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Cecilia Thompson

CECILIA THOMPSON
(82 anos)
Jornalista, Escritora, Tradutora, Autora e Atriz

☼ São Paulo, SP (29/06/1936)
┼ São Paulo, SP (18/04/2019)

Cecilia Thompson foi uma jornalista, escritora, tradutora, autora e atriz nascida em São Paulo, SP, no dia 29/06/1936. Era filha do casal Expedito Frederico Thompson e Paula Riether Thompson.

Cecilia formou-se em jornalismo pela Faculdade Cásper Líbero e foi no Teatro de Arena que conheceu o ator Gianfrancesco Guarnieri, com quem se casaria em 19/05/1958. Desse casamento nasceram os atores Flávio Guarnieri e Paulo Guarnieri. Cecilia e Gianfrancesco Guarnieri separaram-se em junho de 1965.

Em 1958, Cecilia participou do filme "O Grande Momento", com Gianfrancesco Guarnieri.

Cecilia traduziu livros como "Grito Calado Atrás das Grades", de Yamila Salerno, e "Os Forjadores do Mundo Moderno", junto com João Neves dos Santos e Leôncio M. Rodrigues Neto, de Louis Untermeyer, publicado em 1964.

Cecília Thompson ao lado dos filhos Paulo e Flávio
Cecilia foi uma das leitoras que tiveram cartas censuradas na revista Veja durante a Ditadura - sua carta continha referências à própria censura.

Trabalhou no jornal O Estado de S. Paulo entre 1975 e 2008 e nos últimos anos esteve à frente de colunas como "São Paulo Reclama" e "Seus Direitos". Fazia parte do conselho editorial do Pedaço da Vila desde as primeiras edições e escrevia a coluna "Vila Reclama", ajudando os moradores a resolverem uma série de problemas do bairro.

Além de jornalista, ela foi escritora, tradutora e atriz. Participou, além do Teatro Arena, também do Teatro Oficina.

Cecilia participou da militância de esquerda durante a ditadura e chegou a ser presa e torturada.

Morte

Cecilia Thompson faleceu no início da manhã de quinta-feira, 18/04/2019, aos 82 anos, em São Paulo, SP, de causa não divulgada. O velório e cremação ocorreu no dia 18/04/2019, na Vila Alpina, por volta das 16h00.

Fonte: Wikipédia

Márcia Real

EUNICE ALVES
(88 anos)
Atriz, Dubladora e Apresentadora de Televisão

☼ São Paulo, SP (06/01/1931)
┼ Ibiúna, SP (15/03/2019)

Márcia Real, cujo verdadeiro nome é Eunice Alves, foi uma atriz e dubladora nascida em São Paulo, SP, no bairro do Ipiranga, no dia 06/01/1931.

De família humilde, teve um avô advogado, que logo percebeu a vivacidade e a memória da neta e que desejava que ela fosse advogada também. Mas lá dentro de si, Márcia Real dizia: "Eu quero é ser artista!".

Márcia Real tem uma irmã, Regina, e sempre foi muito apegada à mãe, mas foi o pai, que era ponto em uma companhia amadora de teatro, que levava a menina a ver espetáculos, e ela ficava fascinada.

E um dia, já adolescente, no final da década de 40, cruzou na rua com a atriz Bibi Ferreira. Estava ali traçado o seu destino. No mesmo momento, após ligeira conversa, ganhou um papel na peça "Minhas Queridas Esposas". Antes disso já tinha tido uma experiência na Rádio Tupi com o famoso radialista e diretor, Otávio Gabus Mendes.

Com o teatro foi logo viajar, e para isso enfrentou toda a família.

No cinema a estreia aconteceu em 1949 no filme "Carnaval no Fogo".

Márcia Real tornou-se uma bonita mulher, alta, loira, atraente. E assim começou na televisão, onde ganhou imediatamente um papel, já que tinha tudo para isso, inclusive a voz que era forte e marcante. E foi graças ao tipo físico e a voz que estreou na televisão em 1952, atuando nos programas "TV de Vanguarda" e "TV Comédia", na TV Tupi.

Márcia Real foi um dos principais nomes da TV Tupi de São Paulo, fazendo papéis como: Lady Macbeth Ana Karenina.

Depois passou para a TV Excelsior, onde ganhou papéis importantes em inúmeras novelas, tendo participado com grande relevância em "Redenção" (1966), a mais longa novela que já esteve no ar, com 652 capítulos.

Quando ainda na TV Tupi, casou-se com o violinista Joel, com quem teve a primeira filha, Márcia Regina. Mais tarde separou-se e casou-se com Lauro, com quem teve sua segunda filha Karina.

Márcia Real, porém, não foi só atriz, Sua inteligência e dom natural para falar, fizeram dela uma grande apresentadora de televisão. Salientou-se no "Clube dos Artistas", ao lado de Airton Rodrigues, no qual ficou por 10 anos.


Ganhou vários prêmios, entre eles o Troféu Roquette Pinto, o principal prêmio de televisão da década de 1960, por três vezes.

Participou de vários filmes, mas gostava de salientar o filme "O Sobrado" (1956) com texto de Walter George Durst e direção de Cassiano Gabus Mendes. Continuou, porém, constantemente em teatro, com aparições brilhantes, dentre elas como: Marlene Dietrich, na peça "Piaf", ao lado de Bibi Ferreira, onde realmente ficou exatamente igual à famosa atriz de cinema, a ponto do público se levantar e aplaudir de pé.

Em 2003 foi a Maria Alice do filme "Avassaladoras", estrelado por Giovanna Antonelli e Reynaldo Gianecchini.

Márcia Real costumava dizer:
"Hoje estou sozinha, isto é, sem marido, mas para mim a vida é a família, as filhas, os genros, e netos, e à noite, o teatro. E tendo isso tenho tudo. Com todas as injustiças, a ingratidão, ou dificuldades que possa ter passado, sou grata à Deus, pois fui uma menina pobre, mas lutei, consegui, venci. E se pudesse recomeçar, faria exatamente tudo o que fiz!" 
Morte

Márcia Real faleceu na madrugada de sexta-feira, 15/03/2019, aos 88 anos, em um hospital de Ibiúna, SP. A causa da morte não foi divulgada. Ela sofria de Mal de Alzheimer há mais de uma década.

