Selma Reis

SELMA REIS
(55 anos)
Atriz e Cantora

☼ Rio de Janeiro, RJ (24/08/1960)
┼ Teresópolis, RJ (19/12/2015)

Selma Reis foi uma atriz e cantora brasileira. Moradora de São Gonçalo, no Rio de Janeiro, foi influenciada musicalmente pela família, que era ligada a rodas seresteiras.

Quando cursava a Faculdade de Comunicação Social, foi morar em Nantes, França, onde passou três anos. Nessa cidade, ingressou no curso de Letras e em alguns cursos de Música e de Técnica Vocal.

Em 1987, gravou o primeiro disco, "Selma Reis", interpretando composições de Sueli Costa, Capinam, Gereba, Geraldo Azevedo, entre outros. Na época, foi acompanhada ao piano por Eduardo Souto Neto.

Lançou, em 1990, o CD "Selma Reis".

Em 1991, lançou o disco "Só Dói Quando Eu Rio".

No ano de 1993, gravou, em Londres, o CD "Selma Reis", que teve como arranjador Grahaam Presket, o mesmo de Paul McCartney e Elton John.

Em 1996, lançou um CD só com composições de Gonzaguinha.


Participou, em 1999, do musical "Abre-alas", representando a personagem Mimi, ao lado de Rosamaria Murtinho. Logo depois de assistir ao musical, o diretor Jayme Monjardim convidou-a para participar da gravação de um clipe da minissérie "Chiquinha Gonzaga" (1999), da TV Globo, em homenagem à compositora brasileira. Ainda nesse ano, contratada exclusiva dos empresários Montenegro e Ramon, lançou o CD "Ares de Havana", gravado na capital cubana em apenas uma semana. Também em 1999, realizou show homônimo no Teatro da Faculdade da Cidade (Teatro Delfin), com roteiro de Ricardo Cravo Albin. Este mesmo espetáculo foi montado, em 2000, na ilha de Cuba, tendo sido muito bem recebido.

Em 2002, desenvolveu projeto para atuar ao lado da bailarina Ana Botafogo, em espetáculo de dança e voz. Ainda nesse ano estreou show no Teatro Rival Petrobrás, mais uma vez produzido por Montenegro e Ramon.

Em 2003 apresentou-se ao lado de Cauby Peixoto, no Teatro Rival Petrobrás, no Rio de Janeiro. O show, com direção e roteiro de Túlio Feliciano, gerou CD e DVD lançados pela gravadora Albatroz. No repertório, "Por Toda a Minha Vida" (Tom Jobim e Vinicius de Moraes), "Bastidores" (Chico Buarque), "Todo Sentimento" (Cristóvão Bastos e Chico Buarque), "Galope" (Gonzaguinha), "Beco do Mota" (Milton Nascimento e Fernando Brant) e "Emoções Suburbanas" (Altay Veloso e Paulo César Feital), canção feita especialmente para ela e que se tornou um de seus maiores sucessos.


Em 2009, lançou o CD "Poeta da Voz", com as canções "Banho de Manjericão" (João Nogueira e Paulo César Pinheiro), "As Forças da Natureza" (João Nogueira e Paulo César Pinheiro), "Bodas de Vidro" (Paulo César Pinheiro e Sueli Costa), "Cordilheiras" (Paulo César Pinheiro Sueli Costa), "Minha Missão" (João Nogueira e Paulo César Pinheiro), "Cicatrizes" (Paulo César Pinheiro e Miltinho), "Passatempo" (Paulo César Pinheiro e Guinga), "Bolero de Satã" (Paulo César Pinheiro Guinga), "Sem Companhia" (Paulo César Pinheiro Ivor Lancelloti), "Vou Deitar e Rolar" (Paulo César Pinheiro Baden Powell), "Tô Voltando" (Paulo César Pinheiro Maurício Tapajós), "Viagem" (Paulo César Pinheiro João de Aquino), "Velho Arvoredo" (Paulo César Pinheiro Hélio Delmiro), "Portela na Avenida" (Paulo César Pinheiro Mauro Duarte) e "Ofício" (Paulo César Pinheiro).
O disco contou com a participação do autor homenageado, Paulo César Pinheiro, na faixa "Ofício", de Diogo Nogueira na faixa "As Forças da Natureza" e Beth Carvalho na faixa "Portela na Avenida". Nesse mesmo ano, fez show de lançamento do disco na Modern Sound, no Rio de Janeiro.

Morte

Selma Reis morreu às 5h00min de sábado, 19/12/2015, aos 55 anos, no Hospital São José em Teresópolis, na Região Serrana do Rio de Janeiro. O corpo vai ser levado para Nova Friburgo, segundo informações da funerária em Teresópolis, ainda no sábado. Selma Reis será cremada na segunda-feira , 21/12/2015, no Cemitério dos Luteranos.

De acordo com a unidade de saúde, Selma Reis ficou internada várias vezes. A última internação durou 15 dias. O hospital informou que a atriz sofria de câncer, diagnosticado há dois anos, mas não revelou qual o tipo da doença.

Carreira

Televisão

  • 2009 - Caminho das Índias ... Mãe de Hamia
  • 2006 - Páginas da Vida ... Irmã Zenaide
  • 2001 - Presença de Anita (Minissérie) ... Cigana
  • 1999 - Chiquinha Gonzaga (Minissérie) ... Cantora

Cantora (Discografia)

  • 2009 - Poeta da Voz
  • 2007 - Sagrado (Deck Disc)
  • 2003 - Vozes - Selma e Cauby Peixoto (Albatroz/Trama)
  • 2002 - Todo Sentimento (Albatroz/Trama) Relançamento
  • 1999 - Ares de Havana (Velas/Universal)
  • 1996 - Achados e Perdidos (Velas/PolyGram)
  • 1995 - Todo Sentimento (Mza/Wea)
  • 1993 - Selma Reis (PolyGram)
  • 1991 - Só Dói Quando Eu Rio (PolyGram)
  • 1990 - Selma Reis (PolyGram)
  • 1987 - Selma Reis (Selo Independente/LScomm/PolyGram)

Nydia Licia

NYDIA LICIA PINCHERLE CARDOSO
(89 anos)
Atriz, Diretora e Produtora

☼ Trieste, Itália (30/04/1926)
┼ São Paulo, SP (12/12/2015)

Nydia Licia Pincherle Cardoso foi uma atriz, diretora e produtora nascida em Trieste, Itália, no dia 30/04/1926, numa família judaica, que se estabeleceu no Brasil quando Nydia tinha 13 anos.

