Última Testemunha
1968 - O Santo Mestiço
1968 - O Décimo Mandamento ... Vitório
1964 - O Desconhecido ... Malvino
1964 - Vitória

Cinema

1979 - O Coronel e o Lobisomem
1975 - O Trapalhão na Ilha do Tesouro
1973 - Caingangue
1969 - Golias Contra o Homem das Bolinhas
1967 - O Menino e o Vento
1967 - El Justicero
1964 - Crônica da Cidade Amada
1960 - O Palhaço o que é?
1957 - Sherlock de Araque

Teatro

1955 - Pluft - O Fantasminha ... Tio Gerúndio
1955 - O Baile dos Ladrões ... Mordomo
1957 - O Embarque de Noé ... Noé
1958 - A Bruxinha Que Era Boa ... Bruxo Belzebu

Jorge

JORGE DIAS SACRAMENTO
(74 anos)
Jogador de Futebol

* Recife, PE (22/03/1924)
+ Rio de Janeiro, RJ (30/07/1998)

Integrante da famosa linha média do Expresso da Vitória, Eli, Danilo e Jorge, conquistou a torcida como um marcador implacável e eficiente. Considerado um dos melhores do Vasco na sua posição em todos os tempos. Foi titular da Seleção Carioca que se sagrou campeã brasileira em 1946. Pelo Vasco, foi campeão carioca nos anos de 1945, 1947, 1949, 1950 e 1952, e campeão sul-americano de clubes em 1948.

Fonte: Net Vasco

Carlos Vergueiro

CARLOS PEREIRA DE CAMPOS VERGUEIRO
(78 anos)
Ator, Radialista, Jornalista, Compositor e Roteirista

* São Paulo, SP (01/01/1920)
+ Rio de Janeiro, RJ (31/03/1998)

Na década de 40, frequentou o curso de Direito, mas não chegou a exercer a profissão. Nessa época, ele começava a carreira artística como crítico musical do "Estado de São Paulo", do "O Correio Paulistano" e da revista "Clima".

Depois de uma viagem à Europa, em 1948, Vergueiro voltou sua atenção para o teatro. Quando voltou ao Brasil, entrou para o Grupo de Teatro Experimental, dirigido por Alfredo Mesquita. O primeiro papel foi uma ponta na peça "À Quoi Revent Les Jeunes Files", de Musset. Das apresentações, surgiu a idéia de fundar o Teatro Brasileiro de Comédia, o legendário TBC, no fim dos anos 40. Ele foi o primeiro diretor do teatro a participar de montagens históricas, como "Seis Personagens à Procura de um Autor", com Cacilda Becker e Sérgio Cardoso, e "Ralé", com Maria Della Costa e Paulo Autran.

No teatro, conheceu Zilah Maria Pederneiras Fontainha, com quem foi casado por 46 anos. Com ela, teve três filhos - Carlinhos e Guilherme Vergueiro, os dois ligados à música, e Maria Luiza.

Vergueiro não se restringiu ao teatro. Como secretário da diretoria da antiga Companhia Cinematográfica Vera Cruz, ganhou um papel no primeiro filme da empresa, "Caiçara". Também escreveu diálogos para os longas "Sinhá Moça" e "Uma Pulga na Balança".

No fim da década de 60, ocupou o cargo de diretor artístico da TV Cultura de São Paulo. Mesmo atuando como ator em peças de teatro e cinema, Vergueiro nunca abandonou o rádio. Ele costumava dizer que seu trabalho na área de programação musical tinha um paralelismo com a vida de ator.

Foi, também, diretor artístico da 'Rádio Eldorado'. Durante mais de 30 anos, ele foi responsável pela área cultural da emissora e criou programas líderes de audiência, como "Um Piano ao Cair da Tarde" e "Música de Concerto". Recebeu vários prêmios, entre eles, o Prêmio Sanyo de Radialismo, em 1979, e o Prêmio Roquette Pinto, em 1962, epla melhor programação musical.

Carlos Vergueiro morreu aos 78 de anos, de infarto.

É pai do compositor Carlinhos Vergueiro e Guilherme Vergueiro.

Fonte: Wikipédia e Dramaturgia Brasileira - In Memoriam

Jovelina Pérola Negra

JOVELINA FARIA DELFORD
(54 anos)
Cantora


* Rio de Janeiro, RJ (21/07/1944)

+ Rio de Janeiro, RJ (02/11/1998)

Indiscutivelmente, uma das grandes damas do samba e do pagode. Voz rouca, forte, amarfanhada, de tom popular e força batente. Herdeira do estilo de Clementina de Jesus, foi, como ela, empregada doméstica antes de virar sucesso no mundo artístico. Nascida em Botafogo, na zona sul do Rio de Janeiro, Jovelina Pérola Negra logo fincou pé na Baixada Fluminense, em Belford Roxo. Ela apareceu para o grande público ao participar do histórico disco Raça Brasileira, em 1985. Pastora do Império Serrano, ajudou a consolidar o que é chamado hoje de pagode.

Gravou cinco discos individuais ganhando, inclusive, um Disco de Platina. Infelizmente encontramos nas lojas apenas coletâneas com seus grandes sucessos como Feirinha da Pavuna, Bagaço da Laranja (gravada com Zeca Pagodinho), Luz do Repente, No Mesmo Manto e Garota Zona Sul, entre outros. O sucesso chegou tardiamente e ela não realizou o sonho de "ganhar muito dinheiro e dar aos filhos tudo o que não teve".

Seu estilo todo próprio conquistou muitos fãs no meio artístico, levando até mesmo Maria Bethânia a um show no Terreirão do Samba, na Praça Onze, de onde a diva da MPB só saiu depois de ouvir "Dona Jove versar". Alcione já homenageou a 'Pérola Negra' em um de seus melhores discos, Profissão Cantora.

Enquanto o samba e o verdadeiro partido alto existirem Jovelina sempre será lembrada por sua voz potente e sua ginga própria da raça negra - assim como Clementina de Jesus.

Morreu de Enfarte, aos 54 anos, na madrugada do dia 02/11/998, no bairro do Pechincha, em Jacarepaguá.

Fonte: Last.fm

Diana Morel

DIANA MOREL
(64 anos)
Atriz, Dubladora e Vedete


☼ Rio de Janeiro, RJ (30/11/1934)
┼ Rio de Janeiro, RJ (18/12/1998)

Diana Morel começou a ser vedete ainda com 15 anos, nos espetáculos de Carlos Machadoem sua revista musical. Sofrendo a oposição de sua família, a jovem chegou a ameaçar se jogar do alto de um prédio, caso seus pais não a permitissem ser vedete. Com o corpo perfeito, muito charme e um rosto bonito, Diana Morel se tornaria rapidamente uma das Certinhas do Lalau, a famosa lista de beldades de Stanislaw Ponte Preta.

