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Furinha

DEMERVAL FONSECA NETO
Dentista, Instrumentista e Compositor

☼ Rio de Janeiro, RJ (09/06/1903)
┼ Circa Anos 70

Demerval Fonseca Neto, conhecido por Furinha, foi um instrumentista e compositor. Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, no bairro do Catumbi, em 09/6/1903, e faleceu provavelmente nos anos 70.

Toda a família tocava de ouvido e, por volta de 1920, começou a tocar cavaquinho e, logo depois, bandurra (espécie de bandolim). Começou a compor ao iniciar seu trabalho em orquestra.

Em 1926 participou da Orquestra Raul Lipoff, tocando banjo, e com ela apresentava-se em festas e bailes.

Em 1927 lançou pela Odeon o choro "Tudo Teu", sua primeira composição gravada.

Em 1929 obteve sucesso com a gravação do choro "Verinha", pelo trompetista Djalma Guimarães, na Odeon.

Em 1930, Francisco Alves gravou, na Odeon, sua composição "Tristeza Havaiana" (Furinha e Lamartine Babo), com acompanhamento da Orquestra Pan-American, no qual faz um solo de guitarra havaiana.

Em 1931 passou a integrar a Orquestra de Simon Bountman, no Cassino do Copacabana Palace Hotel, na qual atuou até 1935, passando a exercer a partir de então sua profissão de dentista.

Furinha teve várias outras composições gravadas, entre as quais "Distância Infinita", pelo cantor Paulo Tapajós, e "Onde Estás", por gravada por Vero, pseudônimo do pianista Radamés Gnattali.

Gaúcho

FRANCISCO DE PAULA BRANDÃO RANGEL
(58 anos)
Cantor, Compositor e Violonista

☼ Cruz Alta, RS (29/06/1911)
┼ Rio de Janeiro, RJ (31/03/1970)

Francisco de Paula Brandão Rangel, mais conhecido por seu nome artístico de Gaúcho, foi um cantor e compositor brasileiro. Formou com Joel de Almeida a dupla Joel & Gaúcho, uma das mais bem-sucedidas da Música Popular Brasileira, especialmente na década de 1940. Como compositor, foi também um dos fundadores da Sociedade Brasileira de Autores, Compositores e Escritores de Música (SBACEM).

Joel de Almeida e Francisco de Paula Brandão Rangel, o Gaúcho conheceram-se no Rio de Janeiro em 1930 quando Joel de Almeida tinha 17 anos e Gaúcho 19 anos, em encontro promovido por amigos em uma noitada de samba na Tijuca, bairro da zona norte do Rio de Janeiro. Começaram então a cantar juntos, com Joel de Almeida batendo no chapéu de palha e Gaúcho tocando violão.

Francisco Rangel, o Gaúcho, chegou ao Rio de Janeiro como soldado das tropas de Getúlio Vargas que derrubaram o então presidente Washington Luís. A partir desse encontro, passaram a atuar em festinhas e serenatas. No mesmo ano, estrearam na Rádio Phillips no Rio de Janeiro através de Renato Murce no programa "Hora do Outro Mundo".

Contratados pela Rádio Philips, passaram a se apresentar também no "Programa Casé" e foram apelidados de Irmãos Gêmeos da Voz por Alziro Zarur.

Em 1935, a dupla obteve seu primeiro destaque em disco com o samba "Estão Batendo" (Gadé e Valfrido Silva), gravado pela Columbia. No lado B, o disco trazia o samba "O Chapéu é Quem Diz" (Gaúcho e Joel de Almeida), cuja gravação contou com o acompanhamento de Pixinguinha e sua orquestra.

Joel e Gaúcho
Em 1936, já pela RCA Victor, lançaram a marcha "Pierrô Apaixonado" (Heitor dos Prazeres e Noel Rosa), grande sucesso no Carnaval que marcou o início de uma série de êxitos no gênero. Eles a cantaram no filme "Alô, Alô, Carnaval" e passaram a se apresentar nos Cassinos da Urca e Atlântico e no Copacabana Palace Hotel. Ainda em 1936, gravou com Joel de Almeida o samba "Ai Se Tu Soubesses" (Gaúcho e Joel de Almeida). Lançaram os sambas "Não Precisa Pagar (Miguel Bauso, J. Fernandes e Buci Moreira), e "Pequena Futurista" (Francisco Matoso). Gravaram a marcha "Palhaço Não Chora" (Homero Ferreira, Kid Pepe e J. Piedade), os sambas "Mangueira" (Kid Pepe e Alcebíades Barcelos) e  "Nosso Amor Morreu" (Carolina Cardoso de Menezes).

Em 1937 gravaram os sambas "Parece Mandinga" (Constantino Silva e Nelson R. da Silva) e "Você Não Tem Razão" (Pedro Caetano). No mesmo ano gravaram a marcha "Jóia do Brasil" (Fernando de Castro Barbosa).

Em 1938 lançaram a marcha "Você Perdeu" (Benedito Lacerda e Darci de Oliveira) e o samba "Com as Mãos Nas Cadeiras" (Benedito Lacerda e Gastão Viana).

Em 1940 gravaram a batucada "Cai, Cai" (Roberto Martins), que se tornou um grande sucesso no Carnaval daquele ano, além da marcha, "Todo Barulho é Pouco" (Roberto Martins e Nássara).

Em 1941 gravaram a valsa "Sempre o Mesmo Velho Rio..." (João de Barro e Alberto Ribeiro), o samba "O Morro Começa Aí" (Custódio Mesquita e Heber de Bôscoli), e a marcha "Vamos Comadre" (Joel de Almeida e Pedro Caetano).

Em 1942 entre outras composições, gravaram os frevos "Dança do Carrapicho" e "O Passo do Caroá", ambos de Nelson Ferreira e Sebastião Lopes.

Em 1943 gravaram de Nássara e E. Frazão, as marchas "O Danúbio Azulou" e "Sai, Quinta Coluna", que referenciava a situação política nacional e internacional naqueles tempos de guerra mundial. De Joel de Almeida e Pedro Caetano, gravaram o maxixe "Quem Foi Que Disse?" e a valsa "Aceite o Convite". No mesmo ano, lançaram o sucesso "Aurora" (Roberto Roberti e Mário Lago), que depois chegou a ser lançado internacionalmente com as Andrew Sisters, gravado na Continental.

Joel e Gaúcho
Em 1944 gravaram a marcha "Quero Respeito" (Arno Canegal, Janet de Almeida e Ari Monteiro) e o samba "Guiomar" (Haroldo Lobo e Wilson Batista).

Em 1946 lançaram para o Carnaval a marcha "Mulata (Rainha do Meu Carnaval)" (Pereira Matos e Felisberto Martins). No mesmo período, gravaram com as Seis Pequenas do Barulho, a marcha "Alá! Alá!" (Pedro Caetano e Claudionor Cruz).

