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Ely Camargo

ELY CAMARGO
(84 anos)
Cantora, Folclorista, Violonista e Radialista

* Goiás, Cidade de Goiás ou Goiás Velho, GO (12/02/1930)
+ Goiânia, GO (03/11/2014)

A música folclórica do Estado de Goiás não poderá jamais ser citada sem incluir o nome de sua maior representante que é a cantora e folclorista Ely Camargo

Cantora, pesquisadora de folclore, violonista, professora e também farmacêutica, Ely Camargo, assim como Inezita Barroso, é uma das principais intérpretes não somente do folclore goiano, mas também do riquíssimo folclore brasileiro.

Ely Camargo nasceu no dia 12/02/1930 na cidade de Goiás, GO, a antiga e histórica Capital do Estado, também conhecida como Goyaz Velho, que é também a cidade-natal da poetisa e escritora Cora Coralina e também da artista plástica Goiandira do Couto.

Era filha de Joaquim Edison Camargo (Goiás, GO, 07/09/1900 - Goiânia, GO, 25/03/1966) que foi compositor e regente da Orquestra Sinfônica de Goiânia. Foi comemorado o Centenário de Joaquim Edison Camargo no dia 07/09/2000, ocasião na qual Ely Camargo gravou o CD "Lembranças de Goyaz" com 10 belíssimas composições por ela interpretadas.

Durante a infância, cantou em coros de igreja. Foi integrante em 1960 do Trio Guairá de Goiânia e, em 1961 e 1962, apresentou na Rádio Brasil Central de Goiânia, um programa que era por ela produzido e que também era retransmitido em Brasília, DF pela Rádio e TV Nacional.

Em 1962, Ely Camargo passou a morar em São Paulo onde assinou seu primeiro contrato com a extinta TV Tupi e, no mesmo ano, gravou o LP "Canções da Minha Terra" pela gravadora Chantecler. Ely Camargo também lançou na mesma gravadora os LP's com o mesmo título, nos Volumes 2, 3 e 4.

Em 1964, gravou, também na Chantecler, o LP "Folclore do Brasil", no qual interpretou "Cantos de Trabalho nas Plantações de Arroz, de São João da Boa Vista, SP", e também um "Canto de Ferreiro, de Botucatu, SP", recolhido por Rossini Tavares de Lima.

Pesquisando o nosso riquíssimo folclore, Ely Camargo reuniu um enorme e riquíssimo acervo coletado em viagens por diversos rincões do Brasil, incluindo também as Regiões Norte e Nordeste.

Além de alguns compactos e dois discos 78 RPM, Ely Camargo gravou cerca de 15 LP's, alguns dos quais foram lançados também em países como África do Sul, Alemanha, Itália e Portugal.


Seus dois Discos 78 RPM foram gravados na Chantecler em 1962 e 1963, tendo no Lado A do disco n° 78-0595 (1962) o arrasta-pé "Santo Antônio Tenha Dó" (Maria do Rosário Veiga Torres) e o samba caipira "Marido Pealado" (Teddy Vieira e Almayara), no Lado B do mesmo disco.

No Lado A do disco nº 78-0660 (1963), a valsa "Tempos Passados" (Zica Bergami) e a moda de viola "Lá Na Venda Lá Na Vendinha" (Lourdes Maia), no Lado B do mesmo Disco.

Ely Camargo também integrou o Conselho da Secretaria Municipal de Cultura de Goiânia e, na Rádio da Universidade Federal de Goiás, ela apresentou os programas "Brasil de Canto a Canto", "Ely Camargo Convida" e "Alma Brasileira".

Em 1973, Ely Camargo lançou pela gravadora Chantecler/Alvorada o LP "Minha Terra" (CALP 8053), o qual foi bastante elogiado pelo crítico José Ramos Tinhorão, no Jornal do Brasil.

Um dos maiores sucessos de Ely Camargo como compositora foi sem dúvida "O Menino e o Circo" (Ely Camargo), composição musical que ficou conhecida nas belíssimas vozes de Cascatinha & Inhana, gravação que está presente na 15ª faixa do CD "Meio Século de Música Sertaneja - Volume 02" da BMG (gravação original RCA Victor).

No final dos anos 90, Ely Camargo passou a trabalhar na Secretária Municipal de Cultura de Goiânia. Seus trabalhos mais recentes foram os CD's "Cantigas do Povo - Água da Fonte", que conta com a participação especial da Banda de Pífanos de Caruaru e de um coral regido por Sérgio Vasconcellos Corrêa, lançado em 1999 pelas Edições Paulinas, além do CD "Lembranças de Goyaz", um disco-tributo que Ely Camargo gravou em 2001 por ocasião do centenário de nascimento de seu pai, e o CD "Ely Camargo e Roberto Corrêa - Canções Brasileiras", lançado em 2009.

No CD "Cantigas do Povo - Água da Fonte", comentado no encarte por Jorge Kaszás e José Ramos Tinhorão, Ely Camargo interpreta Cantos Religiosos, tais como Reisados, Benditos, Cantos Para Pedir Chuva e Incelências, dos Estados de Alagoas, Goiás, Bahia, Minas Gerais e Ceará, recolhidos e adaptados por Ely Camargo e também pelo Frei Francisco Van Der Poel, OFM. 

No CD "Lembrança de Goyaz", Ely Camargo interpreta 10 belíssimas composições de seu pai Joaquim Edison Camargo que, de acordo com José Mendonça Teles, presidente do Instituto Histórico e Geográfico de Goiás, em comentário no encarte do CD:

"... viveu aquela geração romântica da antiga Vila Boa, dos saraus e das retretas, daí os temas apaixonados, e nostálgicos de suas músicas. Lembro-me dele dirigindo os corais do Lyceu e do Instituto de Educação de Goiás: magro, olhos fundos. estatura mediana, cabelos lisos, voz mansa, pausada, disfarçado bigodinho e inteiro na sua grandeza moral. A vida do maestro é toda ela dedicada à música, embora tenha se bacharelado em Direito. Pioneiro de Goiânia, aqui chegou em 1938, quando nasciam as primeiras casas da cidade. Foi o criador da primeira Orquestra Sinfônica de Goiânia. Este CD, comemorativo do centenário de seu nascimento, com 10 canções interpretadas por sua filha Ely Camargo, das quais 7 inéditas, resgata a memória do notável maestro que tanto cantou as belezas da terra goiana."

Gravado mais recentemente, em 2009, o CD "Ely Camargo e Roberto Corrêa - Canções Brasileiras", mixado e masterizado no Zen Studios de Brasília, DF, brinda o apreciador com a belíssima voz de Ely Camargo, acompanhada pelo solo de viola de Roberto Corrêa, com músicas tradicionais do cancioneiro popular, e também de autores conhecidos, cujas obras já caíram em domínio público. Destaque para "Casinha Pequenina" (Tradicional), e "Mostraram-me um Dia" (Gonçalves Crespo), também conhecida pelos títulos "Mucama", "Mestiça" e "Mulata", com poesia de Gonçalves Crespo, intitulada "Canção", escrita em 1870.

