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Márcia Cardeal

MÉRCIA LIPPI CARDEAL
(71 anos)
Atriz, Cantora, Apresentadora, Dubladora, Garota-Propaganda e Professora

☼ São Paulo, SP (23/12/1948)
┼ São Paulo, SP (29/09/2020)

Mércia Lippi Cardeal, mais conhecida por Márcia Cardeal, foi uma atriz, cantora, apresentadora, dubladora, garota-propaganda e professora nascida em São Paulo, SP, no dia 23/12/1948.

Márcia Cardeal começou sua carreira na televisão em 1958 por influência de seus pais, que eram circenses. Seu pai, contra-regra na TV Paulista, levou-a para assistir um programa infantil, os diretores gostaram dela e convidaram-na para trabalhar na série "Teledrama", aos 10 anos de idade.

Como atriz esteve na televisão e no cinema. Na época, onde tudo estava começando, ela fazia praticamente todos os papeis infantis que apareciam, tanto nas novelas, como nos teleteatros. O casal de crianças Márcia Cardeal e Mário Lúcio de Freitas trabalhavam muitas vezes juntos e eram verdadeiras estrelinhas, pois tinham prestígio junto ao público.


E assim fizeram o programa "Parque Petistil". Ela era a companheira do Petistino, personagem vivido por Mário. Márcia era, na época, a apresentadora mais jovem da televisão, cujo reinado durou bastante tempo.

Em 1961, participou do seriado "O Vigilante Rodoviário". Também dublou a personagem Katy na série "Papai Sabe Tudo". Márcia Cardeal, trabalhou em novelas da tarde e em "Chapeuzinho Vermelho" e "Branca de Neve e os Sete Anões".

Em 1963, chegou ao horário nobre, atuando em folhetins como "Oliver Twist", com Osmar Prado ainda garoto. Atuou ao lado do também menino Dennis Carvalho.

Ela cresceu e passou então a ser chamada de Tia Márcia, e com esse título comandou "Zás-Trás", ao lado do Tio Molina, na TV Paulista, entre 1965 e 1972. Quando ficou conhecida como Tia Márcia, equiparava-se à Xuxa da época.


Em 1972, aos 24 anos, Márcia Cardeal deixou os programas infantis, grávida do primeiro filho, para se tornar professora pública, pois naquela época se ganhava mais dando aulas do que como artista. Tornou-se Coordenadora Pedagógica, e por fim diretora em um colégio em São Paulo. Para centenas de alunos, pais e professores ela se tornou a Dona Mércia, do Humberto de Campos, tradicional colégio paulistano. Desde então, nunca mais trabalhou em televisão.

Nos anos 80, foi convidada por Mara Maravilha para uma homenagem em um programa da TV Cultura. Ela ainda guardava boas lembranças do período que fez "Zás-Trás".

Márcia Cardeal era casada com Omar Neser (1970/2020), com quem teve dois filhos: Murilo e Marcelo.

Morte

Márcia Cardeal faleceu na terça-feira, 29/09/2020, aos 71 anos, em São Paulo, SP, vítima de um câncer no sistema biliar.

Carreira

  • 1958 - Comercial Boneca Meu Sonho Estrela ... Garota-Propaganda
  • 1958 - Teledrama TV Paulista: Arara Vermelha ... Menina (TV)
  • 1958 - Sessão Zás-Trás ... Apresentadora (TV)
  • 1959 - Sessão Zás-Trás ... Apresentadora (TV)
  • 1959 - A Princesinha (TV)
  • 1959 - Construtores de São Paulo: Monteiro Lobato (TV)
  • 1959 - Construtores de São Paulo: Rodrigues Alves (TV)
  • 1959 - De Braços Abertos: As Meninas Exemplares (TV)
  • 1959 - De Braços Abertos: Glorinha (TV)
  • 1959 - Hino do Amor (TV)
  • 1959 - Minha Devoção (TV)
  • 1959 - Moral em Concordata ... Josefina (Cinema)
  • 1959 - Os Irmãos Dombey (TV)
  • 1959 - Preço da Vitória (Cinema)
  • 1959 - Teledrama: Orfeu da Conceição ... Menina (TV)
  • 1959 - Teledrama: Os Corruptos (TV)
  • 1959 - Estúdio de Dublagem Gravasom SP ... Dubladora (Cinema/TV)
  • 1960 - Estúdio de Dublagem Gravasom SP ... Dubladora (Cinema/TV)
  • 1960 - Dona Violante Miranda ... Rosita (Cinema)
  • 1960 - Oliver Twist (TV)
  • 1960 - A Herdeira de Ferleac (TV)
  • 1961 - Estúdio de Dublagem Gravasom SP ... Dubladora (Cinema/TV)
  • 1961 - A Herdeira de Ferleac (TV)
  • 1961 - A Praça da Alegria (TV)
  • 1961 - As Grandes Esperanças (TV)
  • 1961 - Comercial Chamada Série: As Aventuras de Rin-Tin-Tin ... Garota-Propaganda
  • 1961 - O Vigilante Rodoviário: O Fugitivo ... Lisa (TV)
  • 1961 - O Vigilante Rodoviário : Os Cinco Valentes (TV)
  • 1961 - Teledrama: O Fantasma de Canterville (TV)
  • 1961 - Zilomag Show (TV)
  • 1962 - Zilomag Show (TV)
  • 1961- Parque Petistil ... Apresentadora (TV)
  • 1962 - Parque Petistil ... Apresentadora (TV)
  • 1962 - A Pequena Lady (TV)
  • 1962 - Comercial Boneca Melindrosa e Guarda-Roupa Estrela ... Garota-Propaganda
  • 1962 - História de Uma Avó (TV)
  • 1962 - O Velho Scrooge (TV)
  • 1962 - O Vigilante Rodoviário (Cinema)
  • 1962 - Semaninha Mesbla ... Apresentadora (TV)
  • 1962 - Estúdio de Dublagem AIC SP ... Dubladora (Cinema/TV)
  • 1963 - Estúdio de Dublagem AIC SP ... Dubladora (Cinema/TV)
  • 1963 - Parque Petistil ... Apresentadora (TV)
  • 1963 - A Loja de Antiguidades (TV)
  • 1963 - As Quatro Irmãs ... Jô (TV)
  • 1963 - Branca de Neve e os Sete Anões ... Branca de Neve (TV)
  • 1963 - Comercial Bolo Pronto A Patrôa ... Garota-Propaganda
  • 1963 - O Tronco do Ipê (TV)
  • 1963 - Romance e Melodia: Valsa de Despedida (TV)
  • 1963 - Teledrama: Justiça Selvagem (TV)
  • 1963 - O Conde de Suffolk (TV)
  • 1964 - O Conde de Suffolk (TV)
  • 1964 - Estúdio de Dublagem AIC SP ... Dubladora (Cinema/TV)
  • 1964 - Parque Petistil ... Apresentadora (TV)
  • 1964 - O Vigilante Contra o Crime (Cinema)
  • 1964 - Romance de Bernadete ... Bernadete (TV)
  • 1964 - Tortura d'Alma (TV)
  • 1964 - Eu Amo Esse Homem (TV)
  • 1965 - Sessão Zás-Trás ... Tia Márcia / Apresentadora (TV)
  • 1965 - Eu Amo Esse Homem (TV)
  • 1965 - Estúdio de Dublagem AIC SP ... Dubladora (Cinema/TV)
  • 1965 - Parque Petistil TV Paulista ... Apresentadora (TV)
  • 1965 - A Sombra do Passado ... Edite (TV)
  • 1965 - Comercial Sabores Ki-Suco ... Garota-Propaganda
  • 1965 - Parque de Diversões das Casas Pernambucanas ... Apresentadora (TV)
  • 1965 - O Ébrio ... Vera (TV)
  • 1966 - O Ébrio ... Vera (TV)
  • 1966 - Estúdio de Dublagem AIC SP ... Dubladora (Cinema/TV)
  • 1966 - Sessão Zás-Trás ... Tia Márcia / Apresentadora (TV)
  • 1967 - Sessão Zás-Trás ... Tia Márcia / Apresentadora (TV)
  • 1968 - Sessão Zás-Trás ... Tia Márcia / Apresentadora (TV)
  • 1969 - Sessão Zás-Trás ... Tia Márcia / Apresentadora (TV)
  • 1969 - Carnaval 1969 - LP Gravadora Som Maior - Canção: Zás-Tráz ... Cantora
  • 1972 - Zás Trás ... Tia Márcia / Apresentadora

Fonte: Wikipédia, Museu Brasileiro de Rádio e Televisão e Elenco Brasileiro
#FamososQuePartiram #MarciaCardeal

Rita Lee

RITA LEE JONES DE CARVALHO
(75 anos)
Cantora, Compositora, Multi-Instrumentista, Atriz, Escritora e Ativista

☼ São Paulo, SP (31/12/1947)
┼ São Paulo, SP (08/05/2023)

Rita Lee Jones de Carvalho foi uma cantora, compositora, multi-instrumentista, atriz, escritora e ativista nascida em São Paulo, SP, no dia 31/12/1947. Rita Lee é conhecida como a "Rainha do Rock Brasileiro".

Rita Lee alcançou a marca de 55 milhões de discos vendidos, sendo a quarta artista mais bem-sucedida neste sentido no Brasil, atrás de Tonico & Tinoco, Roberto Carlos e Nelson Gonçalves. Rita Lee construiu uma carreira que começou com o rock mas que ao longo dos anos flertou com diversos gêneros, como a psicodélica durante a era do tropicalismo, o pop rock, disco, new wave, a MPB, bossa nova e eletrônica, criando um hibridismo pioneiro entre gêneros internacionais e nacionais.

Rita Lee é considerada uma das mulheres mais influentes do Brasil, sendo referência para aqueles que vieram a usar guitarra a partir de meados dos anos 1970. Ex-integrante do grupo Os Mutantes (1966-1972) e do Tutti Frutti (1973-1978), participou de importantes revoluções no mundo da música e da sociedade. Suas canções, em geral regadas com uma ironia ácida ou com uma reivindicação da independência feminina, tornaram-se onipresentes nas paradas de sucesso, sendo as mais populares "Ovelha Negra", "Mania de Você", "Lança Perfume", "Agora Só Falta Você", "Baila Comigo", "Banho de Espuma", "Desculpe o Auê", "Erva Venenosa", "Amor e Sexo", "Reza", "Menino Bonito", "Flagra", "Doce Vampiro", dentre outras.

O álbum Fruto Proibido (1975), lançado com a banda Tutti Frutti, é comumente visto como um marco fundamental na história do rock brasileiro, considerado por alguns como sua obra-prima.

Em 1976, Rita Lee começou um relacionamento amoroso com o guitarrista Roberto de Carvalho, que desde então tem sido o parceiro da maioria de suas canções. Tiveram três filhos, entre eles Beto Lee, também guitarrista, que acompanhava os pais nos shows. Rita Lee era vegana e defensora dos direitos dos animais.

