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Telma Lipp

RICARDO FRANCO
(42 anos)
Modelo, Atriz, Jurada e Transexual

☼ São Paulo, SP (1962)
┼ São Paulo, SP (24/12/2004)

Deodoro Ricardo Nascimento, mais conhecido por Thelma Lipp, foi uma modelo, atriz e transformista nascida em São Paulo, SP, em 1962.

Sucesso nos anos 80 e 90, Telma Lipp foi jurada do quadro "Eles e Elas", do Clube do Bolinha, e atuou em diversas peças de teatro, filmes, além de posar nua em revistas eróticas masculinas, como a Playboy.

Apesar de não ser uma mulher cisgênera, Telma Lipp foi, no auge de sua beleza, considerada uma musa, ao lado de Xuxa, Luiza Brunet e Roberta Close, tendo sido portanto uma das belezas mais celebradas do Brasil.

Desde criança Telma Lipp já era fisicamente muito feminina e sempre contou com o apoio da família, tanto que seu nome social, Telma, foi dado por sua própria mãe.

Aos 16 anos, ela já causava admiração e fascínio por sua beleza e feminilidade, mesmo sem o uso de hormônios artificiais.


Foi no começo da década de 80 que Telma Lipp surgiu como uma resposta paulistana à transexual carioca Roberta Close, então em evidência na mídia. Ambas chegaram a disputar, durante toda a década, capas de revistas de todo o Brasil. Roberta Close fazia o tipo "mulher fatal", enquanto Telma Lipp o tipo "garotinha", ambas contudo de belezas extraordinárias. A surpreendente beleza abriu-lhe portas, trouxe fama, admiração, amigos e tudo aquilo que um rosto e um corpo belos, acompanhados de inteligência, podiam trazer.

No teatro, Telma Lipp atuou em "Terezinha de Jesus" e "Filhas da Mãe", ambas de Ronaldo Ciambroni, além de "Mil e Uma Noites". Na televisão, Telma Lipp foi jurada efetiva do quadro "Eles & Elas" do Clube do Bolinha na TV Bandeirantes. Fez também participações em vários programas de entretenimento, como o Programa da Hebe.

A fama a catapultou para o filme "Dores de Amor", de Pierre-Alain Meier e Matthias Kälin, e a tornou personagem de inspiração de "Thelma", de Pierre-Alain Meier. Por causa desse filme, foi convidada a participar do Festival de Locarno, Suíça, na avant-première do filme "Thelma".

Na mídia impressa, foi capa da Playboy e da Transex, bem como apareceu em entrevistas e editoriais de O Estado de S. Paulo, Contigo!, Close, Nova Cosmopolitan (editoriais), WE inglesa. Telma Lipp participou ainda de diversas campanhas publicitárias para a mídia brasileira.

Fenômeno Drag Queen e Síndrome

Após brilhar em toda década de 80, Telma Lipp se viu nocauteada pelo fenômeno Drag Queen da década de 90. Foi quando o ostracismo bateu à sua porta. Sem trabalho e sem dinheiro ela buscou a prostituição. Sua vida já não tinha o mesmo glamour de seu tempo de celebridade do mundo artístico.

Concomitantemente, ela começou a sofrer de síndrome do pânico, enclausurando-se durante cinco anos em seu apartamento a maior parte do tempo. Para fugir da síndrome, Telma Lipp buscou as drogas, o que agravou ainda mais seus problemas.

Auxiliada pelo Programa Para Dependentes Químicos do Coronel Ferrarini, no final da década de 90, em São Paulo, ela conseguiu vencer o vício, onde se tornou então uma porta-voz na luta para a recuperação de drogados.

Teve então um breve momento de retomada da carreira, ao fazer algumas peças e teatro e televisão, o que lhe trouxe de volta um pouco de confiança e auto-estima.

Breve Retorno e Recaída

Em 1987, os cineastas suíços Pierre-Alain Meier e Matthias Källin vieram ao Brasil para filmar "Dores de Amor", filme-documentário sobre a vida das travestis brasileiras em São Paulo. Participaram do filme várias travestis, tanto as que já eram da cena artística como as que faziam prostituição.

Durante a produção, o diretor Pierre-Alain não resistiu a beleza e feminilidade de Telma Lipp e se apaixonou. Contudo, não houve reciprocidade por parte dela. Mesmo assim, pouco tempo depois, o cineasta faria o filme "Thelma", ambientado na Grécia, que conta a história de um homem comum que se apaixona por uma transexual. A produção foi lançada mundialmente em 2001.

Em 2001, Telma Lipp foi convidada a fazer parte do casting do filme "Carandiru", de Hector Babenco, no qual faria o papel de uma travesti presidiária de nome Lady Di. Entretanto, apesar de ter participado dos ensaios com os outros atores e de ter feito laboratório por meses, sua indicação foi preterida por motivos de marketing. Em seu lugar, entrou o ator Rodrigo Santoro.

Esse foi um golpe duro para Telma Lipp, que já estava fragilizada e tentando se recuperar. Contudo, o fato de ser transgênero tornou sua vida muito difícil.

Já inveteradamente viciada em drogas, sobretudo o crack e a cocaína, em agosto de 2003 ela foi internada em uma clínica de recuperação para dependentes químicos em Atibaia, interior de São Paulo, onde permaneceu até fevereiro de 2004.

Volta ao Anonimato e Morte

Após se recuperar, decidiu que não queria mais uma vida de agitação e flashes. Cortou os cabelos e foi para a mesa de cirurgia para retirar as próteses de silicone. Decidiu se mudar com a família para o Jaçanã, bairro paulistano onde passou sua infância.

Vivendo pacatamente, fazia planos para a nova vida, quando, repentinamente, na manhã de 09/11/2004 acordou com o lado esquerdo do corpo paralisado. Era uma neurotoxoplasmose, doença degenerativa que, com o tempo, paralisa órgãos do corpo.

Foi internada durante um mês e voltou para casa, mas faleceu vítima de insuficiência pulmonar em decorrência da neurotoxoplasmose, no dia 24/12/2004, na véspera de Natal.

Fonte: Wikipédia
Indicação: Yuri S.