Filha de um médico e de uma crítica musical, ambos de origem judaica, transferiu-se em 1939 com a família para a cidade de São Paulo, devido ao avanço do fascismo na Europa. Aos 13 anos sentiu-se adaptada ao novo país, e estudou em bons colégios. Primeiro no rigoroso Dante Alighieri e depois no Mackenzie, onde se sentia mais à vontade pelo clima de camaradagem e liberdade. Durante a Segunda Guerra terminou o ginásio e emendou o clássico, sempre cantando ao participar dos shows colegiais. Na dúvida entre estudar medicina ou química, optou por trabalhar.

Com a doença do pai a situação ficou difícil, e assim arrumou emprego no Consulado Italiano como secretária do cônsul. Mais tarde, ao frequentar um curso de história da arte ministrado por Pietro Maria Bardi, foi selecionada como sua assistente para trabalhar no Museu de Arte Moderna de São Paulo. Ao mesmo tempo, começou a ensaiar com Alfredo Mesquita a montagem amadora de "À Margem da Vida", de Tennessee Williams, realizada pelo Grupo de Teatro Experimental (GTE) em 1947. Nessa montagem, fez sua estreia no teatro, e é também a estreia deste texto no Brasil, ao lado de Marina Freire e Abílio Pereira de Almeida. No mesmo ano, realizou no Grupo Universitário de Teatro (GUT), na Universidade de São Paulo (USP), "O Baile dos Ladrões", de Jean Anouilh, com direção de Décio de Almeida Prado.


Em 1948, o grupo foi absorvido pelo Teatro Brasileiro de Comédia (TBC). Sob direção de Adolfo Celi, substituiu Cacilda Becker, então grávida de quatro meses, na primeira montagem profissional do Teatro Brasileiro de Comédia (TBC), "Nick Bar", de William Saroyan, realizada no ano de 1949.

Em 1950, como titular, fazendo um espetáculo desde o início, apareceu em "Entre Quatro Paredes", de Jean-Paul Sartre, ao lado de Cacilda Becker, Carlos Vergueiro e de seu futuro marido Sérgio Cardoso. A seguir entrou em "Os Filhos de Eduardo", de Marc-Gilbert Sauvajon"A Ronda dos Malandros", de John Gay"A Importância de Ser Prudente", de Oscar Wilde, e "O Anjo de Pedra", de Tennessee Williams, montagem que consagra Cacilda Becker como intérprete.

E não parou mais. Começou a fazer o Teatro das Segundas-Feiras, trabalhando assim os sete dias da semana. Só encontrou uma folga para se casar com Sérgio Cardoso, em 1950, no dia seguinte, já estão trabalhando no Teatro Brasileiro de Comédia (TBC).

Grávida, fez as duas versões de "Antígona", de Sófocles e de Anouilh, até 15 dias antes do nascimento de Sylvia, filha do casal.

Permaneceu no Teatro Brasileiro de Comédia (TBC) até 1952, quando se transferiu para o Rio de Janeiro com o marido e a filha para integrar a Companhia Dramática Nacional.

Nydia Licia em "A Raposa e As Uvas"
Ensaiou três peças ao mesmo tempo, com a família hospedada na casa de Procópio Ferreira. Foi dirigida por Bibi Ferreira em "A Raposa e as Uvas", de Guilherme Figueiredo. Com direção de Sérgio Cardoso, participou de "A Falecida", de Nelson Rodrigues, e do premiado espetáculo "A Canção do Pão", de Raimundo Magalhães Júnior.

Em 1953 foi fazer televisão na TV Record, e integrou o elenco de dois programas: "O Personagem no Ar" e "Romance".

Em 1954, alimentou o sonho de ter a própria companhia com o marido e para isso fundou a Empresa Bela Vista, partindo para a reforma do antigo Cine-Teatro Espéria, no Bixiga. Enquanto a obra andava com todas as dificuldades possíveis, montaram "Lampião", de Rachel de Queiroz, no Teatro Leopoldo Fróes, sob a direção de Sérgio Cardoso, que também foi o protagonista da peça. A montagem transformou-se em retumbante sucesso.

Em 15/05/1956, depois de nove meses de ensaios, inaugurou o novo Teatro Bela Vista com a montagem de "Hamlet", de Shakespeare. O espetáculo foi um acontecimento. No repertório remontaram "A Raposa e as Uvas" e apresentaram, entre outras encenações, "Henrique IV", de Luigi Pirandello, "O Comício", de Abílio Pereira de Almeida, e "Chá e Simpatia", de Robert Anderson, seu grande momento como atriz nos palcos. Por esse desempenho ganhou diversos prêmios como melhor atriz, entre os quais o Governador do Estado, O Saci e a Medalha de Ouro da Associação Paulista de Críticos Teatrais (APCT).


Em 1958, seguem-se as montagens de "Amor Sem Despedida", de Daphne Du Maurier, e uma encenação de "Vestido de Noiva", de Nelson Rodrigues, assinada por Sérgio Cardoso, em concepção completamente diferente da famosa direção de Ziembinski.

Em 1959, atuou em "Lembranças de Berta", de Tennessee Williams, e "Oração Para Uma Negra", de Faulkner, dividindo o palco com Ruth de Souza.

Em 1960, desquitou-se. Mesmo após a separação, continuou a produzir teatro como produtora independente, tentando manter o teatro aberto, e contratou diretores como Alberto D'Aversa e Amir Haddad. Nessa fase dedicou-se também a dirigir e a escrever.

Uma ação movida pela Empresa Bela Vista tentou tirar-lhe o teatro. Com o apoio unânime da classe teatral, lutou durante anos, até que conseguiu ficar com o teatro, ainda que sob condições as mais difíceis. Depois de um ano a polícia fechou o teatro.

Em 1961, às vésperas da estreia de "O Grande Segredo", de Édouard Bourdet, foi para o Teatro de Alumínio com o espetáculo, e fez grande sucesso ao lado de Rubens de Falco e João José Pompeo no elenco.

Entre 1960 e 1961 foi representante dos empresários teatrais na Comissão Estadual de Teatro e no Serviço Nacional do Teatro e fez coproduções com Oscar Ornstein.


Em 1962, começou se dedicar ao teatro infantil e montou "A Bruxinha Que Era Boa", de Maria Clara Machado. Com a preocupação de motivar a criança para o teatro, realizou espetáculos bem-acabados e manteve um trabalho sério junto às escolas, ocupando um colégio de 800 lugares. Tornou-se por vários anos a grande mentora do teatro para crianças. Criou para a TV Cultura o "Teatro do Canal 2" e apresentou o programa educativo "Quem é Quem", produzindo em seguida, por quatro anos, "Presença", até ser convidada para o cargo de assessora cultural da emissora. Produziu programas musicais de alto nível, como concertos e especiais de música de câmara, e programas sinfônicos gravados no Teatro São Pedro e no Teatro Municipal.