Morte

Na segunda-feira, 03/11/2014, um sono profundo silenciou uma das vozes mais importantes do cenário goiano. Ely Carmago, 84 anos, faleceu de causas naturais em seu apartamento. Ely Camargo era diabética, mas faleceu de causas naturais por conta da idade avançada. A cantora ficava sob os cuidados de uma cuidadora e passou mal na madrugada de segunda-feira. Após se recusar a ir para um hospital, Ely Camargo dormiu e não acordou mais.

O corpo de Ely Camargo foi velado no Cemitério Jardim das Palmeiras e o sepultamento aconteceu às 17:00 hs de 04/11/2014 no Cemitério Santana.

Discografia
  • S/D - Gralha Azul (LP)
  • S/D - Danças Folclóricas e Folguedos Populares (LP)
  • S/D - Cantos da Minha Gente (LP)
  • S/D - Cantigas do Povo (LP)
  • S/D - Água da Fonte (LP)
  • 1993 - Cantigas do Povo - Água da Fonte (LP)
  • 1978 - Minha Terra (LP)
  • 1968 - Canção da Guitarra - Músicas de Marcelo Tupinambá (LP)
  • 1964 - Canções da Minha Terra Volume 4 (LP)
  • 1964 - Folclore do Brasil (LP)
  • 1963 - Tempos Passados / Lá na Venda, Lá na Vendinha (78)
  • 1963 - Canções da Minha Terra Volume 3 (LP)
  • 1963 - Canções da Minha Terra. Volume 2 (LP)
  • 1962 - Santo Antônio Tenha Dó / Marido Pelado (78)
  • 1962 - Canções da Minha Terra (LP) • Chantecler • LP

Fonte: Boa Música
Indicação: Miguel Sampaio

Odete Lara

ODETE RIGHI BERTOLUZZI
(85 anos)
Atriz, Cantora e Escritora

* São Paulo, SP (17/04/1929)
+ Rio de Janeiro, RJ (04/02/2015)

Odete Righi Bertoluzzi, mais conhecida como Odete Lara, foi uma atriz, cantora e escritora brasileira. Filha única de imigrantes do norte da Itália. Seu pai, Giuseppe Bertoluzzi, era originário de Belluno. Sua mãe, Virgínia Righi, cometeu suicídio quando Odete tinha seis anos. Por esse motivo foi internada num orfanato de freiras e depois levada para a casa de sua madrinha.

Odete se apegou fortemente ao pai, seu único referencial afetivo. Mas vitimado por uma tuberculose, Giuseppe Bertoluzzi foi obrigado a ficar afastado da filha. O pai também se matou quando Odete tinha 18 anos, deixando a filha órfã.

Seu primeiro emprego foi como secretária e datilógrafa. Foi uma amiga que estimulou Odete a fazer curso de modelo no Museu de Arte Moderna de São Paulo (MASP) e participou do primeiro desfile da história da moda brasileira realizado no próprio MASP.

A beleza de Odete deslumbrou Otomar dos Santos, que a indicou para a então recém-inaugurada TV Tupi de Assis Chateaubriand.

Na televisão, Odete Lara começou como garota-propaganda. Em seguida participou da versão televisiva de "Luz de Gás", com Tônia Carrero e Paulo Autran, depois "Branca Neve e os Sete Anões", onde interpretou a Rainha Má.

Odete Lara se tornou estrela do "TV de Vanguarda", uma das maiores atrações da TV Tupi. Algumas telenovelas em que atuou nessa emissora foram "As Bruxas", "A Volta de Beto Rockfeller" e "Em Busca da Felicidade".

Foi contratada pelo grupo teatral do Teatro Brasileiro de Comédia (TBC) e estreou na peça "Santa Marta Fabril S/A", dirigida por Adolfo Celi.

Estreou no cinema em 1956, atuando no filme "O Gato de Madame", comédia dirigida por Agostinho Martins Pereira, ao lado de Mazzaropi a convite do autor Abílio Pereira de Almeida


Em 1957, atuou nos filmes "Uma Certa Lucrécia" e "Absolutamente Certo". Em 1959, atuou nos filmes "Moral em Concordata" e "Dona Xepa". Em 1960, atuou em mais quatro filmes "Sábado a La Noche", "Dona Violante Miranda", "Na Garganta do Diabo" e "Duas Histórias (Cacareco Vem Aí)". Nesse último, interpretou o samba-canção "Franqueza" (Denis Brean e Osvaldo Guilherme). Em 1961, atuou em "Mulheres e Milhões", e em 1962 fez "Esse Rio Que eu Amo" e "As Sete Evas".

Em 1963, em pleno sucesso, atuou nos filmes "Sonhando Com Milhões", "Boca de Ouro" e "Bonitinha mas Ordinária", adaptação da peça de Nelson Rodrigues. Nesse ano, fez com Vinícius de Moraes, o espetáculo "Skindô" que, gravado ao vivo, resultou no LP "Vinícius e Odette Lara", lançado pelo selo Elenco. Nesse disco ela interpretou os sambas-canção "Só Por Amor", "Seja Feliz", "Hoje Só", "Deve Ser Amor" e "Além do Amor", todas de Vinícius de Moraes e Baden Powell. Ainda em 1963, suas interpretações para os sambas-canção "Só Por Amor" e "É Hoje Só" foram incluídas na coletânea "Première", com gravações extraídas dos seis primeiros LPs do selo Elenco.

Em 1964, participou do LP "Rio Capítal da Bossa Nova", da gravadora Elenco, cantando com Vinícius de Moraes, o samba "Mulher Carioca" (Baden Powell e Vinícius de Moraes). No mesmo ano, atuou nos filmes "Noite Vazia" e "Pão de Açúcar".

Em 1965, participou do filme "Mar Corrente" e apresentou-se no Teatro Paramount, em São Paulo, ao lado de Chico Buarque, no show "Meu Refrão".

Em 1966, lançou, pela Elenco, o LP "Contrastes", no qual interpretou os sambas "Tem Mais Samba" e "Meu Refrão" (Chico Buarque), "Apelo" e "Canção do Amor" (Baden Powell e Vinícius de Moraes), "Canção em Modo Menor" (Tom JobimVinícius de Moraes), "Minha Desventura!" (Carlos LyraVinícius de Moraes), "Sem Mais Adeus" (Francis HimeVinícius de Moraes), "Pra Você Que Chora" (Edu Lobo e Gianfrancesco Guarnieri), "Funeral de um Lavrador" (Chico Buarque e João Cabral de Melo Neto) e "Morrer de Amor" (Oscar Castro-Neves e Luvercy Fiorini).