Depois do Teatro de Revista, Diana Morel ingressou na Companhia Teatral Maria Della Costa, onde atuou ao lado da própria e de Paulo Autran, Tonia CarreroZiembinski, e fez alguns filmes como "A Carne é o Diabo", "É Pra Casar?" e "Meus Amores no Rio"Ainda com Maria Della Costa, Diana Morel participou da adaptação para o cinema de "Moral em Concordata", um grande sucesso nos palcos.

Chegou à TV em 1967, participando das primeiras novelas da TV Globo como "A Rainha Louca" (1967), "Demian, o Justiceiro" (1967) e "A Grande Mentira" (1968). Participou, também, da linha de shows e humorísticos da emissora do final da década de 60.

Na década de 60, foi homenageada por um programa da TV Tupi, que remontava sua trajetória, tendo a atriz Elisângela, como Diana Morel adolescente.

Nos anos 70 participou da novela "Tempo de Viver" (1972) na TV Rio e depois, de volta à TV Globo, fez "Supermanoela" (1974), "Dancin' Days" (1978), "A Gata Comeu" (1985) e "Gente Fina" (1990).

No cinema estrelou "Trabalhou Bem, Genival" (1955), em outras chanchadas, e, uma participação em "Moral em Concordata" (1959), ao lado de Odete Lara.

Com uma voz perfeita, Diana Morel se transformou em uma dubladora das mais requisitadas. Dublou algumas atrizes famosas de cinema como Greta Garbo e Jeanne Moreau. É sua a voz de Ingrid Bergman no filme "Casablanca".

Sua última participação na TV Globo foi em outubro de 1992, no programa "Os Trapalhões"

Morte

Diana Morel morreu na sexta-feira, 18/12/1998, no Rio de Janeiro, em seu apartamento, no Leme, Zona Sul, vítima de um infarto. O corpo de Diana Morel foi velado e enterrado na sexta-feira no Cemitério São Francisco Xavier, no Caju, zona norte do Rio de Janeiro.


Trabalhos

Cinema
  • 1959 - Moral em Concordata
  • 1958 - Meus Amores no Rio
  • 1955 - Trabalhou Bem, Genival

Televisão
  • 1990 - Gente Fina (Globo) ... Zenaide
  • 1986 - Selva de Pedra (Globo) ... Ex Vedete
  • 1985 - A Gata Comeu (Globo) ... Dona Ofélia
  • 1978 - Sítio do Picapau Amarelo (Globo) ... Pasifae, rainha de Creta - Episódio "O Minotauro"
  • 1978 - Dancin' Days (Globo) ... Anita
  • 1975 - Senhora (Globo) ... Santa
  • 1974 - Supermanoela (Globo) ... Tereza
  • 1972 - Jerônimo, o Herói do Sertão (Tupi) ... Débora
  • 1972 - Tempo de Viver (Tupi)
  • 1969 - Enquanto Houver Estrelas (Tupi) ... Estela
  • 1969 - O Retrato de Laura (Tupi) ... Laura
  • 1968 - A Grande Mentira (Globo) ... Beatriz
  • 1967 - O Homem Proibido (Globo) ... Amal
  • 1967 - A Rainha Louca (Globo) ... Rosário

Dublagem
  • As atrizes Greta Garbo, Bette Davis e Ingrid Bergman;
  • Rainha Nemone na série animada "Tarzan" (Estúdios Filmation);
  • Mulher-Maravilha na 1ª temporada de "Superamigos" (1973);
  • Angie Dickinson em "Policewoman";
  • Participações em "Columbo" e "Ilha da Fantasia";
  • Maria Mercedes (Seu último trabalho na dublagem)


Fonte: Wikipédia e UOL

Brandão Filho

MOACYR AUGUSTO SOARES BRANDÃO
(88 anos)

Ator e Humorista


* Rio de Janeiro, RJ (06/01/1910)
+ Rio de Janeiro, RJ (22/03/1998)

Moacyr Augusto Soares Brandão, mais conhecido como Brandão Filho, foi um ator e humorista brasileiro. Filho do conhecido ator João Augusto Soares Brandão, conhecido pelo nome artístico de Brandão, o Popularíssimo, ficou órfão aos 11 anos. Começou a trabalhar cedo como entregador de roupa em uma tinturaria e depois em uma padaria.

Sua estreia no teatro foi em 1929, no circo, e logo ele se descobriu como alguém que perdia a inibição no palco e fazia os outros rirem.

Em 1942 foi convidado para participar da primeira radionovela brasileira, "Em Busca de Felicidade", da Rádio Nacional. Também nessa época estreava no cinema com os filmes "O Dia é Nosso" e "Samba Em Berlim".


O sucesso veio com o personagem "Primo Pobre" no programa radiofônico "Balança Mas Não Cai", da Rádio Nacional, onde contracenava com Paulo Gracindo, o "Primo Rico". O sucesso foi tão grande que os atores passaram anos interpretando os mesmos personagens e depois foram para a TV fazendo o mesmo quadro. Também na Rádio Nacional estrelou, ao lado dos comediantes Apolo Correia e Ema D'Avila, no humorístico de grande sucesso "Tancredo e Trancado", escrito por Ghiaroni e patrocinado pelas Pílulas de Vida do Drº Ross.

Depois de vários filmes e do sucesso na Rádio Nacional, onde ficou por mais de 40 anos, Brandão Filho chegou à TV em programas e seriados cômicos como "Uau, a Companhia", "Balança Mas Não Cai", "Faça Humor, Não Faça a Guerra", "Viva o Gordo", "Chico Anysio Show", "Estados Anysios de Chico City" e a primeira versão de "A Grande Família", em 1973.

Brandão Filho e Betty Faria (O Romance da Empregada, 1988)
Após a experiência em "A Grande Família", Brandão Filho foi para as novelas e, na TV Globo, participou de "Bravo!" (1975), "Saramandaia" (1976), "Nina" (1977), "Sinal de Alerta" (1978), "Te Contei?" (1978), "Feijão Maravilha" (1979), "Chega Mais" (1980), "Plumas e Paetês" (1980) e "O Salvador da Pátria" (1989), onde viveu o personagem Padre Elísio.  Participou também da "Escolinha do Professor Raimundo", um de seus últimos trabalhos na TV.

No cinema ganhou o Prêmio Air France de melhor ator do ano pelo filme "Romance da Empregada" (1988), dirigido por Bruno Barreto e estrelado por Betty Faria. Também se destacou por suas participações em "Assalto à Brasileira" (1971), "Os Caras de Pau" (1970), "O Comprador de Fazendas" (1974) e "Essa Mulher é Minha... e dos Amigos" (1976).

Brandão Filho morreu em 22/03/1998, vítima de câncer, após sofrer duas paradas cardio-respiratórias e permanecer internado por 40 dias em uma clínica no Rio de Janeiro, aos 88 anos.

