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Maria Isabel de Lizandra

MARIA ISABEL RECLUSA ANTUNES MACIEL
(72 anos)
Atriz

☼ São Paulo, SP (05/06/1946)
┼ São Paulo, SP (14/03/2019)

Maria Isabel de Lizandra foi uma atriz nascida em São Paulo, SP, no dia 05/06/1946.

Maria Isabel de Lizandra construiu uma carreira vitoriosa nas décadas de 1970 e 1980, participando em várias telenovelas, séries, especiais de TV, filmes e peças de teatro.

Estreou em 1964 na TV Tupi com a novela "Se o Mar Contasse", de Ivani Ribeiro, dirigida por Geraldo Vietri, e no cinema em "Vereda da Salvação", filme de Anselmo Duarte que provocou a crítica e o público em festivais de todo o mundo.

A partir de 1966, na TV Excelsior, Maria Isabel de Lizandra tornou-se um dos rostos mais habituais das novelas. Nesse ano, marcou presença em "Anjo Marcado", de Ivani Ribeiro como Maria Elisa e em "As Minas de Prata", uma superprodução para a época, adaptada por Ivani Ribeiro e dirigida por Walter Avancini, como Raquel.

Em 1967, marcou presença na primeira novela da TV Bandeirantes, uma adaptação de Walther Negrão para "Os Miseráveis", vivendo a jovem Cosette ao lado de Leonardo Villar e Geraldo Del Rey. Regressou posteriormente à TV Excelsior para viver Eulália Terra de outra superprodução, "O Tempo e o Vento", uma adaptação de Teixeira Filho para a obra de Érico Veríssimo.


Ainda na TV Excelsior, em 1968, Maria Isabel faz o papel de duas grandes personagens: a Ruth de "O Terceiro Pecado", primeira obra de Ivani Ribeiro a falar do sobrenatural e que foi readaptada em 1989 como "O Sexo dos Anjos" pela TV Globo (na nova versão essa personagem foi da atriz Silvia Buarque), e a Rosália, uma das filhas de Mãe Cândida, em "A Muralha", que foi a maior produção realizada no gênero pela TV Excelsior, e também escrita por Ivani Ribeiro e readaptada em 2000 pela TV Globo com a atriz Regiane Alves interpretando a mesma personagem. Na versão da TV Excelsior, Maria Isabel de Lizandra fazia par romântico com Paulo Goulart.

Em seguida faz a Glorinha adulta de "A Menina do Veleiro Azul" (1969) e a Marília de Dirceu de "Dez Vidas" (1969), ambas novelas escritas por Ivani Ribeiro e já no fim da TV Excelsior.

Em 1970 estreou na TV Tupi fazendo a Renée de "As Bruxas" e, em seguida, a Cristina de "Hospital" (1971).

Em 1971, na TV Record, participou da novela "Sol Amarelo", um fracasso de público, regressando à TV Tupi, onde fez duas novelas de sucesso: "Na Idade do Lobo" (1972), como Belinha, e "Camomila e Bem-Me-Quer" (1972), como Elisa.

O grande sucesso junto ao público chegou com a rebelde Malu da novela "Mulheres de Areia" (1973) de Ivani Ribeiro, um dos maiores sucessos das novelas até hoje e da TV Tupi. Sua parceria com o ator Antônio Fagundes que viveu Alaor foi um dos grandes trunfos da novela e fez com que os dois protagonizassem em "O Machão" (1974), uma adaptação de Ivani Ribeiro para "A Megera Domada" de William Shakespeare e uma das novelas mais longas da televisão (371 capítulos).


Nessa época, estreou também no cinema nacional e participou em duas comédias no estilo pornochanchada, "As Mulheres Sempre Querem Mais" (1974) do diretor Roberto Mauro e "O Super Manso", de Ary Fernandes.

Regressou às novelas em 1975 como a Carolina na adaptação de "O Alienista", que se chamou "Vila do Arco" e foi apresentada pela TV Tupi.

Suas duas últimas aparições no cinema nacional foram ainda na década de 1970, onde estrelou "Belas e Corrompidas" (1977) e fez um dos principais papéis em "A Noite das Fêmeas" (1976).

Na TV Tupi ela fez o principal papel feminino, Lúcia, da novela "Xeque-Mate" (1976), Isabel adulta, filha de Dona Lola, em "Éramos Seis" (1977) e, por último, já nos momentos finais da TV Tupi, a novela "Salário Mínimo" (1978).

No começo da década de 1980 participou em "Cara a Cara" (1979) de Vicente Sesso, a primeira novela da nova fase da Rede Bandeirantes, transferindo-se depois para a TV Cultura, onde fez vários tele teatros, minisséries, tele romances e apresentou alguns programas educativos.

Estreou-se na TV Globo com a minissérie "Moinhos de Vento" (1983). Depois vieram "Champagne" (1983) de Cassiano Gabus Mendes, a minissérie "Tenda dos Milagres" (1985), e a participação nas séries "Caso Verdade" e "Você Decide".

Maria Isabel de Lizandra e Ênio Gonçalves
Em 1986 foi para a Rede Manchete onde participou de "Dona Beija" (1986). Sua personagem, a Dona Josefa, foi um dos destaques da trama ao ficar viúva e se apaixonar por um jovem pianista, muitos anos mais jovem, interpretado pelo ator Jayme Periard.

Em 1988 regressou à TV Globo, onde teve uma participação especial na novela "Vale Tudo" (1989), como a vizinha da personagem de Regina Duarte. Faz uma participação especial na novela "Tieta" (1989) e viveu Dona Clara na novela "Pacto de Sangue" (1989).

Em 1991 retornou à Rede Manchete onde fez episódios de "Fronteiras do Desconhecido" e participou na minissérie "Filhos do Sol" (1991).

Seus últimos trabalhos na televisão tiveram lugar na segunda metade da década de 1990, participando em episódios do programa "Você Decide", na novela "Por Amor e Ódio" (1997) e na minissérie "Labirinto" (1998).

Foi ainda uma presença constante nos palcos brasileiros estrelando e participando em dramas e comédias que foram sucesso de público e crítica. Entre os vários espetáculos que participou se destacam: "Quarto de Empregada", "O Duelo", "Felisberto do Café", "Elas Complicam Tudo", "Adiós Geralda" e "Freud, Além da Alma".

Maria Isabel de Lizandra foi casada com o ator Ênio Gonçalves, tinha duas filhas e lecionou História do Teatro em universidades paulistas, dando ainda aulas de teatro e participando em leituras dramáticas.

