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Robson Jorge

ROBSON JORGE
(39 anos)
Arranjador, Compositor e  Instrumentista

* Rio de Janeiro, RJ (23/04/1954)
+ Rio de Janeiro, RJ (19/12/1993)

Robson Jorge foi um músico brasileiro, que se notabilizou pela parceria com Lincoln Olivetti.

Começou na música com um violão que pertencia ao irmão, aos 11 anos. Aos 15, já tocava em bailes, após passagem pelo Instituto Villa-Lobos.

Em meados da década de 1970, conheceu Lincoln Olivetti, com quem viria a ter uma intensa parceria, compondo ao violão, na guitarra e nos teclados, músicas próprias e arranjos para outros artistas, o que lhe deu fama e dinheiro, mas também muitas críticas.

Com Lincoln Olivetti gravou um LP, em 1982, registrando a parceria nas faixas "Alegrias", "Aleluia", "Fã Sustenido", "Festa braba", "Ginga", "Jorgea Corisco", "No Bom Sentido", "Pret-à-porter", "Squash", "Zé Piolho" e "Eva".

Robson Jorge assinou, com Lincoln Olivetti vários arranjos para trabalhos de outros artistas.  

Na década de 1980, Robson Jorge teve problemas com o alcoolismo, morrendo esquecido e afastado do meio musical no início da década seguinte.

Discografia

  • 1976 - Compacto (A: Tudo Bem  /  B: Penso Em Dizer Que Te Amo)
  • 1977 - Robson Jorge
  • 1982 - Robson Jorge e Lincoln Olivetti (Som Livre)
  • 1983 - Robson Jorge & Lincoln Olivetti - Babilônia Rock (Compacto)

Magro

ANTÔNIO JOSÉ WAGHABI FILHO
(68 anos)
Cantor, Instrumentista, Arranjador e Compositor.

*  Itaocara, RJ (14/11/1943) 
+  São Paulo, SP (08/08/2012)

Antônio José Waghabi Filho, mais conhecido como Magro, foi um cantor, vocalista e arranjador musical do grupo MPB-4, o qual integrava desde a sua formação.

O fascínio pela música desde criança fez com que Magro tivesse contato com vários instrumentos, como o piano, o violão, o tambor e a clarineta. Participou da Sociedade Musical Patápio Silva, famoso flautista brasileiro, também natural de Itaocara.

Iniciou seus estudos de piano com Pepita Machado, em sua cidade natal, onde fez parte, como segundo clarinetista, da banda de música Sociedade Musical Patápio Silva. Em 1959, mudou-se para Niterói, RJ. Estudou com Eumir Deodato e Guerra Peixe (teoria musical), Isaac Karabtchevsky (regência) e Vilma Graça (solfejo), além de ter recebido orientação na prática de arranjos instrumentais com o maestro Lindolpho Gaya.


Iniciou sua carreira profissional em 1960, como vibrafonista do conjunto de bailes Praia Grande, com o qual atuou durante dois anos.

Em 1963, fundou, juntamente com Milton Lima dos Santos Filho, Ruy Alexandre Faria e Aquiles Rique Reis, do grupo MPB-4, que ingressou no cenário artístico com o nome de Quarteto do CPC, alterado, no ano seguinte, para MPB-4, em função da extinção dos Centros Populares de Cultura.

Inicialmente atuando como vocalista, instrumentista e arranjador vocal, a partir do segundo LP do grupo passou a assinar, também, os arranjos instrumentais.

Os lançamentos dos primeiros LPs tiveram a direção musical do maestro Lindolpho Gaya. Posteriormente, Magro assume os arranjos das músicas produzidas nos próximos discos. Percebe-se que o grupo desenvolve técnicas vocais sofisticadas, especialmente no posicionamento das vozes em algumas músicas, como "Chão, Pó, Poeira", em que os quatro cantam em ordem inversa às posições vocais de cada um.

MPB-4
Paralelamente à sua atuação com o  MPB-4, foi responsável, também, por arranjos e orquestrações para discos de outros artistas, como Chico Buarque, "Chico Buarque de Holanda, Volume 2" e "Construção", Toquinho & Vinicius, Tunay e Simone, entre outros.

Entre seus trabalhos mais reconhecidos, destacam-se os arranjos vocais para as canções "Lamentos" (Pixinguinha e Vinicius de Moraes), com MPB-4, "Roda Viva" (Chico Buarque), classificada em 3º lugar no III Festival de Música Popular Brasileira da TV Record, e registrada em disco pelo compositor, "Cálice" (Gilberto Gil e Chico Buarque), com Chico Buarque, Milton Nascimento e MPB-4, e "Cio da Terra" (Chico Buarque e Milton Nascimento), com MPB-4 e Quarteto em Cy.

Como compositor, é preponderantemente letrista, exceção feita a "Parceria em Marcha Lenta", para a qual compôs a música sobre letra de Luiz Fernando Veríssimo.

Morte

Magro morreu aos 68 anos, na manhã de quarta-feira, 08/08/2012, em São Paulo, onde estava internado em decorrência de um  câncer de próstata que lutava há 10 anos, já diagnosticado com metástase. O cantor estava internado desde a sexta-feira, dia 03/08/2012. A informação foi confirmada no site oficial do grupo: "Com ele vai junto uma parte considerável do vocal brasileiro".

A última apresentação do compositor e instrumentista com o grupo foi no dia 08/06/2012. O velório acontecerá na Beneficência Portuguesa de São Paulo, no bairro de Paraíso, zona sul de São Paulo, e quinta-feira, dia 09/08/2012, o corpo será cremado no Cemitério da Vila Alpina, na zona leste.

Nelson Jacobina

NELSON JACOBINA ROCHA PIRES
(58 anos)
Compositor, Violinista, Guitarrista e Arranjador

☼ Rio de Janeiro, RJ (1953)
┼ Rio de Janeiro, RJ (31/05/2012)

Nelson Jacobina foi um compositor, instrumentista e arranjador nascido no Rio de Janeiro em 1953. Nelson Jacobina foi um dos parceiros mais frequentes e profícuos de Jorge Mautner.

Na década de 1970, integrou a Banda Atômica, com Jorge Mautner, Vinícius Cantuária e Arnaldo Brandão. Desde aquela época, vinha se apresentando frequentemente nos shows e gravações de Jorge Mautner, com quem compôs vários sucessos, como "Maracatu Atômico", gravado por Gilberto Gil, e "Lágrimas Negras", gravado por Gal Costa.

No final da década de 1980, lançou o álbum "Árvore da Vida", com Jorge Mautner. Ainda em parceria com Jorge Mautner, participou dos songbooks de Gilberto Gil, "Andar Com Fé", e Dorival Caymmi , "Balaio Grande".

Suas composições foram gravadas por Gal Costa, Leo Gandelman, Gilberto Gil, Milton Banana, Chico Science e Nação Zumbi, Amelinha, César Camargo Mariano e, claro, Jorge Mautner.

Nelson Jacobina nos últimos anos, integrou a big band Orquestra Imperial.

A Orquestra Imperial tem acompanhado várias revelações da Música Popular Brasileira, como Moreno Veloso, Nina Becker, Thalma de Freitas e Alexandre Kassin. Um mês antes de Nelson Jacobina morrer, a banda havia terminado a gravação do segundo álbum de estúdio.

Nelson Jacobina e Jorge Mautner
Morte

Nelson Jacobina morreu no Hospital Pró-Cardíaco, no Rio de Janeiro, RJ, às 6h58 do dia 31/05/2012, aos 58 anos. Ele estava internado haviam 4 dias depois de ter passado mal em uma viagem. Ele estava respirando com ajuda de aparelhos.

