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Moraes Sarmento

RUBENS SARMENTO
(75 anos)
Radialista, Locutor e Apresentador de TV

* Campinas, SP (14/12/1922)
+ São Paulo, SP (22/03/1998)

Moraes Sarmento nasceu em Campinas, SP no dia 14/12/1922 onde iniciou a carreira de radialista em 1937, na Rádio Educadora. Teve a primeira experiência como locutor em serviços de alto-falantes da cidade. Mas foi em Uberlândia, MG, que, aos 16 anos de idade, em 1941, trabalhou como locutor profissional.

Na década de 40 atuou em diversas cidades do interior de São Paulo como São José do Rio Preto, Araçatuba, entre outras. Nesse período, ia constantemente a São Paulo tentar a sorte em alguma emissora, até que em 1944, pelas mãos de Roberto Côrte-Real, ingressou na Rádio Cultura, cujos estúdios ficavam na Avenida São João. Ali, com a experiência adquirida em Campinas, em programas de auditório, passou a comandar o famoso programa da época, "Cirquinho do Simplício".

Foi incentivado por Manuel de Nóbrega de quem se tornou secretário particular.

Wilma Santochi Sarmento e Moraes Sarmento
Esta é a ultima foto dos dois, quando ele recebeu o Titulo de Cidadão Paulistano
Moraes Sarmento tornou-se cidadão honorário das cidades paulistas de Atibaia, Brotas, Osasco, Tatuí, Torrinha, recentemente Cidadão Paulistano, e Ouro Fino, em Minas Gerais.

Após um período de muito sucesso na Rádio Cultura, esteve no Rio de Janeiro onde atuou na Rádio Tamoio e na Rádio Tupi. Retornou a São Paulo para ficar, por nove anos, na antiga Rádio São Paulo.

Foi porém a partir de maio de 1958 que, atendendo a convite, ingressou na Rádio Bandeirantes, onde, por 22 anos consecutivos, teve um programa que levava seu nome, no qual pode realizar aquilo que sempre almejou: irradiar, essencialmente, a música brasileira, preservando de forma singular, a memória  musical de nossa terra. Nesse programa, teve também a oportunidade de lutar pela preservação da fauna e flora do nosso país, sendo por isso, agraciado com a Comenda e Medalha Marechal Rondon e Couto de Magalhães pela Sociedade Geográfica Brasileira.

Moraes Sarmento com Dorival Caymi na Rádio Bandeirantes
Por sua luta pela preservação de bandas de música, despertou a atenção de prefeitos de inúmeras cidades do interior paulista, incentivando-os com a construção  de coretos em praças públicas locais.

Foi presidente da Federação das Escolas de Samba de São Paulo, oportunidade em que organizou grande desfile de escolas de samba no Anhangabaú. O sucesso do evento foi tão grande que, o então prefeito Faria Lima, em 1967, através de decreto, resolveu oficializar o carnaval de São Paulo.

Foi presidente da Associação de Amparo aos Animais, sendo, em sua gestão construída a sede própria da entidade.

Moraes Sarmento recebeu vários troféus, entre os quais o Prêmio Roquette Pinto, por duas vezes, e o Prêmio Governador do Estado, tendo como justificativa o melhor programa de música brasileira e a preservação da memória musical do país.

O ex-governador Laudo Natel, Moraes Sarmento e Nelson Goncalves no seu programa da Radio Bandeirantes
Em 1996, em seu programa na Rádio Bandeirantes, fez memorável campanha visando homenagear o cantor Vicente Celestino com um disco de ouro que pesava cerca de meio quilo. A entrega do disco foi feita em famoso programa da TV Record, ao qual compareceram grandes cantores da época como Orlando Silva, Carlos Galhardo, Gilberto Alves, Osny Silva, Cyro Monteiro, Elizeth Cardoso, os quais costumava prestigiar em seu programa.

Moraes Sarmento esteve no ar por 60 anos, sempre prestigiando nossos grandes cantores e a música popular brasileira em sua fase de ouro.

Durante 11 anos consecutivos apresentou, na TV Cultura, o programa "Viola Minha Viola".

Em 1987, recebeu aquela que considerava ser sua maior homenagem: Participou em carro aberto no desfile de carnaval e teve sua vida contada e cantada no samba enredo da Escola de Samba Mocidade Alegre.

Moraes Sarmento foi fundador da Lira Musical Pedro Salgado, nome que homenageia o grande compositor de músicas específicas para banda de música. Apresentou também, com grande sucesso, na TV Tupi, o programa "Praça Moraes Sarmento".

Na Rádio Bandeirantes, além de seu programa noturno, que durou 22 anos, lançou "Almoço à Brasileira" com audiência absoluta no horário, ocasião em que reabilitou o samba, em franca decadência na época.

Moraes Sarmento foi casado com Wilma Santochi Sarmento e teve uma filha chamada Marisa Sarmento Edwards. Era avô de Marcelo e Gabriela, e bisavô de Victor, Marina, Luccas e David Miguel.

Moraes Sarmento faleceu em São Paulo, no dia 22/03/1998, vítima de um aneurisma abdominal.

Fonte: Registros de família gentilmente cedidos por Marisa Sarmento Edwards.

Julie Joy

BEATRIZ DA SILVA ARAÚJO
(80 anos)
Cantora, Atriz e Apresentadora

* Rio de Janeiro, RJ (30/09/1930)
+ Rio de Janeiro, RJ (05/04/2011)

Beatriz da Silva Araújo, mais conhecida pelo nome artístico de Julie Joy, foi uma cantora, atriz e apresentadora brasileira. Na infância estudou no Colégio Brasileiro de São Cristovão, morou em Copacabana, e depois mudou-se para Teresópolis, RJ.

Começou sua carreira em meados dos anos 50, interpretando canções em inglês e posteriormente passou a interpretar músicas brasileiras. Gravou o primeiro disco pela Sinter, em 1956, com o fox "Verão Em Veneza" (Incini e Ribeiro Filho), e o samba "Finge Gostar" (Jaime Florence e Chico Anysio). Por essa época também passou a fazer parte do cast da Rádio Nacional, onde cantava, preferencialmente em inglês, alguns sucessos da época.

Em 1957, acompanhada de Britinho e sua orquestra, gravou o xote "Amor É Bom De Dar" (Bruno Marnet e Roberto Faissal) e a "Valsa Do Primeiro Filho" (Ari Rabelo e Luiz de França). Naquele ano, passou a gravar pela Columbia, e lançou um disco com Renato de Oliveira & Orquestra, no qual cantou o beguine "Sombras" (Johnny Mercer e Lavello, versão de Arierpe) e o bolero "Tinha Que Ser" (Fernando César).