Márcia Real deixou duas filhas e três netos.

Márcia Real  foi velada no Cemitério São Paulo a partir das 17h30 de sexta-feira, 15/03/2019, e o sepultamento ocorreu às 10h00 de sábado, 16/03/2019.

Marcos Frota e Márcia Real
Carreira

Televisão
  • 2003 - SPA TV Fantasia ... Dona Meire
  • 2001 - O Direito de Nascer ... Augusta Monteiro
  • 1999 - Ô Coitado ... Heliodora (Lili)
  • 1997 - Canoa do Bagre ... Matilde
  • 1997 - O Olho da Terra ... Aparecida
  • 1996 - Irmã Catarina ... Irmã Serafina
  • 1994 - Quatro Por Quatro ... Isadora Herrera Franco
  • 1992 - De Corpo e Alma ... Sálvia Lopes
  • 1990 - Mico Preto ... Áurea Menezes Garcia
  • 1988 - Bebê a Bordo ... Valquíria
  • 1979 - Gaivotas ... Idalina
  • 1978 - Aritana ... Guiomar
  • 1973 - Vidas Marcadas
  • 1973 - Venha Ver o Sol na Estrada ... Belinda
  • 1972 - O Leopardo ... Odete
  • 1972 - O Tempo Não Apaga ... Elisa
  • 1971 - Os Deuses Estão Mortos ... Emília
  • 1970 - As Pupilas do Senhor Reitor
  • 1969 - Dez Vidas
  • 1969 - Sangue do Meu Sangue ... Princesa Isabel
  • 1969 - Os Estranhos ... Ofélia
  • 1968 - Legião dos Esquecidos ... Teresa
  • 1966 - Redenção ... Lola
  • 1966 - A Grande Viagem ... Marion
  • 1965 - Vidas Cruzadas ... Andréa
  • 1965 - Pecado de Mulher
  • 1964 - Mãe
  • 1964 - Isabella
  • 1964 - Corações em Conflito ... Isabel
  • 1959 - TV de Comédia ... Marla / Madame Arcati / Suzana
  • 1958 - TV Teatro ... Vários Personagens
  • 1958 - Suspeita
  • 1958 - TV de Comédia ... Yolanda
  • 1956 - Grande Teatro Tupi ... Vários Personagens
  • 1956 - Uma História de Ballet
  • 1953 - O Mártir do Calvário ... Madalena
  • 1953 - Delícias da Vida Conjugal
  • 1953 - A Viúva
  • 1953 - 48 Horas Com Bibiana
  • 1952 - Senhora ... Aurélia Camargo
  • 1952 - Vestidos da Minha Vida
  • 1952 - TV de Vanguarda ... Vários Personagens (1952-1961)


Filmes
  • 2002 - Avassaladoras ... Maria Alice
  • 1976 - Possuída Pelo Pecado
  • 1976 - Amadas e Violentadas ... Carmen
  • 1975 - O Rei da Noite ... Sinhá
  • 1975 - A Ilha do Desejo ... Madame Geny
  • 1964 - O Vigilante Contra o Crime
  • 1956 - O Sobrado ... Alice Terra Cambará
  • 1951 - Liana, a Pecadora ... Liana
  • 1949 - Carnaval no Fogo


Trabalhos em Dublagem
  • 1965 - Endora na 1ª temporada da série "A Feiticeira"
Entre outros.


Prêmios e indicações

1961 - Troféu Imprensa de Melhor Atriz ... Venceu

Fonte: Wikipédia e Correio Brasiliense
Indicação: Miguel Sampaio, Simone Simas, Fada Veras e Neyde Almeida

Maria Isabel de Lizandra

MARIA ISABEL RECLUSA ANTUNES MACIEL
(72 anos)
Atriz

☼ São Paulo, SP (05/06/1946)
┼ São Paulo, SP (14/03/2019)

Maria Isabel de Lizandra foi uma atriz nascida em São Paulo, SP, no dia 05/06/1946.

Maria Isabel de Lizandra construiu uma carreira vitoriosa nas décadas de 1970 e 1980, participando em várias telenovelas, séries, especiais de TV, filmes e peças de teatro.

Estreou em 1964 na TV Tupi com a novela "Se o Mar Contasse", de Ivani Ribeiro, dirigida por Geraldo Vietri, e no cinema em "Vereda da Salvação", filme de Anselmo Duarte que provocou a crítica e o público em festivais de todo o mundo.

A partir de 1966, na TV Excelsior, Maria Isabel de Lizandra tornou-se um dos rostos mais habituais das novelas. Nesse ano, marcou presença em "Anjo Marcado", de Ivani Ribeiro como Maria Elisa e em "As Minas de Prata", uma superprodução para a época, adaptada por Ivani Ribeiro e dirigida por Walter Avancini, como Raquel.

Em 1967, marcou presença na primeira novela da TV Bandeirantes, uma adaptação de Walther Negrão para "Os Miseráveis", vivendo a jovem Cosette ao lado de Leonardo Villar e Geraldo Del Rey. Regressou posteriormente à TV Excelsior para viver Eulália Terra de outra superprodução, "O Tempo e o Vento", uma adaptação de Teixeira Filho para a obra de Érico Veríssimo.


Ainda na TV Excelsior, em 1968, Maria Isabel faz o papel de duas grandes personagens: a Ruth de "O Terceiro Pecado", primeira obra de Ivani Ribeiro a falar do sobrenatural e que foi readaptada em 1989 como "O Sexo dos Anjos" pela TV Globo (na nova versão essa personagem foi da atriz Silvia Buarque), e a Rosália, uma das filhas de Mãe Cândida, em "A Muralha", que foi a maior produção realizada no gênero pela TV Excelsior, e também escrita por Ivani Ribeiro e readaptada em 2000 pela TV Globo com a atriz Regiane Alves interpretando a mesma personagem. Na versão da TV Excelsior, Maria Isabel de Lizandra fazia par romântico com Paulo Goulart.