Há 15 anos, Nelson Jacobina descobriu um tumor na Glândula Parótida. Depois de diversos tratamentos, a doença foi dada como curada. Em 2010, o câncer voltou e se espalhou pelo corpo, afetando principalmente os pulmões do músico.
 
Fonte:  Wikipédia e Exame

Piska

CARLOS ROBERTO PIAZZOLI
(60 anos)
Instrumentista, Arranjador e Compositor

* (1951)
+ São Paulo, SP (30/12/2011)

Carlos Roberto Piazzoli mais conhecido como Piska, foi um guitarrista, arranjador e compositor brasileiro. Autodidata, começou cedo o seu contato com a música. Aprendeu a tocar baixo, teclados e, por fim, adotou a guitarra como instrumento. Piska foi considerado um dos maiores compositores de sucesso. Embora seu nome fosse desconhecido do público, suas músicas fizeram enorme sucesso, especialmente nas vozes das duplas sertanejas.

Paulistano, filho de um músico de quem ficou órfão cedo, seu pai foi violonista que durante muito tempo atuou na noite. Nos anos 70, fez parte de diversos grupos de rock, entre os quais, Joelho de Porco e Casa das Máquinas, atuando como guitarrista. Tocou ainda com o grupo Novos Incríveis.

No fim dos anos 70, disposto a mudar de estilo, foi para o Rio de Janeiro onde começou a conhecer diversos nomes ligados a MPB. Passou a apresentar-se como guitarrista, acompanhando nomes como Gal Costa, Zizi Possi, Caetano Veloso e Marina Lima realizando shows por todo o Brasil e, mais recentemente, com KLB. No primeiro disco do trio, de 2000, foi autor de sete das 13 músicas gravadas. Fez uma grande turnê com o cantor Ney Matogrosso, na qual percorreu diversos países, entre os quais França, Portugal, Suécia, Montreux e América Latina.

Gravou com Elis Regina o disco Trem Azul. Esteve ligado ao estilo MPB de 1977 até 1989, quando mudou novamente para São Paulo, disposto a seguir novos rumos em sua carreira e trabalhar com a música sertaneja. Por essa época conheceu o compositor e produtor César Augusto, que o convidou para fazer as produções e os arranjos da faixa Eu Juro, de Leandro e Leonardo, e que foi seu primeiro trabalho na música sertaneja.

Piska e KLB
Em 1977, como integrante do conjunto Casa das Máquinas, teve o nome envolvido na morte de um cinegrafista da TV Record, agredido por membros do grupo após uma briga em frente à emissora. Foi absolvido em dois julgamentos na década de 80.

Em 1993, foi um dos arranjadores e regentes do CD lançado pela dupla Chrystian e Ralf e que incluiu ainda suas composções Louco Por Ela e É Desse Jeito Que a Gente Se Ama, ambas com Eduardo e Adriano, e Loucura Demais, Menina e Pra Ficar Com Você, as três com César Augusto. No mesmo ano, fez os arranjos e a regência nas faixas Mais Uma Vez Comigo, Olhos de Lua e Mais do Que Eu, no terceiro disco da dupla Zezé di Camargo e Luciano, que incluiu ainda sua composição Mais do Que Eu, parceria com Eduardo e Adriano.

Em 1995, a dupla Chitãozinho e Xororó gravou a composição Bandido é o Coração, de sua autoria e César Augusto. Em 1998, a mesma dupla gravou Casa e Comida, com César Augusto e Xororó. Entre outros, teve composições gravadas por Leandro e Leonardo, Amores São Coisas da Vida e Dor de Amor Não Tem Jeito, ambas em parceria com César Augusto. Trabalhou nos discos de Zezé di Camargo e Luciano e João Paulo e Daniel.

Em 1999, trabalhou nos discos de Guilherme e Santiago, André e Adriano e Cleiton e Camargo.

Atraído pela música sertaneja, resolveu fazer uma fusão com o pop/rock. Tem como marca registrada em seus arranjos as guitarras roqueiras e pesadas.

Piska e o músico Renato Suski (Foto: Renato Suski)
Em 1999, montou um estúdio de gravação para novos valores e, a partir daí, começou a lançar o selo Piska Records.

Em 2001 foi um dos recordistas em músicas executadas segundo o ECAD. Em 2002, teve a sua música, Um Bom Perdedor, com César Augusto, gravada pela dupla Bruno e Marrone, no CD/DVD Acústico ao Vivo, lançado pela Sony/BMG.

Em 2009, teve a sua música, Dor de Amor Não Tem Jeito, com César Augusto, gravada pelo cantor Leonardo, no CD/DVD Esse Alguém Sou Eu, lançado pela Universal Music.

Segundo a família, sua composição favorita era Minha Estrela Perdida, gravada pelo cantor Daniel.

Há 13 anos, decidiu ir morar na Praia Grande, onde teve um estúdio. Havia se afastado do trabalho por causa da saúde. Portador de hepatite, estava na fila do transplante, que não chegou a realizar.

Morreu na sexta-feira (30/12/2011), aos 60, de Falência Múltipla dos Órgãos, decorrente de problemas hepáticos que já o acompanhavam há dois anos. Deixou duas filhas e muito material inédito, conta a família.

Fonte: Folha.com, Dicionário Cravo Albin da MPB e Ligeirinho do Rádio.
Fonte Fotográfica: Romildo Pereira e Renato Suski

Lindolpho Gaya

LINDOLPHO GOMES GAYA
(66 anos)
Instrumentista, Arranjador, Compositor e Maestro

* Itararé, SP (06/05/1921)
+ Curitiba, PR (15/09/1987)

Começou a aprender piano com sete anos de idade, só se profissionalizando como músico em 1942. Estudou no Colégio Franco-Brasileiro, de São Paulo.

A partir de 1942, no Rio de Janeiro, passou a atuar como pianista em programas de calouros na então Rádio Transmissora, passando para a Orquestra de Chiquinho na Rádio Clube e depois para a Rádio Tupi, onde conheceu a cantora Stellinha Egg, com quem se casou em 1945.

Para a RCA Victor e Odeon, realizou durante 15 anos arranjos e orquestrações, destacando-se na música popular brasileira.

Com os arranjos de O Vento e O Mar (ambos de Dorival Caymmi), interpretados por Stellinha Egg, recebeu o prêmio Melhor Disco do Ano, que possibilitou ao casal uma temporada artística pela Europa em 1955.

Em Varsóvia, Polônia, regeu a orquestra filarmônica, recebendo a medalha de ouro do governo polonês, e atuou como juiz em congresso folclórico apresentado na Festa da Juventude. Em Moscou, regeu a Grande Orquestra do Teatro Strada, participando do filme Folclore de Cinco Países, de Alexandrov, no qual tocou chorinhos de sua autoria. Na França, foi diretor musical do filme Bela Aventura, com Stellinha Egg, sobre temas e motivos brasileiros.

Fixando residência em Paris, onde trabalhou para a organização de gravações de Ray Ventura, fez arranjos para gravações de músicas brasileiras e sul-americanas. Orquestrou para uma gravadora francesa o LP Chants Folkloriques Breseliens, sobre temas brasileiros, interpretados por Stellinha Egg.