Com uma carreira que alcançou os 60 anos, a artista passou da inovação e do gueto musical dos anos 1960 e 1970 para as baladas românticas de muito sucesso nos anos 1980 e uma revolução musical, tendo se apresentado com inúmeros artistas que variam de Elis Regina e João Gilberto à banda Titãs.

Em outubro de 2008, a revista Rolling Stone promoveu a lista dos cem maiores artistas da música brasileira, onde Rita Lee ocupou o 15° lugar.

Infância e Início na Música

Nascida em uma família de classe média paulistana, Rita Lee era a filha mais nova do dentista Charles Fenley Jones (1904-1983), paulista descendente de imigrantes norte-americanos confederados do Alabama e do Tennessee estabelecidos em Santa Bárbara d'Oeste, SP, e de Romilda Padula (1904-1986), também paulista, filha de imigrantes italianos da região do Molise, no sul da Itália.

Seus pais tinham outras duas filhas chamadas Mary Lee Jones e Virgínia Lee Jones. Lee é um nome composto com que o pai quis registrar todas as filhas, em homenagem ao general Robert E. Lee, do exército confederado norte-americano. Originalmente, seu primeiro nome era planejado para ser Bárbara, em homenagem à santa, mas na hora do batizado resolveram homenagear a avó materna, que se chamava Clorinda, mas tinha o apelido de Rita.

Rita Lee nasceu e cresceu no bairro da Vila Mariana, onde viveu até o nascimento de seu primeiro filho. Em entrevistas, revelou que esse bairro lhe é especial, já que lá tem uma grande parte de todas as melhores lembranças de sua vida.

Rita Lee foi educada no colégio franco-brasileiro Liceu Pasteur, era poliglota, e falava fluentemente português - sua língua materna - inglês, francês, castelhano e italiano. Chegou a ingressar no curso de Comunicação Social na Universidade de São Paulo, em 1968, na mesma turma da atriz Regina Duarte, e assim como Regina Duarte, Rita Lee abandonou o curso no ano seguinte.


Durante a infância, teve aulas de piano com a musicista clássica Magdalena Tagliaferro. Não pensava em ser cantora de rock, mas em ser atriz de cinema, veterinária ou a profissão que seu pai queria, dentista.

Suas primeiras influências musicais foram Elvis Presley, Neil Sedaka, Paul Anka, Peter, Paul And Mary, Beatles Rolling Stones, mas também escutava música brasileira como Cauby Peixoto, Angela Maria, Tito Madi, João Gilberto, Emilinha Borba, Carmen Miranda, Dalva de Oliveira e Maysa por influência dos pais.

Na adolescência passou a se interessar por música, começando a compor suas primeiras canções. Junto de alguns amigos, começou a se apresentar em clubes da região como componente do Tulio's Trio.

Em 1963, formou um conjunto musical com mais duas garotas, as Teenage Singers, que faziam pequenos shows em festas colegiais. No ano seguinte, elas conheceram o trio masculino Wooden Faces. Nesse mesmo ano, fez sua primeira gravação, fazendo vocais para um álbum de Prini Lorez.

Teenage Singers e Wooden Faces juntaram-se, formando o Six Sided Rockers, banda que depois se chamou Os Seis, que chegou a gravar um disco compacto com duas músicas. Com a saída de três componentes, sobram Rita, Arnaldo Baptista e Sérgio Dias, que passaram a se chamar Os Bruxos. Por sugestão de Ronnie Von, o grupo passou a chamar-se Os Mutantes.

Os Mutantes e Primeiros Álbuns Solo (1966-1972)

Por um período de seis anos, Rita Lee foi, com Arnaldo Baptista e Sérgio Dias, integrante da banda Os Mutantes, cantando, tocando flauta e percussão, além de performances bissextas no sintetizador, no banjo e manipulando bizarrices como um gravador portátil (como na música "Caminhante Noturno") e uma bomba de dedetização (em "Le Premier Bonheur du Jour") e sendo letrista.

Em 1967, a banda acompanhou Gilberto Gil no III Festival de Música Popular Brasileira da TV Record na apresentação da canção "Domingo no Parque".

Foram gravados seis álbuns, sendo o primeiro, de 1968, como uns dos álbuns mais importantes da história da música brasileira, que deram origem a hits como "A Minha Menina", "Dom Quixote", "Balada do Louco", "2001 (Dois Mil e Um)" e "Ando Meio Desligado".

Entre 1968 e 1972, Rita Lee foi casada com o companheiro de banda Arnaldo Baptista. O divórcio seria assinado somente em 1977.

Acompanhada dos componentes dos Mutantes, Rita Lee gravou dois discos solo. O primeiro foi "Build Up" (1970) - contendo algumas parcerias com Arnaldo Baptista - que originalmente era o repertório de um show que foi feito exclusivamente para uma edição da Fenit (feira de moda de São Paulo). Desse disco saiu seu primeiro single solo, "José" (uma versão de Nara Leão para o hino francês "Joseph").

O segundo disco, "Hoje é o Primeiro Dia do Resto da Sua Vida" (1972), foi lançado com o seu nome pois a banda já havia lançado um álbum naquele ano e a gravadora não os permitiu, por contrato, que gravassem outro. Com isso, Os Mutantes gravaram e só Rita Lee o assinou.

Em decorrência do fim de seu casamento e incompatibilidades artísticas com os rumos que a banda estava tomando, Rita Lee foi expulsa dos Mutantes pelo próprio Arnaldo Baptista. Dentre distintas histórias e controvérsias, ela alega que seus companheiros achavam que ela não tinha o virtuosismo necessário para tocar o rock progressivo, novo interesse da banda. A informação de Rita Lee acabou se tornando uma grande discussão. Alguns diziam que ela teria saído do grupo. Entretanto, em 2007, Arnaldo Baptista admitiu em entrevista: "Mandei a Rita embora dos Mutantes".

Tutti Frutti e Consagração Nacional (1973-1978)

Rita Lee formou com a amiga Lúcia Turnbull uma dupla no estilo folk rock, Cilibrinas do Éden, cuja única gravação, ao vivo, no Festival Phono 73, foi lançada mais de 35 anos depois. Rita LeeLúcia Turnbull desistiram da dupla e formaram a banda Tutti Frutti, com Luis Sérgio Carlini e Lee Marcucci, entre outros. Rita Lee, além de cantar, tocou piano, sintetizador, gaita e violão. Um contrato com a gravadora Philips foi assinado, mas essa exigiu que o grupo assinasse como Rita Lee & Tutti-Frutti. O que seria o primeiro disco do grupo não foi lançado pela gravadora por problemas com a censura e com os executivos, que o consideraram "alternativo demais". Eles voltam ao estúdio e "Atrás do Porto Tem Uma Cidade" foi gravado e lançado em 1974.

Em 1975, foi lançado "Fruto Proibido" pela Som Livre. O disco, que contém os sucessos "Agora Só Falta Você", "Esse Tal de Roque Enrow" e "Ovelha Negra", tornou-se um clássico do rock brasileiro, vendendo mais de 200 mil cópias na época, e dando a Rita Lee o título de "Rainha do Rock Brasileiro".

O terceiro disco, "Entradas e Bandeiras", foi lançado em 1976, com os singles "Coisas da Vida", "Corista de Rock" e "Com a Boca No Mundo". O disco também contava com a faixa "Bruxa Amarela", que foi composta por Raul Seixas e Paulo Coelho. Devido a uma crise de estress, Rita Lee ficou afastada do processo de mixagem deste disco, fato que ocasionou num som mais pesado com a nítida predominância da guitarra de Luis Sérgio Carlini. No mesmo ano, conheceu o músico carioca Roberto de Carvalho e iniciou uma parceria musical e amorosa de sucesso, que seguiu até aos dias atuais.

Em agosto de 1976, durante sua primeira gravidez e morando com Roberto de Carvalho, foi presa por porte e uso de maconha. Na verdade, tal episódio, considerado um dos mais truculentos da ditadura militar, foi um ato do regime com a finalidade de "servir de exemplo à juventude da época", já que a cantora alegou que tinha deixado de usar drogas por causa da gravidez e que o que foi encontrado na época seriam restos usados por amigos e frequentadores da casa. Mesmo assim, ela foi condenada e ficou um ano em prisão domiciliar, precisando de permissões especiais do juiz para sair de casa e fazer shows. Abalada e sem dinheiro, compôs com Paulo Coelho a polêmica "Arrombou a Festa" - música que criticava o cenário da MPB da época - cujo compacto vendeu mais de 250 mil cópias.

Com o namorado definitivamente incorporado à banda, Rita Lee ficou livre da prisão domiciliar e, mesmo grávida, saiu em turnê com Gilberto Gil. O show, denominado "Refestança", foi registrado em disco, mas, segundo a própria cantora, resgatou apenas 30% da atmosfera do show. Beto Lee, primeiro filho de Rita Lee, nasceu em 1977, seguido por João em 1979, e Antônio em 1981.

Em 1978, a banda lançou o disco "Babilônia", que produziu os singles bem-sucedidos "Jardins da Babilônia", "Agora é Moda" e "Eu e Meu Gato". Outro destaque do disco foi a futurista "Miss Brasil 2000". Apesar de já conter influências da música disco e do pop, fruto da participação de Roberto de Carvalho, "Babilônia" tem sido considerado por muitos como o último disco verdadeiramente de rock de Rita Lee. Depois do lançamento deste, a banda se desfez.

Luis Sérgio Carlini, insatisfeito com sua posição secundária, resolveu deixar o grupo e levou consigo o nome "Tutti Frutti", o qual havia sido registrado por ele. Assim, Rita Lee reformulou a banda e colocou na estrada o show "Rita Lee & Cães e Gatos", nome dado devido às brigas internas durante os ensaios. Esse show deu origem a um dos primeiros álbuns piratas do Brasil, hoje, artigo de colecionador.

Início da Parceria com Roberto de Carvalho (1979-1990)

Em 1977, Rita Lee já havia manifestado desgosto pelos radicais do rock e da MPB, dizendo que não se considerava uma roqueira radical.

A partir de 1979, Rita Lee e Roberto de Carvalho começaram a fazer discos e shows juntos - num formato "dupla dinâmica" - e inauguram uma fase superpop, de enorme empatia popular. Aconteceram então espetáculos e diversos especiais para a TV Globo. O primeiro trabalho em disco da dupla foi o álbum "Rita Lee", de 1979, com os sucessos "Mania de Você", "Chega Mais" e "Doce Vampiro".

O disco seguinte, "Rita Lee", de 1980, é mais conhecido pelo seu hit "Lança Perfume". Do repertório, também fazem parte canções como "Baila Comigo", "Nem Luxo, Nem Lixo", "Ôrra Meu", "Shangrilá" e "Bem-Me-Quer". O então príncipe Charles da Inglaterra passa-se por excêntrico ao dizer que sua cantora favorita seria Rita Lee.

