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José Domingos Raffaelli

JOSÉ DOMINGOS RAFFAELLI
(77 anos)
Jornalista, Crítico Musical, Escritor, Radialista e Produtor

☼ Rio de Janeiro, RJ (15/10/1936)
┼ Rio de Janeiro, RJ (26/04/2014)

José Domingos Raffaelli trabalhou para as seguintes publicações:

Jornais
  • 1954 - Le Matin (Antuérpia, Bélgica)
  • 1972-1987 - Jornal do Brasil (Rio de Janeiro)
  • 1973-1976 - Estado do Paraná (Curitiba)
  • 1976-1981 - Diário do Paraná (Curitiba)
  • 1987-2002 - O Globo (Rio de Janeiro)
  • 2002-2003 - O Tempo (Belo Horizonte)
  • 2005 - Jornal das Gravadoras (Rio de Janeiro)
Revistas:
  • 1949-1950 - Quinta Avenida (São Paulo)
  • 1976-1981 - Quem (Curitiba)
  • 1979-1989 - Somtrês (São Paulo)
  • 1980 - Musical Meeting (Rio de Janeiro)
  • 1986-1989 - Senhor (Rio de Janeiro)
  • 1993-1996 - Ele & Ela (Rio de Janeiro)
  • 1993-1997 - Qualis (São Paulo)
  • 2002 - International Magazine (Rio de Janeiro - A partir de 2002)

Atuou como correspondente brasileiro das seguintes revistas estrangeiras:

  • 1980-1993 - Jazz Journal (Inglaterra)
  • 1984-1990 - Jazz Hot (França)
  • 1986-1992 - Jazz Forum (Polônia)
  • 1989-1996 - Billboard (Estados Unidos)
  • 1995-1999 - Jazz Life (Japão)
  • 1996-1998 - Cadence International (Estados Unidos)
  • 1998-2000 - JazzIt (Itália)

Assinou cerca de 800 textos para contracapas e releases de discos de jazz e música brasileira para Cia. Brasileira de Discos, Mocambo, Sinter, Philips, Phonogram, PolyGram, Imagem, RCA Victor, Odeon, EMI, Inner City, Milestone, Empathy, Visom, Leblon, Malandro Records, DeckDisc e Delira Música, além de discos independentes.

Na televisão, trabalhou na TV-Educativa (1987), como apresentador do concerto de Oscar Peterson no Teatro Cultura Artística, São Paulo, TV-Manchete (1990-1994), como redator do programa "Free Jazz In Concert", Globo News (2005), como entrevistado no programa de 40 anos da morte do cantor Nat King Cole.

No Rádio, atuou como produtor e apresentador dos programas "Jazz em Desfile" (1956-1957 / Rádio Mayrink Veiga), "Arte Final: Jazz" (1985-1987 / Rádio Jornal do Brasil AM-Estéreo), "Jazz na Imprensa" (1988-1991 / Rádio Imprensa FM), "Jazz na Eldorado" (1991 / Rádio Eldorado AM), "Jazz na CBN" (1991-1993 / Rádio CBN), "O Mundo do Jazz" (1992-1994 / Rádio MEC FM e AM), "Brasil Instrumental" (1993-1994 / Rádio MEC AM) e "O Mundo do Jazz" (1997 / Rádio MEC FM e AM), e como produtor do programa "Domingo Sem Futebol" (1980-1983 / Rádio Guaira, Curitiba).

Foi responsável pela produção dos seguintes eventos:

  • 1979-1980 - "Música Instrumental na Universidade Candido Mendes"
  • 1995-2000 - "Sextas de Jazz" (Hotel Novo Mundo)
  • 2002 - "Chivas Jazz Festival"
  • 2003 - "Chivas Jazz Festival"
  • 2004 - "Chivas Jazz Festival"
  • 2003-2004 - "Chivas Jazz Lounge" (Restaurante Epitácio e Mistura Fina)

Produziu concertos de Dôdo Ferreira (2003), Osmar Milito Trio (2003), Brazilian Jazz Trio - Hélio Alves, Nilson Matta e Duduka da Fonseca (2004) e Quinteto Victor Assis Brasil (2004).

Ao longo de sua trajetória profissional, proferiu inúmeras palestras sobre jazz e música popular brasileira.

Publicou os seguintes livros:

  • 1978 - "Miles Davis, Vida e Obra"
  • 1991 - "CD Clássicos & Jazz" Co-autor da seção de jazz em parceria com Zuza Homem de Mello e Alberico Cilento
  • 2000 - "Guia de Jazz em CD" Em parceria com Luiz Orlando Carneiro

José Domingos Raffaelli foi um dos fundadores e dirigiu o Rio de Janeiro Jazz Clube (1951), o Clube Amigos do Jazz (1952) e a Sociedade Brasileira de Jazz (1980). Foi diretor honorário do Clube de Jazz e Bossa (1965).

Atuou como colaborador da discografia "Jazz Records" (1942-1980), de Erik Raben (Dinamarca), da "Modern Jazz Discography" (1981-1985), de Walter Bruyninckz (Bélgica), e da discografia de Bill Evans (1982), de Karl Emil Knudsen (Dinamarca).

Fez parte do júri do III Festival de Música Brasileira (1985 - Cascavel, PR) e de cinco edições do Prêmio BDMG-Instrumental (2001-2005, Belo Horizonte).

Recebeu as seguintes premiações:
  • 1989 - Distinción Jazzologia "Por Su Valiosa Contribuición al Jazz", outorgada pelo Centro Cultural San Martin (Buenos Aires)
  • 1999 - Troféu "In Recognition Of Outstanding Service And Dedication To Jazz", outorgado pela International Association Of Jazz Educators (IAJE)

Assinou o texto introdutório do catálogo "Clube de Jazz e Bossa", editado, em 2004, pelo Instituto Cultural Cravo Albin. A coletânea incluiu mais cinco catálogos temáticos e veio acompanhada por um CD remissivo aos temas abordados.

Morte

José Domingos Raffaelli morreu no sábado, 26/04/2014, aos 77 anos. Ele lutava contra um tumor na coluna e estava internado no Hospital Souza Aguiar. Foi enterrado no domingo, 27/04/2014, às 16:66 hs, no Cemitério São João Batista, no bairro de Botafogo.

Em abril deste de 2014, seu filho Flávio fez um post no Facebook avisando a amigos que a doença já estava em metástase.

Cláudio Cunha

CLÁUDIO FRANCISCO CUNHA
(68 anos)
Ator, Diretor e Produtor Cultural

* São Paulo, SP (29/07/1946)
+ Porto Alegre, RS (20/04/2015)

Cláudio Francisco Cunha foi um ator e produtor cultural brasileiro. Cláudio Cunha teve uma boa infância, foi seminarista na Escola Apostólica Santa Terezinha em São Roque, SP, onde chegou a usar batina. 