De volta ao Brasil, compôs músicas e fez arranjos para histórias infantis, com os seguintes LPs: João e Maria, O Gato de Botas, A Moura Torta, A Galinha dos Ovos de Ouro, Branca de Neve e O Pequeno Polegar. Ainda na RCA Victor lançou os LPs Em Tempo de Dança (dois volumes), para órgão e pequeno conjunto.

Sua passagem para a Odeon deu-se quando a Bossa Nova começava a tomar forma: fez os arranjos para o histórico LP Amor de Gente Moça, de Sylvia Telles. Gravou ainda vários LPs pela Odeon, onde se destaca Dança Moderna com sua orquestra, tocando músicas tradicionais brasileiras, tais como Rosa Morena (Dorival Caymmi) e Grau Dez (Lamartine Babo/Ary Barroso).

Em 1965 compôs as músicas do show Rio de Quatrocentos Janeiros, apresentado no grill-room do Copacabana Palace Hotel, do Rio de Janeiro, recebendo o Prêmio Euterpe 65. A música foi registrada em LP comemorativo do IV centenário da cidade.

No ano seguinte, participou do júri que selecionou as 36 finalistas do I Festival Internacional da Canção, da TV Rio, do Rio de Janeiro, fazendo os arranjos e regendo boa parte delas, e criou o desenho rítmico da canção Saveiros (Dori Caymmi/Nelson Motta), que obteve o primeiro lugar na fase nacional e o segundo na internacional. Lançou pela Philips o LP O Grande Festival, com as músicas do certame, tendo recebido o Galo de Ouro pela sua atuação como arranjador e maestro.

Apresentou na TV Rio e depois na TV Continental, um programa popular com Stellinha Egg, entremeando canções e filmes sobre o Brasil. Dirigiu shows de Elizeth Cardoso e Amália Rodrigues, no Canecão do Rio de Janeiro.

Fonte: Cifra Antiga

Hekel Tavares

HEKEL TAVARES
(73 anos)
Compositor, Maestro e Arranjador

☼ Satuba, AL (16/06/1896)
┼ Rio de Janeiro, RJ (08/08/1969)

Hekel Tavares foi um compositor, maestro e arranjador brasileiro nascido em Satuba, AL, no dia 16/06/1896.

Hekel Tavares estudou piano com uma tia e, ainda criança, aprendeu harmônica e cavaquinho, mas sua maior paixão era a música popular, principalmente a que vinha dos cantadores de desafios e dos reisados.

Foi para o Rio de Janeiro em 1921 e lá começou a estudar Orquestração com o maestro J. Otaviano.

Ao lado de Waldemar Henrique da Costa Pereira, Marcelo Tupinambá e Henrique Vogeler, sob a influência nacionalista da Semana de Arte Moderna (1922), criou um tipo de música situado na fronteira do erudito e do popular.

Iniciou-se profissionalmente como compositor de Teatro de Revista, fazendo em 1926 a música para a peça carnavalesca "Está na Hora", de Goulart de Andrade, levada no Teatro Glória. Ainda em 1926 apareceu regendo uma orquestra na revista "Plus-Ultra", no mesmo teatro.

Sua primeira composição de sucesso foi "Suçuarana" (Hekel TavaresLuiz Peixoto), lançada em 1927.

Em 1927, para o Teatro de Brinquedo, idealizado por Álvaro Moreyra e outros, que funcionava no subsolo do Teatro Cassino Beira-Mar, musicou a peça de estréia, sendo também o pianista desse espetáculo e de outros que se seguiram. Essa experiência de teatro ligeiro e elegante teve pouca duração, pois era ainda muito reduzido o público de alta classe média, para o qual eram dirigidos os espetáculos.


Assim, ainda em 1927, o compositor se viu na contingência de voltar às revistas mais populares dos teatros da Praça Tiradentes e foi também em uma parceria com o compositor Luiz Peixoto seu maior êxito popular com a música "Casa de Caboclo" gravada por Gastão Formenti na gravadora Parlophon em 1928. No mesmo ano de 1928, Patrício Teixeira gravou "Eu Ri da Lagartixa", também lançada na Parlophon.

No início da década de 30, Hekel Tavares compôs com muitos parceiros entre os quais Joraci Camargo com quem fez "Favela e Leilão", com Ascenso Ferreira "Chove!… Chuva!…", com Álvaro Moreyra "Bahia", com Murilo Araújo Banzo e com Luís Peixoto as músicas "Na Minha Terra Tem" e "Felicidade".

Em 1933, Jorge Fernandes registrou "O Que Eu Queria Dizer Ao Teu Ouvido" (Hekel Tavares e Mendonça Júnior) e "Guacyra" (Hekel Tavares e Joraci Camargo) pela gravadora Odeon.

Lançou sua primeira composição erudita, "André de Leão e o Demônio de Cabelo Encarnado", tendo como base um poema de Cassiano Ricardo em 1935.

Jorge Fernandes gravou "Caboclo Bom", música composta em parceria com Raul Pederneiras, em 1942, pela gravadora Columbia.

Autor de mais de 100 músicas, de 1949 a 1953 percorreu quase todo o Brasil, em missão especial do então Ministério da Educação e Saúde Pública, pesquisando motivos folclóricos que utilizaria em diversas obras, como no poema sinfônico "O Anhangüera", canção com argumento de sua esposa, Marta Dutra Tavares, e poemas de Murilo Araújo, e também, toadas sertanejas, maracatus, fox-trot.


Fez com o ritmo alagoano coco obras sinfônicas, peças clássicas como o "Concerto Para Piano" e "Orquestra em Formas Brasileiras", obras para piano e violino, coro misto, solistas e coros infantis entre outros motivos folclóricos e regionais, tais como: "Engenho Novo" e "Bia-tá-tá".

Ainda com o material obtido na viagem, em 1955 fez "Oração do Guerreiro", para baixo profundo. Compôs ainda o "Concerto, Para Piano e Orquestra", "Concerto em Formas Brasileiras", para violino e orquestra, "O Sapo Dourado" "A Lenda do Gaúcho", fantasias infantis.

Deixou inacabados: "Rapsódia Nordestina" e "Fantasia Brasileira", ambas para piano e orquestra, e o drama folclórico "Palmares".

Mas Hekel Tavares, pessoa tão importante no cenário musical do inicio do século passado, acabou passando despercebido pela maioria por causa da retirada da educação musical das escolas em 1960, motivo pelo qual infelizmente nós brasileiros ficamos a mercê de uma formação musical totalmente influenciada pelo mercado discográfico, ou seja, condenados a alienação de ouvir as últimas sensações do momento.

Ficam assim desconhecidos os bons e importantes músicos que fizeram o brilhante passado da nossa música, e é justamente por conta disso que não chegam aos nossos ouvidos músicas tão boas quanto às do célebre maestro alagoano Hekel Tavares.

É creditada a Hekel Tavares a autoria da famosa música "As Penas do Tiê", que foi motivo de batalha judicial com o cantor Raimundo Fagner.

Fonte: Wikipédia

Abel Ferreira

ABEL FERREIRA
(65 anos)
Instrumentista, Arranjador e Compositor

* Coromandel, MG (15/02/1915)
+ Rio de Janeiro, RJ (13/04/1980)

Abel Ferreira foi autodidata, e não apenas na música, pois a família impediu seus estudos, obrigando-o a trabalhar desde pequeno em diversos ofícios. Tanto a escolaridade quanto a educação musical vieram às escondidas. O aprendizado da música nasceu do estímulo de escutar a banda filarmônica de sua cidade.