Em 1981, gravaram o álbum "Saúde", com a faixa-título, "Atlântida", "Banho de Espuma", e "Mutante".

Rita Lee participou do especial Mulher 80 (TV Globo, 1979). O programa, dirigido por Daniel Filho, exibiu uma série de entrevistas e musicais cujo tema era a mulher e a discussão do papel feminino na sociedade de então, abordando esta temática no contexto da música nacional.

Em 1982, lançou "Rita Lee e Roberto de Carvalho", com "Flagra", "Só de Você", "Vote em Mim", "Barata Tonta" e "Cor de Rosa Choque".


"Bombom" (1983) teve os hits "Desculpe o Auê" e "On the Rocks" e ainda como temas de novela "Raio X" e "Bobos da Corte".

"Rita e Roberto" (1985) trouxe "Vírus do Amor", "Yê Yê Yê", "Noviças do Vício" e "Vítima". Neste mesmo ano, apresentou-se na primeira edição do Rock In Rio, apresentação que marcou sua volta aos palcos após dois anos. Ainda em 1985, Rita Lee participou como uma das juradas do Festival dos Festivais, em que foi júri ao lado de personalidades como Marcelo Tas e Malu Mader.

"Flerte Fatal" chega em 1987 com "Bwana", "Xuxuzinho", "Brazix Muamba" e "Pega Rapaz". O álbum precedeu uma turnê onde Rita Lee se despediu de shows em grandes ginásios, percorreu todo o país, finalizando com shows na Europa e Estados Unidos em 1988.

"Zona Zen" veio em 1988 com "Livre Outra Vez", "Independência e Vida", "Zona Zen" e "Nunca Fui Santa". Rita Lee ainda passou por intervenções cirúrgicas na época: Uma devido a calos nas cordas vocais e outra na face, devido a um acidente de carro.

Em 1990, lançou o álbum "Rita Lee e Roberto de Carvalho", que teve entre suas faixas a música "Perto do Fogo" (Rita Lee e Cazuza) e também "La Miranda" - uma ode à Carmen Miranda, que foi tema de abertura da telenovela "Lua Cheia de Amor" - e "Esfinge".

Carreira Solo e Retorno de Roberto (1991-2003)

Em 1991, Rita Lee separou-se profissionalmente de Roberto de Carvalho, iniciando a bem-sucedida turnê voz e violão "Bossa 'n' Roll". No mesmo ano, estreou o "TVleezão", seu programa na MTV Brasil.

Em 1993, lançou o disco "Rita Lee", dedicado a um rock'n roll mais purista. O casal só veio a dividir o palco novamente em 1995, durante a turnê do álbum "A Marca da Zorra". Com essa turnê, abriu o primeiro show dos Rolling Stones no Brasil. Pouco antes de abrir o show, Rita Lee deu entrada no hospital por ter misturado calmantes e álcool.

Ainda em 1995, a música "Vítima" foi tema de abertura da novela "A Próxima Vítima".

Em dezembro de 1996, Rita Lee realizou seu casamento civil com Roberto de Carvalho, passando a assinar Rita Lee Jones de Carvalho.

Em 1997, lançou o álbum "Santa Rita de Sampa", com "Dona Doida", que foi tema de abertura da novela "Zazá". O álbum possui ainda "Homem Vinho", uma homenagem para Caetano Veloso.

Em 1998, lançou seu "Acústico MTV", com a participação de Cássia Eller em "Luz del Fuego", Paula Toller na canção "Desculpe o Auê", Titãs em "Papai, Me Empresta o Carro" e Milton Nascimento em "Mania de Você".

Em 2000, lançou o álbum "3001", que teve faixas escritas com Tom Zé e Itamar Assumpção, além dos sucessos "Erva Venenosa", "Pagu", "O Amor em Pedaços" e sua faixa-título (uma continuação da canção "2001", dos Mutantes). A turnê internacional que durou de 2000 a 2001 ganhou um especial de fim de ano na Rede Bandeirantes, contando com as participações de Caetano Veloso, Zélia Duncan, Paula Toller e Pato Fu.

Logo após, Rita Lee gravou um CD com releituras de clássicos dos Beatles. O álbum foi lançado como "Aqui, Ali, Em Qualquer Lugar" - no exterior, "Bossa'n Beatles" - misturando bossa nova, rock e inspirações no forró. Rita Lee então inicia a turnê internacional "Yê Yê Yê de Bamba" que durou de 2001 a 2002, percorrendo Brasil, Estados Unidos e alguns países da América Latina, como a capital argentina Buenos Aires, onde fez apresentações na casa de shows Luna Park, no que foi considerada a consagração de sua carreira na Argentina.

Em 2001 e 2002, lançou dois álbuns de compilação, "Para Sempre" e "Novelas", sendo este último somente faixas suas que ficaram famosas como aberturas de telenovelas. Ainda em 2002, tornou-se parte do elenco principal do programa da GNT "Saia Justa", ao lado de Fernanda Young e Marisa Orth.

Em 2003, lançou o álbum "Balacobaco", com a famosa faixa "Amor e Sexo".

Reza e Aposentadoria (2010-2014)

Em 2010, iniciou sua nova turnê, que estreou em Belo Horizonte, na qual cantou sucessos que estavam fora de seu repertório. O show percorreu várias cidades do Brasil como São Paulo, Porto Alegre e Rio de Janeiro, além de ter passado por Buenos Aires, com apresentação no teatro Gran Rex.

Em 2012, Rita Lee anunciou sua aposentadoria dos palcos em seu show de estreia no Circo Voador no Rio de Janeiro, devido à sua fragilidade física: "Me aposento dos shows, mas da música nunca", explicou Rita Lee no seu Twitter.

Em janeiro de 2012, durante o que seria sua última apresentação, no Festival de Verão de Sergipe, Rita Lee causou polêmica ao revoltar-se com uma ação policial que teria sido supostamente agressiva com seu público. Acusada de desacato à autoridade, a cantora foi encaminhada a uma delegacia após o show para prestar depoimento, porém liberada em seguida. Rita Lee alegou ter falado pelo "calor das emoções", e por ter achado a ação dos policiais "truculenta e desnecessária".

No Carnaval de 2012, desfilou pela escola de samba paulista Águia de Ouro, cujo tema foi a Tropicália. Desfilaram também outros cantores do movimento, como Caetano Veloso e Gilberto Gil, além de cantores como Wanderléa, Cauby Peixoto e Angela Maria. Rita Lee homenageou a atriz Leila Diniz no desfile, vestindo uma réplica do vestido de noiva que pegou emprestado da atriz e nunca devolveu.

Após alguns anos sem gravar músicas inéditas, tendo seu último álbum sido "Balacobaco", em 2003, Rita Lee anunciou o lançamento de seu então novo álbum, "Reza". Em fevereiro de 2012, ela lançou "Reza", o primeiro single promocional do álbum. Pouco tempo após seu lançamento, a canção ultrapassou o sucesso "Ai, Se Eu Te Pego", de Michel Teló, no número de downloads do iTunes Brasil, tornando-se a canção mais escutada de 2012. No mês seguinte, a música entrou para a trilha sonora da telenovela "Avenida Brasil", da TV Globo.

Depois de vários anos sem posar para fotos em ensaios, Rita Lee fez um ensaio para a revista Quem e brincou que "não fazia isso há séculos".

Em novembro de 2012, fez um show que marcou sua volta aos palcos, com apresentação no Green Move Festival, no qual também se apresentaram as bandas Titãs e Jota Quest. Na apresentação, a cantora causou nova polêmica ao abaixar a calça e virar-se para o público.

Em janeiro de 2013, participou do show que fez parte da comemoração dos 459 anos da cidade de São Paulo, no vale do Anhangabaú. "Daqui Eu Não Saio", disse Rita Lee, sobre a cidade onde nasceu.

Em abril de 2013, concedeu uma rara e franca entrevista a revista Marie Claire, em que diz que o grande tabu da mulher atual é o envelhecimento: "Para envelhecer com dignidade, a mulher tem de ter desapego. É muito complexo!".

Em março de 2014, decidiu deixar de pintar os icônicos cabelos vermelhos e assumir os fios grisalhos: "Quero ficar anônima!", disse ela.

Outros Projetos (2014-2023)

Em 2014, foi homenageada com o musical de teatro "Rita Lee Mora ao Lado", baseado no livro homônimo de Henrique Bartsch e estrelando Mel Lisboa. Rita Lee assistiu ao musical e elogiou a performance de Mel Lisboa, que caiu no choro ao ver a cantora na plateia. A atriz ainda ganhou o Prêmio Quem de Melhor Atriz de Teatro. Emocionada, ela fez o discurso chorando ao assistir a um vídeo de Rita Lee durante a premiação, a parabenizando pela conquista.

Em 2015, chegou as lojas uma caixa com 20 álbuns de sua discografia e um CD com raridades.

Em 2016, foi lançada sua autobiografia "Rita Lee: Uma Autobiografia", pela Globo Livros. O lançamento foi em São Paulo. Rita Lee concedeu uma entrevista sobre o livro e sobre sua vida mais reclusa: "O maior luxo da vida é dar amor aos bichos e ter uma horta!".

Além de tornar-se um dos títulos mais vendidos do país, o livro colecionou críticas elogiosas. A artista foi agraciada pela Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA) como melhor autora de 2016 e também pelo Grande Prêmio da Critica, por seus serviços prestados à música.

Em 2021, foi lançada "Change", canção com parceria de Roberto de Carvalho e Gui Boratto, sua primeira música inédita em oito anos. A faixa integrou a trilha sonora da telenovela "Um Lugar ao Sol".

Em 2022, na 23ª edição do Grammy Latino, Rita Lee foi laureada com um Lifetime Achievement Award, que homenageia "artistas que fizeram contribuições significativas à indústria fonográfica". A cerimônia, ocorrida no mês de novembro, contou com a participação de nomes como Luísa Sonza, Giulia Be, Paula Lima e Manu Gavassi.

Em 2023, Rita Lee anunciou o lançamento do livro "Rita Lee: Outra Autobiografia", também pela Globo Livros. No livro, ela narra detalhes de seu tratamento contra um câncer de pulmão, diagnosticado em 2021.

Problemas de Saúde

Em 1996 sofreu uma queda da varanda no segundo andar de seu sítio, esfacelando o côndilo mandibular, o que levou a uma cirurgia para colocação de pinos de titânio. Depois da cirurgia bem-sucedida e diante da possibilidade de retomar sua carreira, Rita Lee ter-se-ia comprometido a largar as drogas e as bebidas alcoólicas, o que, segundo uma declaração da cantora ao programa Fantástico, da TV Globo, só o fez totalmente em janeiro de 2006, depois de procurar ajuda numa clínica de reabilitação, a que ela chama de "hospício", conseguindo frequentar palestras e fazer tratamento, obtendo êxito.

Em maio de 2012, Rita Lee declarou sofrer de transtorno bipolar.