No cinema, onde produziu 13 longas metragens e uma dezena de curtas na década de 70 e a partir dos anos 80 no teatro, voltando as suas origens de ator na pele do Analista de Bagé. Inspirado inicialmente no sucesso literário de Luis Fernando Veríssimo, o personagem acabou virando o alter ego do interprete. Segundo o próprio Claudio Cunha, seu "veiculo" de humor.

Na pele do Machão Gaúcho, ele fez rir mais de 2 milhões de espectadores nos palcos de todo o Brasil. Apresentando-se tanto nos melhores teatros, como improvisando espaços, levando teatro para cidades que nunca viram teatro.

Nas folgas com o Analista, produziu vários outros espetáculos, seguindo sempre a máxima de Brechet: "a melhor função do teatro é divertir".

A peça "O Analista de Bagé" entrou em 1998 para o Guinness Book, com dois recordes nacionais: Como a peça de maior tempo em cartaz e Cláudio Cunha o ator que mais tempo interpretou o mesmo personagem.

No cinema, ele dirigiu oito filmes. Seus grandes destaques foram "Amada Amante", onde foram computados cerca de 3 milhões de espectadores, "Vítimas do Prazer", objeto de estudos em vários países e o polemico "Oh! Rebuceteio", onde também é o protagonista, o desvairado Nenê Garcia.

A última participação de Cláudio Cunha na TV seria na novela "Os Dez Mandamentos", da TV Record. De acordo com a assessoria de imprensa da emissora, ele deveria começar a gravar 11 cenas na produção a partir de sexta-feira, 24/04/2015, como o personagem Merneptah, do mesmo núcleo do Sacerdote Paser (Giuseppe Oristanio) e Ramsés (Sérgio Marone).

Morte

Cláudio Cunha morreu aos 68 anos de idade, na segunda-feira, 20/04/2015, em Porto Alegre, RS, onde estava para apresentar a peça "A Casa Caiu". O artista havia se apresentado no sábado, dia 18/04/2015, em Caxias, no Teatro Municipal. Ele passou mal na noite de domingo, 19/04/2015, e morreu no dia 20/04/2015 após sofrer um infarto.

Cláudio Cunha foi casado com as atrizes Simone Carvalho e Edna Velho. Ele deixou quatro filhos e uma neta.

Trabalho Como Diretor

  • 1984 - Oh! Rebuceteio
  • 1981 - Profissão Mulher
  • 1980 - O Gosto do Pecado
  • 1979 - Sábado Alucinante
  • 1978 - Amada Amante
  • 1977 - Snuff, Vítimas do Prazer
  • 1975 - O Dia em Que o Santo Pecou
  • 1974 - O Clube das Infiéis


Trabalho Como Ator

Cinema
  • 1984 - Oh! Rebuceteio
  • 1981 - Karina, Objeto do Prazer
  • 1979 - A Dama da Zona
  • 1978 - Amada Amante
  • 1978 - Damas do Prazer
  • 1977 - A Praia do Pecado
  • 1977 - Snuff, Vítimas do Prazer
  • 1974 - O Clube dos Infiéis
  • 1974 - O Poderoso Machão
  • 1973 - Sob o Domínio do Sexo
  • 1972 - As Mulheres Amam por Conveniência

Telenovela
  • 1971 - Meu Pedacinho de Chão

Fonte: Wikipédia e UOL
Indicação: Douglas Bachine

Roberto Talma

ROBERTO TALMA VIEIRA
(65 anos)
Produtor Cinematográfico e Diretor de Televisão

* São Paulo, SP (29/04/1949)
+ Rio de Janeiro, RJ (23/04/2015)

Roberto Talma foi um produtor cinematográfico e diretor de televisão brasileiro. Nasceu no dia 29/04/1949, em São Paulo. Seu pai trabalhava na televisão, foi coordenador de programação da TV Rio, e sua mãe era bailarina.

Começou a carreira profissional aos 9 anos, na TV Record, integrando um grupo de sapateado que se apresentava no programa "A Grande Gincana Kibon". No início na década de 60, Roberto Talma mudou-se para o Rio de Janeiro com a família.

Em 1969, foi contratado pela TV Globo, onde começou como operador de video-tape, participando do núcleo de jornalismo da emissora. Ele fez parte da primeira equipe do "Fantástico", em 1973, e editou programas como o "Globo Repórter", e, na linha de shows, o "Globo de Ouro".

No final dos anos 70, Roberto Talma foi para a TV Bandeirantes, onde dirigiu o programa "Rosa e Azul". Após seis meses, ele voltou para a TV Globo para dirigir a novela "Pai Herói" (1979), de Janete Clair.


Roberto Talma foi responsável pelas minisséries "Anos Dourados" (1986), "Sampa" (1989), "Boca do Lixo" (1990) e "Sorriso do Lagarto" (1991).

Como diretor executivo, foi responsável por novelas como "Brega & Chique" (1987), "Que Rei Sou Eu?" (1989), "Rainha da Sucata" (1990) e "De Corpo e Alma" (1992).

Na década de 90, foi responsável pelo humorístico "Casseta & Planeta" (1994) e pela criação de "Malhação" (1995).

Entre outros programas de responsabilidade do núcleo dirigido por Roberto Talma nos últimos anos, estiveram as novelas "Negócio da China" (2008), "Vida Alheia" (2010), "O Astro" (2011) e "Aquele Beijo" (2011).

Recentemente tinha investido na área cinematográfica, sendo em 2005 produtor associado de "Carreiras", de Domingos de Oliveira, dramaturgo e cineasta brasileiro. Em 2009, produtor do filme "Meu Nome é Dindi", dirigido por Bruno Safadi.

Morte

Roberto Talma morreu na madrugada de quinta-feira, 23/04/2015, aos 65 anos. Ele estava internado no Hospital Samaritano, em Botafogo, na Zona Sul do Rio de Janeiro, e teve o óbito registrado às 02:43 hs. A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa do hospital, que disse não estar autorizada a divulgar a causa da morte por enquanto.

Em outubro de 2002, Roberto Talma teve um infarto e foi internado às pressas em uma clínica de Botafogo, no Rio de Janeiro. Em junho de 2012, ele voltou a ser internado, desta vez na UTI São José, em São Paulo, onde se recuperou de uma angioplastia para colocação de stents, espécie de mola que dilata artéria que irriga o coração.