Miranda

CARLOS EDUARDO MIRANDA
(56 anos)
Produtor Musical, Tecladista, Compositor e Jurado

☼ Porto Alegre, RS (21/03/1962)
┼ São Paulo, SP (22/03/2018)

Carlos Eduardo Miranda, mais conhecido por Miranda, foi um produtor musical nascido em Porto Alegre, RS, no dia 21/03/1962. Atuou como jurado em vários programas de calouros do SBT, tais como "Ídolos", "Astros" e "Qual é o Seu Talento?".

Na década de 1980, Carlos Eduardo Miranda foi um dos mais atuantes músicos do cenário de rock alternativo do Rio Grande do Sul. Tecladista e compositor, fez parte de pelo menos dois grupos locais que alcançaram expressão nos anos 1980, como Taranatiriça, Atahualpa Y Us Panquis e Urubu Rei.

Miranda, mudando-se para São Paulo, se envolveu com o cenário independente paulistano, incluindo grupos como Akira S e As Garotas Que Erraram. Nessa época, meio da década de 80, Miranda participou da equipe da revista "Bizz" e suas iniciais se tornariam bastante conhecidas nas resenhas de discos, fazendo trocadilho com o número 100. Era considerado um dos mais polêmicos críticos musicais da revista, por causa de suas resenhas de discos e artistas, que dividiu opiniões.


Na década de 1990, com os selos Banguela Records e Excelente, lançou nomes como Raimundos.

Como produtor musical lançou, entre outros grupos, Skank, O Rappa, Virgulóides, Blues Etílicos, Cordel do Fogo Encantado, Cansei de Ser Sexy, Móveis Coloniais de Acaju, MQN, Mundo Livre S/A e o primeiro disco da Graforréia Xilarmônica, "Coisa de Louco II" e também criou e dirigiu o site Trama Virtual, que é um projeto de distribuição on-line de artistas independentes por MP3. Nessa época, retomava o trabalho de músico com a banda de rock experimental Aristóteles de Ananias Jr.

Nesta época já mostrava talento para a produção, sendo uma espécie de padrinho de bandas como Defalla, Os Replicantes e muitas outras.

Miranda também fez uma edição especial da revista "Ação Games", foi um dos jurados da primeira e segunda temporada de "Ídolos" e do programa "Astros".

De 2009 a 2012 foi jurado do programa "Qual É o Seu Talento?".

Também trabalhou com Titãs, O Rappa e com a cantora paraense Gaby Amarantos. Teve uma participação importante no movimento "Manguebeat", ao lançar a banda Mundo Livre S/A nos anos 90.

Em 2014 foi anunciado como jurado do novo reality show do SBT, "Esse Artista Sou Eu", comandado por Márcio Ballas.

Miranda era casado com Isabel Hammes, cantora e preparadora vocal.

Morte

Miranda faleceu na quinta-feira, 22/03/2018, aos 56 anos, em sua casa, localizada em São Paulo, SP, um dia após seu aniversário, após sofrer um mal súbito. Miranda teve fortes dores de cabeça antes do colapso

Carreira


Televisão
  • 2006-2007 - Ídolos
  • 2009-2012 - Qual é o Seu Talento?
  • 2008-2009 e 2012 - Astros
  • 2014 - Esse Artista Sou Eu
  • 2016 - João Kléber Show

Fonte: Wikipédia
Indicação: Taís Veras e Valmir Bonvenuto

#FamososQuePartiram #Miranda

Elke Maravilha

ELKE GEORGIEVNA GRUNNUPP
(71 anos)
Modelo, Manequim, Jurada, Apresentadora e Atriz

☼ Leningrado, Rússia (22/02/1945)
┼ Rio de Janeiro, RJ (16/08/2016)

Elke Maravilha, nome artístico de Elke Georgievna Grunnupp, em russo Элке Георгевна Груннупп, foi uma modelo, manequim, jurada, apresentadora e atriz nascida em Leningrado, Rússia, e de cidadania alemã radicada no Brasil.

Filha do russo George Grunupp e da alemã Liezelotte von Sonden, Elke nasceu na antiga Leningrado, hoje São Petersburgo. Ela tinha seis anos quando sua família emigrou para o Brasil, fugindo de perseguições políticas do stalinismo soviético. O casal e os três filhos, privados da cidadania russa, se estabeleceram primeiramente em um sítio em Itabira, MG.

Em 1955 sua família arrendou terras em Atibaia, SP, dedicando-se ao cultivo de morangos. Em seguida, a família mudou-se para Bragança Paulista, SP, onde também cultivou a terra. De volta a Minas Gerais, foi escolhida Glamour Girl em Belo Horizonte em 1962. Foi nesse período que foi naturalizada brasileira.

Aos 20 anos, ela saiu de casa para morar sozinha no Rio de Janeiro, RJ, onde arrumou emprego como secretária bilíngue, valendo-se de sua fluência em oito idiomas, muitos deles aprendidos no próprio ambiente familiar, além de ser a mais jovem professora de francês da Aliança Francesa e de inglês na União Cultural Brasil - Estados Unidos.

Nesse meio tempo seu pai tornou-se diretor da Liquigás e foi transferido para Porto Alegre, RS. Elke então voltou a morar com a sua família em Porto Alegre entre 1966 e 1969, onde cursou cadeiras nas faculdades de Filosofia, Medicina e Letras da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e se formou tradutora e intérprete de línguas estrangeiras.


Começou a atuar como modelo e manequim aos 24 anos, em 1969, no mesmo período em que se casou com o escritor grego Alexandros Evremidis, o primeiro de seus oito casamentos.

No início da carreira Elke conheceu a estilista Zuzu Angel, de quem se tornou amiga. Durante a ditadura militar, em 1971, Elke foi presa por desacato no Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, por rasgar cartazes com a fotografia de Stuart Angel Jones, filho da amiga Zuzu Angel, alegando que ele já havia sido morto pelo Regime Militar.

Foi enquadrada na Lei de Segurança Nacional e perdeu a cidadania brasileira, o que a deixou apátrida. Só foi solta depois de seis dias após a intervenção de amigos da classe artística. Anos depois, requisitou a cidadania alemã, a única que possuía.

A história da estilista Zuzu Angel foi contada nos cinemas em 2006 no longa metragem "Zuzu Rangel". No filme Elke foi interpretada pela atriz Luana Piovani e fez uma participação especial.

