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Jorge Dória

JORGE PIRES FERREIRA
(92 anos)
Ator

* Rio de Janeiro, RJ (12/12/1920)
+ Rio de Janeiro, RJ (06/11/2013)

Nascido no bairro de Vila Isabel, Rio de Janeiro, Jorge Dória era filho de militar, teve uma rígida educação e tinha pela frente uma carreira como funcionário público. Mas, com a morte do pai, rendeu-se às artes irremediavelmente: foram quase 60 anos de carreira, nos quais interpretou papéis marcantes no teatro, no cinema e na televisão.

Em 1952 teve um de seus grandes momentos no palco. Primeiro, lançou-se com o espetáculo "As Pernas da Herdeira". Em seguida, entrou para a companhia Eva e Seus Artistas, em que estreou a peça "A Amiga da Onça", de I. Bekeffi e A. Stella. Depois disso, permaneceu por cerca de uma década como ator fixo da companhia. No período, firmou-se como um dos maiores comediantes do teatro e se destacou por sua atuação em "O Freguês da Madrugada" (1952), "Sabrina" (1955) e "Valsa de Aniversário" (1957).

O grande salto de sua trajetória teatral, contudo, só se deu em 1962, quando protagonizou "Procura-se Uma Rosa", de Vinicius de Moraes, Pedro Bloch e Gláucio Gil, dirigida por Hélio Bloch. Também de Pedro Bloch fez "Os Pais Abstratos", em 1966, sob direção de João Bethencourt. O encenador foi um de seus mais profícuos parceiros e o conduziu em diversos trabalhos de sucesso, entre eles, o mais afamado espetáculo da carreira de Jorge Dória, "Gaiola das Loucas". A montagem, que estreou em 1974, ficou em cartaz por cerca de seis anos. Também com João Bethencourt voltaria a se encontrar mais de 20 anos depois para criar "O Avarento", de Molière.


Outro criador que o acompanhou em sua trajetória foi o dramaturgo e diretor Domingos de Oliveira. Ele o dirigiu em importantes clássicos como "Escola de Mulheres", texto de Molière que lhe rendeu o Prêmio Mambembe de 1984 e "A Morte do Caixeiro Viajante", de Arthur Miller, que estreou em 1986.

Iniciou sua carreira na televisão em 1953, atuando em uma novela da TV Tupi"Delícias da Vida Conjugal". A carreira na TV consolidou-se a partir da novela "E Nós, Aonde Vamos?", da TV Rio, quando já era um ator consagrado no cinema e no teatro.

Na Rede Globo, participou, como Lineu, da primeira versão da série "A Grande Família", de Oduvaldo Vianna Filho, o Vianinha, e Paulo Pontes. "Foi um grande sucesso. Era um programa diferente, todas as cenas se passavam dentro de um ambiente, como se fosse um teatro", declarou Jorge Dória certa vez à Rede Globo.

Na emissora, também se destacou no especial "O Noviço", adaptação de Mário Lago para a comédia homônima de Martins Pena. Nos anos 80, chamou a atenção em "Que Rei Sou Eu?" (1989), novela de Cassiano Gabus Mendes pela qual o ator recebeu o Prêmio Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA), como melhor intérprete de 1989. De Cassiano Gabus Mendes, também integrou o elenco de "Meu Bem, Meu Mal", em 1990. Participou ainda de "Zazá" (1997) e "Suave Veneno" (1999). Entre 2000 e 2005, pôde ser visto no programa "Zorra Total", do qual se afastou depois de sofrer um Acidente Vascular Cerebral (AVC).

Morte

Jorge Dória morreu às 15:05 hs de quarta-feira, 06/11/2013, aos 92 anos. Ele estava internado no Centro de Tratamento Intensivo do Hospital Barra D'Or, na zona oeste do Rio de Janeiro, desde o dia 27/09/2013. A assessoria de imprensa do hospital informou que Jorge Dória morreu após complicações cardiorrespiratórias e renais.

O ator estava respirando com a ajuda de aparelhos e sua pressão arterial estava sendo controlada por remédios.

Heloísa Mafalda e Jorge Dória em cena de "A Grande Família", da TV Globo
Televisão

  • 1970 - E Nós Aonde Vamos?
  • 1972 - Uma Rosa com Amor ... Zé Pistola
  • 1972/1975 - A Grande Família ... Lineu
  • 1975 - O Noviço ... Ambrósio
  • 1978 - Aritana ... Boaventura
  • 1978 - O Pulo do Gato ... Bubby Mariano
  • 1979 - O Todo Poderoso ... Cristiano
  • 1980 - Cavalo Amarelo ... Barbosa
  • 1981 - O Amor é Nosso ... Sandoval
  • 1983 - Champagne ... João Brandão
  • 1983 - Parabéns Pra Você ... Baby
  • 1984 - Livre Para Voar ... J.J. (Jardim Julião)
  • 1985 - Jogo do Amor ... Otávio
  • 1987 - A Rainha da Vida ... Carlos Valadares
  • 1987 - Brega & Chique ... Herbert Alvaray
  • 1989 - Que Rei Sou Eu? ... Vanoli Berval
  • 1989 - Tieta ... Padre Hilário
  • 1990 - Meu Bem, Meu Mal ... Emílio Castro
  • 1990 - Rainha da Sucata ... Alberico
  • 1992 - Deus Nos Acuda ... Tomás Euclides Rodrigues Garcia
  • 1992 - Tereza Batista ... Emiliano
  • 1993 - Olho No Olho ... Átila
  • 1994 - Quatro Por Quatro ... Santinho
  • 1996 - Vira-Lata ... Moreira
  • 1997 - Zazá ... Ângelo Pietro
  • 1998 - Era Uma Vez… ... Rodolfo "Rudy" Reis
  • 1999 - Suave Veneno ... Genival
  • 1999/2006 - Zorra Total ... Mateus / Maurição
  • 2001 - Malhação ... Carmello


Cinema

  • 1948 - Inconfidência Mineira
  • 1948 - Mãe
  • 1949 - Também Somos Irmãos
  • 1951 - Maior Que O Ódio
  • 1962 - Assalto Ao Trem Pagador
  • 1965 - O Beijo
  • 1966 - Cristo De Lama
  • 1968 - Juventude E Ternura
  • 1969 - As Duas Faces Da Moeda
  • 1970 - Pais Quadrados, Filhos Avançados
  • 1971 - Bonga, O Vagabundo
  • 1972 - Eu Transo, Ela Transa
  • 1973 - Como É Boa Nossa Empregada
  • 1974 - O Comprador De Fazendas
  • 1975 - As Aventuras De Um Detetive Português
  • 1976 - Ninguém Segura Essas Mulheres
  • 1978 - A Dama Do Lotação
  • 1980 - Perdoa-me Por Me Traíres
  • 1981 - O Sequestro
  • 1985 - Pedro Mico
  • 1987 - A Dama Do Cine Shanghai
  • 2003 - O Homem Do Ano

Jaiminho

JAIME DIAS SABINO
(84 anos)
Funcionário Público, Papagaio de Pirata e Figura Folclórica

* Feira de Santana, BA (1929)
+ Rio de Janeiro, RJ (24/10/2013)

Nascido em 1929, em Feira de Santana, na Bahia, ele veio para o Rio de Janeiro sozinho, no navio Comandante Capela, aos 7 anos, fugido dos castigos que lhe eram aplicados na escola. Desde essa época o baixinho de 1,56 cm já usava terno e gravata, e foi assim durante toda a vida, chegando a colecionar mais de 200 ternos e 300 gravatas, figurino que servia inclusive para ir à praia, e para dormir. Logo que chegou ao então Distrito Federal, trabalhou como carregador de frutas na feira, pedreiro, porteiro, ator em mais de 40 filmes, entre eles "O Assalto Ao Trem Pagador", de Roberto Farias, e "Boca de Ouro", de Nelson Pereira dos Santos. Ele também foi estrela de fotonovelas. A de maior sucesso na revista Sétimo Céu, onde interpretou o irmão de Cauby Peixoto.

