Mostrando postagens com marcador 2012. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador 2012. Mostrar todas as postagens

Marcos Paulo

MARCOS PAULO SIMÕES
(61 anos)
Ator e Diretor

* São Paulo, SP (01/03/1951)
+ Rio de Janeiro, RJ (11/11/2012)

Com uma infância sofrida, foi criado pela avó após ter perdido a mãe um dia após seu nascimento, além de nunca ter conhecido o pai, Marcos Paulo era filho adotivo do ator e diretor Vicente Sesso, o que lhe garantiu contato precoce com a TV.

Nascido em São Paulo no dia 1 de março de 1951 e criado no bairro do Bixiga,  Marcos Paulo  tornou-se em suas mais de quatro décadas na área, um dos mais conceituados profissionais das artes cênicas no Brasil, atuando tanto na frente das câmeras quanto atrás delas, no cargo de diretor.

Estreou na televisão como ator em 1967, na novela "O Morro dos Ventos Uivantes", ainda na extinta TV Excelsior. Depois, ainda passou pela TV Record, no ano seguinte, na trama "Ana", e, em 1969, pela TV Bandeirantes, como Marcos em "Era Preciso Voltar". Antes de debutar na TV Globo em "A Próxima Atração", ainda passou pela emissora que o revelou em "Sangue Do Meu Sangue".

Em mais de 40 anos na televisão, Marcos Paulo participou de 37 novelas, entre elas, "Roque Santeiro" (1985) no papel de Jorge de Lima, "Quatro Por Quatro" (1994) como Gustavo, e "Páginas Da Vida" (2006) interpretando Diogo Côrrea. Seu último trabalho como ator se deu em 2008, fazendo participação especial como o Dr. Tadeu, em "Desejo Proibido".


A estreia como diretor ocorreu em 1978, no comando de "Dancin´ Days", de Gilberto Braga, grande sucesso estrelado por Sônia Braga e Antônio Fagundes. O trabalho nos 173 capítulos gravados foi dividido com Daniel Filho, Gonzaga Blota, Denis Carvalho e José Carlos Pieri.

Ainda ocupou o posto em outras 15 atrações da TV Globo, sendo 11 novelas, como "Roque Santeiro" e "Fera Ferida", dois seriados, "Estação Globo" (2007 a 2009) e "Malhação" (2009), e uma minissérie, "Parabéns Pra Você" (1983).

Atuou também em filmes brasileiros de sucesso, como "Eu Transo, Ela Transa" (1972) e "Se Eu Fosse Você 2" (2008), sendo que sua última aparição no cinema foi em "Faroeste Caboclo", de René Sampaio, no qual fez o personagem Ney.

A estreia como diretor nos cinemas só se deu em 2010, com o longa "Assalto Ao Banco Central", estrelado por Lima Duarte, Eriberto Leão e Giulia Gam. O trabalho foi lançado em julho de 2011, apenas um mês depois da descoberta do Câncer no Esôfago.

Morte

O ator e diretor Marcos Paulo, um dos principais nomes da teledramaturgia brasileira, morreu no domingo, 11/11/2012, aos 61 anos, no Rio de Janeiro. A informação foi confirmada pelo canal de notícias Globo News.

No mês de maio de 2011, durante um exame de rotina, Marcos Paulo foi diagnosticado com um Câncer no Esôfago que o levou a vários meses de tratamento em no Hospital São José da Beneficência Portuguesa, em São Paulo. Em agosto, passou por cirurgia para a retirada do tumor e, pouco mais de uma semana internado naUnidade de Terapia Intensiva do local, foi anunciada sua boa recuperação.

Na última semana do mês de outubro de 2012, Marcos Paulo realizou uma série de exames que apontaram uma saúde perfeita e a total remissão do tumor, informou a assessoria de imprensa do Hospital São José, onde o processo foi realizado, no dia 31 de outubro.

De acordo com o oncologista Fernando Maluf, Marcos Paulo só precisaria, a partir de então realizar novos exames em 2013.

A causa da morte de Marcos Paulo foi uma Embolia Pulmonar.

Marcos Paulo será cremado na terça-feira, 13/11/2012.


Televisão Como Ator

  • 1967 - O Morro Dos Ventos Uivantes
  • 1968 - Ana Vladimir
  • 1969 - Era Preciso Voltar ... Marcos
  • 1969 - Sangue Do Meu Sangue
  • 1970 - A Próxima Atração ... Téo
  • 1970 - Pigmalião 70 ... Kico
  • 1971 - Minha Doce Namorada ... Raul
  • 1972 - Uma Rosa Com Amor ... Sérgio
  • 1972 - Meu Primeiro Baile ... Eduardo
  • 1972 - O Primeiro Amor ... Marcos Paulo Peitl
  • 1973 - Carinhoso ... Eduardo
  • 1974 - Fogo Sobre Terra ... André
  • 1975 - O Grito ... Orlando
  • 1975 - Gabriela ... Rômulo Vieira
  • 1976 - O Casarão ... Eduardo
  • 1977 - Nina ... Miguel
  • 1979 - Plantão De Polícia ... Editor-Chefe Jornal Serra
  • 1983 - Eu Prometo ... Justo Dinard
  • 1984 - Corpo A Corpo ... Cláudio Fraga Dantas
  • 1984 - Meu Destino É Pecar ... Maurício
  • 1984 - Transas e Caretas ... Amigo de Thiago (José Wilker)
  • 1985 - Roque Santeiro ... Jorge de Lima
  • 1986 - Sinhá Moça ... Rodolfo Garcia Fontes
  • 1987 - Brega e Chique ... Luís Paulo
  • 1988 - O Primo Basílio ... Basílio
  • 1989 - Tieta ... Arturzinho (Mirko Stephano)
  • 1989 - O Salvador da Pátria ... Paulo Silveira
  • 1990 - Meu Bem, Meu Mal ... André
  • 1992 - Despedida De Solteiro ... Sérgio Santarém
  • 1993 - Olho No Olho ... Marido de Débora (Natália do Valle)
  • 1994 - Quatro Por Quatro ... Gustavo
  • 1995 - Cara E Coroa ... Heitor Morales
  • 1996 - Salsa E Merengue ... Gaspar
  • 1997 - Por Amor ... Empresário
  • 2004 - Começar De Novo ... Miguel Arcanjo / Andrei Ivanovic
  • 2006 - Páginas Da Vida ... Diogo Corrêa
  • 2008 - Desejo Proibido ... Drº Tadeu (Participação Especial)

Televisão Como Diretor

  • 1978 - Dancin' Days
  • 1981 - Brilhante
  • 1983 - Parabéns Pra Você (Minissérie)
  • 1985 - Roque Santeiro
  • 1993 - Fera Ferida
  • 1998 - Meu Bem Querer
  • 1997 - A Indomada
  • 1999 - Força De Um Desejo
  • 2001 - Porto Dos Milagres
  • 2002 - O Beijo Do Vampiro
  • 2004 - Começar De Novo
  • 2007 - Desejo Proibido
  • 2007 - Estação Globo (3 Temporadas)
  • 2009 - Malhação
  • 2009 - Essa Vida É Uma Comedia
  • 2010 - Os Caras De Pau

Cinema Como Ator

  • 1972 - Eu Transo, Ela Transa
  • 1990 - Mais Que A Terra
  • 2003 - Apolônio Brasil, Campeão Da Alegria
  • 2006 - Diário De Um Novo Mundo
  • 2007 - Valsa Para Bruno Stein
  • 2008 - Se Eu Fosse Você 2
  • 2011 - Faroeste Caboclo

Cinema Como Diretor

  • 2010 - Assalto Ao Banco Central

Fonte: Wikipédia e Terra

Hedy Siqueira

HEDY PRUDENTE DE TOLEDO SIQUEIRA
(77 anos)
Atriz

* São Paulo, SP (1935)
+ São Paulo, SP (17/08/2012)

Por mais de 40 anos fez teatro e era casada com o diretor Silney Siqueira, responsável por grandes produções, entre elas a primeira versão para os palcos de "Vida e Morte Severina".

Hedy Siqueira formou-se na Escola de Arte Dramática da Universidade de São Paulo em 1963 e logo foi para os palcos onde fez inúmeras peças.  Hedy Siqueira era uma das atrizes preferidas de Paulo Autran e muito amiga do ator. Com ele fez sete peças, entre eles "Pato Com Laranja", "Drº Knock", "As Sabichonas", "Macbeth" e "Equus".

Um de seus papéis marcantes foi a Noiva de Macunaíma, em "Macunaíma" (1969).

Hedy Siqueira tinha quatro filhos: Manuel (falecido em 2000), Gabriel, e as gêmeas, Maria e Mariana. Após a morte do filho mais velho, Manuel, Hedy Siqueira se afastou da carreira.