Há registros de que aos cinco anos tocava gaita e aos sete flauta de bambu. Aos 12 anos, depois de ter-se iniciado por conta própria em teoria musical através de um método da década de 1920 chamado "Artinha", experimentou pela primeira vez uma clarineta de 13 chaves, sob a orientação de um obscuro professor de Coromandel, de nome Hipácio Gomes.

"Esparramei os dedos do menino no instrumento", comentou Hipácio Gomes, 30 anos mais tarde. Abel Ferreira não teve nenhum outro professor de música, nem antes, nem depois.

O contato com o saxofone veio aos 15 anos de idade. Conta-se que, sabendo da existência de um sax alto numa outra cidade de Minas Gerais, Abel Ferreira viajou horas de trem apenas para conhecer o instrumento, que nunca havia visto. Aprendeu sozinho. Embora intuitivo, Abel Ferreira tinha ouvido absoluto e aprendeu a escrever música, dominava a teoria musical, fazia arranjos e tocava piano.


O fato é que Abel Ferreira trouxe a música dentro de si e dela não mais se separou. Nem de seu instrumento, o clarinete, que carregava para todo lado, lembrando os tempos de moleque em que desmontava peça por peça para tê-lo sempre nos bolsos.

Aos doze estreou na banda de sua cidade e mais tarde começou a se destacar nas orquestras que tocava.

Aos 17 mudou-se para Belo Horizonte e passou a tocar sax alto e tenor, apresentando-se na Rádio Guarani. Tendo passado por Belo Horizonte e Uberaba, foi aconselhado depois pelo maestro Gaó a seguir para São Paulo, onde conseguiu finalmente se profissionalizar.

Em 1935 foi para São Paulo, ingressando na orquestra de Maurício Cascapera. Em seguida mudou-se para Uberaba, onde se tornou diretor artístico da emissora de rádio local. Nessa época participou de um show em Poços de Caldas, em que acompanhou as irmãs Carmen Miranda e Aurora Miranda.

De volta a Belo Horizonte, tocou em 1937 com J. França e Sua Banda. Com o mesmo grupo apresentou-se em São Paulo, em 1940, e mais tarde com Pinheirinho e seu Regional, na Rádio Tupi paulistana. Gravou suas primeiras composições, o choro "Chorando Baixinho", em solo de clarineta, e a valsa "Vânia", em solo de saxofone, em 1942, na Columbia de São Paulo, com o acompanhamento de Pinheirinho e seu Regional.

Abel Ferreira e Ademilde Fonseca
No ano seguinte foi para o Rio de Janeiro onde passou a tocar com Ferreira Filho e sua Orquestra, no Cassino da Urca, lançando em 1944 uma nova gravação de suas primeiras composições, dessa vez com Claudionor Cruz e seu Regional. Em 1945 e 1946 tocou, respectivamente, nas orquestras de Vicente Paiva e Benê Nunes, apresentando-se em cassinos e na Rádio Globo. Fez duetos memoráveis com Zé da Velha e com Pixinguinha, com quem gravou "Ingênuo" em 1958.

Com esses conjuntos musicais, e com o seu grupo, formado em 1947, acompanhou vários cantores importantes da época, como Sílvio Caldas, Francisco Alves, Augusto Calheiros, Orlando Silva, Marlene, Emilinha Borba e outros.

Em 1949 ingressou na Rádio Nacional, onde passou a se apresentar como líder da Turma do Sereno. Tocou no mesmo ano com Ruy Rey e sua Orquestra, gravando na Todamérica seu choro "Acariciando" (Abel FerreiraLourival Faisal). Com Paulo Tapajós, seu companheiro na Rádio Nacional, formou em 1952 a Escola de Ritmos, que viajou por todo o Brasil.

Viajou em 1957 com seu conjunto em tournée por Portugal e em 1958 integrou o grupo Os Brasileiros, do qual também participavam Shuca, Trio Irakitan, Dimas, Pernambuco e o maestro Guio de Morais, em excursão de divulgação de música brasileira em vários países europeus, gravando ainda o LP "Os Brasileiros na Europa". Viajou pelos Estados Unidos, inclusive Hawaii, com o pianista Benê Nunes, em 1960, e pela Argentina com Waldir Azevedo, em 1961.

Abel Ferreira e Ademilde Fonseca
Voltou à Europa em 1964-1965, gravando nesse último ano o disco "Abel Ferreira e Sua Turma". Visitou a União Soviética e outros países europeus em 1968.

Na década de 1970, principalmente a partir do lançamento do LP "Pra Seu Governo", de Beth Carvalho, na gravadora Tapecar, tornou-se um dos músicos mais requisitados em gravações e shows, como acompanhante, no sax e na clarineta.

Legítimo herdeiro da categoria do clarinetista Luís Americano, aposentou-se no rádio em 1971, tendo durante esses anos composto vários choros que se incorporaram aos clássicos instrumentais: "Doce Melodia" é um exemplo.

Com a redescoberta do choro e a criação do Clube do Choro, no Rio de Janeiro, em meados de 1975, voltou à atividade, passando a apresentar-se, ao lado de Raul de Barros e Copinha em vários shows de teatro.

Nas contas do próprio Abel Ferreira, compôs mais de cinquenta músicas, entre elas "Acariciando", "Luar de Coromandel" e "Chorinho do Suvaco de Cobra". Viajou o mundo todo e até seus últimos anos de vida continuou soprando o instrumento, em shows com Copinha e Raul de Barros


Quando morreu, em 1980, era considerado o mestre maior da clarineta brasileira. Luís Americano, desaparecido 20 anos antes, havia deixado poucas gravações de boa qualidade, e no final da vida o vigor de seu sopro já não era o mesmo. Abel Ferreira era soberano, e encantou jovens platéias pelo Brasil quando excursionou, junto com Ademilde Fonseca, no Projeto Pixinguinha, em 1976.

Tão importante quanto o intérprete é o Abel Ferreira compositor. Algumas de suas invenções, muitas vezes transpassadas por uma melancolia que lhes imprime um caráter intimista, tornaram-se clássicos. "Acariciando", "Doce Melodia", "Levanta Poeira", "Chorinho do Sovaco de Cobra" e, principalmente, "Chorando Baixinho", são melodias de tal forma identificadas com a alma musical brasileira que não há quem não se encante ao ouvi-las, pela enésima vez, numa roda de choro.

Abel Ferreira tem algumas gravações lançadas em CD, onde se encontram diversas versões de seus maiores sucessos. "Brasil, Sax e Clarineta" (Discos Marcus Pereira), de 1976, tornou-se um de seus trabalhos mais premiados. Há também gravações coletivas antológicas, com Arthur Moreira Lima e o Época de Ouro, e o excelente "Chorando na Praça" com Paulo MouraCopinha, Zé da Velha, Joel Nascimento e Waldir Azevedo.

Abel Ferreira, mineiro de alma derramada como o luar de sua Coromandel, que homenageou numa valsa, é daqueles transmitem a boa sensação de permanência da música brasileira. Chorando baixinho, para sempre.