Em seguida faz a Glorinha adulta de "A Menina do Veleiro Azul" (1969) e a Marília de Dirceu de "Dez Vidas" (1969), ambas novelas escritas por Ivani Ribeiro e já no fim da TV Excelsior.

Em 1970 estreou na TV Tupi fazendo a Renée de "As Bruxas" e, em seguida, a Cristina de "Hospital" (1971).

Em 1971, na TV Record, participou da novela "Sol Amarelo", um fracasso de público, regressando à TV Tupi, onde fez duas novelas de sucesso: "Na Idade do Lobo" (1972), como Belinha, e "Camomila e Bem-Me-Quer" (1972), como Elisa.

O grande sucesso junto ao público chegou com a rebelde Malu da novela "Mulheres de Areia" (1973) de Ivani Ribeiro, um dos maiores sucessos das novelas até hoje e da TV Tupi. Sua parceria com o ator Antônio Fagundes que viveu Alaor foi um dos grandes trunfos da novela e fez com que os dois protagonizassem em "O Machão" (1974), uma adaptação de Ivani Ribeiro para "A Megera Domada" de William Shakespeare e uma das novelas mais longas da televisão (371 capítulos).


Nessa época, estreou também no cinema nacional e participou em duas comédias no estilo pornochanchada, "As Mulheres Sempre Querem Mais" (1974) do diretor Roberto Mauro e "O Super Manso", de Ary Fernandes.

Regressou às novelas em 1975 como a Carolina na adaptação de "O Alienista", que se chamou "Vila do Arco" e foi apresentada pela TV Tupi.

Suas duas últimas aparições no cinema nacional foram ainda na década de 1970, onde estrelou "Belas e Corrompidas" (1977) e fez um dos principais papéis em "A Noite das Fêmeas" (1976).

Na TV Tupi ela fez o principal papel feminino, Lúcia, da novela "Xeque-Mate" (1976), Isabel adulta, filha de Dona Lola, em "Éramos Seis" (1977) e, por último, já nos momentos finais da TV Tupi, a novela "Salário Mínimo" (1978).

No começo da década de 1980 participou em "Cara a Cara" (1979) de Vicente Sesso, a primeira novela da nova fase da Rede Bandeirantes, transferindo-se depois para a TV Cultura, onde fez vários tele teatros, minisséries, tele romances e apresentou alguns programas educativos.

Estreou-se na TV Globo com a minissérie "Moinhos de Vento" (1983). Depois vieram "Champagne" (1983) de Cassiano Gabus Mendes, a minissérie "Tenda dos Milagres" (1985), e a participação nas séries "Caso Verdade" e "Você Decide".

Maria Isabel de Lizandra e Ênio Gonçalves
Em 1986 foi para a Rede Manchete onde participou de "Dona Beija" (1986). Sua personagem, a Dona Josefa, foi um dos destaques da trama ao ficar viúva e se apaixonar por um jovem pianista, muitos anos mais jovem, interpretado pelo ator Jayme Periard.

Em 1988 regressou à TV Globo, onde teve uma participação especial na novela "Vale Tudo" (1989), como a vizinha da personagem de Regina Duarte. Faz uma participação especial na novela "Tieta" (1989) e viveu Dona Clara na novela "Pacto de Sangue" (1989).

Em 1991 retornou à Rede Manchete onde fez episódios de "Fronteiras do Desconhecido" e participou na minissérie "Filhos do Sol" (1991).

Seus últimos trabalhos na televisão tiveram lugar na segunda metade da década de 1990, participando em episódios do programa "Você Decide", na novela "Por Amor e Ódio" (1997) e na minissérie "Labirinto" (1998).

Foi ainda uma presença constante nos palcos brasileiros estrelando e participando em dramas e comédias que foram sucesso de público e crítica. Entre os vários espetáculos que participou se destacam: "Quarto de Empregada", "O Duelo", "Felisberto do Café", "Elas Complicam Tudo", "Adiós Geralda" e "Freud, Além da Alma".

Maria Isabel de Lizandra foi casada com o ator Ênio Gonçalves, tinha duas filhas e lecionou História do Teatro em universidades paulistas, dando ainda aulas de teatro e participando em leituras dramáticas.

Morte

Maria Isabel de Lizandra faleceu na noite de de quinta-feira, 14/03/2019, aos 72 anos, no Hospital das Clínicas de São Paulo, em decorrência de uma pneumonia.

O corpo foi velado no Cemitério do Araçá e o enterro ocorreu às 17h00 no Cemitério da Consolação.

Antônio Fagundes e Maria Isabel de Lizandra 
Carreira

Televisão

  • 1964 - Se o Mar Contasse ... Nanci
  • 1966 - Anjo Marcado ... Maria Elisa
  • 1966 - As Minas de Prata ... Raquel
  • 1967 - Os Miseráveis ... Cosette
  • 1967 - O Tempo e o Vento ... Eulália Terra
  • 1968 - O Terceiro Pecado ... Ruth
  • 1968 - A Muralha ... Rosália
  • 1969 - A Menina do Veleiro Azul ... Glorinha
  • 1969 - Dez Vidas ... Marília
  • 1970 - As Bruxas ... Renée
  • 1971 - Hospital ... Cristina
  • 1971 - Sol Amarelo
  • 1972 - Na Idade do Lobo ... Belinha
  • 1972 - Camomila e Bem-me-quer ... Elisa
  • 1973 - Mulheres de Areia ... Malu
  • 1974 - O Machão ... Catarina
  • 1975 - Vila do Arco ... Carolina
  • 1976 - Xeque-Mate ... Lúcia
  • 1977 - Éramos Seis ... Isabel
  • 1978 - Salário Mínimo ... Teca
  • 1979 - Cara a Cara ... Carolina
  • 1981 - O Vento do Mar Aberto ... Marcela
  • 1981 - Partidas Dobradas ... Sabrina
  • 1982 - Nem Rebeldes, Nem Fiéis ... Áurea
  • 1982 - O Tronco do Ipê ... Baronesa da Espera
  • 1983 - Moinhos de Vento ... Amparo
  • 1983 - Champagne ... Verônica
  • 1985 - Tenda dos Milagres ... Amélia
  • 1986 - Dona Beija ... Josefa
  • 1988 - Vale Tudo ... Marisa
  • 1989 - Tieta ... Benta
  • 1989 - Pacto de Sangue ... Dona Clara
  • 1991 - Filhos do Sol
  • 1997 - Por Amor e Ódio ... Margarida
  • 1998 - Labirinto ... Hermínia