No dia a dia, pegava no batente como assessor da prefeitura de Nilópolis, na Baixada Fluminense, Rio de Janeiro. Mas quando morria alguém, seja um anônimo das redondezas, seja um famoso Brasil afora, Jaiminho se apressava para saber hora e local dos préstimos fúnebres e era presença certa.


Jaime Dias Sabino dormia de terno, gravata, banho tomado e barba feita. Pronto para o próprio enterro. "Se eu não abrir mais os olhos, é só me colocar no caixão que eu vou embora", dizia.

De terno e gravata, ele chegava com seu 1,60m dando os pêsames e, sem ninguém se dar conta, de repente está carregando o caixão. Assim fez com Chacrinha, Daniella Perez, Tancredo Neves, OscaritoCazuza, Nelson Gonçalves, Tim Maia, Irmã Dulce. O objetivo era um só: Aparecer.

Jaime Dias Sabino dedicou a vida a monitorar onde estariam as câmeras de jornais e TVs para tirar uma casquinha. Em sua casa, no Rocha, coleciona mais de 300 mil aparições. O mais famoso papagaio de pirata carioca aparece nas imagens atrás da Xuxa, ao lado da Angélica, dando abraço em Itamar Franco, em treino de futebol, em matéria de tragédia.

Desde o primeiro funeral, o do presidente Getúlio Vargas em 1954, foram mais de 1.153 sepultamentos na lista. Entre os que contaram com sua extrema-unção, ele destaca Chacrinha, Cazuza, Tom Jobim, Luís Carlos Prestes, Dina Sfat, João Saldanha, Roberto Marinho, Austregésilo de Athayde e os ex-presidentes militares Ernesto Geisel, Emílio Garrastazu Médici e João Figueiredo.

Despedida de Castelo Branco
Sobre participar de velórios, Jaiminho disse: "Vi que era bom, me sinto orgulhoso de prestigiar alguém importante. Se não vou lá e não seguro o caixão, fico triste", justifica. Funcionário da Prefeitura de Nilópolis desde 1964, alega representar a cidade quando chega nos velórios.

O arroz de velório acotovela-se até ficar tête-à-tête com o finado e conseguir dar os pêsames ao pé do ouvido da família. Mais do que isso, fazia questão de segurar a alça do caixão, até a sepultura. "Gosto de sentir o peso do morto!". Segundo Jaiminho, a ausência na partida dos pais alimentou o desejo de ver como era um funeral, como uma pessoa desaparecia debaixo da terra. "Quando papai e mamãe morreram, lá na Bahia, eu já morava aqui no Rio de Janeiro e não consegui dinheiro para ir".

Para se despedir de Irmã Dulce, no entanto, foi patrocinado. "Um cara, que eu não posso dizer quem é, disse que me pagaria a passagem caso eu chegasse perto do corpo e rezasse por ele". Não deu outra. Apesar da baixa estatura, Jaiminho venceu a multidão e conseguiu dizer adeus pessoalmente à religiosa morta em 1992. Ele lamentava, no entanto, não ter ido ao enterro de Ayrton Senna. "Estava com a passagem para São Paulo comprada!". Mas com a morte de seu filho, dias antes, foi proibido pela mulher de viajar. "Ela me trancou no quarto e disse que se eu fosse o casamento acabava!".

Despedida de Betinho
As aventuras de Jaiminho pelos cemitérios lhe renderam o apelido de Caveirinha e viraram um museu sobre ele mesmo. Nas paredes de um salão anexo a sua casa, ele colou milhares de fotografias para mostrar sua história. "É também a história do país, porque cada pessoa que morre é um pedaço do Brasil que vai embora", filosofava.

E Jaiminho coleciona causos. O fato mais inusitado que ele já vivenciou em sepultamentos foi o da atriz Dina Sfat, em 1989, quando caiu dentro da sepultura, junto com o então governador Marcello Alencar. "Segura o baixinho e o governador!", foi o que gritaram os presentes no velório, como conta Jaiminho. "Aquela foi a pior cena que vivi. O governador achou que eu o tinha empurrado", lembrou.

O mesmo episódio se repetiu anos depois. Desta vez foi no enterro do ator Jorge Lafond, quando ele e seu companheiro, Nil Ramos, conhecido como "Homem Celular", subiram em um túmulo, o qual acabou quebrando e os dois indo parar dentro da cova. A partir daí, a confusão se estabeleceu. As pessoas começaram a jogar terra nos penetras e a situação foi motivo de muitas risadas.

No do ex-presidente Castelo Branco, Jaiminho pegou no caixão errado.

Despedida do jogador Didi
Além de adorar aparecer em reportagens, também teve faceta como ator. Estrelou mais de 40 filmes e fotonovelas. Em 2010, concorreu a deputado estadual, tendo como bandeira a regulamentação da profissão de Papagaio de Pirata. Junto com outros papagaios de pirata, fundou o clandestino Sindicato dos Papagaios de Pirata, do qual era presidente.

O aposentado também fundou o Museu Histórico dos Papagaios de Pirata, em um galpão, no bairro do Rocha, Zona Norte do Rio, com um arquivo de 20 mil fotos, que destacam os mais de 50 anos dedicados à arte de aparecer na imprensa, sem ser convidado.

Segundo Jaiminho, suas aparições passaram de 135 mil, entre filmes, jornais e fotografias. Só em filmes, o papagaio contabiliza 40 participações. Na TV, já participou três vezes do programa do Jô Soares.

No velório de Oscar Niemeyer, bateu a marca de 1.153 funerais e aproveitou a oportunidade para gravar cenas do documentário "Aqui Jaz Jaiminho", de Alex Teixeira. Na ocasião, recriou o episódio do primeiro enterro de celebridade da sua vida, o de Getúlio Vargas, em 1954. O documentário será lançado em 2014 e vem sendo produzido desde 2007. Ele conta a saga do mais ilustre papagaio de pirata do Brasil.

Jaiminho sonhava alto com o dia de seu velório. "Se Deus quiser, vai ser na Câmara dos Vereadores de Nilópolis, com mais de 20 mil pessoas. Minha família, os amigos, o governador, o prefeito, o presidente da Beija-Flor, o Cauby Peixoto e a Ivete Sangalo. Sou louco por essa baiana!".

"Imagina se esse povo todo de quem eu carreguei caixão aparecesse para carregar o meu?"


Morte

Jaiminho morreu, na quinta-feira, 24/10/2013, no Rio de Janeiro, aos 87 anos, em consequência de um infarto. Segundo a filha, Regina de Sabino, ele estava internado há 45 dias em um hospital de Ipanema, chegou a ser operado para a colocação de stents, mas não resistiu a uma uma infecção.

Jaiminho era viúvo e deixou dois filhos, quatro netos e dois bisnetos. Ele foi enterrado na sexta-feira, 25/10/2013, às 15:00 hs, no Cemitério São Francisco Xavier, no Caju, na Zona Portuária.