Brandão Filho e Paulo Gracindo (Primo Pobre e Primo Rico)
Cinema

  • 1987 - Romance da Empregada
  • 1976 - Essa Mulher é Minha ... e dos Amigos
  • 1974 - O Comprador de Fazendas
  • 1971 - Assalto à Brasileira
  • 1970 - Os Caras de Pau
  • 1953 - Balança Mas Não Cai
  • 1950 - Marcha Para Deus (Não Finalizado)
  • 1948 - Inconfidência Mineira
  • 1943 - Samba em Berlim
  • 1941 - O Dia é Nosso
  • 1936 - O Bobo do Rei


Osmar Prado e Brandão Filho (A Grande Família)
Televisão

  • 1996 - Chico Total ... Primo Pobre
  • 1991 - Estados Anysios de Chico City
  • 1990 - Escolinha do Professor Raimundo ... Sandoval Quaresma
  • 1989 - O Salvador da Pátria ... Padre Elísio
  • 1987 - A Grande Família ... Floriano
  • 1981 - Viva o Gordo
  • 1980 - Plumas & Paetês ... Adolfo
  • 1980 - Chega Mais ... Jaime
  • 1979 - Feijão Maravilha ... Prudêncio
  • 1978 - Te Contei? ... Totó
  • 1978 - Sinal de Alerta
  • 1977 - Nina ... Simão
  • 1976 - Saramandaia ... Mestre Cursino
  • 1975 - Bravo! ... Santiago
  • 1972 - A Grande Família (1972 a 1975) ... Floriano
  • 1972 - Uau, a Companhia
  • 1968 - Balança Mas Não Cai ... Primo Pobre

Fonte: Wikipédia

Ofélia

OFÉLIA RAMOS ANUNCIATO
(73 anos)
Culinarista, Cozinheira e Apresentadora de TV

* Itatiba, SP (27/12/1924)
+ São Paulo, SP (26/10/1998)

Ofélia Ramos Anunciato, a Ofélia Anunciato nasceu no dia 27/12/1924. Pioneira da televisão, estreou como culinarista na TV Santos, uma sub-estação da TV Paulista, também pertencente às Organizações Victor Costa, no dia 11/02/1958.

Passados seis meses, estava na TV Tupi de São Paulo, sob a direção de Abelardo Figueiredo. Com ele, tornava-se culinarista do primeiro programa feminino da televisão brasileira: "Revista Feminina", apresentado por Maria Thereza Gregori. Ficou na TV Tupi até 1968, quando ela, o programa e toda a equipe se transferiram para a Rede Bandeirantes. No canal 13 paulistano acabou ganhando um programa próprio: "Cozinha Maravilhosa De Ofélia", que apresentou por mais de 30 anos.

Antes de entrar para a televisão, Ofélia escrevia uma coluna sobre culinária no jornal Tribuna de Santos. O interesse pela cozinha começou cedo. Aos 8 anos, puxava um banquinho e se debruçava sobre o fogão da fazenda da família em Garça, interior de São Paulo. Fritava batatas, fazia bolos, inventava receitas. Aos poucos, os quitutes começaram a ser desejados por toda a família.

Cidinha Santiago em almoço com Ofélia Anunciato, em 1994.
A mineira trabalhou com a apresentadora e culinarista por 12 anos
Aos 20 anos, ela estava servindo um lanche ao avô do marido e a um amigo dele, que era dono da Tribuna de Santos, quando recebeu o convite para escrever no jornal. A coluna ganhou o nome de "Um Docinho Para Mamãe".

Ofélia escreveu 14 livros, todos publicados pela Editora Melhoramentos, nos quais ensina os segredos das cozinhas brasileira, portuguesa e italiana. Em 1997, foi premiada com o Jabuti na categoria Produção Editorial, pelo livro "Ofélia, O Sabor Do Brasil". Na feira do livro de Frankfurt, o livro foi considerado um dos 13 mais lindos do mundo.

Ofélia era uma das figuras mais cativantes da televisão brasileira, com um público fiel, já chegou a receber cerca de 20 mil cartas por mês de fãs de todo o país, pedindo conselhos, receitas, sugestões para datas especiais ou simplesmente manifestando carinho. Querida pelo público - donas de casa, adultos e crianças - e estimada pelos seus companheiros de emissora, Ofélia sempre dividiu seu carinho entre os telespectadores e a família - a filha Beth, o genro Jorge e os netos Rodrigo e Juliana.

Ofélia durante gravação de seu antigo programa, "Cozinha Maravilhosa de Ofélia",
exibido pela Rede Bandeirantes, de 1968 a 1998

O segredo do sucesso das receitas de Ofélia sempre foi fundamentado nesta sua frase:

"Na verdade, não há segredos na arte de cozinhar. Se você cozinha gostando de cozinhar, certamente será capaz de fazer um prato saboroso. E se tiver por perto alguém que goste de ensinar a cozinhar, como eu gosto, então não haverá nenhum problema."

Todos os grandes mestres da culinária no Brasil passaram pela "Cozinha Maravilhosa De Ofélia" (1968) como convidados: Luciano Boseggia (Fasano e Gero), Sergio Arno, Dona Lucinha, Alencar de Souza (Santo Colomba), Manuel Andrade (Andrade) e Mao Hun Tseng (Shian San) entre muitos outros.

Ofélia faleceu às 3:00 hs do dia 26/10/1998, no Hospital da Beneficência Portuguesa, onde esteve internada por 15  dias. O corpo foi velado na Câmara Municipal de São Paulo, no Auditório Prestes Maia. A culinarista foi enterrada no Cemitério Memorial de Santos.

Fonte: NetSaber

Jacyra Sampaio

JACYRA SAMPAIO
(70 anos)
Atriz

* Santa Cruz do Rio Pardo, SP (28/08/1928)
+ São Paulo, SP (29/09/1998)

Atriz de teatro e TV, Jacyra Sampaio começou a carreira tarde para os padrões do meio, aos 37 anos, atuando no Teatro Experimental do NegroJacyra Sampaio deu aulas de teatro no Rio de Janeiro em 1980, e com os alunos montou a peça "O Pequeno Reformador".

Na TV participou de novelas, tanto na extinta TV Tupi como na Rede Globo. Fez mais de 20 novelas, como "A Outra Face de Anita" (1964), "Redenção" (1966), "A Muralha" (1968), "O Meu Pé de Laranja Lima" (1970), "Meu Rico Português" (1975), "Sinhá Moça" (1986) e "Despedida de Solteiro" (1992), seu último trabalho em novelas.

Mas indiscutivelmente foi no papel de Tia Nastácia na série infantil "O Sítio do Pica Pau Amarelo" que se destacou marcando presença no imaginário infantil de toda uma geração. O seriado, baseado na obra de Monteiro Lobato, ficou no ar entre 1977 e 1985, numa realização em parceria com a TV Cultura. A atriz tinha quase 60 anos quando começou a fazer o papel e era uma das personagens mais queridas da série.

Jacyra Sampaio faleceu aos 70 anos, em São Paulo. Problemas cardíacos, detectados há anos e agravados nos últimos quatro anos de sua vida, provocaram sua morte.


