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Gabriela Leite

GABRIELA SILVA LEITE
(62 anos)
Socióloga e Prostituta

* São Paulo, SP (22/04/1951)
+ Rio de Janeiro, RJ (10/10/2013)

Gabriela Silva Leite foi socióloga e prostituta brasileira. Foi prostituta da Boca do Lixo, em São Paulo, Zona Boêmia, em Belo Horizonte e da Vila Mimosa, no Rio de Janeiro. Estudou ciências sociais na Universidade de São Paulo mas não chegou a concluir, começou a cursar em 1969.

Fundou, 1992, a ONG Davida, que defende os direitos das prostitutas, a regulamentação da profissão e é contra a idéia de vitimização, de tratar a prostituição apenas como falta de opção para mulheres em situação de pobreza.

Em 1987, ela organizou o primeiro encontro nacional de prostitutas, no Rio de janeiro.

Em 2005, Gabriela Leite, idealizou a grife Daspu, desenvolvida por prostitutas, e cujo nome é uma provocação à Daslu, a maior loja de artigos de luxo do Brasil, pertencente à empresária Eliana Tranchesi.

Em 2009, Gabriela Leite escreveu a sua história no livro "Filha, Mãe, Avó e Puta", mais tarde adaptado para o teatro.

Em 2010, Gabriela Leite foi candidata à deputada federal pelo Partido Verde (PV).


Morte

Gabriela Leite, morreu vítima de câncer, aos 62 anos, às 19:00 hs do dia 10/10/2013, no Rio de Janeiro.

Na quinta-feira, 10/10/2013, o deputado Jean Willis apresentou no Congresso Nacional o Projeto Gabriela Leite, que regulamenta a atividade dos profissionais do sexo.

"Gabriela foi uma pessoa pública muito importante, que fez a diferença" - disse Flávio Lenz, assessor e amigo de Gabriela Leite.

Indicação: Miguel Sampaio

Norma Bengell

NORMA APARECIDA ALMEIDA PINTO GUIMARÃES D'ÁUREA BENGELL
(78 anos)
Atriz, Vedete, Cineasta, Produtora, Cantora e Compositora

* Rio de Janeiro, RJ (21/02/1935)
+ Rio de Janeiro, RJ (09/10/2013)

Norma Aparecida Almeida Pinto Guimarães d'Áurea Bengell foi uma atriz, cineasta, produtora, cantora e compositora brasileira. Foi a primeira atriz brasileira a apresentar-se em uma cena de nu frontal.

Norma Bengell estreou no teatro em "Cordélia Brasil", em 1968, sob a direção de Emilio Di Biasi. Nos anos seguintes, participou das peças "A Noite dos Assassinos" (1969), de José Triana, com direção de Eros Martim; "Os Convalescentes" (1970), com direção de Gilda Grilo; "Vestido de Noiva" (1976), de Nelson Rodrigues, sob a direção de Ziembinski. Em sua última atuação no teatro, participou da montagem de "Dias Felizes", de Samuel Beckett, em 2010.

No cinema, Norma Bengell participou de 64 filmes. Estreou nas telas aos 23 anos, no longa-metragem "O Homem do Sputnik", estrelado por Oscarito, onde chamou a atenção pela sua sensualidade, cantando e parodiando a famosa atriz francesa Brigitte Bardot.

Norma Bengell fez história em 1962 ao exibir o primeiro nu frontal do cinema brasileiro aos 27 anos, no filme "Os Cafajestes", de Ruy Guerra. Nos anos 80, lançou-se diretora de cinema com "Eternamente Pagu" (1988).

Na televisão, Norma Bengell começou sua carreira na TV Bandeirantes com "Os Adolescentes" (1981) e "Os Imigrantes" (1982). Em 1983, foi para a TV Globo, onde fez a minissérie "Parabéns Pra Você" (1983), e as novelas "Partido Alto" (1984) e "O Sexo dos Anjos" (1989).

Em 2008 assinou contrato com a TV Globo até novembro, efetivando assim sua personagem Deise Coturno até o fim da segunda temporada da série "Toma Lá, Dá Cá", sendo esse seu último trabalho ma TV em 2009. Antes, ela já havia feito participações esporádicas após a saída temporária do ator Ítalo Rossi, que vivia o Seu Ladir.

Norma Bengell depois tentaria a carreira de diretora, realizando, nessa função, o filme de 1996 "O Guarani", baseado na obra do romancista José de Alencar.

Em 2010 sua foto foi utilizada pela pré-candidata do Partido dos Trabalhadores (PT) à Presidência da República, a ex-ministra Dilma Rousseff, em seu sítio eletrônico. Tal atitude provocou polêmicas, inclusive a acusação do uso indevido da imagem e associação da atriz. No entanto, Norma Bengell desmentiu ter descontentamento e manifestou apoio à pré-candidata.

Em 27/04/2010 em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, a atriz Norma Bengell disse que não viu problema algum no uso de uma foto sua no website Dilma Na Web. A fotografia de Norma Bengell parece numa ilustração da seção "Minha Vida", que conta a trajetória de Dilma Rousseff e o contexto histórico do país desde a década de 1960.

Disse Norma Bengell: "Eu não vi, não. Uma amiga viu e me contou. Acho normal. Não tem nada que pedir desculpas. Fiz parte das passeatas contra a ditadura. Aliás, eu gosto da Dilma. Acho que ela é maravilhosa, uma mulher que sofreu muito. Tomara que ganhe", afirmou ela, dizendo ter simpatia pela ex-ministra da Casa Civil.


Cantora

Como cantora, seu primeiro sucesso foi o 78 rpm com "A Lua De Mel Na Lua" e "E Se Tens Coração", da trilha sonora do filme "Mulheres e Milhões", de Jorge Ilely.

Em 1959, lançou "Ooooooh! Norma", seu primeiro LP, com uma sonoridade bastante próxima da bossa nova, com várias canções de Tom Jobim e João Gilberto.

Após anos gravando participações em trilhas sonoras e discos de outros artistas, seu segundo LP "Norma Canta Mulheres", saiu apenas em 1977, com composições de Dona Ivone Lara, Luli e Lucina, Marlui Miranda, Dolores Duran, Chiquinha Gonzaga, Rosinha de Valença, Glória Gadelha, Sueli Costa, Rita Lee, Joyce e Maysa, além de "Em Nome do Amor", parceria de Norma Bengell com Glória Gadelha.

Norma Bengell foi casada durante 30 anos com o ator italiano Gabriele Tinti.


Problemas de Dinheiro

Em 2007, Norma Bengell disse ao G1 que estava sendo tratada "como uma bandida" pela Polícia Federal, que a acusava de lavagem de dinheiro, evasão de divisas e apropriação indébita. De acordo com investigações da Polícia Federal, a atriz teria comprado em 1996, por R$ 260 mil, um imóvel na época avaliado em mais de R$ 1 milhão.

A compra foi realizada logo após a captação de dinheiro para a realização do filme "O Guarani". O Tribunal de Contas da União considerou que Norma Bengell usou irregularmente o dinheiro captado para a realização do filme.

