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Gilberto Mendes

GILBERTO AMBRÓSIO GARCIA MENDES
(93 anos)
Compositor, Regente Orquestral, Professor e Jornalista

☼ Santos, SP (13/10/1922)
┼ Santos, SP (01/01/2016)

Gilberto Ambrósio Garcia Mendes foi um compositor, regente orquestral, professor e jornalista brasileiro. Iniciou seus estudos de música aos 18 anos, no Conservatório Musical de Santos, com Savino de Benedictis e Antonieta Rudge. Praticamente autodidata em composição, compôs sob orientação de Cláudio Santoro e Olivier Toni, e frequentou o Ferienkurse Fuer Neue Musik de Darmstadt, Alemanha, em 1962 e 1968.

Entre 1945 e 1963, foi membro do Partido Comunista Brasileiro e deixou também sua marca na história social da música.

Em 1997, musicou o poema "O Anjo Esquerdo da História", de Haroldo de Campos, que fala sobre os 19 sem-terra assassinados em Eldorado dos Carajás, no Pará, no dia 17/04/1996, data que se tornou o Dia Mundial da Luta Camponesa e Dia Nacional de Luta pela Reforma Agrária.

Já em "Vila Socó, Meu Amor", Gilberto Mendes homenageia os 93 mortos no incêndio da favela Vila Socó, de Cubatão, em 1984. Ele escreveu a música dias após a catástrofe:

"Não devemos esquecer os nossos irmãos da Vila Socó, transformados em cinzas, lixo em pó. A tragédia da Vila Socó mostra como o trabalhador é explorado, esmagado sem nenhum dó!"

Um dos pioneiros da música concreta no Brasil, foi um dos signatários do Manifesto Música Nova, publicado pela revista de arte de vanguarda Invenção, de 1963. Foi porta-voz da poesia concreta paulista, do grupo Noigandres. Como consequência dessa tomada de posição, tornou-se um dos pioneiros no Brasil no campo da música concreta, da música aleatória, da música serial integral, mixed média, experimentando ainda novos grafismos, novos materiais sonoros e a incorporação da ação musical à composição, com a criação do teatro musical, do Happening.

Professor universitário, conferencista, colaborador das principais revistas e jornais brasileiros, Gilberto Mendes foi fundador, em 1962, diretor artístico e programador do Festival Música Nova de Santos, o mais antigo em seu gênero em toda a América. Como professor convidado e Composer In Residence, deu aulas Universidade de Wisconsin-Milwauke, nos Estados Unidos, na qualidade de University Artist 78/79 e Tinker Visiting Professor.

Gilberto Mendes era doutor pela Universidade de São Paulo, onde deu aulas no Departamento de Música da Escola de Comunicações e Artes até se aposentar.

Prêmios e Honrarias

No Brasil, recebeu, entre outros, o Prêmio Carlos Gomes, do Governo do Estado de São Paulo, foi também diversos prêmios da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA), o I Prêmio Santos Vivo, dado pela ONG de mesmo nome, pela sua obra "Santos Football Music", além de ter sido indicado para o Primeiro Prêmio Multicultural do jornal O Estado de S. Paulo. Também recebeu a Bolsa Vitae, o Prêmio Sérgio Mota Hors Concours 2003 e o título de Cidadão Emérito da Cidade de Santos, dado pela Câmara Municipal de Vereadores.

Em cerimônia no Palácio do Planalto, em Brasília, no ano de 2004, o autor recebeu a insígnia e diploma de sua admissão na Ordem do Mérito Cultural, na classe de comendador, do Ministério da Cultura, das mãos do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e do Ministro da Cultura, Gilberto Gil.

Gilberto Mendes era membro honorário da Academia Brasileira de Música e do Colégio de Compositores Latino-americanos de Música de Arte, com sede no México.

Verbetes com seu nome constam das principais enciclopédias e dicionários mundiais, como o Grove em inglês, o Rieman alemão, o Dictionary Of Contemporarry Music, de John Vinton e vários outros.

Morte

Gilberto Mendes morreu em 01/01/2016, aos 93 anos. Ele estava internado desde a véspera do Natal, 24/12/2015, na Unidade de Tratamento Intensivo (UIT) da Santa Casa de Santos devido a problemas respiratórios. Sofria de asma e teve uma crise, segundo o escritor Flávio Viegas Amoreira. Morreu às 18h40min, por falência múltipla de órgãos.

Gilberto Mendes era casado há 40 anos com Eliane Ghigonetto e tinha três filhos, um deles já falecido.

Obra

Sua obra já foi tocada nos cinco continentes, principalmente na Europa e Estados Unidos.

Destacam-se, dentre as peças para orquestra:

  • Santos Football Music
  • Concerto para Piano e Orquestra

Para Grupos Instrumentais:

  • Saudades do Parque Balneário Hotel
  • Ulysses em Copacabana Surfando com James Joyce e Dorothy Lamoura
  • Longhorn Trio
  • Rimsky

Para Coro:

  • Beba Coca-Cola
  • Ashmatour
  • O Anjo Esquerdo da História
  • Vila Socó Meu Amor

Escreveu também inúmeras peças para piano e canções. Seu livro "Uma Odisséia Musical" foi publicado pela Editora da Universidade de São Paulo (EDUSP).

Fonte: Wikipédia

Alfredo Halpern

ALFREDO HALPERN
(74 anos)
Médico e Professor

☼ São Paulo, SP (29/08/1941)
┼ São Paulo, SP (25/11/2015)

Alfredo Halpern nasceu na cidade de São Paulo, em 29/08/1941. Ele era médico e professor-livre docente da Faculdade de Medicina das Universidade de São Paulo (USP), e criador da "Dieta dos Pontos". Com este projeto ele se tornou um dos endocrinologistas mais respeitados do país.

Graduou-se na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo em 1966, na 49ª turma dessa prestigiada escola médica. Fez dois anos de residência em clínica médica (1967 e 1968) na 1ª Clínica Médica - no serviço do professor Antonio Barros de Ulhôa Cintra e, em 1969, iniciou seu aprendizado específico de endocrinologia e metabologia, no grupo chefiado pelo professor Bernardo Leo Wajchenberg.

Ao mesmo tempo tornou-se assistente do pronto-socorro do Hospital das Clínicas, tendo permanecido neste posto até 1973, quando foi contratado pelo Departamento de Clínica Médica, onde permaneceu até sua morte.

Defendeu doutorado em 1973 com uma tese sobre os "Efeitos da Fenformina e do Álcool em Indivíduos Obesos Diabéticos e Não Diabéticos".

Tornou-se professor livre-docente em clínica médica no Departamento de Clínica Médica da Universidade de São Paulo em 1986, com tese sobre "Imunoglobulinas Tireoativas no Bócio Endêmico".

Criou o grupo geral de endocrinologia em 1977 e o grupo de obesidade, agora chamado de grupo de obesidade e síndrome metabólica, em 1987. Era chefe desse grupo até o dia de sua morte. Criou também a disciplina "Obesidade" de pós-graduação da Universidade de São Paulo (USP).

Foi orientador de pós-graduação da endocrinologia e metabologia, tendo tido a oportunidade de formar doutores e mestres há mais de 15 anos.

Publicou vários livros médicos, mais de 200 artigos médicos (nacionais e internacionais) e tem capítulos escritos em mais de 30 livros médicos.

Suas atividades básicas eram o ensino, o atendimento aos pacientes e pesquisas clínicas. Tinha papel destacado como comunicador de assuntos médicos para o público leigo, tendo tido centenas de aparições em jornais, revistas, televisão e internet.

Livros

É autor dos seguintes livros para leigos:
  • Entenda a Obesidade e Emagreça
  • Obesidade, Pontos Para o Gordo
  • Desta Vez Eu Emagreço
  • Magro Para Sempre, Abaixo o Regime
  • A Dieta Dos Pontos
  • Pontos Para a Garotada
  • A Nova Dieta dos Pontos
  • Estômago Possuído


A credibilidade lhe trouxe o convite para ser consultor do programa "Bem Estar" da TV Globo.

Morte

Alfredo Halpern morreu na quarta-feira, 25/11/2015, aos 74 anos, vítima de câncer. Há um ano ele lutava contra um câncer de pâncreas. 

Indicação: Miguel Sampaio

Toninho do PT

ANTÔNIO DA COSTA SANTOS
(49 anos)
Arquiteto, Professor e Político

☼ São Paulo, SP (14/06/1952)
┼ Campinas, SP (10/09/2001)

Antônio da Costa Santos, mais conhecido como Toninho do PT, foi um arquiteto, professor universitário e político brasileiro. Filiado ao Partido dos Trabalhadores (PT), exercia o cargo de prefeito de Campinas, SP, quando foi assassinado a tiros, às 22:15 hs do dia 10/09/2001.

Toninho estava há apenas oito meses no cargo de prefeito de Campinas. Sua atuação contra o crime organizado e as reduções em até 40% nos valores pagos em contratos a empresas de serviços como merenda escolar e limpeza urbana, somadas à insistência do prefeito em desalojar casas para a ampliação do aeroporto de Viracopos lhe renderam várias ameaças, o que reforçou a hipótese de crime político.

Um inquérito policial concluiu que o prefeito, durante uma viagem que fazia de automóvel, foi morto sem nenhum motivo além do fato de cruzar por acaso com um bando de criminosos que na ocasião passava pelo local. O carro do prefeito teria inadvertidamente fechado o veículo dos bandidos e por causa disso eles atiraram na direção do prefeito. A última das três balas atingiu Toninho na artéria aorta, matando-o instantaneamente. Minutos antes, ele passara em uma loja do Shopping Iguatemi para retirar ternos que havia comprado.

A família de Toninho não se conformou com o resultado do inquérito policial e pediu novas investigações. Os familiares do prefeito morto acreditam que o crime teve motivação política, bem como colegas de partido como José Genoíno, que declarou na ocasião que o assassinato de Toninho fora motivado por suas enérgicas ações contra o narcotráfico campineiro.

Curiosamente, Toninho teve um mau pressentimento pouco antes de sua morte. Num discurso no Palácio dos Jequitibás, a sede da Prefeitura de Campinas, ele reafirmou que, caso algo lhe acontecesse, a primeira pessoa a assumir o cargo seria sua vice-prefeita, Izalene Tiene. Outro detalhe é que a cobertura de sua morte foi quase completamente ofuscada pelos ataques de 11/09/2001 aos Estados Unidos, ocorridos na manhã seguinte ao dia da sua morte.

Em 2011, nas celebrações que marcaram 10 anos de seu assassinato, a antiga Estação Ferroviária de Campinas recebeu o nome de Estação Cultura Prefeito Antônio da Costa Santos.

Casa Grande e Tulha

Em 1978, Antônio da Costa Santos adquiriu o lote que continha o conjunto arquitetônico e histórico conhecido como Casa Grande e Tulha, vindo a restaurá-lo e a residir nela, utilizando-a como fonte de pesquisa para estudar a evolução urbana da cidade. A propriedade veio a ser tombada em nível nacional pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) em 2011.

Fonte: Wikipédia

Pedro Camargo

PEDRO GERALDO CAMARGO ROCHA
(74 anos)
Letrista, Publicitário, Tarólogo, Professor, Pianista, Ator e Cineasta

☼ São Paulo, SP (08/04/1941)
┼ Rio de Janeiro, RJ (24/06/2015)

Pedro Camargo foi um letrista, publicitário, tarólogo, professor, pianista, ator e cineasta. Nascido em São Paulo, em 08/04/1941, Pedro Geraldo Camargo Rocha foi para o Rio de Janeiro aos três anos. Era filho único do segundo casamento da mãe, mas teve cinco irmãos de um casamento anterior. O primeiro contato com a arte veio através da música, nas aulas de piano que a mãe insistia que fizesse. Aos 7 anos, foi apresentado ao cinema por uma amiga vizinha que trouxe uma câmera de 8 milímetros, ancestral da Super 8, e um projetor dos Estados Unidos.

Entre 1949 e 1952, estudou piano com Vera Bertucci, Nise Obino e Lúcia Branco.