Em 1971, viu-se obrigada a devolver o Teatro Bela Vista para seus proprietários. O Governo do Estado de São Paulo decidiu desapropriar o imóvel e reformá-lo, transformando-o no Teatro Sérgio Cardoso. Participou da cerimônia de inauguração em 13/10/1980, encenando "Sérgio Cardoso Em Prosa e Verso", sob a direção de Gianni Ratto.

Atuou em televisão na TV Tupi, TV Paulista e Bandeirantes, participando de produções como "Sublime Obsessão" (1958), "Eu Amo Esse Homem" (1964), "Éramos Seis" (1977), "João Brasileiro, O Bom Baiano" (1978) e "Ninho da Serpente" (1982).


Desses trabalhos dois momentos são especialmente marcantes. O primeiro em "Eu Amo Esse Homem" na TV Paulista, novela de Ênia Petri, na qual fez uma psicanalista que se envolvia com seu paciente, interpretado por Emiliano Queiroz. O segundo em "Éramos Seis" na TV Tupi, escrita por Rubens Ewald Filho e Silvio de Abreu, baseada no romance da "Senhora Leandro Dupré", na qual viveu uma tia rica que ajudava a pobre família formada por Nicette Bruno, Carlos Alberto Riccelli e Carlos Augusto Strazzer.

No cinema rodou "Quando a Noite Acaba" (1950), de Fernando de Barros, "Ângela" (1951), de Tom Payne, e "O Príncipe" (2002), de Ugo Giorgetti.

Na década de 80 tornou-se referência de qualidade na produção teatral dedicada ao público infantil na cidade de São Paulo.

A partir de 1992 desenvolveu, paralelamente, carreira pedagógica como professora no Departamento de Rádio e Televisão da Escola de Comunicação da Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP), e no Teatro Escola Célia Helena, onde dava aulas de interpretação.


Desde 2002 dedicava-se a contar sua trajetória e a de seus contemporâneos em livros como "Ninguém Se Livra de Seus Fantasmas", "Sérgio Cardoso: Imagens de Sua Arte", "Rubens de Falco: Um Internacional Ator Brasileiro" e "Leonardo Villar: Garra e Paixão".

Para a série de livros "Aplauso"Nydia Licia escreveu "Leonardo Villar: Garra e Paixão""Sérgio Cardoso: Imagens De Sua Arte""Rubens de Falco - Um Internacional Ator Brasileiro""Raul Cortez - Sem Medo De Se Expor" e "Eu Vivi o TBC". Além disso escreveu o livro autobiográfico "Ninguém Se Livra Dos Seus Fantasmas" editado pela Perspectiva.

O trabalho sobre a vida de Raul Cortez recebeu o Prêmio Jabuti, em Biografias.

Em 2008, Nydia Licia foi agraciada com o título de Cidadã Paulistana.

Em 2010 recebeu o prêmio Governador do Estado de Destaque Cultural.

Morte

Nydia Lícia faleceu às 4h30 de sábado, 12/12/2015, aos 89 anos, no Hospital São Luis, em São Paulo, SP, vítima de câncer no pâncreas. A doença foi diagnosticada em agosto de 2015 e ela estava internada desde 20/11/2015.

O corpo de Nydia Licia foi velado na manhã de domingo, 13/12/2015, no Teatro Sérgio Cardoso. O sepultamento ocorreu à tarde, no Cemitério Israelita do Butantã, com a presença de representantes da cultura, artistas e amigos.

Nydia Licia e Abílio Pereira de Almeida em "A Mulher do Próximo"
Carreira

Televisão

  • 1958 - Sublime Obsessão ... Helen Hudson
  • 1964 - Eu Amo Esse Homem
  • 1965 - O Ébrio ... Francisca
  • 1977 - Éramos Seis ... Emília
  • 1978 - João Brasileiro, O Bom Baiano ... Lúcia
  • 1982 - Ninho Da Serpente ... Olímpia

Cinema

  • 1950 - Quando A Noite Acaba
  • 1951 - Ângela
  • 1956 - Quem Matou Anabela?
  • 1970 - Amemo-Nús (Filme Inacabado)
  • 2002 - O Príncipe ... Dona Norma

Teatro (Como Atriz)

  • 1947 - À Margem Da Vida
  • 1948 - O Baile Dos Ladrões
  • 1949 - A Noite De 16 de Janeiro
  • 1949 - A Mulher Do Próximo
  • 1949 - Pif-Paf
  • 1949 - Nick Bar... Álcool, Brinquedos, Ambições
  • 1950 - A Ronda Dos Malandros
  • 1950 - Os Filhos De Eduardo
  • 1950 - Do Mundo Nada Se Leva
  • 1950 - A Importância De Ser Prudente
  • 1950 - O Anjo De Pedra
  • 1950 - O Inventor De Cavalo
  • 1950 - Entre Quatro Paredes
  • 1950 - Lembranças De Bertha
  • 1950 - Rachel
  • 1951 - Ralé
  • 1951 - Convite Ao Baile
  • 1951 - O Grilo Da Lareira
  • 1952 - Antígone
  • 1952 - O Mentiroso
  • 1952 - Relações Internacionais
  • 1953 - A Raposa E As Uvas
  • 1953 - Canção Dentro Do Pão
  • 1954 - Sinhá Moça Chorou
  • 1954 - A Filha De Iório
  • 1954 - Lampião
  • 1956 - Hamlet
  • 1956 - Quando As Paredes Falam
  • 1957 - Chá E Simpatia
  • 1957 - Henrique IV
  • 1958 - Vestido De Noiva
  • 1958 - Amor Sem Despedida
  • 1959 - Oração Para Uma Negra
  • 1960 - Geração Em Revolta
  • 1961 - A Castro
  • 1961 - De Repente No Último Verão
  • 1961 - Esta Noite Improvisamos
  • 1961 - O Grande Segredo
  • 1962 - As Lobas
  • 1962 - Meu Marido E Você
  • 1962 - Quem Rouba Pé Tem Sorte No Amor
  • 1963 - A Idade Dos Homens
  • 1964 - Apartamento Indiscreto
  • 1964 - Hedda Gabler
  • 1964 - Uma Cama Para Três
  • 1965 - Camila
  • 1965 - Biedermann E Os Incendiários
  • 1966 - Terra De Ninguém
  • 1967 - Esta Noite Falamos De Medo
  • 1968 - Um Dia Na Morte De Joe Egg
  • 1969 - João Guimarães: Veredas

Teatro (Como Diretora)

  • 1959 - Oração Para Uma Negra
  • 1962 - Meu Marido E Você
  • 1962 - Quem Rouba Pé Tem Sorte No Amor
  • 1963 - Feitiço
  • 1963 - O Pobre Piero
  • 1963 - M.M.Q.H.
  • 1963 - Tem Alguma Coisa A Declarar?
  • 1964 - Uma Cama Para Três
  • 1965 - O Outro André
  • 1965 - A Raposa E As Uvas
  • 1966 - Terra De Ninguém
  • 1967 - Esta Noite Falamos De Medo
  • 1967 - Uma Certa Cabana
  • 1976 - Fuga Em Do Re Mi
  • 1977 - Aprendiz De Gente Grande
  • 1978 - História De Uma História
  • 1979 - Se Non É Vero É Bem Trovado
  • 1981 - De Morfina A Malatesta
  • 1982 - O Mistério Das Flores
  • 1983 - Fantasia Colorida
  • 1984 - Libel A Sapateira

Fonte: Wikipédia e Funarte
#FamososQuePartiram #NydiaLicia

Omar Fontana

OMAR FONTANA
(73 anos)
Empresário e Piloto de Aviões

☼ Joaçaba, SC (07/01/1927)
┼ São Paulo, SP (08/12/2000)

Omar Fontana, filho de Attilio Fontana, foi o fundador, em 1955, da Sadia S/A Transportes Aéreos, que deu origem a TransBrasil.