"Estou com problemas de saúde, de dinheiro. É a minha imagem de 50 anos de trabalho. Não sei o que vai acontecer comigo", disse a atriz na ocasião.


Morte

Norma Bengell morreu por volta das 3:00hs de quarta-feira, 09/10/2013. Ela estava internada no Centro de Tratamento Intensivo (CTI) do Hospital Rio-Laranjeiras, unidade Bambina, em Botafogo, na Zona Sul do Rio de Janeiro. O corpo da atriz será velado no Cemitério São João Batista, em Botafogo, a partir das 18:00hs de quarta-feira, 09/10/2013. A cremação está marcada para às 14:00hs de quinta-feira, 10/10/2013 no Cemitério do Caju, na Zona Portuária.

Norma Bengell foi hospitalizada no sábado, 05/10/2013. Ela enfrentava problemas respiratórios havia seis meses, desde quando médicos diagnosticaram um câncer no pulmão direito.

Televisão

  • 2008/2009 - Toma Lá, Dá Cá ... Deise Coturno
  • 2006 - Alta Estação ... Yolanda
  • 1993 - Você Decide
  • 1989 - O Sexo dos Anjos ... Vera
  • 1984 - Partido Alto ... Irene
  • 1983 - Parabéns Pra Você ... Mara
  • 1981 - Os Imigrantes ... Nena
  • 1981 - Os Adolescentes ... Paula

Filmes

  • 1959 - O Homem Do Sputnik
  • 1960 - Conceição
  • 1961 - Carnival Of Crime
  • 1961 - Mulheres E Milhões
  • 1961 - Sócia De Alcova
  • 1962 - Mafioso
  • 1962 - O Pagador De Promessas
  • 1962 - Os Cafajestes
  • 1963 - I Cuori Infranti
  • 1963 - Il Mito
  • 1963 - La Ballata Dei Mariti
  • 1964 - La Costanza Della Ragione
  • 1964 - Noite Vazia
  • 1965 - Mar Corrente
  • 1965 - Terrore Nello Spazio
  • 1965 - Una Bella Grinta
  • 1966 - As Cariocas
  • 1966 - I Crudeli
  • 1966 - La Muerte Se Llama Myriam
  • 1967 - A Espiã Que Entrou Em Fria
  • 1968 - Antes, O Verão
  • 1968 - Dezesperado
  • 1968 - Edu, Coração De Ouro
  • 1968 - Io Non Perdono... Uccido
  • 1968 - Juventude E Ternura
  • 1969 - O Anjo Nasceu
  • 1969 - OSS 117 Prend Des Vacances
  • 1969 - Verão De Fogo
  • 1970 - O Abismo
  • 1970 - O Palácio Dos Anjos
  • 1970 - Os Deuses E Os Mortos ... Soledade 4
  • 1971 - A Casa Assassinada
  • 1971 - As Confissões De Frei Abóbora
  • 1971 - Capitão Bandeira Contra O Doutor Moura Brasil
  • 1971 - Paixão Na Praia
  • 1972 - O Demiurgo
  • 1973 - Défense De Savoir
  • 1973 - Les Soleils De L'Ile De Pâques
  • 1975 - Assim Era A Atlântida
  • 1976 - Paranóia
  • 1977 - Maria Bonita
  • 1977 - Nas Quebradas Da Vida
  • 1978 - Mar De Rosas
  • 1978 - Na Boca Do Mundo
  • 1978 – Mulheres De Cinema (Curta-metragem)
  • 1981 - A Idade Da Terra
  • 1981 - Abrigo Nuclear
  • 1981 - Eros, O Deus Do Amor
  • 1982 - Tabu
  • 1983 - Rio Babilônia
  • 1984 - O Filho Adotivo
  • 1984 - Tensão No Rio
  • 1986 - A Cor Do Seu Destino
  • 1986 - Fonte Da Saudade
  • 1987 - Running Out Of Luck
  • 1987 - Mulher Fatal Encontra O Homem Ideal (Curta-metragem)
  • 1988 - Eternamente Pagu
  • 1988 - Fronteiras
  • 1992 - Vagas Para Moças De Fino Trato

Diretora

  • 1988 - Eternamente Pagu
  • 1996 - O Guarani
  • 2005 - Magda Tagliaferro - O Mundo Dentro De Um Piano
  • 2005 - Infinitamente

Discografia

  • 195? - "A Lua De Mel Na Lua - E Se Tens Coração" (Capitol / Odeon 78)
  • 1959 - "Ooooooh! Norma" (Capitol / Odeon LP)
  • 1965 - "Meia Noite Em Copacabana" (Elenco LP)
  • 1977 - "Norma Canta Mulheres" (Phonogram LP)
  • 2001 - "Groovy - Faixa "Feaver" (Sony Music CD)

Fonte: Wikipédia e G1

Mestre Didi

DEOSCÓREDES MAXIMILIANO DOS SANTOS
(95 anos)
Escritor, Artista Plástico e Sacerdote Africano

* Salvador, BA (02/12/1917)
+ Salvador, BA (06/10/2013)

Deoscóredes Maximiliano dos Santos foi um escritor, artista plástico, e sacerdote afro-brasileiro. Conhecido popularmente como Mestre Didi, é filho de Maria Bibiana do Espírito Santo e Arsenio dos Santos.

Família

Seu pai Arsenio dos Santos, pertencia à elite dos alfaiates da Bahia, mais tarde iria transferir-se para o Rio de Janeiro na época em que houve uma grande migração de baianos para a então capital do Brasil.

Sua mãe Maria Bibiana do Espírito Santo, mais conhecida como Mãe Senhora era descendente da tradicional família Asipa, originária de Oyo e Ketu, importantes cidades do império Yoruba. Sua trisavó, Srª Marcelina da Silva, Oba Tossi, foi uma das fundadoras da primeira casa de tradição nagô de candomblé na Bahia, o Ilê Ase Aira Intile, depois Ilê Iya Nassô. Sua esposa Juana Elbein dos Santos, é antropóloga e companheira em todas as suas viagens pelo exterior, aos países da África, Europa e Américas, de grande importância pelos intercâmbios e experiências adquiridas, e que contribuiram significativamente para os desdobramentos institucionais de luta de afirmação da tradição afro-brasileira e pelo respeito aos direitos à alteridade e identidade própria. Sua filha Inaicyra Falcão dos Santos é cantora lírica, graduada em dança pela Universidade Federal da Bahia, professora doutora, pesquisadora das tradições africano-brasileiras, na educação e nas artes performáticas no Departamento de Artes Corporais da Unicamp.


Sacerdote

A igreja durante o período colonial e pós-colonial foi uma instituição de que a comunidade descendente de africanos inseriu em suas estratégias de luta pela alforria e re-agrupamento social. Didi foi batizado, fez primeira comunhão e foi coroinha. Mais tarde, já sacerdote da tradição afro-brasileira foi se dedicando inteiramente a ela afastando-se do catolicismo, embora respeitando-o como uma outra religião. Eugenia Ana dos Santos - Mãe Aninha, tratada por Didi como avó, foi quem o iniciou no culto aos orixás e lhe deu o título de Assogba, Supremo Sacerdote do Culto de Obaluaiyê.