Cinema

  • 1965 - Vereda da Salvação
  • 1974 - As Mulheres Sempre Querem Mais ... Selma
  • 1975 - O Super Manso
  • 1976 - A Noite das Fêmeas
  • 1977 - Belas e Corrompidas ... Isabel

Fonte: Wikipédia e G1
Indicação: Miguel Sampaio, Simone Simas, Fada Veras e Neyde Almeida
#famososquepartiram #mariaisabeldelizandra

Isa Rodrigues

ELISA RODRIGUES CORREIA DE MELLO
(88 anos)
Atriz

☼ São Paulo, SP (17/07/1927)
┼ Rio de Janeiro, RJ (15/12/2015)

Isa Rodrigues, nome artístico de Elisa Rodrigues Correia de Mello, foi uma atriz nacida em São Paulo, SP, no dia 17/07/1927.

Filha dos também atores Benito Rodrigues BouzaAlzira Rodrigues Bouza, começou a carreira cantando, dançando e sapateando no teatro no final da década de 1930, o que lhe rendeu o título de Shirley Temple Brasileira.

Sua estreia deu-se em Santos, na companhia de Nino Nello e Tom Bill, com um espetáculo de variedades intitulado "O Team da Gargalhada".

Isa Rodrigues tinha 8 anos, mas cantou e dançou como gente grande. A menina agradou tanto que passou a integrar o elenco da companhia, que viajava pelo Estado de São Paulo. A menina era tão boa que passou a ser anunciada como a grande atração. Apresentava-se cantando e dançando samba e maxixe.

Em 1936, com nove anos de idade, já é conhecida pelo público paulista e também em outros Estados. A família, então, mudou-separa o Rio de Janeiro.

Isa Rodrigues foi chamada a se apresentar em um show no Teatro República, mo Rio de Janeiro, em homenagem à vedete chilena Eva Stachino, que se despedia do Brasil. No dia do grande espetáculo, estavam na plateia Carmen Miranda, Francisco Alves, Orlando Silva, OscaritoAracy Côrtes e Sílvio Caldas.


A menina cantou e dançou com tal desembaraço e graciosidade que foi considerada o maior sucesso da noite. Luís Iglésias, propôs um contrato com a menina, para estrear na sua próxima revista, no Recreio. O pai Benito Rodrigues recusou, pois estava negociando com outra companhia. Luís Iglésias não quis nem saber o fim da história. Cobriu a oferta e ainda contratou, de quebra, os pais. Nascia assim a Shirley Temple brasileira.

Sua estreia aconteceu na revista "É Batatal!", ao lado de gigantes como OscaritoAracy Côrtes e Eva Todor. Ela fez um dueto histórico com Oscarito, cantando "No Tabuleiro da Baiana", na época, recém-gravada por Carmen Miranda. O jogo de cena entre Oscarito e Isa Rodrigues era impagável. A crítica consagrou o surgimento da nova estrela.

A pequena Isa Rodrigues foi capa da tradicional Revista de Theatro, vestida de baiana. Embaixo de sua fotografia, estavam estampados os seguintes dizeres: "Isa Rodrigues, a vedeta de 1937".

E durante os anos seguintes ela explodiu em popularidade. Era como se fosse uma mini-reprodução das grandes vedetes da Praça Tiradentes. Exímia sapateadora, pode-se dizer que foi a primeira criança prodígio na cena teatral brasileira.

Com o fim das apresentações de "É Batatal!", o Recreio lançou "O Palhaço O Que É?", e logo depois "Mamãe Eu Quero" e "Rumo Ao Catete". Isa Rodrigues estava nestes elencos, repetindo o êxito.

"A Menina de Ouro" foi uma revista escrita especialmente para ela. Estreou no Recreio, em 1937, escrita por Freire Jr. e J. Cabral.

Isa Rodrigues e Carlos Melo
A produção apresentava-a como a menor vedete dos palcos brasileiros e, com certeza, dos teatros do mundo. A peça contava a história da americana Shirley Temple que decide tirar umas férias no sul da Califórnia. Para despistar os fãs e a imprensa, forja uma visita ao Brasil, contratando uma sósia brasileira que, se passando pela atriz, comparece a todos os eventos, atuando em cinema e teatro, enganando a todos. Mas a farsa dura pouco tempo: é descoberta e levada a julgamento. Na hora do veredicto, o clímax da peça, Isa Rodrigues tinha uma grande cena dramática, que emocionava todas as noites.

Entre 1937 e 1941, Isa Rodrigues reinou absoluta na Praça Tiradentes. Seu sucesso era enorme. Havia uma multidão se amassando para ver a estrelinha.

Em 1939, depois de excursionar pelo País, Isa Rodrigues perdeu a maior oportunidade de sua vida: Uma proposta para filmar em Hollywood, ao lado da própria Shirley Temple, feita por dois representantes da MGM na América Latina. O pai Benito Rodrigues recusou, pois tinha acabado de renovar com a Cia. Manoel Pinto.

Em 1941, Isa Rodrigues tentou interromper sua carreira para estudar, mas voltou para ajudar as finanças dos pais que dependiam dela. Ela havia crescido no palco.

Em 1950 casou-se com o ator Carlos Mello, pai de seu único filho, Carlos AlbertoIsa Rodrigues tornou-se uma atriz versátil que havia passado com desenvoltura do teatro de revista para a comédia.