Televisão


  • 1994 - Você Decide (Amor e Morte)
  • 1992 - Despedida de Solteiro ... Elza
  • 1989 - Pacto de Sangue ... Bá
  • 1987 - Bambolê ... Edith
  • 1986 - Sinhá Moça ... Ruth
  • 1977-1986 - Sítio do Picapau Amarelo ... Tia Nastácia
  • 1975 - Meu Rico Português ... Luzia
  • 1973 - Divinas & Maravilhosas ... Mainha
  • 1972 - Camomila e Bem-Me-Quer
  • 1972 - Signo da Esperança
  • 1971 - Nossa Filha Gabriela
  • 1970 - O Meu Pé de Laranja Lima ... Eugênia
  • 1969 - Dez Vidas
  • 1969 - Vidas em Conflito ... Maria das Dores
  • 1968 - A Muralha
  • 1966 - Redenção
  • 1966 - As Minas de Prata
  • 1966 - Almas de Pedra ... Mucama
  • 1965 - Os Quatro Filhos ... Maria
  • 1964 - A Outra Face de Anita
  • 1960 - Imitação da Vida


Cinema


  • 1977 - Que Forma Estranha de Amar
  • 1961 - A Primeira Missa
  • 1960 - Zé do Periquito
  • 1959 - O Preço da Vitória


No Teatro


  • 1959 - Quarto de Empregada
  • 1960 - As Feiticeiras de Salem
  • 1961 - O Pagador de Promessas
  • 1964 - O Círculo do Champagne
  • 1965 - Vamos Brincar de Amor em Cabo Frio
  • 1971 - Castro Alves Pede Passagem
  • 1988 - Um Piano à Luz da Lua
  • 1994 - Sitio do Picapau Amarelo

Fonte: Wikipédia

Bolinha

EDSON CURY CABARITI
(62 anos)
Radialista e Apresentador de TV

* Santos, SP (16/07/1936)
+ São Paulo, SP (01/07/1998)

Filho de imigrantes sírios, Edson Cury começou a carreira como locutor esportivo, depois de fazer bicos como feirante, engraxate e balconista. Na TV ExcelsiorEdson Cury começou como o responsável pelos flashes esportivos do programa "Últimas Notícias". A estreia como apresentador de programa de auditório aconteceu quase por acaso, em janeiro de 1967. Convocado a substituir o apresentador Chacrinha, que havia se desentendido com os diretores da emissora, Edson Cury não apenas levou o programa adiante, como aumentou o seu Ibope.

O Clube do Bolinha

Edson Cury ficou conhecido mesmo com o "Clube do Bolinha", programa que ficou no ar por 20 anos na TV Bandeirantes, alcançou oito pontos no Ibope e era um dos líderes de audiência da emissora. Uma marca registrada do programa eram as bailarinas, chamadas carinhosamente de "Boletes", e o quadro "Eles e Elas", onde transformistas e travestis se apresentavam.

Vários artistas como Alan & Aladim, Leandro & Leonardo e Arnaldo Antunes, mesmo depois de famosos, foram ao seu programa agradecer o apoio ao início de suas carreiras.

Seu elenco de boletes também era composto por ex-chacretes.


Lista de algumas Boletes: Zulu, Tânia Bang Bang (Tânia Bang Bang era secretaria pessoal e assistente de produção musical do Clube do Bolinha, e era casada com o cantor Antônio Luiz que também fazia-se as vezes de assessor nas viagens da "Caravana do Bolinha"), Edna Poncell, Delma, Inês, Valquíria, Norman, Raquel, Sônia Lírio, Sônia Rangel, Isná, Gracinha Japão, Eduarda, Carla, Audrey, Sandra Lee, Silvana, Míriam Bianchi, Rose Cleópatra, Ana Maria, Verônica, Leda Zepellin, Índia Amazonense, Laura, Julia, Gina Tropical, Neide, Sandra Janete, Olívia, Fábia, Lúcia, Vanderléia, Beth Balanço, Beth Gazeta, Beth Coqueiro, Iris, Renata, Solange, Marli Bang Bang, Iara.

Morte

O apresentador morreu às 02:30 hs. do dia 01/07/1998, aos 62 anos, vítima de câncer no aparelho digestivo. Estava internado no Hospital 9 de Julho, em São Paulo, para tratamento da doença, que havia sido descoberta três anos antes de sua morte. Nos seis meses antes de falecer, a doença do apresentador tinha-se agravado.

Fonte: Wikipédia 

Nelson Gonçalves

ANTÔNIO GONÇALVES SOBRAL
(78 anos)
Cantor

* Santana do Livramento, RS (21/06/1919)
+ Rio de Janeiro, RJ (18/04/1998)

Segundo maior vendedor de discos da história do Brasil, com mais de 75 milhões de copias vendidas, fica atrás apenas de Roberto Carlos, com mais de 120 milhões. Seu maior sucesso foi a canção "A Volta Do Boêmio".

Nasceu no Rio Grande do Sul, m Seus pais eram portugueses e, logo após seu nascimento, transferiram-se para São Paulo, passando a residir no bairro do Brás. Quando criança, era levado para praças e feiras pelo seu pai, que fazendo-se de cego, tocava violino, enquanto ele cantava.

Na adolescência, empregou-se como garçom no bar de seu irmão, situado na Avenida São João, passando a partir de então a frequentar bares de boêmios e músicos.

Aos 16 anos, tornou-se lutador de boxe na categoria de peso-médio. Dois anos mais tarde, tentou a sorte como cantor, num programa de calouros apresentado por Aurélio Campos, na Rádio Tupi de São Paulo, tendo sido reprovado. Numa nova tentativa realizada na semana seguinte, conseguiu ser contratado para o programa.

Mesmo com o apelido de "Metralha", por causa da gagueira, decidiu ser cantor. Em uma de suas primeiras bandas, teve como baterista Joaquim Silva Torres. Foi reprovado duas vezes no programa de calouros de Aurélio Campos. Finalmente foi admitido na rádio PRA-5, mas dispensado logo depois, em 1939.

Nesta época, casou-se com Elvira Molla e com ela teve dois filhos.

Seguiu para o Rio de Janeiro em 1939, onde trilhou mais uma vez o caminho dos programas de calouros. Foi reprovado novamente na maioria deles, inclusive no de Ary Barroso, que o aconselhou a desistir. Finalmente, em 1941, conseguiu gravar um disco de 78 rotações, que foi bem recebido pelo público. Passou a crooner do Cassino Copacabana, do Hotel Copacabana Palace, e assinou contrato com a Rádio Mayrink Veiga, iniciando uma carreira de ídolo do rádio nas décadas de 40 e 50, da escola dos grandes, discípulo de Orlando Silva e Francisco Alves.

Alguns de seus grandes sucessos dos anos 40 foram "Maria Bethânia" (Capiba), "Normalista" (Benedito Lacerda e David Nasser), "Caminhemos" (Herivelto Martins), "Renúncia" (Roberto Martins e Mário Rossi) e muitos outros. Maiores ainda foram os êxitos na década de 50, que incluem "Última Seresta" (Adelino Moreira e Sebastião Santana), "Meu Vício É Você" e a emblemática "A Volta do Boêmio", ambas de Adelino Moreira.