Discografia

  • 1942 - Chorando Baixinho / Vânia (Columbia)
  • 1943 - Haroldo no Choro / Sururu no Galinheiro (Columbia)
  • 1950 - Polquinha Mineira / Doce Melodia (Todamerica)
  • 1951 - Galo Garnizé / Chorinho ao Luar (Todamérica)
  • 1951 - Minha Vida / Balança Mas Não Cai (Todamérica)
  • 1951 - Baião no Deserto / Chorinho do Bruno (Continental)
  • 1952 - Sonho Negro / Tristesse - Opus 10 Nº 3 (Todamérica)
  • 1952 - Indiferença / Mexidinho (Todamérica)
  • 1953 - Uma Noite em São Borja / Baiãozinho Bom
  • 1953 - Louco de Amor / Chorando Baixinho (Todamérica)
  • 1953 - O Avião / Melancolia (Todamérica)
  • 1954 - Menezes no Choro / Sai da Frente (Todamérica)
  • 1954 - Jantar Dançante (Copacabana)
  • 1955 - Constantemente / Acariciando (Todamérica)
  • 1955 - No Tempo do Cabaré (Copacabana)
  • 1956 - Doce Mentira / Barco Veleiro (Continental)
  • 1956 - Aquela Noite / Imperial (Continental)
  • 1956 - Coração em Férias / Saudade Gostosa (Todamérica)
  • 1958 - Jantar Dançante - Abel Ferreira e seu Conjunto (Copacabana)
  • 1959 - Recado / Lamento (Copacabana)
  • 1962 - Chorando Baixinho - Abel Ferreira e seu Conjunto (Odeon)
  • 1964 - Abel Ferreira e a Turma do Sereno (Odeon)
  • 1976 - Brasil, Sax e Clarineta (Discos Marcus Pereira)
  • 1977 - Choro na Praça
  • 1977 - Abel Ferreira e Filhos (Discos Marcus Pereira)
  • 1978 - Abel Ferreira e seu Conjunto (RGE)
  • 1979 - Chorando Baixinho - Um Encontro Histórico

Fonte: Wikipédia

Moacir Santos

MOACIR JOSÉ DOS SANTOS
(80 anos)
Professor, Arranjador, Compositor, Maestro e Instrumentista

* Vila Bela, PE (26/07/1926)
+ Los Angeles, EUA (06/08/2006)

Moacir Santos é considerado pelos críticos e pesquisadores musicais como um dos principais arranjadores e compositores brasileiros, aquele que renovou a linguagem da harmonia no país.

Nasceu em uma família simples no sertão de Pernambuco e antes de completar dois anos de idade foi morar com a mãe Julita e os 3 irmãos em Flores do Pajeú. Um ano depois, ficou órfão e foi adotado pela madrinha Corina, passando a viver, mais tarde, com a tutora Ana Lúcio.

Desde cedo, sua brincadeira preferida era a de imitar, com outros meninos, a banda de música de sua cidade. Improvisava a brincadeira utilizando-se de latinhas e pífanos. Presente em todos os ensaios da banda, foi eleito vigia, com a função de evitar que as crianças mexessem nos instrumentos e com o direito de experimentá-los. Sua inclinação para a música era tão forte que os músicos da cidade lhe presenteavam com instrumentos, como violão e flautim, que o menino tocava intuitivamente. Recebeu conhecimentos musicais de vários mestres de banda, como o mestre Paixão, enviado pela Brigada do Estado de Pernambuco.

Aos 14 anos de idade já era um dos integrantes da banda local, tocando saxofone, clarinete, pistom, banjo, violão e bateria. Nessa ocasião, decidiu fugir de casa em direção a uma cidade maior, com o propósito de expandir seu talento musical. Pegou carona com jovens caminhoneiros e rumou com eles para Alagoa de Baixo. Em seguida, começou sua vida de andarilho por várias cidades nordestinas, sempre procurando trabalho nas bandas de música e sendo bem acolhido pelos músicos locais.

Moacir Santos
Sua primeira oportunidade de apresentação no rádio ocorreu em 1943, no programa Vitrine, da Rádio Clube de Pernambuco.


No ano seguinte, ingressou na Banda da Polícia Militar da Paraíba, como sax-tenorista, tendo-se desligado como sargento músico de primeira classe.

Em 1945, Severino Araújo, líder da Orquestra Tabajara, que trabalhava na Rádio PRI-4, recebeu um convite para atuar no Rio de Janeiro. Com isso, houve a necessidade de se estruturar uma nova orquestra na qual o instrumentista foi convidado a participar. Ingressou, assim, na função de sax-tenorista e clarinetista da Jazz Band da Rádio PRI-4, Rádio Tabajara da Paraíba. Continuou compondo suas músicas e dois anos depois, já casado com Cleonice, foi nomeado regente da Orquestra.

Em 1948, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde, por intermédio do músico Lourival de Souza, da Orquestra Tabajara, que o apresentou como o "fera do saxofone", começou a tocar no Clube Brasil Danças. Em seguida, ingressou na Rádio Nacional Rio de Janeiro, como sax-tenorista solista da Orquestra do Maestro Chiquinho, participando de todos os programas de envolvimento orquestral da emissora.

Estudou Teoria, Harmonia, Contraponto, Fuga e Composição com Paulo Silva, José Siqueira, Virgínia Fiusa, Cláudio Santoro, João Batista Siqueira, Nilton Pádua, Guerra Peixe e Hans Joachim Koellreutter, de quem se tornou assistente.

Durante dois anos, morou em São Paulo, onde regeu a orquestra da TV Record, voltando logo em seguida para o Rio de Janeiro.

Em 1967 mudou-se para Los Angeles pois fora convidado para a estréia mundial do filme Amor no Pacífico, do qual havia sido compositor. Estabeleceu moradia fixa na região de Pasadena, na California, onde viveu compondo trilhas para o cinema e dando aulas de música.

Realizações da Carreira


Conhecido pelo seu virtuosismo, dominava o saxofone, o piano, a clarineta, a trompeta, o banjo, o violão e a bateria. Note-se que ele iniciou-se como tocador de clarinete aos 11 anos.

É tido como um dos maiores mestres da renovação harmônica da Música Popular Brasileira.

Foi parceiro de Vinicius de Moraes, e por esse foi homenageado na canção Samba da Bênção, com Baden Powell:

"Moacir Santos / tu que não és um só, és tantos / como este meu Brasil de todos os santos."

Foi assistente do compositor alemão Hans Joachim Koellreutter e professor de músicos como Baden Powell, Paulo Moura, João Donato, Nara Leão, Roberto Menescal, Sérgio Mendes e outros importantes nomes da música brasileira.

Em julho de 2006, ganhou o Prêmio Shell de Música.

Morte

Moacir faleceu em 18 de Julho de 2006, vitima de um Derrame Cerebral que havia sofrido há dois dias, uma semana depois de completar 80 anos.



Obras

O seu primeiro disco intitula-se Coisas, lançado em 1965 pela gravadora Forma. Já morando nos Estados Unidos lançou os discos The Maestro (1972), Saudade (1974) e Carnival Of The Spirits (1975) pelo selo Blue Note Records, e Opus 3 Nº 1 (1978) pelo selo Discovery.

Suas mais conhecidas composições são Coisa n. 5, Menino Travesso, Triste de Quem, Se Você Disser que Sim (com Vinicius de Moraes) e Nanã (com Mário Teles).

Em 2001 sua obra foi novamente lançada no Brasil através do álbum Ouro Negro com arranjos e produção de Mário Adnet e Zé Nogueira, e com participações especiais de grandes artistas como Milton Nascimento, Djavan, Ed Motta, Gilberto Gil, João Bosco, João Donato entre outros.

Em 2005 foi lançado um DVD com um show da Banda Ouro Negro gravado ao vivo no SESC Pinheiros em São Paulo, e um disco, pela Biscoito Fino, com várias composições do inicio da carreira do maestro, nunca antes gravadas chamado Choros & Alegria.