Morte

Maria Isabel de Lizandra faleceu na noite de de quinta-feira, 14/03/2019, aos 72 anos, no Hospital das Clínicas de São Paulo, em decorrência de uma pneumonia.

O corpo foi velado no Cemitério do Araçá e o enterro ocorreu às 17h00 no Cemitério da Consolação.

Antônio Fagundes e Maria Isabel de Lizandra 
Carreira

Televisão

  • 1964 - Se o Mar Contasse ... Nanci
  • 1966 - Anjo Marcado ... Maria Elisa
  • 1966 - As Minas de Prata ... Raquel
  • 1967 - Os Miseráveis ... Cosette
  • 1967 - O Tempo e o Vento ... Eulália Terra
  • 1968 - O Terceiro Pecado ... Ruth
  • 1968 - A Muralha ... Rosália
  • 1969 - A Menina do Veleiro Azul ... Glorinha
  • 1969 - Dez Vidas ... Marília
  • 1970 - As Bruxas ... Renée
  • 1971 - Hospital ... Cristina
  • 1971 - Sol Amarelo
  • 1972 - Na Idade do Lobo ... Belinha
  • 1972 - Camomila e Bem-me-quer ... Elisa
  • 1973 - Mulheres de Areia ... Malu
  • 1974 - O Machão ... Catarina
  • 1975 - Vila do Arco ... Carolina
  • 1976 - Xeque-Mate ... Lúcia
  • 1977 - Éramos Seis ... Isabel
  • 1978 - Salário Mínimo ... Teca
  • 1979 - Cara a Cara ... Carolina
  • 1981 - O Vento do Mar Aberto ... Marcela
  • 1981 - Partidas Dobradas ... Sabrina
  • 1982 - Nem Rebeldes, Nem Fiéis ... Áurea
  • 1982 - O Tronco do Ipê ... Baronesa da Espera
  • 1983 - Moinhos de Vento ... Amparo
  • 1983 - Champagne ... Verônica
  • 1985 - Tenda dos Milagres ... Amélia
  • 1986 - Dona Beija ... Josefa
  • 1988 - Vale Tudo ... Marisa
  • 1989 - Tieta ... Benta
  • 1989 - Pacto de Sangue ... Dona Clara
  • 1991 - Filhos do Sol
  • 1997 - Por Amor e Ódio ... Margarida
  • 1998 - Labirinto ... Hermínia

Cinema

  • 1965 - Vereda da Salvação
  • 1974 - As Mulheres Sempre Querem Mais ... Selma
  • 1975 - O Super Manso
  • 1976 - A Noite das Fêmeas
  • 1977 - Belas e Corrompidas ... Isabel

Fonte: Wikipédia e G1
Indicação: Miguel Sampaio, Simone Simas, Fada Veras e Neyde Almeida
#famososquepartiram #mariaisabeldelizandra

Isa Rodrigues

ELISA RODRIGUES CORREIA DE MELLO
(88 anos)
Atriz

☼ São Paulo, SP (17/07/1927)
┼ Rio de Janeiro, RJ (15/12/2015)

Isa Rodrigues, nome artístico de Elisa Rodrigues Correia de Mello, foi uma atriz nacida em São Paulo, SP, no dia 17/07/1927.

Filha dos também atores Benito Rodrigues BouzaAlzira Rodrigues Bouza, começou a carreira cantando, dançando e sapateando no teatro no final da década de 1930, o que lhe rendeu o título de Shirley Temple Brasileira.

Sua estreia deu-se em Santos, na companhia de Nino Nello e Tom Bill, com um espetáculo de variedades intitulado "O Team da Gargalhada".

Isa Rodrigues tinha 8 anos, mas cantou e dançou como gente grande. A menina agradou tanto que passou a integrar o elenco da companhia, que viajava pelo Estado de São Paulo. A menina era tão boa que passou a ser anunciada como a grande atração. Apresentava-se cantando e dançando samba e maxixe.

Em 1936, com nove anos de idade, já é conhecida pelo público paulista e também em outros Estados. A família, então, mudou-separa o Rio de Janeiro.

Isa Rodrigues foi chamada a se apresentar em um show no Teatro República, mo Rio de Janeiro, em homenagem à vedete chilena Eva Stachino, que se despedia do Brasil. No dia do grande espetáculo, estavam na plateia Carmen Miranda, Francisco Alves, Orlando Silva, OscaritoAracy Côrtes e Sílvio Caldas.


A menina cantou e dançou com tal desembaraço e graciosidade que foi considerada o maior sucesso da noite. Luís Iglésias, propôs um contrato com a menina, para estrear na sua próxima revista, no Recreio. O pai Benito Rodrigues recusou, pois estava negociando com outra companhia. Luís Iglésias não quis nem saber o fim da história. Cobriu a oferta e ainda contratou, de quebra, os pais. Nascia assim a Shirley Temple brasileira.

Sua estreia aconteceu na revista "É Batatal!", ao lado de gigantes como OscaritoAracy Côrtes e Eva Todor. Ela fez um dueto histórico com Oscarito, cantando "No Tabuleiro da Baiana", na época, recém-gravada por Carmen Miranda. O jogo de cena entre Oscarito e Isa Rodrigues era impagável. A crítica consagrou o surgimento da nova estrela.

A pequena Isa Rodrigues foi capa da tradicional Revista de Theatro, vestida de baiana. Embaixo de sua fotografia, estavam estampados os seguintes dizeres: "Isa Rodrigues, a vedeta de 1937".

E durante os anos seguintes ela explodiu em popularidade. Era como se fosse uma mini-reprodução das grandes vedetes da Praça Tiradentes. Exímia sapateadora, pode-se dizer que foi a primeira criança prodígio na cena teatral brasileira.

Com o fim das apresentações de "É Batatal!", o Recreio lançou "O Palhaço O Que É?", e logo depois "Mamãe Eu Quero" e "Rumo Ao Catete". Isa Rodrigues estava nestes elencos, repetindo o êxito.

"A Menina de Ouro" foi uma revista escrita especialmente para ela. Estreou no Recreio, em 1937, escrita por Freire Jr. e J. Cabral.

Isa Rodrigues e Carlos Melo
A produção apresentava-a como a menor vedete dos palcos brasileiros e, com certeza, dos teatros do mundo. A peça contava a história da americana Shirley Temple que decide tirar umas férias no sul da Califórnia. Para despistar os fãs e a imprensa, forja uma visita ao Brasil, contratando uma sósia brasileira que, se passando pela atriz, comparece a todos os eventos, atuando em cinema e teatro, enganando a todos. Mas a farsa dura pouco tempo: é descoberta e levada a julgamento. Na hora do veredicto, o clímax da peça, Isa Rodrigues tinha uma grande cena dramática, que emocionava todas as noites.