Na década de 50, além de shows em todo o Brasil, chegou a se apresentar em países como Uruguai, Argentina e Estados Unidos, no Radio City Music Hall.

Em 1952, casou-se com Lourdinha Bittencourt, substituta de Dalva de Oliveira no Trio de Ouro. O casamento durou até 1959.

Em 1965, casou-se novamente com Maria Luiza da Silva Ramos, com quem teve dois filhos, Ricardo da Silva Ramos Gonçalves e Maria das Graças da Silva Ramos Gonçalves. A caçula tem seu apelido no refrão da música "Até 2001" (É no Gogó Gugu).

Em 1958 se envolveu no mundo das drogas com a cocaína, tendo sido preso em flagrante em 1965 sob a acusação de tráfico, e passado um mês na casa de detenção, o que lhe trouxe problemas pessoais e profissionais. Foi absolvido em julgamento. Superada a crise, lançou o disco "A Volta Do Boêmio Nº 1", um grande sucesso.

Após abandonar o vício com o apoio de sua mulher, retomou uma carreira bem sucedida.

Continuou gravando regularmente nos anos 70, 80 e 90, reafirmado a posição entre os recordistas nacionais de vendas de discos. Além dos eternos antigos sucessos, Nelson Gonçalves sempre se manteve atento a novos compositores, e chegou a gravar as canções "Simples Carinho" (Ângela Rô Rô), "Nada Por Mim" (Kid Abelha), "Ainda É Cedo" (Legião Urbana) e "Como Uma Onda" (Lulu Santos (Como uma Onda).

Ganhador de um Prêmio Nipper da RCA Victor, dado aos que permanecem muito tempo na gravadora, sendo somente Elvis Presley o outro agraciado. Durante sua carreira, gravou mais de duas mil canções, 183 discos em 78 rpm, 128 álbuns, vendeu cerca de 78 milhões de discos, ganhou 38 discos de ouro e 20 de platina.

Nelson Gonçalves morreu vítima de um Infarto Agudo do Miocárdio no apartamento de sua filha Margareth, no Rio de Janeiro.


Dramatizações

A vida de Nelson Gonçalves teve sua biografia dramatizada nas seguintes obras: Na década de 90, foi encenado nas principais capitais do país o musical "Metralha". Em 2001 foi lançado o documentário "Nelson Gonçalves", contando a sua trajetória, com direção de Elizeu Ewald e protagonizado por Alexandre Borges e Júlia Lemmertz, e tendo a sua filha Margareth Gonçalves como produtora executiva.

Fonte: Wikipédia
#FamososQuePartiram #NelsonGoncalves

Sérgio Motta

SÉRGIO ROBERTO VIEIRA DA MOTTA
(57 anos)
Engenheiro, Político e Empresário

* São Paulo, SP (26/11/1940)
+ São Paulo, SP (19/04/1998)

Sérgio Motta foi um dos fundadores do PSDB  e uma das principais lideranças do partido. Foi coordenador da campanha do presidente Fernando Henrique Cardoso, em 1994, quando ocupava o cargo de secretário-geral do seu partido.

Sérgio Motta tornou-se o mais influente integrante do governo Fernando Henrique Cardoso, com uma forma própria de fazer política, apelidada de "Estilo Trator". Exercendo o cargo de ministro das Comunicações, comandou o maior processo de privatização da história do Brasil. Foi ele o  responsável pela privatização do Sistema Telebrás.

Sérgio Motta e Fernando Henrique Cardoso (Foto: Getúlio Gurgel/PR)
Nos anos sessenta, como estudante da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Sérgio Motta participou da Ação Popular, organização de esquerda derivada da Juventude Universitária Católica. Na década seguinte, dirigiu o jornal O Movimento, um dos principais veículos dos militantes de esquerda e que tinha em seu conselho editorial o sociólogo Fernando Henrique Cardoso.

Durante a gestão de Ângelo Amaury Stábile no Ministério da Agricultura do governo João Baptista de Oliveira Figueiredo, Sérgio Motta, junto ao general Golbery do Couto e Silva, fundou a Coalbra, companhia para extração de álcool da madeira, e cujos recursos eram desviados para aplicação no mercado financeiro. Descoberto do esquema, o ministro foi demitido e o seu sucessor, o gaúcho Nestor Jost promoveu à demissão de todos os envolvidos nos escândalos do ministério. Sérgio Motta foi, então, para São Paulo, onde se aliou ao grupo do futuro presidente Fernando Henrique Cardoso. Do empreendimento restou um rombo de 250 milhões de dólares e as ruínas, na cidade de Uberlândia.

Sérgio Motta e a compra de votos (Revista Veja)
Acusações

Gravações obtidas pelo jornal, Folha de São Paulo, envolveram o ministro no escândalo de compra de votos para a aprovação da emenda de reeleição de Fernando Henrique Cardoso.

Nas gravações, o deputado João Maia (PFL) dizia que recebeu R$ 200 mil para votar a favor da emenda que permitiu a reeleição de Fernando Henrique Cardoso. O deputado revela ainda que a barganha pelo voto previa receber R$ 200 mil do governo federal e outros R$ 200 mil do governo do Estado do Acre. O dinheiro usado na operação, segundo João Maia, foi providenciado pelo governador do Amazonas, Amazonino Mendes (PFL), e pelo ministro Sérgio Motta.

Em conversa gravada, o deputado Ronivon Santiago disse que depois da aprovação da emenda da reeleição, recebeu uma retransmissora de TV do ministro Sérgio Motta. Segundo Ronivon Santiago, a TV não pôde ficar em seu nome e por isso registrou-a em nome de um amigo: "Mas não está no meu nome, não. É no nome de um cara lá, de um amigo meu. O cara está tocando", disse Ronivon a uma pessoa que não quis ser identificada e a quem a Folha de São Paulo chamou de "Senhor X".

Engenheiro industrial e empresário, era casado com Wilma Motta e pai de Fernanda, Juliana e Renata.

Morte

Morreu vítima de Infecção Pulmonar em 1998, dois dias antes do deputado Luís Eduardo Magalhães (PFL-BA). Antes de ser internado pela última vez, Sérgio Motta escreveu um fax a Fernando Henrique Cardoso, onde agradecia todo o apoio dado pelo então presidente às privatizações.

Fonte: Wikipédia
#FamososQuePartiram #SergioMotta

Lilico

OLIVIO HENRIQUE DA SILVA FORTES
(60 anos)
Humorista

* Rio de Janeiro, RJ (08/10/1937)
+ Cabo Frio, RJ (23/09/1998)

Olivio Henrique da Silva Fortes, mais conhecido como Lilico  foi um humorista brasileiro.

Vendedor de balas nos bastidores dos programas da Rádio Nacional, foi calouro do programa "Trem da Alegria", o primeiro programa do qual participou como humorista.