Renato Canini

RENATO VINÍCIUS CANINI
(77 anos)
Ilustrador

* Paraí, RS (22/02/1936)
+ Pelotas, RS (30/10/2013)

Renato Vinícius Canini foi um ilustrador brasileiro, conhecido por seu trabalho em diversas publicações, como "Pasquim", "Pancada" e para a Editora Abril, onde ilustrou histórias em quadrinhos da Disney e destacou-se desenhando o personagem Zé Carioca, ao qual atribuiu seu traço pessoal e uma identidade mais brasileira, distanciando notavelmente este personagem do estilo Disney original.

Nascido em Paraí, na serra gaúcha, Renato Canini viveu em Frederico Westphalen até a morte de seu pai, aos dez anos idade, quando foi morar com uma avó e uma tia em Garibaldi.

Fã de Elvis Presley, música evangélica e italiana, Renato Canini atualmente vivia em Pelotas, Rio Grande do Sul, com a esposa Maria de Lourdes, também desenhista, a quem conheceu quando ela desenhava charges para o "Diário de Notícias", de Porto Alegre. No dia 14/10/2005, Renato Canini foi condecorado pela Câmara de Vereadores da cidade com o título de Cidadão Pelotense.


Carreira

Renato Canini teve seu primeiro emprego aos 21 anos, na Secretaria de Educação e Cultura do Estado, fazendo ilustrações para a revista infantil "Cacique". Quando a publicação acabou, Renato Canini permaneceu fazendo desenhos técnicos de engenharia até completar 10 anos como funcionário público, coisa que o desagradava profundamente. Para compensar, colaborava com charges para o "Correio do Povo", TV Piratini e publicações alternativas.

Foi o convite de um pastor, reverendo Willian Schisler Filho (Dico), para ilustrar uma revista para crianças, "Bem-Te-Vi", da Igreja Metodista que deu oportunidade a Renato Canini de mudar para São Paulo em 1967.

Depois de dois anos fazendo ilustrações infantis, Renato Canini conseguiu uma oportunidade de trabalhar na Editora Abril. Ali, iniciou desenhando e escrevendo para a revista "Recreio", mas logo estaria assumindo a atividade que talvez mais tenha marcado sua carreira, ilustrar as histórias de Zé Carioca.


Zé Carioca

No início dos anos 70, as histórias do Zé Carioca se resumiam a edições antigas, do início da existência do personagem, nas décadas de 40 e 50, ou adaptações para o universo de Zé Carioca de histórias de outros personagens como Mickey ou Pato Donald.

Aproveitando o impulso dado pela estruturação na Editora Abril de um estúdio para a criação de histórias Disney próprias e pelo interesse em manter o título Zé Carioca nas bancas, Renato Canini, que havia voltado para Porto Alegre, começou a desenvolver histórias para o personagem, dando a ele uma continuidade que jamais teria se não tivesse havido essa iniciativa.

Renato Canini modificou os trajes, trocando o paletó e a gravata borboleta do personagem por uma camiseta, e ao lado de outros profissionais da casa, ajudou a trazer a ambientação da história para um contexto de maior brasilidade, com os morros, o campinho de futebol, a feijoada. Mas era o traço de Renato Canini, simples, solto, econômico e com forte personalidade, que mais afastava suas criações do padrão Disney. Para muitos, porém, esta foi a caracterização mais marcante do personagem Zé Carioca, como declara Waldyr Igayara de Souza, chefe de Renato Canini na Editora Abril à época: "Ele era tão bom, que, em pouco tempo, superou todos os outros artistas, inclusive, o seu chefe".

Nesta época, a Disney não creditava os profissionais envolvidos na criação das histórias. Para contornar isso, Renato Canini usava alguns artifícios, fazendo aparecer um "Sabão Canini", uma "Loteca Canini", ou eventualmente um caramujo, sempre desenhados sutilmente no fundo de um quadrinho. O mesmo recurso foi usado pelo desenhista Julio Shimamoto, que fez algo semelhante quando desenhava "O Fantasma" para a Rio Gráfica Editora e pelo americano Keno Don Rosa nas histórias do Pato Donald e do Tio Patinhas, que usava a sigla DUCK (Dedicated to Uncle Carl by Keno - Dedicada ao tio Carl 'Carl Barks' por Keno 'Don Rosa').

Renato Canini, desenhou Zé Carioca por cerca de 5 anos, criando para o personagem, segundo o pesquisador Fernando Ventura, cerca de 135 histórias, algumas também escritas por ele próprio, até os editores dizerem que seu desenho estava se distanciando demais do estilo Disney, não vendendo tão bem como antes e, finalmente, cancelarem a produção.

Sem deixar de lado o bom humor, Renato Canini enfatiza que fez tudo isso sem jamais ter estado no Rio de Janeiro.


Personagens

Renato Canini também criou um considerável repertório de personagens próprios. Dr. Fraud era um psiquiatra, ou psicólogo, que circulou durante cerca de três edições da revista "Patota", da Editora Artenova. Em 1991, foi relançado em um álbum pela Editora Sagra-DC Luzatto.

De uma proposta da Editora Abril de fazer uma revista em quadrinhos totalmente nacional, a "Revista Crás!", surgiu Kaktus Kid, uma paródia dos velhos cowboys do faroeste. Inspirado no visual de Kirk Douglas, Kaktus Kid era o dono de uma funerária em busca de clientes. Renato Canini informa que o nome original, Koka Kid, foi mudado por alguém na editora sem sua autorização.

A revista, que também publicou "Sacarrolha", de Primaggio, "Satanésio" de Ruy Perotti e "Zodiac", de Jayme Cortez, além de outros personagens, teve apenas uma tiragem de seis edições, entre 1974 e 1975, a despeito de ser uma iniciativa do próprio fundador da Editora Abril, Victor Civita.

Em 1978, Renato Canini criou para o Projeto Tiras, também da Editora Abril, o indiozinho Tibica. Tibica chegou a ser publicado em jornais pelo país afora e continuou a ser desenhado mesmo depois de ter a sua publicação suspensa, afinal, segundo Renato Canini, trata-se de uma de suas mais significativas criações: "O Tibica foi publicado em vários jornais do país. Ele era ecológico, amava Deus e a natureza. Estou avaliando uma possibilidade de voltar a publicá-lo. Isso me faria muito bem".

Mery Weiss, escritora infanto-juvenil do Rio Grande do Sul, descreve Tibica como um personagem que ama Deus e a natureza, critica a violência, a poluição e a exploração, mostrando a ecologia como um assunto atual desde os tempos bíblicos, de forma ora poética, ora irônica, atraindo a atenção tanto de adultos quanto de crianças.


Cooperativa Editora de Trabalho de Porto Alegre (CETPA)

No início dos anos 60, Renato Canini reuniu-se com outros desenhistas como Júlio Shimamoto, Getúlio Delphin, João Mattini, Bendatti, Flávio Teixeira Luiz Saidenberg para criar a Cooperativa Editora de Trabalho de Porto Alegre (CETPA), uma idéia do desenhista carioca José Geraldo Barreto Dias, que tinha trabalhado para a Editora Brasil América. Apoiada por Leonel Brizola, então governador gaúcho, a proposta da Cooperativa Editora de Trabalho de Porto Alegre era nacionalizar as histórias em quadrinhos.

Renato Canini participava com o personagem Zé Candango, um cangaceiro que vivia atormentando os super-heróis americanos. Os textos eram de José Geraldo e o personagem chegou a sair no "Jornal do Brasil" e no "Zero Hora", de Porto Alegre.