Em 1967, sua interpretação para "Funeral de um Lavrador" (Chico Buarque e João Cabral de Melo Neto) foi incluída na coletânea "Grande Parada Elenco - Vol. 1", da gravadora Elenco. No mesmo ano, participou da coletânea "Vinícius de Moraes - Máximo da Bossa", da gravadora Elenco, interpretando os sambas "Labareda" e "Samba em Prelúdio", ambos da dupla Baden Powell e Vinícius de Moraes. Ainda no mesmo ano, atuou no filme "As Sete Faces de um Cafajeste".

Em 1968, atuou no filme "Câncer em Família", e, no ano seguinte, atuou com sucesso nos filme "Copacabana me Engana", dirigido por Antônio Carlos da Fontoura, e "O Dragão da Maldade Contra o Santo Guerreiro", dirigido por Glauber Rocha.

Em 1970, gravou, especialmente para a série "História da Música Popular Brasileira - Vol. 4 - Chico Buarque", o samba "Noite dos Mascarados" (Chico Buarque), cantando em dueto com o próprio Chico Buarque. No mesmo ano, atuou nos filme "Em Família", dirigido por Paulo Porto, "Os Herdeiros", dirigido por Cacá Diegues, e "Vida e Glória de um Canalha".


Em 1971, trabalhou nos filmes "Aventuras Com Tio Maneco", "Lúcia McCartney, Uma Garota de Programa", "O Jogo da Vida e da Morte" e "Viver de Morrer".

Em 1972, atuou no filme "Quando o Carnaval Chegar", de Cacá Diegues, no qual contracenou com Chico Buarque, Maria Bethânia e Nara Leão.  Atuou também em "Primeiros Momentos", de Pedro Camargo, e "Vai Trabalhar, Vagabundo", de Hugo Carvana.

Em 1974, suas interpretações para "Samba em Prelúdio" e "Labareda", ambas de Baden Powell e Vinícius de Moraes, foram incluídas na coletânea "Série Autógrafos de Sucesso - Vinícius de Moraes", da gravadora Fontana/Philips. Nesse ano, trabalhou nos filmes "A Estrela Sobe", de Bruno Barreto, e "A Rainha Diaba", de Antônio Carlos Fontoura.

Em 1975, sua gravação do "Samba em Prelúdio", feita em dueto com Vinícius de Moraes, foi incluída na compilação "Encontros", lançada pela gravadora Philips, em caixa com três LPs.

Em 1976, o selo Fontana/Philips lançou o álbum duplo "A Arte de Vinícius de Moraes", que incluiu sua interpretação para "Samba em Prelúdio" (Baden Powell e Vinícius de Moraes). No mesmo ano, a Philips lançou o LP "Assim era a Atlântida", com fonogramas retirados de filmes produzidos pela Atlântida Cinematográfica, no qual está incluída sua interpretação para o samba-canção "Franqueza",(Denis Brean e Osvaldo Guilherme).

Em 1978, atuou no filme "O Princípio do Prazer", que seria seu último filme. Por essa época, converteu-se ao budismo e abandonou a carreira indo morar reclusa num sítio na região de Friburgo, no Rio de Janeiro.

Em 1981, sua interpretação para o samba-canção "Só Por Amor" (Baden Powell e Vinícius de Moraes), foi incluída na coletânea "A Mulher, o Amor, o Aorriso e a Flor", lançada pela PolyGram, com quatro LPs em homenagem à obra de Vinícius de Moraes. Publicou três livros autobiográficos, "Eu Nua""Minha Jornada Interior" e "Meus Passos na Busca da Paz", além de ter traduzido várias obras do budismo.

Nos anos 2000, por motivos de saúde voltou a morar no Rio de Janeiro, no bairro do Flamengo. Foi premiada no Festival de Gramado, com o Troféu Oscarito, por sua contribuição ao cinema brasileiro. Destacou-se como intérprete da obra de Vinícius de Moraes, sendo a gravação de "Samba em Prelúdio", uma das mais festejadas.

Também cantou no espetáculo "Eles e Ela", com Sérgio Mendes e "Quem Samba Fica", com Sidney Miller. Outro disco que participou foi "Contrastes".

Odete Lara foi casada com o dramaturgo Oduvaldo Vianna Filho e com o diretor de cinema Antonio Carlos Fontoura. Namoradeira assumida, também teve um caso com o novelista Euclydes Marinho.

Morte

Odete Lara morreu na quarta-feira, 04/02/2015, aos 85 anos no Rio de Janeiro. Odete Lara sofreu um infarto por volta das 7:15 hs, em uma clínica de repouso onde morava no Rio de Janeiro desde que sofreu uma queda que resultou em uma fratura do fêmur.

O velório acontece no Parque Lage, na quarta-feira, às 16:30 hs. Depois, seu corpo será levado para Nova Friburgo, onde será cremado na quinta-feira, 05/02/2015, às 15:00 hs, em cerimônia no Cemitério Luterano de Nova Friburgo, na Região Serrana.

Odete Lara e Milton Gonçalves
Cinema
  • 1956 - O Gato de Madame
  • 1957 - Absolutamente Certo ... Odete
  • 1957 - Arara Vermelha
  • 1958 - Uma Certa Lucrécia
  • 1959 - Dona Xepa
  • 1959 - Moral em Concordata
  • 1960 - Sábado a La Noche, Cine (Filme argentino)
  • 1960 - Dona Violante Miranda
  • 1960 - Duas Histórias
  • 1960 - Na Garganta do Diabo
  • 1961 - Esse Rio Que Eu Amo
  • 1961 - Mulheres e Milhões (Participação especial)
  • 1962 - Boca de Ouro
  • 1962 - Sete Evas
  • 1963 - Bonitinha, Mas Ordinária
  • 1963 - Sonhando Com Milhões
  • 1964 - Noite Vazia
  • 1964 - Pão de Açúcar
  • 1965 - Mar Corrente
  • 1967 - As Sete Faces de Um Cafajeste
  • 1968 - Câncer em Família
  • 1969 - Copacabana me Engana
  • 1969 - O Dragão da Maldade Contra o Santo Guerreiro
  • 1970 - Em Família
  • 1970 - Os Herdeiros
  • 1970 - Vida e Glória de um Canalha
  • 1971 - Aventuras Com Tio Maneco
  • 1971 - Lúcia McCartney, Uma Garota de Programa
  • 1971 - O Jogo da Vida e da Morte
  • 1971 - Viver de Morrer
  • 1972 - Quando o Carnaval Chegar
  • 1973 - Primeiros Momentos
  • 1973 - Vai Trabalhar Vagabundo
  • 1974 - A Estrela Sobe
  • 1974 - A Rainha Diaba
  • 1975 - Assim Era a Atlântida
  • 1978 - O Princípio do Prazer
  • 1986 - Um Filme 100% Brasileiro
  • 2001 - Barra 68 - Sem Perder a Ternura