Anna Maria Niemeyer

ANNA MARIA NIEMEYER
(82 anos)
Marchand, Designer, Galerista e Arquiteta de Interiores

* Rio de Janeiro, RJ (1929)
+ Rio de Janeiro, RJ (06/06/2012)

Anna Maria Niemeyer foi uma marchand, arquiteta e designer. A única filha do renomado arquiteto Oscar Niemeyer, trabalhou com o pai na construção de Brasília, tendo sido responsável pela decoração de interiores de diversos edifícios públicos da cidade. Nos anos 70, criou uma linha de móveis, exposta em diversas instituições do Brasil e do exterior. Em 1977, fundou a Galeria Anna Maria Niemeyer, um tradicional espaço voltado à difusão e comercialização de arte contemporânea no Rio de Janeiro.

 Oscar Niemeyer e sua filha Anna Maria Niemeyer
Vida e Obra

Anna Maria Niemeyer nasceu em 1929, fruto da união de Oscar Niemeyer e Anita Baldo. Dedicou-se desde cedo à decoração de interiores, colaborando em projetos do pai. Nos anos 70, foi funcionária da Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap), projetando a ambientação interna dos edifícios públicos de Brasília, como a sede do Congresso Nacional, a sede do Supremo Tribunal Federal, o Palácio do Planalto e o Palácio da Alvorada. Residiu na capital federal entre 1960 e 1973.

Nos anos 70, novamente em colaboração com o pai, projetou uma linha de móveis, produzidos simultaneamente no Brasil e na Itália. A parceria rendeu exposições em diversos museus brasileiros e em renomadas mostras e instituições internacionais, como o Centro Georges Pompidou, o Salão de Paris, o Salão Internacional do Móvel de Milão, o Chiöstro Grande de Florença, o Salone Del Móbile de Pádua, a Feira Internacional de Colônia e a Organização das Nações Unidas em New York.

No Rio de Janeiro, fundou a Galeria Anna Maria Niemeyer, inaugurada em 13 de outubro de 1977, a princípio no Leblon, transferindo-a posteriormente para Gávea. No comando da galeria, gerenciou, coordenou e organizou mais de 300 exposições individuais e coletivas. A galeria ocupa hoje dois espaços na Gávea, na Praça Santos Dumont e na Rua Marquês de São Vicente, responsáveis por manter eventos artísticos, lançamentos e representação comercial de diversos artistas, como Victor Arruda e Chico Cunha. Anna Maria Niemeyer coordenou ainda, nos anos 90, o projeto de decoração do Museu de Arte Contemporânea de Niterói.

Anna Maria Niemeyer foi casada com Carlos Magalhães da Silveira com quem viveu 14 anos, teve dois filhos, Carlos Oscar e Ana Cláudia. De Carlos Oscar tem três netos: João Pedro, Maria Cláudia e João Henrique.

Oscar Niemeyer e sua filha Anna Maria Niemeyer
Morte

Anna Maria Niemeyer, morreu na quarta-feira, 06/06/2012, vítima de Enfisema Pulmonar. Anna Maria tinha 82 anos e estava internada no Hospital Samaritano do Rio de Janeiro desde o dia 01/06/2012.

De acordo com Kadu Niemeyer, um dos quatro filhos de Anna Maria, sua mãe lutava havia muitos anos contra um câncer que teve início no pulmão e depois se espalhou pelo corpo (metástase).

O sepultamento de Anna Maria ocorreu na quinta-feira, 07/06/2012, às 13:00hs, no Cemitério São João Batista. Por ocasião de sua morte, a Galeria Anna Maria Niemeyer decretou luto de dez dias.


Autran Dourado

WALDOMIRO FREITAS AUTRAN DOURADO
(86 anos)
Escritor

* Patos de Minas, MG (18/01/1926)
+ Rio de Janeiro, RJ (30/09/2012)

Waldomiro Freitas Autran Dourado, mais conhecido como Autran Dourado, foi um escritor brasileiro.

Filho de um juiz, passou sua infância em Monte Santo de Minas e São Sebastião do Paraíso, no estado natal, Minas Gerais. Aos 17 anos foi para Belo Horizonte, onde cursou direito, enquanto trabalhava como taquígrafo e jornalista.

Formou-se em 1949. Sua segunda obra publicada, "Sombra E Exílio", de 1950, ganhou o Prêmio Mário Sette do Jornal de Letras. Mudou-se em 1954 para o Rio de Janeiro, onde morou até sua morte, em 2012.

Foi secretário de imprensa da República, de 1958 a 1961, no governo Juscelino Kubitschek. Sua primeira obra a ser traduzida para outro idioma foi "A Barca Dos Homens", que havia sido considerado o melhor livro de 1961 pela União Brasileira de Escritores.

Diversas narrativas se passam na cidade imaginária de Duas Pontes, a maioria narradas pelo personagem João da Fonseca Ribeiro, formando um conjunto em que as gerações da família Honório Cota se sucedem, transitando entre os séculos do apogeu da mineração ouro até os dias de hoje. Outras estão ambientadas em cidades reais da Minas Gerais atual e de outras épocas. Uma exceção é "A Barca Dos Homens", ambientada numa ilha do sul do Brasil. Uma espécie de Comédia Humana que mostra a decadência das classes abastadas desde o século XVII.

Também publicou ensaios sobre teoria literária, onde expôs seu processo pessoal de produção, traço praticamente único entre os grandes escritores. Autran Dourado também já deixou um livro de memórias, "Gaiola Aberta", onde abordou seu trabalho no governo de Juscelino Kubitschek.

Ganhou vários prêmios literários, entre eles o Prémio Camões, em 2000. Seu romance mais célebre é "Ópera Dos Mortos", incluída na seleção de obras representativas da literatura universal, feita pela Unesco. Sua obra predileta é a novela "Uma Vida Em Segredo", adaptada posteriormente para o cinema. Outras obras importantes são "A Barca Dos Homens", "O Risco Do Bordado", "Os Sinos Da Agonia" e "As Imaginações Pecaminosas".


Estilo e Influências

Em suas obras, focaliza a vida no interior de Minas Gerais e utiliza amplamente expressões locais, mas explora não temáticas regionalistas, e sim os aspectos psicológicos da vida humana: a morte, a solidão, a incompreensão do outro, a loucura, o crime. Esses traços demonstram tanto a origem mineira do autor quanto a influência de James Joyce, Stendhal e Goethe. Além disso, frequentemente revela-se também influenciado pelo Barroco mineiro e espanhol, usando uma linguagem obsessivamente trabalhada e trazendo personagens que são arrastados por forças superiores rumo à destruição. O pensamento de filósofos como Platão, Aristóteles, Nietzsche e Schopenhauer também se manifesta nas obras de Autran Dourado.

Em entrevista, Autran Dourado certa vez declarou:

"Meus personagens se parecem muito comigo. Eu os conheço muito bem e sofro a angústia que eles sofrem. Não tenho nenhum prazer em escrever. Depois de pronta a obra, aí me dá uma certa satisfação, mas a mesma que dá quando se descarrega dos ombros um fardo pesado. [...] (Escrever é) também uma fatalidade. Você é destinado à literatura, e não a literatura a você. "

Autran Dourado aponta Godofredo Rangel, que conheceu quando tinha apenas 17 anos, como uma influência decisiva em sua carreira. Este escritor, após ler seu primeiro livro de contos, aconselhou-o a não publicá-lo e estudar um pouco mais os grandes mestres. Assim, Autran Dourado estréia somente quatro anos depois, com uma nova obra: "A Teia".

Outras características notáveis do texto de Autran Dourado são o emprego da metalinguagem, da sutil repetição das idéias e dos eventos importantes, da alternância de pessoa no discurso do narrador, da busca pela palavra exata (le mot juste, como apregoava Gustave Flaubert), do emprego de estruturas e conceitos herdados da Grécia clássica (Homero, Hesíodo, Ésquilo, Sófocles e Eurípedes), da alternância de tempos verbais num mesmo parágrafo, da preocupação com detalhes estruturais como, por exemplo, o tamanho dos capítulos, e do uso de técnicas literárias como o monólogo interior, o fluxo de consciência e a narrativa em blocos. Também empregava costumeiramente técnicas gerais da literatura modernista, como os flashbacks e os flashforwards.

Segundo Autran Dourado, em "Breve Manual De Estilo E Romance", o escritor deve trabalhar como um artesão, buscar a simplicidade de forma que a leitura seja fácil e fluida, sem preocupar-se com a crítica ou com a vendagem de seus livros, além de ler, pelo menos uma vez ao ano, algum dos clássicos de Machado de Assis. Antes de escrever alguma coisa, a leitura de um poema:

"Ser simples é mais difícil das tarefas [...] Não pense em venda, vender livros é função de editores e livreiros, não sua [...] Todos os dias, antes de começar a escrever, lia um poema de qualquer grande poeta da minha língua. Em geral Manuel Bandeira, Carlos Drummond de Andrade, Mário de Andrade, Murilo Mendes e João Cabral de Melo Neto que são os meus poetas preferidos."