Em 1953, aos 26 anos, Isa Rodrigues retornou à revista em "Mulheres de Todo o Mundo", no Teatro Carlos Gomes, ao lado da amiga desde os tempos do Recreio, Dercy Gonçalves. A ex menina-prodígio e revelação na comédia, pela primeira vez, veste maiô e bota as pernas de fora. O público e a crítica adoraram. Com Dercy Gonçalves ainda atuaria em "Bomba da Paz", no João Caetano. Agora como vedete passou por muitas companhias.


Em 1955, foi elevada ao estrelato como vedete na temporada paulista com Colé Santana, no Teatro Alumínio. Encabeçou o elenco de "Gostei Demais..." e "Gente Bem & Champanhota", onde substitui Nélia Paula. Aproveitou a estada em São Paulo para filmar seu primeiro longa-metragem, "Eva No Brasil".

Estrelou outras revistas como "Te Futuco... Num Futuca" (1959) e "Rio, Amor e Fantasia" (1960). Sua especialidade eram os números de samba e as cenas cômicas. Isa Rodrigues, com Consuelo Leandro e Sônia Mamede, sabia fazer a caricata bonita, engraçada e sensual, ao mesmo tempo.

Em 1962, Isa Rodrigues era a artista mais bem paga da TV Excelsior. Ao lado de outros egressos do Teatro de Revista, participou dos mais célebres programas humorísticos como "Noites Cariocas", "O Riso é o Limite", "Vovô Deville" e "Times Square".

Nos anos 1970, participava dos programas do Chico Anysio e dos Trapalhões da TV Globo.

No cinema, Isa Rodrigues participou de "Eva no Brasil" (1956), "Marido de Mulher Boa" (1960), "E Eles Não Voltaram" (1960), "Três Colegas de Batina" (1962), quando foi dirigida por Darcy Evangelista e atuado com Eliana Macedo e o Trio Irakitan, e "Sexomaníaco" (1976).

Sua despedida dos palcos aconteceu em 1985, com a peça "Viva a Nova República" encenado no Copacabana Palace, ao lado de Íris Bruzzi e Milton Moraes.

Após a despedida dos palcos, Isa Rodrigues se dedicou integralmente a família.

Em 1990, com a morte do marido, também ator, Carlos José Correia de Mello, por vontade própria decidiu mudar-se para o Retiro dos Artistas, onde viveu até falecer, no dia 15/12/2015, aos 88 anos.

Isa Rodrigues e Zé Trindade
Filmografia

  • 1976 - O Sexomaníaco
  • 1962 - Três Colegas de Batina
  • 1960 - E Eles Não Voltaram
  • 1960 - Marido de Mulher Boa
  • 1956 - Eva no Brasil

Fonte: Wikipédia e "As Grandes Vedetes do Brasil" (Neyde Veneziano)
#famososquepartiram #isarodrigues

Meire Nogueira

MEIRE NOGUEIRA MAZOLLA
(78 anos)
Atriz e Apresentadora de Televisão

☼ Onda Verde, SP (21/01/1940)
┼ Curitiba, PR (05/12/2018)

Meire Nogueira Mazolla, mais conhecida como Meire Nogueira, foi uma atriz e apresentadora de televisão, nascida em Onda Verde, SP, no dia 21/01/1940.

Meire Nogueira produziu e apresentou vários programas na televisão e no rádio, chegando a conquistar o Troféu Imprensa e o Troféu Roquette Pinto.

Em 1966, Meire Nogueira recebeu o Prêmio Governador do Estado de São Paulo, já em sua primeira edição, das mãos do então governador Ademar de Barros.

Quando tinha apenas um ano de idade, sua família se mudou para Rolândia, no Paraná. Anos depois, passou a morar em Curitiba, estudando no Colégio Nossa Senhora de Lourdes até transferir-se para o Instituto de Educação do Paraná. Posteriormente, cursou Direito na Universidade de Ribeirão Preto (UNAERP).


Em São Paulo, iniciou sua carreira de comunicadora, atuando como garota-propaganda, jornalista e radialista. Eleita Miss Inverno, recebeu como prêmio um contrato com a TV Record.

Entre 1964 e 1968, apresentou um dos primeiros programas infantis da televisão: "Meire, Meire Queridinha" na TV Tupi.

Em 1995, criou e patenteou o programa "Tempo de Viver", o primeiro dirigido ao público da chamada terceira idade. O programa ficou cinco anos no ar pela Rede Vida de Televisão.

De 2000 a 2002 comandou o programa "A Casa é Sua" na RedeTV!.


Em Brasília, durante um ano, apresentou o programa  "Meire Nogueira & Cia", falando sobre política e economia.

De volta ao Paraná, comandou, na TVE Paraná, o programa de variedades "Alegria de Viver". Também comandou programas na TV Evangelizar e TV Iguaçu.

Como atriz, Meire Nogueira participou do filme "Um Marido Barra-Limpa" (1957) e das novelas "Estrelas no Chão" (1967), "O Preço de Uma Vida" (1965), "Gutierritos, o Drama dos Humildes" (1964) e "O Direito de Nascer" (1964).

Meire Nogueira foi casada com o ator Carlos Zara, o empresário Alberto Trabulsi, com o fazendeiro Carlos Consoni e com o juiz José Ruy Borges Pereira.

Morte

Meire Nogueira faleceu na noite de quarta-feira, 05/12/2018, aos 78 anos, em Curitiba, PR. Ela lutava contra um câncer, descoberto tão somente há um mês. Ela estava se tratando, passou por cirurgia, mas houve complicações no quadro clínico. Meire Nogueira precisou ficar internada, entrou em coma e não resistiu.

O corpo foi velado no Salão Jade da Capela Vaticano, na rua Desembargador Hugo Simas, número 26, em Curitiba, PR. O sepultamento ocorreu no dia 06/12/2018, durante a tarde, no Cemitério Municipal da Água Verde.

Fonte: Wikipédia

Bibi Ferreira

ABIGAIL IZQUIERDO FERREIRA
(96 anos)
Atriz, Cantora, Compositora e Diretora

☼ Rio de Janeiro,, RJ (01/06/1922)
┼ Rio de Janeiro, RJ (13/02/2019)

Abigail Izquierdo Ferreira, mais conhecida como Bibi Ferreira, foi uma atriz, cantora, compositora e diretora, nascida no Rio de Janeiro, RJ, no dia 01/06/1922. Era filha do ator Procópio Ferreira e da bailarina argentina Aída Izquierdo.