Sua vida pessoal sempre foi conturbada. Morou em diversos países e teve oito casamentos, com homens de diversas nacionalidades. Fez três abortos, fruto de seus três primeiros casamentos, pois jamais quis ser mãe, e sempre achou que com seu jeito rebelde de ser, jamais poderia educar uma criança de forma digna. Contou em entrevistas que tomava pílula anticoncepcional, mas fora enganada por alguns desses maridos, que queriam ser pais, e em vez de tomar a pílula certa, Elke tomava a pílula de farinha. Após descobrir isto, começou a usar o Dispositivo Intrauterino (DIU).

Elke também foi usuária de todos os tipos de drogas ilícitas, além de todos os tipos de bebida alcoólica. Dizia que não tinha preferência por nenhum tipo de homem, e sim, que tinha pressa de namorar.

Carreira

Começou a atuar como modelo e manequim aos 24 anos, vindo a trabalhar com estilistas famosos da época e foi considerada como inovadora nas passarelas. Inicialmente discreta, com o tempo ela abriu espaço para sua extravagância.

Chamando atenção por ser bastante alta, 1,80m, e loira natural, não pensava em seguir carreira artística, já que dava aulas de língua estrangeira há alguns anos, e gostava do que fazia. Apesar disto, foi convencida por muitas pessoas, pois era considerada de uma beleza exótica para os padrões do Brasil. Aceitou os convites que vieram e começou a sua carreira com Guilherme Guimarães. Muito famosa no mundo da moda, parou de dar aulas e conquistou sucesso.

Elke fez cursos de cinema, teatro e trabalhou na televisão. Foi batizada como Elke Maravilha pelo jornalista Daniel Más, e se tornou conhecida ao ser chamada dessa forma por Chacrinha, com quem ela trabalhou durante 14 anos, a partir de 1972.

Elke Maravilha tornou-se popular na TV brasileira nos anos 70 e 80, aparecendo como jurada de programas de calouros do Chacrinha e de Silvio Santos. Nesses programas sempre usava perucas, roupas chamativas e buscava passar mensagens positivas para os espectadores.

Em 1993, estreou o "Programa da Elke", onde recebia personalidades para bate-papo e entrevistas.


Elke começou a trabalhar como atriz em "O Barão Otelo no Barato dos Bilhões" (1971), com Grande Otelo, e atuou em filmes como "Pixote, a Lei do Mais Fraco" (1980), de Héctor Babenco, "Quando o Carnaval Chegar" (1972) e "Xica da Silva" (1976), de Cacá Diegues

Por sua interpretação em "Xica da Silva", Elke Maravilha foi premiada com a Coruja de Ouro como Melhor Atriz Coadjuvante.

No teatro foi expoente do Movimento de Arte Pornô, um movimento artístico de cunho positivista brasileiro de vanguarda que começou na década de 1960 e terminou em 1982. Foi uma resistência política ao Golpe militar de 1964, e o movimento foi experimental do ponto de vista formal, politicamente progressista e socialmente não-normativo. O uso da palavra diva "pornô" foi deliberado, no entanto não houve produção de pornografia convencional, muito pelo contrário, rejeitou-se o erotismo.

Sua estréia como atriz na televisão foi em 1986 como dona de um bordel na mini-série "Memórias de um Gigolô", com direção de Walter Avancini, e a atuação lhe rendeu o convite para ser madrinha da Associação das Prostitutas do Rio de Janeiro.

Em 2016 a atriz estava em cartaz com "Elke Canta e Conta", peça itinerante sobre sua história, em que contava da sua infância na Rússia, dos casamentos e de sua vida como modelo e apresentadora.

Morte

Elke Maravilha morreu na madrugada de terça-feira, 16/08/2016, aos 71 anos. Ela estava internada havia quase um mês na Casa de Saúde Pinheiro Machado, no bairro de Laranjeiras, Rio de Janeiro, após uma cirurgia para tratar uma úlcera.

"Ela teve complicações após a operação e também tinha diabetes. Ela não estava mais respondendo aos remédios", explicou o irmão da atriz, Frederico Grunnupp. O laudo médico ainda não foi liberado, mas segundo Frederico Grunnupp a atriz sofreu falência múltipla dos órgãos por volta de 1h00.

Natasha Grunnupp, sobrinha de Elke, falou sobre os últimos dias dela no hospital: "Mesmo no hospital ela estava sempre muito feliz, sempre aquele ar de felicidade, a gente estava preocupado com as partes técnicas, vendo a situação, mas ela não. Ela passou por uma cirurgia no sábado porque um dos pontos da primeira cirurgia tinha estourado e depois disso piorou!".

O corpo de Elke Maravilha será velado às 9h00 de quarta-feira, 17/08/2016, no Teatro Carlos Gomes, no região central do Rio de Janeiro. O enterro está marcado para acontecer às 16h00, no Cemitério São João Batista, em Botafogo, na Zona Sul da cidade.

Televisão
  • 1973 - A Volta de Beto Rockfeller ... Sofia
  • 1979 - Milagre - O Poder da Fé ... Ela Mesma
  • 1986 - Memórias de um Gigolô ... Madame Yara
  • 1988 a 1991 - Cassino do Chacrinha ... Jurada
  • 1993 a 1996 - Programa Elke Maravilha ... Apresentadora
  • 1998 - Pecado Capital ... Ela mesma (Participação Especial)
  • 2004 - Big Brother Brasil 4 ... Jurada
  • 2004 - Celebridade ... Ela mesma (Participação Especial)
  • 2004 - Da Cor do Pecado ... Jurada (Participação Especial)
  • 2007 - Luz do Sol ... Urânia Szakaly
  • 2009 - Caminho das Índias ... Ela mesma (Participação Especial)
  • 2012 - Morando Sozinho ... Dona Violeta
  • 2013 - As Canalhas ... Cacala
  • 2013 - Destino: Rio de Janeiro ... Tia Selesniova
  • 2015 - Fantástico ... Ela Mesma (Quadro "O Grande Plano")
  • Show de Calouros ... Jurada