Em 1959, compôs a trilha sonora para a peça "O Sol Gira Em Torno da Terra", de Andrej Widrzinski, com direção de Francisco Fernandes, encenada no Teatro do Pen Clube do Brasil, no Rio de Janeiro.

No início dos anos 60, mudou-se para Bauru, São Paulo, onde uma das irmãs morava. Estagiou na TV Bauru onde teve contato com Walter Avancini, Antonino Seabra, David Grinberg.

Em 1960, frequentou os seminários de dramaturgia do Teatro de Arena. Por essa época, integrou o elenco do Teatro Jovem no Rio de Janeiro.

No ano de 1961, escreveu, dirigiu e compôs as músicas da tele-peça "Para Viver Amanhã", apresentada no programa "Teledrama Continental", da TV Continental, canal 9 do Rio de Janeiro.

Em 1963, compôs o tema musical do programa de televisão "O Show é o Rio", escrito por Oduvaldo Vianna Filho, Dias Gomes, Armando Costa e Antônio Carlos Fontoura, com direção de Flávio Rangel, na TV Excelsior, canal 7 do Rio de Janeiro. Neste mesmo ano de 1963, compôs o tema musical do programa infantil "Brincando de Show", na TV Excelsior, canal 7.


Em 1964, teve a sua primeira música gravada "Sozinha de Você", em parceria com Durval Ferreira, interpretada por Tita. Nessa época, compôs com vários parceiros, entre eles, Durval Ferreira, Eumir Deodato, José Ari e Ugo Marota, diversos jingles para a agência de publicidade Tempo Produções Artísticas e seus clientes Coca-Cola, Manchete, Fatos & Fotos e Ponto Frio.

Em 1965, foi lançada a primeira gravação de "Chuva" (Pedro CamargoDurval Ferreira), no disco "Os Gatos", com arranjos de Eumir Deodato e solo de Maurício Einhorn. Neste mesmo ano, a música foi vertida para o inglês por Ray Gilbert com o nome "The Day It Rained". Mais tarde, a canção seria regravada por vários artistas, entre eles, Sylvia Telles, Wilson Simonal, Zimbo Trio, Samba Trio, Claudette Soares, Manfredo Fest Trio, Mitchel & Ruff, Dick Farney, Baden Powell, Maurício Einhorn, Maestro Gaya, Milt Jackson, Sarah Vaughn e Emílio Santiago.

No ano de 1966, compôs com Durval Ferreira a canção infantil "ABC" para o filme "Adorável Trapalhão", de J. B. Tanko, com Renato Aragão. Também em 1966 passou a integrar o quadro da American Society Of Composers And Publishers (ASCAP).

Em 1967, Roberto Carlos interpretou "É Tempo de Amar" (Pedro Camargo e José Ari) no disco "Roberto Carlos em Ritmo de Aventura". A música ainda ganhou uma versão para o italiano, "Tempo Di Sapere Amore", incluída no Lado B do compacto simples do "Festival de San Remo", vencido por Roberto Carlos com "Canzone Per Te".

No ano de 1968, Elizeth Cardoso no LP "Momentos de Amor", interpretou de sua autoria "Chuva".

Em 1969, sua composição "Chuva" foi tema do filme "Os Paqueras", de Reginaldo Farias.

Em 1976, entrou em contato com o tarô pelo livro "Um Novo Modelo do Universo", do filósofo russo P. D. Ouspensky.

No ano de 1979, escreveu, dirigiu e compôs a música para o curta-metragem "Celacanto Provoca Lerfá-um!", premiado no Festival de Brasília e no Festival de Penedo. Neste mesmo ano, compôs o tema musical "Circo", para seu filme "Amor e Traição", ou "A Pele do Bicho".

Em 1981, seu longa-metragem "Amor e Traição" representou oficialmente o Brasil na XVII Mostra Internacionale del Nuovo Cinema di Pesaro, na Itália. Mais tarde, o filme participou de 14 mostras internacionais.


Entre seus vários intérpretes estão Tito Madi e Dóris Monteiro, em "Verdade em Paz" (Pedro Camargo e Durval Ferreira); Os Gatos, em "O Show é o Rio", "Novo Sol", "Porque Somos Iguais" e "Verdade em Paz", todas em parceria com Durval Ferreira; Emílio Santiago, em "Porque Somos Iguais"; Capitão Aza e Martinha, em "ABC" (Pedro Camargo e Durval Ferreira); Rosana Toledo e Eumir Deodato, em "Encanto Triste" (Pedro Camargo e Durval Ferreira); Os Cariocas, em "Razão de Voltar" (Pedro Camargo e José Ari) e vários conjuntos da Jovem Guarda, inclusive Lafayette e Seu Conjunto, em "Tempo de Amar" (Pedro Camargo e José Ari).

Como publicitário, integrou os quadros das agências Organização Brasileira de Rádio (OBRA), Denison Propaganda e McCann-Erickson Publicidade, trabalhando como redator, diretor de comerciais e compositor de jingles.

Dirigiu cinco filmes de longa-metragem, entre eles "Amor e Traição" e alguns curtas-metragens, tendo sido contemplado com prêmios e menções honrosas no Brasil e no exterior.

Ministrou cursos de iniciação de cinema e foi o criador da primeira oficina de formação de atores para o cinema no Brasil.

Em 1983 começou a praticar o Tarô.

Em 1986, Pedro Camargo começou a dar aulas na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). Ele inicialmente substituiu o cineasta Sílvio Tendler na disciplina "Cinedocumentário". Depois, foi convidado pelo Departamento de Comunicação da universidade para assumir a cadeira "Introdução ao Cinema" que lecionou até 2011.

Lecionou também "Interpretação Para Cinema", no Curso de Formação de Atores da Faculdade da Cidade.

Também atuou como professor de Análise de Filmes e Prática Cinematográfica no Curso de Graduação em Cinema da Universidade Estácio de Sá, no Rio de Janeiro.

Em 1991, foi editor da versão brasileira da revista espanhol "Año Zero" por um ano. Frequentou encontros da Organização Nova Consciência, em Campina Grande, PB, entre outros eventos para debater a prática, como o Fórum Nacional do Tarô.

Em 1992 Pedro Camargo publicou, pela Editora Nova Era, "Iniciação ao Tarô", também traduzido para o espanhol.

Morte

Pedro Camargo morreu na madrugada de quarta-feira, 24/06/2015, aos 74 anos, vítima de complicações de cirrose hepática, doença da qual se tratava há anos. O velório ocorrerá a partir das 14:00 hs de quinta-feita, 25/06/2015, e a cremação às 18:00 hs, no Memorial do Carmo.

Indicação: Miguel Sampaio

Benedito Calixto

BENEDITO CALIXTO DE JESUS
(73 anos)
Pintor, Desenhista, Professor, Historiador, Escritor, Fotógrafo e Astrônomo Amador

☼ Itanhaém, SP (14/10/1853)
┼ São Paulo, SP (31/05/1927)

Benedito Calixto de Jesus foi um pintor, desenhista, professor, historiador e astrônomo amador brasileiro.

No final de século XIX e início do século XX, quatro gigantes das artes plásticas se destacaram no cenário paulista: Almeida Júnior, Pedro Alexandrino, Oscar Pereira da Silva e Benedito Calixto.

Considerado um dos maiores expoentes da pintura brasileira do início do século XX, Benedito Calixto de Jesus nasceu em 14/10/1853, no município de Itanhaém, litoral sul de São Paulo.

Benedito Calixto é o que se pode chamar de um talento nato. Autodidata, começou seus primeiros esboços ainda criança, aos 8 anos. Aos 16 anos mudou-se para Santos, SP, onde teve um começo de vida difícil, chegando a pintar muros e placas de propaganda para sobreviver.

Pátio do Colégio
Em Brotas

Entre os 17 e 18 anos, a convite do irmão mais velho, mudou-se para Brotas, interior de São Paulo, na época, próspera por sua produção de café. Foi morar na casa do irmão João Pedro, situada na esquina de uma praça, hoje denominada "Benedito Calixto". Como o irmão era o responsável pela conservação da igreja e das imagens ali existentes Benedito Calixto, que já tinha habilidades nesse oficio, o ajudava nessa missão, mas logo acabou ficando com a incumbência. Tendo material à sua disposição, nas horas vagas pintava telas com vistas do local, que oferecia aos amigos. Entre os primeiros quadros feitos no município estão o "Casamento dos Bugres" e "A Saída do Ninho", hoje em mãos de colecionadores em Brotas.

Na época decorou também a sala de jantar da casa do capitão Joaquim Dias de Almeida com motivos da fauna e flora brasileiras. Seu gênio alegre e comunicativo lhe trouxe grandes amizades no município. Um desses amigos, era o coronel Cherubim Vieira de Albuquerque, abastado cafeicultor da região, que veio a lhe encomendar diversos quadros. Entre estes, vistas de suas fazendas Paraíso e Monte Alegre em 1873. Retratou também nessa época o próprio coronel e sua filha Maria Eugênia de Albuquerque Pinheiro, quadros que ainda hoje se encontram no município.

Cubatão
De Volta a Itanhaém

Em 1877 retornou a Itanhaém para casar-se com sua prima de segundo grau, Antônia Leopoldina de Araújo. De volta a Brotas, continuou pintando paisagens das fazendas locais e retratos de grandes cafeicultores.

Em 1881 deixou Brotas e voltou a Itanhaém, onde nasceu sua primeira filha, Fantina. No final desse mesmo ano mudou-se com a família para Santos, SP, onde passou a pintar paisagens nos tetos e paredes das mansões dos prósperos comerciantes daquela cidade litorânea.

Paisagem (Da Série Mata) - 1910-20
Primeira Exposição

Fez sua primeira exposição em 1881 no salão do jornal Correio Paulistano, em São Paulo, não tendo conseguido vender nenhum trabalho, mas obteve apreciação favorável da crítica.

Em 1882, a sorte bateu em sua porta. Foi convidado a realizar trabalhos de entalhe e pintura na parte interna do Teatro Guarany, em Santos, o que lhe rendeu homenagens e uma bolsa de estudos, custeada por Nicolau de Campos Vergueiro, o Visconde de Vergueiro, para se aprimorar em Paris, onde ficou por quase um ano e frequentou o ateliê do mestre Rafaelli e a Academia Julian. Na Europa, realizou várias exposições de sucesso.

Em 1884, de volta à Santos, trouxe, na bagagem, um equipamento fotográfico e tornou-se pioneiro, no Brasil, em pintar a partir de fotografias.

Nos anos de 1886 e 1887, respectivamente, nasceram seus filhos Sizenando e Pedrina.

Em 1890, mudou-se para São Paulo.

Em 1897 voltou para o litoral e foi morar em uma casa construída por ele mesmo, em São Vicente. Produziu obras importantes para vários museus, entre eles o Museu do Ipiranga, em São Paulo, para inúmeras igrejas em todo o país, para associações, fundações, instituições, a exemplo da "Bolsa Oficial do Café", em Santos, onde uma de suas principais obras "A Fundação de Santos" ocupa uma parede inteira do salão principal, além de outras duas que também têm como tema o município de Santos e o vitral do teto com alegoria para os Bandeirantes.

Durante toda a sua trajetória produziu aproximadamente 700 obras, das quais 500 são catalogadas. Pintou marinhas, retratos, paisagens rurais, urbanas e obras religiosas. Estas últimas lhe renderam a Comenda de São Silvestre, outorgada pelo Papa Pio XI, em 1924.

Além da pintura se revelou como historiador, escritor e fotógrafo. Como historiador, resgatou a existência da então ignorada Capitania de Itanhaém, assim como sua importância na história da exploração e colonização do interior do Brasil, raças a minuciosas pesquisas a documentos seculares esquecidos em Itanhaém, São Vicente e São Paulo.

Benedito Calixto faleceu vítima de um infarto, no dia 31/05/1927, em São Paulo, na casa de seu filho Sizenando, para onde tinha ido com a intenção de comprar material para terminar duas telas para a Catedral de Santos. Foi enterrado no Cemitério do Paquetá, em jazigo perpétuo doado pela Prefeitura Municipal de Santos.

Suas duas últimas obras são intituladas "Noé" e "Melchisedech".