Nascido em Joaçaba, SC, graduou-se em advocacia e ciências sociais, mas deixou a carreira acadêmica para tornar-se piloto na Panair do Brasil.

Omar Fontana fundou a companhia Sadia S/A Transportes Aéreos para fazer o transporte de carga para a empresa de alimentos Sadia, fundada por seu pai, Attílio Fontana.

Em 1953, ele propôs ao pai transportar carnes preparadas pela Sadia em Concórdia, no interior de Santa Catarina, para as churrascarias de São Paulo por meio de um vôo semanal, num avião DC-3 arrendado.

A operação deu certo e ajudou a Sadia a colocar seus produtos na praça paulista numa época em que as estradas eram de terra e os caminhões não tinham refrigeração. Com o lema "Pelo Ar, Para o Seu Lar", foi criada em 1955 a Sadia Transportes Aéreos, com dois aviões DC-3 e um C-47.


Em 1957, a Sadia fez uma parceria com a Real Aerovias, na época a maior companhia aérea da América Latina, com 118 aviões. Então, como vice-presidente de operações, Omar Fontana inaugurou serviços regulares do Brasil para Los Angeles, Estados Unidos, e Tóquio, Japão. Quatro anos depois, Omar Fontana desfez a associação com a Real Aerovias Brasil.

A Sadia Transportes Aéreos atendia principalmente à empresa de Concórdia, mas começou a ganhar espaço como companhia aérea comercial em 1961, quando comprou a Transportes Aéreos de Salvador. Com a aquisição, a empresa catarinense ganhou mais 15 aviões e estendeu seus vôos para mais 53 cidades.

Somente em 1972 a empresa passou a ser chamada de TransBrasil.

A empresa continuou então sua expansão até que em 1989, já com o nome de TransBrasil, quebrou a hegemonia da Varig em rotas internacionais e conseguiu concessão para vôos regulares para Orlando e Flórida, nos Estados Unidos.

Mais tarde, Omar Fontana fez uma injeção de capital na empresa e inaugurou serviços diários do Rio de Janeiro e de São Paulo para Miami e Orlando. Na seqüência, inaugurou vôos para Washington, New York, Buenos Aires, Viena, Amsterdã e Londres.

A Azul Linhas Aéreas Brasileiras batizou o Embraer E-Jet de número 60, matrícula PR-AUJ, com o nome "Cmte. Omar Fontana – Pioneiro da Aviação", em homenagem a um dos grandes executivos da aviação brasileira, que entre outras marcas, fundou a Transbrasil.
De sua criação em 1972 até sua extinção, a TransBrasil enfrentou muitos problemas. O Plano Cruzado, em 1986, foi um dos marcos negativos na história da empresa. Além de ter perdido dinheiro com o congelamento de tarifas, a companhia fez uma aposta errada, ao aumentar agressivamente seu número de aviões prevendo crescimento na quantidade de passageiros. Endividada, a TransBrasil passou a década de 90 lutando contra o governo federal para reparar perdas financeiras pelo congelamento das tarifas.

Em julho de 1995, criou também a InterBrasil Star, empresa regional do grupo que ligava pequenas cidades do interior do Brasil aos principais aeroportos do país.

No ano de 1998 Omar Fontana se afastou do comando da empresa para se tratar de um câncer na próstata, mas permaneceu como presidente do conselho de administração. Ele não era mais o principal executivo da companhia, mas mantinha sua força na empresa.

Com a morte de Omar Fontana, aumentaram as dúvidas sobre o futuro da TransBrasil. A companhia enfrentava dificuldades financeiras e chegou a negociar uma união com a concorrente TAM. Principal acionista da empresa, Omar Fontana resistia à idéia de abrir mão do controle da TransBrasil.

Com sua morte, a TransBrasil perdeu o rumo, e afogada em dividas paralisou suas operações. Era o fim da TransBrasil que morreu 362 dias depois do seu fundador.

Morte

Omar Fontana, morreu em São Paulo, SP, no dia 08/12/2000. Ele tinha câncer e morreu depois de uma parada cardíaca, às 2h00, em sua casa, no bairro do Pacaembu. O enterro ocorreu em 09/12/2000, às10h00, no Cemitério do Morumbi.

Fonte: Wikipédia

Antônia Marzullo

ANTÔNIA DE OLIVEIRA SOARES MARZULLO
(75 anos)
Atriz

☼ Rio de Janeiro, RJ (13/06/1894)
┼ Rio de Janeiro, RJ (25/08/1969)

Antônia de Oliveira Soares Marzullo foi um atriz brasileira, nascida na cidade do Rio de Janeiro, em 13/06/1894. Mãe de Dinah Marzullo, do poeta Maurício Marzullo e da atriz Dinorah Marzullo. E ainda avó das atrizes Marília Pêra e Sandra Pêra.

Ninguém diria que aquela mocinha franzina que estreou um dia num circo (ensaiou 15 dias para só atuar uma noite) fosse continuar a vida toda no teatro e que se tornaria mãe e avó das atrizes Dinorah Marzullo e Marília Pêra.

Antônia Marluzzo já fez todos os gêneros, tendo trabalhado ao lado de Apolônia Pinto, Conchita de MoraisAlda Garrido, Dulcina de Moraes, Bibi Ferreira e várias ouras atrizes.

Participou do primeiro falado no Brasil em 1934, "Favela dos Meus Amores" num papel de destaque.

Carmen Santos e Antônia Marzullo
Antônia Marzullo trabalhou em teatro, cinema e rádio. Atuou na Rádio Nacional e Rádio Tupi, do Rio de Janeiro. Estreou no teatro em 1920, na Companhia João de Deus, onde era corista, e atuava na peça "O Frade da Brahma".