Maestro Záccaro

AUGUSTINHO ZÁCCARO
(55 anos)
Maestro, Arranjador, Produtor de Espetáculos e Apresentador de TV

* São Paulo, SP (01/01/1948)
+ São Paulo, SP (02/02/2003)

Maestro, arranjador e produtor de espetáculos, conhecido pelo grande público após apresentar durante mais de uma década os programas "Záccaro" e "Italianíssimo", na TV Bandeirantes, TV Record e Central Nacional de Televisão (CNT).

Neto de italiano, Záccaro começou cedo na música. Aos 4 anos tocava acordeão. A professora ia dar aula a seu irmão e ele observava, arriscando-se sozinho no instrumento. Com 7 anos, iniciou suas aulas de piano, e aos 13, formou-se professor. No início da década de 80, o maestro inaugurou no bairro do Bixiga o Teatro Záccaro. Dividido entre a carreira de concertista e de músico, formou banda e trabalhou animando bailes.

Záccaro comandou o programa "Italianíssimo" durante 25 anos na TV Gazeta, onde estreou em 1978. Na TV Bandeirantes a partir de 1981, onde ficou 13 anos no ar durante as tardes de sábado. E na CNT, gravado no teatro que leva seu nome.

Ultimamente, era exibido no Canal 21, aos domingos, às 14:30 hs. Música, culinária e turismo, tudo sobre a Itália, e merchandising faziam parte da atração. O maestro e seu conjunto animaram bailes e festas com temática italiana em São Paulo e no Grande ABC, São Caetano do Sul principalmente.

Paulistano nascido na Avenida Paulista e neto de italianos, formou-se em piano e acordeom aos 14 anos, quando montou o primeiro conjunto. A partir dos salões de baile, já diplomado em curso superior de Música e em Direito, Záccaro foi animador musical de navio em rotas pelo Norte e Nordeste do Brasil, onde chegou a diretor artístico.

Em entrevistas, deu opiniões contundentes sobre os seguintes assuntos:

Homossexualismo: "Deveria ser segregado mesmo para todos saberem que, se tomarem tal atitude dúbia, estarão estragando a sociedade", quando o então prefeito de São Paulo Jânio Quadros, expulsou homossexuais da Escola Municipal de Balé.

Política: "O Brasil precisa de um homem que ame sua terra e arrume um cinturão de bons generais para limpar à força esse país".

Povo Brasileiro: "É um povo salafrário e corrupto, que quando chega ao poder quer usufruir mais ainda às expensas do governo".

Augustinho Záccaro faleceu aos 56 anos, no dia 02/02/2003, às 23:00 hs no Hospital do Rim e Hipertensão, São Paulo.

A causa da morte foi devido a complicações pós-operatórias. Ele estava internado em coma induzido depois da sétima cirurgia desde que transplantou um rim.

Lauro Maia

LAURO MAIA TELES
(37 anos)
Compositor, Arranjador e Instrumentista

* Fortaleza, CE (06/11/1912)
+ Rio de Janeiro, RJ (05/01/1950)

Foi um compositor, arranjador e instrumentista, figura maior no campo da pesquisa musical folclórica. O cearense que criou o "balanceio".

Nascido em Fortaleza, Ceará, Lauro ensaiou seus primeiros passos como músico e compositor no piano da mãe e foi dela que o garoto recebeu as primeiras aulas de teoria musical. Com apenas 13 anos, começou a apresentar-se, tocando piano no Cine-Teatro Majestic, em Fortaleza.

Em 1935 começou a trabalhar na Ceará Rádio Clube (1935/1941) dirigindo o programa "Lauro Maia e Seu Ritmo".

Em 1944 freqüentou a Faculdade de Direito vindo a abandoná-la mais tarde. Em 1945, casado com Djanira Teixeira, irmã de Humberto Teixeira, transferiu-se para o Rio de Janeiro, vivendo exclusivamente de suas composições, já consagradas na época pelos maiores nomes da música. Ainda em 1945, foi contratado pela Rádio Tupi.

Faleceu prematuramente no dia 5 de janeiro de 1950, com 37 anos e dois meses, vítima de Tuberculose, no Rio de Janeiro.

Fonte: Wikipédia

Geraldo Flach

GERALDO FLACH
(65 anos)
Compositor, Pianista, Arranjador e Produtor Musical

* Porto Alegre, RS (06/08/1945)
+ Porto Alegre, RS (03/01/2011)

Estudou piano erudito desde os cinco até os vinte anos de idade, aluno do maestro Max Brückner, do maestro Roberto Eggers e da pianista Roberto Eggers.

Iniciou sua carreira profissional aos 14 anos de idade, tocando em conjuntos de baile. Na década de 1960 formou um trio de piano, baixo e bateria, fazendo várias apresentações, além de ter um programa próprio na Televisão Piratini.

Atuou em vários movimentos musicais, entre os quais a Frente Popular Gaúcha de Música Popular e Musica Nossa, no Rio de Janeiro. Atuou ao lado de grandes nomes da música brasileira e deu muitos recitais no Brasil e exterior, além de gravar vários discos e receber premiações, direcionando sua música para o terreno popular.

Geraldo Flach faleceu vítima de Câncer no dia 3 de janeiro de 2011 no Hospital Mãe de Deus em Porto Alegre.

Fonte: Wikipédia

Pixinguinha

ALFREDO DA ROCHA VIANNA FILHO
(75 anos)
Flautista, Saxofonista, Orquestrador, Compositor e Arranjador

☼ Rio de Janeiro, RJ (23/04/1897)
┼ Rio de Janeiro, RJ (17/02/1973)

Alfredo da Rocha Vianna Filho, conhecido como Pixinguinha, foi um flautista, saxofonista, orquestrador, compositor e arranjador brasileiro. É considerado um dos maiores compositores da Música Popular Brasileira, contribuiu diretamente para que o choro encontrasse uma forma musical definitiva.

Pixinguinha era filho do músico Alfredo da Rocha Vianna, funcionário dos correios, flautista e que possuía uma grande coleção de partituras de choros antigos, e de Raimunda da Rocha Vianna. Aprendeu música em casa, fazendo parte de uma família com vários irmãos músicos, entre eles o Otávio Vianna, o China. Foi ele quem obteve o primeiro emprego para o garoto, que começou a atuar em 1912 em cabarés da Lapa e depois substituiu o flautista titular na orquestra da sala de projeção do Cine Rio Branco. Nos anos seguintes continuou atuando em salas de cinema, ranchos carnavalescos, casas noturnas e no teatro de revista.

Segundo depoimento dado por Pixinguinha ao Museu da Imagem e do Som (MIS):

"Meu nome completo é Alfredo da Rocha Vianna. Nasci em 23 de abril de 1898, no bairro da Piedade. A rua não posso precisar. Para o meu irmão Léo foi na Rua Alfredo Reis, mas para o João da Baiana e o Donga, foi na Rua Gomes Serpa. O número da casa ninguém sabe ao certo. Só vendo o registro de batismo feito na Igreja de Santana. Meu pai chamava-se Alfredo da Rocha Vianna e minha mãe Raimunda da Rocha Vianna. Meu irmão Léo acha que o nome era Raimunda Maria Vianna."

Apesar das informações contidas em seu depoimento, segundo seus biógrafos Marília Trindade e Arthur de Oliveira, a certidão de batismo de Pixinguinha atesta o ano de 1897 como a data correta de seu nascimento.