Em 1947 gravaram o boogie-woogie "Boogie-Woogie do Rato" (Denis Brean), um de seus mais expressivos lançamentos, e a batucada "Onde Há Fumaça Há Fogo". Nesse mesmo ano realizaram excursão à Argentina, apresentando na Rádio El Mundo e na Boate Embassy, na capital argentina. Nessa mesma ocasião, a dupla se desfez, com Joel de Almeida permanecendo em Buenos Aires como cantor e com Gaúcho retornando ao Brasil.

No início dos anos 1950 Joel de Almeida retornou ao Brasil e a dupla se refez realizando mais algumas gravações.

Em 1951 gravaram as marchas "Ai Amor" (Freire Jr.) e "Madame Butterfly" (Antônio Almeida).

Em 1952 gravaram a marcha "Saudades da Aurora" (Antônio Almeida, Roberto Roberti e Arlindo Marques Jr.). Nesse mesmo ano, Gaúcho resolveu abandonar o rádio, indo morar em Itacuruçá, praia no Rio de Janeiro, e a dupla se desfez definitivamente. Todavia, continuou atuando como compositor, tendo músicas gravadas por Léo RomanoDircinha Batista e pela dupla de palhaços Arrelia e Pimentinha.

Em 1957, seu choro "Chorinho Diferente" foi gravado por Sivuca e Seu Conjunto pela Copacabana.

Joel e Gaúcho
Em 1958, o samba "Três Beijos" (Gaúcho, Antônio Bruno e José Saccomani) foi gravado na RCA Victor pelo Trio Nagô, e o samba "Copo Simbólico" (GaúchoAntônio Bruno e José Saccomani), foi registrado pelo cantor Mário Martins pela gravadora Odeon. Fez com Arrelia e Morais, o samba "O Que é o Que é" gravado pelo palhaço de circo Arrelia em disco Copacabana.

Em 1959, teve o samba "Olha Nos Meus Olhos" gravado por Léo Romano na Odeon.

Em 1960, teve o samba "Preciso Amar" gravado por Léo Romano na Odeon, além de duas marchas lançadas na gravadora Copacabana, "Mustafá" (GaúchoArrelia e Léo Romano), na voz da dupla de palhaços de circo Arrelia e Pimentinha, e "Lá Em Casa Todo Mundo... Ó!", na voz do cantor Homem de Melo.

Em 1961, o samba "Ouça, Meu Amigo" (Gaúcho, João Saccomani e Jota Pacheco), foi gravado por Léo Romano na Mocambo.

Em 1962, a dupla tornou a se reunir e gravou pela RCA Victor o LP "Joel & Gaúcho" registrando os seus grandes sucessos, disco comemorativo aos trinta anos de formação da dupla.

Em 1963, a marcha "Trovador de Toledo" (Gaúcho, J. Nunes e José Saccomani),  foi gravada por Dircinha Batista, e a marcha "Galo de Ouro" (Gaúcho, Emílio SaccomaniArrelia), homenagem ao pugilista Éder Jofre, então campeão mundial de pesos pena, foi gravada pela dupla de palhaços de circo Arrelia e Pimentinha.

Em 1971 foi lançado pela RCA Victor o LP "Joel e Gaúcho - Os Irmãos Gêmeos da Voz", com destaque para "O Chapéu é Quem Diz" (Joel de Almeida e Gaúcho), "Canção Pra Inglês Ver" (Lamartine Babo), "Aurora" (Roberto Roberti e Mário Lago), e "Cai, Cai" (Roberto Martins). 

Embora sua carreira tenha ficado marcada pela dupla que fez com Joel, também incursionou pela carreira de compositor tendo inclusive sido um dos fundadores da Sociedade Brasileira de Autores, Compositores e Escritores de Música (SBACEM).

Fonte: Wikipédia, Dicionário Cravo Albin da MPB e Collector's
Indicação: Miguel Sampaio

Pedro Camargo

PEDRO GERALDO CAMARGO ROCHA
(74 anos)
Letrista, Publicitário, Tarólogo, Professor, Pianista, Ator e Cineasta

☼ São Paulo, SP (08/04/1941)
┼ Rio de Janeiro, RJ (24/06/2015)

Pedro Camargo foi um letrista, publicitário, tarólogo, professor, pianista, ator e cineasta. Nascido em São Paulo, em 08/04/1941, Pedro Geraldo Camargo Rocha foi para o Rio de Janeiro aos três anos. Era filho único do segundo casamento da mãe, mas teve cinco irmãos de um casamento anterior. O primeiro contato com a arte veio através da música, nas aulas de piano que a mãe insistia que fizesse. Aos 7 anos, foi apresentado ao cinema por uma amiga vizinha que trouxe uma câmera de 8 milímetros, ancestral da Super 8, e um projetor dos Estados Unidos.

Entre 1949 e 1952, estudou piano com Vera Bertucci, Nise Obino e Lúcia Branco.

Em 1959, compôs a trilha sonora para a peça "O Sol Gira Em Torno da Terra", de Andrej Widrzinski, com direção de Francisco Fernandes, encenada no Teatro do Pen Clube do Brasil, no Rio de Janeiro.

No início dos anos 60, mudou-se para Bauru, São Paulo, onde uma das irmãs morava. Estagiou na TV Bauru onde teve contato com Walter Avancini, Antonino Seabra, David Grinberg.

Em 1960, frequentou os seminários de dramaturgia do Teatro de Arena. Por essa época, integrou o elenco do Teatro Jovem no Rio de Janeiro.

No ano de 1961, escreveu, dirigiu e compôs as músicas da tele-peça "Para Viver Amanhã", apresentada no programa "Teledrama Continental", da TV Continental, canal 9 do Rio de Janeiro.

Em 1963, compôs o tema musical do programa de televisão "O Show é o Rio", escrito por Oduvaldo Vianna Filho, Dias Gomes, Armando Costa e Antônio Carlos Fontoura, com direção de Flávio Rangel, na TV Excelsior, canal 7 do Rio de Janeiro. Neste mesmo ano de 1963, compôs o tema musical do programa infantil "Brincando de Show", na TV Excelsior, canal 7.


Em 1964, teve a sua primeira música gravada "Sozinha de Você", em parceria com Durval Ferreira, interpretada por Tita. Nessa época, compôs com vários parceiros, entre eles, Durval Ferreira, Eumir Deodato, José Ari e Ugo Marota, diversos jingles para a agência de publicidade Tempo Produções Artísticas e seus clientes Coca-Cola, Manchete, Fatos & Fotos e Ponto Frio.