Começou a carreira televisiva em 1968, no humoristico "Balança Mas Não Cai". Na Rede Globo, participou do programa "Oh, Que Delícia de Show", apresentado por Célia Biar. Depois, o programa passou a se chamar "Alô Brasil, Aquele Abraço", usando seu bordão. Lilico continuou na atração até ser convidado pela produção do programa "A Praça da Alegria", criando seu personagem O Homem do Bumbo, na qual chamava as pessoas tocando um bumbo. O personagem usava como bordão um refrão:

"Tempo bom, não volta mais. Saudade... de outros tempos iguais!"

Seu último trabalho foi no humorístico "A Praça é Nossa" no SBT.

Lilico faleceu vítimado por problemas respiratórios.

Fonte: Wikipédia
#FamososQuePartiram #Lilico

Tim Maia

SEBASTIÃO RODRIGUES MAIA
(55 anos)
Cantor, Compositor, Produtor e Instrumentista

* Rio de Janeiro, RJ (28/09/1942)
+ Niterói, RJ (15/03/1998)

Sebastião Rodrigues Maia, popularmente conhecido como Tim Maia, foi um dos pioneiros na introdução do estilo soul na Música Popular Brasileira e um dos maiores ícones da música no Brasil. Suas músicas eram marcadas pela rouquidão de sua voz, sempre grave e carregada, conquistando grande vendagem e consagrando muitos sucessos.

Nasceu e cresceu no Rio de Janeiro, onde, em sua infância, já teve contato com pessoas que viriam a ser grandes cantores, como Jorge Ben Jor e Erasmo Carlos. Em 1957, integrou o grupo The Sputniks, onde cantou junto a Roberto Carlos. Em 1959, emigrou para os Estados Unidos, onde teve seus primeiros contatos com o soul, vindo a ser preso e deportado por roubo e porte de drogas.

Em 1970, gravou seu primeiro disco, intitulado "Tim Maia", que, rapidamente, tornou-se um sucesso país afora com músicas como "Azul da Cor do Mar" e "Primavera". Nos três anos seguintes, lançou vários discos homônimos, fazendo sucesso com canções como "Não Quero Dinheiro" e "Gostava Tanto de Você".

De 1975 a 1977, aderiu à doutrina filosófico-religiosa conhecida como Cultura Racional, lançando, nesse período, as músicas "Que Beleza" e "Rodésia". Pela decadência de suas músicas influenciadas por essa escola filosófica, desiludiu-se com a doutrina e voltou ao seu estilo de música anterior, lançando sucessos como "Descobridor dos Sete Mares" e "Me Dê Motivo".

Muitas músicas suas foram gravadas sob a editora Seroma e a gravadora Vitória Régia Discos, sendo um dos primeiros artistas independentes do Brasil.

Na década de 90, diversos problemas assolaram a vida do cantor: problemas com as Organizações Globo e a saúde precária, devido ao uso constante de drogas ilícitas e ao agravamento de seu grau de obesidade. Sem condições de realizar uma apresentação no Teatro Municipal de Niterói, saiu em uma ambulância e, após duas Paradas Cardiorrespiratórias, faleceu em 15 de março de 1998.

É amplo seu legado à história da Música Popular Brasileira, tendo inaugurado um estilo que futuramente viria a ser cantado por diversos artistas, como seu sobrinho Ed Motta. A revista Rolling Stone classificou Tim Maia como o 9º maior artista da música brasileira.

Primeiros Anos

Nascido no Bairro da Tijuca, zona norte do Rio de Janeiro, na Rua Afonso Pena 24, filho de Altivo Maia (1900-1959) e Maria Imaculada Maia (1902-1984), começou a compor melodias ainda criança e já surpreendia a numerosa família, era o penúltimo de 19 irmãos.

Destacou-se pelo pioneirismo em trazer para a Música Popular Brasileira o estilo soul de cantar. Com a voz grave e carregada, tornou-se um dos grandes nomes da música brasileira, conquistando grande vendagem e consagrando sucessos, lembrados até hoje e que influenciaram o sobrinho, o cantor Ed Motta.

Tim Maia começou na música tocando bateria num grupo chamado Tijucanos do Ritmo, formado na Igreja dos Capuchinhos próxima a sua casa, passando logo para o violão. Tim Maia, nessa época, era conhecido como Babulina, por conta da pronúncia do rockabilly Bop-a-Lena de Ronnie Self (apelido que Jorge Ben Jor tinha pelo mesmo motivo).

Em 1957, fundou o grupo vocal The Sputniks, do qual participaram Roberto Carlos, Arlênio Silva, Edson Trindade e Wellington. Erasmo Carlos nunca fez parte do grupo, mas sim do The Snakes, grupo que acompanhou tanto Roberto Carlos quanto Tim Maia após o fim do The Sputniks.

Em 1959, foi para os Estados Unidos, onde estudou inglês e entrou em contato com a soul music, chegando a participar de um grupo vocal, o The Ideals. No entanto, quatro anos mais tarde, viria a ser deportado de volta para o Brasil, preso por roubo e posse de drogas.

Em 1968, Tim Maia produziu o álbum "A Onda é o Boogaloo", de Eduardo Araújo. O álbum trouxe a sonoridade da soul music para a Jovem Guarda. No mesmo ano, Roberto Carlos gravou uma canção de sua autoria, "Não Vou Ficar", para o álbum "Roberto Carlos" (1969). A canção também fez parte da trilha sonora do filme "Roberto Carlos e o Diamante Cor-de-Rosa".

Seu primeiro trabalho solo foi um compacto pela CBS em 1968, que trazia as músicas "Meu País" e "Sentimento", ambas de sua autoria, como todas as músicas sem indicação de autor. Sua carreira no Brasil fortaleceu-se a partir de 1969, quando gravou um compacto simples pela Fermata com "These Are the Songs", regravada no ano seguinte por Elis Regina em duo com ele e incluída no álbum "Em Pleno Verão", de Elis Regina, e "What Do You Want to Bet".

Anos 70

Em 1970, gravou seu primeiro LP, "Tim Maia", na Polydor, por indicação da banda Os Mutantes. O disco permaneceu em primeiro lugar no Rio de Janeiro por 24 semanas. Nesse disco, obteve sucesso com as faixas "Azul da Cor do Mar", "Coronel Antônio Bento" (Luís Wanderley e João do Vale), "Primavera" (Cassiano) e "Eu Amo Você".

Nos três anos seguintes, com a mesma gravadora, lançou os discos "Tim Maia Volume II", tornando-se cada vez mais famoso com canções como a dançante "Não Quero Dinheiro (Só Quero Amar)", na era disco;  "Tim Maia Volume III" e "Tim Maia Volume IV", no qual se destacaram "Gostava Tanto de Você" (Edson Trindade) e "Réu Confesso".

Em 1975, gravou os LPs "Tim Maia Racional Vol. 1 e Vol. 2". Em 1978, gravou, para a  Warner, "Tim Maia Disco Club", claramente inspirada pela disco music. Tim Maia foi acompanhado pela Banda Black Rio. Nesse álbum, gravou um de seus maiores sucessos, "Sossego".