A cooperativa durou cerca de dois anos, mas não conseguiu se manter diante da turbulência geral causada pela renúncia de Jânio Quadros.


Deus

Renato Canini era uma pessoa que valorizava o lado espiritual da vida. Considerava Deus uma presença constante em sua vida e lia a Bíblia diariamente, "pelo menos cinco capítulos", fazia questão de dizer, garantindo já ter lido o livro sagrado, que considerava uma escola para a vida, mais de 40 vezes.

Sua fé chegou a afetar até mesmo suas decisões profissionais. Por conta de suas convicções religiosas, já deixou de aceitar trabalhos que entrariam em choque com aquilo que acreditava.


Morte

Segundo a professora universitária e amiga da família de Renato Canini, Fabiane Villela Marroni, o ilustrador sofreu um mal súbito enquanto estava em casa. "O Brasil perdeu um talento", desabafou a professora da Universidade Católica de Pelotas (UCPel), que acompanhava o trabalho do ilustrador.

O sepultamento ocorreu às 16:00 hs de quinta-feira, 31/10/2013, no Cemitério São Francisco de Paula, em Pelotas, RS.

Filmes

  • 2004 - Kactus Canini Kid, Uma Graficobioanimada (Documentário sobre a carreira de Renato Canini)
  • 2005 - Kactus Kid (Animação com o personagem de Renato Canini)


Prêmios e Homenagens

  • Em 2003, Renato Canini foi homenageado com o Troféu HQ Mix, recebendo o título de "Grande Mestre" do quadrinho nacional.
  • Em 2007, a entrega do 19° Troféu HQ Mix, homenageou Renato Canini através de seu personagem Kaktus Kid, usado para representar o troféu daquele ano.
  • Renato Canini foi contemplado, em 2005, com um número próprio na série de quadrinhos especiais Disney Grandes Mestres da Editora Abril.

Publicações

  • "Um Redondo Pode Ser Quadrado?" - Editora Formato - ISBN 9788572084741
  • "O Cigarro e o Formigo" - Editora Formato - ISBN 9788572086639
  • "Tibica - O Defensor da Ecologia" - Editora Formato -  ISBN 9788572086615
  • "Cadê a Graça que Tava Aqui?" - Coleção Série Rindo às Pampas, Mercado Aberto, RS

Fonte: Wikipédia
Indicação: Neyde Almeida

Paulinho Tapajós

PAULO TAPAJÓS GOMES FILHO
(68 anos)
Cantor, Compositor, Produtor Musical, Escritor e Arquiteto

* Rio de Janeiro, RJ (17/08/1945)
+ Rio de Janeiro, RJ (25/10/2013)

Paulo Tapajós Gomes Filho, mais conhecido como Paulinho Tapajós, foi um compositor, cantor, produtor musical, escritor e arquiteto brasileiro. Era filho do compositor, cantor e radialista Paulo Tapajós, com quem teve as primeiras noções de música, e de Norma Tapajós, e irmão do compositor Maurício Tapajós e da cantora Dorinha Tapajós.

Durante sua infância, costumava frequentar o auditório da Rádio Nacional, emissora da qual seu pai era diretor artístico. Cresceu em um ambiente musical, convivendo desde menino com vários artistas, como Emilinha Borba, Marlene e Radamés Gnattali, que costumavam frequentar a casa de seus pais.

Na adolescência, estudou violão com Léo Soares e Arthur Verocai, que veio a ser seu primeiro parceiro.

Paulinho Tapajós iniciou sua trajetória artística no final da década de 60, quando ainda cursava Arquitetura na Universidade Federal do Rio de Janeiro, onde se formou em 1971.

Participou, em 1968, do "Música Nossa", projeto realizado com o objetivo de promover encontros entre compositores e cantores em espetáculos realizados no Teatro Santa Rosa, no Rio de Janeiro. Nesse ano, teve pela primeira vez registrada uma música de sua autoria: "Madrugada" (Paulinho Tapajós e Arthur Verocai), incluída no LP "Música Nossa", em gravação de Magda.

Entre 1968 e 1970, destacou-se como compositor premiado em diversos festivais de música, com destaque para sua participação no III Festival Internacional da Canção, no qual obteve o terceiro lugar, na fase nacional, com a canção "Andança" (Paulinho Tapajós, Edmundo Souto e Danilo Caymmi), hoje com quase 300 gravações, e no IV Festival Internacional da Canção, no qual obteve o primeiro lugar na fase nacional e o primeiro lugar na fase internacional, com "Cantiga Por Luciana" (Paulinho Tapajós e Edmundo Souto), hoje com mais de 100 gravações.

Em 1969 começou a atuar também como produtor musical, função que vinha exercendo até hoje.

Na década de 70, participou de trilhas sonoras de novelas de televisão, com as seguintes canções:
  • 1970: "Irmãos Coragem" (Paulinho Tapajós e Nonato Buzar), tema de abertura da novela "Irmãos Coragem" (Rede Globo)
  • 1970: "Tema De Regina" (Paulinho Tapajós e Edmundo Souto) e "Quem Vem De Lá" (Paulinho Tapajós e Arthur Verocai), para a novela "A Próxima Atração" (Rede Globo)
  • 1970: "Assim Na Terra Como No Céu" (Paulinho TapajósNonato Buzar e Roberto Menescal), "Tema De Suzy" (Paulinho Tapajós e Roberto Menescal), "Amiga" (Paulinho Tapajós e Roberto Menescal), e o tema de abertura "Mon Ami (Fatos e Fotos)" (Paulinho Tapajós e José Roberto Bertrami), para a novela "Assim Na Terra Como No Céu" (Rede Globo)
  • 1970: "Onde Você Mora" (Paulinho Tapajós e Edmundo Souto), para a novela "Verão Vermelho" (Rede Globo)
  • 1971: "I Get Baby" (Paulinho Tapajós e Artur Verocai), para a novela "O Cafona" (Rede Globo)
  • 1971: "Tia Miquta" (Paulinho Tapajós e Arthur Verocai), para a novela "Minha Doce Namorada" (Rede Globo)
  • 1972: "É Natural" (Paulinho Tapajós e Antonio Adolfo), para a novela "Tempo De Viver" (Rede Bandeirantes)
  • 1973: "A Donzela" (Paulinho Tapajós e Naire), para a novela "As Divinas E Maravilhosas" (Rede Tupi)


Em 1972, iniciou sua carreira de intérprete, gravando, com sua irmã Dorinha Tapajós, o compacto duplo "Paulinho e Dorinha", contendo suas canções "É Natural" (Paulinho Tapajós e Antonio Adolfo), "O Profeta", "O Triste" (Paulinho Tapajós e Roberto Menescal) e "Vivências" (Paulinho TapajósChico Lessa e Edmundo Souto).

Em 1974, gravou seu primeiro LP, "Paulinho Tapajós", com destaque para "Se Pelo Menos Você Fosse Minha" (Paulinho Tapajós e Roberto Menescal), "Clara" (Paulinho Tapajós e Arthur Verocai) e "Andança" (Paulinho TapajósEdmundo Souto e Danilo Caymmi), entre outras.

Em 1979, lançou o LP "A História Se Repete", destacando-se as canções "Sapato Velho" (Paulinho TapajósMu Carvalho e Claudio Nucci), "Pera, Uva Ou Maçã" (Paulinho Tapajós e Arthur Verocai) e "Cantiga Por Luciana" (Paulinho Tapajós e Edmundo Souto), além da faixa-título, composta em parceria com Sivuca, entre outras.