Trabalhos na Televisão

  • 1975 - O Grito (Rede Globo, Direção)
  • 1976 - Saramandaia (Rede Globo, Direção)
  • 1980 - Água Viva (Rede Globo, Direção Geral)
  • 1980 - Coração Alado (Rede Globo, Direção Geral)
  • 1981 - Baila Comigo (Rede Globo, Direção Geral)
  • 1981 - Jogo da Vida (Rede Globo, Direção Geral)
  • 1982 - Sétimo Sentido (Rede Globo, Direção Geral)
  • 1982 - Sol de Verão (Rede Globo, Direção Geral)
  • 1984 - Partido Alto (Rede Globo, Direção Geral)
  • 1985 - Um Sonho a Mais (Rede Globo, Direção Geral)
  • 1986 - Anos Dourados (Rede Globo, Direção Geral)
  • 1987 - Tele Tema (Rede Globo, Direção Geral)
  • 1988 - Bebê a Bordo (Rede Globo, Direção Geral)
  • 1989 - Top Model (Rede Globo, Direção Geral)
  • 1990 - Boca do Lixo (Rede Globo, Direção Geral)
  • 1991 - O Sorriso do Lagarto (Rede Globo, Direção Geral)
  • 1991 - Lua Cheia de Amor (Rede Globo, Direção Geral)
  • 1992 - Perigosas Peruas (Rede Globo, Direção Geral)
  • 1992 - De Corpo e Alma (Rede Globo, Direção Geral)
  • 1995 - Malhação (Rede Globo, Direção Geral)
  • 1998 - Roberto Carlos Especial (Rede Globo, Direção e Direção Geral)
  • 1996 - Colégio Brasil (SBT/JPO, Direção)
  • 1996 - Dona Anja (SBT/JPO, Direção Geral)
  • 2001 - O Direito de Nascer SBT (SBT/JPO, Direção Geral)
  • 2001 - A Padroeira (Rede Globo, Direção Geral e Núcleo)
  • 2002 - Xuxa no Mundo da Imaginação (Rede Globo, Direção Geral e Núcleo)
  • 2003 - Agora É que São Elas (Rede Globo, Direção Geral e Núcleo)
  • 2003 - Kubanacan (Rede Globo, Direção Geral e Núcleo)
  • 2005 - A Lua Me Disse (Rede Globo, Direção Geral e Núcleo)
  • 2005 - Toma Lá Dá Cá - Especial (Rede Globo, Núcleo)
  • 2006 - O Profeta (Rede Globo, Núcleo)
  • 2007 - Toma Lá Dá Cá (Rede Globo, Núcleo)
  • 2007 - Guerra & Paz (Rede Globo, Núcleo)
  • 2008 - Faça Sua História (Rede Globo, Núcleo)
  • 2008 - Negócio da China (Rede Globo, Núcleo)
  • 2009 - Geral.com (Rede Globo, Núcleo)
  • 2009 - Natal de Luz da Xuxa (Rede Globo, Núcleo)
  • 2010 - Globeleza (Rede Globo, Núcleo)
  • 2010 - A Vida Alheia (Rede Globo, Núcleo)
  • 2010 - TV Xuxa (Rede Globo, Núcleo)
  • 2010 - Xuxa Especial de Natal (Rede Globo, Núcleo)
  • 2010 - Roberto Carlos Especial (Rede Globo, Núcleo)
  • 2011 - Amor Em 4 Atos (Rede Globo, Núcleo)
  • 2011 - O Astro (Rede Globo, Núcleo)
  • 2011 - Aquele Beijo (Rede Globo, Núcleo)
  • 2011 - Ivete, Gil e Caetano (Rede Globo, Núcleo)
  • 2012 - Gabriela (Rede Globo, Núcleo)
  • 2013 - Pé na Cova (Rede Globo, Núcleo)

Fonte: Wikipédia e UOL
Indicação: Miguel Sampaio e Fadinha Veras

Lincoln Olivetti

LINCOLN OLIVETTI
(60 anos)
Maestro, Instrumentista, Arranjador, Compositor e Produtor Musical

* Nilópolis, RJ (17/04/1954)
+ Rio de Janeiro, RJ (13/01/2015)

Lincoln Olivetti foi um músico brasileiro que ficou conhecido pela parceria com o guitarrista Robson Jorge. Instrumentista, arranjador, compositor e produtor musical, Lincoln Olivetti iniciou na música ainda menino. Com 13 anos, já se apresentava em bailes do subúrbio com seu conjunto.

Cursou as faculdades de música e engenharia eletrônica, mas não as concluiu. Em meados da década de 70, conheceu Robson Jorge, com quem viria a manter uma grande parceria musical.

Lincoln Olivetti fez arranjos para numerosos artistas como Gal Costa, Gilberto Gil, Tim Maia, Jorge Ben, Rita Lee, Roberto Carlos, Caetano Veloso, Maria Bethânia, Ângela Rô Rô, Zizi Possi, Fagner, Wando e Joanna, o que lhe rendeu fama e dinheiro, mas também críticas quanto a uma certa "pasteurização" da Música Popular Brasileira. Trabalhou também com os cantores Antônio Marcos e Vanusa.

Em 1982, lançou, com Robson Jorge, o LP "Robson Jorge e Lincoln Olivetti", registrando a parceria nas faixas "Jorgea Corisco", "No Bom Sentido", "Aleluia", "Pret-à-Porter", "Squash", "Fã Sustenido", "Zé Piolho", "Ginga" e "Alegrias", e "Eva" (Lincoln Olivetti e Ronaldo), incluindo também "Raton" (Contesini) e "Baila Comigo" (Roberto de Carvalho e Rita Lee).

Foi apelidado de "O Feiticeiro dos Estúdios" e "O Mago do Pop".


Na década de 90, viveu um período de ostracismo, do qual saiu ao produzir discos para Lulu Santos e Ed Motta.

Em 2003 foi responsável pelos arranjos do CD "Acústico Jorge Benjor".

Lincoln Olivetti fez o arranjo da abertura do programa "Fantástico", em 1973. Participou de trilhas sonoras de várias novelas, entre elas, "Baila Comigo" (1981).

Constam da relação dos intérpretes de suas canções vários artistas, como Tim Maia, Robertinho de RecifeRoberto Carlos, Fernanda Abreu, Xuxa, Ronnie Von, Cláudia Telles, Peninha, Fafá de Belém, Sérgio Reis, Chitãozinho & Xororó, Celebrare, Lafayette, Banda Black Rio, Vanusa, Patrícia Marx, KarametadeAntônio Marcos, Márcio Montarroyos, Fat Family, Roupa Nova, Sandra de Sá, Jane DubocAngélica, Sandy & Júnior, Adriana, Pedro Mariano, Diana Pequeno, Rosana, entre outros tantos.

Lulu Santos tem em um quadro o arranjo que Lincoln Olivetti fez para uma de seus maiores sucessos e que foi tema de "Malhação".

"Ele fazia a música soar como precisava para ficar o melhor que ela podia ficar", afirmou Lulu Santos. É dele também parte do arranjo de uma canção feita para as Olimpíadas Rio 2016.

Morte

Lincoln Olivetti morreu na noite de terça-feira, 13/01/2015. Ele sofreu um infarto fulminante, no estúdio que mantinha em casa, na Zona Sul do Rio de Janeiro. Lincoln Olivetti tinha 60 anos e morreu fazendo o que mais gostava.