Arsenio Ferreira dos Santos era sobrinho de Marcos Theodoro Pimentel, o Alapini, primeiro mestre de Didi no Culto aos Egungun, os ancestrais masculinos, tradição originária de Oyo, capital do império Yoruba.

Depois de Marcos Theodoro Pimentel, foi Arsenio Ferreira dos Santos, conhecido por Paizinho quem deu continuidade a iniciação de Didi, que se confirmou Ojé com o título de Korikowe Olokotun. A herança de tio Marcos Alapini se constitui sobretudo pelo culto ao Olori Egun, Baba Olukotun, o mais antigo ancestral que foi trazido da África na ocasião da viagem que fez com seu pai, Marcos O Velho. Paizinho, então Alagbá, o mais antigo da tradição aos Egungun recebeu esta herança que aproximou à do terreiro Ilê Agboulá na Ilha de Itaparica.

A herança de Marcos Alapini, para seu sobrinho Arsenio Alagba passou para Didi, Ojé Korikowe Olukotun. Mais tarde Didi recebeu o título de Alapini, o mais alto do culto aos Egungun, no Ilê Agboula e anos depois, em 1980 fundou o Ilê Asipa onde é cultuado o Baba Olukotun e demais Eguns desta tradição antiga.

Em setembro de 1970, não tendo no Brasil quem pudesse fazer sua confirmação de Balé Xangô, foi para Oyo e realiza a obrigação na cidade originária do culto à Xangô. A cerimônia foi realizada pelo Balé Sàngó e o Otun Balé do reino de Xangô de Oyo.

Mestre Didi não costumava falar sobre sua obra nem sobre si. Ele chegou a expor em Gana, Senegal, Inglaterra e França, além do Guggenheim, em Nova York. No Brasil, ganhou reconhecimento após a 23ª Bienal de São Paulo, em 1996, quando recebeu uma sala apenas para suas obras.


Artista

"Os Orixá do Panteão da Terra são os que nos alimentam e nos ajudam a manter a vida. Os meus trabalhos estão inspirados na natureza, na Mãe Terra-Lama, representada pela Orixá Nanã, patrona da agricultura."
(Mestre Didi)

"Mestre Didi é um sacerdote-artista. Exprime, através da criação estética, uma arraigada intimidade com seu universo existencial, onde ancestralidade e visão de mundo africanos se fundem com sua experiência de vida baiana. Completamente integrado ao universo nagô de origem yorubana, revela em suas obras uma inspiração mítica, material. A linguagem nagô com a qual se expressa é o discurso sobre a experiência do sagrado, que se manifesta por meio de uma simbologia formal de caráter estético."
(Juana Elbein dos Santos)

Morte

Mestre Didi morreu em decorrência de um câncer de próstata. Ele foi enterrado no domingo, 06/10/2013, por volta das 17:00 hs, no Cemitério Jardim da Saudade, no centro da capital baiana.


Obra
  • 1950 - Yorubá Tal Qual Se Fala, Tipografia Moderna, Bahia
  • 1961 - Contos Negros da Bahia, Edições GRD, Rio de Janeiro
  • 1962 - História de Um Terreiro Nagô, Instituto Brasileiro de Estudos Afro-Asiáticos
  • 1963 - Contos de Nagô, Edições GRD, Rio de Janeiro
  • 1966 - Porque Oxalá Usa Ekodidé, Ed. Cavaleiro da Lua
  • 1976 - Contos Crioulos da Bahia, Ed. Vozes, Petrópolis
  • 1981 - Contos de Mestre Didi, Ed. Codecri, Rio de Janeiro
  • 1987 - Xangô, El Guerrero Conquistador Y Otros Cuentos de Bahia, SD. Ediciones Silva Diaz, Buenos Aires, Argentina
  • 1987 - Contes Noirs de Bahia, tradução francesa de Lyne Stone, Ed. Karthale
  • 1988 - História da Criação do Mundo, Olinda, PE
  • 1988 - História de Um Terreiro Nagô, Editora Max Limonad
  • 1997 - Ancestralidade Africana no Brasil, Mestre Didi: 80 Anos, organizado por Juana Elbein dos Santos, SECNEB, Salvador, Bahia, 1997, CD-ROM - Ancestralidade Africana no Brasil
  • Pluraridade Cultural e Educação
  • Nossos Ancestrais e o Terreiro
  • Democracia e Diversidade Humana: Desafio Contemporâneo

Fonte: Wikipédia
Indicação: Miguel Sampaio e Fada Veras

Fernando Pamplona

FERNANDO PAMPLONA
(87 anos)
Carnavalesco, Cenógrafo, Professor, Produtor e Apresentador de TV

* Rio de Janeiro, RJ (28/09/1926)
+ Rio de Janeiro, RJ (29/09/2013)

Fernando Pamplona foi um carnavalesco, cenógrafo, professor, produtor e apresentador de TV, considerado um dos mais importantes nomes do carnaval carioca.

Considerado o "pai de todos" os carnavalescos do Rio de Janeiro, o artista fez história no desfile das escolas de samba a partir dos anos 60, quando introduziu os enredos afros nos desfiles, e colocou o Salgueiro no patamar das grandes agremiações cariocas. Foi o líder de uma geração de carnavalescos que brilhou nos anos seguintes em várias escolas: Arlindo Rodrigues, Joãosinho Trinta, Rosa Magalhães, Renato Lage, Maria Augusta, dentre outros.

Após a Revolução de 1930, foi, com o pai, morar na cidade de Xapuri, no Acre, onde cursou o ensino primário. Ainda criança, teve contato com diversas manifestações folclóricas da região, como a festa do boi-bumbá, o que foi crucial para lhe despertar um grande interesse por cultura popular.

Formado pela Escola Nacional de Belas Artes, teve uma rápida passagem como ator até conhecer Mário Conde em meados da década de 50, que lhe abriu as portas para a cenografia.

Em 1959, o escritor Miercio Tati, membro do então Departamento de Turismo e Certames da Prefeitura, hoje Empresa de Turismo do Município do Rio de Janeiro S.A. (Riotur), o chamou para integrar o corpo de jurados dos desfiles das escolas de samba do Rio de Janeiro. Embora tenha assumido o cargo com dedicação, apenas uma, entre todas as agremiações, deixou Fernando Pamplona realmente extasiado. Trata-se do GRES Acadêmicos do Salgueiro, que, naquele ano, havia inovado por completo os padrões do carnaval carioca ao jogar para o alto os habituais enredos de capa-e-espada (sobre políticos ou militares) trazidos pelas escolas e abraçou uma temática sobre o pintor francês Jean-Baptiste Debret. Tal tema, denominado "Viagem Pitoresca E Histórica Ao Brasil", fora elaborado pelos figurinistas Dirceu e Marie Louise Nery, e o Salgueiro fez uma apresentação revolucionária e inesquecível. Fernando Pamplona deu nota 8 à agremiação, que somente perdeu por um ponto da Portela.