Na década de 80, voltou a participar de trilhas sonoras de novelas de televisão, com as canções "No Tempo Dos Quintais" (Paulinho Tapajós e Sivuca), para a novela "Água Viva" (Rede Globo, 1980), "Coisas Do Coração" (Paulinho Tapajós e Mu Carvalho), para a novela "Os Ricos Também Choram" (SBT, 1982) e "Minha Pequena Princesa" (Paulinho Tapajós e Mu Carvalho), para a novela "O Direito De Amar" (TV Globo, 1987).

Lançou, em 1981, o LP "Amigos e Parceiros", no qual registrou suas canções "Coisas De Mãe", "O Choro Do Bruno" (Paulinho Tapajós e Abel Ferreira), "Seja O Que Deus Quiser" (Paulinho Tapajós e Ivan Lins), "Abel E Caim" (Paulinho Tapajós e Maurício Tapajós), "Amiga" (Paulinho Tapajós e Roberto Menescal) e "No Tempo Dos Quintais" (Paulinho Tapajós e Sivuca), entre outras.

Ivan Lins e Paulinho Tapajós
Em 1983, gravou o LP "Coisas Do Coração", com destaque para as canções "Aguapé" (Paulinho Tapajós e Edmundo Souto), "Cabelo De Milho" (c/ Sivuca), "Canção de esperar neném" (c/ Beth Carvalho) e "Filha da noite" (Paulinho Tapajós e Sivuca), além da faixa-título, composta em parceria com Mu Carvalho.

No ano seguinte, a Escola de Samba Unidos do Cabuçu venceu o Desfile das Escolas de Samba do Grupo 1 do Rio de Janeiro com "Beth Carvalho, A Enamorada Do Samba", samba-enredo de sua autoria, em parceria com Edmundo Souto, Iba Nunes e Luís Carlos da Vila. Ainda em 1984, compôs, com Antonio Adolfo e Xico Chaves, a trilha sonora do musical infantil "Astrofolias" (1984), de Ana Luíza Job, e participou da trilha sonora da peça "Sapatinho De Cristal", encenada por Lucinha Lins, com a música "Juntando Trapinhos" (Paulinho TapajósAry Sperling e Paulinho Mendonça).

Em 1986, publicou uma parte de sua obra, como compositor e letrista, no livro "De Versos", que recebeu ilustrações de Ziraldo. Nesse mesmo ano, assinou, com Antonio Adolfo e Xico Chaves, a trilha sonora do musical infantil "Passa, Passa, Passará", de Ana Luíza Job.

Atuou também na área publicitária, tendo realizado trabalhos de criação e produção de jingles para campanhas de clientes como Mesbla, Caderneta de Poupança Delfin, Du Loren, Classificados do Globo, Mister Pizza, Morumbi ShoppingVila Borghese, entre outros.

Paulinho Tapajós Participou de trilhas sonoras para o teatro, tendo assinado as versões para o espetáculo "Promisses, Promisses".

No cinema, teve músicas de sua autoria incluídas nas trilhas sonoras dos filmes "André, A Cara E A Coragem", "Se Segura, Malandro", "Os Vagabundos Trapalhões", "As Moças Daquela Hora", "Os Trapalhões Na Serra Pelada", "João E Maria", "Os Trapalhões Na Arca De Noé", "O Donzelo", "A Revolta Dos Anjos", "Galinho De Briga", "The Last Fight" e "Xuxa - Duendes 2".


Publicou os seguintes livros infantis: "Verde Que Te Quero Ver" (Paulinho Tapajós e Edmundo Souto) e o didático "Aprenda Com A Turma Do Verde" (Paulinho Tapajós e Edmundo Souto), tematizando a questão ecológica, "Eternos Meninos", "Janjão, O Anjo Doidão", "Pé De Sonhos", "Amor De Índio", "Cometa Coração", "Victor James", "Boi Da Cara Pintada", cujo texto remete ao movimento dos "caras-pintadas" no contexto do impeachment de Fernando Collor, e "Betinho, Corpo Magrinho, Coração Grandão", uma homenagem ao sociólogo Betinho e sua campanha pela cidadania. Adaptou para o teatro, em forma de musical, os livros "Verde Que Te Quero Ver" (Paulinho Tapajós e Edmundo Souto), "Eternos Meninos" e "Janjão, O Anjo Doidão".

As trilhas sonoras de "Verde Que Te Quero Ver" (Paulinho Tapajós e Edmundo Souto) e "Eternos Meninos", foram lançadas em LP. Adaptou Verde Que Te Quero Ver" para televisão, assinando também a produção musical do especial, exibido em 1984 pela Rede Globo, com a participação de Beth Carvalho, A Cor do Som, Lucinha Lins,  Viva Voz, entre outros.

Ainda na área infantil, foi responsável pela produção de "Brinque-Book: Canta E Dança II" (livro e fita cassete), que registrou uma leitura contemporânea de cantigas de roda, com destaque para "O Cravo Brigou Com A Rosa", "Na Mão Direita Tem Uma Roseira", "Meu Limão, Meu Limoeiro", "Trem De Ferro""Marcha Soldado", entre outras. No início da década de 1990, compôs a trilha sonora da peça infantil "Floresta Tenebrosa".

Em 1991, participou do projeto "Poeta Mostra A Tua Cara", criado e dirigido por Solange Kafuri, interpretando suas próprias canções.

Em 1996, lançou o CD "Coração Poeta", que incluiu suas canções "Irmãos Coragem" (Paulinho Tapajós e Nonato Buzar), "Assim Na Terra Como No Céu" (Paulinho TapajósRoberto Menescal e Nonato Buzar), "Tô Com O Diabo No Corpo" (Paulinho Tapajós e Sivuca), além da faixa-título, composta em parceria com Nelson Cavaquinho, e das regravações de "Sapato Velho", "Cantiga Por Luciana", "Cabelo De Milho", "Andança", "No Tempo Dos Quintais""Amiga", entre outras. O disco contou com a participação especial de Ivan Lins, Danilo Caymmi, Fagner, Beth Carvalho, MPB-4Sivuca, João Nogueira e Chico Buarque.


Em 1998, gravou o CD "Reencontro", no qual registrou suas canções "Do Fundo Do Armário" (Paulinho Tapajós e Nelson Cavaquinho), "Meu Braço De Violão" (Paulinho Tapajós e Raul Ellwanger), "Joatinga" (Paulinho TapajósEdmundo Souto e Beth Carvalho) e "Patins" (Paulinho Tapajós e Claudio Nucci), entre outras. A faixa-título, composta em parceria com Edmundo Souto e Danilo Caymmi, remete aos 30 anos de "Andança", canção emblemática na carreira dos compositores. O disco contou com a participação especial de Beth Carvalho, Claudio Nucci, Danilo Caymmi, Fagner, Golden Boys, Ivan Lins, além da Velha Guarda da Mangueira na faixa "Ao Chico, Com Carinho" (Paulinho TapajósEdmundo Souto e Moacyr Luz), uma homenagem ao compositor Chico Buarque.

Em 1999, participou do Festival de Inverno de Conservatória, no Rio de Janeiro. Nesse mesmo ano, apresentou-se, com Guilherme de Brito, no Vinicius Piano Bar, também no Rio de Janeiro. No espetáculo, além de canções próprias, a parceria inédita, "Alma Gêmea".