Em "O Meu Mestre Imaginário" e em "Um Artista Aprendiz", destacam-se os ensinamentos de Flaubert: a flexibilidade da regra gramatical, a importância de estruturar-se o romance antes de começá-lo, e a necessidade de presença do autor, invisível como Deus, na sua obra.


Morte

O escritor mineiro Autran Dourado, morreu aos 86 anos, por volta das 7:30 hs de domingo 30/09/2012, em sua casa, em Botafogo, zona sul do Rio de Janeiro.

Autran Dourado havia ficado internado por cerca de cinco meses no Hospital São Lucas, em Copacabana, na zona sul do Rio de Janeiro, para tratamento de problemas respiratórios, segundo a família. Teve alta há dois meses e, desde então, estava em casa. 

Segundo familiares, ele sofria de problemas respiratórios crônicos e teve uma hemorragia estomacal pela manhã.

O corpo do escritor foi velado em capela do Cemitério São João Batista, também em Botafogo, e enterrado no local pouco depois das 16:00 hs.

Autran Dourado deixou a mulher, Lúcia Campos, com quem foi casado por mais de 60 anos, quatro filhos, dez netos e dois bisnetos.


Romances

  • 1947 - A Teia
  • 1950 - Sombra E Exílio (Prêmio Mário Sette)
  • 1952 - Tempo De Amar (Prêmio Cidade de Belo Horizonte)
  • 1961 - A Barca Dos Homens (Prêmio Fernando Chinaglia)
  • 1964 - Uma Vida Em Segredo
  • 1967 - Ópera Dos Mortos (Listado na Coleção de Obras Representativas da UNESCO)
  • 1970 - O Risco Do Bordado (Prêmio Pen-Club do Brasil)
  • 1974 - Os Sinos Da Agonia (Prêmio Paula Britto)
  • 1976 - Novelário De Donga Novaes
  • 1978 - Armas & Corações
  • 1981 - As Imaginações Pecaminosas (Prêmio Goethe de Literatura do Brasil e Prêmio Jabuti)
  • 1984 - A Serviço Del-Rei
  • 1985 - Lucas Procópio
  • 1992 - Um Cavalheiro De Antigamente
  • 1994 - Ópera Dos Fantoches
  • 1997 - Confissões De Narciso
  • 2003 - Monte Da Alegria

Ensaios

  • 1957 - A Glória Do Oficio. Nove Histórias Em Grupo De Três
  • 1973 - Uma Poética De Romance
  • 1976 - Uma Poética De Romance: Matéria De Carpintaria
  • 1982 - O Meu Mestre Imaginário
  • 2000 - Um Artista Aprendiz
  • 2003 - Breve Manual De Estilo E Romance

Histórias Curtas

  • 1955 - Três Histórias Na Praia
  • 1957 - Nove Histórias Em Grupos De Três (Prêmio Artur Azevedo)
  • 1978 - Solidão Solitude
  • 1980 - Novelas De Aprendizado
  • 1987 - Violetas E Caracóis
  • 2001 - Melhores Contos
  • 2006 - O Senhor Das Horas

Memórias

  • 2000 - Gaiola Aberta

Artigos

  • 1985 - Símbolo Literário E Símbolo Psicológico: O Mito Ordenador (Revista do Brasil, 4 126-129)

Principais Prêmios Literários

  • 1981 - Prêmio Goethe de Literatura do Brasil (Não confundir com o Prêmio Goethe alemão)
  • 1982 - Prêmio Jabuti (Categoria Contos/crônicas/novelas)
  • 2000 - Prémio Camões
  • 2008 - Prêmio Machado de Assis

Fonte: Wikipédia
Indicação: Marta Dourado

Carmélia Alves

CARMÉLIA ALVES CURVELLO
(89 anos)
Cantora

* Rio de Janeiro, RJ (14/02/1923)
+ Rio de Janeiro, RJ (03/11/2012)

Terceira filha do casal Raimundo, nascido no Ceará e Adelina, nascida na Bahia. Carmélia Alves nasceu no bairro carioca de Bangu numa quarta-feira de cinzas. Ainda bem pequena, seus pais mudaram-se para a localidade de Areal, em Petrópolis, onde foi criada.

Seu pai, funcionário do escritório do Departamento de Estradas de Rodagem era muito festeiro, tendo formado conjuntos de baile e organizado blocos carnavalescos e festas juninas. Costumava adormecer embalada pelas cantigas nordestinas cantadas pelo pai.

Com 17 anos voltou ao Rio de Janeiro para estudar indo morar na casa de parentes. Por essa época, começou a interessar-se por música, encantando-se de ouvir no rádio as músicas cantadas por  Carmem Miranda, da qual tornou-se fã, acompanhando seus programas na Rádio Tupi e recortando suas fotografias de revistas.

Recebeu muito incentivo do irmão mais velho, Manoel, que também gostava de cantar e achava que a irmã cantava bem. Durante o período de ginásio, tomou parte em diversos programas de calouros, tendo sido aprovada em todos eles, inclusive, no mais temido de todos, o de Ary Barroso, onde o assistente Macalé fazia soar o gongo eliminando seguidamente os concorrentes.


Convidada por Manoel de Nóbrega, outro grande incentivador, participou de seu programa de calouros na Rádio Ipanema. Fez parte do programa "Estrada do Jacó", comandado por Ary Barroso, onde ele apresentava seus melhores calouros.

Terminado o curso ginasial, optou por seguir a carreira artística.

Sua carreira artística teve início nos anos 1940, quando foi contratada por Barbosa Júnior para apresentar-se com cachê fixo no programa "Picolino", cantando músicas do repertório de Carmem Miranda. Em meados dos anos 1940, obteve chance no conhecido programa "Casé", substituindo uma cantora que havia faltado. Cantou músicas de Carmem Miranda, que nesta época havia viajado definitivamente para os Estados Unidos.

Ouvida por César Ladeira, diretor da Rádio Mayrink Veiga, foi contratada por essa rádio, que buscava uma substituta para a estrela Carmem Miranda. Ganhou um programa semanal, recebendo 800 mil-réis por mês, uma verdadeira fortuna para a época.

Em 1941, foi contratada como crooner pelo Copacabana Palace, recebendo 100 mil-réis por dia, apresentando no programa "Ritmos da Panair", apresentado ao vivo por Murilo Neri, sendo transmitido para todo o Brasil pela Rádio Nacional. Nesse mesmo ano, foi considerada pela crítica especializada do Rio de Janeiro a melhor crooner.


Por essa época, conheceu no Copacabana Palace, o paulista de Franca, José Andrade Nascimento Ramos, que apresentava-se cantando músicas americanas, com o nome artístico de Jimmy Lester, e com quem se casou em apenas três meses.

Sua carreira ganhou espaço nesse momento, sendo frequentemente convidada para apresentar-se em outros locais, entre os quais, o "Programa do Chacrinha", na Rádio Fluminense. Participou no coral de várias gravações de outros artistas, entre os quais na gravação de "Aurora", feita por Joel e Gaúcho. Participou, também, de inúmeras gravações de Benedito Lacerda na RCA Victor, sempre participando do coro.

Em 1943, gravou seu primeiro disco, o qual teve que financiar com 400 mil-réis de suas economias. Contou com a ajuda do amigo Benedito Lacerda, que acompanhou a gravação com os músicos de seu regional, que nada cobraram pelo trabalho. Participaram do coro inúmeros artistas, que depois se tornariam famosos, Elizeth Cardoso, Cyro Monteiro e Nélson Gonçalves.

Apesar do sucesso obtido com a gravação, teve que afastar-se um tempo dos discos, pois sendo novata, criara involuntariamente uma situação constrangedora, já que naquele momento de guerra, muitos artistas consagrados não conseguiram gravar. Preferiu, então, excursionar pelo Brasil com o marido. Durante quatro anos apresentou-se em diversas cidades brasileiras. Retornou ao Rio de Janeiro em 1948, retomando seu lugar na Rádio Mayrink Veiga.


Em 1949, gravou com Ivon Curi a toada "Me Leva", de Hervé Cordovil e Rochinha, com orquestração e regência do maestro Radamés Gnattali, que tornou-se seu primeiro grande sucesso e a rancheira "Gauchita", de Luíz Gonzaga e Humberto Teixeira.

Em 1951, ela e o marido Jimmy Lester, em viagem ao Nordeste, descobriram o acordeonista Sivuca, atuando na Rádio Comércio do Recife e o levaram para o Rio de Janeiro. Gravou na mesma época, com Jimmy Lester, os baiões "Adeus Maria Fulô", de Humberto Teixeira e Sivuca, e "Saudade É De Matar", de Hervé Cordovil e Manezinho Araújo. Com Sivuca gravou o pot-pourri "No Mundo Do Baião", com baiões de diferentes autores.