Cinema
  • 1970 - Salário Mínimo ... Modelo
  • 1971 - O Barão Otelo no Barato dos Bilhões Secretária
  • 1972 - Os Machões
  • 1972 - Quando o Carnaval Chegar ... Atriz Francesa
  • 1973 - O Rei do Baralho
  • 1974 - Gente Que Transa ... Esmeralda
  • 1976 - Xica da Silva ... Hortência
  • 1977 - Tenda dos Milagres
  • 1977 - A Força do Xangô
  • 1977 - Pastores da Noite
  • 1978 - Elke Maravilha Contra o Homem Atômico  ... Elke Maravilha
  • 1979 - A Noiva da Cidade ... Daniela
  • 1979 - O Milagre
  • 1981 - Pixote, a Lei do Mais Fraco  ... Débora
  • 1987 - No Rio Vale Tudo
  • 1987 - Romance ... Amiga de Antônio César
  • 1987 - Tanga: Deu no New York Times
  • 1988 - Wiezien Rio ... Frank
  • 1999 - Xuxa Requebra ... Iara Macedo "Macedão"
  • 2006 - Zuzu Angel ... Lieselotte
  • 2007 - Elke ... Ela Mesma
  • 2007 - Elke no País das Maravilhas ... Ela Mesma
  • 2010 - A Suprema Felicidade ... Avó de Paulo
  • 2010 - A Maravilha de Ser Elke ... Ela Mesma
  • 2011  - Fca Carla ... Lúcia
  • 2013 - Mato Sem Cachorro ... Dona Noara
  • 2013 - Meu Passado Me Condena ... Mirtes
  • 2015 - A Lenda do Gato Preto ... Angelina
  • 2015 - Super Oldboy ... Senhora
  • 2016 - Carrossel 2: O Sumiço da Maria Joaquina ... Mãe do Gonzalez

Teatro
  • Paixão de Cristo
  • Elke - Do Sagrado ao Profano
  • Viva o Cordão Encarnado
  • O Castelo das Sete Torres
  • Rio de Cabo a Rabo
  • Eu Gosto de Mamãe
  • Carlota Joaquina
  • A Rainha Morta
  • O Homem e o Cavalo
  • Orfeu da Conceição
  • O Lobo da Madrugada
  • Carlota Joaquina

Fonte: Wikpédia

José Messias

JOSÉ MESSIAS CUNHA
(86 anos)
Cantor, Compositor, Escritor, Radialista, Apresentador, Produtor, Jornalista, Crítico e Jurado

☼ Bom Jardim de Minas, MG (07/10/1928)
┼ Rio de Janeiro, RJ (12/06/2015)

José Messias da Cunha foi um compositor, cantor, escritor, músico, radialista, apresentador e produtor de programas de rádio e televisão, além de jornalista, crítico musical e jurado musical em programas de talentos na televisão. Personagem de destaque expressivo na cultura artística brasileira durante várias décadas, desde a era de ouro do rádio e o início da televisão no país.

José Messias nasceu em 07/10/1928, no município de Bom Jardim de Minas, MG. Nascido de família pobre, mas extremamente musical, onde o pai e o avô eram regentes de banda, o tio era trombonista, ainda jovem começou a compor músicas para blocos de carnaval. Essa verve artística e musical iria acompanhá-lo por toda a sua vida nas múltiplas facetas de expressão.

Mudou-se, mais tarde, para Barra Mansa, RJ, trazido por um parente de nome José Gentil, nascido também em Bom Jardim de Minas, já falecido, que foi quem o levou para o Rio de Janeiro. Este parente foi quem o ensinou a ler e escrever, pois como é sabido, José Messias não tinha estudo quando morava em Bom Jardim de Minas. Este seu parente era auto ditada, falando fluentemente latim, inglês e esperanto, e ainda grande conhecedor da gramática da língua portuguesa. E ali aprendeu os ofícios do circo em pequenas companhias locais, havendo atuado, inclusive como palhaço.

Em 1945 seguiu para o Rio de Janeiro, onde viveria por várias décadas, e participou de vários programas de rádio, entre os quais, "Papel Carbono", de Renato Murce. Estudou no Liceu de Artes e Ofícios. Trabalhou, também, durante algum tempo, no comércio, até que foi apresentado ao compositor Herivelto Martins, de quem veio a ser então secretário.

Com esse trabalho e com o relacionamento no meio artístico de então, oportunidades começaram a surgir, e José Messias chegou a substituir Grande Otelo em vários espetáculos. Continuava a compor músicas de Carnaval e, em 1952, conseguiu que fosse gravada a "Marcha do Coça Roça", sua primeira composição, que veio a ser interpretada por Heleninha Costa.

Seguiram-se, depois, várias outras interpretações de composições suas, por artistas famosos da época de ouro do rádio brasileiro: Emilinha Borba, Francisco Carlos, Marlene, e Quatro Ases e Um Coringa. Nessa época escreveu para jornais e revistas.

Em 1954, o então Ministro do Trabalho João Goulart nomeou-o para o Serviço de Recreação Operária, porém à disposição da Rádio Mauá, o que lhe permitiu continuar a desenvolver seus atributos musicais.

Em 1955, estreou como apresentador de auditório na Rádio Mayrink Veiga. Por dez anos, ele acumulou o exercício da função pública com as atividades privadas de direção e de apresentação de programas em várias radio-emissoras daquela época no Rio de Janeiro, como Rádio Mundial, Rádio Carioca, Rádio Metropolitana, Rádio Tupi, Rádio Guanabara e Rádio Nacional.


Identificado com a juventude da época, José Messias renovou o cenário musical de então. Criou, em conjunto com Carlos Imperial e Jair de Taumaturgo, o marcante movimento de renovação e vanguarda musical que veio a ser a Jovem Guarda.

Vanguardista em cultura musical, ele efetivamente lançou ao estrelato muitos cantores, por meio do seu programa "Favoritos da Nova Geração". Figuram entre os mais conhecidos e famosos os artistas Clara Nunes, Jerry Adriani, Roberto Carlos e Wanderley Cardoso, dentre muitos outros.

Ainda em 1955, compôs o samba "A Mão Que Afaga", com Raul Sampaio, gravado na Continental, pelos Vocalistas Tropicais.

Em 1956, estreou em discos pela pernambucana gravadora Mocambo, registrando a batucada "Macumbô" (José Messias e Carlos Brandão) e o samba "Deus e a Natureza" (José Messias e Carlos Brandão).