Em maio de 2021, ao realizar um exame de saúde de rotina, foi diagnosticada com um tumor primário no pulmão esquerdo, aos 73 anos de idade.

Em abril de 2022, os exame feitos pela artista já não detectaram mais a presença do tumor em seu organismo.

Em fevereiro de 2023, Rita Lee foi internada no hospital Albert Einstein, em São Paulo, em estado extremamente delicado. Algumas horas após a informação ser divulgada, o marido da cantora, Roberto de Carvalho, disse em suas redes sociais que a internação seria para exames e avaliações, e pediu privacidade.

No início de março de 2023, o filho da cantora, João Lee, disse em suas redes sociais que a mãe estava bem, tranquilizando os fãs. No mesmo mês, Rita Lee obteve alta do hospital.

Morte

Rita Lee faleceu na noite de segunda-feira, 08/05/2023, 75 anos, vítima de câncer. Rita Lee faleceu cercada de sua família, em seu apartamento em São Paulo, SP.

A família de Rita Lee divulgou um comunicado nas redes sociais dela:
"Comunicamos o falecimento de Rita Lee, em sua residência, em São Paulo, capital, no final da noite de ontem, cercada de todo o amor de sua família, como sempre desejou"
O velório será aberto ao público, no Planetário do Parque Ibirapuera, na quarta-feira, 10/05/2023, das 10h00 às 17h00.

Discografia

Álbuns de Estúdio
  • 1970 - Build Up
  • 1972 - Hoje é o Primeiro Dia do Resto da Sua Vida
  • 1979 - Rita Lee
  • 1980 - Rita Lee
  • 1981 - Saúde
  • 1982 - Rita Lee e Roberto de Carvalho
  • 1983 - Baila Conmigo (Espanhol)
  • 1983 - Bombom
  • 1985 - Rita e Roberto
  • 1987 - Flerte Fatal
  • 1988 - Zona Zen
  • 1990 - Rita Lee e Roberto de Carvalho
  • 1993 - Rita Lee
  • 1997 - Santa Rita de Sampa
  • 2000 - 3001
  • 2001 - Aqui, Ali, em Qualquer Lugar
  • 2003 - Balacobaco
  • 2012 - Reza

Álbuns ao Vivo
  • 1977 - Refestança (Com Gilberto Gil)
  • 1991 - Rita Lee em Bossa 'n' Roll
  • 1995 - A Marca da Zorra
  • 1998 - Acústico MTV Rita Lee
  • 2004 - Rita Lee MTV Ao Vivo
  • 2009 - Rita Lee Multishow Ao Vivo

Com Os Mutantes
  • 1968 - Os Mutantes
  • 1968 - Tropicália ou Panis et Circenses
  • 1969 - Mutantes
  • 1970 - A Divina Comédia ou Ando Meio Desligado
  • 1971 - Jardim Elétrico
  • 1972 - Mutantes e Seus Cometas no País dos Baurets
  • 2000 - Tecnicolor (Gravado em 1970)

Com Lúcia Turnbull
  • 1973 - Cilibrinas do Éden (Não foi lançado oficialmente)

Com Tutti Frutti
  • 1974 - Atrás do Porto Tem Uma Cidade
  • 1975 - Fruto Proibido
  • 1976 - Entradas e Bandeiras
  • 1978 - Babilônia

Álbuns de Tributo
  • 1996 - Eles Cantam Rita Lee ... Intérprete: Vários
  • 1996 - Love, Lee Rita ... Intérprete: Ná Ozzetti
  • 2007 - Pirataria - Rita Lee Por Crikka Amorim ... Intérprete: Crikka Amorim
  • 2015 - Prisoneira do Amor ... Intérprete: Andreia Dias
  • 2015 - Rock Your Babies: Rita Lee ... Intérprete: Rock Your Babies
  • 2017 - Baby, Baby ... Intérprete: Lulu Santos
  • 2020 - Rita Lee: Eleectronica ... Intérprete: Jon Alkalay
  • 2023 - Acústico MTV: Manu Gavassi Canta Fruto Proibido ... Intérprete: Manu Gavassi

Álbuns de Vídeo
  • 1998 - Acústico MTV Rita Lee
  • 2004 - Rita Lee MTV Ao Vivo
  • 2006 - Rita Lee Jones (Série Grandes Nomes 1980)
  • 2007 - Biograffiti
  • 2009 - Rita Lee Multishow Ao Vivo

Filmografia

Televisão
  • 1986 - Cida, a Gata Roqueira ... Sunda Morgana
  • 1990 - Top Model ... Belatrix (Episódio: "7 de janeiro")
  • 1991 - TVLeezão ... Apresentadora
  • 1992 - TVLeezão ... Apresentadora
  • 1992 - Vamp ... Lita Ree (Episódio: "17 de setembro")
  • 1997 - Sai de Baixo ... Scarlet Antibes (Episódio: "Presepada de Natal")
  • 2002 - Saia Justa ... Apresentadora
  • 2002 - Saia Justa ... Apresentadora
  • 2004 - Saia Justa ... Apresentadora
  • 2004 - Celebridade ... Rita Lee (Episódios: "19-22 de janeiro")
  • 2005 - Madame Lee ... Apresentadora
  • 2011 - Ti Ti Ti ... Ela mesma (Episódio: "18 de março")
  • 2017 - Manual Para se Defender de Aliens, Ninjas e Zumbis ... Grão Mestre (Episódio: "13")

Cinema
  • 1968 - As Amorosas ... Cantora do clube
  • 1988 - Fogo e Paixão ... Mulher no pic-nic
  • 1989 - Dias Melhores Virão ... Mary Shadow
  • 1994 - Tanta Estrela Por Aí... ... Raul Seixas
  • 2002 - Durval Discos ... Julieta
  • 2006 - Wood & Stock: Sexo, Orégano e Rock'n'Roll ... Rê Bordosa (Voz)
  • 2010 - Uma Noite em 67 ... Rita Lee
  • 2012 - Tropicália ... Rita Lee
  • 2013 - Minhocas ... Martha (Voz)
  • 2014 - A Primeira Missa ou Tristes Tropeços, Enganos e Urucum ... Pirata

Outros Trabalhos

Rádio

Após o rompimento de seu contrato com a Som Livre, em 1986, Rita Lee dedicou-se, em parceria com o amigo escritor Antônio Bivar, a um programa de rádio, "Rádio Amador", que escreve e apresenta, adotando o nome Lita Ree, e interpretava vários personagens.

Literatura: Ficção

Entre 1986 e 1992, escreveu quatro livros infantis, tendo como protagonista o rato cientista Drº Alex. Em 2013, publicou o livro "Storynhas", ilustrado por Laerte.

  • 1986 - Drº Alex
  • 1988 - Drº Alex e os Reis de Angra
  • 1990 - Drº Alex na Amazônia
  • 1992 - Drº Alex e o Oráculo de Quartz
  • 2013 - Storynhas
  • 2017 - Dropz
  • 2019 - Amiga Ursa: Uma História Triste, Mas Com Final Feliz

Literatura: Autobiografia
  • 2016 - Rita Lee: Uma Autobiografia
  • 2023 - Rita Lee: Outra Autobiografia

Literatura: Livro de Fotos
  • 2018 - FavoRita

Televisão

Em "Os Trapalhões" (1977) interpretou uma fotógrafa num concurso de miss.

Em "Top Model" (1989), escrita por Walther Negrão e Antônio Calmon, interpretou Maria Regina, a esotérica Belatrix, uma das ex-mulheres do surfista Gaspar, interpretado por Nuno Leal Maia.

Em "Vamp" (1991), também escrita por Antônio Calmon, Rita Lee era a roqueira-vampira Lita Ree, amiga da protagonista Natasha, interpretada por Cláudia Ohana. Ainda no ano de 1991, Rita Lee ganhou um programa na MTV Brasil intitulado TVleezão.

Em 1997, participou do sitcom "Sai de Baixo", no episódio "Presepada de Natal", como Scarlet Antibes, uma prima do personagem Caco Antibes, interpretado por Miguel Falabella.

Em 2002, passa a co-apresentar o programa de televisão "Saia Justa", no canal pago GNT (Globosat), ao lado de Mônica Waldvogel, Marisa Orth e Fernanda Young. Rita Lee se despediu do programa em 2004.

Em "Celebridade" (2003), fez uma participação especial como ela mesma e contracenou com Maria Clara, interpretada por Malu Mader.

Em 2005, comandou, ao lado do marido Roberto de Carvalho, o talk show "Madame Lee" também transmitido pela GNT.

Em 2010, foi convidada pelo diretor Jorge Fernando para regravar seu sucesso de 1985, "Ti Ti Ti". A música foi usada na abertura do remake da novela "Ti Ti Ti" no horário das 19h00. Rita Lee fez uma participação no último capítulo da novela, fazendo um show, cantando a música de abertura da novela.

Em 2017, participou do documentário "Laerte-se", da Netflix.

Prêmios

  • Grammy Latino (Vencidos: 2)
  • Prêmio Sharp de Música (Vencidos: 12)
  • Top 100 Brasil (Vencidos: 1)
  • Revista Pop (Vencidos: 1)
  • Revista Fatos e Fotos (Vencidos: 1)
  • Troféu APCA (Vencidos: 3)
  • Prêmio Shell (Vencidos: 1)

Grammy Latino
  • 2001 - Melhor Álbum de Rock em Língua Portuguesa: "3001"
  • 2022 - Prêmio Excelência Musical da Academia Latina de Gravação: "Conjunto da Obra"

Prêmio Sharp de Música
  • 1988 - Melhor Música ... "Livre Outra Vez"
  • 1991 - Melhor Música ... "La Miranda"
  • 1991 - Melhor Trilha Sonora ... "Dias Melhores Virão"
  • 1991 - Melhor Cantora
  • 1991 - Melhor Disco ... Bossa'n Roll
  • 1993 - Melhor Cantora
  • 1995 - Melhor Cantora
  • 1995 - Melhor Disco ... A Marca da Zorra
  • 1995 - Melhor Show ... A Marca da Zorra
  • 1996 - Melhor Cantora (Pop Rock)
  • 1998 - Melhor Cantora (Pop Rock)

Top 100 Brasil
  • 2012 - Melhor Álbum Nacional ... Reza

Revista Pop
  • 1974 - Melhor Cantora

Revista Fatos e Fotos
  • 1981 - Personalidade de 1980

Troféu APCA
  • 1991 - Melhor Show ... Bossa'n Roll
  • 2016 - Grande Prêmio da Crítica
  • 2016 - Melhor Biografia/Autobiografia/Memória Literatura ... "Rita Lee: Uma Autobiografia"

Prêmio Shell
  • 1996 - Grande Destaque da MPB

Fonte: Wikipédia
#FamososQuePartiram #RitaLee

Lizette Negreiros

LIZETTE TOLEDO DE NEGREIROS
(81 anos)
Atriz, Garota-Propaganda, Locutora, Autora, Produtora e Cantora

☼ Santos, SP (04/12/1940)
┼ São Paulo, SP (16/11/2022)

Lizette Toledo de Negreiros, conhecida por Lizette Negreiros, foi uma atriz, garota-propaganda, locutora, autora, produtora e cantora nascida em Santos, SP, no dia 04/12/1940).