Em 1958, foi escolhida em votação popular a "Rainha do Rádio" com 319.430 votos, sendo a última cantora a receber o título. Além de se apresentar em programas de rádio, cantou também na TV Tupi. Neste ano de 1958, participou de dois filmes: "E O Bicho Não Deu...", produzido pela Herbert Richers, e "O Camelô Da Rua Larga", pela Cinedistri. Também lançou disco, com o bolero Podes voltar (Othon Russo e Nazareno de Brito) e a valsa E a chuva parou (Ribamar, Esdras Silva e Vitor Freire).


Ainda no ano de 1958 atuou no filme "E O Bicho Não Deu...", dirigido por J. B. Tanko e que contou no elenco com as presenças de Ankito, Grande Otelo, Costinha e Carlos Imperial num enredo escrito por Sérgio Porto, o popular Stanislaw Ponte Preta. Neste filme, além de cantar, foi também atriz, quando exibiu bons recursos de cena. Também nesse ano, lançou disco com o bolero "Podes Voltar" (Othon Russo e Nazareno de Brito), e a valsa "...E A Chuva Parou" (Ribamar, Esdras Silva e Vitor Freire).

Em 1960, gravou com acompanhamento da orquestra e coro de Bob Rose os fox "Você Não Tem Razão" (Bartel, Burns e Magio), e "Quero Sonhar" (J. Gluck Jr. e F. Tobias), ambos em versões de Renato Corte Real.

Julie Joy retirou-se progressivamente da vida artística a partir do final dos anos 1960.

Foi casada com o compositor João Roberto Kelly com que teve uma filha, que morreu tragicamente já adulta ao final dos anos 1990.

Julie Joy faleceu em 05/04/2011 sem que sua morte tivesse tido repercussão na imprensa.


Discografia

  • 1960 - Você Não Tem Razão / Quero Sonhar (Columbia - 78rpm)
  • 1958 - Podes Voltar / ...E A Chuva Parou (Columbia - 78rpm)
  • 1957 - Amor É Bom De Dar / Valsa Do Primeiro Filho (Sinter - 78rpm)
  • 1957 - Sombras / Tinha Que Ser (Columbia - 78rpm)
  • 1956 - Verão Em Veneza / Finge Gostar (Sinter - 78rpm)


Fernando Pamplona

FERNANDO PAMPLONA
(87 anos)
Carnavalesco, Cenógrafo, Professor, Produtor e Apresentador de TV

* Rio de Janeiro, RJ (28/09/1926)
+ Rio de Janeiro, RJ (29/09/2013)

Fernando Pamplona foi um carnavalesco, cenógrafo, professor, produtor e apresentador de TV, considerado um dos mais importantes nomes do carnaval carioca.

Considerado o "pai de todos" os carnavalescos do Rio de Janeiro, o artista fez história no desfile das escolas de samba a partir dos anos 60, quando introduziu os enredos afros nos desfiles, e colocou o Salgueiro no patamar das grandes agremiações cariocas. Foi o líder de uma geração de carnavalescos que brilhou nos anos seguintes em várias escolas: Arlindo Rodrigues, Joãosinho Trinta, Rosa Magalhães, Renato Lage, Maria Augusta, dentre outros.

Após a Revolução de 1930, foi, com o pai, morar na cidade de Xapuri, no Acre, onde cursou o ensino primário. Ainda criança, teve contato com diversas manifestações folclóricas da região, como a festa do boi-bumbá, o que foi crucial para lhe despertar um grande interesse por cultura popular.

Formado pela Escola Nacional de Belas Artes, teve uma rápida passagem como ator até conhecer Mário Conde em meados da década de 50, que lhe abriu as portas para a cenografia.

Em 1959, o escritor Miercio Tati, membro do então Departamento de Turismo e Certames da Prefeitura, hoje Empresa de Turismo do Município do Rio de Janeiro S.A. (Riotur), o chamou para integrar o corpo de jurados dos desfiles das escolas de samba do Rio de Janeiro. Embora tenha assumido o cargo com dedicação, apenas uma, entre todas as agremiações, deixou Fernando Pamplona realmente extasiado. Trata-se do GRES Acadêmicos do Salgueiro, que, naquele ano, havia inovado por completo os padrões do carnaval carioca ao jogar para o alto os habituais enredos de capa-e-espada (sobre políticos ou militares) trazidos pelas escolas e abraçou uma temática sobre o pintor francês Jean-Baptiste Debret. Tal tema, denominado "Viagem Pitoresca E Histórica Ao Brasil", fora elaborado pelos figurinistas Dirceu e Marie Louise Nery, e o Salgueiro fez uma apresentação revolucionária e inesquecível. Fernando Pamplona deu nota 8 à agremiação, que somente perdeu por um ponto da Portela.

Foi ele um dos poucos jurados a defender, sem medo, sua avaliação sobre os desfiles, o que surpreendeu o diretor de carnaval do Salgueiro, Nelson de Andrade. A diretoria da escola, por intermédio de Nelson de Andrade, o convidou para preparar desfile salgueirense para o carnaval de 1960 e Fernando Pamplona aceitou o pedido com a condição de fazer um enredo sobre Zumbi dos Palmares.

Pela primeira vez, a vida de uma personagem não-oficial da história do Brasil era retratada por uma agremiação. Chamou seus colegas de teatro, Arlindo Rodrigues e Nilton Sá, e acabou se tornando, por fim, um carnavalesco de escola de samba. No Salgueiro conquistou quatro títulos, foi vice outras três vezes.


Botafogo e Salgueiro

Tão botafoguense quanto salgueirense, Fernando Pamplona foi a síntese de um Rio de Janeiro multi-diverso, pleno de referências, de pulsação cultural, mesclando referências eruditas e populares.

"Ao contrário do artista comum, que se comove diante de uma catedral gótica, ele descobriu que a sua catedral era feita de carne e sangue, de suor e prazer, de riso e lágrima em forma de povo", descreveu o escritor Carlos Heitor Cony, que assinou a orelha da biografia.

Carnavais Que Assinou no G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro

  • 1960 - Quilombo dos Palmares - Campeão
  • 1961 - Vida e Obra do Aleijadinho
  • 1965 - História do Carnaval Carioca - Eneida (Com Arlindo Rodrigues) - Campeão
  • 1967 - História da Liberdade no Brasil (Com Arlindo Rodrigues)
  • 1968 - Dona Beja, Feticeira de Araxá
  • 1969 - Bahia de Todos os Deuses (Com Arlindo Rodrigues) - Campeão
  • 1970 - Praça Onze: Carioca da Gema
  • 1971 - Festa Para um Rei Negro (Com Arlindo Rodrigues, Joãosinho Trinta e Maria Augusta) - Campeão
  • 1972 - Nossa Madrinha, Mangueira Querida
  • 1977 - Do Cauim Ao Efó, Moça Branca, Branquinha
  • 1978 - Do Yorubá à Luz, a Aurora dos Deuses



Morte

Fernando Pamplona morreu na manhã de domingo, 29/09/2013, em sua casa, em Copacabana, Zona Sul do Rio de Janeiro, um dia após completar 87 anos. O salgueirense foi vítima de um câncer e havia deixado o Hospital São Lucas na quarta-feira, 25/09/2013.