Foi homenageado na cidade de São Paulo com a Praça Benedito Calixto.

Paisagem Com Cruzeiro, 1920
Em Bocaina

Uma obra do acaso trouxeram as telas de Benedito Calixto para Bocaina, município do centro do Estado de São Paulo, hoje com 11 mil habitantes. A história registra que ele deveria pintar os seus quadros na Igreja Matriz de Jaú. Não houve acordo quanto ao preço e ele foi embora.

Em Bocaina, na época, estava o padre José Maria Alberto Soares. Ele gostaria de ter as telas do pintor em sua igreja e começou a escrever a Benedito Calixto, falando dessa vontade. Conseguiu sensibilizar o artista que veio a Bocaina e pintou as telas por um preço bem menor daquele que pedira em Jaú.

As obras podem ser consideradas o melhor da arte sacra pintada por Benedito Calixto, que por ter nascido e vivido em cidades litorâneas, pintou muitas marinhas. O próprio pintor considerava as telas "Salomé Recebe a Cabeça de João Batista" e "Transfiguração", como os seus melhores trabalhos sacros. Elas estão em Bocaina.

A 10/12/1923 começava seu último grande trabalho, a pintura dos quadros para a Matriz de São João Batista de Bocaina. Dominado pela ideia da morte próxima, dizia que nessa igreja seria o lugar onde se perpetuaria a sua derradeira arte.

Estátua de Benedito Calixto na Praça 22 de Janeiro - São Vicente, SP
Em São Carlos Exposição Permanente

Há uma exposição permanente "Benedito Calixto na Terra do Pinhal", com amplo panorama da vida e obra do célebre pintor brasileiro e trabalhos originais realizados por ele para o antigo Palácio Episcopal de São Carlos e que hoje pertencem ao acervo da municipalidade são-carlense, os quais são 8 afrescos que também estão na exposição.

A exposição é no Museu da Estação Cultura na Estação de São Carlos em São Carlos, de terça a sexta das 8:00 hs às 18:00 hs, e aos sábados, domingos e feriados, das 13:00 hs às 17:00 hs. A entrada é franca. O agendamento de grupos e escolas pode ser feito por telefone.

Auto-Retrato
Galeria de Pinturas

Fundação Pinacoteca Benedito Calixto, entidade sem fins lucrativos, localizada em um antigo casarão em estilo eclético e interior em Art Noveau à Avenida Bartolomeu de Gusmão, 15, Boqueirão, Santos, São Paulo, tem uma exposição permanente de obras de Benedito Calixto. Seu acervo é de cerca de 50 obras do pintor - marinhas, paisagens, retratos e nus, desenhados na Academia Julian, Paris. O local está aberto para visitação de terça a domingo das 14:00 hs às 19:00 hs. Grupos ou escolas, que quiserem monitoria, podem ser agendados. A Pinacoteca conta também com uma biblioteca, com acervo de livros de arte, e um Centro de Documentação sobre Benedito Calixto e sua obra.

Fonte: Wikipédia

Geir Campos

GEIR NUFFER CAMPOS
(75 anos)
Poeta, Escritor, Contista, Radialista, Jornalista, Tradutor e Professor

☼ São José do Calçado, ES (28/02/1924)
┼ Niterói, RJ (08/05/1999)

Geir Nuffer Campos foi um poeta, escritor, jornalista e tradutor brasileiro. Filho de Getúlio Campos, dentista, e Nair Nuffer, professora.

Viveu parte da sua infância em Campos dos Goytacazes, RJ, e parte no Rio de Janeiro. A partir de 1941, passou a residir em Niterói, RJ.

Foi aluno do Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro, e do Colégio Plínio Leite, em Niterói.

Em 1951, casou-se com Alcinda Lima Souto, que passou a chamar-se Alcinda Campos. Deste casamento vieram seus dois filhos: Carlos Augusto Campos e Mauro Campos.

Piloto, tripulou navios mercantes do Lloyd Brasileiro durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Advindo daí a sua condição de civil ex-combatente.

Poeta, estreou em 1950 com "Rosa dos Rumos", após ter publicado em jornais e revistas, especialmente no Diário Carioca, vários poemas, contos e traduções.

Editor, fundou em 1951, com Thiago de Mello, as Edições Hipocampo, que chegaram a publicar vinte volumes de poesia e prosa, dos autores mais representativos da literatura brasileira e também de alguns estreantes como Paulo Mendes Campos e outros. Nessa coleção apareceu, em janeiro de 1952, "Arquipélago", o seu segundo livro de versos.


Como professor ginasial, atual ensino fundamental, lecionou no Colégio Plínio Leite, onde antes estudara, e no Colégio Figueiredo Costa, ambos em Niterói. Como professor universitário, na Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro, onde em 1980 fez-se Mestre em Comunicação, com um trabalho, publicado, sobre "Tradução e Ruído na Comunicação Teatral", e em 1985 defendeu tese de doutoramento sobre "O Ato Criador na Tradução".

Como tradutor, começou a publicar em 1953, uma coletânea de poemas de Rainer Maria Rilke.

Como contista, lançou em 1960 a primeira edição de "O Vestíbulo".

Como radialista, em agosto de 1954 começou a produzir e apresentar, na Rádio Ministério de Educação, um programa semanal de meia hora, "Poesia Viva". Para essa mesma emissora produziu, durante muitos anos, diversos programas literários.

Como jornalista, colaborou e assinou colunas em diversos jornais, entre eles o Diário de Notícias e o Diário Carioca.

É o autor da letra do Hino de Brasília, cuja música é de autoria da professora Neusa Pinho França Almeida.

Foi membro fundador do Sindicato dos Escritores do Rio de Janeiro e da Associação Brasileira de Tradutores, da qual foi presidente, lutando pela conscientização dos que traduzem profissionalmente no Brasil e pela regulamentação desta profissão.

Traduziu várias obras de Rilke, Brecht, Goethe, Shakespeare, Sófocles, Whitman e outros, sendo merecedor de um ensaio da professora Maria Thereza Coelho Ceotto da Universidade Federal do Espírito Santo.

Destacou-se enquanto ativista cultural de grande influência e presença na literatura brasileira, tornando-se o grande representante capixaba da "Geração de 45".

Foi um dos poucos poetas brasileiros a comporem uma coroa de sonetos.

Obras

Poesia
  • 1950 - Rosa dos Rumos
  • 1952 - Arquipélago
  • 1953 - Coroa de Sonetos
  • 1956 - Da Profissão do Poeta
  • 1957 - Canto Claro e Poemas Anteriores
  • 1959 - Operário do Canto
  • 1960 - Canto Provisório
  • 1964 - Cantigas de Acordar Mulher
  • 1968 - Canto ao Homem da ONU
  • 1969 - A Meus Filhos
  • 1970 - Metanáutica
  • 1977 - Canto de Peixe e Outros Cantos
  • 1982 - Cantos do Rio (Roteiro lírico do Rio de Janeiro)
  • 1983 - Cantar de Amigo ao Outro Homem da Mulher Amada

Contos
  • 1979 - O Vestíbulo
  • 1982 - Conto & Vírgula

Teatro
  • 1959 - O Sonho de Calabar
  • 1967 - Édipo-Rei, de Sófocles
  • 1970 - Macbeth, de William Shakespeare
  • 1970 - A Tragédia do Homem, de Imre Madách (Com Paulo Rónai)
  • 1972 - Castro Alves ou O Canto da Esperança
  • 1972 - As Sementes da Independência
  • 1976 - Mãe Coragem e Seus Filhos, de Bertolt Brecht
  • 1977 - A Alma Boa de Setsuan, de Bertolt Brecht
  • 1977 - Diz-que-sim & Diz-que-não, de Bertolt Brecht
  • 1977 - O Círculo de Giz Caucasiano, de Bertolt Brecht
  • 1977 - Na Selva das Cidades, de Bertolt Brecht
  • 1977 - A Exceção e a Regra, de Bertolt Brecht
  • 1978 - Luz nas Trevas, de Bertolt Brecht
  • 1978 - O Julgamento de Lúculus, de Bertolt Brecht
  • 1978 - A Condenação de Lúculus, de Bertolt Brecht
  • 1970 - A Tragédia do Homem, de Imre Madách (Com Paulo Rónai)

Peças Não Publicadas, Mas Registradas na Sociedade Brasileira dos Autores Teatrais (Levantamento Parcial)
  • 1967 - De Bocage a Nelson Rodrigues, (Com Nelson Rodrigues e Jaime Barcelos)
  • 1969 - Aquele Que Diz Sim e Aquele Que Diz Não, de Bertolt Brecht
  • 1974 - O Quarto Vazio
  • 1974 - Nós
  • 1974 - Arruda Para Você Também
  • 1974 - O Refugiado e os Sentados, de Miguel Hernandez
  • 1974 - A Estranha História do Doutor Fausto, de Christopher Marlowe
  • 1974 - Amar / Luar, de Jack Larson
  • 1983 - Esse Bocage

Teatro Infantil
  • 1959 - O Gato Ladrão
  • 1960 - A Verdadeira História da Cigarra e da Formiga
  • 1960 - História dos Peixinhos Voadores (Parceria com Maria Niedenthal)

Literatura Infanto-Juvenil
  • 1973 - Qual é a História de Hoje?, Joana Angélica d’Avila Melo

(Geir Campos é o autor dos contos das páginas: 14-15, 15-16, 29-30, 36-37, 49, 61-62, 65-66, 80-81, 83-84, 90-91, 113-114, 124-125, 126-127, 137-138, 142-144, 149-151, 154-156, 163-164, 179 e 186-187)
  • 1987 - Estórias Pitorescas da História do Brasil (Para Gente Grande e Pequena)
  • 1991 - Histórias de Anjos

Ensaios
  • 1960 - Carta aos Livreiros do Brasil
  • 1967 - Rubén Dário, Poeta Participante
  • 1978 - O Problema da Tradução no Teatro Brasileiro
  • 1981 - Tradução e Ruído na Comunicação Teatral
  • 1985 - Do Ato Criador na Tradução (Tese de Doutorado - Inédita em livro)

Referências
  • 1960 - Pequeno Dicionário de Arte Poética
  • 1986 - Como Fazer Tradução
  • 1986 - O Que é Tradução
  • 1989 - Glossário de Termos Técnicos do Espetáculo

Antologias
  • S/D - Alberto de Oliveira
  • S/D - Livro de Ouro da Poesia Alemã
  • 1960 - Poesia Alemã Traduzida no Brasil
  • 1986 - Versei, Antologia Poética (Exterior)

Traduções (Levantamento Parcial)
  • 1953 - Poemas de Rainer Maria Rilke
  • 1956 - Parábolas e Fragmentos de Kafka
  • 1956 - Nossa Vida Com Papai, Romance de Clarence Day Jr.
  • 1957 - O Coronel Jack, Romance de Daniel Defoe
  • 1958 - A Sabedoria de Confúcio
  • 1959 - A Alma Boa de Setsuan, Fábula Teatral de Bertolt Brecht (Com Antônio Bulhões)
  • 1964 - Folhas de Relva, Poesia de Walt Whitman
  • 1964 - Sociologia e Filosofia Social de Karl Marx - Textos escolhidos, seleção, introdução e notas por T. B. Bottomore e Maximilien Rubel
  • 1965 - Flor do Abandono, Romance de Zsigmond Móricz
  • 1966 - Poemas e Canções, Bertolt Brecht
  • 1967 - Poemas e Cartas a um Jovem Poeta, Rainer Maria Rilke (Com Fernando Jorge)
  • 1967 - Édipo-Rei, Peça de Sófocles
  • 1976 - Andares, Poesia de Hermann Hesse
  • 1977/1978 - Teatro de Bertolt Brecht (Várias peças como supervisor e tradutor)
  • 1980 - A Tragédia do Homem, Peça de Imre Madách (Com Paulo Rónai)
  • 1983 - Folhas das Folhas de Relva, seleção de poesias de Folhas de Relva, de Walt Whitman
  • 1985 - Arco-íris de Amor, de Joan Walsh Anglund
  • 1988 - A Vida de Nosso Senhor, romance de Charles Dickens
  • 1988 - Haicais: Poesia do Japão, da versão de Jan Ulenbrook
  • 1988 - O Quinto Evangelho, romance de Mario Pomilio
  • 1990 - Frases de Cabeceira Gerald Goodfrey
  • 1984 - Frases de Cabeceira 2 Gerald Goodfrey
  • S/D - Frases de Cabeceira 3 Gerald Goodfrey
  • S/D - Frases de Cabeceira 4 Gerald Goodfrey
  • 1991 - As Melhores Histórias de Natal
  • 1991 - O Livro de Emmanuel, psicografias de Pat Rodegast e Judith Stanton
  • 1992 - As Fogueiras do Rei, romance de Pedro Casals
  • 1993 - O Livro de Horas, poesia de Rainer Maria Rilke
  • 1994 - O Livro de Emmanuel II, psicografias de Pat Rodegast e Judith Stanton
  • 1995 - Cantos do Meu Coração, poemas e fotografias de Daisaku Ikeda

Traduções Que Colaborou
  • 1956 - A Terra Inútil, de T. S. Eliot - Tradução de Paulo Mendes Campos
  • 1982 - Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carrol - Tradução de Fernanda Lopes de Almeida. Geir Campos traduziu os poemas das páginas 8 e 9, 49, 98 e 99, 102 e 103, 116 e 117.