Em 1957, gravou na Copacabana os sambas "Ai, Ai, Meu Deus" (Amorim Roxo e Nelinho) e "Vou Beber" (José Messias e Carlos Brandão).

Em 1959, gravou pela Continental o mambo "Você Aí" (José Messias) e o samba "Fim de Safra" (Luiz de França e Zé Tinoco). Nesse ano, seu samba "O Sono de Dolores", em homenagem a Dolores Duran, que acabara de falecer, foi gravado por Ângela Maria e Mara Silva na Rádio Copacabana.

Em 1960, gravou na Polydor a "Marcha da Condução" (José Messias) e "Garoto Solitário" (Adelino Moreira), sucesso no carnaval do ano seguinte. Nesse ano, Carlos Augusto gravou seu bolero "Chega".

Em 1961, gravou na Philips o rock "Rock do Cauby" (José Messias) e o samba "Amor de Verão"(Edgardo Luiz e Geraldo Martins).

Em 1962, obteve destaque com a "Marcha do Carequinha". Gravou na Rádio Mocambo o cha-cha-chá "Garrincha-cha" (Rutinaldo), homenagem ao jogador de futebol Garrincha, do Botafogo do Rio de Janeiro. Nesse ano, seu bolero "Pecador", foi gravado por Silvinho. No começo dessa década, foi um dos radialistas que mais apoiou o movimento ligado ao rock, prestigiando os artistas ligados à Jovem Guarda.

Em 1963, gravou na RGE o "Twist do Pau de Arara" (Raul Sampaio e Francisco Anísio) e o "Cha Cha Cha do Carequinha" (José Messias). Ainda gravou na Odeon as marchas "Deus Tem Mais Pra Dar" (Valfrido Silva, Gadé e Humberto de Carvalho) e "Marcha do Pica-Pau" (Valfrido Silva e Humberto de Carvalho). Também em 1963, teve a música "Aconteça o Que Acontecer" gravada pelo Trio Esperança.

Em 1969, gravou a música "Terreiro de Outro Rei" (José Messias) no LP "O Fino da Roça", de Jackson do Pandeiro. Atuou também na TV Tupi, TV Continental, TV Rio e TV Excelsior. Na TV Tupi, participou dos programas "Flávio Cavalcanti" e "A Grande Chance".

No SBT, de São Paulo, participou, desde o ano 2000, do "Programa Raul Gil", bem como teve atuação muito permanente nas mais diversas emissoras da radiofonia carioca, especialmente a Rádio Nacional do Rio de Janeiro.

Em 2000, teve a música "Travesseiro" relançada na voz de José Ricardo, no CD "José Ricardo - Serenata Suburbana", do selo Revivendo.

Em 2002, produziu o CD "Seleção Nota 10 de José Messias" pela Warner.

Compositor

Compositor desde a juventude, José Messias é sócio honorário da Sociedade Brasileira de Autores, Compositores e Escritores de Música (SBACEM). É autor de mais de duzentas composições. Algumas delas foram gravadas por grandes nomes da Música Popular Brasileira, entre artistas e grupos musicais, como Ângela Maria, Caetano Veloso, Cauby Peixoto, Clara Nunes, Dircinha Batista, Emilinha Borba, Jair Rodrigues, José Ricardo, Linda Batista, Marisa Monte, Nelson Gonçalves, Pery Ribeiro, Quarteto em Cy, Roberto Carlos, Sílvio César, entre outros.

Rádio e Televisão

José Messias foi, também, apresentador e diretor em várias emissoras de rádio e de televisão do Rio de Janeiro. Como tal, dirigiu Flávio Cavalcanti, Aírton Rodrigues e Lolita Rodrigues entre outros.

"A Grande Chance"

Na década de 1970, enquanto ainda trabalhava na rádio, ingressou também nas duas principais emissoras de televisão cariocas, a TV Tupi e a TV Rio. Veio, assim, pouco depois, a compor o juri musical mais importante da televisão brasileira da época, no então famoso programa "A Grande Chance", apresentado por Flávio Cavalcanti.

Conforme relato do jornalista, radialista e estudioso da música popular brasileira, Osmar Frazão, a última formação do programa "A Grande Chance" contou com a participação dos seguintes jurados: Umberto Reis, Erlon Chaves, Osmar Frazão, Artur Faria, Cidinha Campos (depois retornou Márcia de Windsor), Carlos Renato, Jorge Mascarenhas, além de José Messias, sendo que Osmar Frazão entrou para substituir Sérgio Bittencourt, que ficou uma temporada em São Paulo. Por tal razão, Osmar Frazão, nesse programa, foi batizado por Flávio Cavalcanti de "A Enciclopédia da Musica Popular Brasileira".

Foi, ainda, Osmar Frazão a convidá-lo como apresentador do programa denominado "A Hora dos Calouros" na Rádio Nacional.

Apresentador

Em 1966, a Rádio Nacional contratou-o como locutor, apresentador e produtor, onde apresentou, entre outros, o "Show da Cidade", o "Programa José Messias", "A Hora dos Calouros" e "Viva a Jovem Guarda".

Em 1972, transferiu-se para a TV Bandeirantes e o Sistema Brasileiro de Televisão (SBT), e então produziu e dirigiu o "Clube dos Artistas", então apresentado pelo casal Airton Rodrigues e Lolita Rodrigues.

Em 1974, criou o quadro "Pra Quem Você Tira o Chapéu", que já foi apresentado por vários artistas.

Anos depois, passou o comando a Raul Gil e participou de seu programa desde 1998, como jurado fixo.

No inicio da década de 80, enquanto ainda integrava a Rádio Nacional, adquiriu emissoras de rádio da Região dos Lagos e do Jornal de Negócios, assumindo, em 1990, a superintendência do Sistema Serramar de Comunicações, que então congregava cinco emissoras.

Em 1998, assumiu a titularidade da Secretaria de Cultura, Educação, Esporte e Lazer de Saquarema.

Jurado Musical

Em 2002, convidado pelo também apresentador, compositor e cantor Raul Gil, tornou-se jurado no "Programa de Calouro do Raul Gil". Além da função de jurado ilustre, nos vários programas de talentos apresentados por Raul Gil, em sucessivas redes de televisão, José Messias dedicou-se ao resgate da memória do rádio e da televisão brasileiros.