Lizette Negreiros começou no teatro amador na sua cidade natal e se profissionalizou como atriz na cidade de São Paulo em 1969, quando participou da montagem de "Morte e Vida Severina" no teatro.

Na TV Tupi fez as novelas "Canção Para Isabel" (1976) e "Papai Coração" (1976), mas conquistou o público como a empregada Zita que se tornou cantora de sucesso na novela "Como Salvar Meu Casamento" (1979).

Em seguida foi para a TV Bandeirantes viver a Cacilda da novela "Os Imigrantes" (1981) de Benedito Ruy Barbosa.

Mas é no Teatro que ela passa a ser presença constante a partir dos anos 1980, atuando em espetáculos infantis e adultos, entre eles, "O Rapto das Cebolinhas", "Missa Leiga", "Viva o Cordão Encarnado", "Noel Rosa, o Poeta da Vila e Seus Amores", "O Santo Milagroso" e "A Centopéia e o Cavaleiro".

No cinema, Lizette Negreiros foi dirigida por Leon Hirszman em "Eles Não Usam Black Tie" (1981), Denoy de Oliveira em "O Baiano Fantasma" (1984" e Suzana Amaral em "A Hora da Estrela" (1985).


Ao longo da carreira participou de diversas produções, entre teleteatros, novelas e minisséries, em canais como a TV Tupi, Record e Bandeirantes. Suas atuações nos palcos e nas telas da televisão e do cinema foram premiadas em diversas ocasiões.

Lizette Negreiros trabalhou também como curadora, atividade que exercia ao fim de sua vida, desempenhando a função de curadora do Teatro Infantil e Jovem do Centro Cultural São Paulo (CCSP). No CCSP, os espetáculos de sua curadoria receberam os prêmios Unicef e Governador do Estado para a cultura de 2018.

Lizette Negreiros era considerada uma referência no teatro, em especial o afro-brasileiro. Sua atuação na novela "Como Salvar Meu Casamento" (1979) foi uma das analisadas no documentário "A Negação do Brasil", de Joel Zito Araújo, que retratou e refletiu sobre a presença negra na teledramaturgia brasileira.

Lizette Negreiros trilhou uma premiada carreira no teatro, na televisão e no cinema. Participou de filmes como "Eles Não Usam Black-Tie" (1981), "O Baiano Fantasma" (1984), "A Hora da Estrela" (1985) e "André Louco"' (1990).

Seu último trabalho foi no longa "Três Tigres Tristes" (2022), que ainda não foi lançado.

Morte

Lizette Negreiros faleceu em sua casa, na quarta-feira, 16/11/2022, aos 81 anos, em São Paulo, SP.

A informação foi confirmada pelo Centro Cultural São Paulo (CCSP) em publicação no Instagram. A causa da morte não foi informada.

O velório de Lizette Negreiros foi aberto ao público e aconteceu na tarde de quinta-feira, 17/11/2022, na Sala Jardel Filho, no Centro Cultural São Paulo, (CCSP).

O corpo de Lizette Negreiros foi sepultado em Santos, SP, sua terra natal, no Cemitério da Filosofia, às 9h00 da manhã de sexta-feira, 18/11/2022.

Carreira

Teatro
  • 1956/1964 - Espetáculos do Coral Vicentino de Santos ... Cantora
  • 1963 - Show do Grupo Os Hífens ... Cantora e Produtora
  • 1964 - Show do Grupo Os Hífens ... Cantora e Produtora
  • 1964 - Gente Como a Gente ... Atriz e Produtora
  • 1965 - Barco Sem Pescador
  • 1966 - A Romaria ... Beata
  • 1966 - Gota D'água ... Lavadeira
  • 1967 - A Década do Engano
  • 1967 - O Teatro Desafia a Música ... Atriz e Produtora
  • 1967 - Pedro Mico ... Aparecida
  • 1968 - Anastácia, Vida de Cabresto: Uma Leitura Sobre os Males Escondidos ... Anastácia e Produtora
  • 1968 - Invasão "Censurada"
  • 1968 - Onde Está Maria?
  • 1968 - Pedro Mico ... Aparecida
  • 1969 - Hamlet
  • 1969 - Hécuba
  • 1969 - Morte e Vida Severina
  • 1969 - O Santo Parto de Dindinha ... Atriz e Produtora
  • 1969 - Os Mistérios do Amor
  • 1970 - Os Mistérios do Amor
  • 1970 - Monteiro Lobato: O Comprador de Fazendas
  • 1970 - O Rapto ... Maneco
  • 1971 - Apocalipse
  • 1971 - As Desgraças de Uma Criança
  • 1971 - Menino Não Entra, Menina Não Entra
  • 1971 - O Capeta de Caruaru
  • 1971 - O Gigante ... Menino
  • 1972 - Dom Quixote Mula Manca e Seu Fiel Companheiro Zé Choupança
  • 1972 - Jesus Cristo Superstar
  • 1972 - O Tratado de Tortazinhas
  • 1973 - A Menina Que Viu o Brasil Nascer
  • 1973 - Missa Leiga
  • 1973 - Rosinha no Túnel do Tempo ... Rosinha
  • 1973 - Um Elefantinho Incomoda Muita Gente
  • 1974 - Adeus, Fadas e Bruxas ... Fada Azul
  • 1974 - Maroquinhas Fru-Fru
  • 1974 - O Palhaço Imaginador
  • 1974 - Serafim Fim Fim
  • 1976 - Pop, a Garota Legal
  • 1976 - Uma Noite Encantada ... Boneca de Pano
  • 1977 - O Gigante ... Menino
  • 1977 - Teatro de Fantoches / Titeriteira: O Circo de Bonecos
  • 1977 - Noel Rosa: O Poeta da Vila e Seus Amores ... Sexta Mulher
  • 1978 - Noel Rosa: O Poeta da Vila e Seus Amores ... Sexta Mulher
  • 1978 - Quem Tem Medo do Saci Pererê
  • 1978 - Vamos Jogar o Jogo do Jogo
  • 1979 - A Falecida ... Segunda Vizinha
  • 1980 - A Falecida ... Segunda Vizinha
  • 1980 - Paixão de Drácula
  • 1980 - Quem Conta Um Conto Aumenta Um Ponto
  • 1981 - O Santo Milagroso ... Mulher de Juca
  • 1982 - O Santo Milagroso ... Mulher de Juca
  • 1983 - O Santo Milagroso ... Mulher de Juca
  • 1983 - Chiquinha Gonzaga, Ó Abre Alas ... Corista / Velha Dama / Dançarina do Maxixe / Coro
  • 1983 - O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá ... Andorinha Sinhá
  • 1984 - Feche os Olhos e Entre na História
  • 1986 - Antes de Ir ao Baile
  • 1989 - Guaiú, a Ópera das Formigas
  • 1989 - Os Alegres Viajantes ... Atriz, Autora e Produtora
  • 1989 - Os Negros
  • 1989 - E Agora, Cacilda?
  • 1990 - E Agora, Cacilda?
  • 1992 - Sexo, Chocolate e Zambelê
  • 1993 - Sexo, Chocolate e Zambelê
  • 1994 - Chimbirins e Chimbirons
  • 1995 - O Mambembe ... Isaura
  • 1996 - O Mambembe ... Isaura
  • 1999 - Caxico
  • 2007 - A Centopeia e o Cavaleiro
  • 2010 - Chico Lenhador

Televisão
  • 1975 - Comercial Tapete Antialérgico Tabacow ... Garota-Propaganda
  • 1976 - Canção Para Isabel ... Justina (TV Tupi)
  • 1976 - Papai Coração ... Irmã Natércia (TV Tupi)
  • 1979 - Especial Documentário TV Tupi: Serra Pelada - Escravos da Ganância ... Locução
  • 1979 - Como Salvar Meu Casamento ... Zita (TV Tupi)
  • 1980 - Cabaret Literário (TV Cultura)
  • 1981 - Comercial Produtos Brastemp "Todas Exigem Brastemp" ... Garota-Propaganda
  • 1981 - Os Imigrantes ... Cacilda (Bandeirantes)
  • 1983 - Moinhos de Vento (TV Globo)
  • 1997 - Os Ossos do Barão ... Isadora Almeida (SBT)
  • 1998 - Alma de Pedra ... Dinorah (TV Record)
  • 2008 - 9mm: São Paulo ... Judite (Canal Fox Brasil) 

Cinema
  • 1981 - Eles Não Usam Black-Tie ... Silene
  • 1984 - O Baiano Fantasma ... Bêbada do Cortiço
  • 1985 - A Hora da Estrela ... Maria
  • 2000 - A Negação do Brasil ... Ela mesma
  • 2001 - Sonhos Tropicais ... Mulher de Ramiro
  • 2022 - TPM! Meu Amor ... Senhora
  • 2022 - Três Tigres Tristes ... Avó de Jonata
  • 2023 - O Silêncio Tem Rosto de Mulher ... Ruth Nascimento (Lançamento Póstumo)

Rádio
  • 1957 - Rádio Atlântica de Santos: Programa Dindinha Sinhá (Rádio) ... Cantora

Lizette Negreiros ao receber o Prêmio Governador do Estado em 2018
Prêmios em Teatro

  • 1978 - Troféu Mambembe: Melhor Atriz por "Vamos Jogar o Jogo"
  • 1980 - Prêmio APCA: Melhor Atriz por "Quem Conta um Conto Aumenta um Ponto"
  • 1980 - Prêmio Governador do Estado de São Paulo: Melhor Atriz por "Quem Conta um Conto Aumenta um Ponto"
  • 1984 - Prêmio APETESP: Melhor Atriz por "O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá"
  • 1986 - Prêmio APETESP: Melhor Atriz por "Antes de Ir ao Baile"
  • 1986 - Prêmio Molière: Incentivo ao Teatro Infantil e Melhor Atriz por "Antes de Ir ao Baile"
  • 1990 - Prêmio APCA: Melhor Atriz por "A Ópera das Formigas"
  • 1990 - Prêmio APETESP: Melhor Atriz por "A Ópera das Formigas"

Fonte: Wikipédia e UOL
#FamososQuePartiram #LizetteNegreiros

Gal Costa

GAL MARIA DA GRAÇA PENNA BURGOS COSTA
(77 anos)
Cantora, Compositora e Multi-Instrumentista

☼ Salvador, BA (26/09/1945)
┼ São Paulo, SP (09/11/2022)

Gal Maria da Graça Penna Burgos Costa, nascida Maria da Graça Costa Penna Burgos e conhecida como Gal Costa, foi uma cantora, compositora e multi-instrumentista nascida em Salvador, BA, no dia 26/09/1945. Gal Costa foi eleita como a sétima maior voz da música brasileira pela revista Rolling Stone Brasil em 2012.