Fernando Pamplona foi enterrado no final da tarde de domingo, 29/09/2013, no Cemitério São João Batista, em Botafogo, Zona Sul do Rio de Janeiro.

Fernando Pamplona empresta seu nome a biblioteca do Centro de Referência do Carnaval, a única do gênero no Brasil.

Era casado com a ex-bailarina do Teatro Municipal do Rio de JaneiroZeni, 84 anos, desde 1952. Fernando Pamplona deixa duas filhas, Consuelo, 57 anos, e Eneida, 53 anos.

Fonte: Wikipédia e Globo

Muíbo Cury

MUHIB CURY
(80 anos)
Ator, Apresentador, Locutor, Cantor, Compositor, Radialista e Dublador

* Duartina, SP (15/01/1929)
+ São Paulo, SP (26/12/2009)

Muhib Cury, mais conhecido como Muíbo Cury ou Muíbo César Cury, foi um ator, compositor, radialista e dublador brasileiro.

Disseram ao descendente de libaneses Muhib Cury que, com aquele nome, ele não faria sucesso no rádio. A primeira iniciativa tomada pelo rapaz foi abrasileirar o Muhib, cujo significado é "amado", segundo a filha Adriana, para Muíbo.

Mesmo assim, para alguns, a solução nada resolvia, pois o nome continuava ruim. Aí ele incluiu o César na história. Resultado: ficou conhecido de várias maneiras como César Cury, Muíbo Cury ou Muíbo César Cury.

Estreou em 1949, na Rádio Clube de Marília. No início dos anos 50 o jovem nascido em Duartina, SP, começou como contrarregra na Rádio Bandeirantes, fazendo os barulhinhos para as radionovelas. Na emissora, trabalhou até o fim da vida. Apresentava o programa "Arquivo Musical" e o "Jornal em Três Tempos", ao lado de Chiara Luzzati e Paulo Galvão.

Da esquerda para a direita: Muíbo Cury, Sérgio Galvão, Wanderley Cardoso, Fernando Solera e Altemar Dutra
Também passou pela Rádio América, Rádio São Paulo, e Rádio Cultura, onde fez por 10 anos um programa de música sertaneja de raiz, uma de suas paixões. Integrou a dupla Barreto & Barroso e foi coautor da canção "João de Barro". Muíbo Cury compôs também marchinhas de carnaval. 

Atuou em telenovelas na TV Tupi e TV Bandeirantes. Seus últimos trabalhos televisivos foram uma participação em "Memórias de um Gigolô" e num comercial da Skol, no Natal de 1993.

Muíbo Cury era casado com Dalva, moça que o ouvia no rádio antes de conhecê-lo no madureza (espécie de supletivo). Teve 4 filhos e 2 netas.

Muíbo Cury morreu no Hospital São Luiz, sábado, dia 26/12/2009, onde estava internado em decorrência problemas cardíacos. O enterro aconteceu no domingo, 27/12/2009, às 11:00 hs, no Cemitério da Lapa.

Dublagens

  • Caçador Kaura em "Flashman"
  • Mantor do Diabo (primeira voz) em "Lion Man"
  • Fozzie em "Muppet Show" e "Os Muppets Conquistam Nova York"
  • Prefeito White em "Doug"
  • Participações nos Episódios 17 e 22 de "Samurai X"

Fonte: Wikipédia e Folha de S.Paulo
Indicação: Reginaldo Monte

Hélio Ansaldo

HÉLIO ANSALDO
(73 anos)
Jornalista, Apresentador de TV, Locutor, Compositor e Político

* Santos, SP (16/06/1924)
+ São Paulo, SP (06/12/1997)

Hélio Ansaldo foi um jornalista, apresentador e político brasileiro. Foi locutor de rádio e apresentador de televisão, um dos pioneiros da televisão. Atuou na apresentação, redação e direção de programas esportivos, jornalísticos, humorísticos, musicais e de entretenimento em geral.

Hélio Ansaldo era formado em direito, mas começou cedo sua carreira em jornalismo na Rádio Gazeta. Trabalhou até 1990 na TV Record, quando esta foi adquirida pela Igreja Universal do Reino de Deus.

Um de seus últimos trabalhos na televisão foi no comando do "Record em Notícias" (1973-1996), popularmente conhecido como "Jornal da Tosse", ao lado de Murilo Antunes Alves, José Serra, João Mellão Neto, Arnaldo Faria de Sá, Maria Lydia Flandoli, Padre GodinhoWilson Fittipaldi (o Barão), entre outros. Sempre encerrava o debate com a seguinte mensagem: "Que Deus nos proteja e nos torne instrumentos de Sua paz".

No dia da inauguração da TV Record, em 27/09/1953, às 20:00 hs, a emissora entrou no ar com o "Boa Noite", de Hélio Ansaldo, e ao lado de Sandra Amaral apresentou um programa musical, dando início as atividades da emissora de televisão.

Atuou como ator de cinema no filme "Fuzileiro do Amor" (1956), cujo protagonista era Amácio Mazzaropi. Foi compositor musical, e também teve uma carreira política, sendo eleito deputado estadual no estado de São Paulo, tendo sua base eleitoral na cidade de Santos.


Morte

Hélio Ansaldo morreu às 3:25 hs de sábado, 06/12/1997, no Hospital São Luiz, em São Paulo. Segundo a supervisora do Hospital São Luiz, Rosa Maciel, a causa da morte do apresentador foi insuficiência respiratória, provocada por um câncer.

Hélio Ansaldo foi velado na Assembléia Legislativa. O corpo seguiu às 15:30 hs para o Cemitério São Paulo, onde aconteceu o sepultamento.

Filmografia

Como Ator

  • 1959 - Moral em Concordata
  • 1958 - Ravina
  • 1957 - Rebelião em Vila Rica
  • 1956 - Fuzileiro do Amor

Como Roteirista

  • 1959 - Eu Fui Toxicômano (TV Série)
  • 1959 - Doutor Jivago (TV Série)
  • 1958 - Cela da Morte (TV Série)

Indicação: Simone Cristina

Neville George

NEVILLE GEORGE TREBILCOK
Dublador, Locutor, Ator, Apresentador de Telejornal, Produtor, Roteirista e Tradutor
(63 anos)

* São Paulo, SP (12/03/1939)
+ Rio de Janeiro, RJ (19/10/2002)

Neville George trouxe para a publicidade brasileira a locução mais coloquial. Ainda estava longe do considerado coloquial de hoje, mas para a época em que começou a gravar comerciais, sua locução fazia a diferença. Tanto que nos anos 1970 ele gravava muito, mas muito mesmo, os mais diversos produtos. Falava mais baixo, mais macio, adequava mais o tom ao produto, à mensagem. Dono de um timbre muito bonito e elegante, tinha um som ligeiramente anasalado e seus finais de frase eram um pouco alongados o que conferia à sua voz uma personalidade única. Foi uma mudança de referencial.