Foi ele um dos poucos jurados a defender, sem medo, sua avaliação sobre os desfiles, o que surpreendeu o diretor de carnaval do Salgueiro, Nelson de Andrade. A diretoria da escola, por intermédio de Nelson de Andrade, o convidou para preparar desfile salgueirense para o carnaval de 1960 e Fernando Pamplona aceitou o pedido com a condição de fazer um enredo sobre Zumbi dos Palmares.

Pela primeira vez, a vida de uma personagem não-oficial da história do Brasil era retratada por uma agremiação. Chamou seus colegas de teatro, Arlindo Rodrigues e Nilton Sá, e acabou se tornando, por fim, um carnavalesco de escola de samba. No Salgueiro conquistou quatro títulos, foi vice outras três vezes.


Botafogo e Salgueiro

Tão botafoguense quanto salgueirense, Fernando Pamplona foi a síntese de um Rio de Janeiro multi-diverso, pleno de referências, de pulsação cultural, mesclando referências eruditas e populares.

"Ao contrário do artista comum, que se comove diante de uma catedral gótica, ele descobriu que a sua catedral era feita de carne e sangue, de suor e prazer, de riso e lágrima em forma de povo", descreveu o escritor Carlos Heitor Cony, que assinou a orelha da biografia.

Carnavais Que Assinou no G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro

  • 1960 - Quilombo dos Palmares - Campeão
  • 1961 - Vida e Obra do Aleijadinho
  • 1965 - História do Carnaval Carioca - Eneida (Com Arlindo Rodrigues) - Campeão
  • 1967 - História da Liberdade no Brasil (Com Arlindo Rodrigues)
  • 1968 - Dona Beja, Feticeira de Araxá
  • 1969 - Bahia de Todos os Deuses (Com Arlindo Rodrigues) - Campeão
  • 1970 - Praça Onze: Carioca da Gema
  • 1971 - Festa Para um Rei Negro (Com Arlindo Rodrigues, Joãosinho Trinta e Maria Augusta) - Campeão
  • 1972 - Nossa Madrinha, Mangueira Querida
  • 1977 - Do Cauim Ao Efó, Moça Branca, Branquinha
  • 1978 - Do Yorubá à Luz, a Aurora dos Deuses



Morte

Fernando Pamplona morreu na manhã de domingo, 29/09/2013, em sua casa, em Copacabana, Zona Sul do Rio de Janeiro, um dia após completar 87 anos. O salgueirense foi vítima de um câncer e havia deixado o Hospital São Lucas na quarta-feira, 25/09/2013.

Fernando Pamplona foi enterrado no final da tarde de domingo, 29/09/2013, no Cemitério São João Batista, em Botafogo, Zona Sul do Rio de Janeiro.

Fernando Pamplona empresta seu nome a biblioteca do Centro de Referência do Carnaval, a única do gênero no Brasil.

Era casado com a ex-bailarina do Teatro Municipal do Rio de JaneiroZeni, 84 anos, desde 1952. Fernando Pamplona deixa duas filhas, Consuelo, 57 anos, e Eneida, 53 anos.

Fonte: Wikipédia e Globo

Cláudio Cavalcanti

CLÁUDIO MURILLO CAVALCANTI
(73 anos)
Ator, Diretor de TV, Produtor Teatral, Escritor, Tradutor, Cantor, Dublador, Radialista e Político

* Rio de Janeiro, RJ (24/02/1940)
+ Rio de Janeiro, RJ (29/09/2013)

Cláudio Murillo Cavalcanti foi um ator, diretor de TV, produtor teatral, escritor, tradutor, cantor, dublador, radialista e político brasileiro. É considerado um dos mais importantes nomes do cenário artístico brasileiro.

Foi homenageado com várias condecorações, entre elas a Medalha Tiradendes, pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (ALERJ) e a Medalha General Zenóbio da Costa, pelo Exército brasileiro. É também Comendador do Exército brasileiro com a Medalha do Pacificador.

Cláudio Cavalcanti foi casado desde 1979 com Maria Lucia Frota Cavalcanti, psicóloga e atriz, com quem dividiu o palco inúmeras vezes. Ambos são vegetarianos e ativistas dos direitos dos animais, e sua mulher foi a criadora da Secretaria Municipal de Defesa dos Animais, na cidade do Rio de Janeiro, exercendo o cargo de Secretária Municipal de 01/2001 a 02/2005.

Cláudio Cavalcanti iniciou a carreira de ator em 13/12/1956, aos 16 anos de idade, no Teatro Brasileiro de Comédias (TBC), atuando ao lado de Nathália Timberg, Sérgio Britto e Fernanda Montenegro. No mesmo ano estreou na televisão fazendo teatro ao vivo. Desde então nunca mais interrompeu suas atividades de ator, continuando a atuar em teatro, televisão e cinema até os dias de hoje, tendo em seu currículo 41 peças, 39 novelas e 35 filmes.

Como protagonista, destacam-se entre seus principais trabalhos de tele-dramaturigia: "Anastácia, a Mulher sem Destino" (1967), "Rosa Rebelde" (1969), "Véu De Noiva" (1969), "Irmãos Coragem" (1970), "O Homem Que Deve Morrer" (1971), "Carinhoso" (1973), "O Bofe" (1972), "Cavalo De Aço" (1973), "Vejo A Lua No Céu" (1976), "O Feijão E O Sonho" (1976), "Dona Xepa" (1977), "Maria, Maria" (1978), "Pai Herói" (1979), "Água Viva" (1980), "Terras Do Sem Fim" (1981), "Sétimo Sentido" (1982), "Roque Santeiro" (1985), "Hipertensão" (1986), "Lua Cheia De Amor" (1990), "A Viagem" (1994), "Marcas da Paixão" (2000) e "Roda da Vida" (2001).

No teatro, entre outros, protagonizou "Era Uma Vez Nos Anos Cinquenta" (Troféu Mambembe de melhor ator), "Fernando Pessoa", "Bodas de Papel", "O Beijo Da Louca", "Obrigado Pelo Amor de Vocês" (Peça com que foi contratadado para inaugurar o Teatro do Casino do Estoril, em Lisboa), "Disque M Para Matar", "Estou Amando Loucamente", "Vida Nova", "O Nosso Marido", "A Primeira Valsa", "Freud E O Visitante", "O Mundo É Um Moinho", "E Agora O Que Faço Com O Pernil", "O Doente Imaginário" e, em fevereiro de 2009, "Quando Se É Alguém", texto inédito de Pirandello.

Como escritor tem 5 livros publicados dentre os quais 3 antologias. Como cantor foi campeão de vendas como o LP "Claudio Cavalcanti" em 1971.

Concomitantemente com suas atividades artísticas, em outubro de 2000 foi eleito vereador da cidade do Rio de Janeiro, pelo então Partido da Frente Liberal (PFL), atual Democratas (DEM), com a plataforma "Por uma política de respeito aos animais".

Reeleito em 2004, cumpriu dois mandatos. Em oito anos de atividade legislativa, criou e teve aprovadas 29 leis, consideradas pioneiras em relação a defesa dos direitos animais, entre as quais a que proíbe o extermínio de animais abandonados e introduz a esterilização gratuita como método oficial de controle populacional e de zoonoses. Também, entre outras, proibiu rodeios, circos com animais, estabeleceu multa para maus-tratos e crueldade contra animais e conseguiu a aprovação da lei que proibia a utilização de animais em experiências científicas, recebendo maciço apoio nacional e internacional e criando enorme polêmica. Posteriormente a Lei foi vetada pelo então prefeito, César Maia.