Fez sua estreia teatral aos 24 dias de vida, na peça "Manhãs de Sol", de autoria de Oduvaldo Vianna, substituindo uma boneca que desaparecera pouco antes do início do espetáculo. Logo após, os pais se separaram e Bibi Ferreira passou a viver com a mãe, que foi trabalhar na Companhia Velasco, uma companhia de teatro de revista espanhola. Seu primeiro idioma, até os quatro anos, foi o espanhol. O idioma português e o grande amor pela ópera ela viria a aprender com o pai.

De volta ao Brasil, tornou-se a atriz mirim mais festejada do Rio de Janeiro. Entrou para o Corpo de Baile do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, onde permaneceu por longo tempo, até estrear na companhia do pai.

Aos nove anos teve negada a matrícula no Colégio Sion, em Laranjeiras, por ser filha de um ator de teatro. Completou o curso secundário no Colégio Anglo-Americano.

Sua estreia profissional nos palcos aconteceu em 28/02/1941, quando interpretou Mirandolina, na peça "La Locandiera".


Em 1944, montou sua própria companhia teatral, reunindo alguns dos nomes mais importantes do teatro brasileiro, como Cacilda Becker, Maria Della Costa e a diretora Henriette Morineau. Pouco mais tarde, foi para Portugal, onde dirigiu peças durante quatro anos, com grande sucesso.

Participou em várias peças em Portugal com grande sucesso, principalmente teatro de revista, entre as quais:
  • 1957 - "Há Horas Felizes!" - Teatro Variedades
  • 1957 - "Curvas Perigosas" - Teatro Maria Vitória
  • 1958 - "Com o Amor Não se Brinca" - Teatro Maria Vitória
  • 1958 - "Minha Filha é de Gritos!" - Teatro Maria Vitória
  • 1958 - "Por Causa Delas…" - Teatro Maria Vitória
  • 1959 - "Encosta a Cabecinha e Chora..." - Teatro Maria Vitória
  • 1959 - "Tudo na Lua" - Teatro Maria Vitória
  • 1960 - "Taco a Taco" - Teatro Maria Vitória

Na década de 1960, vieram os sucessos dos musicais, como "Minha Querida Dama" (My Fair Lady), estrelado por Bibi Ferreira e Paulo Autran. Nessa época atuou também em musicais de teatro e televisão. Em 1960, iniciou a apresentação na TV Excelsior de São Paulo, de "Brasil 60 (61, 62, 63...) conforme o ano. Um programa ao vivo, que durante dois anos levou à televisão os maiores nomes do teatro.


Bibi Ferreira participou, atuando ou dirigindo, de alguns dos grandes espetáculos teatrais e musicais montados no Brasil.

Em 1970, dirigiu "Brasileiro, Profissão: Esperança", de Paulo Pontes. Foi numa das versões desse espetáculo que pela primeira vez dirigiu a cantora Maria Bethânia, na outra versão dirigiu Clara Nunes.

Em 1972, atuou em "O Homem de La Mancha" ao lado de Paulo Autran, com tradução de Paulo Pontes e Flávio Rangel, além das versões de Chico Buarque e Ruy Guerra para as canções.

Em 1975, participou de "Gota d'Água", de Chico Buarque e Paulo Pontes.

Em 1976, dirigiu Walmor Chagas, Marília Pêra, Marco Nanini e 50 artistas em "Deus Lhe Pague", de Joracy Camargo.

Na década de 1980, dirigiu de textos comerciais a peças de dramaturgia sofisticada, de musicais de grande porte a dramas intimistas. Em 1980, dirigiu "Toalhas Quentes", de Marc Camoletti.


Em 1981, "Um Rubi no Umbigo", de Ferreira Gullar, e "Calúnia", de Lillian Hellman. No mesmo ano, com sua produção e direção, estreou "O Melhor dos Pecados", de Sérgio Viotti, promovendo a volta aos palcos de Dulcina de Moraes, após vinte anos de ausência.

Em 1983 voltou aos palcos com "Piaf, a Vida de Uma Estrela da Canção", espetáculo de grande sucesso de público e crítica. Por sua atuação recebeu os prêmios Mambembe e Molière, em 1984 e, no ano seguinte, da Associação dos Produtores de Espetáculos Teatrais do Estado de São Paulo (APETESP) e Governador do Estado. O espetáculo, que fez muitas viagens, permaneceu seis anos em cartaz e, em quatro anos, atingiu um milhão de espectadores, incluindo uma temporada em Portugal, com atores portugueses no elenco.

Dirigiu ainda inúmeros programas de televisão e shows de artistas da música popular brasileira, como Maria BethâniaClara Nunes nos anos 70 e 80.

Nos anos 90, Bibi Ferreira reviveu seus maiores sucessos, remontando "Brasileiro, Profissão: Esperança" e fazendo um espetáculo em que cantava canções e contava histórias de Piaf.

Em "Bibi In Concert", comemorou 50 anos de carreira e, depois de anos de temporada, fez o "Bibi In Concert 2".

Bibi Ferreira Anos 60 na peça "My Fair Lady"
Em 1996 recebeu o Prêmio Sharp de Teatro. Encenou "Roque Santeiro", de Dias Gomes, em versão musical.

Em 1999, dirigiu pela primeira vez uma ópera, "Carmen" de Georges Bizet.

Em 2003, na Marquês de Sapucaí recebeu homenagem da Escola de Samba Unidos do Viradouro.

Na década de 2010, Bibi Ferreira começou a realizar espetáculos focados em apenas um artista, como a francesa Edith Piaf, a portuguesa Amália Rodrigues, e o americano Frank Sinatra.

Em 2007, após 50 anos afastada do teatro de comédia, voltou aos palcos fazendo "Às Favas Com os Escrúpulos", texto de Juca de Oliveira e direção de Jô Soares.

Em 2015, entrou para a lista 10 Grandes Mulheres que Marcaram a História do Rio.