Entre 1937 e 1941, Isa Rodrigues reinou absoluta na Praça Tiradentes. Seu sucesso era enorme. Havia uma multidão se amassando para ver a estrelinha.

Em 1939, depois de excursionar pelo País, Isa Rodrigues perdeu a maior oportunidade de sua vida: Uma proposta para filmar em Hollywood, ao lado da própria Shirley Temple, feita por dois representantes da MGM na América Latina. O pai Benito Rodrigues recusou, pois tinha acabado de renovar com a Cia. Manoel Pinto.

Em 1941, Isa Rodrigues tentou interromper sua carreira para estudar, mas voltou para ajudar as finanças dos pais que dependiam dela. Ela havia crescido no palco.

Em 1950 casou-se com o ator Carlos Mello, pai de seu único filho, Carlos AlbertoIsa Rodrigues tornou-se uma atriz versátil que havia passado com desenvoltura do teatro de revista para a comédia.

Em 1953, aos 26 anos, Isa Rodrigues retornou à revista em "Mulheres de Todo o Mundo", no Teatro Carlos Gomes, ao lado da amiga desde os tempos do Recreio, Dercy Gonçalves. A ex menina-prodígio e revelação na comédia, pela primeira vez, veste maiô e bota as pernas de fora. O público e a crítica adoraram. Com Dercy Gonçalves ainda atuaria em "Bomba da Paz", no João Caetano. Agora como vedete passou por muitas companhias.


Em 1955, foi elevada ao estrelato como vedete na temporada paulista com Colé Santana, no Teatro Alumínio. Encabeçou o elenco de "Gostei Demais..." e "Gente Bem & Champanhota", onde substitui Nélia Paula. Aproveitou a estada em São Paulo para filmar seu primeiro longa-metragem, "Eva No Brasil".

Estrelou outras revistas como "Te Futuco... Num Futuca" (1959) e "Rio, Amor e Fantasia" (1960). Sua especialidade eram os números de samba e as cenas cômicas. Isa Rodrigues, com Consuelo Leandro e Sônia Mamede, sabia fazer a caricata bonita, engraçada e sensual, ao mesmo tempo.

Em 1962, Isa Rodrigues era a artista mais bem paga da TV Excelsior. Ao lado de outros egressos do Teatro de Revista, participou dos mais célebres programas humorísticos como "Noites Cariocas", "O Riso é o Limite", "Vovô Deville" e "Times Square".

Nos anos 1970, participava dos programas do Chico Anysio e dos Trapalhões da TV Globo.

No cinema, Isa Rodrigues participou de "Eva no Brasil" (1956), "Marido de Mulher Boa" (1960), "E Eles Não Voltaram" (1960), "Três Colegas de Batina" (1962), quando foi dirigida por Darcy Evangelista e atuado com Eliana Macedo e o Trio Irakitan, e "Sexomaníaco" (1976).

Sua despedida dos palcos aconteceu em 1985, com a peça "Viva a Nova República" encenado no Copacabana Palace, ao lado de Íris Bruzzi e Milton Moraes.

Após a despedida dos palcos, Isa Rodrigues se dedicou integralmente a família.

Em 1990, com a morte do marido, também ator, Carlos José Correia de Mello, por vontade própria decidiu mudar-se para o Retiro dos Artistas, onde viveu até falecer, no dia 15/12/2015, aos 88 anos.

Isa Rodrigues e Zé Trindade
Filmografia

  • 1976 - O Sexomaníaco
  • 1962 - Três Colegas de Batina
  • 1960 - E Eles Não Voltaram
  • 1960 - Marido de Mulher Boa
  • 1956 - Eva no Brasil

Fonte: Wikipédia e "As Grandes Vedetes do Brasil" (Neyde Veneziano)
#famososquepartiram #isarodrigues

Meire Nogueira

MEIRE NOGUEIRA MAZOLLA
(78 anos)
Atriz e Apresentadora de Televisão

☼ Onda Verde, SP (21/01/1940)
┼ Curitiba, PR (05/12/2018)

Meire Nogueira Mazolla, mais conhecida como Meire Nogueira, foi uma atriz e apresentadora de televisão, nascida em Onda Verde, SP, no dia 21/01/1940.

Meire Nogueira produziu e apresentou vários programas na televisão e no rádio, chegando a conquistar o Troféu Imprensa e o Troféu Roquette Pinto.

Em 1966, Meire Nogueira recebeu o Prêmio Governador do Estado de São Paulo, já em sua primeira edição, das mãos do então governador Ademar de Barros.

Quando tinha apenas um ano de idade, sua família se mudou para Rolândia, no Paraná. Anos depois, passou a morar em Curitiba, estudando no Colégio Nossa Senhora de Lourdes até transferir-se para o Instituto de Educação do Paraná. Posteriormente, cursou Direito na Universidade de Ribeirão Preto (UNAERP).


Em São Paulo, iniciou sua carreira de comunicadora, atuando como garota-propaganda, jornalista e radialista. Eleita Miss Inverno, recebeu como prêmio um contrato com a TV Record.

Entre 1964 e 1968, apresentou um dos primeiros programas infantis da televisão: "Meire, Meire Queridinha" na TV Tupi.

Em 1995, criou e patenteou o programa "Tempo de Viver", o primeiro dirigido ao público da chamada terceira idade. O programa ficou cinco anos no ar pela Rede Vida de Televisão.

De 2000 a 2002 comandou o programa "A Casa é Sua" na RedeTV!.


Em Brasília, durante um ano, apresentou o programa  "Meire Nogueira & Cia", falando sobre política e economia.

De volta ao Paraná, comandou, na TVE Paraná, o programa de variedades "Alegria de Viver". Também comandou programas na TV Evangelizar e TV Iguaçu.

Como atriz, Meire Nogueira participou do filme "Um Marido Barra-Limpa" (1957) e das novelas "Estrelas no Chão" (1967), "O Preço de Uma Vida" (1965), "Gutierritos, o Drama dos Humildes" (1964) e "O Direito de Nascer" (1964).

Meire Nogueira foi casada com o ator Carlos Zara, o empresário Alberto Trabulsi, com o fazendeiro Carlos Consoni e com o juiz José Ruy Borges Pereira.