Em 1952 reforçou o direcionamento de sua carreira em direção aos ritmos regionais, embora continuasse a gravar sambas. Começou, também, a ingressar no cinema cantando números avulsos e ganhou o título de "Rainha do Baião", integrando uma verdadeira corte, sendo Luíz Gonzaga , o "Rei", Luiz Vieira, o "Príncipe" e Claudette Soares, a "Princesa", cantando repertório de Carmélia Alves, já conhecida como a "Rainha do Baião".

Recebeu inúmeros convites para apresentar-se em diversos lugares, inclusive na Argentina, onde viu lançado seu grande sucesso "Sabiá Na Gaiola".

De 1950 a 1954, manteve-se na gravadora Continental, na Rádio Nacional e no topo das paradas como a "Rainha do Baião". Depois de apresentar-se com enorme sucesso na Argentina, viajou com a caravana de Humberto Teixeira indo apresentar-se na Alemanha, onde fez sucesso, sendo convidada a gravar um LP pela Telefunken. O mesmo acontece em outros países onde se apresentou. Em Portugal, seu repertório passou a ser utilizado por ranchos regionais. Na então União Soviética, fez um show para 150 mil pessoas.

Luiz Gonzaga, Carmélia Alves e Jaime Santos
Durante a Jovem Guarda, chegou a apresentar-se com o grupo vocal Golden Boys, no Programa Silvio Santos, na televisão.

Em 1977, após 15 anos sem se apresentar para o público carioca, fez antológico show ao lado de Luíz Gonzaga no Teatro João Caetano reabrindo a série "Seis E Meia". Na ocasião interpretou "Qui Nem Jiló", "Trepa No Coqueiro", "Sabiá Lá Na Gaiola" e "Cabeça Inchada", além dos duetos com Luíz Gonzaga em "Reis Do Baião", "Lorota Boa" e "Forró Do Mané Vito".

Na década de 1990, integrou o conjunto Cantoras do Rádio ao lado de Nora Ney, Zezé Gonzaga, Rosita Gonzales, Ellen de Lima e Violeta Cavalcanti.

Em 1993 teve relançado em CD o seu show realizado no Teatro João Caetano ao lado de Luíz Gonzaga.

Em 1998, com a morte de seu marido, Jimmy Lester, entrou em depressão, permanecendo isolada em sua residência de Teresópolis. Mas em dois anos já estava de volta às lides, participando de vários shows em São Paulo, inclusive, no projeto "O Botequim do Cabral" ao lado do crítico Sérgio Cabral.


Em 1999, lançou pelo selo CPC-UMES o CD "Carmélia Alves Abraça Jackson do Pandeiro e Gordurinha" no qual interpretou clássicos como "Chiclete Com Banana", de Gordurinha e José Gomes, "Um a Um", de Edgard Ferreira e "Sebastiana", de Rosil Cavalcanti. Esse disco contou com a participação de Inezita Barroso, Luiz Vieira e Elymar Santos. O lançamento do CD aconteceu através de uma série de shows por todo o Brasil.

Em 2001, apresentou-se no Teatro de Arena ao lado das cantoras Ellen de Lima, Violeta Cavalcanti e Carminha Mascarenhas, no show "Cantoras do Rádio - Estão Voltando As Flores", com apresentação, roteiro e direção de R. C. Albin e que foi gravado em CD pela Som Livre. O espetáculo que teve excelente aceitação, atingindo um público de mais de dez mil pessoas, que aplaudiam de pé, tornou presente diversas memórias da era do rádio, revivendo, por exemplo, logo no início, o prefixo do programa de César de Alencar, apresentado, nos anos 50 na Rádio Nacional.

Em 2002, foi lançado o CD "Estão Voltando As Flores", com Violeta Cavalcanti, Carminha Mascarenhas e Ellen de Lima, onde ela canta, entre outras, as músicas "Ninguém Me Ama", "Feitiço Da Vila" e "Kalu". Como programação do lançamento do CD, o mesmo espetáculo voltou à cena no Teatro Rival BR em agosto de 2002, com grande sucesso de crítica e público.

Em 2004, apresentou, em temporada no Teatro Ipanema, Rio de Janeiro, o espetáculo "Tra-lá-lá-Lalá é Cem", com direção, roteiro e apresentação de R. C. Albin. O espetáculo fez parte das comemorações do centenário do nascimento do compositor Lamartine Babo. Neste show, Carmélia Alves dividiu o palco com Ellen de Lima, Carminha Mascarenhas e O jovem cantor Márcio Gomes, interpretando canções consagradas, em coro e em solo, do renomado compositor . Ainda no mesmo ano, o mesmo espetáculo ganhou temporada no palco do Teatro João Caetano, no projeto "Seis e meia", obtendo entusiasmo da platéia.

A partir de 2010, recolheu-se ao Retiro dos Artistas, onde passou a viver.


Morte

Carmélia Alves faleceu em 03/11/2012 aos 89 anos. O corpo da cantora foi velado no domingo, 04/11/2012, domingo no Cemitério do Pechincha, próximo ao Retiro dos Artistas. A cantora, que tinha Alzheimer e morava há dois anos no Retiro, faleceu na noite do sábado vítima de Falência Múltipla dos Órgãos, de acordo com o boletim do Hospital das Clínicas de Jacarepaguá, onde estava internada há um mês.

Abrahão Farc

ABRAM JACOB SZAFARC
(75 anos)
Ator

* São Paulo, SP (28/07/1937)
+ São Paulo, SP (24/09/2012)

Nome conhecido da cena teatral paulista durante os anos 1960, Abram Jacob Szafarc nasceu em São Paulo em 2/07/1937. Após adotar o nome artístico de Abrahão Farc, o ator estudou teatro com Eugênio Kusnet, em 1961, um dos mais destacado discípulos de Stanislavski e que teve passagem marcante no teatro brasileiro entre os anos 1960 e 1970.

Abrahão Farc fez sua estreia no teatro profissional em 1962, no espetáculo "A Visita Da Velha Senhora", de Friedrich Dürrenmatt e com direção de Walmor Chagas, numa produção da Companhia Cacilda Becker. Também no início de sua carreira, Abrahão Farc integrou as primeiras atividades do Teatro Oficina, criado em 1961 por José Celso Martinez Corrêa, Renato Borghi, Fernando Peixoto, Ítala Nandi e Etty Fraser, atuando em montagens consagradas como "Pequenos Burgueses", entre 1963 e 1964, e "Tambores Na Noite", realizada em 1972.

Durante os anos 1970, ele esteve presente nas montagen de "Equus" (1975), em que contracenava com direção de Celso Nunes, protagonizada por Paulo Autran e Ewerton de Castro, sob a direção de Celso Nunes.

Mais recentemente, Abrahão Farc integrou o elenco de encenações como "Anna Weiss", do escocês Mike Cullen, "Jardim Das Cerejeiras", de Antón Tchkhov, e "O Escrivão", dirigida por Antônio Abujamra e baseada na novela "Bartleby, O Escrivão", do escritor norte-americano Herman Melville, todas realizadas em 2006.

Seu último trabalho em teatro ocorreu em 2011, na montagem para "O Casamento Suspeitoso", texto do escritor Ariano Suassuna que foi levado à cena pelo diretor Sérgio Ferrrara.

Dono de uma longa carreira na TV, Abrahão Farc atuou em mais de 30 trabalhos, entre novelas, seriados e minisséries. Esteve na TV Tupi entre 1970 e 1980, onde trabalhou em 14 produções. Como contratado da Rede Globo atuou em inúmeros trabalhos, entre eles "Livre Para Voar", "De Quina Pra Lua" e em "Sete Pecados", de 2007. O ator também participou de novelas da TV Bandeirantes, Rede Manchete, TV Record e SBT, por onde fez sua última aparição, na novela "Revelação", exibida em 2009.

Sua carreira no cinema, iniciada em 1968, com "As Amorosas", de Walter Hugo Khouri, computa 24 longas, sendo os três últimos "Cafundó" (2005), além de "O Ano Em Que Meus Pais Saíram De Férias" e "O Cheiro Do Ralo", ambos lançados em 2006.

Em 2011, o ator participou do videoclipe da música "Subirusdoistiozin", do rapper Criolo, uma das grandes revelações da música brasileria no ano. Também em 2011 protagonizou o filme "A Grande Viagem", dirigido por Caroline Fioratti.

Morte

O ator Abrahão Farc faleceu na segunda-feira, dia 24/09/2012, aos 75 anos, em São Paulo. Chegou a ficar três semanas internado para tratar um tumor no intestino, mas teve uma pneumonia e não resistiu à falência múltipla dos órgãos. O corpo foi sepultado no Cemitério Israelita do Butantã, localizado na zona Oeste da capital paulista. Abrahão Farc era casado e tinha duas filhas.