Ele passou a vida dentro de estúdios como o de Copacabana. Lá ele tocava piano, fazia arranjos, acompanhava gravações e exigia no mínimo trabalhos perfeitos.
Indicação: Miguel Sampaio

Heloísa Tapajós

HELOÍSA MARIA DE CARVALHO TAPAJÓS GOMES
(66 anos)
Pesquisadora de MPB e Produtora Cultural

* Rio de Janeiro, RJ (29/04/1948)
+ Rio de Janeiro, RJ (06/06/2014)

Heloísa Tapajós foi uma pesquisadora de Música Popular Brasileira e produtora cultural.

Socióloga formada, em 1970, pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), com especialização, em nível de pós-graduação, em Demografia, pela mesma instituição acadêmica, em convênio com o Centro Latino-Americano de Demografia da Organização das Nações Unidas (ONU). Ainda na PUC-Rio, em 1990 foi aprovada em 4º lugar no exame de seleção ao Programa de Mestrado do Departamento de Sociologia, com área de concentração em Pensamento Social e Político Brasileiro, do qual se desligou após a conclusão dos créditos obrigatórios.

Irmã de Sérgio de Carvalho (produtor musical), Dadi Carvalho (baixista, compositor e cantor) e Mú Carvalho (pianista, compositor e produtor musical). Tia de Daniel Carvalho (músico e produtor musical) e André Carvalho (cantor e compositor). Prima, pelo lado paterno, de Beto Carvalho (radialista e produtor musical) e Guti Carvalho (produtor musical). Prima, pelo lado materno, do pianista Homero Magalhães e de seus filhos músicos Homero Magalhães Filho, Alain Pierre, Alexandre Caldi e Marcelo Caldi.

Teve como ocupação principal, desde 1999, a função de pesquisadora do Instituto Cultural Cravo Albin, sendo responsável pela pesquisa e redação dos verbetes do segmento Bossa Nova e MPB, de 1958 aos dias atuais, do Dicionário Cravo Albin da MPB, contabilizando, até 2013, a produção de mais de 1.700 verbetes de sua autoria.

Heloísa Tapagós e Paulinho Tapajós
Foi ainda, desde 2007, pesquisadora titular do Núcleo de Estudos em Literatura e Música (NELIM / PUC-Rio), no qual constam entrevistas e textos de sua autoria.

Também desde 2007, assinava a produção artística do projeto cultural "Sarau Repsol", realizado inicialmente em parceria com o Instituto Cultural Cravo Albin e, desde 2009, em parceria com o Núcleo de Estudos em Literatura e Música.

Paralelamente a essas funções, vinha atuando em vários outros projetos na área cultural.

Participou, entre 1998 e 2000, das entrevistas realizadas com Carlos Lyra, João Donato, Chico Buarque, Edu Lobo e Wanda Sá, publicadas no livro "A MPB Em Discussão - Entrevistas" (Editora UFMG, 2006), organizado por Santuza Cambraia Naves, Frederico Oliveira Coelho e Tatiana Bacal.

Atuou, em 2003, como editora do website "Alô Música", cujo conteúdo contém entrevistas e textos de sua autoria.

Em 2004, fez parte da equipe de pesquisa projeto acadêmico "Representações da Violência na Música Popular Brasileira", desenvolvido pelo Instituto Cultural Cravo Albin em parceria com a PUC-Rio e a Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ), sob a coordenação de Júlio Diniz, para o qual escreveu o ensaio "Chico Buarque e a Censura nas Décadas de 1960 e 1970", publicado no site do Núcleo de Estudos em Literatura e Música.

Heloísa Tapajós e Antônio Adolfo
Heloísa Tapajós foi responsável pela pesquisa e pelos textos do espetáculo "Bossa Nova In Concert", realizado no Canecão, Rio de Janeiro, em 2004, e no Parque dos Patins, em 2005, com a participação de João Donato, Os Cariocas, Johnny Alf, Leny Andrade, Pery Ribeiro, Roberto Menescal, Carlos Lyra, Durval Ferreira, Marcos Valle, Wanda Sá e Bossacucanova, tendo como convidados especiais Eliane Elias (Canecão) e Oscar Castro Neves (Parque dos Patins). O show do Parque dos Patins foi gravado ao vivo e gerou o CD e o DVD "Bossa Nova In Concert" (EMI Music, 2005).

Trabalhou, em 2005, em parceria com Memeca Moschcovich, na pesquisa e produção das gravações realizadas no Rio de Janeiro para o documentário "Luiz Henrique - No Balanço do Mar", de Ieda Beck, sobre o compositor, cantor e violonista catarinense ligado à bossa nova.

Assinou releases para alguns trabalhos artísticos, entre os quais os CDs "Óleo Sobre Tela" (Kuarup, 2005), de Mú Carvalho, "Par ou Ímpar" (Kuarup, 2006), de Paulinho Tapajós e Marcello Lessa, e "Dadi" (Som Livre, 2007), e o DVD "A Cor do Som Acústico" (Performance Be Records/Sony & BMG, 2005).

Em 2006, Heloisa Tapajós produziu o conteúdo do website do compositor, violonista e produtor musical Roberto Menescal. Ainda nesse ano, foi lançado o "Dicionário Houaiss Ilustrado de Música Popular Brasileira", contendo uma condensação do conteúdo produzido até 2005 para o site "Dicionário Cravo Albin da MPB", adaptado pelo Instituto Antonio Houaiss para a publicação impressa.

Alejandro Roig, Heloísa Tapajós e Paulinho Tapajós
Em 2007, produziu, em parceria com Andréa Noronha, a série de eventos mensais "Sarau Repsol / Sarau da Pedra", projeto realizado pelo Instituto Cultural Cravo Albin em parceria com a Repsol, inicialmente com apoio da Livraria Dantes (em março, abril e maio) e, a partir de junho, com apoio da gravadora Biscoito Fino. O projeto homenageou os compositores João Bosco (março), Carlos Lyra (abril), Roberto Menescal (maio), Marcos Valle (junho), Sueli Costa (julho), Paulinho Tapajós (agosto), Ivan Lins (setembro), Guinga (outubro), Francis Hime (novembro) e Edu Lobo (dezembro).

Em 2008, assinou a pesquisa e os textos do espetáculo "Bossa Nova 50 Anos", realizado na Praia de Ipanema, no Rio de Janeiro. No elenco, Carlos Lyra, Roberto Menescal, Oscar Castro Neves, Wanda Sá, Leila Pinheiro, Emílio Santiago, Zimbo Trio, Leny Andrade, Maria Rita, Fernanda Takai, João Donato, Marcos Valle e Patrícia Alvi, Bossacucanova e Cris Delanno. O show, em comemoração aos 50 anos da bossa nova, e também celebrando o aniversário da cidade do Rio de Janeiro, teve concepção e direção de Solange Kafuri, direção musical de Roberto MenescalOscar Castro Neves, e apresentação de Miele e Thalma de Freitas.