Em 2006 candidatou-se a deputado estadual, tendo obtido 39.742 votos e sendo diplomado em dezembro de 2006 como suplente, durante licença de um dos titulares. Não conseguiu se reeleger vereador em 2008, porém após a cassação do deputado Natalino, tornou-se titular em definitivo da vaga na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (ALERJ). No entanto, ainda não se sabe porque, a assembleia empossou outro deputado menos votado. Atualmente, aguardava o julgamento de um Mandado de Segurança contra a Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, mandado esse que está em tramitação no Órgão Especial do TJ-RJ.


Morte

Cláudio Cavalcanti morreu às às 17:45 hs de domingo, 29/09/2013, no Rio de Janeiro, aos 73 anos. O ator estava internado na UTI do Hospital Pró-Cardíaco desde o dia 16 de setembro, e no dia 24, havia passado por um cirurgia por conta da falência de uma vértebra. Segundo seu cardiologista e genro, Carlos Eduardo Menna Barreto, o ator sofreu um choque cardiogênico, que evoluiu para uma insuficiência renal e falência múltipla dos órgãos, ocasionando o falecimento.



Teledramaturgia

  • 2013 - Sessão de Terapia ... Otávio (GNT)
  • 2011 - Amor e Revolução ... Geraldo (SBT)
  • 2001 - Roda da Vida ... Vidal (Record)
  • 2000 - Marcas da Paixão ... Djalma (Record)
  • 1999 - Chiquinha Gonzaga ... Rogério
  • 1998 - Labirinto ... Gaspar
  • 1996 - Salsa e Merengue ... Olavo
  • 1995 - Explode Coração ... Tolentino
  • 1994 - A Viagem ... Alberto
  • 1993 - Mulheres de Areia ... Roque
  • 1990 - Lua Cheia de Amor ... Conrado
  • 1990 - Rainha da Sucata ... Delegado que investiga a morte de Laurinha Figueiroa
  • 1989 - República ... Floriano Peixoto
  • 1989 - O Salvador da Pátria ... Eduardo Corrêa
  • 1986 - Hipertensão ... Sandro Galhardo
  • 1985 - Roque Santeiro ... Padre Albano
  • 1984 - Transas e Caretas ... Douglas
  • 1984 - Padre Cícero ... Dom Joaquim
  • 1983 - Caso Verdade - Vida Nova ... Mr. Scott
  • 1982 - Sétimo Sentido ... Danilo Mendes
  • 1981 - Terras do Sem Fim ... João Magalhães
  • 1981 - Baila Comigo ... Guilherme Fonseca
  • 1980 - Água Viva ... Edir
  • 1979 - Pai Herói ... Gustavo
  • 1978 - Pecado Rasgado ... Bruno
  • 1978 - Maria, Maria ... Ricardo Valentiano Brandão
  • 1977 - Nina ... Grimaldi
  • 1977 - Dona Xepa ... Otávio
  • 1976 - O Feijão e o Sonho ... Juca Campos Lara
  • 1976 - Vejo a Lua no Céu ... Eusébio
  • 1975 - Bravo! ... Maurício
  • 1973 - Carinhoso ... Paulo
  • 1973 - Cavalo de Aço ... Aurélio
  • 1972 - O Bofe ... Maneco
  • 1971 - O Homem Que Deve Morrer ... Leandro
  • 1970 - Irmãos Coragem ... Jerônimo Coragem
  • 1969 - Véu de Noiva ... Renato Madeira
  • 1969 - Rosa Rebelde
  • 1969 - Enquanto Houver Estrelas ... César (TV Tupi)
  • 1969 - O Retrato de Laura ... Marcelo (TV Tupi)
  • 1968 - A Gata de Vison ... Taylor
  • 1968 - Demian, o Justiceiro ... Dagarata
  • 1967 - A Mulher Que Amou Demais
  • 1967 - Anastácia, a Mulher Sem Destino ... Jean Paul
  • 1965 - 22-2000 Cidade Aberta ... Carlinhos

Participações Especiais

  • 1994 - Xuxa Especial de Natal - Crer Para Ver ... Palhaço chorão.


Cinema

  • O Menino Maluquinho II - A Aventura
  • Tiradentes - O Filme
  • Mutirão de Amor
  • Caminhos Cruzados
  • Uma Estranha História de Amor
  • Um Marido Contagiante
  • Contos Eróticos
  • Ipanema, Adeus
  • Como Nos Livrar do Saco
  • O Grande Gozador
  • Quando as Mulheres Paqueram
  • Ascensão e Queda de um Paquera
  • Memórias de um Gigolô
  • A Cama ao Alcance de Todos
  • A Ascensão
  • A um Pulo da Morte
  • Cuidado! Espião Brasileiro em Ação
  • Nudista à Força
  • Engraçadinha Depois dos Trinta
  • A História de um Crápula
  • Um Ramo Para Luísa
  • Contos Eróticos - Vereda Tropical

Dublagem
  • Robin Hood

Fonte: Wikipédia
Indicação: Neyde Almeida

Oscar Castro-Neves

OSCAR CASTRO NEVES
(73 anos)
Cantor, Compositor, Instrumentista, Arranjador, Produtor Musical e Diretor Musical

* Rio de Janeiro, RJ (15/05/1940)
+ Los Angeles, Estados Unidos (27/09/2013)

Oscar Castro Neves ou, como é conhecido internacionalmente, Oscar Castro-Neves, foi um cantor, instrumentista, arranjador, compositor, produtor musical e diretor musical brasileiro. Como Antônio Carlos Jobim e João Gilberto, Oscar Castro-Neves é considerado por muitos uma das figuras que ajudaram a estabelecer o movimento da bossa nova no mercado internacional, principalmente nos Estados Unidos.

Oscar Castro-Neves foi um dos mais bem-sucedidos arranjadores do cenário musical, tendo se destacado no Brasil ainda na década de 1950, quando teve a oportunidade de contribuir com Antônio Carlos Jobim, Vinicius de Moraes e outros cânones da bossa nova. Entre as canções de sucesso "Onde Está Você?" e "Morrer de Amor".

Na década seguinte, apesar da hegemonia do movimento no país, Oscar Castro-Neves se mudou para Los Angeles, onde passou a viver até a morte, apesar das constantes vindas à cidade natal.

O seu primeiro instrumento foi um cavaquinho, enquanto o seu primeiro grupo musical foi uma parceria com seus irmãos: o pianista Mário, o baixista Iko e o baterista Léo. Estava formado então o conjunto Irmãos Castro Neves, um dos grupos precursores da bossa nova. Seu primeiro sucesso foi com "Chora Tua Tristeza" , aos 16 anos de idade.