A Ministra da Cultura Marta Suplicy divulgou uma nota de pesar pela morte:

"Abrahão Farc deixa um admirável legado para a dramaturgia televisiva e importantes contribuições para o cinema e o teatro brasileiros. Solidarizo-me com a família do ator e com toda a classe artística neste momento de perda".

Televisão

  • 2009 - Revelação ... Pai adotivo de Margareth
  • 2007 - Sete Pecados ... Silas
  • 2002 - Marisol ... Drº Heitor
  • 1999 - Força De Um Desejo ... Padre Olinto
  • 1998 - A História De Ester ... Abner
  • 1996 - Malhação ... Nestor
  • 1991 - Salomé ... Albino
  • 1990 - Mico Preto ... Juca
  • 1988 - Vida Nova ... Abrahão
  • 1986 -Tudo ou Nada ... Salomão
  • 1986 - Dona Beija ... Coronel Paulo Sampaio
  • 1985 - De Quina Pra Lua ... Moshe
  • 1984 - Livre Para Voar ... Lau
  • 1984 - Meu Destino É Pecar ... Saul
  • 1983 - Moinhos De Vento
  • 1982 - Campeão ... Matias
  • 1982 - Os Imigrantes - 3ª Geração ... Domingues
  • 1982 - Avenida Paulista ... Artur
  • 1982 - O Coronel E O Lobisomem ... Padre Malaquias de Azevedo
  • 1981 - Partidas Dobradas .... Hermano
  • 1981 - O Fiel E A Pedra
  • 1980 - Dulcinéa Vai À Guerra ... Eugênio
  • 1979 - Gaivotas ... Júlio
  • 1977 - O Profeta ... Piragibe
  • 1976 - O Julgamento ... Procópio
  • 1976 - Xeque-Mate ... Salomão
  • 1975 - A Viagem ... Tibério
  • 1975 - Ovelha Negra ... Vital
  • 1974 - Ídolo De Pano ... Guilherme
  • 1974 - O Machão ... Calixto
  • 1973 - Mulheres De Areia ... Marujo
  • 1972 - Camomila E Bem-Me-Quer ... Lula
  • 1972 - Bel-Ami
  • 1972 - Na Idade Do Lobo
  • 1971 - Nossa Filha Gabriela ... Romeu
  • 1970 - O Meu Pé De Laranja Lima ... Padre Rozendo

Cinema

  • 2006 - O Cheiro Do Ralo ... Homem Dos Soldadinhos
  • 2006 - O Ano Em Que Meus Pais Saíram De Férias ... Anatol
  • 2005 - Cafundó ... Juiz
  • 2004 - Como Fazer Um Filme De Amor ... Mordomo
  • 2004 - Nina ... Srº Freak
  • 1993 - Alma Corsária ... Suicida
  • 1992 - Oswaldianas
  • 1987 - Vera
  • 1986 - Nem Tudo É Verdade
  • 1981 - Sadismo - Aberrações Sexuais
  • 1981 - A Noite Das Depravadas
  • 1980 - Ato De Violência ... Diretor Da Cadeia
  • 1978 - O Estripador De Mulheres
  • 1977 - Belas E Corrompidas
  • 1976 - O Mulherengo ... Charreteiro
  • 1976 - Excitação .. Delegado
  • 1976 - Tiradentes, O Mártir Da Independência
  • 1975 - Cada Um Dá O Que Tem
  • 1975 - O Predileto
  • 1973 - O Detetive Bolacha Contra O Gênio Do Crime
  • 1971 - Bang Bang ... Homem Gordo
  • 1970 - Em Cada Coração Um Punhal
  • 1969 - A Mulher De Todos ... Turista
  • 1968 - As Amorosas

Fonte: O Globo

Regina Dourado

REGINA MARIA DOURADO
(59 anos)
Atriz

* Irecê, BA (22/08/1953)
+ Salvador, BA (27/10/2012)

Nascida em Irecê, a 374 km de Salvador, em 22 de agosto de 1953, Regina Dourado começou cedo na carreira de atriz. Aos 15 anos, ela já estava atuava na Companhia Baiana de Comédia e praticava aulas de canto e dança. Na mesma época estudou canto e dança e, em sua trajetória artística, participou do Grupo de Dança Contemporânea da Universidade Federal de Bahia, do Coral Ars Livre e do Grupo Zambo.

Dez anos mais tarde, a artista conseguiu seu primeiro papel na televisão, na série "A Morte E A Morte de Quincas Berro D'Água", dirigida por Walter Avancini e exibida na TV Globo.

Atriz de teatro, cinema e Televisão, onde foi escalada para mais de 20 programas, Regina Dourado teve seu maior destaque na novela "Explode Coração" (1995), de Glória Perez. Na trama da TV Globo, ela interpretava Lucineide, que ficou famosa por criar o bordão "Stop, Salgadinho", usado quando falava com o marido, interpretado por Rogério Cardoso.


A estreia de Regina Dourado em novelas aconteceu em 1979 com "Pai Herói", de Janete Clair, onde interpretava Nancí. Em seguida, ela conseguiu diversos papeis em novelas como "Cavalo Amarelo" (1980), "Pão Pão, Beijo Beijo" (1983) e "Roque Santeiro" (1985), além da já citada "Explode Coração".

Além das novelas, Regina Dourado também se destacou em minisséries e seriados, como "Lampião E Maria Bonita" (1982), "O Pagador De Promessas" (1988), "O Sorriso Do Lagarto" (1991) e "Tereza Batista" (1992).

Na TV Globo, o último trabalho de Regina Dourado foi em "América", de Glória Perez, em 2005. Na sequência, a atriz foi para a TV Record, onde atuou nas novelas "Bicho Do Mato" (2006) e "Caminhos Do Coração" (2007).


O teatro tampouco foi esquecido por Regina Dourado, que trabalhou nas montagens de "Memórias De Um Sargento De Milícias", "Declaração De Amor Explícito", "Rei Brasil 500 Anos, Uma Ópera Popular" e "Tratado Geral Da Fofoca".

No cinema, a atriz estreou com uma pequena participação no filme "Amante Latino", em 1979, e logo depois cantou na trilha de "O Encalhe - Sete Dias De Agonia" (1982).

Seu primeiro grande papel no cinema veio em 1984, quando trabalhou no filme "Baiano Fantasma".

Em seguida, ela atuou em "Tigipió - Uma Questão De Amor E Honra (1986), "Corpo Em Delito" (1990), "Corisco & Dada" (1996) e "No Coração Dos Deuses" (1999). Seu último longa foi "Espelho d'Água - Uma Viagem No Rio São Francisco", em 2004.


A Descoberta da Doença

No final de 2003, após uma consulta regular ao médico, Regina Dourado anunciou publicamente que tinha um câncer de mama. Em entrevista à TV Bahia (Rede Globo), a atriz disse que, no início, ficou perdida.

"O momento da notícia é terrível, fica uma perplexidade. Eu achei que eu nem cheguei a ter consciência da gravidade naquele momento. Eu fiquei muito mais perplexa do que qualquer coisa, meio perdidona", afirmou.

Ainda na entrevista, a atriz disse que não se considerava vítima por ter contraído a doença:

"A recuperação é dolorosa, é difícil, não é mole não. Porém, passa. Não me sinto absolutamente vítima por ter tido câncer. Não me sinto infeliz no sentido de que sou uma coitada e que de uma certa forma as pessoas têm que dividir comigo essa infelicidade. Eu não me sinto desta maneira, mas também não digo que é fácil."

De acordo com familiares, a última atuação de Regina Dourado aconteceu em abril de 2012, na Concha Acústica do Teatro Castro Alves, em Salvador, quando participou do espetáculo "Paixão de Cristo".


Morte

Em 2003 Regina Dourado foi diagnosticada com câncer na mama direita. Passou por cirurgias e sessões de quimioterapia e radioterapia. A doença deu uma trégua, voltando apenas em 2010, com o seio esquerdo comprometido pela doença. Novamente Regina Dourado passou pelo centro cirúrgico e reiniciou o tratamento. Mas, dessa vez, a talentosa baiana sofreu com as sequelas da quimioterapia. "Fiquei sem poder andar, tive muitas alucinações, esquecimento e visão dupla", revelou na época a atriz.

Regina Dourado foi internada no dia 20 de outubro de 2012, devido a complicações decorrentes do câncer no Hospital Português da Bahia em Salvador. De acordo com seu irmão, Oscar Dourado, Regina estava na fase terminal da doença e estava mantida sedada em um quarto da instituição. A metástase atingiu a medula óssea e seu estado era delicadíssimo e irreversível. Oscar, informou que Regina Dourado faleceu às 11:20 hs de sábado, 27/10/2012.

O velório da atriz será realizado no Cemitério Jardim da Saudade. Inicialmente, a cerimônia será só para amigos mais próximos e familiares. No final da noite, o velório será aberto ao público. O corpo da atriz será cremado no domingo, 28/10/2012, às 16:30 hs, no mesmo local.