Gal Costa era filha de Mariah Costa Penna, sua grande incentivadora, falecida em 1993, e de Arnaldo Burgos. Sua mãe contava que durante a gravidez passava horas concentrada ouvindo música clássica, como num ritual, com a intenção de que esse procedimento influísse na gestação e fizesse que a criança que estava por nascer fosse, de alguma forma, uma pessoa musical. O pai de Gal Costa, morto quando ela tinha quatorze anos, sempre foi uma figura ausente, vazio plenamente preenchido pelo amor de sua mãe, além dos parentes.

Por volta de muito tempo se tornou amiga das irmãs Sandra e Dedé (Andreia) Gadelha, futuras esposas dos compositores Gilberto Gil e Caetano Veloso, respectivamente.

Em 1959 ouviu pela primeira vez o cantor João Gilberto cantando "Chega de Saudade" (Tom Jobim e Vinícius de Moraes) no rádio. João Gilberto também exerceu uma influência muito grande na carreira da cantora, que também trabalhou como balconista da principal loja de discos de Salvador da época, a Roni Discos.

Em 1963 foi apresentada a Caetano Veloso por Dedé Gadelha, iniciando-se a partir daí uma grande amizade e profunda admiração mútua.

Vida e Carreira

Gal Costa era discreta quanto a sua vida pessoal. Durante sua vida manteve relacionamentos estáveis, mas nunca foi oficialmente casada. De 1991 a 1992 viveu junto com o empresário Marco Pereira. Ela era assumidamente bissexual, e ao longo dos anos ficaram conhecidos seus relacionamentos afetivos com mulheres anônimas e famosas, dentre elas a cantora Marina Lima e a atriz Lúcia Veríssimo.

Em entrevistas revelou nunca ter conseguido engravidar devido a obstrução nas trompas, doença que surgiu ainda na adolescência, e que tentou o processo de fertilização, mas não obteve êxito. Seguindo os conselhos de sua mãe, decidiu entrar na fila de adoção, mas só quando tivesse emocionalmente certa deste passo.

Em 2007, conseguiu adotar um menino de dois anos de idade, que sofria de raquitismo devido às condições de miserabilidade extrema na qual vivia em uma favela carioca antes de ir para o abrigo. Ela o batizou como Gabriel. Em entrevistas, informou que o processo de adoção foi rápido, pois a criança não contemplava as características físicas que a maioria dos adotantes procurava.

Vivendo no Rio de Janeiro desde os anos 60, voltou a viver em Salvador nos fim dos anos 80, e em 2014 mudou-se com seu filho para São Paulo, vivendo em uma mansão nos Jardins. Revelou para a mídia gostar de viver na Capital Paulista, tendo se adaptado rapidamente a grande metrópole, e que tornou-se um ser humano melhor após a chegada de seu filho. Eventualmente era vista na mídia acompanhada de homens e mulheres anônimos.

No início da carreira e no primeiro compacto, a cantora se apresentava como Maria da Graça. Por sugestão do produtor Guilherme Araújo, no entanto, adotou o nome artístico Gal. Caetano Veloso não gostou da mudança, argumentando que "Gal." é abreviatura de general, de modo que o nome Gal Costa a fazia parecer homônima do então Presidente da República, o Gal. Costa e Silva.

Em entrevista concedida a Jô Soares, em 2013, a Gal Costa revelou que havia alterado o registro civil para incluir o apelido pelo qual ficou conhecida nacionalmente, passando a se chamar oficialmente Gal Maria da Graça Penna Burgos Costa.

Na religião, Gal Costa frequentava o candomblé, tendo sido iniciada no Terreiro do Gantois, por Mãe Menininha do Gantois.

Década de 1960

Gal Costa estreou ao lado de Caetano Veloso, Gilberto Gil, Maria Bethânia, Tom Zé e outros, o espetáculo "Nós, Por Exemplo..." (22/08/1964), que inaugurou o Teatro Vila Velha, em Salvador. Neste mesmo ano participou de "Nova Bossa Velha, Velha Bossa Nova", no mesmo local e com os mesmos parceiros.

Deixou Salvador para viver na casa da prima Nívea, no Rio de Janeiro, seguindo os passos de Maria Bethânia, que havia estourado como cantora no espetáculo "Opinião". A primeira gravação em disco se deu no disco de estreia de Maria Bethânia (1965): O duo "Sol Negro" (Caetano Veloso), seguido do primeiro compacto, com as canções "Eu Vim da Bahia" (Gilberto Gil) e "Sim, Foi Você" (Caetano Veloso) - ambos lançados pela RCA, que posteriormente transformou-se em BMG (atualmente Sony BMG) - gravadora à qual Gal Costa retornaria em 1984, com o álbum "Profana". No fim do ano conheceu João Gilberto pessoalmente.

Gal Costa participou do I Festival Internacional da Canção, em 1966, interpretando a canção "Minha Senhora" (Gilberto Gil e Torquato Neto), que não emplacou.

O primeiro LP foi lançado em 1967, ao lado do também estreante Caetano Veloso, "Domingo", pela gravadora Philips, que posteriormente transformou-se em Polygram (atualmente Universal Music), permanecendo neste selo até 1983. Deste disco fez grande sucesso a canção "Coração Vagabundo" (Caetano Veloso).

Participou também do III Festival de Música Popular Brasileira defendendo as canções "Bom Dia" (Gilberto Gil e Nana Caymmi) e "Dadá Maria" (Renato Teixeira), esta última em dueto com Sílvio César no festival e com Renato Teixeira na gravação.

Em 1968, participou do disco "Tropicália ou Panis et Circencis" (1968), com as canções "Mamãe Coragem" (Caetano VelosoTorquato Neto), "Parque Industrial" (Tom Zé), "Enquanto Seu Lobo Não Vem" (Caetano Veloso), além de "Baby" (Caetano Veloso), o primeiro grande sucesso solo, que se tornou um clássico. Em novembro participou do IV Festival da Record defendendo a canção "Divino Maravilhoso" (Caetano Veloso e Gilberto Gil).

Lançou o primeiro disco solo, "Gal Costa" (1969), que além de "Baby" (Caetano Veloso) e "Divino Maravilhoso" (Caetano Veloso e Gilberto Gil) trouxe "Que Pena (Ele Já Não Gosta Mais de Mim)" (Jorge Benjor) e "Não Identificado" (Caetano Veloso), todas grandes sucessos. No mesmo ano gravou o segundo disco solo, "Gal", conhecido como o psicodélico, que traz os hits "Meu Nome é Gal" (Roberto Carlos e Erasmo Carlos) e "Cinema Olympia" (Caetano Veloso), e deste disco foi gerado o espetáculo "Gal!"

Década de 1970

Em 1970, viajou para Londres para visitar Caetano Veloso e Gilberto Gil, exilados pela ditadura militar, e dessa viagem trouxe algumas músicas incluídas em seu disco seguinte, "Legal", cuja capa foi produzida por Hélio Oiticica. Do repertório desse trabalho fizeram grande sucesso as músicas "London London" (Caetano Veloso) e "Falsa Baiana" (Geraldo Pereira).

Em 1971, gravou um compacto duplo importantíssimo em sua carreira, onde estão os grandes sucessos "Sua Estupidez" (Roberto Carlos e Erasmo Carlos) e "Você Não Entende Nada" (Caetano Veloso). Nesse mesmo ano realizou um dos shows mais importantes da música brasileira, "Fa-Tal", dirigido por Waly Salomão e que gravado ao vivo gerou o disco que até hoje é considerado por muitos críticos como o mais importante de sua carreira, o "Fa-Tal / Gal a Todo Vapor", que traz grandes sucessos como "Vapor Barato" (Jards Macalé e Waly Salomão), "Como 2 e 2" (Caetano Veloso) e "Pérola Negra" (Luiz Melodia).

Em 1973, gravou o disco "Índia", dirigido por Gilberto Gil, que trazia os sucessos "Índia" (J. A. Flores e M. O. Guerreiro - versão José Fortuna) e "Volta" (Lupicínio Rodrigues), e desse disco fez outro show muito bem sucedido, também dirigido por Waly Salomão, "Índia". Nesse mesmo ano participou do Festival Phono 73, que gerou três discos, onde Gal Costa gravou com sucesso as músicas "Trem das Onze" (Adoniran Barbosa) e "Oração de Mãe Menininha" (Dorival Caymmi), em dueto com Maria Bethânia.

Em 1974, gravou o disco "Cantar", dirigido por Caetano Veloso, que trazia os sucessos "Barato Total" (Gilberto Gil), "Flor de Maracujá" (João Donato e Lysia Enio), "Até Quem Sabe" (João Donato e Lysia Enio) e "A Rã" (João Donato e Caetano Veloso). Desse disco gerou o show "Cantar", que não foi bem recebido por seu público por se tratar de um disco muito suave, contrastando com a imagem forte que a cantora criou a partir do Movimento Tropicalista.

Gal Costa, Gilberto Gil, Maria Bethânia e Caetano Veloso
Em 1975, fez imenso sucesso ao gravar para a abertura da novela da TV Globo "Gabriela" a canção "Modinha Para Gabriela" (Dorival Caymmi). Desse ano também é o sucesso "Teco Teco" (Pereira da Costa e Milton Vilela), lançada em compacto. O grande sucesso da canção de Dorival Caymmi motivou a gravação do disco "Gal Canta Caymmi", lançado em 1976, que trazia os hits "Só Louco", "Vatapá", "São Salvador" e "Dois de Fevereiro", todas de Dorival Caymmi. Nesse mesmo ano, ao lado dos colegas Gilberto Gil, Caetano Veloso e Maria Bethânia, participou do show "Doces Bárbaros", nome do grupo batizado e idealizado por Maria Bethânia, espetáculo que rodou o Brasil e gerou o disco e o filme "Doces Bárbaros". O disco é considerado uma obra-prima e apesar disto, curiosamente na época do lançamento, 1976, foi duramente criticado. Doces Bárbaros foi um dos mais importantes grupos da contracultura dos anos 70 e, ao longo dos anos, foi tema de filme, DVD, enredo da escola de samba GRES Estação Primeira de Mangueira em 1994 com o enredo "Atrás da Verde-e-Rosa Só Não Vai Quem Já Morreu", comandaram trio elétrico no carnaval de Salvador, espetáculos na praia de Copacabana.

Inicialmente o disco seria gravado em estúdio, mas por sugestão de Gal Costa e Maria Bethânia, foi o espetáculo que ficou registrado em disco, sendo quatro daquelas canções gravadas pouco tempo antes no compacto duplo de estúdio, com as canções "Esotérico", "Chuckberry Fields Forever", "São João Xangô Menino" e "O Seu Amor", todas gravações raras.