Gravava vídeos institucionais em português, inglês, espanhol, francês e italiano. Inteligente e culto, usou sua versatilidade para atuar em diversas áreas: locutor, ator, dublador, apresentador de telejornal, produtor, roteirista e tradutor.

Neto por parte de pai de um imigrante inglês, iniciou sua carreira como representante comercial, quando foi descoberto nos estúdios de dublagem, tendo vivido a época de ouro dos estúdios Arte Industrial Cinematográfica (AIC) de São Paulo.


No final dos anos de 1960 Neville George foi para o Rio de Janeiro trabalhar na TV Cinesom, aonde alem de dublador foi narrador da empresa por algum tempo. Além disso, também passou pelas empresas Dublasom Guanabara e Herbert Richers.

No início dos anos de 1970 retornou a São Paulo, a foi dublar no CineCastro, tendo feito na empresa a voz do Coronel Robert E. Hogan interpretado por Bob Crane em "Guerra, Sombra e Água Fresca", entre outros.

Em meados dos anos 70, Neville George se afastou da dublagem e foi trabalhar em um telejornal como apresentador na TV Tupi de São Paulo.

Em 1999 quando a emissora Rede TV! foi inaugurada, Neville George foi chamado para ser o locutor da mesma.


Na dublagem se destacou-se por grandes personagens como a terceira voz de Barney Rubble na série clássica de "Os Flintstones"James T. West interpretado por Robert Conrad na série "James West"Drº Leonard McCoy interpretado por DeForest Kelley na primeira temporada de "Jornada Nas Estrelas"Omir em "Viagem Ao Fundo Do Mar"Drº Doug Phillips interpretado por Robert Colbert em "O Túnel do Tempo"Coronel Hogan em "Guerra, Sombra e Água Fresca", além de ter narrado algumas vezes o desenho animado "A Corrida Maluca" e a abertura de "Além da Imaginação".

Muito novo, com aproximadamente 20 anos, Neville George casou com Ruth Maria e desta união nasceram Adriana e André.

Casou com Siomara Nagy, locutora e dubladora.

Aos 40 anos, depois de se separar da Siomara NagyNeville George se casou novamente com Maria Cristina e desta união nasceram Fabiana Trebilcock e Manuella.

Neville George lutava contra um Câncer no Pâncreas, e veio a falecer no dia 19 de outubro de 2002, deixando uma marca na dublagem brasileira e deixando o seu trabalho de narração da Rede TV!, aonde era admirado por muitos. Esse é mais um dos grande profissionais da dublagem do nosso país.

Escute AQUI a voz de Neville George.

Vicente Leporace

VICENTE FIDERICE LEPORACE
(66 anos)
Radialista, Locutor, Ator e Apresentador de TV

* São Tomas de Aquino, MG (26/01/1912)
+ São Paulo, SP (16/04/1978)

Vicente Leporace foi um radialista muito popular do Brasil.

Nascido em São Tomas de Aquino, MG em 26 de janeiro de 1912, Vicente Leporace foi sem dúvida um dos mais discutidos profissionais do rádio brasileiro.

Em 3 de setembro de 1937, a Rádio Atlântica de Santos inaugurou o Teatro de Antena apresentando um jovem rádio-ator vindo da PRB-5 Rádio Clube Hertz de Franca, SP. Surgiu então o grande Vicente Leporace.

Em sua longa carreira pelo Rádio ele atuou como redator, locutor, programador, discotecário, radioator, apresentador de televisão, apresentando com Clarice Amaral no Canal 7 a "Gincana Kibon", foi também ator de cinema atuando nos filmes "Luar Do Sertão" (1947), "A Vida É Uma Gargalhada" (1950), "Sai Da Frente" (1952), "Sinhá Moça" (1953), "Uma Pulga Na Balança" (1954), "Nadando Em Dinheiro" (1954), "Na Cena Do Crime" (1954), "É Proibido Beijar" (1954), "Carnaval Em Lá Maior" (1955) e "O Gigante, A Hora E A Vez Do Cinegrafista" (1971).

Blota Junior e Vicente Leporace
Atuou também em 1966 na novela "Redenção" com o papel de Carlo.

Em 1941 foi convidado por Blota Júnior para atuar na sua amada cidade Franca, voltando assim a ecoar sua voz à Rádio Clube Hertz de Franca. Ficou na rádio até o final de 1950, quando no dia 01/04/1951, lançou-se pela ondas da PRB-9 a Rádio Record de São Paulo, passando então a apresentar o "Jornal da Manhã" um informativo de meia e meia hora que ele mesmo produzia e apresentava.

Depois de onze anos, transferiu-se para a PRH-9 a Rádio Bandeirantes de São Paulo onde lançou a grande paixão da sua vida, o programa "O Trabuco". Alguns livros, relatam que a saída de Vicente Leporace da Rádio Record foi por questões salariais.

O programa "O Trabuco"  era um informativo diário que veiculava os fatos importantes do país e Vicente Leporace expressava sem medo seus cometários e críticas.

Vicente Leporace assumia toda a responsabilidade sobre seus ditos. Ele sem dúvida nenhuma tornou se o defensor dos menos favorecidos. Uma vez questionado porque o "Trabuco", ele explicou que não se tratava de uma alusão a uma arma de ataque e defesa e sim pela corruptela nascida na Calábria, terra de seus pais, que, estando dominada por tropas invasoras, seus habitantes ao trocarem informações utilizavam-se do método de boca a boca, originando o neologismo "trabuque" entre boca, ou o que não podia ser dito em voz alta.


Vicente Leporace muitas das vezes apresentou seu programa sob mira de fortes armas de fogo. Mas na época, vivia-se o regime militar de 64, e ele foi se dúvida nenhuma um dos maiores frequentadores da extinta Delegacia de Ordem Política e Social (DOPS).

Mas toda esta pressão nunca o intimidou, a sua coragem e seu desprendimento o tornou um ícone na radiodifusão, não podendo esquecer de ressaltar seu amor à causa pública um defensor dos princípios morais e éticos.

Em 1969 apresentou pela TV Bandeirantes o jornal "Titulares da Notícia" ao lado de grandes nomes como Maurício Loureiro Gama, José Paulo de Andrade, Murilo Antunes Alves e Lourdes Rocha.

Vicente Leporace faleceu em São Paulo em 16 de abril de 1978 vítima de um Edema Pulmonar, deixando sem dúvida uma enorme brecha no rádio e na comunicação brasileira. Morreu sem concretizar seu maior sonho em editar um jornal em Santo Amaro, SP. Um jornal que circularia diariamente que chegou a ser constituído e registrado como "O Trabuco", mas infelizmente este sonho nunca chegou as bancas.

Como diria nosso grande Vicente Leporace: "Assino e Dou Fé!".