Aos 95 anos fez sua turnê de despedida com "Bibi - Por Toda Minha Vida", espetáculo só com músicas brasileiras.

Vida Pessoal

Nascida na cidade do Rio de Janeiro, era filha do ator carioca Procópio Ferreira e da bailarina argentina Aída Izquierdo. Era neta paterna de portugueses, oriundos da Ilha da Madeira. Pela parte materna, era neta dos espanhóis Antonio Izquierdo e Irma Queirolo.

Bibi Ferreira foi casada seis vezes. Seu primeiro matrimônio durou dez anos, e foi realizado em 29/09/1943, na capital paraguaia, Assunção, com o diretor Carlos Martins Lage. Desquitaram-se em 1953, no Rio de Janeiro.

Em 1954 uniu-se pela segunda vez, com o ator Armando Carlos Magno, primo de Pascoal Carlos Magno. Desta união, teve sua única filha, Tereza Cristina Izquierdo Magno, nascida em 20/08/1954, no Rio de Janeiro. Em 1955 o casal separou-se.

Em 1956 uniu-se com o ator Herval Rossano, de quem se separou em 1958.

De 1963 a 1965, viveu junto com Édson França, e de 1966 a 1967 morou com o ator Paulo Porto.

Seu último casamento durou oito anos, de 1968 a 1976, com o ator Paulo Pontes. A atriz ficou viúva em 27/12/1976.

Bibi Ferreira manteve outros relacionamentos ao longo de sua vida, mas não quis mais casar-se novamente.

Morte

Bibi Ferreira faleceu na quarta-feira, 13/02/2019, aos 96 anos, vítima de parada cardíaca, no Rio de Janeiro, RJ. Segundo Tereza Cristina Ferreira, sua filha, Bibi Ferreira morreu no início da tarde em seu apartamento no Flamengo, Zona Sul do Rio de Janeiro. A atriz acordou e a enfermeira que a acompanhava percebeu que o batimento cardíaco estava baixo e, por isso, chamou um médico. Tereza Cristina acredita que a mãe morreu dormindo.
"Ela amanheceu normal, acordou tomou seu café da manhã e tudo. Depois ela só se queixou que estava se sentindo um pouco com falta de ar. Então como tem enfermeira, tem tudo, tiramos a pressão, o pulso estava fraco. Imediatamente chamamos o Pró-Cardíaco. Eles vieram muito rápido, muito rápido mesmo, ambulância, médico, tudo, mas quando chegaram ela já tinha partido. Ela morreu dormindo, tranquila!"
(Tereza Cristina Izquierdo Magno)

Bibi Ferreira com o pai, Procópio Ferreira, em 1978.
Filmografia

Cinema
  • 2011 - Flávio Rangel - O Teatro na Palma da Mão ... Ela Mesma
  • 1956 - Leonora dos Sete Mares
  • 1949 - Almas Adversas ... Zefa / Georgina
  • 1947 - O Fim do Rio ... Teresa
  • 1936 - Cidade-Mulher

Televisão
  • 1960-1964 - Brasil 60 ... Apresentadora
  • 1960- 1994 - Bibi Sempre aos Domingos ... Apresentadora
  • 1968- 1973 - Bibi Especial ... Apresentadora
  • 1968-1973 - Festival de Carnaval ... Apresentadora
  • Bibi ao Vivo ... Apresentadora
  • 1968 - Curso de Alfabetização Para Adultos ... Apresentadora
  • 1972 - Oscar 1972 ... Apresentadora
  • 1978-1979 - Brasil 79 ... Apresentadora
  • 1984 - Marquesa de Santos ... Dona Carlota Joaquina
  • 1992 - Bibi In Concert ... Ela Mesma

Prêmios e Indicações
  • 1952 - Troféu APCA - Melhor Diretora "A Herdeira" ... Venceu
  • 1961 - Troféu Imprensa - Melhor Animadora "TV Excelsior" ... Venceu
  • 1962 - Troféu Imprensa - Melhor Animadora ... Venceu
  • 1964 - Prêmio Saci - Melhor Atriz "My Fair Lady" ... Venceu
  • 1966 - Troféu Imprensa - Melhor Animadora "TV Excelsior" ... Indicada
  • 1971 - Troféu Imprensa - Melhor Animadora ... Venceu
  • 1973 - Troféu Imprensa - Melhor Animadora ... Indicada
  • 1977 - Prêmio Molière - Melhor Atriz "Gota d'Água" ... Venceu
  • 1977 - Troféu APCA - Melhor Atriz ... Venceu
  • 1984 - Troféu Mambembe - Melhor Atriz "Piaf, a Vida de Uma Estrela da Canção" ... Venceu
  • 1984 - Prêmio Molière - Melhor Atriz ... Venceu
  • 1985 - Prêmio Apetesp - Melhor Atriz ... Venceu
  • 1985 - Prêmio Pirandello - Melhor Atriz ... Venceu
  • 1985 - Prêmio Governador do Estado - Melhor Atriz ... Venceu
  • 1996 - Prêmio Sharp - Melhor Atriz "Bibi In Concert 2" ... Venceu
  • 2000 - Festival Internacional da Cultura em Tóquio - Melhor Comunicadora "Curso de Alfabetização Para Adultos" ... Venceu
  • 2003 - Prêmio Shell - Homenagem
  • 2008 - Troféu APCA - Grande Prêmio da Critica ... Venceu
  • 2010 - Troféu Bibi Ferreira e Medalha Procopio Ferreira - Homenagem
  • 2010 - Prêmio Claudia - Homenagem
  • 2011 - Prêmio Contigo de Teatro - Homenagem
  • 2011 - Prêmio APTR - Homenagem
  • 2012 - Prêmio Aplauso Brasil de Teatro - Homenagem
  • 2012 - Prêmio Bravo! Prime de Cultura - Artista Prime do Ano ... Venceu
  • 2013 - Prêmio Faz Diferença - O Globo - Segundo Caderno - Teatro ... Venceu
  • 2013 - Brazilian Press Awards - Homenagem
  • 2014 - Prêmio Bibi Ferreira - Homenagem

Fonte: Wikipédia
Indicação: Miguel Sampaio
#famososquepartiram #bibiferreira

Edith Gaertner

EDITH GAERTNER
(85 anos)
Atriz

☼ Blumenau, SC (22/03/1882)
┼ Blumenal, SC (15/09/1967)

Edith Gaertner foi uma atriz que nasceu em nasceu em Blumenau, SC,  no dia 22/03/1882. Era filha do cônsul da Alemanha Victor Gaertner, sobrinho-neto do químico e filósofo Hermann Bruno Otto Blumenau, fundador da cidade de Blumenau, e da fundadora do teatro da cidade. Edith Gaertner era a caçula de oito irmãos.