Televisão

  • 2007 - Caminhos Do Coração ... Altina
  • 2006 - Bicho Do Mato ... Vanda
  • 2005 - América ... Graça
  • 2004 - Seus Olhos ... Mafalda
  • 2002 - Esperança ... Mariusa
  • 1999 - Andando Nas Nuvens ... Ieda
  • 1997 - Anjo Mau ... Alzira
  • 1996 - O Rei Do Gado ... Magu
  • 1995 - Explode Coração ... Lucineide
  • 1994 - Tropicaliente ... Serena
  • 1993 - Renascer ... Morena
  • 1992 - Tereza Batista ... Mãos de Fada
  • 1991 - O Sorriso Do Lagarto ... Neide
  • 1991 - Felicidade ... Rosália
  • 1988 - O Pagador De Promessas ... Branca
  • 1985 - Roque Santeiro ... Efigênia
  • 1983 - Pão Pão, Beijo Beijo ... Lalá Sereno
  • 1982 - Lampião E Maria Bonita ... Joana Bezerra
  • 1981 - Rosa Baiana ... Matilde
  • 1980 - Cavalo Amarelo ... Ivonete
  • 1979 - Pai Herói ... Nancí
  • 1978 - A Morte E A Morte De Quincas Berro D`Água

Cinema

  • 2004 - Espelho D'Água - Uma Viagem No Rio São Francisco
  • 1999 - No Coração Dos Deuses
  • 1996 - Corisco & Dadá
  • 1990 - Corpo Em Delito
  • 1986 - Tigipió - Uma Questão De Amor E Honra
  • 1984 - O Baiano Fantasma

Fonte: Wikipédia, Folha do Sertão, Itaberaba Notícias e Caras

Wilton Franco

WILTON FRANCO
(82 anos)
Apresentador de TV, Diretor e Produtor

* Rio de Janeiro, RJ (25/07/1930)
+ Penha, SC (13/10/2012)

Wilton Franco foi o diretor de "Essa Gente Inocente" e "Os Trapalhões", que foram apresentados na TV Excelsior, TV Record, TV Tupi e mais tarde na TV Globo.

Um dos diretores da TV Excelsior na década de 60, Wilton Franco reuniu quatro artistas para a criação do humorístico "Adoráveis Trapalhões" em 1966: Wanderley Cardoso (cantor da Jovem Guarda), Ted Boy Marino (lutador dos programas de telecatch), Ivon Curi (cantor e ator de chanchadas) e Renato Aragão, o Didi, que ganhava destaque no cinema e nas emissoras de televisão do Rio de Janeiro na época.

Outro grande sucesso de Wilton Franco aconteceu no SBT, em 1982, com o polêmico "O Povo Na TV", programa ao vivo onde se mesclavam quadros de auditório, geralmente dramas de pessoas comuns, e reportagens sensacionalistas. Wilton Franco era o apresentador principal, enquanto outros artistas da casa como Wagner Montes e Sérgio Mallandro apareciam como co-apresentadores. "O Povo Na TV", era exibido ao vivo, direto do antigo Teatro Silvio Santos (também antigo Cine Sol), para todo o Brasil, pela TVS, de 1981 até 1986. A TVS era a antiga rede de emissoras de Silvio Santos, atual SBT.

Wilton Franco ao lado do apresentador José Luiz Datena e Malu Barreto (Foto: Divulgação)
Wilton Franco foi também o apresentador de "Balança, Mas Não Cai", uma grande criação de Max Nunes e Paulo Gracindo, que nos anos 50 fez muito sucesso na Rádio Nacional do Rio de Janeiro. Tratava-se de um edifício, de apelido "Balança, Mas Não Cai", onde moravam todos os astros do rádio brasileiro, como dizia Wilton Franco, em sua apresentação. Em verdade, muitos comediantes da época ali atuavam. Ele apresentava cada esquete, como se fosse um fato ocorrido em um dos apartamentos do prédio.

Wilton Franco trabalhou na TV Record no início dos anos 70, onde dirigiu "Os Insociáveis", programa dos Trapalhões, que ainda não tinham adotado o nome pelo qual se tornariam mais conhecidos. Na TV Tupi, dirigiu "Hoje é Sábado" e "Moacyr Franco Show". Na TV Excelsior dirigiu "Enshowclopédia", além de "Adoráveis Trapalhões".

A partir de 1988, "Os Trapalhões" passou a ter direção geral de Wilton Franco - e com redação final dele e de Renato Aragão - e a ser transmitido ao vivo, direto do Teatro Fênix. Com a morte de Zacarias dois anos mais tarde, o programa precisou ser reinventado. Com direção ainda a cargo de Wilton Franco e supervisão de criação de Chico Anysio, "Os Trapalhões" era dividido em duas partes, com shows musicais e esquetes com Didi, Dedé e Mussum contracenando com comediantes convidados. Wilton Franco deixou a direção do programa em 1992, sendo substituído no ano seguinte por José Lavigne

Esses programas de Wilton Franco atingiam entre 50 e 60 pontos de audiência. Ele foi, por várias décadas, o maior nome da televisão brasileira.

Nos últimos anos, Wilton Franco trabalhava como consultor do parque Beto Carrero World. "Ele não era só um consultor, ele era um grande amigo, uma pessoa de confiança, com grandes ensinamentos. Vamos sentir muita falta dele e de seus conselhos", declarou Alex Murad, filho de Beto Carrero


Morte

Wilton Franco, criador do programa "Os Trapalhões", morreu aos 82 anos na manhã de sábado, dia 13/10/2012, em Penha, no norte de Santa Catarina.  Wilton Franco teria passado mal em sua casa, com princípio de AVC e foi encaminhado para o Hospital de Penha, onde teve uma Parada Cardiorrespiratória e faleceu por volta das 10:30hs.

De acordo com a assessoria, o corpo do ex-diretor foi encaminhado ao Instituto Médico Legal por volta das 12:00hs de sábado (13/10/2012). O velório começou a partir das 17:00hs no Salão Paroquial da igreja matriz de Penha. Wilton Franco vai ser cremado dentro de um período de 72hs, em Balneário Camboriú, no Crematório Vaticano.

Fonte: Wikipédia e G1

Hebe Camargo

HEBE MARIA MONTEIRO DE CAMARGO RAVAGNANI
(83 anos)
Apresentadora de TV, Atriz e Cantora

* Taubaté, SP (08/03/1929)
+ São Paulo, SP (29/09/2012)

Hebe Maria Monteiro de Camargo Ravagnani, mais conhecida como Hebe Camargo ou simplesmente Hebe, foi uma apresentadora de televisão, atriz e cantora brasileira, tida como a "Rainha da Televisão Brasileira". Ravagnani era seu sobrenome de casada.

Em mais de 60 anos de história na televisão brasileira, a apresentadora tinha um estilo próprio de entrevistar as pessoas. Ela se tornou popular com a expressão "gracinha", usada para elogiar convidados. Outra marca registrada de Hebe Camargo era dar selinhos nos entrevistados que passavam por seu famoso sofá.


Início da Carreira

Nascida em Taubaté,  a 130 km da capital, filha de Segesfredo Monteiro Camargo e Esther Magalhães Camargo, Hebe Camargo teve uma infância humilde. A Diva brasileira conviveu com a arte desde o seu nascimento. Seu pai, era violinista de cinema, já que os cinemas da época eram mudos e a trilha sonora dos filmes era feita ao vivo. Mas, em 1943, com o fim do cinema mudo,  Segesfredo ficou desempregado e a família Camargo tratou logo de ir para São Paulo em busca de melhores oportunidades. Foi ai que a então menina, Hebe Camargo, começou uma das mais fantásticas histórias artísticas do Brasil.

Logo em 1943, ano da mudança para SP, seu pai começou a trabalhar na Rádio Difusora, integrando a orquestra. No ano seguinte Hebe Camargo seguiu a veia artística de seu pai e iniciou sua participação em programas de calouros nas rádios de São Paulo, cantando e fazendo imitações de Carmem Miranda.

Já consagrada como caloura, Hebe Camargo formou o quarteto "Do-Ré-Mi-Fá" com sua irmã Estela e suas duas primas, Helena e Maria. O grupo fez sucesso, foi contratado pela Rádio Tupi, mas se extinguiu três anos depois. Hebe Camargo chegou a formar uma dupla sertaneja com sua irmã Stella Monteiro de Camargo Reis, chamada "Rosalinda e Florisbela", mas não durou muito tempo. Hebe Camargo então decidiu seguir carreira solo, lançando seu primeiro disco em 1959, chamado "Hebe e Vocês". Como cantora, a estrela ainda fez algumas participações em filmes do comediante Mazzaropi, contracenando com Agnaldo Rayol em um deles.  