Morte

Meire Nogueira faleceu na noite de quarta-feira, 05/12/2018, aos 78 anos, em Curitiba, PR. Ela lutava contra um câncer, descoberto tão somente há um mês. Ela estava se tratando, passou por cirurgia, mas houve complicações no quadro clínico. Meire Nogueira precisou ficar internada, entrou em coma e não resistiu.

O corpo foi velado no Salão Jade da Capela Vaticano, na rua Desembargador Hugo Simas, número 26, em Curitiba, PR. O sepultamento ocorreu no dia 06/12/2018, durante a tarde, no Cemitério Municipal da Água Verde.

Fonte: Wikipédia

Bibi Ferreira

ABIGAIL IZQUIERDO FERREIRA
(96 anos)
Atriz, Cantora, Compositora e Diretora

☼ Rio de Janeiro,, RJ (01/06/1922)
┼ Rio de Janeiro, RJ (13/02/2019)

Abigail Izquierdo Ferreira, mais conhecida como Bibi Ferreira, foi uma atriz, cantora, compositora e diretora, nascida no Rio de Janeiro, RJ, no dia 01/06/1922. Era filha do ator Procópio Ferreira e da bailarina argentina Aída Izquierdo.

Fez sua estreia teatral aos 24 dias de vida, na peça "Manhãs de Sol", de autoria de Oduvaldo Vianna, substituindo uma boneca que desaparecera pouco antes do início do espetáculo. Logo após, os pais se separaram e Bibi Ferreira passou a viver com a mãe, que foi trabalhar na Companhia Velasco, uma companhia de teatro de revista espanhola. Seu primeiro idioma, até os quatro anos, foi o espanhol. O idioma português e o grande amor pela ópera ela viria a aprender com o pai.

De volta ao Brasil, tornou-se a atriz mirim mais festejada do Rio de Janeiro. Entrou para o Corpo de Baile do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, onde permaneceu por longo tempo, até estrear na companhia do pai.

Aos nove anos teve negada a matrícula no Colégio Sion, em Laranjeiras, por ser filha de um ator de teatro. Completou o curso secundário no Colégio Anglo-Americano.

Sua estreia profissional nos palcos aconteceu em 28/02/1941, quando interpretou Mirandolina, na peça "La Locandiera".


Em 1944, montou sua própria companhia teatral, reunindo alguns dos nomes mais importantes do teatro brasileiro, como Cacilda Becker, Maria Della Costa e a diretora Henriette Morineau. Pouco mais tarde, foi para Portugal, onde dirigiu peças durante quatro anos, com grande sucesso.

Participou em várias peças em Portugal com grande sucesso, principalmente teatro de revista, entre as quais:
  • 1957 - "Há Horas Felizes!" - Teatro Variedades
  • 1957 - "Curvas Perigosas" - Teatro Maria Vitória
  • 1958 - "Com o Amor Não se Brinca" - Teatro Maria Vitória
  • 1958 - "Minha Filha é de Gritos!" - Teatro Maria Vitória
  • 1958 - "Por Causa Delas…" - Teatro Maria Vitória
  • 1959 - "Encosta a Cabecinha e Chora..." - Teatro Maria Vitória
  • 1959 - "Tudo na Lua" - Teatro Maria Vitória
  • 1960 - "Taco a Taco" - Teatro Maria Vitória

Na década de 1960, vieram os sucessos dos musicais, como "Minha Querida Dama" (My Fair Lady), estrelado por Bibi Ferreira e Paulo Autran. Nessa época atuou também em musicais de teatro e televisão. Em 1960, iniciou a apresentação na TV Excelsior de São Paulo, de "Brasil 60 (61, 62, 63...) conforme o ano. Um programa ao vivo, que durante dois anos levou à televisão os maiores nomes do teatro.


Bibi Ferreira participou, atuando ou dirigindo, de alguns dos grandes espetáculos teatrais e musicais montados no Brasil.

Em 1970, dirigiu "Brasileiro, Profissão: Esperança", de Paulo Pontes. Foi numa das versões desse espetáculo que pela primeira vez dirigiu a cantora Maria Bethânia, na outra versão dirigiu Clara Nunes.

Em 1972, atuou em "O Homem de La Mancha" ao lado de Paulo Autran, com tradução de Paulo Pontes e Flávio Rangel, além das versões de Chico Buarque e Ruy Guerra para as canções.

Em 1975, participou de "Gota d'Água", de Chico Buarque e Paulo Pontes.

Em 1976, dirigiu Walmor Chagas, Marília Pêra, Marco Nanini e 50 artistas em "Deus Lhe Pague", de Joracy Camargo.

Na década de 1980, dirigiu de textos comerciais a peças de dramaturgia sofisticada, de musicais de grande porte a dramas intimistas. Em 1980, dirigiu "Toalhas Quentes", de Marc Camoletti.


Em 1981, "Um Rubi no Umbigo", de Ferreira Gullar, e "Calúnia", de Lillian Hellman. No mesmo ano, com sua produção e direção, estreou "O Melhor dos Pecados", de Sérgio Viotti, promovendo a volta aos palcos de Dulcina de Moraes, após vinte anos de ausência.

Em 1983 voltou aos palcos com "Piaf, a Vida de Uma Estrela da Canção", espetáculo de grande sucesso de público e crítica. Por sua atuação recebeu os prêmios Mambembe e Molière, em 1984 e, no ano seguinte, da Associação dos Produtores de Espetáculos Teatrais do Estado de São Paulo (APETESP) e Governador do Estado. O espetáculo, que fez muitas viagens, permaneceu seis anos em cartaz e, em quatro anos, atingiu um milhão de espectadores, incluindo uma temporada em Portugal, com atores portugueses no elenco.

Dirigiu ainda inúmeros programas de televisão e shows de artistas da música popular brasileira, como Maria BethâniaClara Nunes nos anos 70 e 80.

Nos anos 90, Bibi Ferreira reviveu seus maiores sucessos, remontando "Brasileiro, Profissão: Esperança" e fazendo um espetáculo em que cantava canções e contava histórias de Piaf.

Em "Bibi In Concert", comemorou 50 anos de carreira e, depois de anos de temporada, fez o "Bibi In Concert 2".

Bibi Ferreira Anos 60 na peça "My Fair Lady"
Em 1996 recebeu o Prêmio Sharp de Teatro. Encenou "Roque Santeiro", de Dias Gomes, em versão musical.

Em 1999, dirigiu pela primeira vez uma ópera, "Carmen" de Georges Bizet.