Fonte: Wikipédia
Nota: Todas as informações constantes nesta página foram escritas por Mauro Campos, filho do Geir Campos. Elas estão disponíveis na Web, nas publicações citadas ou em documentos que pertencem à família.

Barbara Heliodora

HELIODORA CARNEIRO DE MENDONÇA
(91 anos)
Diretora, Crítica e Professora Teatral, Roteirista, Figurinista, Tradutora e Ensaísta

* Rio de Janeiro, RJ (29/08/1923)
+ Rio de Janeiro, RJ (10/04/2015)

Heliodora Carneiro de Mendonça, ou Barbara Heliodora, foi diretora crítica e professora teatral, roteirista, figurinista, tradutora, ensaísta e uma das maiores autoridades brasileiras da obra de William Shakespeare. Era filha do historiador Marcos Claudio Philippe Carneiro de Mendonça e e da poetisa Anna Amelia de Queiroz Carneiro de Mendonça.

Barbara Heliodora fez o Bacharelado em Língua e Literatura Inglesas no Connecticut College, nos Estados Unidos, e o Doutorado em Artes na Universidade de São Paulo (USP). Começou a carreira como jornalista aos 35 anos. Nessa época, estreou na crítica teatral por insistência de seus amigos que trabalhavam no meio e conheciam sua admiração pela arte.

Pela relevância de seu trabalho, ao longo de sua carreira recebeu o título de Oficial da Ordre des Arts et des Lettres, da França, a Medalha Connecticut College, nos Estados Unidos e a Medalha João Ribeiro, da Academia Brasileira de Letras (ABL), em 2005, pelos serviços prestados à cultura brasileira. Era Professora Titular aposentada da Universidade do Rio de Janeiro (UNI-RIO) e Professora Emérita da mesma Universidade.

Entre suas atividades profissionais, exerceu sobretudo o ofício de crítica teatral, mas desempenhou outros papéis no cenário cultural nacional, entre os quais o de diretora do Serviço Nacional de Teatro (1964-1966); o de fundadora e duas vezes presidente do Círculo Independente de Críticos Teatrais (RJ-SP); de membro do júri do Prêmio Molière, desde sua criação até a extinção, membro do júri do Prêmio Mambembe; integrante da equipe de jurados para as bolsas da Rio-Arte na área de teatro e membro de júris de incontáveis outras premiações.


Exerceu também a atividade de tradutora, tendo em seu currículo a publicação em português de cerca de 40 livros de vários gêneros e autores de língua inglesa e um mesmo número de peças de teatro de autores diversos além de, como especialista da obra de William Shakespeare, ter traduzido boa parte das peças do "bardo".

Barbara Heliodora tornou-se uma das mais respeitadas especialistas em Shakespeare do país. Sua paixão pelo dramaturgo inglês começou na infância e, segundo a própria Barbara Heliodora, continuou por toda a vida: ela dizia que Shakespeare foi um grande e fiel amigo.

Entre suas obras, destacam-se os livros: "A Expressão Dramática do Homem Político em Shakespeare", "Falando de Shakespeare" e "Martins Pena, Uma Introdução".

Participou de publicações coletivas, tendo escrito capítulos ou artigos em livros como "A História da Cultura no Brasil" (MEC); "A Era do Barroco" (MNBA); "Theatre Companies Of The World" (Kullman & Young); "Escenarios de dos Mundos" (Centro de Documentación Teatral, Espanha); e freqüentemente teve artigos publicados em periódicos nacionais e internacionais, entre os quais citam-se o Shakespeare Survey; o Shakespeare Quarterly; o Shakespeare Bulletin; a revista Bravo!; a revista República; e os jornais Estado de São Paulo e Folha de São Paulo.

Como crítica, era admirada e temida: "Eu me indispus com muita gente", dizia. "Mas agora passo por cima de tudo isso. Não tenho rancores. Só projetos", disse em 2014 em entrevista a revista Época.

Barbara Heliodora se aposentou no final de 2013, quando anunciou que abandonaria a coluna que mantinha no jornal O Globo. Pretendia continuar trabalhando como tradutora.

Morte

Bárbara Heliodora morreu na manhã de sexta-feira, 10/04/2015, aos 91 anos, no hospital Samaritano, Zona Sul do Rio de Janeiro. Ela estava internada desde o dia 21/03/2015. Ela deixou três filhas e quatro netos.

Fonte: Instituto de Artes Unicamp e Época
Indicação: Fadinha Veras

Professor Hermógenes

JOSÉ HERMÓGENES DE ANDRADE FILHO
(94 anos)
Escritor, Professor, Militar e Divulgador do Hatha Yoga

* Natal, RN (09/03/1921)
+ Rio de Janeiro, RJ (13/03/2015)

José Hermógenes de Andrade Filho, mais conhecido como Professor Hermógenes, foi um escritor, professor e divulgador do Hatha Yoga. Era doutorado em Yogaterapia pelo World Development Parliament da Índia e Doutor Honoris Causa pela Open University For Complementary Medicine.

O Professor Hermógenes recebeu a Medalha de Integração Nacional de Ciências da Saúde e o Diploma d'Onore no IX Congresso Internacional de Parapsicologia, Psicotrónica e Psiquiatria em Milão no ano de 1977. Escolhido o Cidadão da Paz do Rio de Janeiro, em 1988, e a Medalha Tiradentes em 08/05/2000. A premiação foi conferida pela Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, pelo bem-estar e benefícios à saúde que as obras de José Hermógenes de Andrade Filho levaram para os brasileiros.

Ele foi o fundador da Academia Hermógenes de Yoga. Seguiu carreira militar, chegando ao posto de tenente-coronel.

Aos 35 anos, foi diagnosticado com tuberculose avançada, que quase o matou. Foi neste contexto que descobriu os benefícios da yoga para a saúde física e mental, cujas posturas e respirações passou a praticar escondido no banheiro de casa. Com a prática sentiu uma grande melhora de sua saúde e desta forma passou a divulgar a yoga.

Foi um dos primeiros a trazer a mensagem de Sathya Sai Baba para o Brasil. Traduziu obras importantes de Satya Sai Baba para o português: "O Fluir da Canção do Senhor (Gita Vahini)" e "Sadhana, o Caminho Interior".

A inauguração do primeiro centro aconteceu no dia 27/06/1987 e foi denominado Centro Bhagavan Sri Sathya Sai Baba do Rio de Janeiro. Mas apesar de seu nome oficial, acabou ficando informalmente conhecido como Centro Sathya Sai de Vila Isabel, devido ao bairro de sua localização.

O Professor Hermógenes foi um dos precursores da yoga no Brasil e escreveu mais de 30 livros, traduzidos em diversas línguas. Também publicou diversos artigos, disponíveis gratuitamente para estudo.

Em 2012, foi lançado um livro sobre sua biografia, "Hermógenes: Vida, Yoga, Fé e Amor", escrito por um aluno e discípulo. Está em fase de produção um documentário sobre sua história, obra e vida.

Morte

Professor Hermógenes morreu na sexta-feira, 13/03/2015, no Rio de Janeiro, aos 94 anos. Ele sofria do Mal de Parkinson e teve falência de múltiplos órgãos. A cremação do corpo ocorreu no domingo, 15/03/2015, no Rio de Janeiro. Ele deixou duas filhas, seis netos e nove bisnetos.

Obras
  • Autoperfeição Com Hatha Yoga
  • Mergulho na Paz
  • Canção Universal
  • Yoga Para Nervosos
  • Convite a Não Violência
  • Superação
  • Setas no Caminho de Volta
  • Dê Uma Chance a Deus
  • Deus Investe em Você
  • O Essencial da Vida
  • O Presente
  • Yoga: Caminho Para Deus
  • Saúde na Terceira Idade
  • Superação
  • Yoga: Paz Com a Vida
  • Silêncio, Tranquilidade, Luz
  • O Que é Yoga
  • Cintilações I e II
  • Saúde Plena: Yogaterapia
  • Coleção Sabedoria de Hermógenes, Vol. 1: Amor Universal
  • Coleção Sabedoria de Hermógenes, Vol. 2: Ânimo de Viver
  • Coleção Sabedoria de Hermógenes, Vol. 3: Saúde Para o Corpo e o Espírito


Fonte: Wikipédia
Indicação: Miguel Sampaio e Fadinha Veras

Nísia Floresta Brasileira Augusta

DIONÍSIA GONÇALVES PINTO
(74 anos)
Escritora, Poetisa e Educadora

* Papari, RN, atual Nísia Floresta (12/10/1810)
+ Rouen, França (24/04/1885)

Nísia Floresta Brasileira Augusta, pseudônimo de Dionísia Gonçalves Pinto, foi uma educadora, escritora e poetisa potiguar. É considerada uma pioneira do feminismo no Brasil e foi provavelmente a primeira mulher a romper os limites entre os espaços público e privado publicando textos em jornais, na época em que a imprensa nacional ainda engatinhava. Nísia também dirigiu um colégio para moças no Rio de Janeiro e escreveu livros em defesa dos direitos das mulheres, dos índios e dos escravos.

"Infelizmente, a falta de divulgação da obra de Nísia tem sido responsável pelo enorme desconhecimento de sua vida singular e de seus livros considerados de grande valor."
(Luis Fernando Veríssimo)

Filha do português Dionísio Gonçalves Pinto com a brasileira Antônia Clara Freire, foi batizada como Dionísia Gonçalves Pinto, mas ficou conhecida pelo pseudônimo de Nísia Floresta Brasileira Augusta. Floresta, o nome do sítio (fazenda) onde nasceu. Brasileira é o símbolo de seu ufanismo, uma necessidade de afirmativa para quem viveu quase três décadas na Europa. Augusta é uma recordação de seu segundo marido, Manuel Augusto de Faria Rocha, com quem se casou em 1828, pai de sua filha Lívia Augusta e seus filhos também.


Em 1828, o pai de Nísia havia sido assassinado no Recife, PE, para onde a família havia se mudado.

Em 1831 publicou em um jornal pernambucano, Espelho das Brasileiras, uma série de artigos sobre a condição feminina. Do Recife, já viúva, com a pequena Lívia e sua mãe, Nísia foi para o Rio Grande do Sul onde se instalou e dirigiu um colégio para meninas. O início da Guerra dos Farrapos interrompeu seus planos e Nísia resolveu fixar-se no Rio de Janeiro, onde fundou e dirigiu os colégios Brasil e Augusto, conhecidos pelo alto nível de ensino.

Em 1849, por recomendação médica levou sua filha, que havia se acidentado gravemente, para a Europa. Ali permaneceu por um longo tempo, morando a maior parte do período em Paris.

Em 1853, publicou "Opúsculo Humanitário", uma coleção de artigos sobre emancipação feminina, que foi merecedor de uma apreciação favorável de Auguste Comte, pai do positivismo.