Odete Lara e Hugo Carvana
Televisão
  • 1965 - Em Busca da Felicidade ... Carlota (TV Excelsior)
  • 1970 - As Bruxas ... Flora (TV Tupi)
  • 1973 - A Volta de Beto Rockfeller ... Helena (TV Tupi)
  • 1991 - O Dono do Mundo ... Ester Veronese
  • 1994 - Pátria Minha ... Valquíria Mayrink

Vanja Orico

EVANGELINA ORICO
(83 anos)
Cantora, Atriz e Cineasta

* Rio de Janeiro, RJ (15/11/1931)
+ Rio de Janeiro, RJ (28/01/2015)

Evangelina Orico, mais conhecida como Vanja Orico, foi uma cantora, atriz e cineasta brasileira. Surgiu no cenário artístico cantando "Mulher Rendeira", tema do filme "O Cangaceiro" (1953), de Lima Barreto. Mas começou sua carreira cantando no filme "Mulheres e Luzes", em 1950, uma produção do cineasta Federico Fellini, quando estava na Itália estudando música.

De volta ao Brasil, fez sua estréia no cinema brasileiro no clássico "O Cangaceiro", premiado no Festival de Cannes e sucesso no mundo inteiro, o que rendeu a ela o reconhecimento internacional, fazendo apresentações na Europa, África, Caribe e nos Estados Unidos. Gravou discos na França e foi recordista de vendas no Brasil, sendo capa das principais revistas da época.

Uma marca forte da sua trajetória no cinema é sua presença em vários filmes do Ciclo do Cangaço, do qual é uma das musas. Além do citado "O Cangaceiro", também participou de "Lampião, o Rei do Cangaço" (1964), "Cangaceiros de Lampião" (1967) e "Jesuíno Brilhante, o Cangaceiro" (1972). Também atuou em "Independência ou Morte" (1972), no papel da Baronesa de Goytacazes, e de "Ele, o Boto" (1987).


Paralelamente aos trabalhos como atriz, Vanja Orico desenvolveu importante carreira de cantora, com apresentações em várias partes do mundo.

Em 1973 dirigiu o filme "O Segredo da Rosa".

Vanja Orico era filha do diplomata e escritor Osvaldo Orico e mãe do cineasta Adolfo Rosenthal, fruto de seu casamento com o ator André Rosenthal.

Vanja Orico morreu na quarta-feira, 28/01/2015, no Rio de Janeiro, aos 83 anos, vítima de complicações decorrentes de um câncer no intestino. Ela também sofria de Mal de Alzheimer e estava internada no Hospital Copa D'Or, em Copacabana, Zona Sul do Rio de Janeiro, desde o dia 11/01/2015. Ela será enterrada na quinta-feira, 29/01/2015, no Cemitério São João Batista, em Botafogo, Rio de Janeiro.

Fonte: Wikipédia

Clemilda

CLEMILDA FERREIRA DA SILVA
(78 anos)
Cantora e Compositora

* São José da Laje, AL (01/09/1936)
+ Aracaju, SE (26/11/2014)

Clemilda Ferreira da Silva foi uma cantora brasileira que estourou nas paradas de sucesso com a música "Prenda o Tadeu", em 1985, e a partir de então participou de vários programas de rádio e TV, entre eles o Clube do Bolinha, na Rede Bandeirantes, e o Cassino do Chacrinha, na Rede Globo. Nesse mesmo ano ganhou seu primeiro Disco de Ouro e em 1987, com o disco "Forró Cheiroso", mais conhecido como "Talco no Salão", ganhou seu segundo Disco de Ouro.

Nascida em São José da Laje, Clemilda passou a infância e a adolescência em Palmeira dos Índios, Zona da Mata de Alagoas. No começo da década de 60 decidiu viajar para o Rio de Janeiro para "tentar a sorte", onde então conseguiu emprego como garçonete. Até então ainda não havia descoberto o dom artístico que tinha.

Em 1965, conseguiu cantar pela primeira vez na Rádio Mayrink Veiga no programa "Crepúsculo Sertanejo", dirigido por Raimundo Nobre de Almeida, que apresentava profissionais e calouros. Nessa ocasião, conhece o sanfoneiro Gerson Filho, contratado da gravadora e também alagoano como ela, que popularizou o fole de oito baixos e já era artista com disco gravado. Com ele Clemilda viria a se casar e com ele passou a fazer shows em diversos estados do Nordeste. Fez algumas participações em dois LPs do esposo, e a partir de 1967 começou a gravar seu próprio disco.

Em seus discos, gravou os ritmos mais característicos do povo nordestino, como forró, baião, xote, quadrilhas, rancheiras, coco, cantigas de reisado e guerreiro.

Em 1982, lançou o disco "O Balanço do Forró", com a participação de Oswaldinho do Acordeon e Gerson Filho. Entre outras composições gravou o xote "Não dê a Radiola" (Durval Vieira e Jorge Pajeú), o baião "O Vatapá da Maria" (Clemilda e Anastácia), o baião "O Preguiçoso" (Durval Vieira), o arrasta-pé "Folguedos no Arraiá" (Juvenal Lopes), e a marcha "Bom Jesus da Lapa" (Clemilda e Ataíde Alves de Oliveira).


Em 1987, lançou o disco "Forró Cheiroso", com arranjo e regência de Chiquinho do Acordeon, que participou, ainda, nas gravações executando o acordeon. Destacaram-se, entre outras, as composições "Forró Cheiroso" (Clemilda e Miraldo Aragão), "Surra de Amor" (Lia, Gil Barreto e Alice Sampaio), "Dança do Peru" (Clemilda e Geraldo Nunes), "O Biriteiro" (Clemilda e Geraldo Nunes), e "Oxênte Bichinho" (Durval Vieira). Lançou, ainda, os discos "Forró Sem Briga" e "Guerreiro Alagoano".

Após 1994, com a morte do companheiro, a forrozeira, carinhosamente conhecida como "Rainha do Forró", afastou-se dos shows e há algum tempo vinha se dedicando à apresentação do "Forró no Asfalto", na TV Aperipê de Aracaju, programa há mais tempo no ar da emissora, do qual Clemilda esteve meses afastada em virtude de complicações com um AVC e osteoporose.

Clemilda ainda era uma das cantoras mais requisitadas para shows nas festas juninas nordestinas.