Em 1977, lançou o disco "Caras & Bocas", que trazia os sucessos "Tigresa" e "Negro Amor", além da música homônima ao disco que Maria Bethânia e Caetano Veloso escreveram para Gal Costa. Desse disco gerou-se o show "Com a Boca no Mundo".

Em 1978, lançou aquele que seria o primeiro disco de ouro de sua carreira, "Água Viva", que trouxe os sucessos "Folhetim" (Chico Buarque), "Olhos Verdes" (Vicente Paiva) e "Paula e Bebeto" (Milton Nascimento e Caetano Veloso). Desse disco surgiu o espetáculo "Gal Tropical", onde Gal Costa deu uma virada em sua carreira, mudando drasticamente de imagem, passando de musa hippie para uma cantora mais mainstream. O show "Gal Tropical" foi um imenso sucesso de público e crítica, e gerou o disco "Gal Tropical", em que Gal Costa cantou alguns dos maiores sucessos de sua carreira, como "Balancê" (João de Barro e Alberto Ribeiro), "Força Estranha" (Caetano Veloso), "Noites Cariocas" (Jacob do Bandolim e Hermínio Bello de Carvalho), além das regravações dos grandes sucessos "Índia" e "Meu Nome é Gal".

Década de 1980

Desde a década de 1960, quando surgiram os especiais do Festival de Música Popular Brasileira (TV Record) até o final da década de 1980, a televisão brasileira foi marcada pelo sucesso dos espetáculos transmitidos. Apresentando os novos talentos registravam índices recordes de audiência. Gal Costa participou do especial "Mulher 80" da TV Globo, um desses momentos marcantes da televisão. O programa exibiu uma série de entrevistas e musicais cujo tema era a mulher e a discussão do papel feminino na sociedade de então, abordando esta temática no contexto da música nacional e da inegável preponderância das vozes femininas, com Maria Bethânia, Gal Costa, Elis Regina, Fafá de Belém, Zezé Motta, Marina Lima, Simone, Rita Lee, Joanna e as participações especiais das atrizes Regina Duarte e Narjara Turetta, que protagonizaram o seriado "Malu Mulher".

Em 1980, gravou o disco "Aquarela do Brasil", focado na obra do compositor Ary Barroso, e que trouxe hits como "É Luxo Só" (Ary Barroso e Luiz Peixoto), "Aquarela do Brasil" (Ary Barroso), "Na Baixa do Sapateiro" (Ary Barroso), "Camisa Amarela" (Ary Barroso) e "No Tabuleiro da Baiana" (Ary Barroso).

Em 1981, estreou o show "Fantasia", um grande fracasso de crítica, mas que gerou um dos mais bem sucedidos discos de sua carreira, tanto de público quanto de crítica, o premiado "Fantasia", que trouxe vários sucessos, como "Meu Bem, Meu Mal" (Caetano Veloso), "Massa Real" (Caetano Veloso), "Açaí" (Djavan), "Faltando Um Pedaço" (Djavan), "O Amor" (Caetano Veloso, Ney Costa Santos e Vladmir Maiakovski), "Canta Brasil" (David Nasser e Alcir Pires Vermelho) e "Festa do Interior" (Moraes Moreira e Abel Silva). Com o grande sucesso do disco, Gal Costa convidou Waly Salomão para dirigir o show "Festa do Interior" que a redimiu do grande fracasso do show "Fantasia". Ainda em 1981, em seu especial produzido e exibido na TV Globo no programa "Grandes Nomes", no qual o nome do seu especial foi seu nome de batismo, "Maria da Graça Costa Penna Burgos", no fim do especial, Gal Costa usou uma roupa de franjas rosas, que foi comparado a um boneco infantil da época. Os críticos disseram que o que salvou o especial foi sua apresentação com a renomada, e considerada por muitos, a maior cantora popular brasileira Elis Regina. Nessa participação, Gal Costa começou cantando "Amor Até o Fim", música que fazia parte da discografia das duas, e Elis Regina fez um dueto com a Gal Costa. Logo após, Elis Regina cantou uma música recém lançada sua, "Aprendendo a Jogar", e em seguida mais dois duetos "Ilusão à Toa" e "Estrada do Sol".

Em 1982, gravou outro disco de sucesso, "Minha Voz", em que se destacaram as gravações de "Azul" (Djavan), "Dom de Iludir" (Caetano Veloso), "Luz do Sol" (Caetano Veloso), "Bloco do Prazer" (Moraes Moreira e Fausto Nilo), "Verbos do Amor" (João Donato e Abel Silva) e "Pegando Fogo" (Francisco Mattoso e José Maria de Abreu).


Em 1983, gravou outro disco bem sucedido comercialmente, "Baby Gal", que também se tornou um show, e que trouxe os sucessos "Eternamente" (Tunai, Sérgio Natureza e Liliane), "Mil Perdões" (Chico Buarque), "Rumba Louca" (Moacyr Albuquerque e Tavinho Paes), além da regravação de "Baby".

Originalmente idealizado para a montagem do ballet teatro do Balé Teatro Guaíra (Curitiba, 1982), o espetáculo "O Grande Circo Místico" foi lançado em 1983. Gal Costa integrou o grupo seleto de artistas da MPB que viajaram pelo país apresentando o projeto, um dos maiores e mais completos espetáculos teatrais, para uma plateia de mais de duzentas mil pessoas, em quase duzentas apresentações. Gal Costa interpretou a canção "A História de Lili Braun", musicado pela dupla Chico Buarque e Edu Lobo. O espetáculo contava a história de amor entre um aristocrata e uma acrobata e a saga da família austríaca proprietária do Circo Knie, que vagava pelo mundo nas primeiras décadas do século.

Em 1984, deixou a gravadora Philips e assinou contrato com a RCA, onde gravou o disco "Profana", que trazia os hits "Chuva de Prata" (Ed Wilson e Ronaldo Bastos), "Nada Mais (Lately)" (Stevie Wonder - Versão: Ronaldo Bastos), "Atrás da Luminosidade" (Caetano Veloso) e "Vaca profana" (Caetano Veloso).

Em 1985, gravou o disco "Bem Bom", com os sucessos "Sorte" (Celso Fonseca e Ronaldo Bastos), cantada em dueto com Caetano Veloso, e "Um Dia de Domingo" (Michael Sullivan e Paulo Massadas), em dueto com Tim Maia.

Valendo-se ainda do filão engajado da pós-ditadura e feminismo, cantou no coro da versão brasileira de "We Are The World", o hit americano que juntou vozes e levantou fundos para a África ou "USA For Africa". O projeto "Nordeste Já" (1985), abraçou a causa da seca nordestina, unindo 155 vozes numa criação coletiva. Surgiu o compacto, de criação coletiva, com as canções "Chega de Mágoa" e "Seca D´água". Elogiado pela competência das interpretações individuais, foi no entanto criticado pela incapacidade de harmonizar as vozes e o enquadramento de cada uma delas no coro. Em atitude que surpreendeu muitos dos fãs, em fevereiro deste mesmo ano, posou nua para a edição 127 da extinta revista Status, poucos meses antes de completar quarenta anos.

Em 1987, lançou o disco e o espetáculo "Lua de Mel Como o Diabo Gosta", um fracasso de crítica, mas que trouxe mais alguns sucessos à carreira da cantora como, "Lua de Mel" (Lulu Santos), "Me Faz Bem" (Milton Nascimento e Fernando Brant) e "Viver e Reviver (Here, There, And Everywhere)" (John Lennon e Paul McCartney - Versão: Fausto Nilo).

Em 1988, gravou com grande sucesso a música "Brasil" (Cazuza, Nilo Romero e George Israel) para a abertura da novela da TV Globo "Vale Tudo".

Década de 1990

Em 1990, gravou o disco "Plural", que trazia os sucessos de "Alguém Me Disse" (Jair Amorim e Evaldo Gouveia), "Nua Ideia" (João Donato e Caetano Veloso) e "Cabelo" (Jorge Benjor e Arnaldo Antunes).

Em 1992, lançou o disco "Gal", com repertório em boa parte extraído do show "Plural", e do qual fez sucesso a música "Caminhos Cruzados" (Tom Jobim e Newton Mendonça).

Em 1993, lançou o premiado disco "O Sorriso do Gato de Alice", produzido por Arto Lindsay, com o sucesso "Nuvem Negra" (Djavan). Desse disco gerou-se o show de mesmo nome, com direção de Gerald Thomas, que causou polêmica por Gal Costa cantar a música "Brasil" com os seios à mostra.

Em 1994, reuniu-se com Gilberto Gil, Caetano Veloso e Maria Bethânia, na quadra da escola de samba Mangueira, para o show "Doces Bárbaros na Mangueira", que comemorou os 18 anos dos Doces Bárbaros.

Em 1995, lançou "Mina D'água do Meu Canto", trazendo apenas composições de Chico Buarque e Caetano Veloso, do qual fez sucesso a música "Futuros Amantes" (Chico Buarque).

Em 1997, gravou o CD "Acústico MTV", sucesso de vendas, no qual cantou vários sucessos de sua carreira e lançou com sucesso uma nova versão de "Lanterna dos Afogados", cantando ao lado do autor da canção, Herbert Vianna.

Em 1998, gravou o CD "Aquele Frevo Axé", com o hit "Imunização Racional (Que Beleza)" (Tim Maia).

Em 1999, lançou um disco duplo ao vivo "Gal Costa Canta Tom Jobim Ao Vivo", realizando o projeto do maestro, que era fazer um disco com a cantora, embora sozinha.

Década de 2000

Em 2001, gravou o CD "Gal de Tantos Amores", contendo a música "Caminhos do Mar" (Dorival Caymmi, Danilo Caymmi e Dudu Falcão). Nesse mesmo ano, foi incluída no Hall Of Fame do Carnegie Hall, sendo a única cantora brasileira a participar do Hall Of Fame, após participar do show "40 Anos de Bossa Nova", em homenagem a Tom Jobim, ao lado de César Camargo Mariano e outros artistas.

Em 2002, lançou o CD "Bossa Tropical", no qual registrou a faixa "Socorro" (Alice Ruiz e Arnaldo Antunes), sucesso originalmente gravado pela cantora Cássia Eller.

Em 2003, lançou o CD "Todas as Coisas e Eu", contendo clássicos da MPB, como "Nossos Momentos" (Haroldo Barbosa e Luis Reis), que fez sucesso.

Em 2005, lançou pela gravadora Trama o CD "Hoje", produzido por César Camargo Mariano, onde reuniu várias canções novas de compositores pouco conhecidos do grande público, tendo se destacado "Mar e Sol" (Carlos Rennó e Lokua Kanza).

Em 2006, realizou temporada na casa de shows Blue Note, em New York, espetáculo que foi gravado e lançado em setembro no CD "Gal Costa Live At The Blue Note", lançado originalmente nos Estados Unidos e Japão e somente em 2007 no Brasil. Ainda em 2006, lançou pela gravadora Trama o CD e DVD "Gal Costa Ao Vivo", gravados durante a temporada do show "Hoje".