Escritor

José Messias da Cunha foi membro da Academia Nacional de Letras e Artes. Recentemente, lançou seu primeiro livro, "Sob a Luz das Estrelas: Somos Uma Soma de Pessoas". Na obra, ele apresenta a história de sua vida e carreira, bem como exibe um valioso retrospecto da história do rádio e da televisão no Brasil, história da qual foi co-protagonista.

Morte

José Messias morreu na noite de sexta-feira, 12/06/2015, aos 86 anos, no Rio de Janeiro. Ele estava internado há cerca de dez dias no Hospital Italiano, no Grajaú, Zona Norte do Rio de Janeiro.

Segundo nota de pesar do SBT, José Messias teve falência múltipla de órgãos em decorrência de uma complicação renal.

Família e amigos se despediram de José Messias na tarde de sábado, 13/06/2015. Seu corpo foi enterrado no Cemitério de Saquarema, no Rio de Janeiro, por volta das 15:00 hs. Durante toda a manhã, as pessoas mais próximas de José Messias estiveram reunidas em um velório que aconteceu em uma capela ao lado do Hospital Municipal Nossa Senhora de Nazareth, em Bacaxá, distrito de Saquarema.

Condecorações

José Messias da Cunha foi condecorado com vários méritos, entre diplomas, troféus e medalhas, com especial destaque para:

  • Cidadão Benemérito da Cidade do Rio de Janeiro
  • Medalha Tiradentes
  • Prêmio Noel Rosa (Pelo Sindicato dos Compositores)

Discografia


  • 1956 - Macumbô / Deus e a Natureza (Mocambo, 78 rpm)
  • 1957 - Ai, Ai, Meu Deus / Vou Beber (Copacabana, 78 rpm)
  • 1959 - Você Aí / Fim de Safra (Continental, 78 rpm)
  • 1960 - Marcha da Condução / Garoto Solitário (Polydor, 78 rpm)
  • 1961 - Rock do Cauby / Amor de Cerão (Philips, 78 rpm)
  • 1962 - Garrincha-cha / Duas Mães (Mocambo, 78 rpm)
  • 1962 - Maria Carnaval / Marcha do Carequinha (Philips, 78 rpm)
  • 1962 - Trenzinho de Brinquedo-Piuí / Dorme (Mocambo, 78 rpm)
  • 1963 - Deus Tem Mais Pra Dar / Marcha do Pica-Pau (Odeon, 78 rpm)
  • 1963 - Twist do Pau de Arara / Cha Cha Cha do Carequinha (RGE, 78 rpm)

Fonte: Wikipédia e Ego

Marly Marley

MARLY MARLEY
(75 anos)
Atriz, Diretora Teatral, Crítica Musical, Jurada Musical e Vedete

* Três Lagoas, MS (05/04/1938)
+ São Paulo, SP (10/01/2014)

Marly Marley foi uma atriz, diretora de teatro, crítica musical, jurada musical e ex-vedete da época de ouro do rádio e televisão brasileiros, personalidade de destaque expressivo no cenário da cultura artística e musical nacional por várias décadas.

Era conhecida como "única vedete de São Paulo" pois o teatro de revista dos anos 50 e 60 era dominado pelas cariocas. Formou-se professora, mas nunca exerceu a profissão. Preferiu se dedicar ao balé, ao acordeon, ao piano e ao canto, habilidades estudadas desde criança. Aos 17 anos já atuava no teatro paulistano.

Marly Marley nasceu em Três Lagoas, MS, em 05/04/1938, e, ainda pequena, mudou-se para Lins, no estado de São Paulo, cidade que adotou de coração. Formou-se professora e psicóloga, mas nunca exerceu a profissão. Preferiu se dedicar ao balé, ao acordeon, ao piano e ao canto, habilidades estudadas desde criança. Aos 17 anos já atuava no teatro paulistano.

O carnaval sempre foi outra paixão de Marly Marley. Ao longo de dez anos participou de gravações de folias carnavalescas pelo Brasil, como como "Índia Bonitinha" e "Marcha da Baleia". Toda a experiência conferiu-lhe vários predicados artísticos e culturais. Ultimamente assinava a produção e direção de peças teatrais.


Época do Teatro

Marly Marley trabalhou por quinze anos como vedete nos teatros de revista. Depois, participou de operetas com Vicente Celestino e Gilda de Abreu.

No lendário Teatro Natal, fez "Tá Rosa e Não Está Prosa", com Otelo Zeloni e Renata Fronzi, e "Precisa-se De Um Presidente", com José Vasconcellos. Atuou ainda em "Vai Acabar Em 69", "Só Porque Você Quer" e "Pega, Mata e Come". Participou ainda de comédias com Dercy Gonçalves e Mazzaropi.

Foi uma presença marcante no Teatro de Comédia. Com Dercy Gonçalves fez a clássica "Dona Violante Miranda", em 1958. Também esteve em "O Cunhado Do Ex-Presidente".


Cinema e Televisão

Na televisão, Marly Marley passou por várias emissoras como TV Tupi, TV Excelsior, Rede Manchete, Band, SBT e TV Record. Fez parte do elenco de inauguração da Rede Bandeirantes, em 1967, sempre se destacando nos programas de humor como "Show de Mulheres". Desde os anos 80 integrava o corpo de jurados do "Programa Raul Gil", na TV Record, Rede Manchete, Band e ultimamente no SBT.

Fez algumas novelas como "O Amor Tem Cara De Mulher" (1966), na TV Tupi. No SBT, participou de "Meus Filhos, Minha Vida" (1984). Esteve também no gran finale da novela "Belíssima" (1986) na TV Globo,quando o autor Silvio de Abreu fez uma homenagem às vedetes do Brasil, colocando em cena todas as remanescentes do gênero. Apareceu ao lado de Carmem Verônica e Íris Bruzzi.

No cinema, estrelou três filmes com Mazzaropi, o mais famoso é "O Puritano da Rua Augusta" (1965), e em duas produções estrangeiras, uma mexicana e outra alemã.