"O primeiro (disco de ouro) ganhei no Clube do Bolinha, em 1985, com o LP "Prenda o Tadeu". Com o "Forró Cheiroso", chamado popularmente de "Talco no Salão", ganhei o segundo disco de ouro, no Cassino do Chacrinha. Foram os dois momentos mais importantes pra mim. O resto é matéria em revista, jornal. E teve também o prêmio que recebi no Fórum do Forró, pelo qual agradeço bastante a Marcelo Deda, que na época era prefeito (de Aracaju). Também agradeço muito ao atual prefeito, Edvaldo Nogueira, porque ele sempre se lembra de mim quando tem evento, mesmo que não seja para fazer show, mas para participar. Acho bom e gosto muito deles, porque eles me têm muita atenção."

A composição de seus trabalhos caracteriza-se principalmente pelo duplo sentido das letras, jocoso-malicioso, como o que era feito pelo também alagoano Sandro Becker.

Morte

Clemilda Ferreira da Silva morreu na madrugada de quarta-feira, 26/11/2014 em um hospital particular de Aracaju. Ela enfrentava complicações de um segundo Acidente Vascular Cerebral (AVC) sofrido em maio deste ano, desde então ela passou por vários hospitais, inclusive por Unidades de Terapia Intensiva (UTIs). O estado de saúde se complicou com a ocorrência de uma pneumonia. Ela tinha ainda histórico de hipertensão e Mal de Parkinson.

O velório será realizado na rua Itaporanga, em Aracaju, e o sepultamento ocorrerá às 16:00 hs de 26/11/2014, no Cemitério São João Batista.

Clemilda era viúva do também forrozeiro Gerson Filho, falecido em 1994, e deixou dois filhos, entre eles Robertinho dos Oito Baixos, que herdou o talento musical.

Discografia

  • S/D  -  Cremilda (Continental, LP)
  • 1965 - Forró Sem Briga (Tropicana, LP)
  • 1967 - Gerson Filho Apresenta Clemilda (RCA Victor, LP)
  • 1968 - Rodêro Novo (RCA Victor, LP)
  • 1970 - Fazenda Taquari (RCA Camden LP)
  • 1971 - Ranchinho Velho (Musicolor, LP)
  • 1972 - Morena Dos Olhos Pretos (Musicolor, LP)
  • 1973 - Seca Desalmada (Musicolor, LP)
  • 1975 - Exaltação a Sergipe (Musicolor, LP)
  • 1976 - A Coruja e o Bacurau (Musicolor, LP)
  • 1977 - Forró no Brejo (Musicolor, LP)
  • 1977 - Clemilda (Musicolor, LP)
  • 1978 - Guerreiro Alagoano (Musicolor, LP)
  • 1979 - Vaquejada (Musicolor, LP)
  • 1979 - Vamos Festejar (Musicolor, LP)
  • 1980 - Coqueiro da Bahia (Chantecler, LP)
  • 1981 - Varanda do Castelo (Chantecler, LP)
  • 1982 - O Balanço do Forró (Chantecler, LP)
  • 1983 - Comedor de Jacá (Musicolor, LP)
  • 1984 - Chico Louceiro (Musicolor, LP)
  • 1985 - Prenda o Tadeu (Continental, LP)
  • 1986 - A Minhoca do Severino (Continental, LP)
  • 1987 - Forró Cheiroso (Chantecler, LP)
  • 1987 - Forró & Suor (Chantecler, LP)
  • 1988 - Amor Escondido (Chantecler, LP)
  • 1990 - Coitadinha da Tonheta (Chantecler, LP)
  • 1991 - Em Tenção de Você (Chantecler, LP)
  • 1992 - Aquilo Roxo (Chantecler, LP)
  • 1993 - Hoje Eu Tomo Todas (Chantecler, LP)
  • 2006 - Forró Bom Demais, (CD)

Mariney

MARINEY LIMA
(20 anos)
Cantora

* São Paulo (1953)
+ São Paulo, SP (21/10/1973)

De curta carreira, pelo falecimento precoce, possivelmente com 20 anos ou um pouco mais, num acidente de automóvel. Ao que parece, não chegou a gravar nenhum LP, mas apenas, dois compactos, o primeiro deles com a música "Inconsequente", de Milton Carlos, que teve boa aceitação nas rádios, especialmente, no Norte e Nordeste do país. O outro compacto que gravou tinha a música "Pra Dizer Adeus", versão da canção francesa "Comment Te Dire Adieu" que foi incluída posteriormente em coletâneas de sucessos dos anos 1970.

Foi noiva do cantor e compositor Milton Carlos, tendo falecido no mesmo acidente que ele, em 20/10/1973, quando o carro Passat dirigido por Milton Carlos na via Anhanguera, perto de Jundiaí, bateu ao tentar uma ultrapassagem.

Esther Tarcitano

ESTHER TARCITANO
(82 anos)
Atriz, Bailarina, Cantora e Empresária

☼ São Paulo, SP (10/10/1928)
┼ Rio de Janeiro, RJ (10/05/2011)

Esther Tarcitano foi uma atriz e bailarina de teatro de revista. Foi também empresária teatral de sucesso e também trabalhou em rádio e televisão.

Nasceu no bairro da Mooca, em São Paulo, no dia 10/10/1928. Depois da separação dos pais, mudou-de para o Rio de Janeiro com sua mãe, Flora Tarcitano, e estudou num colégio de freiras, com a ideia de ingressar na vida religiosa. No entanto, seu projeto de vida tomou outro rumo depois de se apaixonar pelo sapateado e começar aulas com o coreógrafo Mr. Brown. Em uma de suas apresentações com seu grupo de sapateado, chamou a atenção de Walter Pinto, que a contratou junto com seu grupo para o Teatro Recreio. Três anos depois, ela era a única a ficar na companhia e estreou, em 1944, como girl na burleta "Maria Gasogênio", estrelada por Dercy Gonçalves. Em seguida, está no elenco das revistas "Momo Na Fila" (1944) e "Bonde da Laite" (1945).

Em 1950, na Companhia Bibi Ferreira, estreou na primeira fila de girls, na revista "Escândalos". Ao mesmo tempo, fazia parte dos shows de Caribé da Rocha, no Copacabana Palace, onde apresentava um solo de rumba.

Em 1957, ao substituir a vedete Siwa na revista "Agora a Coisa Vai", deixou o coro para de tornar estrela. Em 1957, já como primeira vedete, no espetáculo "Rumo a Brasília", apresentado no Teatro Paramount, em São Paulo, recebeu o Troféu Índio, conferido por jornalistas. Nesse mesmo ano, passou a ser empresária teatral e montou dois espetáculos que se transformaram em sucesso imediato, no Rio de Janeiro: "Mulher Só de Lambreta" e "Folias no Catete".

Emilinha Borba e Esther Tarcitano
Em 1958, fez sua estreia no famoso desfile de fantasias do Teatro Municipal, com a fantasia Sereia.

Em 1959, lançou-se como cantora de carnaval e lançou o sucesso "O Palhaço Que é Ladrão de Mulher".