Em 1965, foi lançada a primeira gravação de "Chuva" (Pedro CamargoDurval Ferreira), no disco "Os Gatos", com arranjos de Eumir Deodato e solo de Maurício Einhorn. Neste mesmo ano, a música foi vertida para o inglês por Ray Gilbert com o nome "The Day It Rained". Mais tarde, a canção seria regravada por vários artistas, entre eles, Sylvia Telles, Wilson Simonal, Zimbo Trio, Samba Trio, Claudette Soares, Manfredo Fest Trio, Mitchel & Ruff, Dick Farney, Baden Powell, Maurício Einhorn, Maestro Gaya, Milt Jackson, Sarah Vaughn e Emílio Santiago.

No ano de 1966, compôs com Durval Ferreira a canção infantil "ABC" para o filme "Adorável Trapalhão", de J. B. Tanko, com Renato Aragão. Também em 1966 passou a integrar o quadro da American Society Of Composers And Publishers (ASCAP).

Em 1967, Roberto Carlos interpretou "É Tempo de Amar" (Pedro Camargo e José Ari) no disco "Roberto Carlos em Ritmo de Aventura". A música ainda ganhou uma versão para o italiano, "Tempo Di Sapere Amore", incluída no Lado B do compacto simples do "Festival de San Remo", vencido por Roberto Carlos com "Canzone Per Te".

No ano de 1968, Elizeth Cardoso no LP "Momentos de Amor", interpretou de sua autoria "Chuva".

Em 1969, sua composição "Chuva" foi tema do filme "Os Paqueras", de Reginaldo Farias.

Em 1976, entrou em contato com o tarô pelo livro "Um Novo Modelo do Universo", do filósofo russo P. D. Ouspensky.

No ano de 1979, escreveu, dirigiu e compôs a música para o curta-metragem "Celacanto Provoca Lerfá-um!", premiado no Festival de Brasília e no Festival de Penedo. Neste mesmo ano, compôs o tema musical "Circo", para seu filme "Amor e Traição", ou "A Pele do Bicho".

Em 1981, seu longa-metragem "Amor e Traição" representou oficialmente o Brasil na XVII Mostra Internacionale del Nuovo Cinema di Pesaro, na Itália. Mais tarde, o filme participou de 14 mostras internacionais.


Entre seus vários intérpretes estão Tito Madi e Dóris Monteiro, em "Verdade em Paz" (Pedro Camargo e Durval Ferreira); Os Gatos, em "O Show é o Rio", "Novo Sol", "Porque Somos Iguais" e "Verdade em Paz", todas em parceria com Durval Ferreira; Emílio Santiago, em "Porque Somos Iguais"; Capitão Aza e Martinha, em "ABC" (Pedro Camargo e Durval Ferreira); Rosana Toledo e Eumir Deodato, em "Encanto Triste" (Pedro Camargo e Durval Ferreira); Os Cariocas, em "Razão de Voltar" (Pedro Camargo e José Ari) e vários conjuntos da Jovem Guarda, inclusive Lafayette e Seu Conjunto, em "Tempo de Amar" (Pedro Camargo e José Ari).

Como publicitário, integrou os quadros das agências Organização Brasileira de Rádio (OBRA), Denison Propaganda e McCann-Erickson Publicidade, trabalhando como redator, diretor de comerciais e compositor de jingles.

Dirigiu cinco filmes de longa-metragem, entre eles "Amor e Traição" e alguns curtas-metragens, tendo sido contemplado com prêmios e menções honrosas no Brasil e no exterior.

Ministrou cursos de iniciação de cinema e foi o criador da primeira oficina de formação de atores para o cinema no Brasil.

Em 1983 começou a praticar o Tarô.

Em 1986, Pedro Camargo começou a dar aulas na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). Ele inicialmente substituiu o cineasta Sílvio Tendler na disciplina "Cinedocumentário". Depois, foi convidado pelo Departamento de Comunicação da universidade para assumir a cadeira "Introdução ao Cinema" que lecionou até 2011.

Lecionou também "Interpretação Para Cinema", no Curso de Formação de Atores da Faculdade da Cidade.

Também atuou como professor de Análise de Filmes e Prática Cinematográfica no Curso de Graduação em Cinema da Universidade Estácio de Sá, no Rio de Janeiro.

Em 1991, foi editor da versão brasileira da revista espanhol "Año Zero" por um ano. Frequentou encontros da Organização Nova Consciência, em Campina Grande, PB, entre outros eventos para debater a prática, como o Fórum Nacional do Tarô.

Em 1992 Pedro Camargo publicou, pela Editora Nova Era, "Iniciação ao Tarô", também traduzido para o espanhol.

Morte

Pedro Camargo morreu na madrugada de quarta-feira, 24/06/2015, aos 74 anos, vítima de complicações de cirrose hepática, doença da qual se tratava há anos. O velório ocorrerá a partir das 14:00 hs de quinta-feita, 25/06/2015, e a cremação às 18:00 hs, no Memorial do Carmo.

Indicação: Miguel Sampaio

Cristiano Araújo

CRISTIANO MELO ARAÚJO
(29 anos)
Cantor, Compositor e Instrumentista

☼ Goiânia, GO (24/01/1986)
┼ Goiânia, GO (24/06/2015)


Cristiano Melo Araújo foi um cantor, instrumentista e compositor brasileiro de música sertaneja. O cantor ficou famoso pela sua voz, com timbre forte, e por alguns singles que estouraram nas rádios como "Efeitos" (2011), "Mente Pra Mim" (2012), "Maus Bocados" (2013) e "É Com Ela Que Eu Estou" (2014).

1989 - 2009: Infância e Adolescência

Natural da cidade de Goiás, GO, Cristiano Melo de Araújo teve desde criança a influência da música sertaneja. Cantor por natureza, pois a música estava no sangue, vindo de família, desde seus bisavós, avós, pais e tios que sempre estiveram no meio da música, uma tradição que já dura quatro gerações.

Logo aos 3 anos, já mostrava o dom que fez com que seu pai percebesse que Cristiano Araújo teria um futuro artístico, pois mesmo sem falar direito, já era afinado, e conseguia cantar no compasso da melodia.

Era irmão de Ana Cristina Melo Araújo e Felipe Araújo. Era pai de João Gabriel e Bernardo.

Aos 6 anos de idade, ganhou dos seus pais, João Reis Araújo e Zenaide Melo, seu primeiro violão, no qual fez seus primeiros acordes, e aos nove anos, começou a fazer apresentações em público, participando de festivais, se apresentado em festas e comemorações.

Começou a compor muito cedo, e aos dez anos fez sua primeira composição, daí em diante, foi-se aperfeiçoando a cada dia escrevendo músicas, e assim passou a ser procurado por artistas interessados em suas composições.

Aos 13 anos, gravou seu primeiro CD com 5 músicas para participar do Festival do Faustão, onde ficou entre os seis melhores da região centro oeste, ganhando o direito de gravar uma faixa no CD "Jovens Talentos". Isso tudo fez com que as portas se abrissem para uma carreira promissora, fazendo shows em campanhas políticas, se apresentando em programas de televisão e participando de grandes eventos.