Esteve no Brasil entre 1872 e 1875, em plena campanha abolicionista liderada por Joaquim Nabuco, mas quase nada se sabe sobre sua vida nesse período. Retornou para a Europa em 1875 e em 1878 publicou seu último trabalho "Fragments D'un Ouvrage Inédit: Notes Biographiques".

Livros

"Direitos das Mulheres e Injustiça dos Homens", primeiro livro escrito por ela, e o primeiro no Brasil a tratar dos direitos das mulheres à instrução e ao trabalho, inspirado no livro da feminista inglesa Mary Wollstonecraft, "Vindications Of The Rights Of Woman".

Nísia não fez uma simples tradução, ela se utilizou do texto da inglesa e introduziu suas próprias reflexões sobre a realidade brasileira. Não é, portanto, o texto inglês que se conhece ao ler estes "Direitos das Mulheres e Injustiça dos Homens". Nesta tradução livre, temos talvez o texto fundante do feminismo brasileiro, se o vemos como uma nova escritura, ainda que inspirado na leitura de outro.

Foi esse livro que deu à autora o título de precursora do feminismo no Brasil e até mesmo da América Latina, pois não existem registros de textos anteriores realizados com estas intenções. Mas ela não parou por ai, em outros livros ela continuou destacando a importância da educação feminina para a mulher e a sociedade. São eles: "Conselhos a Minha Filha" (1842); "Opúsculo Humanitário" (1853); "A Mulher" (1859).

Em seu livro "Patronos e Acadêmicos", referente às personalidades da Academia Norte-Riograndense de Letras, Veríssimo de Melo começa o capítulo sobre Nísia da seguinte maneira:

"Nísia Floresta Brasileira Augusta foi a mais notável mulher que a História do Rio Grande do Norte registra."

Túmulo de Nísia Floresta localizado em Nísia Floresta, Rio Grande do Norte
Morte

Nísia morreu vítima de uma pneumonia e foi enterrada no cemitério de Bonsecours.

Em agosto de 1954, quase setenta anos depois, os despojos foram levados para sua cidade natal, que já se chamava Nísia Floresta. Primeiramente foram depositados na igreja matriz, depois foram levados para um túmulo no Sítio Floresta, onde ela nasceu.

A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos marcou a data com o lançamento de um selo postal.

Fonte: Wikipédia
Indicação: Miguel Sampaio

Inezita Barroso

IGNEZ MAGDALENA ARANHA DE LIMA
(90 anos)
Cantora, Atriz, Apresentadora de Rádio e TV, Instrumentista, Bibliotecária, Folclorista e Professora

* São Paulo, SP (04/03/1925)
+ São Paulo, SP (08/03/2015)

Inezita Barroso, nome artístico de Ignez Magdalena Aranha de Lima, foi uma cantora, atriz, instrumentista, bibliotecária, folclorista, professora, doutora Honoris Causa em folclore e arte digital pela Universidade de Lisboa e apresentadora de rádio e televisão brasileira, atuando também em shows, álbuns, cinema, teatro e produzindo espetáculos musicais de renome nacional e internacional. Nascida no bairro da Barra Funda, em São Paulo, apesar de paulistana e descendente de família tradicional, apaixonou-se muito cedo pela cultura caipira. Começou a cantar aos sete anos de idade e por essa época começou a aprender a tocar violão.

Já durante as férias, em fazenda de parentes, começou a aprender a tocar viola e a cantar composições caipiras como a "Moda da Pinga" e a moda-de-viola "Boi Amarelinho". Aos oito anos de idade já fazia apresentações em recitais de violão no Clube Germânia. Aos nove, já admirava o poeta modernista Mário de Andrade, que morava ao lado de sua casa à Rua Lopes Chaves, na Barra Funda, em São Paulo, a quem esperava passar todo dia enquanto brincava de patins. Com nove anos, integrou a Turma de Violeiros do Pequenópolis, da professora Mary Buarque. Aos 11 anos, começou a estudar piano.

Fez o curso de Biblioteconomia e em 1947 adotou o sobrenome Barroso ao se casar, aos 22 anos, com o advogado cearense Adolfo Cabral Barroso.

De 1982 a 1996, lecionou Folclore na Universidade de Mogi das Cruzes. A partir de 1983, começou a lecionar na Faculdade Capital de São Paulo. Em 2014, foi eleita para a Academia Paulista de Letras, em substituição à folclorista Ruth Guimarães.

A Carreira

Em 1934, apresentou-se, levada pelo pai, no "Programa Cascatinha do Genaro", apresentado por Ariovaldo Pires, o Capitão Furtado, na Rádio São Paulo. Cantou e acompanhou-se ao violão recebendo elogios de Ariovaldo Pires. Nesse ano, como integrante do grupo de alunas da professora Mary Buarque, participou de espetáculo musical no Teatro Municipal de Campinas, SP. Na ocasião, interpretou a música infantil "O Gatinho", e o "Batuque", de Marcelo Tupinambá.

Em 1943, apresentou-se na Rádio Kosmos, de São Paulo, cantando três boleros, uma valsa e um fox.

Em 1946, como professora de música, promoveu apresentação de suas alunas no Colégio Caetano de Campos. Na ocasião, ela mesma interpretou "Rolete de Cana", tema folclórico, e "Na Baixa do Sapateiro", de Ary Barroso.

Em 1948, ainda de forma amadora, fez parte de uma caravana artística que se apresentou na cidade paulista de Franca, cantando e acompanhando-se ao violão.

Em 1950, participou do espetáculo "O Homem da Flôr na Boca", apresentado no Teatro Brasileiro de Comédia (TBC), em São Paulo, fazendo acompanhamento ao violão. Fez também apresentações no Teatro Castro Alves e no Teatro Colombo, ambos em São Paulo.

Iniciou a carreira artística profissionalmente em 1950, quando atuou como atriz no filme "Angela", de Tom Payne e Abílio Pereira de Almeida, da Companhia Vera Cruz. Nesse ano, foi convidada pelos amigos Vicente Leporace e Evaldo Ruy para participar na Rádio Bandeirantes, de São Paulo de um especial dedicado à Noel Rosa. Já o filme "Angela" foi lançado em agosto de 1951, e, nesse filme, interpretou a cantora Vanju e apareceu cantando as músicas "Quem é", de Marcelo Tupinambá, especialmente composta para o filme, e "Enquanto Houver", de Evaldo Ruy. Logo chamou a atenção de todos e nesse período, apresentou no Teatro Brasileiro de Comédia (TBC) um recital de música brasileira, dividido em três partes, interpretando na 1º parte uma seleção intitulada "Música Variada", com a "Canção da Guitarrada" (Marcelo Tupinambá e Aplecina do Carmo), a canção amazônica "Farinhada" (Valdemar Henrique e Ilná Portela de Carvalho), a toada sertaneja "Carreiro" (Hekel Tavares e Olegário Mariano), "Chove Chuva", com música de Hekel Tavares para poema de Ascenso Ferreira, a "Canção" (Gonçalves Crespo) com transcrição de J. Otaviano, a modinha antiga, conforme informação do disco, sobre tema popular, "Nhapopé" (Villa-Lobos), e a "Berceuse da Onda que Leva o Pequenino Náufrago" (Lorenzo Fernandes e Cecília Meireles). Na segunda parte interpretou os sambas "Quando o Samba Acabou", "Silêncio de um Minuto", "Não Tem Tradução", "Último Desejo" de Noel Rosa, e "Feitiço da Vila" de Noel Rosa e Vadico, e, na 3º parte, músicas afro-brasileiras: "Navio da Costa" e "Pergunte aos Canaviais", de Capiba, "Cantilena", canto de senzala ambientado por Villa-Lobos, "Abaluauiê", ponto ritual de Valdemar Henrique, "O Preto Velho Cambinda" (Hekel Tavares e Joracy Camargo), "Salve Ogum" (Pernambuco e Mário Rossi), e o "Funeral de um Rei Nagô" (Hekel Tavares e Murillo Araújo).

Ainda em 1951, gravou seu primeiro disco, pela gravadora Sinter. Depois de fazer uma rápida apresentação na Boate Vogue, no Rio de Janeiro, foi vista pelo dono da gravadora Sinter, que a convidou para um teste, apenas com voz e violão. Gravou então "Funeral de um Rei Nagô" (Hekel Tavares e Murillo Araújo), e "Curupira" (Waldemar Henrique). Esse disco, no entanto, não teve grande divulgação comercial. No mesmo ano, viajou com o marido para o Ceará e em seguida para Pernambuco, onde, na cidade de Recife, conheceu o compositor Capiba, que a convidou para realizar um recital no Teatro Santa Izabel, ocasião em que assinou seu primeiro contrato profissional. A partir de então, sua carreira iria deslanchar nos palcos, nos discos, em rádios, televisão e cinema.

Em 1952, assinou contrato com a Rádio Nacional de São Paulo, participando do espetáculo de inauguração da emissora. Ficou, no entanto, pouco tempo naquela rádio.


Em 1953, foi contratada para fazer parte do cast da Rádio Record onde iria apresentar programa com produção inicial de Thalma de Oliveira e, depois, de Blota Júnior, com arranjos orquestrais de Hervé Cordovil. Ingressou na gravadora RCA Victor, e, em seu primeiro disco na nova gravadora, interpretou "Isto é Papel, João" (Paulo Ruschel) e o tema folclórico "Catira", adaptado por R. de Souza. Em seguida, gravou "O Canto do Mar" e "Maria do Mar" (Guerra Peixe e José Mauro de Vasconcelos). Gravou dois de seus maiores sucessos, a moda "Marvada Pinga" (Cunha Jr.) e o samba "Ronda" (Paulo Vanzolini). Sobre essa última, ela mesma conta que ao dizer que gravaria um "samba paulista" houve uma reação negativa do maestro responsável pela gravação, que disse: "São Paulo não tem samba!". O referido maestro colocou o chapéu na cabeça e abandonou o estúdio, ao que parece bastante irritado. Segundo relato de Arley Pereira, no livro "Inezita Barroso - A História de Uma Brasileira":

"Como Vanzolini era muito desafinado, foi preciso que Inezita cantasse a canção para convencer os músicos, mas ela não havia decorado  a letra. Paulo rapidamente a escreveu para ela, tintin por tintim, e Inezita mostrou no violão, lendo os versos enquanto cantava. Os músicos do regional que a acompanhavam ficaram entusiasmadíssimos e logo se organizaram para bolar um arranjo de ouvido. Tinha de ser aquela música, não havia mais volta. Foi assim que os remanescentes do lendário Regional do Canhoto, os maiores 'cobras' da música popular que se conhecia, lançaram com Inezita a primeira gravação de "Ronda", hoje um clássico da música popular brasileira. O regional? Era formado apenas por Zé Menezes nas cordas dedilhadas (violão, cavaquinho e bandolim), Dino Sete Cordas no violão sete cordas, Garoto no violão-tenor, Chiquinho do Acordeon e Abel Ferreira nas clarinetas, sem usar percussionista. Uma seleção brasileira. Segundo os registros, a gravação foi realizada no dia 3 de agosto de 1953."

No selo do disco, o companhamento da gravação é anunciado como sendo apenas "Com Conjunto", sem nenhuma indicação do grande time de músicos que participou dessa emblemática gravação. Também em 1953, Inezita participou dos filmes "Destino em Apuros", de Ernesto Remani, e "O Craque", com direção de José Carlos Burle, primeiro filme brasileiro a ter o futebol como tema. Atuou no filme "Mulher de Verdade", direção de Alberto Cavalcanti, lançado comercialmente em 1955. Com sua atuação neste filme, recebeu o Prêmio Saci, de melhor atriz. Foi, ainda em 1953, que, por indicação de Millôr Fernandes e Antônio Maria, foi contratada para atuar na famosa Boate Vogue, do Rio de Janeiro, onde estreou em 07/04/1953. Provando não ter nenhum problema com o público chamado de sofisticado, foi um sucesso absoluto, cantando inclusive músicas caipiras, que, aliás, eram conhecidas por todos os frequentadores. No anúncio do show publicado nos jornais, aparecia a seguinte frase: "Inezita Barroso, da sociedade paulista  para a sociedade carioca", conforme informações de Arley Pereira em seu livro sobre a cantora.