Sua mãe casou-se duas vezes e teve um total de 14 filhos. O segundo marido, Alfredo da Rocha Vianna, funcionário dos Correios e Telégrafos, era músico amador. Possuía  grande arquivo de choros e com freqüência promovia em sua casa reunião de músicos entre os quais  os célebres chorões Irineu de Almeida, conhecido como Irineu Batina, Candinho Tombone, Viriato, Neco, Quincas Laranjeiras, entre outros.


Ainda na infância, recebeu  de  sua  prima  Eurídice, conhecida por Santa, o apelido de Pizindim ou Pizinguim, que significa menino bom, ou, em outra hipótese menos aceita, seria a corruptela de bexiguinha, já que quando criança, teria a face marcada por bexiga, nome  que, após várias transformações, veio a dar em Pixinguinha, com o qual  fez carreira e se tornou conhecido de todos os  brasileiros.

Iniciou seus estudos num colégio particular pertencente ao Professor Bernardes, que "dava bolinhos na gente e mandava ficar de joelhos". Transferiu-se para o Liceu Santa Tereza e deste para o Colégio São Bento onde foi sacristão.

Sua numerosa família contava com músicos como seus irmãos Otávio Vianna, o China, que tocava violão de seis e sete cordas, banjo, cantava  e declamava, Henrique e Léo que tocavam cavaquinho e violão, Edith era pianista e Hermengarda não se tornou cantora profissional devido à proibição de seu pai.

Iniciou-se na música pelas mãos de seus irmãos Léo e Henrique que o ensinaram a tocar cavaquinho. Em pouco tempo passou a acompanhar o pai, que o levava aos bailes. Por essa época, a família mudou-se para o bairro do Catumbi,  e os meninos passaram a receber aulas de música de Borges Leitão,  seu vizinho de rua.

Por volta de 1908, compôs sua primeira música, o choro "Lata de Leite". Ainda no bairro do Catumbi, a  família transferiu-se para a Rua Elione de Almeida, passando a residir  num casarão com oito quartos, quatro salas e um enorme quintal, residência que se tornou conhecida como a "Pensão Vianna", devido à bondade de seu pai que abrigava com freqüência amigos em dificuldades financeiras, como Irineu Batina, músico responsável por sua iniciação.

Sua musicalidade impressionou o pai que importou da Itália uma flauta de prata da marca Balacina Biloro, a mais famosa da época, feita por encomenda. Com rápido desenvolvimento no instrumento, Irineu Batina, na época diretor de harmonia da Sociedade Dançante e Carnavalesca Filhas da Jardineira, o levou para tocar na orquestra do rancho, em 1911.


No ano seguinte, Pixinguinha tornou-se diretor de harmonia do rancho Paladinos Japoneses, tomando parte em outro conjunto conhecido por Trio Suburbano, formado por Pedro Sá, no piano, Francisco de Assis, no violino, e por ele, na flauta.

Pixinguinha integrou o famoso grupo Caxangá, com Donga e João Pernambuco. A partir deste grupo, foi formado o conjunto Oito Batutas, muito ativo a partir de 1919.

Em 1927, casou-se com Albertina da Rocha, estrela da Companhia Negra de Revista. O casal passou a residir em uma casa alugada no subúrbio de Ramos.

Na década de 1930 foi contratado como arranjador pela gravadora RCA Victor, criando arranjos celebrizados na voz de cantores como Francisco Alves e Mário Reis. No fim da década foi substituído na função por Radamés Gnattali.

Em 1933,  diplomou-se  em teoria musical no Instituto Nacional de Música. Nesse mesmo ano, Pedro Ernesto o nomeou para o cargo de Fiscal de Limpeza Pública, desejando que Pixinguinha reunisse os colegas de repartição e fundasse uma banda, a Banda Municipal, que faria sua primeira exibição na posse do primeiro prefeito eleito do Distrito Federal, em 1934, que não seria outro senão o próprio Pedro Ernesto.

Em 1935, o casal Betty e Pixinguinha, adotou uma criança, Alfredo da Rocha Vianna Neto, o Alfredinho.

Na década de 40 passou a integrar o Regional de Benedito Lacerda, passando a tocar o saxofone tenor. Algumas de suas principais obras foram registradas em parceria com o líder do conjunto, mas hoje se sabe que Benedito Lacerda não era o compositor, mas pagava pelas parcerias.

Em maio de 1956, Pixinguinha foi homenageado pelo prefeito Negrão de Lima com  a inauguração da Rua Pixinguinha, no bairro de Olaria, onde morava.


Em 1958 sofreu uma segunda crise cardíaca, contornada pelos médicos. Ainda neste ano, recebeu o Prêmio da Cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro, diploma concedido ao melhor arranjador pelo Correio da Manhã e pela Biblioteca Nacional. Durante sua vida, recebeu cerca de 40 troféus.

Em 1961, Jânio Quadros logo após assumir a presidência da República criou o Conselho Nacional de Cultura, e por sugestão do musicólogo Mozart de Araújo, o nomeou Conselheiro, com a nomeação publicada no Diário Oficial.

Em 1964, Pixinguinha sofreu um forte edema pulmonar. Na ocasião, assim reportou o jornal O Globo, em sua edição de 26/06/1964:

"Edema pulmonar agudo levou o músico e compositor Pixinguinha a internar-se ontem à tarde no Hospital Getúlio Vargas, onde, após ser submetido a sangria, foi posto em tenda de oxigênio. Embora seja grave o seu estado, já apresentava melhorias à noite, sempre assistido pelo filho, Alfredinho. Pixinguinha tem 66 anos, 42 dos quais dedicou à música."

Depois de submetido a uma sangria e ser colocado por cerca de cinco horas no balão de oxigênio, foi transferido, no dia seguinte para o Instituto de Cardiologia Aloísio de Castro.  Pelo período de dois anos, afastou-se das atividades artísticas. Um mês depois, o mesmo jornal publicou a seguinte nota:

"Um check-up a que será submetido hoje pelo seu médico assistente, Drº Ernâni Trota, dará a Pixinguinha o direito de deixar o Instituto de Cardiologia, onde está internado há mais de um mês, e marcará sua volta ao saxofone e ao Bar Gouveia, onde, há muitos anos, reúne-se diariamente com Donga e outros companheiros da velha guarda."

Em 1966, foi um dos primeiros a registrar depoimento para a posteridade no Museu da Imagem e do Som.

Em 1967, recebeu a Ordem de Comendador do Clube de Jazz e Bossa,  dirigido por Ricardo Cravo Albin e Jorge Guinle, além do Diploma da Ordem do Mérito do Trabalho, conferido pelo presidente da República e o 5º lugar no II Festival Internacional da Canção, onde concorreu com o choro "Fala Baixinho", feito em parceria com Hermínio Bello de Carvalho.

Em comemoração a seus 70  anos, o Conselho de Música Popular fez realizar uma exposição retrospectiva no Museu da Imagem e do Som (MIS), instituição que promoveu concerto realizado no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, no qual tomaram parte Jacob do Bandolim, Radamés Gnattali e o Conjunto Época de Ouro, e do qual resultaria um LP editado pelo Museu da Imagem e do Som.

Em 1972, sua esposa faleceu, fato que lhe abalou profundamente. Nesse mesmo ano, passou a receber aposentadoria pelo Instituto Nacional de Previdência Social (INPS), que lhe atenuou os problemas financeiros.