Continuou com sua carreira solo até os 17 anos, quando resolveu cantar em duplas, nesse período, que durou aproximadamente seis anos, gravou alguns trabalhos em vídeos e CDs, não conseguindo o êxito esperado, mas amadurecendo como artista a cada dia.

2010 - Presente: Consagração Nacional

Em 2010, resolveu seguir novamente carreira solo com um projeto mais ousado e diversificado, preparando a gravação de um CD e DVD com participações de grandes artistas de renome nacional.

Em janeiro de 2011, o projeto foi concretizado, intitulado "Efeitos", com participações de grandes cantores, como Jorge, da dupla Jorge & Mateus, Gusttavo Lima e Humberto & Ronaldo, dentre outros.

A partir daí, as coisas começaram a acontecer, com a explosão da música "Efeitos", de sua autoria, gravada com o amigo e companheiro de longa data Jorge, e já na primeira semana de divulgação na internet, as visualizações foram incontáveis, totalizando em pouco tempo, mais de 5 milhões de acesso, nos vários vídeos postados. Com isso, a procura de contratantes pelo Brasil aumentou, proporcionando a média de mais de 20 shows por mês em todo território nacional.

Agora, o mais novo fruto desse trabalho, foi a participação de Cristiano Araújo no programa "Domingão do Faustão", no qual foi premiado por votação direta do público e garantiu a sua participação em um dos maiores festivais sertanejos do Brasil, o Sertanejo Pop Festival 2012 realizado em São Paulo.

Em 2012, lançou seu segundo álbum ao vivo, intitulado "Ao Vivo em Goiânia", com participações de Bruno & Marrone, Fernando & Sorocaba, Israel & Rodolffo, seu pai João Reis, entre outros.

Em 02/08/2012, foi preso por excesso de barulho em festa em um condomínio horizontal de luxo na região sul de Goiânia. A polícia foi acionada às 4:30 hs da manhã devido ao som alto em uma festa em sua casa. Permaneceu por mais de sete horas na delegacia e foi solto mediante fiança. No momento da prisão, seu filho, na época com 4 anos, estava presente.

Em 2013, Cristiano Araújo, lançou o CD "Continua", com 20 novas músicas entre elas: "Maus Bocados", "Caso Indefinido", "Continua", dentre outras, e começou a fazer o Tour Continua pelo Brasil

Morte

Cristiano Araújo morreu na quarta-feira, 24/06/2015, vítima de um grave acidente automobilístico. Ele voltava de um show em Itumbiara, a 200 km de Goiânia, por volta das 3:00 hs, quando o veículo em que ele estava, um Range Rover, capotou, na BR-153, entre as cidades de Goiatuba e Morrinhos, em Goiás. A namorada do cantor, Allana Coelho Pinto de Moraes, de 19 anos, não resistiu aos ferimentos e faleceu no local.

Já o sertanejo foi socorrido em estado grave e levado ao Hospital Municipal de Morrinhos, onde recebeu os primeiros atendimentos. Em seguida, foi transferido em uma Unidade de Terapia Intensiva Móvel para o Hospital de Urgências de Goiânia (HUGO).

Ao dar entrada no Hospital de Urgências de Goiânia, foi confirmado o falecimento do cantor Cristiano Araújo. Os bombeiros fizeram atendimento emergencial e o transporte de Goiatuba para Goiânia, porém Cristiano Araújo não resistiu.

Além do sertanejo e da namorada, outras duas pessoas seguiam no veículo, o segurança Ronaldo Ribeiro, que dirigia o veículo, e o empresário Victor Leonardo, que tiveram ferimentos leves e passam bem.

Cristiano Araújo e a namorada Allana Moraes
O corpo de Allana Moraes foi levado ao Instituto Médico Legal (IML) de Morrinhos.

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou que as causas do acidente ainda são apuradas. "Fizemos um levantamento no veículo, que é do ano de 2015, e ele estava em perfeitas condições. A suspeita inicial é que o motorista tenha dormido ao volante, mas tudo isso ainda é devidamente apurado", afirmou o inspetor Newton Moraes.

Segundo o empresário, o cantor costumava viajar com um motorista particular para que "pudesse dormir após o show" e não precisasse dirigir. Ele ressaltou, ainda, que o condutor "é experiente e acostumado a guiar de madrugada".

O próximo show de Cristiano Araújo estava marcado para acontecer na noite de quarta-feira, 24/06/2015, em Caruaru, PE.

O velório de Cristiano Araújo ocorrerá por volta das 16:00 hs de quarta-feira, 24/06/2015, no palácio da música do Centro Cultural Oscar Niemeyer, em Goiânia. A cerimônia será aberta ao público, segundo informação da assessoria de imprensa da instituição. A princípio, a cerimônia iria acontecer no Ginásio Internacional Goiânia Arena, mas foi transferida por causa de reformas que acontecem no local, segundo a assessoria do cantor.

O sepultamento de Cristiano Araújo ocorrerá na quinta-feira, 25/06/2015, às 11:00 hs no Cemitério Parque Jardim das Palmeiras, na Rua Armogaste José Silveira, 100 - Setor Centro Oeste, Goiânia, GO.

Discografia

Em Estúdio
  • 2013 - Continua

Ao Vivo
  • 2011 - Efeitos Tour 2011
  • 2012 - Ao Vivo em Goiânia
  • 2014 - In The Cities - Ao Vivo em Cuiabá

DVDs
  • 2011 - Efeitos Tour 2011
  • 2012 - Ao Vivo em Goiânia
  • 2014 - In The Cities - Ao Vivo em Cuiabá

Turnês
  • 2011 - 2012 - Efeitos Tour
  • 2013 - Maus Bocados Tour

Singles
  • 2011 - Efeitos
  • 2012 - Me Apego
  • 2012 - Você Mudou
  • 2012 - Bara Bara
  • 2012 - Mente Pra Mim
  • 2013 - Caso Indefinido
  • 2013 - Maus Bocados
  • 2014 - Faz a Felicidade Voltar! (Será)
  • 2014 - Cê Que Sabe
  • 2014 - É Com Ela Que Eu Estou
  • 2015 - Hoje Eu Tô Terrível

Fonte: Wikipédia
#FamososQuePartiram #CristianoAraujo

Vera Brasil

VERA LELOT
(80 anos)
Cantora, Compositora e Violonista

☼ São Paulo, SP (07/05/1932)
┼ Araçoiaba da Serra, SP (18/07/2012)

Vera Brasil, nome artístico de Vera Lelot, foi uma cantora, compositora e instrumentista brasileira.