Em 1954, gravou o samba "Estatutos da Gafieira" (Billy Blanco), e o tema folclórico "Soca Pilão", com adaptação de José Roberto, "Iemanjá" (Nelson Ferreira e Luiz Luna), "Pregão da Ostra", tema folclórico adaptado por José Prates, "Redondo Sinhá" (Barbosa Lessa), a modinha "Mestiça" (Gonçalves Crespo), o tema folclórico "Taieiras", adaptação de Luciano Gallet, "Retiradas" (Oswaldo de Souza), "Coco do Mané" (Luiz Vieira), e "Roda a Moenda" (Haroldo Costa). Nesse ano, recebeu o Prêmio Roquette Pinto, como melhor cantora de rádio da música popular brasileira, e o Prêmio Guarani como melhor cantora de disco. Participou ainda do filme "É Proibido Beijar", dirigido pelo fotógrafo italiano Ugo Lombardi. Nesse filme, interpretou o baião "João Baião" (Betinho). Também em 1954, fez sua primeira aparição na televisão ao ser convidada pela TV Tupi para participar do programa "Afro", um especial com música e danças afro-brasileiras. Em seguida, passou a apresentar na TV Record o programa "Vamos Falar de Brasil", primeiro programa da televisão brasileira inteiramente dedicado à música, pois até então, os cantores apareciam em programas de variedades. Atuou por oito anos como estrela da TV Record. Também em 1954, substituiu a cantora Linda Batista na Boate Esplanada, em São Paulo, no espetáculo "Clarins em Fá", uma criação de Carlos Machado e que tivera Linda Batista como estrela no Rio de Janeiro.


Em 1955, gravou as canções de domínio público, "Meu Casório" e "Nhá Popé", o pot-pourri "Benedito Pretinho / Meu Barco é Veleiro" (Hekel Tavares e Olegário Mariano), "Na Fazenda do Ingá" (Zé do Norte), "Dança de Caboclo" (Hekel Tavares e Olegário Mariano), e "Maracatu Elegante" (José Prates). Participou como atriz e cantora do filme "Carnaval em Lá Maior", de Adhemar Gonzaga, que representou o Brasil no Festival de Punta Del Este no Uruguai. Nesse filme, interpretou o samba "Estatutos da Gafieira" (Billy Blanco). Ainda em 1955, recebeu novamente o Prêmio Saci, como melhor atriz, por sua atuação no filme "Mulher de Verdade" e o Prêmio Roquette Pinto, como melhor cantora de música popular. Nesse período, realizou uma série de gravações de divulgação do folclore, que serviram para ilustrar um ciclo de conferências realizadas por professores da Universidade de São Paulo (USP). No mesmo ano de 1955, ingressou na gravadora Copacabana e lançou o samba "Moleque Vardemá" (Billy Blanco), a "Prece à São Bendito" (Hervé Cordovil), o tema folclórico "Mineiro Tá Me Chamando" (Zé do Norte), e a canção "Minha Terra" (Waldemar Henrique). Lançou pela gravadora Copacabana, seu primeiro LP, que teve seu nome como título, e no qual no lado A, com acompanhamento da orquestra de Hervé Cordovil, interpretou a "Prece à São Bendito" (Hervé Cordovil), com coro dos Titulares do Ritmo, "Banzo" (Hekel Tavares e Murilo Araújo), a seleção de canções "Nana Nanana" (Hekel Tavares, Ribeiro Couto e Manuel Bandeira), "Papa Curumiassú" (Hekel Tavares), "Sapo Cururú" (Dilu Melo), e "Fiz a Cama na Varanda" (Dilu Melo e Ovídio Chaves), e o "Funeral de um Rei Nagô" (Hekel Tavares e Murilo Araújo). No lado B, tocando violão e acompanhada de viola e sanfona, interpretou "Maria Julia", tema tradicional recolhido por ela mesma, "Viola Quebrada" (Mário de Andrade), "Minêro Tá Me Chamano", tema tradicional adaptado por Zé do Norte, e "Tirana de Vila Nova", outro tema tradicional recolhido por Waldemar Henrique. Ainda em 1955, participou, como atriz e cantora, do Festival de Punta Del Leste, no Uruguai.

Em 1956, lançou o LP  "Danças Gaúchas" no qual, acompanhada pelo Grupo Folclórico de Barbosa Lessa, Luis Gaúcho, na sanfona e Titulares do Ritmo no coral, interpretou os temas tradicionais "Levante", "Tirana do Lenço", "Pezinho", "Quero Mana", "O Anu", "Balaio", "Maçanico", "Chimarrita Balão" e "Meia-Cana Serrana", todas com adaptação de Barbosa Lessa e Paixão Cortes, além da "Rancheira de Carreirinha" (Barbosa Lessa). Juntamente ao disco, foi lançado, pela Editora Vitale, o "Manual de Danças Gaúchas", de Barbosa Lessa e Paixão Côrtes. No mesmo ano, lançou, pela gravadora Copacabana, o LP "Lá vem o Brasil", no qual, acompanhado-se ao violão, interpretou "Lá Vem o Brasil" (Nelson Ferreira e Rafael Peixoto), "Berceuse da Onda" (Oscar Lorenzo Fernández e Cecília Meireles), "O Carreteiro" (Barbosa Lessa), "Temporal" (Paulo Ruschell), "Sertão de Areia Seca" e "Rede da Sinhá" (Leyde Olivé), "Galope à Beira Mar" (Luiz Vieira), e "Cantilena", tema tradicional adaptado por Sodré Viana, e recolhido por Villa-Lobos. Ainda em 1956, a  RCA Victor lançou o LP "Coisas Do Meu Brasil", uma coletânea com as interpretações de Estatutos de Gafieira, de Billy Blanco, "Na Fazenda do Ingá" (Zé do Norte), o tema tradicional "Meu Casório", "Isto é Papel, João" (Paulo Rushell), a "Moda da Pinga (Marvada Pinga)" (Laureano), "Mestiça" (Gonçalves Crespo), "Iemanjá" (Nelson Ferreira e Luis Lima), e o tema tradicional "Pregão da Ostra", com adaptação de J. Prates. Recebeu o Prêmio Roquete Pinto, conferido pela crônica paulista como a melhor intérprete de música popular brasileira. Também no mesmo ano, publicou o livro "Roteiro de um Violão". Seus trabalhos ficaram conhecidos por Jean Louis Barrault, Marian Anderson, Vittorio Gasmann e Roberto Inglês, que, de passagem pelo Brasil, levaram seus discos para a Europa, onde obtiveram divulgação em diversas emissoras. Finalmente, em 1956, fez recitais em teatros como convidada oficial dos governos do Uruguai e do Paraguai.


Em 1957, participou do espetáculo "Ritmos e Cores", que deslumbrou plateias do Rio de Janeiro e São Paulo, no qual cantava, enquanto o grupo Jograis de São Paulo apresentava poesias e ao mesmo tempo, eram apresentados slides coloridos de Durval Rosa Borges. Nesse mesmo ano, segundo informações constantes na contra capa do LP "Vamos Falar de Brasil":

"Aproveitando suas férias, saiu espetacularmente de São Paulo num jipe e enfrentando chuva, lama e incríveis hotéis 'folclóricos' dos sertões de Minas e da Bahia, recolheu motivos deliciosos para enriquecer ainda mais o seu já vastíssimo repertório e, assim, retribuir, de alguma forma, o carinho de seus fãs sempre presentes".

Na época, havia sido convidada para estrelar o longa metragem "Jovita" que seria produzido pela Companhia Vera Cruz, que ficava na cidade paulista de São Bernardo onde também estava sendo lançado o primeiro veículo utilitário comercial do Brasil o jipe Willys. O presidente da empresa lhe emprestou o jipe para que pudesse realizar suas pesquisas pelo Brasil afora. A Companhia Vera Cruz resolveu fazer parte do empreendimento e pintou na lateral do carro o nome "Jovita", para promover o filme, que no entanto, não chegou a ser filmado.  Acompanhada do cunhado Maurício Barroso e do amigo Nelson Camargo, percorreu quase todo o Nordeste, antecipando a volta quando foi avisada que ganhara o Prêmio Roquette Pinto e precisava voltar para recebê-lo. Recebeu o Prêmio Roquette Pinto de melhor cantora da televisão, o Prêmio Guarani do Disco, como melhor cantora de folclore, e foi escolhida várias vezes como a melhor da semana em televisão, rádio, disco e teatro com a temporada de "Os Jograis de São Paulo e Inezita", além de receber a Medalha de Honra ao Mérito da Associação Paulista de Imprensa. No mesmo ano, gravou apenas um disco, em 78 rpm, com as composições "No Bom do Baile" (Barbosa Lessa), e "Nhô Leocádio" (Hervé Cordovil).

Em 1958, gravou o LP "Vamos Falar de Brasil", no qual, com arranjos de Hervé Cordovil e com acompanhamento do Regional do Miranda e da Orquestra e Coro da Rádio Record, sob direção de Hervé Cordovil, e com ela ao violão, interpretou "Retiradas" (Osvaldo de Souza), inspirado em motivo de aboio nordestino, "Peixe Vivo", motivo tradicional mineiro recolhido e adaptado por Rômulo Paes e Henrique de Almeida, "Engenho Novo", tema tradicional nordestino adaptado por Hekel Tavares"Zabumba de Nego", um jongo de Hervé Cordovil, "Lampião de Gás" (Zica Bergami), um de seus maiores sucessos, "Ismália", poema de Alphonsus de Guimarães musicado por Capiba, "Festa do Congado" (Juraci Silveira), "Temporal" (Paulo Ruschell), "Luá Luá", uma cantiga de feira de autoria de Catulo de Paula, a modinha  "Azulão" (Jaime Ovalle e Manuel Bandeira), "Seresta" (Georgina Erismann), e a "Moda da Pinga (Marvada Pinga)" (Laureano), talvez sua gravação de maior êxito. Ainda em 1958, gravou o LP "Inezita Apresenta", no qual cantou composições de Babi de Oliveira, Juraci Silveira, Zica Bergami, Leyde Olivé e Edvina de Andrade, do folclore paulista, mineiro e baiano. Desse disco, que contou com arranjos de Hervé Cordovil e acompanhamento da Orquestra e Coro da Rádio Record sob direção de Hervé Cordovil, com participação dos Titulares do Ritmo e Regional do Miranda, fizeram parte o tema de congada "Rainha Ginga", o batuque paulista "Batuque", e o samba-choro "Recado", os três de Leyde Olivé, o "Cateretê", a moda-de-viola "Conversa de Caçador" e a toada "O Carro Tombou", de Edvina de Andrade, o "Lamento", com arranjos para vozes de Francisco Nepomuceno de Oliveira, a toada "Adeus Minas Gerais" e "Sôdade da Loanda", da mineira Juraci Silveira, "O Batateiro" e "Chuvarada", de Zica Bergami, esta última, com arranjos vocais de Francisco Nepomuceno de Oliveira, além de "Seresta da Saudade" e o canto de trabalho "Caboclo do Rio", ambas de Babi de Oliveira, e "Maria Macambira" (Babi de Oliveira e Orádia Oliveira). Também em 1958, participou do LP "Cinco Estrelas Apresentam Inara", da gravadora Copacabana, com obras da compositora Inara. Nesse disco interpretou "Congada" e "É Iemanjá". No mesmo ano, participou do filme "O Preço da Vitória", de Oswaldo Sampaio, interpretando a canção "De Papo Pro Ar" (Joubert de Carvalho e Olegário Mariano).