Em 2009, reclusa nos últimos anos para se dedicar ao filho, Gabriel, Gal Costa voltou aos palcos como convidada de Dionne Warwick em show que estreou no Rio de Janeiro, passando por Curitiba, São Paulo e Porto Alegre. "Aquarela do Brasil", o samba-exaltação de Ary Barroso que deu título a discos lançados tanto por Gal Costa (em 1980) como por Dionne Warwick (em 1995), é um dos duetos do show.

Década de 2010

Em dezembro de 2011, lançou o álbum "Recanto", produzido por Caetano Veloso e Moreno Veloso. Álbum com arranjos eletrônicos idealizado por Caetano Veloso, Moreno Veloso e Kassin. Elogiadíssimo pela crítica, foi eleito o melhor álbum de 2011.

Em 2012, foi eleita a sétima maior voz da música brasileira de todos os tempos, pela revista Rolling Stone Brasil.

Depois de sete anos longe de disco e show inéditos, Gal Costa estreou a turnê do elogiado álbum "Recanto" no Rio de Janeiro. Com direção de Caetano Veloso, autor de todas as músicas do CD, o show inaugurou a sofisticada casa de shows, à beira da lagoa Rodrigo de Freitas, Miranda. No repertório, além de canções inéditas como "Neguinho", "Segunda", "Tudo dói" e "Miami Maculelê", sucessos da carreira da cantora, entre eles, "Um Dia de Domingo", "Baby", "Meu Bem, Meu Mal", "Modinha Pra Gabriela", "Força Estranha", "Vapor Barato" e canções que há muito ela não cantava, como "Da Maior Importância" e "Mãe". No palco, Gal Costa está acompanhada pelo Domenico Lancellotti (bateria e MPC), Pedro Baby (guitarra e violão) e Bruno Di Lullo (baixo e violão). O show seguiu em turnê pelo país e pelo exterior, como Portugal, Holanda, Israel, Itália e terminou na Festa Literária de Paraty em 2014, seguido de um último show no Uruguai.

No segundo semestre de 2014, lançou o elogiadíssimo show "Espelho D'água", título extraído da canção homônima que ganhou dos irmãos Camelo, e resgatou antigos sucessos como "Sua Estupidez", "Tuareg", "Caras e Bocas" e "Tigresa". Nesse ano ainda foi lançado em CD e LP o registro de um show que Gal Costa e Gilberto Gil fizeram em Londres em novembro de 1971, gravado em estéreo diretamente da mesa de som no Student Centre da City University London, "Live In London '71". O repertório inclui muitas músicas do show "Fa-tal" que estreou um mês antes no Rio de Janeiro. Um destaque do disco é a enérgica gravação ao vivo de "Acauã", onde Gal Costa e Gilberto Gil cantam juntos.

Em 2015, realizou uma turnê em homenagem ao centenário de nascimento de Lupicínio Rodrigues (1914-2014). Idealizado pelo cantor, compositor e produtor musical J. Velloso e produzido por Mauricio Pessoa, o show "Ela Disse-me Assim," foi dirigido por J. Velloso e e pelo jornalista Marcus Preto. No fim de maio foi lançado o disco "Estratosférica", comemorando seus cinquenta de carreira, recheado de compositores novos como Céu, Criollo, Artur Nogueira, Malu Magalhães, e antigos colegas como Marisa Monte, Arnaldo Antunes, Caetano Veloso, Milton Nascimento, Tom Zé, Guilherme Arantes e João Donato. Com direção também assinada por Marcus Preto.

Em 2016, Marcus Preto lançou um documentário sobre Gal Costa, incluindo imagens do show "Fa-tal" gravadas pelo diretor Leon Hirszman em 1971. Ainda em 2016, Gal Costa foi ouvida pelo mundo, tendo sua voz em canções como "Até Quem Sabe", "Pontos de Luz" e "Vapor Barato" sendo regravadas ou sampleadas por artistas e DJ's. Neste ano também, integrou um grupo de artistas, como Zélia Duncan, Elba Ramalho, Zeca Baleiro e Maria Gadú, que saíram em turnê com o Prêmio da Música Brasileira em homenagem à Gonzaguinha.

Em 2017, lançou um CD e DVD, baseado no show "Estratosférica". No dia 25 de novembro, o Multishow exibiu, ao vivo, Gal Costa, Gilberto Gil, e Nando Reis no show da turnê "Trinca de Ases", que também virou um CD e DVD em 2018.

Em 2018, lançou o elogiado CD, "A Pele do Futuro". A sonoridade do álbum busca remeter ao estilo musical Soul e Disco da década de 1970. As canções de trabalho foram "Palavras nCorpo", "Sublime" e "Cuidando de Longe", e o título do álbum foi retirado da letra da canção "Viagem Passageira".

Em 2019, lançou o elogiado show "A Pele do Futuro", com direção musical de Pupillo e direção geral de Marcus Preto, que virou um CD duplo e DVD.

Morte

Gal Costa faleceu na quarta-feira, 09/11/2022, aos 77 anos, em São Paulo, SP. A causa da morte por suposto infarto agudo do miocárdio foi divulgada pela imprensa, que acabou desmentida pela assessoria da cantora, que não esclareceu o motivo concreto do óbito.

Gal Costa havia completado 57 anos de carreira e era uma das atrações do festival Primavera Sound, que aconteceu em São Paulo no fim de semana anterior ao falecimento. A participação de Gal Costa foi cancelada de última hora em razão da necessidade de recuperação da cantora após ter sido submetida a uma cirurgia para retirada de um nódulo na fossa nasal direita.

Gal Costa encontrava-se em plena atividade antes do procedimento e viajava o Brasil com a turnê "As Várias Pontas de Uma Estrela", na qual interpretava sucessos da MPB dos anos 1980. Além de espetáculos próprios, Gal Costa estava na lista de diversos festivais de música nacionais e programava-se para uma turnê pela Europa, que se iniciaria em novembro de 2022.

Discografia

Álbuns de Estúdio
  • 1967 - Domingo (Com Caetano Veloso)
  • 1968 - Tropicalia ou Panis et Circencis (Com Caetano Veloso, Gilberto Gil, Nara Leão, Os Mutantes e Tom Zé)
  • 1969 - Gal Costa
  • 1969 - Gal
  • 1970 - Legal
  • 1973 - Índia
  • 1974 - Cantar
  • 1976 - Gal Canta Caymmi
  • 1977 - Caras & Bocas
  • 1978 - Água Viva
  • 1979 - Gal Tropical
  • 1980 - Aquarela do Brasil
  • 1981 - Fantasia
  • 1982 - Minha Voz
  • 1983 - Baby Gal
  • 1984 - Profana
  • 1985 - Bem Bom
  • 1987 - Lua de Mel Como o Diabo Gosta
  • 1990 - Plural
  • 1992 - Gal
  • 1993 - O Sorriso do Gato de Alice
  • 1995 - Mina d'Água do Meu Canto
  • 1998 - Aquele Frevo Axé
  • 2001 - Gal de Tantos Amores
  • 2002 - Bossa Tropical
  • 2003 - Todas as Coisas e Eu
  • 2005 - Hoje
  • 2011 - Recanto
  • 2015 - Estratosférica
  • 2018 - A Pele do Futuro
  • 2021 - Nenhuma Dor

Álbuns Ao Vivo
  • 1971 - Fa-Tal - Gal a Todo Vapor
  • 1974 - Temporada de Verão (Com Caetano Veloso e Gilberto Gil)
  • 1976 - Doces Bárbaros (Com Caetano Veloso, Gilberto Gil e Maria Bethânia)
  • 1997 - Acústico MTV
  • 1999 - Gal Costa Canta Tom Jobim
  • 2006 - Ao Vivo
  • 2006 - Live At The Blue Note
  • 2013 - Recanto Ao Vivo
  • 2014 - Live In London '71 (Com Gilberto Gil)
  • 2017 - Estratosférica Ao Vivo
  • 2018 - Trinca de Ases (Com Gilberto Gil e Nando Reis)
  • 2019 - A Pele do Futuro ao Vivo

DVD
  • 1997 - Acústico MTV
  • 1999 - Gal Costa Canta Tom Jobim
  • 2004 - Outros (Doces) Bárbaros
  • 2005 - Ensaio
  • 2005 - Roda Viva
  • 2006 - Ao Vivo
  • 2013 - Recanto Ao Vivo
  • 2017 - Estratosférica Ao Vivo
  • 2018 - Trinca de Ases (Com Gilberto Gil e Nando Reis)

Outros Álbuns
  • 2010 - Divina, Maravilhosa
  • 2005 - Puerto Rico Heineken Jazz 2005

Prêmios

  • 1969 - Troféu Imprensa (Melhor Revelação Feminina)
  • 1970 - Troféu Imprensa (Melhor Cantora)
  • 1983 - Troféu Imprensa (Melhor Cantora)
  • 1985 - Troféu Imprensa (Melhor Música "Chuva de Prata")
  • 1985 - Troféu Imprensa (Melhor Cantora)
  • 1986 - Troféu Imprensa (Melhor Música "Um Dia de Domingo")
  • 1986 - Troféu Imprensa (Melhor Cantora)
  • 1999 - Melhores do Ano (Melhor Cantora)
  • 2011 - Prêmio Grammy Latino à Excelência Musical (Conjunto da Obra)
  • 2012 - Prêmio Contigo! MPB FM (Melhor Álbum de MPB "Recanto")
  • 2012 - Prêmio Multishow (Melhor Show)
  • 2013 - Prêmio Contigo! MPB FM (Melhor Cantora)
  • 2015 - Prêmio Multishow (Prêmio Especial - 50 anos de Carreira)
  • 2016 - Prêmio da Música Brasileira (Melhor Cantora Pop/Rock/Reggae/Hip-Hop/Funk)

Turnês

  • 1973 - Índia
  • 1974 - Cantar
  • 1977 - Com a Boca no Mundo
  • 1979 - Tropical
  • 1980 - Tropical
  • 1981 - Fantasia
  • 1982 - Festa do Interior
  • 1983 - Baby
  • 1984 - Baby
  • 1984 - Profana
  • 1985 - Profana
  • 1988 - Lua de Mel Como o Diabo Gosta
  • 1990 - Plural
  • 1991 - Plural
  • 1994 - O Sorriso do Gato de Alice
  • 1995 - Mina D'Água do Meu Canto
  • 1997 - Acústico
  • 1998 - Acústico
  • 1998 - Aquele Frevo Axé
  • 1999 - Aquele Frevo Axé
  • 2004 - Todas as Coisas e Eu
  • 2005 - Hoje
  • 2012 - Recanto
  • 2014 - Espelho D'água
  • 2015 - Ela Disse-me Assim
  • 2015 - Estratosférica
  • 2017 - Trinca de Ases (Com Gilberto Gil e Nando Reis)

Fonte: Wikipédia
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