Seu monumento foi levantado no Horto do Museu da Família Colonial, antiga casa de Edith Gaertner, e moldado pelo escultor Miguel Barba. Foi inaugurado em 15/09/1973, na presença de autoridades locais. 

Em Blumenau, SC, existe o Cemitério dos Gatos dentro de um Horto Florestal que pertenceu a uma atriz que amava gatos e se chamava Edith Gaertner.

Com temperamento independente, aos 20 anos, depois da morte dos pais, viajou sozinha. Chegou a trabalhar como governanta de uma família em uma fazenda no Uruguai, mas foi na Argentina que começou a realizar seu sonho: Ser atriz.

Foi na Argentina que conheceu Elenora Duse, uma atriz alemã, que foi sua musa inspiradora.

Edith Gaertner foi para a Alemanha, onde cursou a Academia de Arte Dramática em Berlim. Percorreu as principais cidades da Europa trabalhando em peças nos mais renomados palcos de teatro, com peças de Goethe, Schiller, Molière e Shakespeare. A crítica, contam historiadores, a recebia muito bem: Sua dicção e mímica eram sempre elogiados.

O pós-guerra, porém, trouxe dificuldades à Alemanha. Quando, em 1924, Edith Gaertner recebeu a notícia de que seus dois irmãos solteiros estavam muito doentes, viu a deixa para abandonar a carreira artística e retornar ao Brasil.

Vida de Clausura

De volta a Blumenau, voltou à viver na propriedade da família Gaertner, construída no centro histórico da cidade, e que hoje abriga o Museu da Família Colonial e o horto. Nessa época Edith Gaertner tinha pouco mais de 40 anos e, para surpresa de todos, mudou radicalmente seu estilo de vida, contou a professora Sueli Petry, diretora do Patrimônio Histórico de Blumenau

"Solteira, Edith nunca teve filhos. Não trabalhou mais com teatro, vivia enclausurada. Para passar o tempo tinha gatos, e toda a parte afetiva era para eles. Tinha seis, sete gatos de uma vez só, e à medida que os gatos foram morrendo, ela os enterrava nos fundos da casa”, diz Sueli.

Ela voltou à Alemanha somente em 1928 e permaneceu lá por mais de um ano. Nesta época, a Alemanha vivia os efeitos do pós Primeira Guerra Mundial. Quando retornou ao Brasil, Edith Gaertner modificou radicalmente seus hábitos e estilo de vida. Do constante e assíduo contato com o público, preferiu refugiar-se no silêncio da sua propriedade, entre livros, animais e o verde do parque nos fundos da casa, e foi assim até o final de sua vida.

A ameaça de perder parte de seu patrimônio, um dos mais expressivos referenciais da colonização alemã, para dar lugar a uma nova rua, fizeram-na tomar uma atitude: Doou para o município uma área de 1.775 m² . A doação foi feita sob a condição de se manter a área tal como a deixara, garantindo que ninguém a perturbasse em seu retiro enquanto vivesse, e que após sua morte este patrimônio continuaria a ser mantido.


A residência, o horto e outras benfeitorias foram incorporadas à Fundação Cultural de Blumenau, transformadas no Museu da Família Colonial e Parque Botânico Edith Gaertner.

Edith Gaertner deixou registro fotográfico das flores que alegravam seu belo jardim e dos gatos, seus fiéis companheiros. Ela tinha grande afeto pelos felinos, que ao morrerem eram enterrados com funeral e cortejo fúnebre. Os nomes escritos nas lápides de concreto são de gatos que viveram no século passado, entre o começo dos anos 1920 e o fim dos anos 1960: Pepito, Mirko, Bum, Peterle, Musch, Schnurr, Sittah, Putze e Mirl.

O inusitado Cemitério de Gatos faz parte da história de Blumenau, no Vale do Itajaí, mas também ajuda a contar a história de sua dona, que poucos conhecem: Edith Gaertner, uma ex-atriz que viveu a fama e a clausura na mesma intensidade.

Além do Parque Botânico que leva seu nome, há também a Sala de Teatro Edith Gaertner, dentro da Fundação Cultural de Blumenau, e parte de sua história é contada no longa-metragem "Outra Memória", dirigido por Chico Faganello.

Edith Gaertner faleceu em 15/09/1967, aos 85 anos.

Ritual de Enterro

Foram mais de 50 gatos enterrados ali, garante Sueli Petry, mas apenas nove lápides permaneceram: "Ela fazia uma ritualística no enterro desses gatos", disse Sueli Petry. Ainda em vida, Edith Gaertner doou o terreno para a prefeitura. Quando morreu, em 1967, o então diretor da Biblioteca Pública, José Ferreira da Silva, transformou o imóvel em museu.

"Em respeito a Edith, foi mantido o cemitério de gatos. Foi Ferreira da Silva quem colocou as lápides com os nomezinhos deles", explicou Sueli Petry, lembrando que as esculturas foram baseadas em imagens dos animais, mantidas até hoje pela prefeitura.

Há quem diga que este é o único cemitério de gatos do mundo. Sueli Petry não confirma, mas também não nega: "Eu desconheço outro. Mas é uma  atração a mais para os visitantes do museu!".

O cemitério de gatos pode ser visitado no Museu da Família Colonial, que fica na Alameda Duque de Caxias, 64. As visitações ocorrem de terça a domingo, das 10 às 16h.

Fonte: Gato Preto e G1 
Indicação: Miguel Sampaio
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