Heloísa Tapajós trabalhou, ao lado de Frederico Coelho, e sob a coordenação de Júlio Diniz, na pequisa para o documentário "Palavra (En)cantada", dirigido por Helena Solberg. O filme teve pré-estréia em 2008, no Cinema Odeon, no Rio de Janeiro, na programação do Festival do Rio.

Também em 2008, foi publicado o livro "Música, Ídolos e Poder - Do Vinil ao Download" (Nova Fronteira), de André Midani, no qual foi responsável pela pesquisa de conteúdo e pela revisão do texto original. Ainda em 2008, assinou a produção artística da segunda edição do projeto "Sarau Repsol / Sarau da Pedra", realizado pela Repsol no Instituto Cultural Cravo Albin, apresentando shows de BR6 (julho), Olívia Byington (agosto), Nós Quatro (setembro), Zé Renato (outubro), Raul de Souza, João Donato, Luiz Alves e Robertinho Silva (novembro) e Casuarina (dezembro).


Como pesquisadora titular do Núcleo de Estudos em Literatura e Música (NELIM / PUC-Rio), participou da pesquisa de conteúdo para o livro "Bossa Nova - Um Retrato em Branco e Preto" (Editora PUC Rio, 2008) e trabalhou na produção do seminário "Música Popular, Literatura e Memória", que teve lugar na PUC-Rio, em 2009.

Escreveu os textos da exposição "Imagens da Música na Lente de Mario Luis", com fotos de Mario Luis Thompson, apresentada no SESC Teresópolis, em 2009.

Também em 2009, assinou a produção artística da terceira edição do projeto "Sarau Repsol", realizado pela Repsol na Fundação Eva Klabin, apresentando shows de Boca Livre (abril), Claudio Nucci (maio), Dadi (junho), MPB4 (julho), Celso Fonseca (agosto), Marianna Leporace (setembro), Wanda Sá & Dôdo Ferreira Trio (outubro) e Arranco de Varsóvia (novembro). Ainda em 2009, produziu, em parceria com Claudia Chigres e sob a coordenação acadêmica de Júlio Diniz, o conteúdo didático para o DVD "Palavra (En)cantada", de Helena Solberg.

Em 2010, assinou a produção artística da quarta edição do projeto "Sarau Repsol", realizada pela Repsol na Fundação Eva Klabin, apresentando shows de Alberto Rosenblit (abril), Joyce (maio), Danilo Caymmi (junho), Os Cariocas (julho), Tunai (agosto), BossaCucaNova (setembro), Sá & Guanabyra (outubro) e Paula Morelenbaum (novembro).

Também em 2010, foi contratada pela Empresa Municipal de Multimeios (MULTIRIO) para assumir a pesquisa musical da série "No Compasso da História", série de 15 programas mensais que teve como objetivo contar a História do Brasil a partir do nosso cancioneiro. A série, com apresentação de Joyce Moreno e roteiro de Fátima Valença, foi veiculada pelo canal 14 da Net, em 2011 e 2012.

Ivan Lins, Heloísa Tapajós, Alejandro Roig e Lenine
Em 2011, foi responsável pela pesquisa e produção de textos para a Mesa Redonda "A Bossa do Samba - A Interação Harmônica, Melódica e Rítmica da Bossa Com o Samba", realizada na Casa de Rui Barbosa.

Ainda em 2011, assinou a pesquisa do projeto "A Bossa do Samba", apresentado no espaço Oi Futuro, no Rio de Janeiro, com shows que reuniram, nas quatro semanas de agosto, as seguintes duplas: João Donato & Maíra Freitas; Roberto Menescal & Teresa Cristina; Carlos Lyra & Nilze Carvalho; e Marcos Valle & Casuarina. Concebido e dirigido por Solange Kafuri, o projeto contou com curadoria de Rildo Hora e Marco Antonio Bompet, arranjos e direção musical de Itamar Assiere, apresentação em vídeo de Tárik de Souza, coordenação geral e direção de produção de Giselle Kafuri, e produção executiva de Humberto Braga.

Também em 2011, assinou a produção artística quinta edição do projeto "Sarau Repsol", realizado na Fundação Eva Klabin, no Rio de Janeiro, com shows de Mario Adnet (abril), Tatiana Parra & Andres Beewsaert (maio), Clara Moreno (junho), Mú Carvalho (julho), Nana Caymmi & Cristóvão Bastos (agosto), Pery Ribeiro (setembro) e Cris Delanno (outubro).

Em 2012, dividiu com Paulo da Costa e Silva e Adriana Maciel a produção do documentário "Imbatível ao Extremo: Assim é Jorge Ben Jor!", especial em 10 capítulos sobre Jorge Benjor dirigido e roteirizado por Paulo da Costa e Silva para a Rádio Batuta do Instituto Moreira Salles.

Paulinho Tapajós recebendo placa das mãos de Heloísa Tapajós
Também em 2012, assinou a produção artística da sexta edição do projeto "Sarau Repsol", realizado na Fundação Eva Klabin, no Rio de Janeiro, com shows de Chico Adnet (abril), Jackie Hecker (maio), Carol Saboya & Antonio Adolfo (junho), Bebossa & Wanda Sá (julho), Ilana Volcov (agosto), Soraya Ravenle (setembro), Muiza Adnet (outubro) e Conexão Rio, Andrea Veiga e José Carlos Bigorna (novembro).

Em parceria com Chris Nicklas, assinou o roteiro dos seis documentários da série "Audio Retrato" (Canal Bis, 2013), com direção de Ricardo Nauenberg. No elenco, Fernanda Abreu, Evandro Mesquita, Lenine, Gabriel o Pensador, Dinho Ouro Preto e Gilberto Gil.

Ainda em 2013, assinou a produção artística da sétima edição do projeto "Sarau Repsol", realizado na Fundação Eva Klabin, no Rio de Janeiro, com shows de Cello Samba Trio (março), Carlos Lyra (abril), Liz Rosa (maio), Marcos Sacramento & Zé Paulo Becker (junho), Vinicius Cantuária (julho), Luiz Melodia (agosto), Ivan Lins (setembro) e Carlos Malta (outubro).

Assinou a curadoria da exposição "A Magia do Disco - André Midani", realizada no Instituto Cultural Cravo Albin, também em 2013.

Ao longo de sua trajetória realizou entrevistas com vários compositores e intérpretes da música popular brasileira, e assinou matérias sobre shows e lançamentos fonográficos.

Morte

Heloísa Tapajós estava internada há aproximadamente 2 meses num hospital da Zona Sul do Rio de Janeiro. Somente a família e seus companheiros do Dicionário Cravo Albin da MPB sabiam e não divulgaram a informação.

Ela faleceu na sexta-feira, 06/06/2014, às 18:00 hs vítima de problemas cardíacos e o sepultamento ocorreu no Cemitério São João Batista, no Rio de Janeiro.