Em 1962, estava junto com Antônio Carlos Jobim na histórica apresentação no Carnegie Hall, em Nova York. Em seguida iniciou uma turnê junto a Stan Getz e Sérgio Mendes. Ele continuou trabalhando com diversos músicos bem conceituados, entre eles: Yo-Yo Ma, Michael Jackson, Barbra Streisand, Stevie Wonder, João Gilberto, Lee Ritenour, Airto Moreira, Toots Thielemans, John KlemmerDiane Schuur, entre muitos outros.

Oscar Castro-Neves participava das famosas reuniões musicais realizadas na casa de Nara Leão, frequentadas também por Carlos Lyra, Roberto Menescal, Ronaldo BôscoliChico Feitosa, entre outros integrantes da bossa nova.

Nos anos de 1970 e no início de 1980, participou do conjunto musical de Paul Winter. Por 7 anos, Oscar Castro-Neves dirigiu um programa de músicas brasileiras no Hollywood Bowl. Com uma audiência que superava 14 mil pessoas, o programa homenageava grandes nomes da fusão "Jazz-Bossa" e era televisionado globalmente.

Atualmente vivia em Los Angeles, na Califórnia, aonde trabalha como orquestrador de trilha sonora de longa-metragens, e inclui em seu curriculum filmes como "Blame It On Rio" e "Sister Act 2: Back In The Habit".


Morte

Oscar Castro-Neves faleceu na sexta-feira, 27/09/2013, aos 73 anos, em virtude de complicações decorrentes de um câncer, em Los Angeles, Estados Unidos. A notícia, no entanto, só foi divulgada no sábado, 28/09/2013. O compositor lutava contra a doença, instalada no estômago, há mais de um ano.

O irmão dele, Pedro Paulo, divulgou uma mensagem sobre a morte de Oscar Castro-Neves:

"A todos os amigos, amigos músicos, membros da família, temos nós, Mario, Maria Lina e eu, irmãos e irmã de Oscar, a tristeza de anunciar seu pacífico falecimento ontem à noite, dia 27 de setembro 2103 em Los Angeles, Califórnia, tendo ao seu lado sua amada esposa, Lorry e queridas filhas, Bianca e Felicia. Nosso inesquecível Oscar nos deixou com muito amor para o Eter".


Discografia

  • 2006 - All One
  • 2003 - Playful Heart
  • 1998 - Brazilian Days (Com Paul Winter)
  • 1997 - The John Klemmer And Oscar Castro-Neves Duo
  • 1993 - Tropical Heart
  • 1991 - More Than Yesterday (Com Teo Lima)
  • 1989 - Maracujá
  • 1987 - Oscar!
  • 1987 - Brazilian Scandals

Indicação: Miguel Sampaio

Luiz Cláudio

LUIZ CLÁUDIO DE CASTRO
(78 anos)
Cantor e Compositor

* Curvelo, MG (22/03/1935)
+ Guaratinguetá, SP (30/08/2013)

Cantor e compositor, começou a tocar cavaquinho aos 7 anos de idade. Estudou música com o maestro Moacir Santos durante um ano. Em 1947, formou o trio Trovadores do Luar, apresentando-se em festas e serestas em sua cidade natal. Formou-se pela Escola Nacional de Arquitetura, no Rio de Janeiro.

Iniciou sua carreira profissional em 1949, como integrante do trio Trovadores do Luar atuando na Rádio Inconfidência de Belo Horizonte (MG). Em seguida, foi contratado para cantar músicas norte-americanas nessa mesma emissora.

Em 1952, lançou seu primeiro disco pela Sinter com o samba canção "Fim de semana" (Rômulo Paes e Nilo Ramos), e o fox "Primavera Em Setembro" (K. Weill), com versão de Andre Rosito. No ano seguinte, lançou a primeira composição de sua autoria, a toada "A Rua Onde Ela Mora", parceria com o irmão Antônio Maurício.

Em 1955, passou a gravar na Columbia onde estreou cantando as canções "Sinos De Belém"(Evaldo Rui) e "Blim, Blem, Blam", de sua autoria e Nazareno de Brito, obtendo grande sucesso e com a qual foi premiado com o Disco de Ouro do jornal "O Globo", do Rio de Janeiro, na categoria "Revelação Masculina", sucesso no Natal daquele ano. Nesse mesmo ano, foi contratado através de Cyro Monteiro pela Rádio Mayrink Veiga. No ano seguinte, gravou a marcha "Sai De Baixo" (Assis Valente e Álvaro da Silva), o samba canção "Joga A Rede No Mar" (Fernando César e Nazareno de Brito), que foi um grande sucesso, e o beguine "Era Uma Vez" (José Maria de Abreu e Jair Amorim).

Em 1957, fez sucesso com a valsa "Quero-te Assim" (Tito Madi), e com "Anda, Jerico" (Osvaldo Santiago e Alcyr Pires Vermelho). Gravou também no mesmo ano a valsa "Santa Mãezinha", de sua autoria e Moura Gomide, e o fox "Bem Juntinhos" (Bruno Marnet e Othon Russo).

Em 1958, lançou, de sua parceria com Fernando César a valsa "Amar Em Segredo". No ano seguinte, gravou o samba "Este Teu Olhar" (Tom Jobim).

Em 1960 foi contratado pela RCA Victor estreando com os sambas "Só Deus" (Evaldo Gouveia e Jair Amorim), um de seus grandes sucessos, e "Carinho E Amor" (Tito Madi). No mesmo ano, fez sucesso com o samba "Menina Feia" (Oscar Castro Neves e Luverci Fiorini).

Em 1961, gravou o fox "Canção Do Êxodo" (Ernest Gold), com versão de Almeida Rego e a guarânia "Meu Maior Amor" (Arsênio de Carvalho e Lourival Faissal). No mesmo ano, gravou com a cantora de forró Marinês o xote "Maria Chiquinha" (Guilherme Figueiredo e Geisa Bôscoli), e fez sucesso com "Rancho Das Flores", com versos de Vinicius de Moraes para música de J. Sebastian Bach.

Em 1962 gravou de sua autoria o samba "Deixa A Nega Gingar" e de Getúlio Macedo o rasqueado "Amor Desfeito".

Em 1968, interpretou a canção "Amada, Canta" (Luiz Bonfá e Maria Helena Toledo) no III Festival Internacional da Canção, da TV Globo. Incluiu a canção em LP lançado nesse ano, juntamente com uma exposição de seus desenhos e aquarelas.

Em 1973, viajou para a Europa participando de apresentações com a orquestra Organization Radio-Télévision Française. Ainda nesse ano, gravou o LP "Caatingas", lançado pela Odeon no qual interpretou "Estrada Branca" (Tom Jobim e Vinicius de Moraes), "Correnteza" (Tom Jobim e Luiz Bonfá), "Cantigas" e "Flor Do Céu", do folclore brasileiro.

Em 1975, lançou o LP "Reportagem" no qual interpretou, entre outras, "Esperança Perdida" (Billy BlancoTom Jobim), "Lua Cheia" (Chico Buarque e Toquinho), "Poema Azul" (Sérgio Ricardo) e "Onde Eu Nasci Passa Um Rio" (Caetano Veloso).

Em 1979 gravou pela EMI-Odeon o LP "Viola De Bolso", com destaque para a música título com melodia de sua autoria para versos de Carlos Drummond de Andrade, "Cai Sereno" (Elpídeo dos Santos) e "Maninha" (Chico Buarque).