Em 2003, na Marquês de Sapucaí recebeu homenagem da Escola de Samba Unidos do Viradouro.

Na década de 2010, Bibi Ferreira começou a realizar espetáculos focados em apenas um artista, como a francesa Edith Piaf, a portuguesa Amália Rodrigues, e o americano Frank Sinatra.

Em 2007, após 50 anos afastada do teatro de comédia, voltou aos palcos fazendo "Às Favas Com os Escrúpulos", texto de Juca de Oliveira e direção de Jô Soares.

Em 2015, entrou para a lista 10 Grandes Mulheres que Marcaram a História do Rio.

Aos 95 anos fez sua turnê de despedida com "Bibi - Por Toda Minha Vida", espetáculo só com músicas brasileiras.

Vida Pessoal

Nascida na cidade do Rio de Janeiro, era filha do ator carioca Procópio Ferreira e da bailarina argentina Aída Izquierdo. Era neta paterna de portugueses, oriundos da Ilha da Madeira. Pela parte materna, era neta dos espanhóis Antonio Izquierdo e Irma Queirolo.

Bibi Ferreira foi casada seis vezes. Seu primeiro matrimônio durou dez anos, e foi realizado em 29/09/1943, na capital paraguaia, Assunção, com o diretor Carlos Martins Lage. Desquitaram-se em 1953, no Rio de Janeiro.

Em 1954 uniu-se pela segunda vez, com o ator Armando Carlos Magno, primo de Pascoal Carlos Magno. Desta união, teve sua única filha, Tereza Cristina Izquierdo Magno, nascida em 20/08/1954, no Rio de Janeiro. Em 1955 o casal separou-se.

Em 1956 uniu-se com o ator Herval Rossano, de quem se separou em 1958.

De 1963 a 1965, viveu junto com Édson França, e de 1966 a 1967 morou com o ator Paulo Porto.

Seu último casamento durou oito anos, de 1968 a 1976, com o ator Paulo Pontes. A atriz ficou viúva em 27/12/1976.

Bibi Ferreira manteve outros relacionamentos ao longo de sua vida, mas não quis mais casar-se novamente.

Morte

Bibi Ferreira faleceu na quarta-feira, 13/02/2019, aos 96 anos, vítima de parada cardíaca, no Rio de Janeiro, RJ. Segundo Tereza Cristina Ferreira, sua filha, Bibi Ferreira morreu no início da tarde em seu apartamento no Flamengo, Zona Sul do Rio de Janeiro. A atriz acordou e a enfermeira que a acompanhava percebeu que o batimento cardíaco estava baixo e, por isso, chamou um médico. Tereza Cristina acredita que a mãe morreu dormindo.
"Ela amanheceu normal, acordou tomou seu café da manhã e tudo. Depois ela só se queixou que estava se sentindo um pouco com falta de ar. Então como tem enfermeira, tem tudo, tiramos a pressão, o pulso estava fraco. Imediatamente chamamos o Pró-Cardíaco. Eles vieram muito rápido, muito rápido mesmo, ambulância, médico, tudo, mas quando chegaram ela já tinha partido. Ela morreu dormindo, tranquila!"
(Tereza Cristina Izquierdo Magno)

Bibi Ferreira com o pai, Procópio Ferreira, em 1978.
Filmografia

Cinema
  • 2011 - Flávio Rangel - O Teatro na Palma da Mão ... Ela Mesma
  • 1956 - Leonora dos Sete Mares
  • 1949 - Almas Adversas ... Zefa / Georgina
  • 1947 - O Fim do Rio ... Teresa
  • 1936 - Cidade-Mulher

Televisão
  • 1960-1964 - Brasil 60 ... Apresentadora
  • 1960- 1994 - Bibi Sempre aos Domingos ... Apresentadora
  • 1968- 1973 - Bibi Especial ... Apresentadora
  • 1968-1973 - Festival de Carnaval ... Apresentadora
  • Bibi ao Vivo ... Apresentadora
  • 1968 - Curso de Alfabetização Para Adultos ... Apresentadora
  • 1972 - Oscar 1972 ... Apresentadora
  • 1978-1979 - Brasil 79 ... Apresentadora
  • 1984 - Marquesa de Santos ... Dona Carlota Joaquina
  • 1992 - Bibi In Concert ... Ela Mesma

Prêmios e Indicações
  • 1952 - Troféu APCA - Melhor Diretora "A Herdeira" ... Venceu
  • 1961 - Troféu Imprensa - Melhor Animadora "TV Excelsior" ... Venceu
  • 1962 - Troféu Imprensa - Melhor Animadora ... Venceu
  • 1964 - Prêmio Saci - Melhor Atriz "My Fair Lady" ... Venceu
  • 1966 - Troféu Imprensa - Melhor Animadora "TV Excelsior" ... Indicada
  • 1971 - Troféu Imprensa - Melhor Animadora ... Venceu
  • 1973 - Troféu Imprensa - Melhor Animadora ... Indicada
  • 1977 - Prêmio Molière - Melhor Atriz "Gota d'Água" ... Venceu
  • 1977 - Troféu APCA - Melhor Atriz ... Venceu
  • 1984 - Troféu Mambembe - Melhor Atriz "Piaf, a Vida de Uma Estrela da Canção" ... Venceu
  • 1984 - Prêmio Molière - Melhor Atriz ... Venceu
  • 1985 - Prêmio Apetesp - Melhor Atriz ... Venceu
  • 1985 - Prêmio Pirandello - Melhor Atriz ... Venceu
  • 1985 - Prêmio Governador do Estado - Melhor Atriz ... Venceu
  • 1996 - Prêmio Sharp - Melhor Atriz "Bibi In Concert 2" ... Venceu
  • 2000 - Festival Internacional da Cultura em Tóquio - Melhor Comunicadora "Curso de Alfabetização Para Adultos" ... Venceu
  • 2003 - Prêmio Shell - Homenagem
  • 2008 - Troféu APCA - Grande Prêmio da Critica ... Venceu
  • 2010 - Troféu Bibi Ferreira e Medalha Procopio Ferreira - Homenagem
  • 2010 - Prêmio Claudia - Homenagem
  • 2011 - Prêmio Contigo de Teatro - Homenagem
  • 2011 - Prêmio APTR - Homenagem
  • 2012 - Prêmio Aplauso Brasil de Teatro - Homenagem
  • 2012 - Prêmio Bravo! Prime de Cultura - Artista Prime do Ano ... Venceu
  • 2013 - Prêmio Faz Diferença - O Globo - Segundo Caderno - Teatro ... Venceu
  • 2013 - Brazilian Press Awards - Homenagem
  • 2014 - Prêmio Bibi Ferreira - Homenagem

Fonte: Wikipédia
Indicação: Miguel Sampaio
#famososquepartiram #bibiferreira

Edith Gaertner

EDITH GAERTNER
(85 anos)
Atriz

☼ Blumenau, SC (22/03/1882)
┼ Blumenal, SC (15/09/1967)

Edith Gaertner foi uma atriz que nasceu em nasceu em Blumenau, SC,  no dia 22/03/1882. Era filha do cônsul da Alemanha Victor Gaertner, sobrinho-neto do químico e filósofo Hermann Bruno Otto Blumenau, fundador da cidade de Blumenau, e da fundadora do teatro da cidade. Edith Gaertner era a caçula de oito irmãos.