Cinema

  • 1971 - O Gigante, A Hora E A Vez Do Cinegrafista
  • 1955 - Carnaval Em Lá Maior
  • 1954 - É Proibido Beijar
  • 1954 - Na Senda Do Crime
  • 1953 - Nadando Em Dinheiro
  • 1953 - Uma Pulga Na Balança
  • 1953 - Sinhá Moça
  • 1952 - Sai Da Frente
  • 1950 - A Vida É Uma Gargalhada
  • 1947 - Luar Do Sertão

Televisão

  • 1966 - Redenção ... Carlo

Fonte: Memória do RádioWikipédia

Adélia Iório

ADÉLIA IÓRIO
(87 anos)
Apresentadora e Atriz

* São Paulo, SP (08/02/1924)
+ São Paulo, SP (15/06/2011)

Adélia Iório nasceu em São Paulo, em 8 de fevereiro de 1924. Ela era apresentadora do programa "Adélia e Suas Trapalhadas", a partir da metade da década de 60 na TV Excelsior de São Paulo. Nessa emissora também trabalhava o seu esposo, o ator Átila Iório. O casal tinha um filho.

Adélia Iório começou a carreira no cinema em 1945. O primeiro filme em que participou foi "No Trampolim da Vida"

Adélia Iório estrelou nos filmes "Os Três Cangaceiros" (1959); "Só Naquela Base" e "Os Dois Ladrões"  (1960); "Um Candango na Belacap" e "O Dono da Bola" (1961); "Bom Mesmo é Carnaval" (1962); "Sonhando Com Milhões" (1963); "Engraçadinha Depois dos Trinta" (1966); "No Paraíso das Solteironas" e "Deu a Louca no Cangaço" (1969); "Nua e Atrevida", "Jeca e o Bode" e "Os Desempregados" (1972); "Uma Tarde Outra Tarde" (1974) e "Pedro Bó, o Caçador de Cangaceiros" (1976).

Na televisão, Adélia Iório foi apresentadora e atriz. Apresentou programas e também fez várias novelas. Na TV Globo, Adélia Iório fez parte do elenco da novela "Locomotivas", em 1977.

Uma curiosidade, embora seja triste, ocorreu no programa de Adélia Iório num certo dia de 1970. Ferreira Netto, que era na época o diretor da emissora, entrou intempestivamente no estúdio e falou no ar que a emissora havia sido cassada pelo governo e portanto ia deixar de existir. Foi retirado o "cristal" e a emissora saiu do ar. Todos choraram, pois foi realmente um momento muito triste.

Adélia Iório faleceu em 10 de dezembro de 2002.

Fonte: Museu da Fama e Adriano Reis

Wilton Franco

WILTON FRANCO
(82 anos)
Apresentador de TV, Diretor e Produtor

* Rio de Janeiro, RJ (25/07/1930)
+ Penha, SC (13/10/2012)

Wilton Franco foi o diretor de "Essa Gente Inocente" e "Os Trapalhões", que foram apresentados na TV Excelsior, TV Record, TV Tupi e mais tarde na TV Globo.

Um dos diretores da TV Excelsior na década de 60, Wilton Franco reuniu quatro artistas para a criação do humorístico "Adoráveis Trapalhões" em 1966: Wanderley Cardoso (cantor da Jovem Guarda), Ted Boy Marino (lutador dos programas de telecatch), Ivon Curi (cantor e ator de chanchadas) e Renato Aragão, o Didi, que ganhava destaque no cinema e nas emissoras de televisão do Rio de Janeiro na época.

Outro grande sucesso de Wilton Franco aconteceu no SBT, em 1982, com o polêmico "O Povo Na TV", programa ao vivo onde se mesclavam quadros de auditório, geralmente dramas de pessoas comuns, e reportagens sensacionalistas. Wilton Franco era o apresentador principal, enquanto outros artistas da casa como Wagner Montes e Sérgio Mallandro apareciam como co-apresentadores. "O Povo Na TV", era exibido ao vivo, direto do antigo Teatro Silvio Santos (também antigo Cine Sol), para todo o Brasil, pela TVS, de 1981 até 1986. A TVS era a antiga rede de emissoras de Silvio Santos, atual SBT.

Wilton Franco ao lado do apresentador José Luiz Datena e Malu Barreto (Foto: Divulgação)
Wilton Franco foi também o apresentador de "Balança, Mas Não Cai", uma grande criação de Max Nunes e Paulo Gracindo, que nos anos 50 fez muito sucesso na Rádio Nacional do Rio de Janeiro. Tratava-se de um edifício, de apelido "Balança, Mas Não Cai", onde moravam todos os astros do rádio brasileiro, como dizia Wilton Franco, em sua apresentação. Em verdade, muitos comediantes da época ali atuavam. Ele apresentava cada esquete, como se fosse um fato ocorrido em um dos apartamentos do prédio.

Wilton Franco trabalhou na TV Record no início dos anos 70, onde dirigiu "Os Insociáveis", programa dos Trapalhões, que ainda não tinham adotado o nome pelo qual se tornariam mais conhecidos. Na TV Tupi, dirigiu "Hoje é Sábado" e "Moacyr Franco Show". Na TV Excelsior dirigiu "Enshowclopédia", além de "Adoráveis Trapalhões".

A partir de 1988, "Os Trapalhões" passou a ter direção geral de Wilton Franco - e com redação final dele e de Renato Aragão - e a ser transmitido ao vivo, direto do Teatro Fênix. Com a morte de Zacarias dois anos mais tarde, o programa precisou ser reinventado. Com direção ainda a cargo de Wilton Franco e supervisão de criação de Chico Anysio, "Os Trapalhões" era dividido em duas partes, com shows musicais e esquetes com Didi, Dedé e Mussum contracenando com comediantes convidados. Wilton Franco deixou a direção do programa em 1992, sendo substituído no ano seguinte por José Lavigne

Esses programas de Wilton Franco atingiam entre 50 e 60 pontos de audiência. Ele foi, por várias décadas, o maior nome da televisão brasileira.

Nos últimos anos, Wilton Franco trabalhava como consultor do parque Beto Carrero World. "Ele não era só um consultor, ele era um grande amigo, uma pessoa de confiança, com grandes ensinamentos. Vamos sentir muita falta dele e de seus conselhos", declarou Alex Murad, filho de Beto Carrero


Morte

Wilton Franco, criador do programa "Os Trapalhões", morreu aos 82 anos na manhã de sábado, dia 13/10/2012, em Penha, no norte de Santa Catarina.  Wilton Franco teria passado mal em sua casa, com princípio de AVC e foi encaminhado para o Hospital de Penha, onde teve uma Parada Cardiorrespiratória e faleceu por volta das 10:30hs.

De acordo com a assessoria, o corpo do ex-diretor foi encaminhado ao Instituto Médico Legal por volta das 12:00hs de sábado (13/10/2012). O velório começou a partir das 17:00hs no Salão Paroquial da igreja matriz de Penha. Wilton Franco vai ser cremado dentro de um período de 72hs, em Balneário Camboriú, no Crematório Vaticano.