Paulinho Tapajós participou, no ano seguinte, "Encontro Galego No Mundo - Latim Em Pó", realizado em Santiago de Compostela.

Assinou, em 2002, a produção musical do Acústico de Jorge Benjor (CD, DVD e musical de televisão).

Participou, em algumas gestões, da diretoria da União Brasileira de Compositores (UBC).

Em 2003, foi lançado o CD "O Lirismo De Paulinho Tapajós", contendo canções de sua autoria interpretadas por Gerli e Haroldo Goldfarb. O disco foi contemplado, no ano seguinte, com o prêmio Melhor CD Tributo pelo Jornal das Gravadoras.

Em 2005, lançou o CD "Viola Violão" (Dabliú), em parceria com Marcello Lessa, com releituras de "Andança", "Aguapé", "Cabelo de Milho" e "Menininha do Portão", sendo o restante das composições inéditas, a maioria delas em parceria com Marcello Lessa. Destaque para "Chorinho Pro Meu Violão" e "Bonequinha Sapeca", além da música que dá título ao disco, esta em parceria com Claudio Nucci. Este CD contou com a participação especial de Lucinha Lins, Claudio Nucci e Simone Guimarães. Nesse mesmo ano, publicou, pela editora Nova Fronteira, os livros "A Lenda Da Vitória-Régia" e "A Lenda Do Uirapuru", abrindo a série "Lendas Brasileiras".

Em 2006 lançou, também com Marcello Lessa, o CD "Par Ou Ímpar" pelo selo Kuarup e posteriormente em nova edição pela CID, com releituras de "Sapato Velho", "Irmãos Coragem", "Cantiga Por Luciana", "No Tempo Dos Quintais", "Coisas Do Coração" e "Coração Poeta", além de inéditas em parceria com Marcello Lessa, com destaque para a música que dá título ao disco e ainda "Veludo Azul" e "Baixo Leblon". O disco contou com a participação especial de Wanda Sá, Luis Melodia, Claudia Telles e Eudes Fraga.

No dia 29/08/2007, foi homenageado pelo Instituto Cultural Cravo Albin na série "Sarau Da Pedra", No evento, foi afixada no Mural da Música do instituto uma placa com seu nome, a ele dedicada pela relevância de sua obra musical.

Em 2008, lançou pela CID o CD solo "Preparando A Canção", com releituras de "Pera, Uva Ou Maçã" e "A Velha", sendo o restante do repertório composto de músicas inéditas, com destaque para "Beijos", em parceria com Cartola, "A Companheira", em parceria com Guilherme de Brito, e ainda "Coração Vadio", "Estrela da Manhã", "Forró Pra Namorar" e "Minha Guanabara", em parceria com Claudio Nucci, além da música que dá titulo ao disco, de sua exclusiva autoria.


Morte

Paulinho Tapajós, morreu na sexta-feira, 25/10/2013, no Rio de Janeiro, aos 68 anos. Ele lutava contra um câncer havia anos. O velório será no sábado, 26/10/2013, no Cemitério São João Batista, a partir das 9:00 hs.

O primo de Paulinho Tapajós noticiou a morte no Facebook:

"Nesse momento recebi com muito pesar a notícia de falecimento do meu primo e amigo Paulinho Tapajós. Começamos juntos a carreira musical. Paulinho era um poeta de infinita grandeza. Estou muito triste com essa notícia embora soubesse que era inevitável e o melhor pra ele. Paulinho lutou bravamente contra um câncer. Foram uns seis anos de sofrimento intenso. Meus pêsames Heloísa. Querido amigo descanse em paz e até algum dia. Um beijo de luz na sua alma."

Fonte: Paulinho Tapajós e O Globo

Pedrinho da Luz

PEDRO DA LUZ
(67 anos)
Compositor e Guitarrista

☼ Salvador, BA (29/06/1945)
┼ Rio de Janeiro, RJ (10/05/2013)

Depois, em 1977, tornou-se produtor da PolydorEntre 2005 e 2013 foi membro da banda The Originals.

Iniciou a carreira artística no começo dos anos 1960.

Em 1964, foi um dos fundadores do conjunto de rock The Fevers, um dos principais do país, onde ficou na banda até 1977.

Em 1965, compôs "Quando o Sol Despertar", com Almir Bezerra, gravada no primeiro compacto simples lançado pelo conjunto The Fevers. No mesmo ano, fez a versão para a balada "Wooly Booly", de Samudio, lançada no segundo compacto da banda.

Em 1966, teve outra parceria com Almir Bezerra gravada pelos The Fevers, intitulada "Triste Sem Amor". No mesmo ano, foi autor de um dos primeiros sucessos da banda The Fevers, "Não Vivo Na Solidão", outra parceria com Almir Bezerra, lançada no primeiro compacto duplo do grupo.

Em 1969, teve as músicas "Não Quero Ir" e "Tormenta" gravadas pelos The Fevers no LP "O Máximo Em Festa", do selo London. No mesmo ano, lançou o LP "Peter", no qual gravou com os Fevers sob pseudônimo.


Em 1971, sua composição "Bridge", com Marcelo Sussekind, foi gravada em compacto pelo grupo We, na verdade, o grupo The Fevers sob pseudônimo. A música foi incluída na trilha sonora do filme "Tô Na Tua, Ô Bicho". No mesmo ano, a música "Farei Você Feliz", com Almir Bezerra, foi gravada pelos Fevers. Ainda em 1971, teve a balada "Pro Que Der E Vier", com Hyldon Souza, gravada no LP "A Explosão Musical Dos Fevers".

Em 1972, os Fevers gravaram mais uma composição sua intitulada "Não Consigo Esquecer", com Liebert. No mesmo ano, produziu, com Miguel Plopschi, o LP "As Super Quentes da Discoteca - Chacrinha & Supersonics" (Fevers sob pseudônimo).

Em 1973, teve "Alguém Em Meu Caminho", com Miguel Plopschi, gravada pelos The Fevers.

Em 1977, deixou o conjunto The Fevers e passou a atuar como produtor da Polydor.

Em 2005, passou a integrar a banda The Originals, formada por ex-integrantes dos conjuntos The Fevers, Renato e Seus Blue Caps e Os Incríveis. Atuou nesse grupo até 2012, período no qual participou das trilhas sonoras das novelas "A Lua Me Disse" (2005), "Ti Ti Ti" (2010) e "Guerra Dos Sexos" (2012), além de lançar três CDs e DVDs.

Morte

Pedrinho da Luz faleceu aos 67 anos, no Rio de Janeiro, no dia  10/05/2013, às 2h30min. Segundo o atestado de óbito, vítima de choque cardiogênico, infarto agudo do miocárdio, hipertensão arterial sistêmica e diabetes.

Ele foi sepultado no Cemitério São Francisco Xavier, Caju.

Obra
  • Alguém Em Meu Caminho (Com Miguel Plopschi)
  • Bridge (Com Marcelo Sussekind)
  • Farei Você Feliz (Com Almir Bezerra)
  • Não Consigo Esquecer (Com Liebert)
  • Não Quero Ir
  • Não Vivo Na Solidão (Com Almir Bezerra)
  • Pro Que Der E Vier (Com Hyldon Souza)
  • Quando O Sol Despertar (Com Almir Bezerra)
  • Tormenta
  • Triste Sem Amor (Com Almir Bezerra)
  • From The Deep Of My Heart (Pedrinho da Luz e Luciano Delucchi)

Indicação: Miguel Sampaio

Waldir Silva

WALDIR SILVA
(82 anos)
Compositor e Cavaquinista

* Bom Despacho, MG (1931)
+ Belo Horizonte, MG (01/09/2013)

Waldir Silva foi músico e compositor brasileiro, mestre de cavaquinho e autor do choro "Telegrama Musical".