Tim Maia se tornou notável por não aparecer ou atrasar em shows, e frequentemente reclamar da qualidade do áudio nos mesmos.

Fase Racional (1975-1976)

Na década de 1970, entrou em contato com a doutrina Cultura Racional, liderada por Manuel Jacinto Coelho, quando lançou, em 1975, os álbuns "Tim Maia Racional, Volumes I e II"  pelo selo Seroma (palavra "amores" ao contrário e abreviação do próprio nome, Sebastião Rodrigues Maia).

São considerados por muitos, os melhores de Tim Maia, com grandes influências do funk e do soul e pelo fato de que, nesta época, Tim Maia manteve-se afastado dos vícios, o que refletiu na qualidade de sua voz.

Desiludido com a doutrina, percebeu que o mestre Manuel Jacinto Coelho não correspondeu ao ideal de um mestre. O cantor, revoltado, tirou de circulação os álbuns, tendo virado item de colecionadores, devido à raridade. Deste disco, existem várias pérolas, uma das quais é Imunização Racional.

Já nos anos 2000, foram descobertas novas músicas pertencentes à "fase racional", no que foi intitulado de verdadeiro "Racional Volume Três", podendo-se mencionar as faixas: "You Gotta Be Rational", "Escrituração Racional", "Brasil Racional", "Universo Em Desencanto Disco", "O Grão Mestre Varonil", "Do Nada Ao Tudo" e "Minha Felicidade Racional", inicialmente disponibilizadas apenas na Internet e lançado em CD em Agosto de 2011.

Após o término de sua fase racional, Tim Maia voltou a seu antigo estilo vida e aos temas não religiosos em suas canções. Mais sucessos se seguiram: "Sossego", do LP "Tim Maia Disco Club" (1978), "Descobridor dos Sete Mares", faixa-título do LP de 1983, que também trouxe "Me Dê Motivo", e "Do Leme ao Pontal" (de Tim Maia, 1986).

Anos 80

Lançou em 1983 o LP "O Descobridor dos Sete Mares", com destaque para a canção-título "O Descobridor dos Sete Mares" (Michel e Gilson Mendonça) e para a música "Me Dê Motivo" (Michael Sullivan e Paulo Massadas) um dos seus maiores sucessos.

Em 1985, gravou "Um Dia de Domingo", também de Michael Sullivan e Paulo Massadas, num dueto com Gal Costa, obtendo grande sucesso. Outro disco importante da década de 1980 foi "Tim Maia" (1986), que trazia a música "Do Leme ao Pontal".

Em 1986, participou do musical da Rede Globo, "Cida, a Gata Roqueira", paródia ao conto de fadas, inspirado no filme "Os Irmãos Caras de Pau" (1980), onde James Brown interpretou um pastor evangélico. Nelson Motta criou um personagem similar para Tim Maia, onde o cantor improvisa o Salmo 23 embalado por uma banda tocando funk.

Artista com histórico de problemas com as gravadoras, na década de 1970 fundou seu próprio selo, primeiramente Seroma e depois Vitória Régia Discos. Por ele, lançou, em 1990, "Tim Maia Interpreta Clássicos da Bossa Nova" e, mais tarde, "Voltou a Clarear" e "Nova Era Glacial". Em 1988, venceu o Prêmio Sharp de música na categoria "Melhor Cantor".

Anos 90

Descontente com as gravadoras, Tim Maia retomou a ideia da editora Seroma e da gravadora Vitória Régia Discos, pela qual passou a fazer seus lançamentos. Regravado por artistas do pop, Titãs, Os Paralamas do Sucesso, Marisa Monte, Tim Maia retribuiu a homenagem gravando "Como Uma Onda", de Lulu Santos e Nelson Motta, que foi grande sucesso nos anos 1990, juntamente com seu álbum ao vivo, de 1992.

De Jorge Ben Jor, ganharia o apelido de "O Síndico do Brasil", na música "W/Brasil". Ao longo da década, Tim Maia gravaria discos de bossa nova, um deles com Os Cariocas, e de versões clássicos do pop e do soul, "What a Wonderful World".

Em 1996, lançou dois CDs ao mesmo tempo: "Amigo do Rei", juntamente com Os Cariocas, e "What a Wonderful World", com recriações de standards do soul e do pop norte-americanos dos anos de 1950 a 1970. Em 1997, lançou mais três CDs, perfazendo 32 discos em 42 anos de carreira. Nesse mesmo ano, fez uma nova viagem aos Estados Unidos.

Vida Pessoal

Tim Maia teve uma infância bastante pobre no bairro carioca da Tijuca, onde nasceu e cresceu. Morava em um cortiço e era o caçula de doze irmãos. Quando criança, trabalhou como entregador de marmitas para ajudar nas despesas de casa. Aos 8 anos cantava no coral da igreja e aos 12 ganhou um violão de seu pai.

Tim Maia teve muitas mulheres, entre elas as mais conhecidas foram Janete, uma jovem de família tradicional que se incomodava com o jeito liberal demais de Tim, de quem foi namorada por alguns anos e acabaram se separando em Londres, quando ele passou meses lá com amigos se divertindo, com bebidas, cigarros e drogas. Isso a incomodou demais, e a fez voltar para o Brasil. Tim Maia também namorou com Janaína, com quem ficou alguns anos e que era uma jovem moderna para aos padrões da época. Viviam entre tapas e beijos, quando decidiram se separar por constantes crises de ciúme do casal.

Durante anos namorou com Maria de Jesus Gomes da Silva, apelidada de Geisa. Ela o acompanhava em shows pelo Brasil e por vários países, em turnês e passeios musicais, e era amiga de seus amigos. Gostava de beber e fumar com o grupo. Viveram muito tempo como hippies, viajando sem destino pelos Estados Unidos e Europa. Ele a conheceu quando ela tinha 17 anos e a tirou da casa de seus pais, que não aceitavam o envolvimento dela com um homem da música, sem carreira estável. Geisa fugiu de casa para ficar com Tim Maia, seu primeiro namorado, que alugou uma casa para que ela morasse sozinha. Após poucos anos de namoro, se separaram, Tim Maia a acusava de ser muito ciumenta e instável, e querer controlar demais sua vida e seu dinheiro. Mas Geisa só queria ajudá-lo, o alertando para largar as drogas, o vício em álcool, e administrar o dinheiro que estava no fim.

Durante a separação, Tim Maia quis procurá-la, mas seu orgulho de homem não deixava. Ela, por sua vez o procurava constantemente, mas ele a mandava embora, dizendo não querer uma mulher possessiva em sua vida. Durante esse período, Tim Maia entrou em depressão por conta da separação, e passou a se entregar mais aos vícios, e mulheres da vida.

Após a separação, Geisa o procurou desesperada, e revelou estar grávida e sozinha. Tim Maia se sensibilizou e a quis de volta, provando seu amor, e a chamou para morar com ele, se sentindo até culpado por tudo que ela passou longe dele, já que ele a protegia. Tim Maia assumiu o filho de Geisa como seu. O menino foi registrado por Tim Maia como seu filho biológico e batizado de Márcio Leonardo "Léo" Maia.