Seu monumento foi levantado no Horto do Museu da Família Colonial, antiga casa de Edith Gaertner, e moldado pelo escultor Miguel Barba. Foi inaugurado em 15/09/1973, na presença de autoridades locais. 

Em Blumenau, SC, existe o Cemitério dos Gatos dentro de um Horto Florestal que pertenceu a uma atriz que amava gatos e se chamava Edith Gaertner.

Com temperamento independente, aos 20 anos, depois da morte dos pais, viajou sozinha. Chegou a trabalhar como governanta de uma família em uma fazenda no Uruguai, mas foi na Argentina que começou a realizar seu sonho: Ser atriz.

Foi na Argentina que conheceu Elenora Duse, uma atriz alemã, que foi sua musa inspiradora.

Edith Gaertner foi para a Alemanha, onde cursou a Academia de Arte Dramática em Berlim. Percorreu as principais cidades da Europa trabalhando em peças nos mais renomados palcos de teatro, com peças de Goethe, Schiller, Molière e Shakespeare. A crítica, contam historiadores, a recebia muito bem: Sua dicção e mímica eram sempre elogiados.

O pós-guerra, porém, trouxe dificuldades à Alemanha. Quando, em 1924, Edith Gaertner recebeu a notícia de que seus dois irmãos solteiros estavam muito doentes, viu a deixa para abandonar a carreira artística e retornar ao Brasil.

Vida de Clausura

De volta a Blumenau, voltou à viver na propriedade da família Gaertner, construída no centro histórico da cidade, e que hoje abriga o Museu da Família Colonial e o horto. Nessa época Edith Gaertner tinha pouco mais de 40 anos e, para surpresa de todos, mudou radicalmente seu estilo de vida, contou a professora Sueli Petry, diretora do Patrimônio Histórico de Blumenau

"Solteira, Edith nunca teve filhos. Não trabalhou mais com teatro, vivia enclausurada. Para passar o tempo tinha gatos, e toda a parte afetiva era para eles. Tinha seis, sete gatos de uma vez só, e à medida que os gatos foram morrendo, ela os enterrava nos fundos da casa”, diz Sueli.

Ela voltou à Alemanha somente em 1928 e permaneceu lá por mais de um ano. Nesta época, a Alemanha vivia os efeitos do pós Primeira Guerra Mundial. Quando retornou ao Brasil, Edith Gaertner modificou radicalmente seus hábitos e estilo de vida. Do constante e assíduo contato com o público, preferiu refugiar-se no silêncio da sua propriedade, entre livros, animais e o verde do parque nos fundos da casa, e foi assim até o final de sua vida.

A ameaça de perder parte de seu patrimônio, um dos mais expressivos referenciais da colonização alemã, para dar lugar a uma nova rua, fizeram-na tomar uma atitude: Doou para o município uma área de 1.775 m² . A doação foi feita sob a condição de se manter a área tal como a deixara, garantindo que ninguém a perturbasse em seu retiro enquanto vivesse, e que após sua morte este patrimônio continuaria a ser mantido.


A residência, o horto e outras benfeitorias foram incorporadas à Fundação Cultural de Blumenau, transformadas no Museu da Família Colonial e Parque Botânico Edith Gaertner.

Edith Gaertner deixou registro fotográfico das flores que alegravam seu belo jardim e dos gatos, seus fiéis companheiros. Ela tinha grande afeto pelos felinos, que ao morrerem eram enterrados com funeral e cortejo fúnebre. Os nomes escritos nas lápides de concreto são de gatos que viveram no século passado, entre o começo dos anos 1920 e o fim dos anos 1960: Pepito, Mirko, Bum, Peterle, Musch, Schnurr, Sittah, Putze e Mirl.

O inusitado Cemitério de Gatos faz parte da história de Blumenau, no Vale do Itajaí, mas também ajuda a contar a história de sua dona, que poucos conhecem: Edith Gaertner, uma ex-atriz que viveu a fama e a clausura na mesma intensidade.

Além do Parque Botânico que leva seu nome, há também a Sala de Teatro Edith Gaertner, dentro da Fundação Cultural de Blumenau, e parte de sua história é contada no longa-metragem "Outra Memória", dirigido por Chico Faganello.

Edith Gaertner faleceu em 15/09/1967, aos 85 anos.

Ritual de Enterro

Foram mais de 50 gatos enterrados ali, garante Sueli Petry, mas apenas nove lápides permaneceram: "Ela fazia uma ritualística no enterro desses gatos", disse Sueli Petry. Ainda em vida, Edith Gaertner doou o terreno para a prefeitura. Quando morreu, em 1967, o então diretor da Biblioteca Pública, José Ferreira da Silva, transformou o imóvel em museu.

"Em respeito a Edith, foi mantido o cemitério de gatos. Foi Ferreira da Silva quem colocou as lápides com os nomezinhos deles", explicou Sueli Petry, lembrando que as esculturas foram baseadas em imagens dos animais, mantidas até hoje pela prefeitura.

Há quem diga que este é o único cemitério de gatos do mundo. Sueli Petry não confirma, mas também não nega: "Eu desconheço outro. Mas é uma  atração a mais para os visitantes do museu!".

O cemitério de gatos pode ser visitado no Museu da Família Colonial, que fica na Alameda Duque de Caxias, 64. As visitações ocorrem de terça a domingo, das 10 às 16h.

Fonte: Gato Preto e G1 
Indicação: Miguel Sampaio
#famososquepartiram #edithgaertner

Telma Lipp

RICARDO FRANCO
(42 anos)
Modelo, Atriz, Jurada e Transexual

☼ São Paulo, SP (1962)
┼ São Paulo, SP (24/12/2004)

Deodoro Ricardo Nascimento, mais conhecido por Thelma Lipp, foi uma modelo, atriz e transformista nascida em São Paulo, SP, em 1962.