Nos anos 70, com o fim do teatro de revista, investiu na carreira de empresária e montou espetáculos em boates e casas noturnas cariocas, fazendo números de strip-tease, sendo que o mais famoso deles é "Quanto Mais Pu... ra Melhor". Nesse período, participou como jurada do programa do Chacrinha, na TV Globo e TV Tupi.

Em 1989, casou-se com o americano William Bender, em Las Vegas. Viveu durante alguns anos nos Estados Unidos, onde fez programas de rádio em português e espanhol. De volta ao Rio de Janeiro, atuou durante cinco anos no comando do programa "Sábado Gigante é o Show", na Rádio Carioca, e como apresentadora de TV na TV Comunitária do Rrio de Janeiro.

Esther Tarcitano faleceu no Rio de Janeiro, no dia 10/05/2011, aos 82 anos. Foi velada no dia 10/05/2011, às 14:45 hs, e sepultada no Cemitério do Catumbi.

Indicação: Miguel Sampaio

Lourdes Rodrigues

ANTÔNIA LOURDES BRETAS RODRIGUES
(76 anos)
Cantora

* Santa Maria, RS (04/01/1938)
+ Porto Alegre, RS (22/10/2014)

Nascida em Santa Maria, RS, em 04/01/1938, Lourdes Rodrigues mudou-se com a família, ainda criança, para Porto Alegre. Passou a maior parte da vida na capital gaúcha, mas em 2005 mudou-se para Imbé, no Litoral Norte.

Considerada uma das grandes interpretes de Lupicínio Rodrigues e conhecida como "Dama da Canção"Lourdes Rodrigues iniciou sua vida artística na Rádio Farroupilha, como "A Mais Bela Voz Estudantil do Rio Grande do Sul" e, profissionalmente, no programa "Roteiro de um Boêmio", cujo apresentador era Lupicínio Rodrigues.

Depois, conquistou o sucesso cantando em vários bares da noite e gravou dois discos: "Utopia" (1985) e "Dona Divergência" (1999).

Em abril deste ano, ano em que se comemora o centenário de nascimento de Lupicínio Rodrigues, ela foi homenageada no Prêmio Açorianos com um troféu pelo conjunto da obra.


Lourdes Rodrigues comemorou seus 60 anos de carreira artística com um show no dia 31/08/2012 no bar Se Acaso Você Chegasse em Porto Alegra. Na ocasião, também foi lançado um livro de memórias intitulado "Uma História de Sucessos", que esteve a venda no local por R$ 15,00. O show teve o apoio da Secretaria Municipal da Cultura de Porto Alegre.

Com o objetivo de arrecadar recursos para o tratamento da cantora, foi realizado em 13/10/2014 um show beneficente no Centro Histórico Cultural da Santa Casa que reuniu vários artistas gaúchos, entre eles Adriana Deffenti, Marcelo Delacroix, Samuca do Acordeon, Giovani Berti, Nei Lisboa e os irmãos Ernesto e Neto Fagundes. Pouco mais de R$ 3 mil foram levantados para ajudar nas despesas hospitalares não cobertas pelo convênio que ela possuía com o Instituto de Previdência do Estado (IPE). Lourdes Rodrigues vivia em uma pensão do Estado e contava com a ajuda da amiga e empresária.

Desde 2012, a cantora vivia principalmente de uma pensão especial do Estado, por sua contribuição artística. Embora não tenha conseguido assistir ao show beneficente, Lourdes Rodrigues acompanhou tudo pelo Skype e agradeceu o carinho dos fãs e amigos com um cartaz pendurado na janela do quarto do hospital. Da cama, ela sorria e acenava para os convidados.

Sua companhia mais constante era a empresária, amiga e cuidadora Maria Beatriz Barth Presser, que lhe ajudou a conseguir a pensão do estado e organizou o show beneficente. 

Morte

Lourdes Rodrigues morreu às 21:30 hs de quarta-feira, 22/10/2014, em Porto Alegre, RS, vítima de falência múltipla dos órgãos. Ela tinha 76 anos e estava internada desde o início de setembro no Hospital São Francisco, na Santa Casa, tratando de diabetes. Desde o início do ano, ela já havia passado por seis cirurgias em decorrência da doença.

Segundo a empresária, amiga e cuidadora da artista, Maria Beatriz Barth Presser, o estado de saúde da cantora piorou no domingo, 19/10/2014, em razão de complicações causadas pela doença. Recentemente, ela já precisou ter a perna esquerda amputada pelo mesmo motivo.

Lourdes Rodrigues foi velada desde a madrugada de quinta-feira, 23/10/2014, no Plenário Otávio Rocha, da Câmara Municipal de Porto Alegre. 

O sepultamento de Lourdes Rodrigues ocorreu às 17:00 hs de quinta-feira, 23/10/2014, no Cemitério Jardim da Paz, no bairro Agronomia, em Porto Alegre, RS.

Lourdes Rodrigues deixa uma filha, cinco netos e  oito bisnetos.

Fonte: G1, Zero Hora e Sul21
Indicação: Miguel Sampaio

Gilda de Barros

Gilda de Barros
(82 anos)
Cantora e Atriz

* Teresópolis, RJ (28/06/1927)
+ Rio de Janeiro, RJ (05/03/2010)

Gilda de Barros foi uma cantora brasileira casada com o trombonista Raul de Barros.

Em 1953, gravou o baião "Remador" (Osvaldo Silva Melo e Hélio Sindô) e o bolero "Aquelas Frases Lindas", com Raul de Barros e Sua Orquestra. Gravou o samba-canção "Eu Sou a Outra" (Ricardo Galeno) e o fox "Peço Desculpas" (Hoffman, Goodhart e Lourival Faissal).

Em 1954 gravou "Ave-Maria no Morro" (Herivelto Martins), o baião "Leva Saudade" (Castro Perret e Osvaldo Silva) e o maracatu "Maracatucá" (Geraldo Medeiros e Jorge Tavares), com a orquestra de Raul de Barros.

É de 1955 as gravações dos sambas "Não Pode Ser" (Ricardo Galeno e Maria Lopez) e "A Felicidade Vem Depois" (Raul de Barros e Zé Kéti).

Em 1956, gravou pela Odeon o fox "Lavadeiras de Portugal" (Popp, Lucchesi e Joubert de Carvalho) e o samba-canção "Vem Viver Ao Meu Lado" (Alcides Fernandes e Tom Jobim), com acompanhamento da orquestra de Antônio Carlos Jobim.

Em 1957, passou para a gravadora Todamérica, onde estreou gravando o samba-canção "Domínio" (Jota Jr. e Oldemar Magalhães) e o bolero "Meu Xodó" (Oscar Bellandi e Cícero Nunes).