Fonte: Wikipédia e G1

Hebe Camargo

HEBE MARIA MONTEIRO DE CAMARGO RAVAGNANI
(83 anos)
Apresentadora de TV, Atriz e Cantora

* Taubaté, SP (08/03/1929)
+ São Paulo, SP (29/09/2012)

Hebe Maria Monteiro de Camargo Ravagnani, mais conhecida como Hebe Camargo ou simplesmente Hebe, foi uma apresentadora de televisão, atriz e cantora brasileira, tida como a "Rainha da Televisão Brasileira". Ravagnani era seu sobrenome de casada.

Em mais de 60 anos de história na televisão brasileira, a apresentadora tinha um estilo próprio de entrevistar as pessoas. Ela se tornou popular com a expressão "gracinha", usada para elogiar convidados. Outra marca registrada de Hebe Camargo era dar selinhos nos entrevistados que passavam por seu famoso sofá.


Início da Carreira

Nascida em Taubaté,  a 130 km da capital, filha de Segesfredo Monteiro Camargo e Esther Magalhães Camargo, Hebe Camargo teve uma infância humilde. A Diva brasileira conviveu com a arte desde o seu nascimento. Seu pai, era violinista de cinema, já que os cinemas da época eram mudos e a trilha sonora dos filmes era feita ao vivo. Mas, em 1943, com o fim do cinema mudo,  Segesfredo ficou desempregado e a família Camargo tratou logo de ir para São Paulo em busca de melhores oportunidades. Foi ai que a então menina, Hebe Camargo, começou uma das mais fantásticas histórias artísticas do Brasil.

Logo em 1943, ano da mudança para SP, seu pai começou a trabalhar na Rádio Difusora, integrando a orquestra. No ano seguinte Hebe Camargo seguiu a veia artística de seu pai e iniciou sua participação em programas de calouros nas rádios de São Paulo, cantando e fazendo imitações de Carmem Miranda.

Já consagrada como caloura, Hebe Camargo formou o quarteto "Do-Ré-Mi-Fá" com sua irmã Estela e suas duas primas, Helena e Maria. O grupo fez sucesso, foi contratado pela Rádio Tupi, mas se extinguiu três anos depois. Hebe Camargo chegou a formar uma dupla sertaneja com sua irmã Stella Monteiro de Camargo Reis, chamada "Rosalinda e Florisbela", mas não durou muito tempo. Hebe Camargo então decidiu seguir carreira solo, lançando seu primeiro disco em 1959, chamado "Hebe e Vocês". Como cantora, a estrela ainda fez algumas participações em filmes do comediante Mazzaropi, contracenando com Agnaldo Rayol em um deles.  

Com o passar do tempo a cantora foi se transformando em apresentadora. Hebe Camargo estava junto com o grupo liderado por Assis Chateaubriand, que foi ao Porto de Santos para buscar os primeiros equipamentos de televisão da história brasileira, dando origem à primeira rede televisiva nacional, a TV Tupi. Sua estreia ocorreu na década de 50, com o programa "Calouros em Desfile". Logo após, surgiu o primeiro programa feminino da televisão, "O Mundo é das Mulheres".

Foi convidada por Assis Chateaubriand para participar da primeira transmissão ao vivo da televisão brasileira, no bairro do Sumaré, na cidade de São Paulo, em 1950. No primeiro dia de transmissões da Rede Tupi, Hebe Camargo viria a cantar no início do "TV na Taba" (que representava o início das trasmissões) o "Hino da Televisão", mas teve que faltar ao evento e sendo substituída por Lolita Rodrigues. Hebe Camargo faltou à cerimônia para acompanhar seu namorado na época em uma cerimônia na qual seria promovido.

O programa "Rancho Alegre" (1950) foi um dos primeiros programas em que Hebe Camargo participou na TV Tupi de São Paulo: sentada em um balanço de parquinho infantil Hebe Camargo fez um dueto com o cantor Ivon Curi. Tal apresentação está gravada em filme e é considerada uma relíquia da televisão brasileira, uma vez que o videotape ainda não existia e na época não se guardava a programação em acervos, como atualmente.


Estreou como apresentadora em 1955, no programa “O mundo é das mulheres”, na TV Carioca, a primeira atração voltada especialmente para mulheres. Antes disso, havia substituído Ary Barroso no programa de calouros apresentado por ele.

Em 1955 Hebe Camargo deu início ao primeiro programa feminino da TV brasileira, "O Mundo é das Mulheres",  na TV Carioca, onde chegou a apresentar cinco programas por semana. "O Mundo é das Mulheres"  foi a primeira atração voltada especialmente para mulheres. Antes disso, havia substituído Ary Barroso no programa de calouros apresentado por ele.

Em 1957,  Hebe Camargo, originalmente com os cabelos escuros passou a se apresentar com os cabelos tingidos de louro, os quais tornaram-se uma de suas marcas registradas.

Em 1960 foi contratada pela TV Continental para apresentar o programa "Hebe Comanda o Espetáculo".

Em 1964 a apresentadora casa-se com o empresário Décio Cupuano, união da qual nasceu Marcello de Camargo Capuano.

Em 10 de abril de 1966, foi ao ar pela primeira vez o seu programa dominical homônimo "Hebe Camargo", acompanhada do músico Caçulinha e seu regional TV Record. O programa a consagrou como entrevistadora e a tornou líder absoluta de audiência da época.

Durante a Jovem Guarda muitas personalidades e novos talentos passaram pelo "Sofá da Hebe", no qual eram entrevistados em um papo descontraído. Seus temas preferidos na época eram separações, erotismo, fofoca e macumba. Logo depois, a apresentadora Cidinha Campos veio ajudá-la nas entrevistas.

Para dedicar-se ao filho, Hebe Camargo ficou afastada da televisão por cerca de dez anos, quando voltou a aparecer na TV Bandeirantes. Passou por quase todas as emissoras de TV do Brasil, entre elas a Record e a Bandeirantes, nas décadas de 1970 e 1980. Na Bandeirantes, ficou até 1985, quando foi contratada pelo SBT.


Carreira Musical

 Famosa como apresentadora, ela não deixou de lado a carreira musical. Após lançar três discos entre 1959 e 1966, compilou suas canções mais conhecidas no CD "Maiores sucessos", de 1995. Depois, lançou mais quatro discos. "Pra Você" (1998), "Como é Grande Meu Amor Por Vocês" (2001), "As Mais Gostosas da Hebe" (2007) e "Hebe Mulher" (2010 - Ano em que participou do Grammy Latino).

O último álbum da carreira contou com participações de Daniel Boaventura e Roberto Carlos. Em todos os discos, o repertório foi abastecido por canções românticas.