Em 2008, Marly Marley participou do filme "Chega de Saudade", seu último trabalho no cinema, da cineasta Laís Bodanzky, autor de "Bicho de Sete Cabeças" (2000), com roteiro de Luiz Bolognesi, um longa-metragem que trata do universo e dos personagens dos salões da época de ouro do rádio, teatro e televisão no Brasil. Na história, interpretou a personagem Liana.


Produtora

Foi produtora de várias peças com os comediantes Gibe e Simplício. Mais tarde, nos anos 80, integrou o elenco de "O Vison Voador", peça que ficou mais de seis anos em cartaz. Depois, nos anos 2000, Marly Marley produziu novamente o espetáculo, que atraiu um grande público por todo o Brasil.


Jurada Musical

Integrou por muitos anos o corpo de jurados do "Programa Raul Gil", trabalhando com o apresentador desde 1987. Com notável cultura, experiência e talento musical, é considerada a primeira dama da crítica musical brasileira.

Ary Toledo e Marly Marley
Morte

Marly Marley morreu em 10/01/2014, aos 75 anos, depois de ficar internada por um mês em um hospital de São Paulo devido a um câncer de pâncreas e apresentava metástase.

Ela era casada com o humorista Ary Toledo há 45 anos. O casal não teve filhos.


Wilza Carla

WILZA CARLA ROSSI DE BRANDIZI SILIBELI SOARES MARQUES PEREIRA
(75 anos)
Atriz, Vedete, Humorista e Jurada de TV

* Niterói, RJ (29/10/1935)
+ São Paulo, SP (18/06/2011)

Neta de político famoso no Rio, Wilza Carla foi abandonada pelo pai aos 3 anos de idade e passou toda sua infância dividida entre a mansão dos avós e o "quarto e sala" da mãe. Em 1955, foi convidada na porta do Colégio Sion, por Carlos Manga para um bom papel no filme "Chico Viola Não Morreu". Aceitou e filmou escondida dos avós, que a proibiam até de ter aulas de ballet. Quando o filme estreou Wilza Carla foi expulsa do Colégio Sion, mas não desistiu da carreira.

No mesmo ano foi eleita Rainha dos Comerciários e escalada para o programa de TV "Familia Boa Aventura". No cinema teve um pequeno papel em "Eleanora dos Sete Mares" e na produção italiana "Pani, Amore e Carnavale". Tentou também o teatro "sério" na peça "Comédia do Coração", com Paulo Autran, mas acabou partindo para o Teatro de Revista que dava mais dinheiro e mais prestígio.

Rapidamente se tornou uma das principais vedetes do país, favorita de muitos políticos. Iniciou então a famosa coleção de noivos. Em 1957, 1958 e 1959 reinou soberana como Rainha do Carnaval, a única na história do carnaval com 3 títulos consecutivos.

Wilza Carla já estava passando de voluptuosa para gorda na entrada dos anos 60, mesmo assim seu prestigio e beleza garantiram ainda muitos anos de rebolado. De 1960 a 1964, se dividiu entre Brasil e Portugal, onde estrelou com muito sucesso montagens brasileiras como "Boa Noite Lisboa" e "Pão, Amor e Reticências".


Em 1962 Wilza Carla fez sua estréia nos desfiles de fantasia do Teatro Municipal, com a fantasia Rainha dos Vampiros. Foi desclassificada porque a comissão julgadora considerou sua fantasia imoral. Wilza Carla deu início as suas famosas brigas com o juri e os organizadores do Teatro Municipal, sempre que não tirava o primeiro prêmio. No ano seguinte ficou em primeiro lugar com a fantasia em homenagem a Ary Barroso, intitulada Aquarela do Brasil. Daí pra frente, foi uma coleção de prêmios, na maioria das vezes, na categoria de originalidade, onde sempre foi imbatível.

Em 1967 participou da cultuada produção sueca, rodada no Rio de Janeiro, "Palmeiras Negras", dos diretores Lassen Ligrend e Iulin Bohim, interpretando o segundo papel do filme ao lado de Bibi Anderson. Estava então com 133 quilos e fez uma cena totalmente nua. Apesar do filme ter sido muito comentado e censurado aqui no Brasil, trouxe um premio de melhor atriz no Festival de Palermo.

Já na década de 70, Wilza Carla atuou em dezenas de produções baratas da Boca do Lixo, alguns cults como "Os Monstros de Babaloo" de "Elyseu Visconti", considerado o filme mais erótico produzido no Brasil nos anos 70. Mas também teve participações em filmes importantes do cinema nacional como "Os Herdeiros" de Carlos Diegues, "Macunaíma" e "Guerra Conjugal", ambos de Joaquim Pedro de Andrade.

Na TV participou de programas humoristicos como "Balança Mas Não Cai" e algumas novelas na antiga TV Tupi, como "Jerônimo, o Herói do Sertão" e "Assim na Terra Como no Céu". Mas foi em 1976 que teve seu grande momento na televisao brasileira, como Dona Redonda, um dos personagens surrealistas da novela "Saramandaia" de Dias Gomes. Dona Redonda, um dia, explode de tanto comer e ainda deixa uma cratera no chão. Mas o público exigiu a volta de Wilza Carla, e ela volta na pele de Dona Bitela, irmã gêmea de Dona Redonda.


Em 1977, Wilza Carla seria escolhida por Federico Fellini para estrelar "Casanova", onde desempenharia o papel de uma mulher gigante, mas acabou não acontecendo.

Em 1979 casou-se com o modelo Paulo Bezerra, já grávida de Paola Faenza Bezerra da Silva, que nasceu 5 meses depois.

Na década de 80 se firmou como jurada do "Programa Sílvio Santos" e "Programa Raul Gil".

Em 1984 começaram seus sérios problemas de saúde. Diabética e com problemas de ácido úrico, hipertensão arterial, infecção urinária e trombose nas pernas, ficou várias semanas internada e precisou da ajuda de amigos e artistas como Hebe Camargo, Sílvio Santos e Roberto Carlos para pagar suas contas no hospital.

Daí em diante, suas aparições foram diminuindo. Ainda teve participações especiais em programas do Chico Anysio, na novela "Cambalacho", e alguns programas humorísticos da TV Bandeirantes. Mesmo com todos os problemas de saúde, continuou desfilando suas fantasias de carnaval como hors-concours (fora da competição).