Sucesso nos anos 80 e 90, Telma Lipp foi jurada do quadro "Eles e Elas", do Clube do Bolinha, e atuou em diversas peças de teatro, filmes, além de posar nua em revistas eróticas masculinas, como a Playboy.

Apesar de não ser uma mulher cisgênera, Telma Lipp foi, no auge de sua beleza, considerada uma musa, ao lado de Xuxa, Luiza Brunet e Roberta Close, tendo sido portanto uma das belezas mais celebradas do Brasil.

Desde criança Telma Lipp já era fisicamente muito feminina e sempre contou com o apoio da família, tanto que seu nome social, Telma, foi dado por sua própria mãe.

Aos 16 anos, ela já causava admiração e fascínio por sua beleza e feminilidade, mesmo sem o uso de hormônios artificiais.


Foi no começo da década de 80 que Telma Lipp surgiu como uma resposta paulistana à transexual carioca Roberta Close, então em evidência na mídia. Ambas chegaram a disputar, durante toda a década, capas de revistas de todo o Brasil. Roberta Close fazia o tipo "mulher fatal", enquanto Telma Lipp o tipo "garotinha", ambas contudo de belezas extraordinárias. A surpreendente beleza abriu-lhe portas, trouxe fama, admiração, amigos e tudo aquilo que um rosto e um corpo belos, acompanhados de inteligência, podiam trazer.

No teatro, Telma Lipp atuou em "Terezinha de Jesus" e "Filhas da Mãe", ambas de Ronaldo Ciambroni, além de "Mil e Uma Noites". Na televisão, Telma Lipp foi jurada efetiva do quadro "Eles & Elas" do Clube do Bolinha na TV Bandeirantes. Fez também participações em vários programas de entretenimento, como o Programa da Hebe.

A fama a catapultou para o filme "Dores de Amor", de Pierre-Alain Meier e Matthias Kälin, e a tornou personagem de inspiração de "Thelma", de Pierre-Alain Meier. Por causa desse filme, foi convidada a participar do Festival de Locarno, Suíça, na avant-première do filme "Thelma".

Na mídia impressa, foi capa da Playboy e da Transex, bem como apareceu em entrevistas e editoriais de O Estado de S. Paulo, Contigo!, Close, Nova Cosmopolitan (editoriais), WE inglesa. Telma Lipp participou ainda de diversas campanhas publicitárias para a mídia brasileira.

Fenômeno Drag Queen e Síndrome

Após brilhar em toda década de 80, Telma Lipp se viu nocauteada pelo fenômeno Drag Queen da década de 90. Foi quando o ostracismo bateu à sua porta. Sem trabalho e sem dinheiro ela buscou a prostituição. Sua vida já não tinha o mesmo glamour de seu tempo de celebridade do mundo artístico.

Concomitantemente, ela começou a sofrer de síndrome do pânico, enclausurando-se durante cinco anos em seu apartamento a maior parte do tempo. Para fugir da síndrome, Telma Lipp buscou as drogas, o que agravou ainda mais seus problemas.

Auxiliada pelo Programa Para Dependentes Químicos do Coronel Ferrarini, no final da década de 90, em São Paulo, ela conseguiu vencer o vício, onde se tornou então uma porta-voz na luta para a recuperação de drogados.

Teve então um breve momento de retomada da carreira, ao fazer algumas peças e teatro e televisão, o que lhe trouxe de volta um pouco de confiança e auto-estima.

Breve Retorno e Recaída

Em 1987, os cineastas suíços Pierre-Alain Meier e Matthias Källin vieram ao Brasil para filmar "Dores de Amor", filme-documentário sobre a vida das travestis brasileiras em São Paulo. Participaram do filme várias travestis, tanto as que já eram da cena artística como as que faziam prostituição.

Durante a produção, o diretor Pierre-Alain não resistiu a beleza e feminilidade de Telma Lipp e se apaixonou. Contudo, não houve reciprocidade por parte dela. Mesmo assim, pouco tempo depois, o cineasta faria o filme "Thelma", ambientado na Grécia, que conta a história de um homem comum que se apaixona por uma transexual. A produção foi lançada mundialmente em 2001.

Em 2001, Telma Lipp foi convidada a fazer parte do casting do filme "Carandiru", de Hector Babenco, no qual faria o papel de uma travesti presidiária de nome Lady Di. Entretanto, apesar de ter participado dos ensaios com os outros atores e de ter feito laboratório por meses, sua indicação foi preterida por motivos de marketing. Em seu lugar, entrou o ator Rodrigo Santoro.

Esse foi um golpe duro para Telma Lipp, que já estava fragilizada e tentando se recuperar. Contudo, o fato de ser transgênero tornou sua vida muito difícil.

Já inveteradamente viciada em drogas, sobretudo o crack e a cocaína, em agosto de 2003 ela foi internada em uma clínica de recuperação para dependentes químicos em Atibaia, interior de São Paulo, onde permaneceu até fevereiro de 2004.

Volta ao Anonimato e Morte

Após se recuperar, decidiu que não queria mais uma vida de agitação e flashes. Cortou os cabelos e foi para a mesa de cirurgia para retirar as próteses de silicone. Decidiu se mudar com a família para o Jaçanã, bairro paulistano onde passou sua infância.

Vivendo pacatamente, fazia planos para a nova vida, quando, repentinamente, na manhã de 09/11/2004 acordou com o lado esquerdo do corpo paralisado. Era uma neurotoxoplasmose, doença degenerativa que, com o tempo, paralisa órgãos do corpo.

Foi internada durante um mês e voltou para casa, mas faleceu vítima de insuficiência pulmonar em decorrência da neurotoxoplasmose, no dia 24/12/2004, na véspera de Natal.

Fonte: Wikipédia
Indicação: Yuri S.

Diva Tosca

TOSCA IZABEL QUERZÉ ROULIEN
(23 anos)
Atriz, Dançarina e Violinista

☼ Rio de Janeiro, RJ (04/12/1909)
┼ Hollywood - Los Angeles, Estados Unidos (27/09/1933)

Diva Tosca foi uma atriz e dançarina nascida na Rua Itapiru, no bairro de Catumbi, na cidade do Rio de Janeiro, em 04/12/1909. Era esposa do ator brasileiro Raul Roulien.