Indicação: Miguel Sampaio

Hélcio Milito

HÉLCIO PASCOAL MILITO
(83 anos)
Percussionista, Baterista e Produtor Musical

* São Paulo, SP (09/02/1931)
+ Rio de Janeiro, RJ (07/06/2014)

Hélcio Pascoal Milito foi um percussionista, baterista e produtor musical brasileiro. É irmão do também músico Osmar Milito.

Começou a carreira profissional em São Paulo, no ano de 1950, tocando percussão no Conjunto Robledo. Tempos depois, em 1952, fez parte da Orquestra do Maestro Peruzzi, do Sexteto Mario Casali entre os anos de 1953 e 1954, da Grande Orquestra de Luís César em 1954 e do Trio de Izio Gross em 1956.

Em 1957, se mudou para o Rio de Janeiro e atuou como percussionista do Conjunto de Djalma Ferreira, com o qual gravou a série de discos "Drink".

Em 1958 viajou com a orquestra de Ary Barroso para a Venezuela e estudou com o percussionista norte-americano Henry Miller

No final da década de 1950, se apresentou em shows no começo da Bossa Nova e formou o Conjunto Bossa Nova ao lado dos músicos Roberto Menescal, Luiz Carlos Vinhas, Bebeto Castilho, Luiz Paulo e Bill Horn, com os quais gravou o compacto "Bossa é Bossa", lançado pela Odeon em 1959. Ainda nesse ano, participou do disco "Garotos da Bossa Nova" e ingressou como percussionista da Orquestra da Rádio Nacional.


Em 1960, acompanhou Luiz Bonfá em turnê nos Estados Unidos e executou pela primeira vez a Tamba, instrumento de percussão, durante um show do cantor Sammy Davis Jr., no Teatro Record em São Paulo.

Em 1962, fundou o Tamba Trio, com o pianista Luiz Eça e o contrabaixista Otávio Bailly, substituído mais tarde por Bebeto Castilho. Com esse grupo, inaugurou os pockets shows no Bottle's Bar e Beco das Garrafas no Rio de Janeiro, e excursionou pelos Estados Unidos e Argentina. Desligou-se do trio em 1964 e viajou para New York para tocar ao lado de João GilbertoAstrud GilbertoStan GetzLuiz BonfáGil EvansDon CostaTony BennettWes Montgomery, entre outros.

Em 1966, veio ao Brasil, apresentando, com Clementina de Jesus e Coral, o concerto "Missa de São Benedito", para tamba e vozes, de José Maria das Neves, realizado na Aldeia de Arcozelo e na Sala Cecília Meireles, no Rio de Janeiro. Ainda nesse ano, esteve novamente em New York, onde gravou com o guitarrista Wes Montgomery.

De volta ao Brasil, atuou, de 1966 a 1971, como produtor musical nas gravadoras CBS, TapecarRCA Victor.


Voltou a se reunir com Luiz EçaBebeto Castilho em 1971, retomando o Tamba Trio, apresentando-se no Teatro Teresa Raquel o Rio de Janeiro. Ficou até 1975 e retornou em 1982, lançando o disco "Tamba Trio - 20 Anos de Sucesso" pela RCA Victor. Continuou como membro do Tamba Trio, por sete anos.

Estudou música com Henry MillerMoacir Santos e Ester Scliar, e participou, como percussionista, das trilhas sonoras dos filmes "A Pedreira de São Diogo", de Leon Hirszman, episódio de "Cinco Vezes Favela", "Os Cafajestes", de Ruy Guerra, e "Garrincha, Alegria do Povo" de Joaquim Pedro de Andrade.

Em 1973, viajou pela Europa com o Tamba Trio. Ainda nesse ano, participou de conferências e debates patrocinados pelo Ministério da Educação e Cultura, realizados no Norte e Nordeste do Brasil.

Em 1974 e 1975, voltou aos Estados Unidos com o Tamba Trio.

Ao longo da carreira, acompanhou artistas como Maysa, Carlos Lyra, Nara Leão, Clementina de Jesus, Quarteto em Cy, Nelson Angelo, Joyce, João Bosco, Simone, César Costa Filho, Eumir Deodato, Tom e Dito, Milton Nascimento, Nana Caymmi, entre outros.


Morte

Hélcio Milito morreu na manhã de sábado, 07/06/2014, no Rio de Janeiro, aos 83 anos. Ele estava internado em um hospital do Rio de Janeiro há dois meses por conta de um infarto que sofreu.


Discografia

Com o Conjunto Bossa Nova
  • 1959 - Bossa é Bossa (Odeon, Compacto)


Com o Tamba Trio
  • 1962 - Tamba Trio (Philips, LP)
  • 1963 - Avanço (Philips, LP)
  • 1964 - Tempo (Philips, LP)
  • 1974 - Tamba (RCA Victor, LP)
  • 1975 - Tamba Trio (RCA Victor, LP)
  • 1982 - Tamba Trio - 20 Anos de Sucesso (RCA Victor, LP)

Indicação: Miguel Sampaio

Abdias dos Oito Baixos

JOSÉ ABDIAS DE FARIAS
(57 anos)
Cantor, Compositor, Acordeonista e Produtor Musical

* Taperoá, PB (13/10/1933)
+ (03/03/1991)

José Abdias de Farias também conhecido como Abdias dos Oito Baixos, foi acordeonista, cantor, compositor e produtor musical brasileiro. Casado com a cantora Marinês.

Nascido em Taperoá, cidade do interior da Paraíba, que dista 217 quilômetros da capital do Estado, João Pessoa, Abdias era filho de Alípio Maria da Conceição e Cecília Maria de Farias. Aos 6 anos de idade já empunhava sua sanfona de 8 baixos contra a vontade do pai, que, convencido afinal, da precocidade musical do filho, começou a ministrar-lhe os primeiros ensinamentos.

Aos 12 anos, passou dos 8 baixos para o acordeom, ingressando como solista na Radio Difusora de Alagoas, onde conheceu Marinês, que viria a se tornar sua esposa e parceira na música. Depois de casados, formaram uma dupla, que ao percorrer vários estados, eis que um deles, em Sergipe, na cidade de Propriá, foram apreciados por ninguém menos que Luiz Gonzaga, que, na ocasião, convidou-os para integrarem sua comitiva.

Após um ano de excursões, Marinês atingiu o estrelado com o famoso grupo Marinês e Sua Gente, sendo que no meio dessa gente, estava o Abdias, que por modéstia, não havia gravado nada. Por insistência de Marinês Abdias resolveu seguir carreira solo com a sanfona de oito baixos, ficando conhecido como Abdias e Sua Sanfona de Oito Baixos.