Com o nome artístico de Vera Brasil, ideia do pai Ulysses Lelot Filho, um compositor que assinava suas músicas como Sivan Castelo Neto e que, mais tarde, acabaria sendo parceiro musical da própria filha, passou a compor na década de 1950, sendo logo associada à bossa nova.

Começou a estudar violão aos 16 anos de idade. Alguns anos depois, dedicou-se ao canto e ao estudo de teoria musical com Miguel Arguerons.

Teve seu primeiro trabalho registrado em 1954, quando seu samba-canção "Três Palavras", composto em parceria com seu pai Silvan Castelo Neto, foi gravado por Mário Martins.

Em 1958, sua música "O Menino Desce o Morro" foi gravada por vários intérpretes, como Myriam Ribeiro, Geraldo Cunha, entre outros.

Vera Brasil participou de diversos festivais de Música Popular Brasileira, no Brasil e em outros países da América do Sul. 

Ao todo, escreveu mais de cem canções, algumas gravadas por artistas ilustres, como Elis Regina ("Eu Só Queria Ser"), Maysa ("O Menino Desce o Morro"), Jair Rodrigues ("Inaê") e Elizeth Cardoso ("Canto de Partir").


Como cantora, fez sua estréia em 1964, com o LP "Tema do Boneco de Palha", lançado pela gravadora Farroupilha. O título deste LP foi tirado da faixa do mesmo nome, gravação de uma de suas mais conhecidas canções, composta em parceria com seu pai. A partir desta data, começou a apresentar-se em shows e programas de televisão.

Em 1965, classificou-se em 3º lugar no I Festival Nacional de Música Popular, na TV Excelsior de São Paulo, com "Eu Só Queria Ser" (Vera Brasil e Myriam Ribeiro), interpretada por Claudette Soares.

Em 1966 obteve o 2º lugar no II Festival Nacional de Música Popular, na TV Excelsior de São Paulo, com "Inaê" (Vera Brasil e Maricene Costa), interpretada por Nilson.

Em 1967, Vera Brasil viajou em turnê para Portugal.

Vera Brasil foi diretora musical do espetáculo "Musicanossa", apresentado no Teatro de Arena de São Paulo, em 1968.

Em 1983, com a cantora Márcia e a pianista Maria Eugênia Pacheco de Brito, criou a Escola Play (Centro Audiovisual de Música). 

Como arranjadora e violonista, abriu em São Paulo na década de 1980 uma escola na qual criou seu próprio método de ensino, onde dava aulas usando técnicas de audiovisual.


Em 2002, após trinta anos afastada dos palcos, apresentou-se no Vinicius Piano Bar, no Rio de Janeiro. Foi homenageada num show, por vários artistas, entre os quais Gilberto Gil.

Em 2008, gravou o programa "Ensaio", da TV Cultura.

Nos últimos anos de sua vida, viveu numa chácara em Araçoiaba da Serra, no interior paulista.

Vera Brasil, além de musicista, chegou a ser secretária, professora de inglês, decoradora de interiores, fotógrafa e astróloga. Fazia ioga e tinha interesse por esoterismo e ficção científica.

Vera Brasil havia quebrado a bacia numa queda. Morreu na quarta-feira, 18/07/2012, aos 80 anos, vítima de complicações de saúde. Solteira, não teve filhos. Deixou o irmão, Berto Filho, jornalista.

Ela foi sepultada em cerimônia simples, entre parentes e amigos, no cemitério de Araçoiaba da Serra, no interior paulista, no dia 19/07/2012.

"Fica a lembrança de sua cultura musical e intelectual imensa, da multiplicidade do seu talento nas várias atividades que empreendeu, da sua importância na bossa nova e a saudade de sua presença companheira e solidária, na defesa dos direitos dos músicos e compositores!"
(Berto Filho, irmão de Vera Brasil)

Berto Filho entregou partituras de 70 músicas de Vera Brasil, além do violão Del Vecchio e a flauta doce Armstrong, ao maestro Rubens Gouvea, diretor da Orquestra Sinfônica de Araçoiaba da Serra, com o objetivo de perenizar a obra da cantora.

Discografia

  • 1964 - Tema do Boneco de Palha (Gravadora Farroupilha, LP)

Indicação: Carlos da Terra

Luiz Carlos Vinhas

LUIZ CARLOS PARGA RODRIGUES VINHAS
(61 anos)
Compositor e Pianista

☼ Rio de Janeiro, RJ (19/05/1940)
┼ Rio de Janeiro, RJ (22/08/2001)

Luiz Carlos Vinhas começou a tocar piano aos quatro anos de idade. Estudou piano clássico até os oito. Em 1957, participava como pianista de reuniões que marcaram o surgimento da bossa nova.

Iniciou sua carreira artística em 1958, apresentando-se em pocket shows de bossa nova, realizados no Beco das Garrafas, no Rio de Janeiro. Participou, nessa época, da gravação de "O Barquinho", de Roberto Menescal e Ronaldo Bôscoli

Formou, juntamente com Tião Neto (baixo) e Edison Machado (bateria), um dos primeiros conjuntos instrumentais da bossa nova, o Bossa Três. Com o grupo, viajou para os Estados Unidos em 1962, apresentando-se no programa de Ed Sullivan e gravando três LPs, lançados pela Audio Fidelity em New York. Voltou ao Brasil dois anos depois.

Em 1966, com a nova formação do Bossa Três, constituída por Otávio Baily (baixo) e Ronie Mesquita (bateria), e a participação dos cantores Pery Ribeiro e Leny Andrade, montou o Gemini V. Atuou, com o grupo, em gravações e shows no Brasil e no exterior, destacando-se a bem sucedida temporada de três anos no México.

Em 1968, gravou seu primeiro LP solo, "O Som Psicodélico de Luiz Carlos Vinhas", lançado pela gravadora CBS.

Atuou como pianista em discos de Elis Regina, Maria Bethânia, Wilson Simonal, Jorge BenjorQuarteto em Cy, entre outros.


Gravou, ainda, "Luiz Carlos Vinhas no Flag", "Luiz Carlos Vinhas", "Baila Com Vinhas", "O Piano Mágico de Luiz Carlos Vinhas", "Piano Maravilhoso" e "Vinhas e Bossa Nova".

Entre 1969 e 1971, atuou como pianista do Flag, no Rio de Janeiro, onde teve a oportunidade de acompanhar artistas internacionais, como Sarah Vaughan, Ella FitzgeraldGeorge Benson, entre outros.

A partir de 1971, apresentou-se em outras casas noturnas cariocas e paulistas, como Macksoud Plaza, Vogue, Privê, Chico's Bar, entre outras. Realizou, no Rio Palace, shows de abertura em espetáculos de artistas internacionais como Frank Sinatra, Julio Iglesias e Barry White.