Vida Pessoal

Foi casada duas vezes. Seu primeiro matrimônio foi com o empresário Décio Capuano. Ele foi o segundo namorado de Hebe Camargo e estavam morando juntos haviam 15 anos. Hebe Camargo se casou no civil e na igreja em 14 de julho de 1964, de vestido rosa, pois, por tradição da época, a noiva que não fosse mais virgem não poderia usar branco e Hebe Camargo também já tinha 35 anos, ela achava feio se casar como uma jovenzinha.

No mesmo ano descobriu que estava grávida. Em 20 de setembro de 1965 deu à luz um menino, a quem batizou de Marcello de Camargo Capuano. A criança nasceu de parto normal, na Maternidade São Paulo, na Cidade de São Paulo, em um parto prematuro de 8 meses. Décio era muito ciumento, não aceitava a carreira de Hebe Camargo, tanto que ela interrompeu por um ano até voltar às rádios e TVs.

No período que morou com Décio, antes de se casar oficialmente, Hebe Camargo engravidou duas vezes mas sofreu aborto espontâneo. O marido e ela brigavam muito, e ele a acusava de estar trabalhando demais na televisão, querendo que ela parasse de atuar, e a acusava de ser a culpada pelos dois abortos sofridos, porque trabalhava demais. Depois de casada e conseguir ter seu filho, o jeito do marido não mudou, se tornando infeliz no casamento. Não aguentando a oposição do marido a sua carreira e a crises conjugais, Hebe Camargo saiu de casa levando o filho do casal em 1971, e se divorciaram no mesmo ano.

Morando sozinha com o filho Marcello, conheceu o empresário Lélio Ravagnani. Eles começaram a namorar e em 1973 casou-se com Lélio, que ajudou-a a criar seu filho, mesmo o pai indo vê-lo as vezes. Hebe Camargo e Lélio Ravagnani viveram um casamento feliz por 29 anos, até a morte dele, em 2000.

Depois do falecimento de Lélio Ravagnani, Hebe Camargo permaneceu viúva, mas sempre com boas companhias. A amizade entre a apresentadora e as atrizes Nair Bello e Lolita Rodrigues, por exemplo, sempre foi uma referência na mídia. Sempre que vistas juntas publicamente, os resultados eram os mesmos: muitas risadas. O trio foi marcado por boas histórias, brincadeiras e gargalhadas.

Com a morte de Nair Bello em 2007, a amizade entre Hebe Camargo e Lolita Rodrigues fortaleceu-se ainda mais. A amizade que durou cerca de 65 anos, começou na adolescência quando as duas possuíam o sonho de tornarem-se cantoras. Anos mais tarde, já casadas, a amizade continuou firme. Com o nascimento de Marcello, filho de Hebe Camargo, Lolita Rodrigues passou a visitar a amiga todos os dias da semana. Posteriormente, as agendas cheias as impediram de se ver com frequência, mas a amizade era eterna.

Em uma entrevista a revista Veja, Hebe Camargo declarou que aos 18 anos, em 1947, na sua primeira relação sexual, engravidou do seu primeiro namorado, o empresário Luís Ramos, um homem mais velho e experiente em conquistas. Tomou essa decisão pelo fato que ele a traía constantemente, os dois viviam brigando, e por ser vergonhoso para os pais terem uma filha mãe solteira. A situação piorou quando Hebe Camargo foi abandonada grávida por Luís. Sem alternativas, com medo de ser expulsa de casa e com pena dos pais pelo vexame que passariam de ter uma filha sem marido e com filho, um dia, sem contar a ninguém, decidiu fazer um aborto, indo a casa afastada que fazia esse tipo de procedimento.

Hebe Camargo relatou que o aborto foi sem nenhum tipo de anestesia, a fazendo gritar de dor, por causa do corte na hora de tirar o feto. Isso a fez sofrer muito. Ao sair de lá, continuou mal e demorou por meses para se recuperar, sentindo dores e hemorragias. Ela acabou mentindo para os pais, escondendo tudo deles e dizendo que estava bem, somente com cólicas. Passou a tomar remédios e mais remédios escondida, sem orientação médica, e por milagre não faleceu ou teve sequelas, sarando sozinha. Apesar de tanto sofrimento físico e emocional, Hebe Camargo diz que não se arrependeu desse ato, que fez isso na hora certa. Não poderia ter um filho naquela época, afirmou.

Hebe Camargo (Foto: Clayton de Souza/AE)
SBT

Em 1986, Hebe Camargo foi para o SBT, onde apresentou três programas: "Hebe", no ar até 2010, "Hebe Por Elas" e "Fora do Ar", além de participar do "Teleton" e em especiais humorísticos, como um quadro do espetáculo da entrega do Troféu Roquette Pinto, "Romeu e Julieta", em que contracenou com Ronald Golias e Nair Bello, já falecidos, artistas que foram grandes amigos da apresentadora.

O programa "Hebe" entrou no ar em 4 de março de 1986. Entre 1986 a 1993, o programa foi ao ar nas terças-feiras. Em 1993, migrou para as tardes de domingo. No ano seguinte, foi para a segunda. Durante um período, foi exibido aos sábados. A apresentadora recebia convidados para pequenos debates e apresentações musicais: todos se sentavam em um confortável sofá, que é quase uma instituição da televisão brasileira.

Em 1995, a gravadora EMI lançou um CD com os maiores sucessos de Hebe Camargo. Em 1999 voltou a lançar um CD. Em 22 de abril de 2006 comemorou o milésimo programa pelo SBT.


DVD "Hebe Mulher e Amigos"

Em 2010, aos 81 anos, Hebe Camargo gravou seu primeiro DVD ao vivo, "Hebe Mulher e Amigos", com duas apresentações, uma em São Paulo, no Credicard Hall em 27 de outubro e outro no Rio de Janeiro, no Citibank Hall em 24 de novembro. No show, a apresentadora recebeu diversas personalidades da música brasileira como Fábio Jr., Daniel, Leonardo, Maria Rita, Paula Fernandes, Chitãozinho & Xororó e Bruno & Marrone, os quais entrevistou em um sofá, como se estivesse em seu programa de auditório.

SBT e RedeTV!

Por volta das 16:30 hs de 13 de dezembro de 2010, ao final da gravação do especial de Reveillon de seu programa no SBT, Hebe Camargo, pegando a todos de surpresa, leu uma carta de próprio punho para seu auditório e público informando que aquela foi a sua última atuação como funcionária do SBT. Estava ela se despedindo da emissora de Silvio Santos depois de 24 anos. O contrato dela com o SBT venceria no dia 31 de dezembro, mas diante disto Hebe Camargo confirma que não deve mais renovar com a emissora.

O último programa de Hebe Camargo no SBT foi ao ar em 27 de dezembro de 2010. Dois dias antes de anunciar a saída da emissora, no dia 11 de dezembro. Hebe Camargo, com permissão do SBT, gravou com o apresentador Fausto Silva o "Domingão do Faustão", da Rede Globo, onde recebeu uma homenagem. Este programa foi ao ar no dia 26 de dezembro de 2010.