Morte e Homenagens Póstumas

Pixinguinha faleceu em 17/02/1973, vitimado por problemas cardíacos durante a cerimônia de batismo de Rodrigo Otávio, filho de seu amigo Euclides de Souza Lima, na qual seria padrinho, realizada na Igreja Nossa Senhora da Paz, em Ipanema, em pleno domingo de carnaval, no mesmo momento em que a famosa Banda de Ipanema começava a desfilar.

Em 1974, foi homenageado pela Escola de Samba Portela com o enredo "O Mundo Melhor de Pixinguinha", de Jair Amorim e Evaldo Gouveia, com o qual a escola desfilou no carnaval. Embora não ganhando, a repercussão do desfile foi muito grande. Também foi homenageado pelo Ministério da Cultura com seu nome encimando o Projeto Pixinguinha, que enviava elencos de cantores e músicos para todo o Brasil, projeto que seria reativado em 2004, pela Fundação Nacional de Artes (FUNARTE).

No dia 23 de abril comemora-se o Dia Nacional do Choro, e trata-se de uma homenagem ao nascimento de Pixinguinha. A data foi criada oficialmente em 04/09/2000, quando foi sancionada lei originada por iniciativa do bandolinista Hamilton de Holanda e seus alunos da Escola de Choro Raphael Rabello.

Em 2014, foi homenageado pela escola de samba Mocidade Unida da Mooca campeã do quarto grupo.

Pixinguinha e Louis Armstrong
Composições

  • A Pombinha (Pixinguinha e Donga)
  • A Vida É Um Buraco
  • Aberlado
  • Abraçando Jacaré
  • Aguenta, Seu Fulgêncio (Pixinguinha e Lourenço Lamartine)
  • Ai, Eu Queria (Pixinguinha e Vidraça)
  • Ainda Existe
  • Ainda Me Recordo
  • Amigo Do Povo
  • Assim É Que É
  • Benguelê
  • Bianca (Pixinguinha e Andreoni)
  • Buquê De Flores (Pixinguinha e W. Falcão)
  • Cafezal Em Flor (Pixinguinha e Eugênio Fonseca)
  • Carinhos
  • Carinhoso (Pixinguinha e João de Barro)
  • Carnavá Tá Aí (Pixinguinha e Josué de Barros)
  • Casado Na Orgia (Pixinguinha e João da Baiana)
  • Casamento Do Coronel Cristino
  • Céu Do Brasil (Pixinguinha e Gomes Filho)
  • Chorei
  • Chorinho No Parque São Jorge (Pixinguinha e Salgado Filho)
  • Cochichando (PixinguinhaJoão de Barro e Alberto Ribeiro)
  • Conversa De Crioulo  (PixinguinhaDonga João da Baiana)
  • Dança Dos Ursos
  • Dando Topada
  • Desprezado
  • Displicente
  • Dominante
  • Dominó
  • Encantadora
  • Estou Voltando
  • Eu Sou Gozado Assim
  • Fala Baixinho (Pixinguinha e Hermínio Bello de Carvalho)
  • Festa De Branco (Pixinguinha e Baiano)
  • Foi Muamba (Pixinguinha e Índio)
  • Fonte Abandonada (Pixinguinha e Índio)
  • Fraternidade
  • Gargalhada
  • Gavião Calçudo (Pixinguinha e Cícero de Almeida)
  • Glória
  • Guiomar (Pixinguinha e Baiano)
  • Há! Hu! Lá! Ho! (PixinguinhaDonga João da Baiana)
  • Harmonia Das Flores (Pixinguinha e Hermínio Bello de Carvalho)
  • Hino A Ramos
  • Infantil
  • Iolanda
  • Isso É Que é Viver (Pixinguinha e Hermínio Bello de Carvalho)
  • Isto Não Se Faz (Pixinguinha e Hermínio Bello de Carvalho)
  • Já Andei (PixinguinhaDonga João da Baiana)
  • Já Te Digo (Pixinguinha e China)
  • Jardim De Ilara (Pixinguinha e C. M. Costal)
  • Knock-Out
  • Lamento
  • Lamentos (Pixinguinha e Vinícius de Moraes)
  • Lá-Ré
  • Leonor
  • Levante, Meu Nego
  • Lusitânia (Pixinguinha e F. G. D.)
  • Mais Quinze Dias
  • Mama, Meu Netinho (Pixinguinha e Jararaca)
  • Mamãe Isabé (Pixinguinha e João da Baiana)
  • Marreco Quer Água
  • Meu Coração Não Te Quer (Pixinguinha e E. Almeida)
  • Mi Tristezas Solo Iloro
  • Mulata Baiana (Pixinguinha e Gastão Vianna)
  • Mulher Boêmia
  • Mundo Melhor (Pixinguinha e Vinícius de Moraes)
  • Não Gostei Dos Teus Olhos (Pixinguinha e João da Baiana)
  • Não Posso Mais
  • Naquele Tempo (PixinguinhaBenedito Lacerda e Reginaldo Bessa)
  • Nasci Pra Domador (Pixinguinha e Valfrido Silva)
  • No Elevador
  • Noite E Dia (Pixinguinha e W. Falcão)
  • Nostalgia Ao Luar
  • Número Um
  • O Meu Conselho
  • Os Batutas (Pixinguinha e Duque)
  • Os Cinco Companheiros
  • Os Home Implica Comigo (Pixinguinha e Carmen Miranda)
  • Onde Foi Isabé
  • Oscarina
  • Paciente
  • Página De Dor (Pixinguinha e Índio)
  • Papagaio Sabido (Pixinguinha e C. Araújo)
  • Patrão, Prenda Seu Gado (PixinguinhaDonga João da Baiana)
  • Pé De Mulata
  • Poema De Raça (PixinguinhaZ. ReisBenedito Lacerda)
  • Poética
  • Por Você Fiz O Que Pude (Pixinguinha e Beltrão)
  • Pretensiosa
  • Promessa
  • Que Perigo
  • Que Querê (PixinguinhaDonga João da Baiana)
  • Quem Foi Que Disse
  • Raiado (Pixinguinha e Gastão Vianna)
  • Rancho Abandonado (Pixinguinha e Índio)
  • Recordando
  • Rosa (Pixinguinha e Otávio de Sousa)
  • Samba De Fato (Pixinguinha e Baiano)
  • Samba De Nego
  • Samba Do Urubu
  • Samba Fúnebre (Pixinguinha e Vinícius de Moraes)
  • Samba Na Areia
  • Sapequinha
  • Saudade Do Cavaquinho (Pixinguinha e Muraro)
  • Seresteiro
  • Sofres Porque Queres
  • Solidão
  • Sonho Da Índia (PixinguinhaN. N. e Duque)
  • Stella (Pixinguinha e De Castro e Sousa)
  • Teu Aniversário
  • Teus Ciúmes
  • Triangular
  • Tristezas Não Pagam Dívidas
  • Um A Zero (Pixinguinha Benedito Lacerda)
  • Um Caso Perdido
  • Uma Festa De Nanã (Pixinguinha e Gastão Vianna)
  • Vamos Brincar
  • Variações Sobre O Urubu E O Gavião
  • Vem Cá! Não Vou!
  • Vi O Pombo Gemê (PixinguinhaDonga João da Baiana)
  • Você É Bamba (Pixinguinha e Baiano)
  • Você Não Deve Beber (Pixinguinha e Manuel Ribeiro)
  • Vou Pra Casa
  • Xou Kuringa (PixinguinhaDonga João da Baiana)
  • Yaô Africano (Pixinguinha e Gastão Vianna)
  • Zé Barbino (Pixinguinha e Jararaca)
  • Proezas De Solon
  • Vou Vivendo