Em 1922, estreou em Lisboa, no Teatro Apollo. Voltou ao Rio de Janeiro e foi para o Teatro Recreio. Depois foi para o Teatro São Pedro e fez a peça "Os Hunguenotes". Era uma atriz importante e por isso viajou por todo o Brasil.

Em 1935, a convite do diretor Renato Viana, atuou no Teatro Cassino.

Em 1936, foi trabalhar para a Companhia de Alda Garrido.

A última peça que a atriz fez, foi "A Moreninha", no Teatro João Caetano. Nesta peça trabalharam também a filha Dinorah Marzullo e a neta Marília Pêra, que fazia o papel principal.

Seu sobrenome artístico originou-se de seu primeiro casamento, com o imigrante italiano Emílio Marzullo, pai de seus filhos.

Filmografia

  • 1934 - Favela dos Meus Amores
  • 1937 - João Ninguém
  • 1945 - Loucos Por Música .... Dona da Pensão
  • 1946 - O Ébrio .... Lindoca
  • 1948 - Inconfidência Mineira
  • 1949 - Pinguinho de Gente
  • 1950 - Um Beijo Roubado .... Discretina
  • 1953 - Balança Mas Não Cai
  • 1955 - Mãos Sangrentas
  • 1956 - O Diamante
  • 1963 - Bonitinha Mas Ordinária .... (Apresentando)
  • 1965 - Samba .... Avó de Belém
  • 1967 - O Menino e o Vento
  • 1968 - Massacre no Supermercado
  • 1968 - O Homem Que Comprou o Mundo
  • 1968 - As Aventuras de Chico Valente
  • 1968 - Como Vai, Vai Bem?


Fonte: Wikipédia

Dinorah Marzullo

DIRORAH SOARES MARZULLO PÊRA
(93 anos)
Atriz

☼ Rio de Janeiro, RJ (30/03/1919)
┼ Rio de Janeiro, RJ (17/03/2013)

Dinorah Soares Marzullo Pêra foi uma atriz brasileira. Era filha de Emílio Marzulloe da também atriz Antônia Marzullo, irmã do advogado e poeta Maurício Marzullo e de Dinah Marzullo, viúva de Manuel Pêra e mãe das atrizes Sandra Pêra e Marília Pêra.

Dinorah Marzullo começou a trabalhar como corista em revistas, dançando e cantando, e, nos anos 40, teve despertado seu dom para comédias. Ela era tão ligada ao teatro que se casou com o ator Manuel Pêra no palco de um teatro em Porto Alegre, em 1939.

O casal passou a integrar o elenco da companhia de Henriette Morineau, Os Artistas Unidos. Na montagem de "Medéia", a filha de Madame Morineau, que fazia o papel título, foi a menina Marília Pêra, em sua estreia no teatro, com apenas quatro anos de idade.

Marília Pêra e Dinorah Marzullo
Dinorah Marzullo Manuel Pêra também integraram a companhia de Dulcina de Moraes.

Em sua longa carreira, fez peças como "Casa de Caboclo", "No Tabuleiro da Baiana", "Irene", "Gol!" , "Está Sobrando Mulher", dentre tantas outras. Numa entrevista, Marília Pêra calculou em 200 as peças interpretadas por sua mãe.

Dinorah Marzullo trabalhou em várias peças e espetáculos de revista. Fez "Casa de Caboclo", "No Tabuleiro da Baiana", "Gol!", "Está Sobrando Mulher", entre tantas outras.

No cinema fez "É a Maior""Esse Milhão é Meu" (1959), "Casinha Pequenina" (1963), "O Levante das Saias" (1967), "Como Vai, Vai Bem?" (1968) e "Ele, Ela, Quem" (1977).


Na televisão, participou das novelas "Uma Rosa Com Amor" (1972) e "Te Contei?" (1978), ambas na TV Globo. Também teve sucesso com a personagem Agripina em um programa de humor da TV Tupi.

Dinorah Marzullo, embora bem idosa, ainda trabalhou em televisão. Atuou ao lado do neto, Ricardo Graça Mello, no extinto "Zorra Total", interpretando Dona Giovanna, mãe do mafioso Don Gorgonzola, interpretado por Agildo Ribeiro, conhecida pelo seu bordão: "Perdi a Viagem! Vou Voltar pra Sicília!".

Dinorah Marzullo morreu às 8h50m de segunda-feira, 17/03/2013, de causas naturais, e foi enterrada à tarde. Ela iria completar 94 anos no dia 30/03/2013.

Fonte: Wikipédia

Marília Pêra

MARÍLIA SOARES PÊRA
(72 anos)
Atriz, Cantora, Bailarina, Produtora, Coreógrafa e Diretora Teatral

☼ Rio de Janeiro, RJ (22/01/1943)
┼ Rio de Janeiro, RJ (05/12/2015)

Marília Soares Pêra foi uma atriz, cantora e diretora teatral brasileira. Além de interpretar, ela cantava, dançava e atuava também como coreógrafa, produtora e diretora de peças e espetáculos musicais.

Filha dos atores Manuel Pêra e Dinorah Marzullo, Marília pisou no palco de um teatro pela primeira vez aos quatro anos de idade, ao lado dos pais, que integravam o elenco da companhia de Henriette Morineau.

Dos 14 aos 21 anos atuou como bailarina e participou de musicais e revistas, entre eles, "Minha Querida Lady" (1962), protagonizado por Bibi Ferreira. Segundo Marília Pêra, ela passou porque os diretores estavam procurando alguém que poderia fazer acrobacias, o que era raro naquela época.

Fez outras peças como "O Teu Cabelo Não Nega" (1963), biografia de Lamartine Babo, no papel de Carmen Miranda. Voltaria a viver o papel da cantora no espetáculo "A Pequena Notável" (1966), dirigido por Ary Fontoura. Também no "A Tribute To Carmen Miranda" (1975) no Lincoln Center, em New York, dirigido por Nelson Motta, na única apresentação "A Pêra da Carmem" no Canecão em 1986, e no musical "Marília Pêra Canta Carmen Miranda" (2005), dirigido por Maurício Sherman.


A primeira aparição na televisão foi em "Rosinha do Sobrado" (1965), na Rede Globo, e em seguida, em "A Moreninha" (1965).

Em 1967 fez sua primeira apresentação em um espetáculo musical, "A Úlcera de Ouro", de Hélio Bloch.

Em 1969, conquistou grande sucesso no papel da protagonista do drama "Fala Baixo Senão Eu Grito", com direção de Clóvis Bueno, primeira peça teatral da dramaturga paulista Leilah Assumpção. Pela interpretação da complexa personagem Mariazinha, solteirona virgem que vive em um pensionato de freiras, Marília recebeu o Prêmio Molière e também o Prêmio da Associação Paulista de Críticos Teatrais (APCT), atual Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA). Seu futuro marido Paulo Villaça interpretou o ladrão que numa noite pula a janela do quarto com a intenção de roubar. Na conversa entre os dois, que dura a noite toda, a solteirona revela ao público e a si mesma suas frustrações.