Em 1957, participou do filme "Rico Ri à Toa", dirigido por Roberto Faria, acompanhando Marinês com sua sanfona de oito baixos, na música "Peba na Pimenta" (João do Vale, José Batista e Adelino Rivera). O filme foi estrelado por Zé Trindade e teve participações de atores como Silvinha Chiozo, Violeta Ferraz, Oswaldo Louzada e Zezé Macedo.

Em 1960, pela Columbia, Abdias gravou "Quadrilha no Arraiá" (Abdias) e "Roedeira Dor do Amor" (Ari Monteiro). No mesmo ano, Marinês gravou, de sua autoria e de Zaccarias, o xote "Nova Geração".

Em 1961, lançou de sua autoria "Pai Abdias no Forró" e "Pulando o Frevo".

Em 1962, gravou "Xique-Xique" (Reginaldo Alves), e "Catingueira" (João Silva e Oliveira Bastos).

Em 1963, passou a gravar na CBS, onde lançou "Forquedo de Viano" e "Bode Chinê", com arranjos de sua autoria. Gravou também "Fogosa" e "Besouro Mangangá", composições de Rosil Cavalcânti, e "Zé Pereira" e "O Abre-Alas" de Chiquinha Gonzaga. Ainda em 1963, Marinês e Sua Gente gravaram pela RCA Victor, de sua autoria e de João do Vale, a moda de roda "Balancero da Usina".


Entre seus LPs constam "Seus Sambas de Sucessos", "Revivendo Sucessos" e "Vou Nessa Leva", todos lançados pela gravadora Entre

Como produtor, atuou junto do Trio Nordestino, de Jackson do Pandeiro e de Marinês e Sua Gente. O cantor e compositor paraibano Vital Farias compôs, em 1982, em parceria com Livardo Alves, a música "Forrófunfá (Abdias dos Oito Baixos)" em sua homenagem, que participou da gravação, tocando o seu famoso fole de oito baixos.

Produziu discos de forró para a gravadora CBS, incluindo entre outros, o Coronel Ludugero.

Em 1995, teve uma coletânea lançada pela Sony.

Em 1998, a Polydisc lançou o CD "20 Super Sucessos", com o melhor de sua produção.

No LP "Meu Pai e a Sanfona", Abdias homenageou seu pai, considerado um dos maiores sanfoneiros de oito baixos do sertão da Paraíba.


Discografia

  • 1960 - Quadrilha no Arraiá / Roedeira Dor do Amor (Columbia, 78)
  • 1960 - Abdias no Forró (Columbia, LP)
  • 1960 - Deixa Comigo (Harmony, LP)
  • 1960 - Tarrabufado (Harmony, LP)
  • 1961 - Ensaio de São João / Forró de Chico Gato (Columbia, 78)
  • 1961 - Pai Abdias no Forró / Pulando o Frevo (Columbia, 78)
  • 1962 - Carraspana / Ramalho no Frevo (Columbia, 78)
  • 1962 - Festa Com 8 Baixos (Columbia, 78)
  • 1962 - Forró do Chico Gato / Rechaço do Brigé (Columbia, 78)
  • 1962 - Xique-Xique / Catingueira (Columbia, 78)
  • 1963 - Arrasta Pé / Abdias e Sua Sanfona de 8 Baixos (CBS, 78)
  • 1963 - Besouro Mangangá / Forró no Marruá (CBS, 78)
  • 1963 - Forgueto de Viano / Bode Chiné (CBS, 78)
  • 1963 - Rechaço de Brigué / Fogosa (CBS, 78)
  • 1963 - Zé Pereira / O Abre Alas / Beliscando (CBS, 78)
  • 1964 - Arrasta Pé No Surrão / Tocando Borá (CBS, 78)
  • 1965 - Sai do Sereno (CBS, LP)
  • 1966 - Forró Em Fim de Feira (CBS, LP)
  • 1967 - Segura o Pé de Bode (CBS, LP)
  • 1969 - Forró ao vivo (LP, CBS)
  • 1970 - Na Ginga do Merengue (CBS, LP)
  • 1970 - Um Oito Baixos Diferente (CBS, LP)
  • 1971 - Forró do Pé Rapado (CBS, LP)
  • 1971 - Oito Baixos Pra Frente (CBS, LP)
  • 1971 - Seus Sambas de Sucesso (CBS, LP)
  • 1972 - Isso é Importante (CBS, LP)
  • 1973 - Forroriando (CBS, LP)
  • 1973 - Revivendo Sucessos (Entre/CBS, LP)
  • 1974 - Tem Fuzuê (CBS, LP)
  • 1975 - Botão Variado (CBS, LP)
  • 1976 - Forrófunfá (CBS, LP)
  • 1977 - Vou Nessa Leva (CBS, LP)
  • 1978 - Um Oito Baixos Sem Patim (Uirapuru, LP)
  • 1979 - Questão de Honra (Uirapuru, LP)
  • 1980 - Do Jeito Que Meu Pai Tocava (Uirapuru, LP)
  • 1981 - Meu Pai e a Sanfona (Uirapuru, LP)
  • 1982 - No Ano da Copa, Cabana (Copacabana, LP)
  • 1983 - Como Antigamente (Copacabana, LP)
  • 1984 - Sanfoneiro Desde Menino (Copacabana, LP)
  • 1988 - Sua Majestade o 8 Baixos Com Abdias (Chantecler, LP)


Coletâneas

  • 1969 - As Melhores do Nordeste, Vol. 1 (CBS, LP) *
  • 1970 - As Melhores do Nordeste, Vol. 2 (CBS, LP) *
  • 1970 - Pau de Sebo, Vol. 4 (CBS, LP) *
  • 1971 - Pau de Sebo, Vol. 5 (CBS, LP) *
  • 1972 - Pau de Sebo, Vol. 6 (LP, CBS) *
  • 1976 - As 4 Melhores do Nordeste (EPIC, Compacto) *
  • 1978 - Pau de Sebo VIII (CBS, LP) *
  • 1988 - Você Gosta de Música Nordestina? (Tapecar, LP) *
  • S/D - O Melhor do Forró, Vol, 2 (Veleiro, LP) *

* Vários Artistas

Indicação: Miguel Sampaio

Paulo Monte

PAULO MONTE
(92 anos)
Ator, Apresentador, Dublador e Produtor

* (27/02/1921)
+ (13/02/2014)

Paulo Monte seguindo vocação artística dedicou-se ao canto. Começou sua carreira cantando, atuando então, nas rádios Mayrink Veiga, Cruzeiro do Sul e Educadora. Sua especialidade: músicas norte-americanas.

Logo após ingressou na orquestra de Carlos Machado participando dos shows dos antigos cassinos da Urca, Icaraí, Copacabana e Atlântico. Fez várias temporadas em Buenos Aires, tendo atuado na Rádio Belgrado.

Em 1945 viajou para os Estados Unidos, onde foi contratado pelo Copacabana Night Club de New York. Em seguida fez várias tournées com a orquestra dos Lecuona Cuban Boys, visitando 32 cidades norte-americanas. Desta feita divulgando a música popular brasileira.