Em 1994, apresentou-se em temporada de seis meses no Vinicius Bar, no Rio de Janeiro, tocando e contando as histórias da bossa nova, no show "Noites Cariocas". O espetáculo, recomendado pelo jornal New York Times aos turistas norte-americanos como um dos melhores programas do verão carioca daquele ano, gerou o CD "Vinhas e Bossa Nova".

No ano seguinte, foi convidado para uma temporada de apresentações na Itália, onde morou durante um ano.

Em 1996, participou da coletânea "Tempo de Bossa Nova", lançada pela revista Caras.

No ano seguinte, em homenagem à sua escola de samba, lançou o CD "Piano na Mangueira", interpretando obras dos compositores da Mangueira.

Em 2000, apresentou-se com a cantora Wanda Sá no Vinicius Bar, no Rio de Janeiro. Ao lado de Tião Neto (baixo) e João Cortez (bateria), gravou, com Wanda Sá o CD "Wanda Sá & Bossa Três", registrando canções como "Errinho à Toa" (Roberto Menescal e Ronaldo Bôscoli), "Brisa do Mar" (João Donato e Abel Silva), "Canção Que Morre no Ar" (Carlos LyraRonaldo Bôscoli), "Zanga Zangada" (Edu Lobo e Ronaldo Bastos), entre outras, além de "In The Moonlight" (John Williams e A&M Bergman). O disco teve show de lançamento no Bar do Tom, no Rio de Janeiro.

Morte

Luiz Carlos Vinhas morreu às 10:00 hs de quarta-feira, 22/08/2001, aos 61 anos, no Hospital Samaritano, no Rio de Janeiro. Ele estava internado desde o sábado, 18/08/2001, na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital.

Luiz Carlos Vinhas foi internado depois de ter sofrido uma parada cardiorrespiratória em consequência de uma cirurgia reparadora feita no abdome, na região dos olhos e do pescoço, realizada no sábado, na Clínica Interplástica, também em Botafogo, Rio de Janeiro.

Os médicos disseram acreditar que o fígado não metabolizou os anestésicos aplicados para realizar as operações, que voltaram ao organismo. Na segunda-feira, dia 20/08/201, os exames comprovaram a morte cerebral do músico.

Luiz Carlos Vinhas tinha um filho e foi casado duas vezes.


Discografia

  • 2000 - Wanda Sá & Bossa Três (Abril Music, CD)
  • 1998 - Bossa Nova: O Amor, o Sorriso e a Flor (Castle Brasil, CD)
  • 1997 - Piano na Mangueira (CID, CD)
  • 1997 - Nouvelle Vibe (Japão, CD)
  • 1996 - Tempo de Bossa Nova (Edição da Revista Caras, CD)
  • 1995 - Bossa Nova: História, Som e Imagem (Ventura Music, CD)
  • 1994 - Vinhas e Bossa Nova (CID, CD)
  • 1994 - Forma: A Grande Música Brasileira (CD)
  • 1989 - Piano Maravilhoso (Som Livre, LP)
  • 1986 - O Piano Mágico de Luiz Carlos Vinhas (Som Livre, LP)
  • 1982 - Baila Com Vinhas (Polygram, LP)
  • 1979 - Wilson Simonal (RCA, LP)
  • 1977 - Luiz Carlos Vinhas (Odeon, LP)
  • 1970 - Luiz Carlos Vinhas no Flag (Odeon, LP)
  • 1970 - Chovendo na Roseira (Tapecar)
  • 1969 - Maria Bethânia (Odeon, LP)
  • 1968 - O Som Psicodélico de Luiz Carlos Vinhas (CBS, LP)
  • 1968 - Elis Regina (Philips, LP)
  • 1967 - Gemini 5 no México (Odeon, LP)
  • 1966 - Bossa Três (Odeon, LP)
  • 1966 - Gemini 5 (Odeon)
  • 1965 - Bossa Três em Forma (Forma, LP)
  • 1964 - Wilson Simonal (Odeon, LP)
  • 1964 - Jorge Ben (Philips, LP)
  • 1964 - Quarteto em Cy (Forma, LP)
  • 1964 - Meirelles e o Copa 5 (Philips, LP)
  • 1964 - Novas Estruturas (Forma, LP)
  • 1962 - Bossa Três e Lennie Dale (Elenco, LP)
  • 1962 - Bossa Três (Audio Fidelity, LP)
  • 1962 - Bossa Três & Jo Basile (Audio Fidelity, LP)
  • 1962 - Bossa Três e Seus Amigos (Audio Fidelity, LP)
  • 1958 - O Barquinho

Indicação: Miguel Sampaio

Pedro Sertanejo

PEDRO DE ALMEIDA E SILVA
(69 anos)
Compositor e Acordeonista

* Euclides da Cunha, BA (26/04/1927)
+ (03/01/1997)

Nascido no sertão da Bahia, em Euclides da Cunha, seguiu para a região sudeste a fim de tentar a carreira artística Em 1946 mudou para São Paulo. Seu pai Aureliano foi um grande mestre sanfoneiro na cidade de Euclides da Cunha, próxima da região de Canudos, Bahia. Pedro Sertanejo é pai de Osvaldinho do Acordeom.

Em 1956 realizou a primeira gravação, companhado de seu conjunto, pela Copacabana, interpretando o xote "Roseira do Norte" (Pedro Sertanejo e Zé Gonzaga) e a polca "Zé Passinho na Festa"  (Pedro Sertanejo).

Em 1958, já na gravadora Todamérica, gravou de sua autoria, o baião "Balaio do Norte" e o forró "Forró Brejeiro", tocando acordeom.

Em 1959 gravou a polca "Euclides da Cunha" (Pedro Sertanejo), em referência ao nome de sua cidade natal, e a rancheira "Caipirinha" (Nadim de Correia Marques).

Em 1960 gravou o forró "Forró de Aracaju" (Pedro Sertanejo) e o baião "Rancho Velho" (Pedro Sertanejo).


Em 1961 foi contratado pela gravadora Continental, que relançou no mesmo ano vários de seus antigos sucessos gravados principalmente na Todamérica, entre os quais a polca "Festa na Fazenda" e o xote "Arco-Verde", de sua autoria. Ainda no mesmo ano lançou a polca "Bela vista" (Pedro Sertanejo e Pedrinho), e o forró "Forró Pernambucano" (Pedro Sertanejo e Bernardo Lima).

Em 1962 passou a gravar na gravadora Caboclo, onde lançou com seu conjunto o forró "Forró Alagoano" (Pedro Sertanejo), o baião "Azulão" (Pedro Sertanejo e Milton Cristofani), e a quadrilha "Festa de São João" (Sertãozinho e Milton Cristofani), entre outras composições.

Em 1963 gravou de sua autoria o forró "Sete Punhá" e o chamego "Chuliado da Vovó" (Milton José).

Em 1964 fundou o selo Cantagalo, dirigindo a gravadora por toda a década de 60. Nesse período, convidou Dominguinhos, então iniciante, a gravar LP destinado ao público migrante nordestino.