Em 1964, Marília Pêra derrotou Elis Regina num teste para o musical "Como Vencer Na Vida Sem Fazer Força", ambas ainda não eram conhecidas na época.

Em 1975, gravou o LP "Feiticeira", lançado pela Som Livre.

Marília Pêra é a atriz que mais atuou sozinha nos palcos, conseguindo atrair o público infantil para a difícil arte do monólogo. Além de Carmen Miranda, desempenhou nas telas e no palco papéis de mulheres célebres, como Maria Callas, Dalva de Oliveira, Coco Chanel e a ex-primeira dama do Brasil Sarah Kubitschek.


A estreia de Marília Pêra como diretora aconteceu em 1978, na peça "A Menina e o Vento", de Maria Clara Machado.

Marília Pêra casou-se pela primeira vez aos 17 anos, com o primeiro homem a beijá-la, o músico Paulo da Graça Mello, morto num acidente de carro em 1969. Aos 18 anos, foi mãe de Ricardo Graça Mello. Mais tarde, foi casada com o ator Paulo Villaça, parceiro em "Fala Baixo Senão Eu Grito", e com Nelson Motta, com quem teve as filhas Esperança e Nina.

Em declaração feita ao "Fantástico" em 2006, pegando carona no sucesso de sua personagem Milú, na novela "Cobras & Lagartos", Marília Pêra relatou sobre a carreira e disse que não suportava contracenar com atores de mau hálito e chulé. Ela comentou que há muitos atores que não se preocupam com a higiene, sem citar nomes (foi uma indireta para seu par romântico na novela, Herson Capri). Marília Pêra alegou que nunca se achou bonita e que sempre foi desengonçada.

Nos anos 60, chegou a ser presa durante a apresentação da peça "Roda Viva" (1968) de Chico Buarque e obrigada a correr nua por um corredor polonês. Foi presa uma segunda vez, visto que era tida como comunista, quando policias invadiram a residência, assustando a todos, inclusive o filho de sete anos, que dormia.


Em 1992, apresentou o musical "Elas Por Elas", para a TV Globo. Ao lado da cantora Simone e de Cláudia Raia, tornou público o apoio ao candidato Fernando Collor de Mello, nas eleições de 1989.

Em 2008, foi protagonista do longa-metragem, "Polaróides Urbanas", de Miguel Falabella, onde interpretou duas irmãs gêmeas.

Em 2009, foi escalada para viver a hippie Rejane Batista na minissérie "Cinquentinha", de Aguinaldo Silva. Após várias cenas gravadas, a atriz desistiu do papel, causando mal estar nos corredores da TV Globo. No lugar de Marília Pêra, entrou a atriz Betty Lago que se encaixou perfeitamente no papel, sendo muito elogiada pela crítica. Algumas notícias dizendo que o motivo para não querer seguir com a interpretação foi não se sentir à vontade com o papel, circularam na época.

Desde abril de 2010 integrou o elenco da série "A Vida Alheia", de Miguel Falabella, na TV Globo, como Catarina.

Em janeiro de 2013 ocorreu a estreia do seriado "Pé Na Cova", em que Marília Pêra interpreta Darlene, que é maquiadora da funerária do ex-esposo Russo (Miguel Falabella), e que vive no subúrbio.

Em abril de 2014, por conta de problemas pessoais, a atriz deixou o seriado, retornando às gravações no dia 11/06/2014.

Morte

Marília Pêra morreu às 06h00 de sábado, 05/12/2015, aos 72 anos, em sua casa, na Zona Sul do Rio de Janeiro. A causa da morte ainda não foi divulgada. Em novembro de 2015, foi noticiado que Marília Pêra estava com câncer em estágio avançado no pulmão. No último ano, ela passou por tratamento de um desgaste ósseo na região lombar e chegou a ficar afastada da TV por cerca de um ano.

O velório da atriz será no sábado, 05/12/2015, no Teatro Leblon, sala Marília Pêra, Rua Conde de Bernadote, 26 - Leblon, a partir das 13h00.

O velório da atriz será no sábado, 05/12/2015, no Teatro Leblon, na sala que leva seu nome, a partir das 13h00.

Marília Pêra deixou os filhos Ricardo Graça Mello, Esperança Motta, Nina Morena e o marido Bruno Faria.

No início de novembro de 2015, a jornalista carioca Hildegard Angel, amiga pessoal da atriz, postou em seu blog que o estado de saúde da atriz era delicado: "Marília inspira cuidados extremos, está no balão de oxigênio", disse. A informação não foi confirmada pela família, mas é sabido que a atriz tem como hábito manter preservada a sua vida particular.

À GloboNews, Claudia Raia disse que seu último contato com Marília Pêra aconteceu há duas semanas, quando elas se falaram porque a veterana queria assistir ao espetáculo "Raia 30". "Ela estava impossibilitada, de cadeira de rodas. Ela disse 'eu vou melhorar um pouquinho e vou'", falou Claudia Raia. "Estamos órfãos. Ela pra mim era uma referência!".

Marília Pêra era casada, desde 1998, com o economista carioca Bruno Faria. Ela era irmã da atriz Sandra Pêra e neta da atriz Antônia Marzullo.

Tutuca

USLIVER JOÃO BAPTISTA LINHARES
(83 anos)
Humorista

☼ (1932)
┼ Rio de Janeiro, RJ (03/12/2015)

Usliver João Baptista Linhares, mais conhecido como Tutuca, foi um comediante brasileiro. Ganhou o apelido na infância e começou a carreira na década de 50, sempre fazendo humor no rádio e na televisão. Participou do programa "Balança Mas Não Cai", onde, no quadro "Clementino e Dona Julieta" (1964), vivia um faxineiro sempre de olho na mulherada, onde criou o bordão "Ah se ela me desse bola!". Tutuca também foi o criador do personagem Magnólio Ponto Fraco.

Estreou no cinema em 1959 no filme "O Homem do Sputnik" e depois fez, ao lado de Ronald Golias, "O Homem Que Roubou a Copa do Mundo" (1961).

Tutuca trabalhou em várias emissoras e em programas como "Apertura", "Reapertura", "A Praça é Nossa", "Zorra Total", "Sob Nova Direção", dentre outros.

Fez muito sucesso com a comédia "O Marido Virgem", viajando em turnê pelo Brasil.

Tutuca também esteve no elenco dos filmes "Onanias, o Poderoso Machão" (1975), "Os Normais" (2003), vivendo o pai da personagem de Marisa Orth, e "A Guerra dos Rocha" (2008), que ele considerava um dos mais importantes dos quais participou.