Em 1946 cantando e apresentando shows, permaneceu durante oito meses nas cidades do México e Acapulco.

Em 1947 retornou aos Estados Unidos fixando-se na Califórnia, na cidade de Los Angeles. Ingressou na University Of Califórnia Letter And Arts (UCLA) fazendo um curso de arte dramática com a famosa atriz russa Maria Ouspenkaya. Completou o curso de fonética da língua inglesa na mesma universidade.

Integrou de 1956 a 1958 o elenco do Teatro Moinho de Ouro na TV Rio canal 13.

Em 1959 inaugurou a TV Continental, canal 9, na qualidade de ator, produtor, escritor e apresentador.

Em 1960 transferiu-se para a TV Tupi, canal 6, apresentando artistas internacionais como Les PaulMary Ford, Dorothy Dandridge, Julie  London e Sammy Davis Jr. Apresentou o programa "Qual é o Assunto?" e produziu e apresentou "Onde Está O Erro?".

Em 1961 foi eleito pelo O Globo, Radiolândia, Cinelândia e Rádio Globo, o melhor animador do ano, produzindo e apresentando nos canais 6 e 13 os seguintes programas: "A Grande Canastra Royal", "Sua Majestade o Cartaz" e "É Pra Cabeça".

Em 1962 apresentou na TV Rio, canal 13, o programa "Estampas Eucalol". Produziu e apresentou o programa "Cheque Mate Matinal".

Paulo Monte (Foto: Memória Globo)
Entre 1963 e 1964 produziu e apresentou na TV Excelsior de São Paulo o programa infantil "Brincando na Floresta". Na TV Excelsior do Rio de Janeiro, o programa "Bambino". Na TV Tupi, canal 6, apresentou os programas diurnos "Cássio Muniz" e "Ultralar".

Concomitantemente pertenceu ao quadro de funcionários da Itapetininga Propaganda - Departamento de Rádio e Televisão.

Em 1965 inaugurou a TV Globo, canal 4, sendo contratado  na qualidade de apresentador, ator e produtor.

Em 1967 viajou aos Estados Unidos para atualização e ampliação de conhecimentos dos meios de propaganda, na rádio e TV americana. Na TV Tupi apresentou, produziu e dirigiu os seguintes programas: "Programa Paulo Monte", "Notas e Notas", "O Contador de Estórias" e "Torneio Inter Colegial".

Em 1968 produziu e apresentou na TV Rio o programa "Toque Para Ganhar".

Em 1970 apresentou, produziu e dirigiu na TV Rio o programa "Cidade Em Ritmo". Nesse programa lançou o concurso "O Brasil é Assim", com a colaboração da assessoria especial de relações públicas da presidência da república no Estado da Guanabara e do jornal Última Hora.

Em janeiro de 1971 criou uma série de programas para a TV intitulado "Qual é o Problema?" focalizando problemas integrados ao interesse popular. "Qual é o Problema?" foi transmitido pela TV Rio, às sextas-feiras, no horário das 23:00 hs e alcançou ampla receptividade perante o público telespectador.

Em 1973 foi relações públicas da Riotur.

Em 1974 recebeu o diploma de Consultor Técnico de Turismo do Estado do Rio de Janeiro, outorgado pela Riotur, presidente Victor Pinheiro, e Flumitur, presidente Pedro Affonso Mibieli de Carvalho.

De 1983 a 1990 foi relações públicas da Linhas Aéreas Suíças (Swissair). Nesta empresa recebeu, em 1987, em Zurique, o prêmio de melhor relações públicas do mundo, entre os 35 relações públicas da Swissair espalhados pelo mundo. Vale destacar, também, que foi a primeira vez em que a empresa conferiu esse prêmio.

De 1984 a 1986 foi assessor chefe da Assessoria de Comunicação da Riotur e presidente da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo do Estado do Rio de Janeiro, reeleito para 1986/1988.

Paulo Monte e Virgínia Lane (Foto: Memória Globo)
Jubileu de Prata

Em 1971 lançou, na antiga TV Rio, o programa "Show de Turismo", divulgando o que há de mais significativo no turismo nacional e internacional.

Em janeiro de 1978, "Show de Turismo" estreou na TV Bandeirantes, canal 7, onde no dia 08/07/1996 comemorou o recorde de 25 anos de apresentações ininterruptas. "Show de Turismo", programa pioneiro e único no gênero a atingir essa longevidade na televisão brasileira.

As últimas apresentações do "Show de Turismo" foram na TV Bandeirantes do Rio de Janeiro. A atração contava com a participação das jornalistas Sônia Monte, sua esposa, e Adriana Azevedo.


Estados Unidos


Em Hollywood participou dos seguintes filmes:
  • Road to Marroco, Road to Rio (Paramount)
  • The Indian (Republic Pictures)
  • Thrill Of Brasil (Columbia Pictures)
  • Song Of The Thin Man (Metro Goldwynn Mayer)
  • We Were Strangers (Columbia Pictures)

Contratos com a Columbia Pictures, Paramount e Metro-Goldwyn-Mayer. Estágio na Columbia Broadcasting System (CBS) rádio e televisão.

Teatro:
  • Diamond Lil (Broadway)

Brasil

Cinema:
  • Sai de Baixo (Herbert Richers)
  • Gigante de Pedra (São Paulo)

Teatro (Peças em que atuou em papéis principais):
  • Helena Fechou a Porta
  • A Morte Do Caixeiro Viajante
  • Papai Lebonard
  • O Diálogo Das Carmelitas
  • Aconteceu Naquela Noite
  • É Preciso Viver
  • Sabrina
  • A Rainha Do Ferro Velho
  • Timbirá
  • Um Deus Dormiu Lá Em Casa
  • Duelo De Amor
  • Brasileiros Em Nova York

Rádio (Produção, Script e Locução):
  • Assim é Hollywood (Rádio Jornal do Brasil)
  • Rodando Com a Música (Rádio Eldorado)
  • Quem Manda é o Cliente (Rádio Eldorado)
  • Sinceramente Seu (Rádio Eldorado)

Televisão Programas:
  • Manoel de Nóbrega
  • Tele Teatro Continental
  • O Câmera Se Diverte

Programas (Como apresentador):
  • Festa Em Casa
  • Os Maiores Espetáculos Do Globo
  • Terra De Nossa Gente
  • Entrevistas Políticas
  • Bairro Feliz

Novelas (Como ator):
  • Um Rosto De Mulher
  • Amargo Verão


Foi criador do programa "Tele-cace", obra beneficente de Dona Stela Marinho.

Também trabalhou durante vários anos dublando filmes americanos para a Cine Castro.

Fonte: Cine e Magia, Band.com.br e Sônia Monte Assessoria, Produções, Cerimonial, Jornalismo e Turismo
Indicação: Miguel Sampaio