Em 1991 fez na Rede Globo a minissérie "O Portador" de Herval Rossano. Ao lado de Lafayte Galvão formou um casal dono de pastelaria e traficante de sangue. Também em 1991, fez sua ultima participação em novelas, na TV Manchete em "A História de Ana Raio e Zé Trovão", no personagem Maria Gasolina.


Em 1993 desfilou no Teatro Municipal pela última vez com a fantasia "Recordação de um Pássaro", encerrando mais de 30 anos de uma trajetória de muito sucesso no mundo das fantasias.

Em 1994 os problemas de saúde voltam com força total. Teve a vista atacada por uma catarata que a deixou praticamente cega, a artrose nos joelhos a impediu de andar.

Em 1995 foi internada as pressas com depressão aguda e a diabetes fora do controle. Ficou quase um ano na UTI e chegou a entrar em coma. O peso muito acima do normal, 190 kg., complicou ainda mais a situação. Wilza Carla esteve a beira da morte, perdeu a visão e parou de falar.

Wilza Carla deu uma melhorada, operou a catarata, emagreceu 100 kg., mas ainda estava numa cadeira de rodas devido a falta de verba e também de coragem para implantar uma prótese. Estava vivendo em São Paulo, na casa da antiga amiga Phedra del Cordoba. Ainda tinha muita depressão, perdeu boa parte da memória e não conseguia falar muito pois sempre se emocionava e chorava. Provavelmente por constatar que num pais sem memória como o Brasil, hoje ela estava totalmente esquecida.

A atriz e ex-vedete Wilza Carla morreu no sábado, 18/06/2011, aos 75 anos, no Hospital das Clínicas de São Paulo. Segundo a advogada e amiga, Maria Francisca Valias, ela sofria de diabetes e de problemas cardíacos. Além disso, ainda de acordo com a amiga, Wilza tinha dificuldades de memória e para se locomover.

José Fernandes

JOSÉ FERNANDES
(54 anos)
Maestro, Discotecário, Produtor, Redator, Radialista e Jurado de TV

☼ Minas Gerais (1925)
┼ Rio de Janeiro, RJ (05/09/1979)

José Fernandes foi um maestro, discotecário, produtor, redator, jurado de televisão e apresentador de programas de rádio durante quase duas décadas, mas só se tornou famoso quando começou a aparecer, eternamente mal-humorado, nos júris de programas de televisão.

Fazia o tipo mal humorado, de poucas amizades e raramente dava um sorriso em frente às câmeras. E foram raras as vezes em que seu sorriso foi visto, mas aconteceu. Os calouros tremiam quando José Fernandes pegava o microfone e já sabiam que nota receberiam. Sua nota geralmente era 0 e quando estava de bem com a vida, dava 1.

Participou do "Programa Flávio Cavalcanti" e também foi jurado no "Show de Calouros" do "Programa Sílvio Santos".

Crítico feroz, costumava distribuir notas zero aos calouros e, em 13 anos, só concedeu nota 10 para os cantores Clara Nunes, Cláudia, Elis Regina, Maysa, Orlando Silva, Carlos José, Tito Madi e Dick Farney. Mesmo assim, recentemente acabaria confessando a um amigo seu arrependimento por três dessas notas.


Em 1976, Guilherme Arantes se apresentou no programa "Show de Calouros", com o seu primeiro sucesso "Meu Mundo e Nada Mais", que era tema da novela "Anjo Mau". O cantor recebeu nota máxima de todos os jurados, menos de José Fernandes, que deu 4,5 (a nota máxima era 5), alegando que o trecho da letra "Só Sobraram Restos", formava o cacófato "Sóçobraram Restos". Guilherme Arantes discutiu com José Fernandes e Sílvio Santos pôs panos quentes, dizendo que os candidatos não deveriam comentar as opiniões do júri.

Como músico, dirigiu uma orquestra dedicada especialmente a tangos.

Em 1976, pela RCA Camden, lançou o LP "Tangos Nota 10 - José Fernandes e Sua Orquestra Típica", com a interpretação dos tangos "Ojos Negros" (Vicente Greco), "Caminito" (Gabino Coria Peñaloza e Juan de Dios Filiberto), "Derecho Viejo" (Eduardo Arolas), "Nostalgias" (Juan Carlos Cobián e Enrique Cadícamo), "Ré-fá-si" (Enrique Delfino), "A Media Luz" (Edgardo Donato e Carlos César Lenzi), "Quejas de Bandoneon" (Juan de Dios Filiberto), "Tango Pra Teresa" (Jair Amorim e Evaldo Gouveia), "El Choclo" (Angel Villoldo, Enrique Santos Discépolo e Carlos Marambaio Catan), "Volver" (Carlos Gardel e Alfredo Le Pera), "La Maleva" (A. Buglione e M. Prado) e "Yira Yira" (Enrique Santos Discépolo).


Em 1977, lançou o LP "Tangos Nota 10 - Volume 2 - José Fernandes e Sua Orquestra Típica", com os tangos "Mi Refugio" (Juan Carlos Cobián e P. N. Córdoba), "La Útima Cita" (Agustin Bardi e Francisco Garcia Jimenez), "Uno" (Mariano Mores e Enrique Santos Discépolo), "Madreselva" (Francisco Canaro e Luis César Amadori), "Buen Amigo" (Julio de Caro e C. Marambio), "Felicia" (Enrique Saborido), "Noche de Reyes" (Jorge Curi e Pedro Maffia), "À Eduardo Arolas", (José Fernandes), "Cuesta Abajo" (Carlos Gardel e Alfredo Le Pera), "Tomo y Obligo" (Carlos Gardel e Manuel Romero), "Canaro" (José Martinez), "Esta Noche Me Emborracho" (Enrique Santos Discépolo), "Recuerdo" (Adolfo Pugliese) e "Maipo" (Eduardo Arolas).

Apesar de maestro, sua notoriedade se deveu, segundo a crítica especializada, ao tipo especial que criou no "Programa Flávio Cavalcanti": Carrancudo, mal-humorado, dando sempre notas baixas aos calouros. O que fez com que o seu nome, tal sua popularidade, ficasse sinônimo de pessoas de mal com a vida.

José Fernandes faleceu no dia 05/09/1979, aos 53 anos, no Rio de Janeiro, RJ, vítima de uma afecção renal.

Fonte: Wikipédia