Tutuca tornou célebre o bordão "Xiiiiiíííííííí…"

Entrevista
(Entrevista publicada em novembro de 2008 na Zona Norte)

Ulisver João Baptista Linhares, o popular comediante Tutuca, presente nos lares brasileiros desde a década de 50, através de seus inúmeros personagens que sempre alegraram a população. Simpático e festivo, recebeu a equipe do Correio Carioca para animada entrevista. Confira o resultado:

Por que o apelido Tutuca? 
É apelido de infância. Eu fui tratado desde garoto como Tutuca e o meu irmão era Sussuca.
O senhor tem alguma formação universitária? 
Eu não fui formado, eu fui deformado (risos). Trabalhei muito como propagandista e vendedor, era daí que vinha meu sustento.
O seu início foi na rádio Tupi. O que mais marcou na sua passagem por lá? 
Um dos personagens que eu interpretava e me lembro até hoje era o Lambretildo, que fazia parte de um quadro chamado "Casal do Amor". Atuávamos: eu, Simone de Moraes e Otávio França.
Qual o programa em que trabalhou que acha que mais marcou sua trajetória? 
Turma da Maré Mansa.
É difícil ser humorista? 
Eu já nasci palhaço. Sempre fiz rir.
Teve algum humorista com quem tenha gostado mais de trabalhar? 
Cito três: sempre fui muito fã do Costinha, do Golias e do Matinhos. Vivia imitando esse pessoal.
Como andam os programas humorísticos atualmente? 
Não tenho mais saco pra assistir a programas humorísticos. Está quase tudo muito mal apresentado. Tudo muito diferente e sem graça. O programa humorístico praticamente acabou. São poucos bons no rádio e na TV. Estão quase todos realmente muito ruins, esquisitos mesmo e de tal maneira mal escritos que não dá mais vontade de acompanhar quase nada. Às vezes, vejo e fico pensando: Meu Deus do céu! Como esculhambaram a arte de fazer humor! Tudo o que se fazia antigamente foi jogado por terra. O que acontece é que pra se fazer bem qualquer coisa na vida tem que se ter prazer de fazer. Não sinto que a maioria dos humoristas de hoje tenha prazer de fazer humor. Sendo assim, como eles podem querer que os espectadores tenham prazer de assisti-los?
O senhor já fez vários filmes. Qual o que considera mais importante? E qual o mais recente? 
"A Guerra dos Rochas" me marcou bastante. Já o mais recente foi "Os Normais".
Foi longa a sua participação no programa "A Praça é Nossa". Quando se lembra de sua passagem por lá, o que lhe vem à cabeça? 
Saudade. Muita saudade.
Cite personagens marcantes que o senhor tenha feito no humorístico do SBT. 
O faxineiro "Clementino", que tinha como bordão "Como é boa essa secretária, ah, se ela me desse bola" e o quadro com o "Seu Menezes" e com a "Dona Dadá", em que eu falava sempre "Tadinha, Seu Menezes" (risos).
Com o que o senhor ocupa o tempo hoje em dia? 
Almoço, janto e o resto é particular.
Como levar a vida com humor? 
As pessoas têm que arrumar um jeito de achar graça na vida. Se estiver difícil achar a graça, que façam cócegas em si mesmas (risos).

Morte

Tutuca passou a maior parte de sua vida fazendo os outros rirem, mas seus últimos dias foram difíceis. Ele deu adeus ao seus fãs na manhã de quinta-feira, 03/12/2015, no Rio de Janeiro, aos 83 anos, vítima de uma pneumonia seguido de uma parada cardíaca.

Tutuca estava deste terça-feira, 01/12/2015, internado no Hospital Barra D'Or, localizado no bairro da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Já com idade avançada, ele sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC), em 2014. Após ter a enfermidade, ele precisou conviver com as sequelas da doença.

O velório do comediante ocorrerá no sábado, 05/12/2015. A cerimônia será realizada no Crematório São Francisco Xavier, que fica perto do Centro do Rio de Janeiro. Tutuca será cremado e apenas a família participará da cremação, marcada para começar às 14h00min.

Tutuca morava no Rio de Janeiro e era casado há 30 anos com Denise Silva, de 56 anos. Além da mulher, o comediante deixou dois filhos Ricardo e Elizabeth, além da enteada, Gisele Carmos.

Gisele Carmos contou que o padastro era amoroso e divertido. "Não dava para falar sério com ele. Ele era só piada, tudo fazia piada, bem que eu tentava falar sério,mas não dava".

Tutuca teve uma série de AVCs e depois disso estava debilitado, contou a viúva, Denise. "Ele era só alegria. Estava debilitado, mas estava bem. Não estava sentindo dor. Na segunda-feira que tudo aconteceu, na terça ele foi internado e o médico disse que algumas infecções são silenciosas, por isso ele não sentia dor!".

Trabalhos

Rádio
  • Balança Mas Não Cai
  • A Turma da Maré Mansa

Cinema
  • O Homem do Sputnik
  • O Homem Que Roubou a Copa do Mundo
  • Onanias, o Poderoso Machão
  • Os Normais
  • A Guerra dos Rocha

Televisão
  • Ciranda de Pedra - Jurado do Miss Suéter (Participação Especial)
  • Apertura (Tupi)
  • Reapertura (SBT)
  • A Praça é Nossa (SBT)
  • Balança Mas Não Cai (Globo)
  • Zorra Total (Globo)
  • Sob Nova Direção (Globo)
  • Coral dos Garçons (Tupi)

Indicação: Miguel Sampaio

Manoel Carlos Karam

MANOEL CARLOS KARAM
(60 anos)
Escritor, Dramaturgo e Jornalista

☼ Rio do Sul, SC (1947)
┼ Curitiba, PR (01/12/2007)

Manoel Carlos Karam foi um escritor, dramaturgo e jornalista brasileiro. Viveu em Curitiba, no Paraná, desde 1966. Escreveu e dirigiu vinte peças de teatro na década de 70 e, a partir dos anos 80, passou a dedicar-se aos livros, vencendo o prêmio Cruz e Souza de Literatura, da Fundação Catarinense de Cultura, em 1995, com a obra "Cebola".

Como jornalista, trabalhou na RPC TV, nos jornais O Estado do Paraná, Tribuna do Paraná e na prefeitura de Curitiba. Trabalhou também em campanhas políticas, como a do ex-governador Jaime Lerner.

O escritor deixou crônicas inéditas, e outros textos que serão publicados no futuro.

Em 2008, foi lançado "Jornal da Guerra Contra os Taedos".

No dia 02/12/2008, a Casa da Leitura do Parque Barigui, mantida pela prefeitura de Curitiba, foi batizada com o nome do escritor. O espaço agora abriga a biblioteca particular de Manoel Carlos Karam, composta de mais de 3 mil volumes.