Com o passar do tempo a cantora foi se transformando em apresentadora. Hebe Camargo estava junto com o grupo liderado por Assis Chateaubriand, que foi ao Porto de Santos para buscar os primeiros equipamentos de televisão da história brasileira, dando origem à primeira rede televisiva nacional, a TV Tupi. Sua estreia ocorreu na década de 50, com o programa "Calouros em Desfile". Logo após, surgiu o primeiro programa feminino da televisão, "O Mundo é das Mulheres".

Foi convidada por Assis Chateaubriand para participar da primeira transmissão ao vivo da televisão brasileira, no bairro do Sumaré, na cidade de São Paulo, em 1950. No primeiro dia de transmissões da Rede Tupi, Hebe Camargo viria a cantar no início do "TV na Taba" (que representava o início das trasmissões) o "Hino da Televisão", mas teve que faltar ao evento e sendo substituída por Lolita Rodrigues. Hebe Camargo faltou à cerimônia para acompanhar seu namorado na época em uma cerimônia na qual seria promovido.

O programa "Rancho Alegre" (1950) foi um dos primeiros programas em que Hebe Camargo participou na TV Tupi de São Paulo: sentada em um balanço de parquinho infantil Hebe Camargo fez um dueto com o cantor Ivon Curi. Tal apresentação está gravada em filme e é considerada uma relíquia da televisão brasileira, uma vez que o videotape ainda não existia e na época não se guardava a programação em acervos, como atualmente.


Estreou como apresentadora em 1955, no programa “O mundo é das mulheres”, na TV Carioca, a primeira atração voltada especialmente para mulheres. Antes disso, havia substituído Ary Barroso no programa de calouros apresentado por ele.

Em 1955 Hebe Camargo deu início ao primeiro programa feminino da TV brasileira, "O Mundo é das Mulheres",  na TV Carioca, onde chegou a apresentar cinco programas por semana. "O Mundo é das Mulheres"  foi a primeira atração voltada especialmente para mulheres. Antes disso, havia substituído Ary Barroso no programa de calouros apresentado por ele.

Em 1957,  Hebe Camargo, originalmente com os cabelos escuros passou a se apresentar com os cabelos tingidos de louro, os quais tornaram-se uma de suas marcas registradas.

Em 1960 foi contratada pela TV Continental para apresentar o programa "Hebe Comanda o Espetáculo".

Em 1964 a apresentadora casa-se com o empresário Décio Cupuano, união da qual nasceu Marcello de Camargo Capuano.

Em 10 de abril de 1966, foi ao ar pela primeira vez o seu programa dominical homônimo "Hebe Camargo", acompanhada do músico Caçulinha e seu regional TV Record. O programa a consagrou como entrevistadora e a tornou líder absoluta de audiência da época.

Durante a Jovem Guarda muitas personalidades e novos talentos passaram pelo "Sofá da Hebe", no qual eram entrevistados em um papo descontraído. Seus temas preferidos na época eram separações, erotismo, fofoca e macumba. Logo depois, a apresentadora Cidinha Campos veio ajudá-la nas entrevistas.

Para dedicar-se ao filho, Hebe Camargo ficou afastada da televisão por cerca de dez anos, quando voltou a aparecer na TV Bandeirantes. Passou por quase todas as emissoras de TV do Brasil, entre elas a Record e a Bandeirantes, nas décadas de 1970 e 1980. Na Bandeirantes, ficou até 1985, quando foi contratada pelo SBT.


Carreira Musical

 Famosa como apresentadora, ela não deixou de lado a carreira musical. Após lançar três discos entre 1959 e 1966, compilou suas canções mais conhecidas no CD "Maiores sucessos", de 1995. Depois, lançou mais quatro discos. "Pra Você" (1998), "Como é Grande Meu Amor Por Vocês" (2001), "As Mais Gostosas da Hebe" (2007) e "Hebe Mulher" (2010 - Ano em que participou do Grammy Latino).

O último álbum da carreira contou com participações de Daniel Boaventura e Roberto Carlos. Em todos os discos, o repertório foi abastecido por canções românticas.


Vida Pessoal

Foi casada duas vezes. Seu primeiro matrimônio foi com o empresário Décio Capuano. Ele foi o segundo namorado de Hebe Camargo e estavam morando juntos haviam 15 anos. Hebe Camargo se casou no civil e na igreja em 14 de julho de 1964, de vestido rosa, pois, por tradição da época, a noiva que não fosse mais virgem não poderia usar branco e Hebe Camargo também já tinha 35 anos, ela achava feio se casar como uma jovenzinha.

No mesmo ano descobriu que estava grávida. Em 20 de setembro de 1965 deu à luz um menino, a quem batizou de Marcello de Camargo Capuano. A criança nasceu de parto normal, na Maternidade São Paulo, na Cidade de São Paulo, em um parto prematuro de 8 meses. Décio era muito ciumento, não aceitava a carreira de Hebe Camargo, tanto que ela interrompeu por um ano até voltar às rádios e TVs.

No período que morou com Décio, antes de se casar oficialmente, Hebe Camargo engravidou duas vezes mas sofreu aborto espontâneo. O marido e ela brigavam muito, e ele a acusava de estar trabalhando demais na televisão, querendo que ela parasse de atuar, e a acusava de ser a culpada pelos dois abortos sofridos, porque trabalhava demais. Depois de casada e conseguir ter seu filho, o jeito do marido não mudou, se tornando infeliz no casamento. Não aguentando a oposição do marido a sua carreira e a crises conjugais, Hebe Camargo saiu de casa levando o filho do casal em 1971, e se divorciaram no mesmo ano.

Morando sozinha com o filho Marcello, conheceu o empresário Lélio Ravagnani. Eles começaram a namorar e em 1973 casou-se com Lélio, que ajudou-a a criar seu filho, mesmo o pai indo vê-lo as vezes. Hebe Camargo e Lélio Ravagnani viveram um casamento feliz por 29 anos, até a morte dele, em 2000.

Depois do falecimento de Lélio Ravagnani, Hebe Camargo permaneceu viúva, mas sempre com boas companhias. A amizade entre a apresentadora e as atrizes Nair Bello e Lolita Rodrigues, por exemplo, sempre foi uma referência na mídia. Sempre que vistas juntas publicamente, os resultados eram os mesmos: muitas risadas. O trio foi marcado por boas histórias, brincadeiras e gargalhadas.

Com a morte de Nair Bello em 2007, a amizade entre Hebe Camargo e Lolita Rodrigues fortaleceu-se ainda mais. A amizade que durou cerca de 65 anos, começou na adolescência quando as duas possuíam o sonho de tornarem-se cantoras. Anos mais tarde, já casadas, a amizade continuou firme. Com o nascimento de Marcello, filho de Hebe Camargo, Lolita Rodrigues passou a visitar a amiga todos os dias da semana. Posteriormente, as agendas cheias as impediram de se ver com frequência, mas a amizade era eterna.

Em uma entrevista a revista Veja, Hebe Camargo declarou que aos 18 anos, em 1947, na sua primeira relação sexual, engravidou do seu primeiro namorado, o empresário Luís Ramos, um homem mais velho e experiente em conquistas. Tomou essa decisão pelo fato que ele a traía constantemente, os dois viviam brigando, e por ser vergonhoso para os pais terem uma filha mãe solteira. A situação piorou quando Hebe Camargo foi abandonada grávida por Luís. Sem alternativas, com medo de ser expulsa de casa e com pena dos pais pelo vexame que passariam de ter uma filha sem marido e com filho, um dia, sem contar a ninguém, decidiu fazer um aborto, indo a casa afastada que fazia esse tipo de procedimento.

Hebe Camargo relatou que o aborto foi sem nenhum tipo de anestesia, a fazendo gritar de dor, por causa do corte na hora de tirar o feto. Isso a fez sofrer muito. Ao sair de lá, continuou mal e demorou por meses para se recuperar, sentindo dores e hemorragias. Ela acabou mentindo para os pais, escondendo tudo deles e dizendo que estava bem, somente com cólicas. Passou a tomar remédios e mais remédios escondida, sem orientação médica, e por milagre não faleceu ou teve sequelas, sarando sozinha. Apesar de tanto sofrimento físico e emocional, Hebe Camargo diz que não se arrependeu desse ato, que fez isso na hora certa. Não poderia ter um filho naquela época, afirmou.

Hebe Camargo (Foto: Clayton de Souza/AE)
SBT

Em 1986, Hebe Camargo foi para o SBT, onde apresentou três programas: "Hebe", no ar até 2010, "Hebe Por Elas" e "Fora do Ar", além de participar do "Teleton" e em especiais humorísticos, como um quadro do espetáculo da entrega do Troféu Roquette Pinto, "Romeu e Julieta", em que contracenou com Ronald Golias e Nair Bello, já falecidos, artistas que foram grandes amigos da apresentadora.

O programa "Hebe" entrou no ar em 4 de março de 1986. Entre 1986 a 1993, o programa foi ao ar nas terças-feiras. Em 1993, migrou para as tardes de domingo. No ano seguinte, foi para a segunda. Durante um período, foi exibido aos sábados. A apresentadora recebia convidados para pequenos debates e apresentações musicais: todos se sentavam em um confortável sofá, que é quase uma instituição da televisão brasileira.