Seguiriam, em 1958, as gravações do samba-canção "Beijos Mentirosos" (Osmar Safeti e Jaime Florence) e do mambo "Covarde" (Getúlio Macedo e Lourival Faissal). Gravou pela Sinter a marcha "Tentação de Momo" e o samba "Sei Que Voltarás" (Alcebíades Nogueira e Luiz de França).

Em 1962, gravou pela Mocambo a marcha "Você Dá Sopa Demais" (Gracia, Tevê e J. Fonseca) e o samba "Mais Um Amor" (Buci Moreira, Arnô Canegal e Jorge Gonçalves).

São de 1964 as gravações, também pela Mocambo, da marcha "A Bola do Maracanã" (Gracia e Chavito) e do samba "O Outro Lado da Vida" (J. Piedade e Moacir Vieira).

Nos anos 60, gravou ainda pela pequena gravadora Agems os sambas "Do Leblon a Cascadura" (Elias Ramos, Nelinho e Arnaldo Morais) e "Resignação" (Elias Ramos e Nelinho).

Gilda de Barros faleceu no Rio de Janeiro, no dia 05/03/2010, aos 82 anos de idade após três meses de enfermidade.

Primeira apresentação de Gilda de Barros em sua carreira artística aos 17 anos.
Na foto aparecem Iara Sales e Lamartine Babo.
Discografia

  • S/D - Do Leblon a Cascadura / Resignação (Agemsa, 78)
  • S/D - Tem Caroço no Angu / Zumba-ê (Folia, 78)
  • 1964 - A Bola do Maracanã / O Outro Lado da Vida (Mocambo, 78)
  • 1962 - Você Dá Sopa Demais / Mais Um Amor (Mocambo, 78)
  • 1958 - Beijos Mentirosos / Covarde (Todamérica, 78)
  • 1958 - Tentação de Momo / Nunca é Tarde (Sinter, 78)
  • 1958 - Trágica Mentira / Sabes Fingir (Sinter, 78)
  • 1957 - Domínio / Meu Xodó (Todamérica, 78)
  • 1957 - Quem Está Com Mágoa... / Mamãe Já Vem Aí (Todamérica, 78)
  • 1956 - Lavadeiras de Portugal / Vem Viver a Meu Lado (Odeon, 78)
  • 1956 - Noite Feiticeira / Eu Sem Você (Odeon, 78)
  • 1955 - Não Pode Ser / A Felicidade Vem Depois (Odeon, 78)
  • 1955 - Conversa de Sofá / Mais Uma Noite (Odeon, 78)
  • 1955 - Empregada de Aliança / Menina-moça (Odeon, 78)
  • 1954 - Ave-Maria no Morro / Leva Saudade (Odeon, 78)
  • 1954 - Noite Sem Lua / Traço N'água (Odeon, 78)
  • 1953 - Remador (Odeon, 78)
  • 1953 - Eu Sou a Outra / Peço Desculpa (Odeon, 78)


Indicação: Miguel Sampaio

Neusa Maria

VASILIKI PURCHIO
(87 anos)
Cantora

* São Paulo, SP (01/12/1928)
+ São Paulo, SP (13/02/2011)

Filha de uma família italiana radicada em São Paulo, começou a cantar em apresentações para a vizinhança, ainda menina, aos 12 anos. Mais tarde ganhou o slogan de "Rainha do Jingle" e "Voz Doçura do Brasil". Adotou o nome artístico de Neusa Maria, por sugestão de Abílio Caldas, pois seu nome de batismo, Vasilíki Purchio, era de difícil pronúncia.

Destacou-se nas décadas de 40 e 50 como cantora de sambas, boleros e de jingles, estes últimos gravados por ela com regularidade nas décadas subsequentes.

Começou cantando em programas de calouros de rádio, incentivada pelos amigos. Estreou em meados de 1942, no programa de Gabus Mendes da Rádio Record paulista. Na ocasião recebeu o primeiro lugar.

Ainda no início da década de 40, conheceu Abílio Caldas, um representante comercial da loja em que ela trabalhava, que também era radialista e levou-a, por insistência das colegas da loja, para cantar na Rádio Cruzeiro do Sul. Foi um grande êxito e acabou sendo contratada pela Rádio Tupi paulista para um programa.

Em 1943 recebeu o título de "A Estrela do Ano" num concurso que reuniu vários artistas do cenário musical de São Paulo.

Em 1945 foi ao Rio de Janeiro para fazer sua primeira gravação na Continental, registrando o maxixe "Mamboleado" (Luiz Gonzaga e Miguel Lima) e o samba "Rádio Mensagem" (Sereno). Nessa ocasião conheceu César de Alencar que a levou a Renato Murce para um teste, o que lhe garantiu um contrato com a Rádio Clube do Rio de Janeiro. Quando César de Alencar transferiu-se para a Rádio Nacional, ela o acompanhou, permanecendo nos quadros da emissora por longos anos.

Em 1946, gravou os sambas "Sonho Com Você" (Mário Rossi e Valdemar de Abreu) e "Tudo Acabado" (Luiz Bittencourt e Nelson Miranda).

Em 1949, gravou os sambas "Foi Você" (Manoel Pinto e Ayrão Reis) e "Compromisso" (Valfrido Silva, Gadé e Henrique de Almeida).

Em 1950, foi contratada pela Sinter e estreou com a marcha "Tamanduá" (Evaldo Rui e Max Nunes) e o samba "Ele Já Voltou" (Fernando Lobo e Nestor de Holanda).

Em 1951 gravou seu primeiro sucesso, o baião intitulado "Eu Sei Que Ele Chora" (Nestor de Holanda e Ismael Neto) com acompanhamento de Lírio Panicali e Sua Orquestra. No mesmo ano, gravou da mesma dupla de compositores o baião "Saudade Adeus".


Em 1952, gravou o samba "Eu Quero Ver" (Ary Monteiro e Ruy Rey) e a "Marcha do Beijo" (Irani de Oliveira e Ary Monteiro). No mesmo ano, com acompanhamento de Lírio Panicali e Sua Orquestra gravou o samba canção "Os Teus Olhos Dizem" (Nestor de Holanda e Manezinho Araújo).

Em 1953 gravou o bolero "Quisera" (Getúlio Macedo, Lourival Faissal e Arlindo Nicolau) novamente com acompanhamento de Lírio Panicali e Sua Orquestra.

Em 1954, gravou a "Canção Pra Ninar Mamãe" e o baião "Te Cuida, Zeca" (Miguel Gustavo) e os fox trote "Eu Não Sei o Que Será" (Bruno Marnet) e "Beija-me" (Astore e Mordeli), com versão de Lourival Faissal.

Em 1955, gravou de Newton Ramalho e Nazareno de Brito o samba "Adorei Milhões" e o fox trote "Fica Bonzinho".