Morte

Manoel Carlos Karam morreu na madrugada de sábado, 01/12/2007, aos 60 anos, vítima de câncer no pulmão, no Hospital Nossa Senhora das Graças, em Curitiba, PR.

O corpo do jornalista foi velado na Capela Vaticano, atrás do Cemitério Municipal. O corpo foi cremado em Campina Grande do Sul, na região metropolitana de Curitiba.

O prefeito Beto Richa lamentou a morte do escritor:

"A morte de Manoel Carlos Karam é uma perda irreparável, pessoa brilhante que foi, amigo, respeitado, com quem tive o privilégio de conviver e dono de uma cultura ímpar!"

A presidente da Fundação de Ação Social (FAS), Fernanda Richa, disse que Manoel Carlos Karam deixa uma lacuna no espaço cultural e criativo da cidade.

"Ele fez a diferença em Curitiba, e vai deixar sempre uma marca indelével como jornalista, escritor e amigo!"

Livros Publicados

  • 1985 - Fontes Murmurante
  • 1992 - O Impostor no Baile de Máscaras
  • 1997 - Cebola
  • 1999 - Comendo Bolacha Maria no Dia de São Nunca
  • 2001 - Pescoço Ladeado Por Parafusos
  • 2002 - Encrenca
  • 2004 - Sujeito Oculto
  • 2008 - Jornal da Guerra Contra os Taedos
  • 2014 - Algum Tempo Depois

Mário Vilela

MÁRIO RIBEIRO VILELA
(71 anos)
Dublador

☼ São Paulo, SP (03/05/1934)
┼ São Paulo, SP (01/12/2005)

Mário Ribeiro Vilela, conhecido como Mário Vilela, foi um dublador brasileiro.

Mário Vilela começou a carreira como ator e entre seus trabalhos está a novela "Sombras do Passado" (1983) na TVS, trabalhando ao lado de Marcelo Gastaldi, Cecília Lemes, Walter Breda e José Parisi.

Na dublagem começou no final dos anos de 60 na Arte Industrial Cinematográfica (AIC). Entre seus trabalhos está o ator Edgar Vivar interpretando o Senhor Barriga na série "Chaves", e interpretando Botina, Garrafa, Detetive Cannon, Seu Severiano e diversos personagens em "Chapolin Colorado". Também dublou o ator no filme "Aventuras em Marte", que era um filme da série "Chapolin Colorado". Este sem duvida foi o seu maior trabalho, principalmente o Senhor Barriga, no qual era carinhosamente chamado pelos amigos de profissão de tão marcado que ficou esse personagem em Mário Vilela.

Mário Vilela também fez muitas dublagens em séries japonesas, como Buba interpretado por Yoshinori Okamoto e Gyoudai interpretado por Takeshi Watabe em "Esquadrão Relâmpago Changeman", na série "Patrine" fez o Deus Protetor, interpretado por Seijun Suzuki, na série "Spectreman" fez Takashi Ota interpretado por Kazuo Arai, também fez o Robô Kaima Metal Heavy dublado originalmente por Issei Futamasa em "Kamen Rider Black Rx", alem de ter feito pontas em "O Fantástico Jaspion", "Lion Man", "Jiban", entre outros.


Em séries infantis fez o Dono da Venda, o Rato de Boné interpretado por Shane McNamara em "Bananas de Pijamas".

Além de séries, Mário Vilela fez muitos desenhos, como Lenny em "Kissyfur", o vizinho de Rocko, Ed Cabeção em "A Vida Moderna de Rocko", foi o Blass em "Fly, o Pequeno Guerreiro", em "Os Cavaleiros do Zodíaco" foi Spika, em "Zillion" foi o Barão Ricks, no desenho dos anos 70 da "Família Addams" foi o Tio Chico, dentre outros.

Em filmes não era muito atuante, na maioria das vezes fazia apenas pontas, mas participou em alguns filmes como Landlord interpretado por Andy Devine em "A Pedra Azul", Carl interpretado por Walter Robles em "Os Mestres do Universo", foi o Papai Noel interpretado por Dennis Radesky em "Filadélfia", entre outros.

Em 2003 teve a honra de conhecer pessoalmente o ator Edgar Vivar no programa "Falando Fracamente", no SBT. Mário Vilela ficou muito emocionado, pois para ele Edgar Vivar, como também para os fãs, foi o maior trabalho de sua carreira, dentre todos os segmentos que já havia passado. E foi uma cena bem bonita para os que tiveram a oportunidade de assistir esse emocionante encontro.

Mário Vilela era diabético há muitos anos, e já havia tido vários problemas por causa da doença, como problema nas pernas. Veio a falecer vítima de problemas cardíacos também causados pelo diabete no dia 01/12/2005, deixando um legado na carreira e diversos fãs pelo país a fora.

Trabalhos

  • Edgar Vivar em "Chaves", "Chapolin" e "Aventuras em Marte"
  • Buba (Yoshinori Okamoto) e Gyoudai (Takeshi Watabe) em "Esquadrão Relâmpago Changeman"
  • Lenny em "Kissyfur"
  • Spika em "Os Cavaleiros do Zodíaco"
  • Blass em Fly o Pequeno Guerreiro
  • Ed Cabeção em "A Vida Moderna de Rocko"
  • Rato de Boné (Shane McNamara) em "Bananas de Pijamas"
  • Barão Ricks em "Zillion"
  • Senhor Jenkins em "Caillou"
  • Robô Kaima Metal Heavy (Issei Futamasa) em "Kamen Rider Black Rx"
  • Monstro Humanos (Episodios 14, 18 e 22) em "Lion Man"
  • Tio Chico em "A Família Addams" (Desenho dos anos 70)
  • Doc. Wilson (Michael Higgins) em "Deu a Louca nos Astros"
  • Baleia Dopey Dick, e personagens secundários em "Pica-Pau"
  • General em "As Novas Aventuras da Turma da Mônica"
  • Takashi Ota (Kazuo Arai) em "Spectreman"
  • Deus Protetor (Seijun Suzuki) em "Patrine"
  • Ben Parker (Segunda voz) e Rhino (Segunda voz) em "Homem Aranha" (Desenho anos 90)
  • Hardman em "Megaman"
  • Joseph Barbera em "Os Flintstones - I Yabba Dabba Do"
  • Scorpion / Sub-Zero em "Mortal Kombat"
  • Landlord (Andy Devine) em "A Pedra Azul"
  • Carl (Walter Robles) em "Os Mestres do Universo"
  • Papai Noel (Dennis Radesky) em "Filadélfia"
  • Hunk em "Voltron"
  • Presidente Alcazar (Subas Herrero) em "Comando Delta 2 - Conexão Colômbia"
  • Cyborg 007 em "Cyborg 009" (Série Original)
  • Gatão em "Tico e Teco e Os Defensores da Lei"
  • Pai da Lum em "Turma do Barulho"