Nos anos 70 gravou diversos LPs pela gravadora Continental, entre os quais "Forró Brejeiro", "Visite o Nordeste" e "Sanfoneiro do Norte", sempre cultuando a música de raiz nordestina, especialmente o forró.

Apontado por muitos como o iniciador da cultura do forró em São Paulo, ao longo de sua carreira, lançou mais de 40 discos e compôs cerca de 700 músicas. Criou o Salão Pedro Sertanejo em São Paulo, para a apresentação de show de forró.

Discografia

  • S/D - Forró Brejeiro (Continental)
  • S/D - Forró de Luna (Musicolor, LP)
  • S/D - Forró na Casa Grande (Musicolor, LP)
  • S/D - Meu Sabiá (Musicolor, LP)
  • S/D - Na Onda do Forró (Tropicana, LP)
  • S/D - Rato Molhado (Musicolor, LP)
  • S/D - Sanfoneiro do Norte (LP)
  • S/D - Sertão Brasileiro (Continental, LP)
  • S/D - Visite o Nordeste (Continental, LP)
  • S/D - Forró Pernambucano (Cantagalo, LP)
  • 1997 - Adeus Jacobina (RB Music, CD)
  • 1983 - Homenagem aos Conterrâneos (Sertanejo/Chantecler, LP)
  • 1982 - Forró na Capital (Sertanejo/Chantecler, LP)
  • 1979 - Forró da Gafieira (Musicolor/Continental, LP)
  • 1978 - Forró de Luna (Musicolor/Continental, LP)
  • 1978 - Forró na Casa Grande (Musicolor/Continental, LP)
  • 1977 - Meu Sabiá (Musicolor/Continental, LP)
  • 1975 - Forró Brejeiro (Musicolor/Continental, LP)
  • 1974 - Sertão Brasileiro (Musicolor/Continental, LP)
  • 1973 - Visite o Nordeste (Musicolor/Continental, LP)
  • 1973 - Sanfoneiro do Norte (Musicolor/Continental, LP)
  • 1972 - Na Onda do Forró (Tropicana/CBS, LP)
  • 1970 - Coração Do Norte (Musicolor/Continental, LP)
  • 1970 - Pedro Sertanejo (Musicolor/Continental, LP)
  • 1967 - Rato Molhado (Musicolor/Continental, LP)
  • 1967 - Chapéu de Couro (Musicolor/Continental, LP)
  • 1966 - Saudade de Itapoã (Continental, LP)
  • 1963 - Sete Punhá / Chuliado da Vovó (Continental, 78)
  • 1963 - Roseira do Norte / Zé Passinho na Festa (Sabiá, 78)
  • 1963 - Festa em Geremoabo / Coqueiro Seco (Sabiá, 78)
  • 1962 - Forró Alagoano / Azulão (Caboclo, 78)
  • 1962 - Sanfoneiro do Norte / Limeirinha (Caboclo, 78)
  • 1962 - Festa de São João / Coração do Norte (Caboclo, 78)
  • 1961 - Festa na Fazenda / Arco-Verde (Continental, 78)
  • 1961 - Diabo no Forró / Saudade de Jacobina (Continental, 78)
  • 1961 - Boa Esperança / Ladeira do Sabão (Continental, 78)
  • 1961 - Balaio do Norte / Forró Brejeiro (Continental, 78)
  • 1961 - Forró Nordestino / Euclides da Cunha (Continental, 78)
  • 1961 - Campo Formoso / Caipirinha (Continental, 78)
  • 1961 - O Rei do Sertão / Quadrilha do Norte (Continental, 78)
  • 1961 - Bela Vista / Forró Pernambucano (Continental, 78)
  • 1961 - Balão, Quadrilha e Quentão (Continental, LP)
  • 1960 - Rancho Velho / Forró de Aracajú (Todamérica, 78)
  • 1960 - Festa na Fazenda / Arco-Verde (Todamérica, 78)
  • 1959 - Forró Nordestino / Euclides da Cunha (Todamérica, 78)
  • 1959 - Campo Formoso / Caipirinha (Todamérica, 78)
  • 1959 - Diabo no Forró / Saudade de Jacobina (Todamérica, 78)
  • 1959 - Boa Esperança / Ladeira do Sabão (Todamérica, 78)
  • 1958 - Balaio do Norte / Forró Brejeiro (Todamérica, 78)
  • 1958 - O Rei do Sertão / Quadrilha do Norte (Todamérica, 78)
  • 1956 - Roseira do Norte / Zé Passinho na Festa (Copacabana, 78)
  • 1956 - Festa em Geremoabo / Coqueiro Seco (Copacabana, 78)

Indicação: Miguel Sampaio

Mangabinha

CARLOS ALBERTO MANGABINHA RIBEIRO
(73 anos)
Cantor, Compositor e Acordeonista

* Corinto, MG (16/03/1942)
+ Belo Horizonte, MG (23/04/2015)

Carlos Alberto Mangabinha Ribeiro foi um acordeonista, compositor, cantor, integrante do grupo musical Trio Parada Dura desde a sua primeira formação.

Trabalhou como bóia-fria no interior mineiro. Aos oito anos de idade começou a tocar a sanfona de oito baixos, apresentando-se em festas e forrós de sua região. Sua formação musical começou ainda na infância aprendendo a tocar a sanfona de oito baixos que pegava escondido de seu pai, seguindo a tradição musical em família de onde, musicalmente, sairia sua realização profissional através da música sertaneja, e, de onde varias parcerias seriam no Trio Parada Dura, o auge da sua carreira como músico e instrumentista.

Em 1950, passou a apresentar-se em festas e forrós, usando uma sanfona de 8 baixos.

Em 1970, mudou-se para Belo Horizonte e na capital mineira formou um trio juntamente com Gino & Geno com os quais lançou um LP.

Em 1973, mudou-se para São Paulo onde atuou na Rádio 9 de Julho. Nessa ocasião, atuou com Delmir & Delmon na primeira formação do Trio Parada Dura.


Em sua carreira solo gravou 21 LPs instrumentais como acordeonista nas gravadoras Chororó, Copacabana e Chantecler. Seus maiores sucessos como compositor foram "Furando o Couro", "Nova República", "Forró Número 2", "Chão Mato-Grossense", "Balaio de Gato" e "Com Amor e Com Carinho".

Em 1991, o Trio Parada Dura gravou de sua autoria as composições "Trovão Azul" (Mangabinha, Rossi e Alcino Alves), "Não Aceito Seu Adeus" (Mangabinha e Ronaldo Adriano), "Por Te Querer" (MangabinhaRossi e Alcino Alves), "Vestido Branco" ((MangabinhaRonaldo Adriano e Benedito Seviero), "Bebendo e Chorando" (Mangabinha e Ronaldo Adriano), "Adeus, Palavra Cruel" (MangabinhaAlcino Alves e Rosa Quadros), "Tentei Viver Sem Você" (MangabinhaAlcino Alves e Parrerito), "Me Guardando Pra Você" (Mangabinha Alcino Alves), "Coração Só Quer Você" (MangabinhaAlcino Alves e Rossi) e "Filho do Sertão" (Mangabinha Ronaldo Adriano).