Tocou em diversos bailes por todo o Brasil acompanhado pelo seu conjunto, lançando seus disco. Uma de suas primeiras composições foi "Telegrama Musical", onde recebeu elogios de Juscelino Kubitschek.

Mineiro de Bom Despacho, Waldir Silva foi um dos músicos mineiros que mais vendeu discos. Ao longo da sua vida, gravou mais de 30 álbuns, cujas vendas teriam ultrapassado seis milhões de cópias. Waldir Silva passou pelas principais gravadoras do país.


Os discos de Waldir Silva incluíam composições próprias e de outros autores. Waldir Silva foi uma referência no choro, juntamente com o flautista Altamiro Carrilho, morto em 2012. Os dois tocaram e gravaram juntos.

Waldir Silva ganhou do pai o seu primeiro cavaquinho quando completou sete anos de idade. Cinco anos depois, fez a sua primeira apresentação em Pitangui, no interior de Minas, e nunca mais parou, consolidando-se como referência na música instrumental nacional.

No ano 2000 participou das comemorações do 500 anos de Brasil em apresentação por Portugal.


Waldir Silva, que permaneceu na ativa até recentemente, tocou em bailes, serestas e fez shows por todo o país. Nos últimos tempos, contudo, vinha tocando menos e se apresentava sempre sentado, por causa de uma doença crônica.

Segundo sua filha, Cátia Magalhães, Waldir Silva sofria de miastenia grave. Trata-se de uma doença neuromuscular autoimune que causa fraqueza muscular e fadiga extrema. No dia 23/08/2013 ele foi internado com pneumonia e morreu às 12:35hs de domingo, 01/09/2013.

O corpo de Waldir Silva foi velado na Casa da Paz, em Belo Horizonte, junto ao Cemitério do Bonfim. O enterro de Waldir Silva ocorreu na manhã de segunda-feira, 02/09/2013, no tradicional Cemitério do Bonfim, em Belo Horizonte.

Radicado em Belo Horizonte, Waldir Silva deixou mulher, três filhos e dois netos. "É um cavaquinho que vai fazer falta", disse a filha.


Discografia

Waldir Silva lançou 29 LPs e 9 CDS, entre eles "Tangos e Boleros", com o qual recebeu o Disco de Ouro, da gravadora Movieplay.

Em 2010 lançou o CD "Os Mais Belos Tangos e Boleros". Apresentou-se no "Projeto Pizindin - Choro no Palco", no consevatório da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em Belo Horizonte, em grupo formado por Waldir Silva (cavaquinho), Zé Carlos (cavaquinho), Mozart Secundino (violão 6 cordas), Carlos Boechat (percussão), Agostinho Paolucci (violão 7 cordas) e Lúcia Bosco (voz).

Indicação: Miguel Sampaio

Gabriela Leite

GABRIELA SILVA LEITE
(62 anos)
Socióloga e Prostituta

* São Paulo, SP (22/04/1951)
+ Rio de Janeiro, RJ (10/10/2013)

Gabriela Silva Leite foi socióloga e prostituta brasileira. Foi prostituta da Boca do Lixo, em São Paulo, Zona Boêmia, em Belo Horizonte e da Vila Mimosa, no Rio de Janeiro. Estudou ciências sociais na Universidade de São Paulo mas não chegou a concluir, começou a cursar em 1969.

Fundou, 1992, a ONG Davida, que defende os direitos das prostitutas, a regulamentação da profissão e é contra a idéia de vitimização, de tratar a prostituição apenas como falta de opção para mulheres em situação de pobreza.

Em 1987, ela organizou o primeiro encontro nacional de prostitutas, no Rio de janeiro.

Em 2005, Gabriela Leite, idealizou a grife Daspu, desenvolvida por prostitutas, e cujo nome é uma provocação à Daslu, a maior loja de artigos de luxo do Brasil, pertencente à empresária Eliana Tranchesi.

Em 2009, Gabriela Leite escreveu a sua história no livro "Filha, Mãe, Avó e Puta", mais tarde adaptado para o teatro.

Em 2010, Gabriela Leite foi candidata à deputada federal pelo Partido Verde (PV).


Morte

Gabriela Leite, morreu vítima de câncer, aos 62 anos, às 19:00 hs do dia 10/10/2013, no Rio de Janeiro.

Na quinta-feira, 10/10/2013, o deputado Jean Willis apresentou no Congresso Nacional o Projeto Gabriela Leite, que regulamenta a atividade dos profissionais do sexo.

"Gabriela foi uma pessoa pública muito importante, que fez a diferença" - disse Flávio Lenz, assessor e amigo de Gabriela Leite.

Indicação: Miguel Sampaio

Norma Bengell

NORMA APARECIDA ALMEIDA PINTO GUIMARÃES D'ÁUREA BENGELL
(78 anos)
Atriz, Vedete, Cineasta, Produtora, Cantora e Compositora

* Rio de Janeiro, RJ (21/02/1935)
+ Rio de Janeiro, RJ (09/10/2013)

Norma Aparecida Almeida Pinto Guimarães d'Áurea Bengell foi uma atriz, cineasta, produtora, cantora e compositora brasileira. Foi a primeira atriz brasileira a apresentar-se em uma cena de nu frontal.

Norma Bengell estreou no teatro em "Cordélia Brasil", em 1968, sob a direção de Emilio Di Biasi. Nos anos seguintes, participou das peças "A Noite dos Assassinos" (1969), de José Triana, com direção de Eros Martim; "Os Convalescentes" (1970), com direção de Gilda Grilo; "Vestido de Noiva" (1976), de Nelson Rodrigues, sob a direção de Ziembinski. Em sua última atuação no teatro, participou da montagem de "Dias Felizes", de Samuel Beckett, em 2010.

No cinema, Norma Bengell participou de 64 filmes. Estreou nas telas aos 23 anos, no longa-metragem "O Homem do Sputnik", estrelado por Oscarito, onde chamou a atenção pela sua sensualidade, cantando e parodiando a famosa atriz francesa Brigitte Bardot.

Norma Bengell fez história em 1962 ao exibir o primeiro nu frontal do cinema brasileiro aos 27 anos, no filme "Os Cafajestes", de Ruy Guerra. Nos anos 80, lançou-se diretora de cinema com "Eternamente Pagu" (1988).

Na televisão, Norma Bengell começou sua carreira na TV Bandeirantes com "Os Adolescentes" (1981) e "Os Imigrantes" (1982). Em 1983, foi para a TV Globo, onde fez a minissérie "Parabéns Pra Você" (1983), e as novelas "Partido Alto" (1984) e "O Sexo dos Anjos" (1989).

Em 2008 assinou contrato com a TV Globo até novembro, efetivando assim sua personagem Deise Coturno até o fim da segunda temporada da série "Toma Lá, Dá Cá", sendo esse seu último trabalho ma TV em 2009. Antes, ela já havia feito participações esporádicas após a saída temporária do ator Ítalo Rossi, que vivia o Seu Ladir.

Norma Bengell depois tentaria a carreira de diretora, realizando, nessa função, o filme de 1996 "O Guarani", baseado na obra do romancista José de Alencar.