Em 1980, visitou 15 universidades norte-americanas em programa de divulgação da música popular brasileira convidado pelo Brazilian American Cultural Institute. Três anos depois, lançou "Minas Sempre Viva!", álbum duplo com músicas do folclore mineiro acompanhado de um livro de arte com apresentação do escritor Carlos Drummond de Andrade.

Entre seus parceiros, destacam-se Nazareno de Brito, Fernando César e William Prado. Suas músicas foram gravadas por Elizeth Cardoso, Tito Madi, Nara Leão, Marisa Gata MansaDick Farney, entre outros artistas.

Em 2005, foi lançado pelo selo Revivendo o CD "Luiz Cláudio - Este Seu Olhar" com 18 obras gravadas por ele. Além da música título, de autoria de Tom Jobim, estão presentes as músicas "O Galo Cantou Na Serra", de sua autoria sobre versos de Guimarães Rosa, "Folhas Soltas" (Portinho e W. Falcão), "Amo-te Muito" (João Chaves), "Mucama" (Gonçalves Crespo), "Toada Brasileira" (Ivor Lancellotti e Paulo Cesar Pinheiro), "Vagalumeando" (Paulo Roberto), "Na Boca Da Noite" (Sérgio Bittencourt), "Viola De Bolso", de sua autoria sobre versos de Carlos Drummond de Andrade, "Rancho Das Flores", com letra de Vinícius de Moraes sobre tema de Bach, "Quero-te Assim" (Tito Madi), "Menina" (Paulinho Nogueira), "Onde Eu Nasci Passa Um Rio" (Caetano Veloso), "Estrada Branca" (Tom Jobim e Vinícius de Moraes), "Joga A Rede No Mar" (Fernando César e Nazareno de Brito), "Você Vai Gostar" (Elpidio dos Santos), "Lugar Tão Lindo", de sua autoria, Marcos e Antonio Mauricio, e "Aperto De Mão" (Horondino Silva, Jaime Florence e Antonio Adolfo).

Luiz Cláudio faleceu em Guaratinguetá, SP, no dia 30/08/2013, aos 78 anos.



Discografia

  • 1983 - Minas Sempre Viva!
  • 1979 - Viola De Bolso
  • 1975 - Reportagem
  • 1973 - Caatingas
  • 1968 - Luiz Cláudio
  • 1962 - Amor Desfeito / Deixa A Nega Gingar
  • 1962 - Toureiro Suburbano / Noites Vazias
  • 1962 - Luiz Cláudio
  • 1961 - Basta Olhar Pra Mim / Lábios Vermelhos
  • 1961 - Canção Do Êxodo / Meu Maior Amor
  • 1961 - Maria Chiquinha
  • 1961 - Rancho Das Flores / Tome Conta Do Meu Amor
  • 1960 - Só Deus / Carinho E Amor
  • 1960 - Oração De Amor / Meu Anjo Azul
  • 1960 - Deixa-me Chorar Baixinho / Menina Feia
  • 1960 - Natal Chegou / Adeus Amigos
  • 1959 - Este Seu Olhar / Meu Segredo
  • 1959 - Vênus / Recado
  • 1959 - Bem Juntinhos
  • 1958 - Olhe-me... Diga-me / Recordando
  • 1958 - Suas Mãos / Amar Em Segredo
  • 1957 - Santa Mãezinha / Bem Juntinhos
  • 1957 - Quero-te Assim / Anda Jerico
  • 1957 - Proibido Amor / Eu Sem Você
  • 1957 - Carroussel / Roteiro Do Amor
  • 1956 - Sai De Baixo / Joga A Rede No Mar
  • 1956 - História De Um Amor / A Rua Onde Ela Mora
  • 1956 - Era Uma Vez / Sinceramente Teu
  • 1955 - Sinos De Belém / Blim, Blem, Blam
  • 1955 - Peixe Fisgado / Não Morro Sem Ver Paris
  • 1953 - Nosso Romance / A Rua Onde Ela Mora
  • 1952 - Fim De Semana / Primavera Em Setembro

Indicação: Miguel Sampaio

Luiz Gushiken

LUIZ GUSHIKEN
(63 anos)
Político

* Osvaldo Cruz, SP (08/05/1950)
+ São Paulo, SP (13/09/2013)

Luiz Gushiken foi um político brasileiro filiado ao Partido dos Trabalhadores (PT). Nascido na pequena cidade de Osvaldo Cruz, mesorregião de Presidente Prudente, era o primogênito dos sete filhos do fotógrafo e violinista Shoei e Setsu Gushiken, imigrantes japoneses de Okinawa.

Luiz Gushiken, ainda jovem, mudou-se para a capital paulista. Morava no Brás e, em 1970, começou a trabalhar como escriturário, no Banco do Estado de São Paulo (Banespa), onde permaneceu até 1999.

Formado em administração de empresas pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), Luiz Gushiken foi militante da tendência Liberdade e Luta, conhecida como "Libelu", braço estudantil da trotskista Organização Socialista Internacionalista (OSI).

Começou sua vida política como sindicalista e durante a ditadura teve intensa participação nas greves dos anos 80. Presidiu o Sindicato dos Bancários de São Paulo, de 1984 a 1986. Por quatro vezes esteve preso no Departamento de Ordem Política e Social (DOPS). Foi também um dos fundadores e dirigentes do Partido dos Trabalhadores (PT) - presidente nacional do partido, de 1988 a 1990 - e da Central Única dos Trabalhadores (CUT).

Foi deputado federal por três legislaturas (inclusive na Assembleia Constituinte de 1987) de 1987 a 1999, e coordenador das campanhas presidenciais de Luiz Inácio Lula da Silva em 1989 e 1998. Foi ainda chefe da Secretaria de Comunicação da presidência da República.

Em 2005, Luiz Gushiken foi acusado em processos em curso no Tribunal de Contas da União e no Supremo Tribunal Federal. Deixou a Secretaria de Comunicação e perdeu o status de ministro, assumindo a função de chefe do Núcleo de Assuntos Estratégicos (NAE). Deixou o governo definitivamente em 2006, pouco tempo após a reeleição de Lula.

Como dirigente sindical, defendeu os fundos de pensão contra os acordos com o Banco Opportunity, de Daniel Dantas. Luiz Gushiken notabilizou-se pela defesa da Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (PREVI), o fundo de previdência dos funcionários do Banco do Brasil, que durante as privatizações promovidas pelo governo de Fernando Henrique Cardoso, foi acusado de ter sido usado para encorpar consórcios de corporações estrangeiras em leilões do setor siderúrgico, elétrico e de telefonia.

Nos últimos anos esteve envolvidos em denúncias frequentes sobre o uso das verbas da Secretaria de Comunicação Social (SECOM). Fora do poder, sua casa sofreu ataques suspeitos e chegou a ser incluído na Ação Penal 470 (Escândalo do Mensalão) pelo procurador geral Antonio Fernando de Souza - que, posteriormente, já aposentado, venceria um contrato da Brasil Telecom, controlada por Daniel Dantas e que entrou na criação da Oi - Telemar.