Em 1992, o Trio Parada Dura se desfez e Mangabinha ficou cinco anos sem gravar.

Em 1997, retornou à carreira artística em nova formação do Trio Parada Dura.

Em 1999, a EMI na série Raízes Sertanejas lançou o CD "Mangabinha", com 20 sucessos do artista.

Atualmente Mangabinha gerenciava uma casa de festa com seu nome, mas não abandonou o acordeon e continuava tocando, mesmo com a recaída do sucesso conquistada pelo Trio Parada Dura.

Morte

Mangabinha morreu na manhã de quinta-feira, 23/04/2015, vítima de um infarto em decorrência de diabetes, em Belo Horizonte, MG.

Mangabinha estava internado no Hospital Socor desde o dia 13/04/2015 para tratar de diabetes, doença descoberta em 1982. Contudo, seu quadro de saúde piorou nos últimos dias após apresentar complicações médicas. O óbito foi confirmado por volta das 07:00 hs após ele sofrer um infarto.

Segundo a assessoria de imprensa do Hospital Socor, a família do cantor não autorizou a divulgação do prontuário.

Discografia

  • 1999 - Mangabinha - Raízes Sertanejas (EMI, CD)
  • 1999 - Dois Amigos no Forró - Mangabinha e Nhozinho (Atração Fonográfica, LP)
  • 1996 - O Sanfoneiro Parada Dura (MM Gravações, LP)
  • 1992 - Forró Brilhante (Alvorada/Chantecler, LP)
  • 1991 - Mangabinha (Alvorada/Chantecler, LP)
  • 1990 - Pagodão do Mangaba (Copacabana, LP)
  • 1988 - Festa Sertaneja (Copacabana, LP)
  • 1987 - Força Maior (Copacabana, LP)
  • 1985 - Forró no Barcelona (Copacabana, LP)
  • 1984 - Puxa o Fole Tesouro (Copacabana, LP)
  • 1983 - Baixei o Guatambu (Copacabana, LP)
  • 1983 - Outro Regaço (Copacabana, LP)
  • 1981 - Aperreado no Forró (Copacabana, LP)
  • 1980 - O Tal Regaço (Copacabana, LP)
  • 1978 - O Forró do Mangabinha (Som/Copacabana, LP)
  • 1975 - Pisão no Calo (Chororó, LP)
  • 1974 - Pé de Bode (Chororó, LP)

Indicação: Miguel Sampaio

Waldir Calmon

WALDIR CALMON GOMES
(63 anos)
Compositor e Pianista

* Rio Novo, MG (30/01/1919)
+ Rio de Janeiro, RJ (11/04/1982)

Waldir Calmon Gomes foi um pianista e compositor brasileiro de grande sucesso nos anos 50. Gravou dezenas de discos, entre eles, a famosa série "Feito Para Dançar" e a música tema do extinto Canal 100, "Na Cadência do Samba (Que Bonito É)". Também gravou com Ângela Maria o disco "Quando Os Astros Se Encontram", em 1958. Neste LP, encontra-se o maior sucesso da sapoti: "Babalu".

Waldir Calmon criou um estilo imitado por muitos pianistas que o sucederam.

No ano de 1941 já como Waldir Calmon fez sua primeira gravação acompanhando Ataulfo Alves em "Leva Meu Samba".

Depois formou o grupo Gentleman da Melodia e circulou por teatros e cassinos do Rio e São Paulo. Foi nessa época que começou a tocar o primeiro solovox, um pequeno teclado incorporado ao piano, precursor dos sintetizadores, trazido para o Brasil, popularizando o instrumento.

Na década de 50 gravou vários discos "Ritmos Melódicos", no selo Discos Rádio, "Para Ouvir Amando", "Chá Dançante" e "Feito para Dançar", na gravadora Copacabana. Waldir Calmon foi o pioneiro a gravar sucessos dançantes em faixas únicas, ininterruptas, adequados a animar festas, eternizando nos acetatos o som que produzia nas boates de então.


Em 1955 abriu sua própria casa noturna, a popular Arpège, no Leme, Rio de Janeiro, que funcionou até 1967 e onde atuaram João Gilberto, Tom Jobim, Vinicius de Moraes, além de Chico Buarque, que fez um de seus primeiros shows, em 1966, ao lado de Odete Lara e MPB-4.

Seu conjunto era formado nessa época por Paulo Nunes (guitarra), Milton Banana (bateria), Eddie Mandarino e Rubens Bassini (percussão), Gagliardi (contrabaixo) e o próprio Waldir Calmon, ao piano e solovox.

Entre 1970 e o começo de 1977, atuou com sua orquestra de baile no Canecão, no Rio de Janeiro, antes e depois do show principal.

Nos últimos anos de carreira, passou a tocar também sintetizadores.

Casou-se com a também artista Marta Kelly, que adotou o nome Marta Calmon após o casamento. Com o nascimento da primeira filha, em 1963, esta abandonou a carreira para dedicar-se apenas ao casamento.

Waldir Calmon morreu em 11/04/1982 vítima de um infarto do miocárdio. Dois anos após, sua viúva voltou à cena artística, cantando e administrando a Orquestra Waldir Calmon.

Discografia
  • Série Feito Para Dançar (Volumes 1 ao 12)
  • Série Novo Feito Para Dançar (Letras A a E)
  • Série Chá Dançante (Volumes 1 ao 3)
  • Série Mambos (Volumes 1 e 2)
  • Série Para Ouvir Amando (Volumes 1 e 2)
  • Série Ritmos Melódicos (Volumes 1 e 3)
  • Série Uma Noite no Arpége (Volumes 1 ao 3)
  • Sonhos e Melodias
  • Boleros
  • Samba, Alegria do Brasil
  • Rosita Gonzales Com Waldir Calmon
  • Hit Parade
  • O Sucesso, Hoje
  • Lembranças de Paris
  • Ritmos do Caribe
  • Quando os Astros Se Encontram - Waldir Calmon e Ângela Maria
  • Ritmos S. Simon
  • Romance Sin Palabras
  • E o Espetáculo Continua
  • Clássicos Para Dançar
  • Nos Requebros do Samba
  • Músicas de Herivelto Martins
  • Waldir Calmon e Seus Multisons
  • Discoteque - Feito Para Dançar
  • Waldir Calmon - Feito Para Dançar, de 1980

Fonte: Wikipédia
Indicação: Miguel Sampaio