Após sua saída do SBT, ela assinou contrato com a RedeTV! em 15 de dezembro de 2010 para receber 500 mil reais por mês mais 50% de todos os merchandisings, estreando na emissora em 16 de março de 2011, ocupando o terceiro lugar na audiência na Grande São Paulo. O programa possuia o mesmo formato do seu programa na antiga emissora sendo exibido ás terças-feiras.

Segundo a o site Radar Online da revista Veja a emissora estaria propondo aos seus funcionários uma diminuição para a renovação dos contratos pela metade do salário. Em 24 de agosto de 2012 a colunista do jornal Folha de São Paulo, Keila Jimenez, publicou que após a apresentadora ter reclamado dos atrasos de salários pela emissora a equipe de seu programa havia sido desmanchada. Após várias especulações sobre a ida da apresentadora de volta para o SBT o colunista Flávio Ricco do portal UOL intitulou a matéria de "Hebe Camargo Está de Volta ao SBT", sobre o retorno a sua antiga "casa", o que foi desmentido pelo agente da apresentadora.

A confirmação da rescisão do contrato com a RedeTV! saiu dois dias após, em 17 de setembro. A última exibição do programa Hebe Camargo na RedeTV! ocorreu no dia 25 de setembro de 2012 em uma edição especial de despedida da emissora. Dois dias após a exibição do especial o SBT anunciou a volta da apresentadora a casa.

Em julho de 2012, quando  Hebe Camargo estava internada num hospital da cidade de São Paulo, ela teve a ideia de ligar para Carlos Nascimento, jornalista e apresentador do SBT. Na ligação, ela disse que queria votar para o reality show "O Maior Brasileiro de Todos os Tempos". Durante esta semana, o programa estava em uma competição do Pelé e Juscelino Kubitschek, e ela escolheu votar no rei Pelé. Durante a conversa também falou sobre o estado de saúde, afirmando que graças a Deus e à riqueza dos remédios, estava melhorando. Em sua participação, aproveitou para elogiar o ex-patrão Silvio Santos e criticou a sua antiga emissora, a RedeTV!.

"Eu queria dizer que Silvio Santos jamais atrasou os pagamentos!"
(Hebe Camargo)


Doença e Morte

A apresentadora foi diagnosticada com Câncer no Peritônio, membrana que envolve os órgãos do aparelho digestivo, em janeiro de 2010. Em sua primeira gravação após 12 dias internada para a retirada de nódulos e para o início do tratamento quimioterápico, Hebe Camargo mostrou gratidão com fãs e celebridades que a apoiaram. "Posso até morrer daqui a pouco, que vou morrer feliz da vida", comentou em março de 2010, ainda no SBT.

Na ocasião, Hebe Camargo subiu ao palco ao som de Ivete Sangalo, Ney Matogrosso, Leonardo e Maria Rita cantando juntos. "Vocês são a causa disso tudo. Me colocaram nesse pedestal que eu não mereço. É impossível encontrar palavras para descrever esse momento", disse para a plateia. Depois, entoou "Ó Nóis Aqui Traveis", samba do grupo Demônios da Garoa.

Em setembro de 2011, Hebe Camargo iniciou um novo tratamento contra o câncer, com sessões de quimioterapia preventivas. "Não estou doente, apenas continuo me tratando pra poder ficar com vocês muito tempo ainda", disse. Por conta do retorno ao tratamento, ela havia voltado a perder cabelo e, consequentemente, a usar perucas.

"Evidentemente, todo remédio forte causa algum problema. O meu problema é que eu, de novo, fiquei carequinha. Eu não estou careca, mas quase. Então, evidentemente, estou de peruca", afirmou, em comunicado enviado à imprensa. Ela ainda brincou, referindo-se ao ator Reynaldo Gianecchini, que fazia um tratamento contra um câncer no sistema linfático. "Vou sair linda, igual ao Reynaldo Gianecchini", disse.

Nos últimos dois anos, Hebe passou por várias cirurgias e tratamentos contra o câncer. Em janeiro de 2010, a apresentadora ficou 12 dias internada para retirada de nódulos na região do peritônio e iniciou tratamento quimioterápico. Em 2011, fez novas sessões de quimioterapia preventivas. Em março de 2012, passou por uma cirurgia de emergência para retirar um tumor que causava obstrução intestinal, ficando 13 dias no hospital. Em junho, realizou uma nova cirurgia de emergência para retirada da vesícula. No mês de julho, segundo o sobrinho Claudio Pessutti, ficou internada por cinco dias para a realização de exames.

Hebe Camargo morreu em 29 de setembro de 2012, em São Paulo aos 83 anos após sofrer uma Parada Cardíaca de madrugada, enquanto dormia.

O velório será realizado no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo do Estado de São Paulo, no Morumbi, a partir das 18:00 hs de sábado, 29/09/2012 - o carro funerário chegou à casa da apresentadora por volta das 16:15 hs. O sepultamento está marcado para as 9:30 hs de domingo, 30/09/2012, no Cemitério Gethsemani, segundo funcionários do local e o governo do Estado de São Paulo.



Televisão

  • 2011 - Hebe (RedeTV!)
  • 2009 - Elas Cantam Roberto (TV Globo)
  • 2007 - Amigas e Rivais (SBT)
  • 2005 - Fora do Ar (SBT)
  • 2003 - Romeu e Julieta Versão 3 (SBT)
  • 2002 - SBT Palace Hotel (SBT)
  • 2000 - TV Ano 50 (TV Globo)
  • 1998 - Teleton (SBT)
  • 1995 - Escolinha do Golias (SBT)
  • 1990 - Romeu e Julieta Versão 2 (SBT)
  • 1986 a 2010 - Hebe (SBT)
  • 1979 a 1985 - Hebe (Bandeirantes)
  • 1980 - Cavalo Amarelo (Bandeirantes)
  • 1978 - O Profeta (TV Tupi)
  • 1970 - As Pupilas do Senhor Reitor (TV Record)
  • 1968 - Romeu e Julieta Versão 1 (TV Record)
  • 1960 - Hebe Comanda o Espetáculo (TV Continental) 
  • 1957 - Hebe Comanda o Espetáculo (TV Record)
  • 1955 - O Mundo é das Mulheres (TV Record)
  • 1950 - TV na Taba (TV Tupi)

Cinema

  • 2009 - Xuxa e o Mistério de Feiurinha
  • 2005 - Coisa de Mulher
  • 2000 - Dinossauro (Dublagem da personagem Baylene)
  • 1960 - Zé do Periquito
  • 1951 - Liana, a Pecadora
  • 1949 - Quase no Céu

Música

  • 2010 - Hebe Mulher
  • 2007 - As Mais Gostosas da Hebe
  • 2001 - Como é Grande o Meu Amor Por Vocês
  • 1998 - Pra Você
  • 1995 - Maiores Sucessos
  • 1966 - Hebe Camargo
  • 1961 - Festa de Ritmos
  • 1959 - Hebe e Vocês