A criança nasceu em 1974. Durante a separação de Tim Maia e Geisa. A jovem arranjou seu segundo namorado, e acabou se envolvendo com o goleiro Vitório, que atuou no Fluminense entre 1966 e 1973. Ele prometeu casar-se com a jovem, mas a abandonou, ao descobrir que ela estava grávida, alegando que era jovem demais para assumir um filho, propondo a Geisa que abortasse, mas ela recusou totalmente esta proposta, por ser totalmente contra isto, e aí ele a acusou de interesseira e a deixou. Apesar de ir atrás dele, implorar para ele ao menos assumir a criança, ele não quis saber dessa história e bateu em Geisa, mandando ela sumir de sua vida. Desesperada, sua única saída foi procurar Tim Maia, pois sabia que como amigo ele não lhe negaria ajuda.

Morando com Tim Maia e seu filho Léo, Geisa engravidou mais duas vezes, e o casal teve dois filhos: Carmelo Gomes Maia, também conhecido como Telmo, nascido em 1975 e José Carlos Gomes Maia, nascido em 1976, falecido em 2002.

Na época que seus filhos nasceram, Tim Maia se filiou a uma seita de extra terrestres e passou a compor músicas religiosas, motivo também de atrito entre ele e Geisa, que não aceitava o marido ganhar pouco com essas músicas e vender tudo que tinha para dar aos pobres. Tim Maia deixou os vícios e recuperou a saúde, mas ficou obcecado pela religião, tanto que o nome de seu filho, Carmelo, o guru da seita que escolheu, dizendo ser um nome sem pecado, desmagnetizado. Ao registrá-lo, Tim Maia queria colocar Telmo, outro nome desmagnetizado, e escolheu Carmelo, mas esqueceu a escolha feita e chamava o filho de Telmo. Até o menino achava que esse era seu nome, apesar de Geisa falar ao filho que não, e dizer a Tim Maia que ele estava perturbado, que o nome do menino era um, ele teimava em dizer que era outro, até Tim ler na certidão que era Carmelo, mas continuou a apelidar o menino de Telmo.

Tim Maia largou a religião ao descobrir que o guru era um charlatão e que fazia tudo que era contra a seita religiosa. Em 1986, quando Márcio Leonardo tinha 12 anos, Carmelo, 11, e José Carlos, 10, Geisa e Tim Maia se separaram. Os vícios de Tim voltaram com força total após o desligamento da seita religiosa, ficou descontrolado, e as constantes humilhações e traições fizeram Geisa dar um basta em tanto sofrimento, e ela deixou a casa de Tim Maia com seus filhos.

Geisa começou a trabalhar em comércio, alugou um apartamento e morava junto com seus três filhos. Com o passar dos anos começou a namorar novamente e foi morar com seus filhos na casa de um delegado. Ela acabou superando a mágoa das humilhações e traições do ex-marido, acabou tornando-se amiga de Tim Maia e dividia com ele a guarda de Márcio Leonardo, Carmelo e José Carlos. Por acaso, aos 17 anos, Léo Maia descobriu não ser filho biológico de Tim Maia e ficou abalado, já que Tim e a esposa combinaram de não revelar a verdadeira paternidade do menino. Mas Léo aceitou bem isso, já gostava do padrasto delegado e de Tim Maia, e ficou feliz por ter dois pais.

Tim Maia viveu nos Estados Unidos de 1959 a 1963. Afirmava que ao morar fora do país, ficou um bom tempo sem falar o português já que na época poucos brasileiros moravam no país. Lá ele montou uma mini banda e gravou um disco compacto. Para sobreviver no país, chegou a trabalhar em lanchonetes da região. No começo residiu em Tarrytown, com a família de um conhecido cliente de seu pai. Em 1961, se mudou para New York, e em 1963 com um grupo de três amigos decidiram viajar para o sul dos Estados Unidos. Com um carro roubado e fazendo pequenos furtos para financiar a viagem, o que lhe rendeu cinco prisões. Tim Maia e seus amigos percorreram nove estados antes de chegar na Flórida. Em Daytona Beach, ele teve sua prisão definitiva por porte de maconha, onde foi deportado de volta ao Brasil.

Tim Maia tentou a carreira política ao filiar-se ao Partido Socialista Brasileiro (PSB) em outubro de 1997 onde seria o candidato a Senador pelo Rio de Janeiro nas eleições gerais de 1998, porém acabou falecendo antes.

Tornou-se notável por não aparecer ou atrasar o início dos shows e, frequentemente, reclamar da qualidade do áudio. Isso ocorria devido ao intenso consumo de uísque, cocaína e maconha antes dos shows, que ele chamava de "triátlon".

No final de sua vida sofreu com problemas relacionados a obesidade, diabetes e problemas respiratórios. Em 1996, teve uma gangrena de Fournier que foi retirada por uma operação de emergência.

Durante a gravação de um espetáculo para a TV no Teatro Municipal de Niterói, no dia 08/03/1998, Tim Maia tentou cantar, mesmo sabendo de sua má condição de saúde. Não conseguiu e retirou-se sem dar explicações. Terminou sendo levado para o Hospital Universitário Antônio Pedro.

Tim Maia faleceu em 15/03/1998 em Niterói, RJ, aos 55 anos e com 140 quilos, devido a uma infecção generalizada.

No ano seguinte seria homenageado por vários artistas da MPB num show tributo, que se transformou em disco, especial de TV e vídeo.

Homenagens

Em 2004, a Som Livre lançou o álbum "Soul Tim: Duetos", onde vários artistas, como Luiz Melodia, Fat Family, Claudinho & Buchecha, realizaram duetos póstumos, através de recursos tecnológicos, semelhante à gravação de Unforgettable por Nat King Cole e a filha Natalie Cole.

Em janeiro de 2001, em uma homenagem inusitada, o guitarrista Robin Finck do Guns N' Roses tocou uma versão rocker de seu sucesso "Sossego", durante a apresentação da banda no Rock In Rio III.

Entre tantas homenagens de qualidade já feitas a ele, a mais recente foi no dia 14 de dezembro de 2007, quando a Rede Globo homenageou Tim Maia no especial "Por Toda a Minha Vida". Ainda em 2007, o jornalista e produtor musical Nelson Motta, amigo e fã de Tim Maia, lançou o best-seller "Vale Tudo - O Som e a Fúria de Tim Maia", pela Editora Objetiva.

Em 2009, o cantor foi homenageado no programa "Som Brasil" com participações de Leo Maia, Seu Jorge, Thalma de Freitas, Marku Ribas, Carlos Dafé, Taryn Spielman e a Banda Instituto.

Em 2011, Nelson Motta e João Fonseca criaram um musical baseado no livro "Vale Tudo - O Som e a Fúria de Tim Maia". O papel de Tim Maia foi interpretado por Tiago Abravanel, neto de Sílvio Santos.

Fonte: Wikipédia
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