Em 1959, lançou o LP "Canto da Saudade", que contou com arranjos, orquestra e coro de Hervé Cordovil e participação dos Titulares do Ritmo. Nesse LP interpretou "Canto da Saudade" (Alberto Costa), com arranjo de Gabriel Migliori, a "Cantiga (Vela Branca)" (Lina Pesce e Adelmar Tavares), com arranjo de Francisco Nepomuceno, a toada "Fiz a Cama na Varanda" (Dilu Melo e Ovídio Chaves), a canção "Na Serra da Mantiqueira" (Ary Kerner Veiga de Castro), a "Modinha" (Jaime Ovalle e Manuel Bandeira), com a cantora acompanhando-se ao violão, o samba "Na Baixa do Sapateiro" (Ary Barroso), a toada "Luar do Sertão" (João Pernambuco e Catulo da Paixão Cearense), a toada "Maringá" (Joubert de Carvalho), com arranjo à capela de Francisco Nepomuceno, "De Papo Pro Ar" (Joubert de Carvalho e Olegário Mariano), a canção "Sodade Ruim" (Georgette Cutait e Diva Jabor), o motivo tradicional "Meu Limão, Meu Limoeiro", com adaptação de José Carlos Burle, e a canção "Sussuarana" (Hekel Tavares e Luís Peixoto).


Em 1960, gravou, de Mariano da Silva e Cornélio Pires, a moda de viola "Moda do Bonde Camarão", que se tornou outro grande sucesso de sua carreira, e "Moda da Onça", do folclore  recolhido por ela. No mesmo ano, lançou o LP "Eu me Agarro na Viola", no qual, acompanhando-se à viola e ao violão, interpretou "Eu me Agarro na Viola (Tirana de Vila Nova)", uma cantiga de vaqueiro da Bahia, recolhida por Waldemar Henrique, "Urutáu" (Lamartine Paes de Barros Machado), a "Canção da Guitarra" (Marcelo Tupinambá e Aplecina do Carmo), "Meu Baralho" (Edvina de Andrade), "A Troco de Que" (Luiz Vieira), "Moda da Mula Preta" (Raul Torres), a "Moda do Bonde Camarão" (Mariano da Silva e Cornélio Pires), "A Voz do Violão", clássico de Francisco Alves e Horácio Campos, "Moda da Onça", motivo tradicional adaptado por ele mesma, "Boi Amarelinho" (Raul Torres), e "Leilão" (Hekel Tavares e Joracy Camargo). Ainda em 1960, voltou ao Uruguai para apresentar-se no I Festival Sul-Americano de Folclore, na cidade de Salinas, sendo considerada a melhor apresentação de todas, recebendo um troféu como homenagem.

Em 1961, foi lançado pela gravadora Copacabana o LP "Inezita Barroso Interpreta Danças Gaúchas" com as oito músicas gravadas por ela no LP "Danças Gaúchas", de 1955, acrescidas de "Tatu" (Barbosa Lessa e Paixão Cortes), e "No Bom do Baile" (Barbosa Lessa), contando com orquestra e arranjos de Hervé Cordovil. Na contra capa desse LP, assim escreveu, provavelmente Barbosa Lessa ou Paixão Cortes, uma vez que o texto não recebeu assinatura:

"Artisticamente, as danças gaúchas entraram na fase de competir com os bailados regionais de outros países, divulgados em categoria profissional. Precisam as danças gaúchas, portanto, se aparelharem o melhor possível para essa dura concorrência artística. Para este embate diante do exigente público, é que se destina o novo 'Danças Gaúchas'. O acordeão, a rabeca e o violãozinho foram deixados de lado para que entrassem os instrumentos que animam as orquestras internacionais. Ao som dessa música, os bailarinos podem convocar coreógrafos profissionais, pois há todo um mundo de sugestões rítmicas para inspirar as mais ousadas 'marcações'. Tudo é novo. Um único elemento permanece, todavia, relacionando aquele disco regional com este outro em roupagem internacional: a admirável voz de uma artista brasileira, capaz de identificar-se com o que há de mais puro e ingênuo em nosso folclore e, simultaneamente, comover a uma exigente plateia estrangeira em noite de gala - Inezita Barroso".

No mesmo ano de 1961, lançou o LP "Inezita Barroso", no qual interpretou "Sertão de Areia Seca" (Leyde Olivé), "Tamba-Tajá" (Waldemar Henrique), "Roda Carreta" (Paulo Ruschell), "Na Minha Terra Tem" e "Casa de Caboclo", ambas de Hekel Tavares e Luis Peixoto, "Carreteiro" (Barbosa Lessa), "Viola Quebrada" (Mário de Andrade), "Maria Julia", tema tradicional, "Minêro Tá Me Chamano", adaptação de Zé do Norte para um tema tradicional, "Galope à Beira Mar" (Luiz Vieira), e "Moleque Vardemá" (Billy Blanco).

Em 1962, pelo selo Sabiá/Copacabana, gravou o LP "Clássicos da Música Caipira", LP que seria relançado em 1968, pelo selo Beverly, e, em 1969, pelo selo Som. Nesse disco, interpretou as modas-de-viola "Chico Mineiro" (Tonico e Francisco Ribeiro), e "Sertão do Laranjinha" (Capitão Furtado), Tonico & Tinoco, as toadas "Boi de Carro" (Anacleto Rosas JúniorTinoco), "Pingo D'água" (Raul Torres e João Pacífico), e "Tristeza do Jeca" (Angelino de Oliveira), os  cateretês "Amor Impossível" (Anacleto Rosas Júnior), e "Vae Torna Vortá", de domínio público, as modas campeiras "Cavalo Preto" (Anacleto Rosas Júnior), "Baldrama Macia" (Arlindo Pinto e Anacleto Rosas Júnior), o recortado mineiro "Boiadeiro Apaixonado" (Raul Torres e Geraldo Costa), o arrasta pé "Mineirinha" (Raul Torres), e o valseado "Do Lado Que o Vento Vai" (Raul Torres). No mesmo ano, lançou o LP "Recital", no qual cantou os temas tradicionais "Cantilena", recolhida por Sodré Viana e Villa-Lobos, "Nhapopé", tema folclórico adaptado por ela, "Temas de Capoeira", "Prenda Minha", da música tradicional gaúcha, "Caninha Verde", música tradicional mineira, e "Tayeiras", além das canções "Uirapuru", "Boi Bumbá" e "O Que Ouro Não Arruma", as três de Waldemar Henrique, "Chove Chuva" (Hekel Tavares e Ascenso Ferreira), "Areia do Mar" (Orádia Oliveira e Babi de Oliveira), e "Três Pontos de Santo" (Jaime Ovalle e Manuel Bandeira). Ainda em 1962, saiu da Record e começou a enfrentar dificuldades para fazer gravações, em virtude da manutenção intransigente de uma linha de trabalho da qual não abriu mão. Mesmo gravando menos do que poderia e deveria, continuou lançando discos.


Em 1963, gravou com a Banda da Força Pública do Estado de São Paulo, sob a direção do maestro Capitão Alcides J. Degobbi, com produção de Hervé Cordovil, o LP "A Moça e a Banda - Inezita Barroso e a Banda da Força Pública do Estado de São Paulo", no qual interpretou o hino "Cisne Branco (Canção do Marinheiro)" (Antônio Manoel do Espírito Santo e Benedito Xavier de Macedo), o "Hino à Bandeira" (Francisco Braga e Olavo Bilac), o "Hino do Estudante Brasileiro" (Paulo Barbosa, Aldo Taranto e Raul Roulien), o "Hino do C F A" (Alcides Jacomo Degobbi e Edgar Pimentel Resende), "Hino da Independência" (Dom Pedro I e Evaristo Ferreira da Veiga), "Hino à Mocidade Acadêmica" (Carlos Gomes e Bittencourt Sampaio), e o "Hino da Proclamação da República" (Leopoldo Miguez e Medeiros e Albuquerque), as canções "Canção do Expedicionário" (Spartaco Rossi e Guilherme de Almeida), a "Canção do Soldado", de autor desconhecido, além do dobrado "Avante Camaradas" (Antônio Manuel do Espírito Santo). Nesse período de mudanças na música popular brasileira, pensou em largar a carreira artística e virar bibliotecária e professora. Irritada por perder os patrocínios para seu programa de televisão queimou os originais de seu estudo "Roteiro de um Violão". Por essa época, começou a dar aulas particulares de violão. Somente voltou a gravar três anos depois quando lançou o LP "Vamos Falar de Brasil, Novamente", no qual, com arranjos de Guerra Peixe, e acompanhada de Orquestra, Coral e Regional de Caçulinha, cantou "Cais do Porto" e "Nação Nagô" (Capiba), "Palavra de Peão", tema tradicional recolhido por Francisco de Assis Bezerra de Menezes, "Festa de Ogum" (Babi de Oliveira), "Burro Chucro" (Francisco de Assis Bezerra de Menezes), "Serenata" (Martins Fontes e Mary Buarque), "Soca Pilão", tema tradicional adaptado por José Roberto e J. Prates, "Maracatu Elegante" (José Prates), "Oração do Guerreiro" (Hekel Tavares e Luís Peixoto), "Piaba", tema tradicional adaptado por ela, "Peixinho do Mar", tema tradicional recolhido por Babi de Oliveira e Orádia Oliveira, e "Dança Negra" (Hekel Tavares e Sodré Viana).

Em 1966, interpretou a "Cantiga (Vela Branca)" (Lina Pesce e Adelmar Tavares), para o LP "Lina Pesce - Seus Grandes Sucessos", da gravadora Copacabana, contando ainda com nomes como Agnaldo Rayol, Elizeth Cardoso, Sivuca e Altamiro Carrilho, entre outros.

Em 1968, foi lançada a coletânea "O Melhor de Inezita", com clássicos de seu repertório como "Funeral de um Rei Nagô" e "Banzo" (Hekel Tavares e Murilo Araújo), "Rainha Ginga" (Leyde Olivé), a "Berceuse da Onda" (Oscar Lorenzo Fernández) com letra de Cecília Meireles, "Canto da Saudade" (Alberto Costa), "Lampião de Gás" (Zica Bergami), "Moda da Pinga (Marvada Pinga)" (Laureano), "Ô Luá, Ô Luá" (Catulo de Paula), "Viola Quebrada" (Mário de Andrade), "Cantilena", adaptação de Sodré VianaVilla-Lobos, "Maria Julia", tema tradicional, e "Cisne Branco (Canção do Marinheiro)" (Antônio Manoel do Espírito Santo e Benedito Xavier de Macedo).

Em 1969, gravou o LP "Recital Nº 2" com as músicas "Mestiça", adaptação de João Portaro sob poema de Gonçalves Crespo, "Coco Verde" (José Prates), "Morena Morena" (Francisco Mignone), "Canção Marinha" (Marcelo TupinambáMário de Andrade), "Benedito Pretinho" (Hekel Tavares e Olegário Mariano), "Falua" e "Jangada" (João de Barro e Alberto Ribeiro), "Trem de Alagoas" (Waldemar Henrique e Ascenso Ferreira), "Curupira" e "Hei de Seguir Teus Passos" (Waldemar Henrique), "Abôio" (Babi de Oliveira e Geraldo de Ulhôa Cintra), e "Dança Cabocla" (Hekel Tavares).

Em 1970, lançou o LP "Modinhas" interpretando as seguintes modinhas "Foi Numa Noite Calmosa" (Luciano Gallet), "O Gondoleiro do Amor" (Castro Alves e Salvador Fábregas), "Modinha" (Villa-Lobos e Manuel Bandeira), "Casinha da Colina", tema tradicional adaptado por Pedro de Sá Pereira e Luis Peixoto, "Último Adeus de Amor" e "Roseas Flores da Alvorada" (Mário de Andrade), "Nhapopé", tema tradicional, "Canção da Felicidade" (Barroso Neto e Nosor Sanches), "Coração Perdido", adaptação de Mário de Andrade, "Conselhos" (Carlos Gomes), "Hei de Amar-te Até Morrer", adaptação de Mário de Andrade, e "A Casa Branca da Serra" (Guimarães Passos). No mesmo ano, lançou compacto simples com as composições "Corinthians Meu Amor" (Idibal e Laura Maria), e "Festa no Coreto" (Gilda Brandi). Ainda em 1970, produziu para uma firma norte-americana um documentário que representou o Brasil na Exposição 70, no Japão, com cenas da música popular brasileira sendo exibido em 118 canais em todo o mundo. Também nesse ano, voltou às telas do cinema participando do documentário "Isto é São Paulo", que traçou a história da cidade desde sua fundação até aquele período. Ela fez a narração do filme acompanhada pelos Jograis. Nos anos 1970, dedicou-se a viajar, realizando pesquisas musicais, além de realizar recitais pelo interior do país e fazer gravações para programas especiais para diversos países, entre os quais, União Soviética, Israel e Estados Unidos.