Em 1956, gravou o samba "Molambo" (Jaime Florence e Augusto Mesquita), um grande sucesso daquele ano, bem como "Siga" (Fernando Lobo). Foi eleita "A Melhor Cantora do Rádio de 1956", em pesquisa feita pelo Clube do Disco. Fez sucesso com o bolero "Nunca Jamais" (L. Guerreiro e Nelson Ferreira) e gravou o samba "Caixa Postal Zero Zero" (Luiz de França e Oscar Bellandi), considerado a partir daí o maior sucesso da carreira da cantora. Recebeu o troféu Disco de Ouro do jornal O Globo. Participou da coletânea carnavalesca "Vamos Brincar no Carnaval" da gravadora Sinter interpretando o samba "Que Deus Me Castigue" (Luis Bittencourt e Luis de França).

Em 1957, gravou a marcha "Salve o Marujo" (J. Cascata e Nássara), os sambas "Que Deus Me Castigue" (Luiz Bittencourt e Luiz de França) e "Não Quero Mais" (Ary Barroso). Foi escolhida "A Melhor Cantora do Rádio de 1957", em pesquisa realizada pela célebre Revista do Rádio, quando seus discos entravam com freqüência em todas as paradas de sucesso da época.

Em 1958, transferiu-se para a RCA Victor e gravou "O Gondoleiro" (Marucci e De Angelis), com versão de Sérgio Porto, o bolero "Olhe-me, Diga-me" (Tito Madi) e o calipso "Picolísima Serenata" (Fierroe Amurri), com versão de Sidney Morais.

Em 1959, gravou a marcha "Menina de Copacabana" (Antônio Almeida e Bruno Marnet), o samba canção "Odeio-te Meu Amor" (Adelino Moreira) e o samba "Quem Sou Eu?" (Dolores Duran e Ribamar).

Em 1960, gravou de Antônio Maria e Pernambuco o samba "O Amor e a Rosa". Gravou também, o samba canção "Cantiga de Quem Está Só" (Jair Amorim e Evaldo Gouveia) e a guarânia "Meu Doce Bem" (Lourival Faissal e Edson Menezes).

Seus maiores sucesso foram "Caixa Postal Zero Zero", "Quisera", "Olhos Traidores", "O Tempo Marcou", "Siga", "Nos Teus Lábios", "Eu Não Sei o Que Será" e "Murmúrios". Lançou pela Sinter os LPs "As Favoritas de Haroldo Eiras" e "Neusa Canta Para Os Que Amam".

Neusa Maria abandonou a carreira musical na década de 60, abrindo uma confecção de moda praia que durou até a década de 80.


Morte

Neusa Maria morreu aos 87, após uma parada cardiorrespiratória. Teve duas filhas, três netos e bisneto. O enterro ocorreu no Rio de Janeiro.


Discografia

  • S/D - Neusa Maria e os Sucessos de Luiz Bittencourt (Sinter, LP)
  • S/D - As favoritas de Haroldo Eiras (Sinter)
  • S/D - A Voz Romântica de Neusa Maria (Sinter, LP)
  • S/D - Neuza Maria - Britinho (Sinter, LP)
  • S/D - Neuza Maria Canta Para Os Que Amam (Sinter)
  • S/D - O Disco de Ouro - Neuza Maria (Sinter, LP)
  • 1963 - Muito Além / Zé Carioca (CBS, 78)
  • 1960 - O Amor e a Rosa / Feliz Coincidência (RCA Victor, 78)
  • 1960 - Cantiga de Quem Está Só / Meu Doce Bem (RCA Victor, 78)
  • 1959 - Posso Morrer de Saudade / Menina de Copacabana (RCA Victor, 78)
  • 1959 - Na Noite Em Que Te Vi / Odeio-te Meu Amor (RCA Victor, 78)
  • 1959 - Quem Sou Eu? / Se Tudo Acabar (RCA Victor, 78)
  • 1959 - Balada Alegre / A Vida é Bela (RCA Victor, 78)
  • 1959 - Eu Sou Mais o Papai (RCA Victor, 78)
  • 1959 - La Strada Del'amore / Refúgio (RCA Victor, 78)
  • 1959 - Mensagem (RCA Victor, LP)
  • 1958 - Piccolissima Serenata / Descrença (RCA Victor, 78)
  • 1958 - O Gandoleiro / Olhe-me, Diga-me (RCA Victor, 78)
  • 1957 - Salve o Marujo / Que Deus Me Castigue (Sinter, 78)
  • 1957 - Que Será, Será / Culpada (Sinter, 78)
  • 1957 - Tão Bom / Não é Não (Sinter, 78)
  • 1957 - Não Quero Mais / Se Você Não Tem Amor (Sinter, 78)
  • 1957 - Doce Loucura / Flerte (Sinter, 78)
  • 1956 - Pepita Rosária / Decepção (Sinter, 78)
  • 1956 - Mamãezinha / Molambo (Sinter, 78)
  • 1956 - Arrivederci Roma / Siga (Sinter, 78)
  • 1956 - Nunca Jamais / Caixa Postal Zero-Zero (Sinter, 78)
  • 1956 - Natal... Natal / 31 de Dezembro (Sinter, 78)
  • 1956 - Neusa Maria (Sinter, LP)
  • 1955 - Adorei Milhões / Fica Bonzinho (Sinter, 78)
  • 1955 - Luz e Sombra / Olhos Traidores (Sinter, 78)
  • 1954 - Somente Ilusão / Você (Sinter, 78)
  • 1954 - Canção Pra Ninar Mamãe / Te Cuida, Zeca (Sinter, 78)
  • 1954 - Nos Teus Lábios / Eu Não Sei o Que Será (Sinter, 78)
  • 1954 - Beija-me / O Tempo Marcou (Sinter, 78)
  • 1954 - Marcha das Moças / Minha Mágoa (Sinter, 78)
  • 1953 - A Flautinha do Pastor / Pra Conquistar (Sinter, 78)
  • 1953 - Quisera / Fracasso de Amor (Sinter, 78)
  • 1953 - Noite de Natal / Canção de Ninar (Sinter, 78)
  • 1952 - Eu Quero Ver / Marcha do Beijo (Sinter, 78)
  • 1952 - Caminhos Estrangeiros / Os Seus Olhos Dizem (Sinter, 78)
  • 1952 - Só Pensa Em Você / Outra Vez (Sinter, 78)
  • 1951 - Murmúrios / Eu Sei Que Ele Chora (Sinter, 78)
  • 1951 - Saudade Adeus / Rumba no Panamá (Sinter, 78)
  • 1950 - Tamanduá / Ele Já Voltou (Sinter, 78)
  • 1949 - Foi Você / Compromisso (Star, 78)
  • 1946 - Sonho Com Você / Tudo Acabado (Continental, 78)
  • 1945 - Mamboleado / Rádio Mensagem (Continental, 78)