Em 2012, foi absolvido do crime de peculato na Ação Penal 470, em julgamento pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A absolvição de Luiz Gushiken foi pedida aos ministros do Supremo Tribunal Federal pelo então procurador-geral da República, Roberto Gurgel, nas alegações finais apresentadas no início do julgamento, já que não havia provas contra ele.


Morte

Ele morreu às 19h20 de 13/09/2013, aos 63 anos, vítima de insuficiência de múltiplos órgãos provocada por sangramento e obstrução intestinal. Luiz Gushiken estava internado no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, para tratar de um câncer no aparelho digestivo, contra o qual lutava desde 2002.

Durante o tratamento da doença, Luiz Gushiken passou a maior parte do tempo em sua chácara, em Indaiatuba, no interior de São Paulo. De lá, saía apenas para a quimioterapia, realizada quinzenalmente.

Ex-budista, ex rosa-cruz e ex-umbandista, também transitou pela cabala e pelo zen-budismo, até aderir à fé baha'i. Era casado com Elisabeth e pai de três filhos, Guilherme, Artur e Helena.

O corpo de Luiz Gushiken foi enterrado no Cemitério do Redentor, na zona oeste da capital paulista.

Fonte: Wikipédia

Peu Sousa

PEDRO SÉRGIO DOS SANTOS MAIA DE SOUSA
(35 anos)
Compositor, Guitarrista e Produtor Musical

☼ Salvador, BA (22/07/1977)
┼ Salvador, BA (05/05/2013)

Pedro Sérgio dos Santos Maia de Sousa, mais conhecido como Peu Sousa, foi um guitarrista, compositor e produtor musical, tendo ficado famoso por acompanhar a cantora baiana Pitty, além de ter tocado com diversos outros artistas.

Peu Sousa, filho de Janete Galvão e enteado de Luiz Galvão, ex-integrante dos Novos Baianos, cresceu em um ambiente musical e começou a tocar aos 7 anos de idade, quando ganhou seu primeiro violão. Aos 11 anos ganhou sua primeira guitarra e montou uma banda chamada Tritomia, com a qual chegou a fazer uma apresentação. Aos 14 anos, em 1991, fez sua primeira gravação em estúdio, como participação junto à banda de pop rock Cravo Negro, de Salvador. No mesmo ano, gravou suas primeiras músicas autorais junto com a banda Bizarre Joe, a qual chegou a abrir shows da banda Úteros Em Fúria, na qual Peu Sousa trabalhou como roadie.


Em 1995 formou a banda Dois Sapos e Meio, que frequentava a cena underground de Salvador, da qual participou de dois shows, e depois entrou na banda paulista Pin Ups, com a qual excursionou durante um ano. Voltou para Salvador e retomou a Dois Sapos e Meio até o final de 1999. Nesta época, com 19 anos, excursionou acompanhando Carlinhos Brown, com quem chegou a tocar em cima do trio elétrico, e após o que montou a banda Diga Aí Chefe!, onde também era o vocalista. Em um projeto paralelo, acompanhou a cantora baiana Rebecca Matta. Nesta época, também acompanhou seu padrasto Luiz Galvão em show solo e em algumas apresentações com os Novos Baianos.

Foi com a cantora Pitty que seu nome ficou conhecido no cenário nacional, como guitarrista do álbum "Admirável Chip Novo". Ao sair da banda, foi convidado para tocar com DeFalla e Marcelo D2.

Em janeiro de 2005 formou a banda Trêmula, que foi indicada ao MTV Video Music Brasil como banda revelação, com o clipe "Selvagens Procurando Lei". Nesta época, produziu oito faixas do álbum "Fim Da Trégua" da banda Medula.

Em 2009 participou do show da campanha Criança Esperança, que tinha 40 guitarristas no palco, entretanto, as duas únicas guitarras ligadas eram a de Peu Sousa e a de Edgar Scandurra.

Seu último trabalho, aos 32 anos, foi com a banda Nove Mil Anjos.

Morte

De acordo com informações da imprensa, na manhã de domingo, dia 05/05/2013, Peu Sousa teve uma discussão com a esposa, Monique Ferrari, que saiu de casa levando os dois filhos do casal, um adolescente e outro de 4 anos. Ao retornar, por volta das 23:00hs do mesmo dia, ela encontrou o corpo de Peu Sousa enforcado com um cinto, no quarto do casal. A Polícia Civil da Bahia encerrou as investigações com um laudo pericial e fechou o caso como suicídio.

Discografia e Participações

Demo Tape
  • Passo Beck (Dois Sapos e Meio)
  • Bombardeio (Dois Sapos e Meio)
  • Dois Sapos e Meio

Coletânea
  • Umdabahia (Dois Sapos e Meio)
  • Bahia Rock Collection (Dois Sapos e Meio)
  • Banana 2 (Dois Sapos e Meio)

EP
  • Dois Sapos e Meio, Obrigado Vazquez
  • Diga aí Chefe
  • Irreversíveis

Álbuns de Estúdio
  • Carlinhos Brown, "Omelete Man" (Faixa "Cachorro Louco", com a Dois Sapos e Meio)
  • Rebeca Matta, "Garotas Boas Vão Pro Céu, Garotas Más Vão Para Qualquer Lugar"
  • Galvão, "Com a Palavra"
  • Pitty, "Admirável Chip Novo"
  • Trêmula, "Selvagens Procurando Lei"
  • Medulla, "O Fim da Trégua"
  • Nove Mil Anjos, "9MA"

Composição e Parceria Musical
  • Nove Mil Anjos (As 12 músicas do álbum em parceria com os integrantes da banda)
  • "Do Seu Lado" (Luizão Pereira e Peu Sousa), que foi gravada pelo Projeto Dois Em Um
  • "Amores Cruzados" (Peu Sousa), que foi gravada pela dupla K-Sis, no álbum "Amores Cruzados" e foi parte da trilha sonora da novela da Rede Globo
  • Trêmula (Peu Sousa compôs todas as músicas da banda)
  • "Deja Vú" (Pitty e Peu Sousa), que foi gravada no álbum "Anacrônico"
  • "Suas Armas" (Pitty e Peu Sousa), que foi gravada para a trilha sonora do filme "Meu Tio Matou um Cara"
  • "Equalize" (Pitty e Peu Sousa), que foi gravada no álbum "Admirável Chip Novo"
  • "A Mídia" (Galvão, Peu Sousa e Pepeu Gomes), que foi gravada no álbum "Infinito Circular", dos Novos Baianos, e depois por Zeca Baleiro
  • "Diga Aí Chefe" (Peu Sousa compôs todas as músicas da banda)
  • Dois Sapos e Meio (Peu Sousa compôs grande maioria das músicas da banda)

Videoclipe
  • "Chuva Agora", com Nove Mil Anjos
  • "Selvagens Procurando Lei", com Trêmula
  • "Grife", com Trêmula
  • "Semana Que Vem", com Pitty
  • "Teto de Vidro", com Pitty
  • "Máscara", com Pitty
  • Apresentação ao Vivo, no VMB, MTV

Fonte: Wikipédia