Aos 8 anos de idade, seus pais a enviaram para um colégio interno em Santiago, no Chile, para que ela tivesse uma educação primorosa. A menina, influenciada pelas freiras do colégio, sonhava em ser freira também, mas abandonou a ideia quando foi enviada para à Itália em 1921, aos 12 anos de idade, para morar com uns tios.

Lá, Tosca tomou aulas de piano e violino, e em 1926 ela mudou-se com eles para os Estados Unidos, onde passou a fazer aulas de dança na academia do famoso Ned Wayburn.

Em 1927, aos 17 anos de idade, ingressou no elenco do musical "Rose Marie" (1927), nos palcos da Broadway. Era um pequeno papel, mas em uma peça importante, que teve como espectadores as estrelas Gloria Swanson e Ala Nazimova, com quem Diva Tosca chegou a conversar nos bastidores.

Em 1927 ela retornou ao Brasil, e ingressou na companhia de Margarida Max, estreando nos palcos brasileiros na opereta "Flôrsinha" (1927). Depois foi contratada pelo português António Macedo, ingressando na sua Companhia de Bailados, que se apresentava no Theatro República.

Diva Tosca visitando a cantora Lydia Lindgreen, durante sua estada nos EUA - (The Decatur Herald, 13/12/1926)
Foi no República em que ela conheceu o ator Raul Roulien. Antiga criança prodígio dos palcos brasileiros do começo do século XX, Raul Roulien havia morado muitos anos em Buenos Aires, onde tornou-se astro dos palcos, trabalhando inclusive ao lado de Carlos Gardel.

De volta ao Brasil, Raul Roulien tornou-se um dos maiores galãs do teatro brasileiro, sendo o ídolo de muitas adolescentes da época. Ele contratou Diva Tosca para sua companhia, a Films Scenicos, que se apresentava nos palcos do Theatro Lyrico.

Com Raul Roulien, Diva Tosca atuou em peças de sucesso como "O Irresistível Roberto" (1930) e "O Perfume do Passado" (1930). Nos palcos, ela dançava, atuava, declamava e tocava violino, uma artista completa.

Diva Tosca sonhava em ser estrela de cinema e seu primeiro contato com a grande tela foi quando atuou em um comercial, ou reclame como chamavam na época, de um perfume, que era exibido antes das sessões no Cinema Serrador.

Em 1930 ela estreou no cinema atuando em "As Armas" (1930), dirigido por Octavio Gabus Mendes, pai de Cassiano Gabus Mendes, interpretando a doce e ingênua Rosa.

E. G. Moura e Diva Tosca em "As Armas"
Raul Roulien era um grande sucesso no Brasil, mas vendo que antigos colegas dos palcos portenhos, como Mona Maris, estavam fazendo sucesso em Hollywood, resolveu tentar a sorte na terra do cinema. Diva ToscaRaul Roulien namoravam, e ela o acompanhou na empreitada.

Eles se casaram em Nova York, no dia 06/07/1931, mas o casamento foi mantido em segredo, afinal um galã não podia decepcionar as fãs, sendo casado.

Raul Roulien estreou no cinema em "Eran Trece" (1931), uma versão em espanhol de um sucesso de Charlie Chan. Mas a Fox gostou do ator latino, e o contratou. Fizeram-no operar as orelhas, que eram proeminentes, e começaram a promovê-lo como "O novo Rudolph Valentino".

Ao lado de Janet Gaynor, a primeira vencedora do Oscar, Raul Roulien estrelou "Delicius" (1931), onde vivia Sacha, um personagem romanceado baseado no compositor George Gershwin. O filme fez muito sucesso, e Raul Roulien entrou para o primeiro time de Hollywood.

Foi Raul Roulien quem juntou a dupla Fred Astaire e Ginger Rogers pela primeira vez, em "Flying Down To Rio" (1933), e quem primeiro viu o talento da ainda Rita Cansino em "Piernas de Sieda" (1935). Ela mais tarde tornaria-se uma grande estrela, já chamada de Rita Hayworth. Ele também fez par romântico com a jovem Gloria Stuart em "It's Great To Be Alive" (1933). Anos mais tarde, Gloria Stuart voltaria aos holofotes como a Rose, idosa, em "Titanic" (1997).

Morte

Raul Roulien havia chegado lá, e Diva Tosca havia deixado a carreira temporariamente, para auxiliar o marido. O casal vivia feliz, enviando notícias para as revistas de cinema brasileiras, contando seu sonho americano realizado.

Porém, em 23/09/1933 o sonho acabou bruscamente. Raul Roulien e Diva Tosca saíam dos estúdios da Fox, quando um carro em alta velocidade avançou sobre eles, atingindo em cheio Diva Tosca, que acabou morrendo a caminho do hospital. O carro era dirigido por John Huston.

John Huston, que mais tarde tornaria-se cineasta, era então um ex figurante que iniciava na carreira como roteirista. Mas era filho de Walter Huston, um popular ator, muito influente em Hollywood.

John Huston estava bêbado, e meses antes, em fevereiro do mesmo ano, já havia atropelado a atriz Zita Johann, protagonista de "The Mummy" (1932). Zita Johann sobreviveu, mas ficou longos meses no hospital, o que prejudicou muito sua carreira.

Fred Astaire e Raul Roulien
Raul Roulien foi chamado pela Fox, que pediu para ele deixar o caso para lá. Como compensação, lhe ofereceram o papel principal em "The Garden Of Allah" (1936), um dos primeiros filmes coloridos feitos em Hollywod, e estrelado por Marlene Dietrich. Mas ele não aceitou o acordo, e o papel acabou indo para Charles Boyer.

Raul Roulien processou John Huston, pedindo uma indenização milionária. John Huston contou com a melhor equipe de advogados que Hollywood podia pagar, enquanto Raul Roulien, um brasileiro, lutou como podia. Raul Roulien venceu o processo, mas o juiz reduziu a indenização para apenas 5 mil dólares.

Por ter enfrentado o sistema, Raul Roulien teve sua carreira destruída em Hollywood. Ele então retornou ao Brasil, onde tornou-se um importante artista do cinema, teatro e televisão, falecendo no dia 08/09/2000, com quase 100 anos de  idade.

Diva Tosca foi sepultada no Grand View Memorial Park, Seção KA, Nível 6, Túmulo 70. O Grand View Memorial Park é um cemitério histórico localizado em Glendale, Califórnia, nos Estados Unidos.

Fonte: Memórias Cinematográficas e Find a Grave
Agradecimento Especial: Yuri S., por sua indicação biográfica e contribuição.
#famososquepartiram #divatosca