Em 1995, a gravadora EMI lançou um CD com os maiores sucessos de Hebe Camargo. Em 1999 voltou a lançar um CD. Em 22 de abril de 2006 comemorou o milésimo programa pelo SBT.


DVD "Hebe Mulher e Amigos"

Em 2010, aos 81 anos, Hebe Camargo gravou seu primeiro DVD ao vivo, "Hebe Mulher e Amigos", com duas apresentações, uma em São Paulo, no Credicard Hall em 27 de outubro e outro no Rio de Janeiro, no Citibank Hall em 24 de novembro. No show, a apresentadora recebeu diversas personalidades da música brasileira como Fábio Jr., Daniel, Leonardo, Maria Rita, Paula Fernandes, Chitãozinho & Xororó e Bruno & Marrone, os quais entrevistou em um sofá, como se estivesse em seu programa de auditório.

SBT e RedeTV!

Por volta das 16:30 hs de 13 de dezembro de 2010, ao final da gravação do especial de Reveillon de seu programa no SBT, Hebe Camargo, pegando a todos de surpresa, leu uma carta de próprio punho para seu auditório e público informando que aquela foi a sua última atuação como funcionária do SBT. Estava ela se despedindo da emissora de Silvio Santos depois de 24 anos. O contrato dela com o SBT venceria no dia 31 de dezembro, mas diante disto Hebe Camargo confirma que não deve mais renovar com a emissora.

O último programa de Hebe Camargo no SBT foi ao ar em 27 de dezembro de 2010. Dois dias antes de anunciar a saída da emissora, no dia 11 de dezembro. Hebe Camargo, com permissão do SBT, gravou com o apresentador Fausto Silva o "Domingão do Faustão", da Rede Globo, onde recebeu uma homenagem. Este programa foi ao ar no dia 26 de dezembro de 2010.

Após sua saída do SBT, ela assinou contrato com a RedeTV! em 15 de dezembro de 2010 para receber 500 mil reais por mês mais 50% de todos os merchandisings, estreando na emissora em 16 de março de 2011, ocupando o terceiro lugar na audiência na Grande São Paulo. O programa possuia o mesmo formato do seu programa na antiga emissora sendo exibido ás terças-feiras.

Segundo a o site Radar Online da revista Veja a emissora estaria propondo aos seus funcionários uma diminuição para a renovação dos contratos pela metade do salário. Em 24 de agosto de 2012 a colunista do jornal Folha de São Paulo, Keila Jimenez, publicou que após a apresentadora ter reclamado dos atrasos de salários pela emissora a equipe de seu programa havia sido desmanchada. Após várias especulações sobre a ida da apresentadora de volta para o SBT o colunista Flávio Ricco do portal UOL intitulou a matéria de "Hebe Camargo Está de Volta ao SBT", sobre o retorno a sua antiga "casa", o que foi desmentido pelo agente da apresentadora.

A confirmação da rescisão do contrato com a RedeTV! saiu dois dias após, em 17 de setembro. A última exibição do programa Hebe Camargo na RedeTV! ocorreu no dia 25 de setembro de 2012 em uma edição especial de despedida da emissora. Dois dias após a exibição do especial o SBT anunciou a volta da apresentadora a casa.

Em julho de 2012, quando  Hebe Camargo estava internada num hospital da cidade de São Paulo, ela teve a ideia de ligar para Carlos Nascimento, jornalista e apresentador do SBT. Na ligação, ela disse que queria votar para o reality show "O Maior Brasileiro de Todos os Tempos". Durante esta semana, o programa estava em uma competição do Pelé e Juscelino Kubitschek, e ela escolheu votar no rei Pelé. Durante a conversa também falou sobre o estado de saúde, afirmando que graças a Deus e à riqueza dos remédios, estava melhorando. Em sua participação, aproveitou para elogiar o ex-patrão Silvio Santos e criticou a sua antiga emissora, a RedeTV!.

"Eu queria dizer que Silvio Santos jamais atrasou os pagamentos!"
(Hebe Camargo)


Doença e Morte

A apresentadora foi diagnosticada com Câncer no Peritônio, membrana que envolve os órgãos do aparelho digestivo, em janeiro de 2010. Em sua primeira gravação após 12 dias internada para a retirada de nódulos e para o início do tratamento quimioterápico, Hebe Camargo mostrou gratidão com fãs e celebridades que a apoiaram. "Posso até morrer daqui a pouco, que vou morrer feliz da vida", comentou em março de 2010, ainda no SBT.

Na ocasião, Hebe Camargo subiu ao palco ao som de Ivete Sangalo, Ney Matogrosso, Leonardo e Maria Rita cantando juntos. "Vocês são a causa disso tudo. Me colocaram nesse pedestal que eu não mereço. É impossível encontrar palavras para descrever esse momento", disse para a plateia. Depois, entoou "Ó Nóis Aqui Traveis", samba do grupo Demônios da Garoa.

Em setembro de 2011, Hebe Camargo iniciou um novo tratamento contra o câncer, com sessões de quimioterapia preventivas. "Não estou doente, apenas continuo me tratando pra poder ficar com vocês muito tempo ainda", disse. Por conta do retorno ao tratamento, ela havia voltado a perder cabelo e, consequentemente, a usar perucas.

"Evidentemente, todo remédio forte causa algum problema. O meu problema é que eu, de novo, fiquei carequinha. Eu não estou careca, mas quase. Então, evidentemente, estou de peruca", afirmou, em comunicado enviado à imprensa. Ela ainda brincou, referindo-se ao ator Reynaldo Gianecchini, que fazia um tratamento contra um câncer no sistema linfático. "Vou sair linda, igual ao Reynaldo Gianecchini", disse.

Nos últimos dois anos, Hebe passou por várias cirurgias e tratamentos contra o câncer. Em janeiro de 2010, a apresentadora ficou 12 dias internada para retirada de nódulos na região do peritônio e iniciou tratamento quimioterápico. Em 2011, fez novas sessões de quimioterapia preventivas. Em março de 2012, passou por uma cirurgia de emergência para retirar um tumor que causava obstrução intestinal, ficando 13 dias no hospital. Em junho, realizou uma nova cirurgia de emergência para retirada da vesícula. No mês de julho, segundo o sobrinho Claudio Pessutti, ficou internada por cinco dias para a realização de exames.

Hebe Camargo morreu em 29 de setembro de 2012, em São Paulo aos 83 anos após sofrer uma Parada Cardíaca de madrugada, enquanto dormia.

O velório será realizado no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo do Estado de São Paulo, no Morumbi, a partir das 18:00 hs de sábado, 29/09/2012 - o carro funerário chegou à casa da apresentadora por volta das 16:15 hs. O sepultamento está marcado para as 9:30 hs de domingo, 30/09/2012, no Cemitério Gethsemani, segundo funcionários do local e o governo do Estado de São Paulo.



Televisão

  • 2011 - Hebe (RedeTV!)
  • 2009 - Elas Cantam Roberto (TV Globo)
  • 2007 - Amigas e Rivais (SBT)
  • 2005 - Fora do Ar (SBT)
  • 2003 - Romeu e Julieta Versão 3 (SBT)
  • 2002 - SBT Palace Hotel (SBT)
  • 2000 - TV Ano 50 (TV Globo)
  • 1998 - Teleton (SBT)
  • 1995 - Escolinha do Golias (SBT)
  • 1990 - Romeu e Julieta Versão 2 (SBT)
  • 1986 a 2010 - Hebe (SBT)
  • 1979 a 1985 - Hebe (Bandeirantes)
  • 1980 - Cavalo Amarelo (Bandeirantes)
  • 1978 - O Profeta (TV Tupi)
  • 1970 - As Pupilas do Senhor Reitor (TV Record)
  • 1968 - Romeu e Julieta Versão 1 (TV Record)
  • 1960 - Hebe Comanda o Espetáculo (TV Continental) 
  • 1957 - Hebe Comanda o Espetáculo (TV Record)
  • 1955 - O Mundo é das Mulheres (TV Record)
  • 1950 - TV na Taba (TV Tupi)

Cinema

  • 2009 - Xuxa e o Mistério de Feiurinha
  • 2005 - Coisa de Mulher
  • 2000 - Dinossauro (Dublagem da personagem Baylene)
  • 1960 - Zé do Periquito
  • 1951 - Liana, a Pecadora
  • 1949 - Quase no Céu

Música

  • 2010 - Hebe Mulher
  • 2007 - As Mais Gostosas da Hebe
  • 2001 - Como é Grande o Meu Amor Por Vocês
  • 1998 - Pra Você
  • 1995 - Maiores Sucessos
  • 1966 - Hebe Camargo
  • 1961 - Festa de Ritmos
  • 1959 - Hebe e Vocês