Em 2010 sua foto foi utilizada pela pré-candidata do Partido dos Trabalhadores (PT) à Presidência da República, a ex-ministra Dilma Rousseff, em seu sítio eletrônico. Tal atitude provocou polêmicas, inclusive a acusação do uso indevido da imagem e associação da atriz. No entanto, Norma Bengell desmentiu ter descontentamento e manifestou apoio à pré-candidata.

Em 27/04/2010 em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, a atriz Norma Bengell disse que não viu problema algum no uso de uma foto sua no website Dilma Na Web. A fotografia de Norma Bengell parece numa ilustração da seção "Minha Vida", que conta a trajetória de Dilma Rousseff e o contexto histórico do país desde a década de 1960.

Disse Norma Bengell: "Eu não vi, não. Uma amiga viu e me contou. Acho normal. Não tem nada que pedir desculpas. Fiz parte das passeatas contra a ditadura. Aliás, eu gosto da Dilma. Acho que ela é maravilhosa, uma mulher que sofreu muito. Tomara que ganhe", afirmou ela, dizendo ter simpatia pela ex-ministra da Casa Civil.


Cantora

Como cantora, seu primeiro sucesso foi o 78 rpm com "A Lua De Mel Na Lua" e "E Se Tens Coração", da trilha sonora do filme "Mulheres e Milhões", de Jorge Ilely.

Em 1959, lançou "Ooooooh! Norma", seu primeiro LP, com uma sonoridade bastante próxima da bossa nova, com várias canções de Tom Jobim e João Gilberto.

Após anos gravando participações em trilhas sonoras e discos de outros artistas, seu segundo LP "Norma Canta Mulheres", saiu apenas em 1977, com composições de Dona Ivone Lara, Luli e Lucina, Marlui Miranda, Dolores Duran, Chiquinha Gonzaga, Rosinha de Valença, Glória Gadelha, Sueli Costa, Rita Lee, Joyce e Maysa, além de "Em Nome do Amor", parceria de Norma Bengell com Glória Gadelha.

Norma Bengell foi casada durante 30 anos com o ator italiano Gabriele Tinti.


Problemas de Dinheiro

Em 2007, Norma Bengell disse ao G1 que estava sendo tratada "como uma bandida" pela Polícia Federal, que a acusava de lavagem de dinheiro, evasão de divisas e apropriação indébita. De acordo com investigações da Polícia Federal, a atriz teria comprado em 1996, por R$ 260 mil, um imóvel na época avaliado em mais de R$ 1 milhão.

A compra foi realizada logo após a captação de dinheiro para a realização do filme "O Guarani". O Tribunal de Contas da União considerou que Norma Bengell usou irregularmente o dinheiro captado para a realização do filme.

"Estou com problemas de saúde, de dinheiro. É a minha imagem de 50 anos de trabalho. Não sei o que vai acontecer comigo", disse a atriz na ocasião.


Morte

Norma Bengell morreu por volta das 3:00hs de quarta-feira, 09/10/2013. Ela estava internada no Centro de Tratamento Intensivo (CTI) do Hospital Rio-Laranjeiras, unidade Bambina, em Botafogo, na Zona Sul do Rio de Janeiro. O corpo da atriz será velado no Cemitério São João Batista, em Botafogo, a partir das 18:00hs de quarta-feira, 09/10/2013. A cremação está marcada para às 14:00hs de quinta-feira, 10/10/2013 no Cemitério do Caju, na Zona Portuária.

Norma Bengell foi hospitalizada no sábado, 05/10/2013. Ela enfrentava problemas respiratórios havia seis meses, desde quando médicos diagnosticaram um câncer no pulmão direito.

Televisão

  • 2008/2009 - Toma Lá, Dá Cá ... Deise Coturno
  • 2006 - Alta Estação ... Yolanda
  • 1993 - Você Decide
  • 1989 - O Sexo dos Anjos ... Vera
  • 1984 - Partido Alto ... Irene
  • 1983 - Parabéns Pra Você ... Mara
  • 1981 - Os Imigrantes ... Nena
  • 1981 - Os Adolescentes ... Paula

Filmes

  • 1959 - O Homem Do Sputnik
  • 1960 - Conceição
  • 1961 - Carnival Of Crime
  • 1961 - Mulheres E Milhões
  • 1961 - Sócia De Alcova
  • 1962 - Mafioso
  • 1962 - O Pagador De Promessas
  • 1962 - Os Cafajestes
  • 1963 - I Cuori Infranti
  • 1963 - Il Mito
  • 1963 - La Ballata Dei Mariti
  • 1964 - La Costanza Della Ragione
  • 1964 - Noite Vazia
  • 1965 - Mar Corrente
  • 1965 - Terrore Nello Spazio
  • 1965 - Una Bella Grinta
  • 1966 - As Cariocas
  • 1966 - I Crudeli
  • 1966 - La Muerte Se Llama Myriam
  • 1967 - A Espiã Que Entrou Em Fria
  • 1968 - Antes, O Verão
  • 1968 - Dezesperado
  • 1968 - Edu, Coração De Ouro
  • 1968 - Io Non Perdono... Uccido
  • 1968 - Juventude E Ternura
  • 1969 - O Anjo Nasceu
  • 1969 - OSS 117 Prend Des Vacances
  • 1969 - Verão De Fogo
  • 1970 - O Abismo
  • 1970 - O Palácio Dos Anjos
  • 1970 - Os Deuses E Os Mortos ... Soledade 4
  • 1971 - A Casa Assassinada
  • 1971 - As Confissões De Frei Abóbora
  • 1971 - Capitão Bandeira Contra O Doutor Moura Brasil
  • 1971 - Paixão Na Praia
  • 1972 - O Demiurgo
  • 1973 - Défense De Savoir
  • 1973 - Les Soleils De L'Ile De Pâques
  • 1975 - Assim Era A Atlântida
  • 1976 - Paranóia
  • 1977 - Maria Bonita
  • 1977 - Nas Quebradas Da Vida
  • 1978 - Mar De Rosas
  • 1978 - Na Boca Do Mundo
  • 1978 – Mulheres De Cinema (Curta-metragem)
  • 1981 - A Idade Da Terra
  • 1981 - Abrigo Nuclear
  • 1981 - Eros, O Deus Do Amor
  • 1982 - Tabu
  • 1983 - Rio Babilônia
  • 1984 - O Filho Adotivo
  • 1984 - Tensão No Rio
  • 1986 - A Cor Do Seu Destino
  • 1986 - Fonte Da Saudade
  • 1987 - Running Out Of Luck
  • 1987 - Mulher Fatal Encontra O Homem Ideal (Curta-metragem)
  • 1988 - Eternamente Pagu
  • 1988 - Fronteiras
  • 1992 - Vagas Para Moças De Fino Trato

Diretora

  • 1988 - Eternamente Pagu
  • 1996 - O Guarani
  • 2005 - Magda Tagliaferro - O Mundo Dentro De Um Piano
  • 2005 - Infinitamente

Discografia

  • 195? - "A Lua De Mel Na Lua - E Se Tens Coração" (Capitol / Odeon 78)
  • 1959 - "Ooooooh! Norma" (Capitol / Odeon LP)
  • 1965 - "Meia Noite Em Copacabana" (Elenco LP)
  • 1977 - "Norma Canta Mulheres" (Phonogram LP)
  • 2001 - "Groovy - Faixa "Feaver" (Sony Music CD)

Fonte: Wikipédia e G1