Em 1972, dez anos depois do primeiro, lançou o segundo volume dos "Clássicos da Música Caipira", no qual interpretou, "Rio de Lágrimas" (Piraci, Lourival dos Santos e Tião Carreiro), "Saudades de Matão" (Jorge Galati e Raul Torres), "O Amor é Firme", tema tradicional adaptado por Inezita Barroso, "Campo Grande" (Raul Torres), "Poeira" (Luis Bonan e Serafim Colombo Gomes), "Moda do Bonde Camarão" (Mariano da Silva e Cornélio Pires), "Divino Espírito Santo" (Torrinha e Canhotinho), "Peão Bicharedo" (Francisco de Assis Bezerra de Menezes), "Chitãozinho e Chororó" (Serrinha e Athos Campos), "Rei do Café" (Teddy Vieira e Carreirinho), "Destinos Iguais" (Capitão Furtado e Laureano), e "O Menino da Porteira" (Teddy Vieira e Luisinho). Ainda em 1972, foi lançada pela Copacabana a coletânea "Inezita Barroso", com algumas de suas gravações mais representativas, tais como "Engenho Novo", tema tradicional adaptado por Hekel Tavares, "Lampião de Gás" (Zica Bergami), e "Moda da Pinga (Marvada Pinga)" (Laureano).

Em 1974, gravou um compacto simples com as músicas "Tô Como o Diabo Gosta" (Bráulio de Castro e José Wilson), e "1900 e Nada" (Léo Karan e Gilberto Karan).

Em 1975, lançou dois LPs. O primeiro, "Modas e Canções", no qual interpretou "Luar do Sertão" (João Pernambuco e Catulo da Paixão Cearense), "De Papo Pro Ar" (Joubert de Carvalho e Olegário Mariano), "Maringá" (Joubert de Carvalho), "A Voz do Violão" (Francisco Alves e Horácio Campos), "Prenda Minha", música tradicional gaúcha, "Fiz a Cama na Varanda",(Dilu Melo e Ovídio Chaves), "Pingo D'água" (Raul Torres e João Pacífico), "Tristeza do Jeca" (Angelino de Oliveira), "Cavalo Preto" (Anacleto Rosas Júnior), "Meu Limão, Meu Limoeiro", tema tradicional adaptado por José Carlos Burle, "Azulão" (Jaime Ovalle e Manuel Bandeira), e "Festa de Ogum" (Babi de Oliveira). O segundo LP lançado nesse ano se chamou "Inezita em Todos os Cantos", no qual interpretou pontos de candomblé, sambas anônimos do Rio de Janeiro e Niterói, números folclóricos de Mato Grosso. Estão nesse LP as composições "Pontos de Ogum (Temas de Candomblé)", recolhidos por Alceu Maynard Araújo, Roberval e por ela mesma, "Rosa", música tradicional matogrossense, "Seleção de Sambas", recolhidos no Rio de Janeiro e Niterói, "Temas de Cururús", recolhido em Piracicaba, SP, "Seleção de Maracatus", músicas tradicionais pernambucanas recolhidas por Irmãos Valença, Solano Trindade e J. Ayres, "É a Ti Flor do Céu", tema tradicional recolhido em Diamantina, MG, "Negrinho do Pastoreio" (Barbosa Lessa), "Divisão do Boi", música tradicional nordestina recolhido por Zé do Norte, "Amo Te Muito", tema tradicional recolhido em Ouro Preto, MG, "Capoeira do Salomão", música tradicional baiana, "Marabá", tema de garimpeiros do Pará, recolhido e adaptado por José Mauro de Vasconcellos, "Vô Deitá no Colo Dela", música tradicional mineira, e "Asa Branca" (Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira).

Em 1977, foi lançada a coletânea "Seleção de Ouro - Inezita Barroso".

Em 1978, gravou o LP "Jóia da Música Sertaneja" interpretando doze clássicos da música sertaneja, entre modas-de-viola, toadas, cateretês e pagodes, como "Mágoa de Boiadeiro" (Nonô Basílio e Índio Vago), "Paineira Velha" (José Fortuna), "Azul Cor de Anil" (Arlindo Santana), "Colcha de Retalhos" (Raul Torres), "Canoeiro" (Zé Carreiro), "Que Linda Morena" (Raul Torres), "Burro Picaço" (Anacleto Rosas Júnior), "Perto do Coração" (Raul Torres e João Pacífico), "Os Três Boiadeiros" (Anacleto Rosas Júnior), "Pagode em Brasília" (Teddy Vieira e Lourival dos Santos), "Cabocla Tereza" (João Pacífico e Raul Torres), e "Vingança do Chico Mineiro" (Tonico e Sebastião de Oliveira). Nesse ano, fez uma aparição no filme "Desejo Violento", de Roberto Mauro.

Em 1979, lançou, com Evandro do Bandolim, o LP "Inezita Barroso e Evandro e Seu Regional", trazendo as músicas "Ronda" (Paulo Vanzolini), "Último Desejo" (Noel Rosa), "Solavanco" (Evandro do Bandolim), "João Valentão" (Dorival Caymmi), "Chorinho Serenata" (Sivuca), "Castigo" (Dolores Duran), "Bodas de Prata" (Evandro do Bandolim), "Perfil de São Paulo" (Francisco de Assis Bezerra de Menezes), "Recordando Garoto" (Lúcio França), "Chão de Estrelas" (Sílvio Caldas e Orestes Barbosa), "Carinhoso" (Pixinguinha e João de Barro), "Pirilampo" (Oscar Bellandi e Nelson Miranda), "Quem Há de Dizer" (Lupicínio Rodrigues e Alcides Gonçalves), e "Segura Paes Leme" (Luperce Miranda).


Em 1980, lançou o LP "Joia da Música Sertaneja Nº 2" com os clássicos "Piracicaba" (Newton de Almeida Mello), "O Que Tem a Rosa" (Serrinha), "Travessia do Araguaia" (Dino Franco e Décio dos Santos), "Velho Candieiro" (José Rico e Duduca), "Siriema" (Mário Zan e Nhô Pai), "O Berrante de Madalena" (Faísca), "Barbaridade" (Walter Amaral), "João de Barroro" (Teddy Vieira e Muibo Cury), "História de um Prego" (João Pacífico), "Jorginho do Sertão" e "Oi, Vida Minha" (Cornélio Pires), e "Ferreirinha" (Carreirinho).

A partir de 1980, começou a apresentar, ao lado de Moraes Sarmento, o programa "Viola Minha Viola", aos domingos, pela TV Record de São Paulo. Por essa mesma época, realizou recitais e conferências pelo Brasil, além de apresentar-se com Oswaldinho do Acordeon em shows do Projeto Pixinguinha.

Entre 1980 e 1987, foi professora de Folclore no Conservatório de Pouso Alegre, Minas Gerais.

Em 1985, foi homenageada pela Escola de Samba Oba-Oba, de Barueri, em São Paulo, que cantou sua vida e obra em enredo de carnaval. Na mesma época, após cinco anos sem gravar, lançou, pelo selo independente Líder, o LP "Inezita Barroso: A Incomparável", cujo repertório foi escolhido pelos fãs. Fizeram parte desse disco as músicas "Vida Marvada" (Almirante e Lúcio Mendonça Azevedo), "Piazito Carreteiro" (Luiz Menezes), "Juazeiro" (Osvaldo de Souza), "Guacira" (Hekel Tavares e Joracy Camargo), "História Triste de Uma Praieira (Jangadeiro)" (Adelmar Tavares e Stefana de Macedo), "Chuá-Chuá" (Pedro de Sá Pereira e Ary Pavão), "Bolinho de Fubá" (Edivina de Andrade), "Querer Bem Não é Pecado" (Oswaldo de Souza), "É Doce Morrer no Mar" (Dorival Caymmi e Jorge Amado), e "Ontem ao Luar" (Catulo da Paixão Cearense e Pedro de Alcântara). Após o lançamento desse LP, como se recusava a gravar utilizando teclados eletrônicos, ficou onze anos sem gravar discos solos, apenas gravando esporadicamente em participações especiais.

Em 1988, participou do LP "Festas Juninas - Sucessos de Mário Zan com Bandinha e Coro", da Brasidisc, interpretando "Verdadeira Quadrilha" (Mário Zan). No mesmo ano, passou a apresentar na Rádio USP, da Universidade de São Paulo, o programa "Mutirão", no qual realizou memoráveis entrevistas, entre as quais com Patativa do Assaré, última dele antes de falecer, e Antenógenes Silva.

A partir de 1990, e durante nove anos, apresentou na Rádio Cultura AM o programa "Estrela da Manhã", das 5:00 às 7:00 horas da manhã.

Em 1991, fez participação especial em dois discos. No compacto duplo "Canção da Avenida Paulista" interpretou a música título de Mário Albanese e Geraldo Vidigal. Já no LP "Lamento Sertanejo", lançado por Jair Rodrigues, interpretou "Velho Pilão" (Jacobina e Jair Amorim).

Em 1992, apresentou-se no Teatro do Sesc, em São Paulo, ao lado da violeira Helena Meirelles e da dupla Pena Branca & Xavantinho.

Em 1993, a gravadora Copacabana lançou o primeiro CD da cantora, a coletânea "Alma Brasileira", com algumas de suas grandes interpretações.

Em 1995, interpretou "Boiadeiro Errante" (Teddy Vieira), para o LP "Áurea Fontes e Orquestra Violeiros de Ouro", uma produção independente.


Em 1996, gravou com o violeiro Roberto Corrêa, pela RGE, o CD "Voz e Viola", no qual interpretou, "Felicidade" (Lupicínio Rodrigues), "Flor do Cafezal" (Luis Carlos Paraná), "Fiz Uma Viagem" (Dorival Caymmi), "Perfil de São Paulo" (Bezerra de Menezes), "Peixe Vivo", do folclore mineiro, adaptação de Rômulo Paes e Henrique de Almeida, "Tamba-Tajá" (Waldemar Henrique), "Chalana" (Mário Zan e Arlindo Pinto), "Pagode em Brasília" (Teddy Vieira e Lourival dos Santos), "Prece ao Vento" (Gilvan Chaves, Alcyr Pires Vermelho e Fernando Lobo), "O Menino de Braçanã" (Armando Passos e Luiz Vieira), "Romaria" (Renato Teixeira), "Sussuarana" (Hekel Tavares e Luiz Peixoto), "Festa do Peão" (Bezerra de Menezes), "Lampião de Gás" (Zica Bergami), e "Moda da Pinga" (Ochelcis Laureano). No mesmo ano, gravou, de forma independente, com Izaías e Seus Chorões, o CD "Colhendo Pérolas da Obra Musical de Marcelo Tupinambá" no qual interpretou as composições "A Mesma Frase de Amor", "Rabicho", "Maricota Sai da Chuva", "Quem É?", "Canção de Amor", todas apenas de Marcelo Tupinambá, além de "Batuque" e "Balaio" (Marcelo Tupinambá e Sivan Castelo Neto), "Como da Primeira Vez" (Marcelo Tupinambá e Samuel de Mayo), "Quadras" (Marcelo Tupinambá e Vargas Neto), "Solidão" (Marcelo Tupinambá e Ribeiro Couto), "Pinto Pelado" e "Cabocla" (Marcelo Tupinambá e Arlindo Leal), "Canção Marinha" (Marcelo Tupinambá e Mário de Andrade), "Candonga" e "Linguinha de Cobra" (Marcelo Tupinambá e Ary Machado), "Canto Chorado" (Marcelo Tupinambá e F. Nascimento), "Viola Cantadêra" e "Canção da Guitarrada" (Marcelo Tupinambá e Aplecina do Carmo), "O Cigano" (Marcelo Tupinambá e João do Sul), e "O Passo do Soldado" (Marcelo Tupinambá e Guilherme de Almeida). Esse CD foi gravado ao vivo na cidade de Piracicaba, em espetáculo promovido pela Fundação de Estudos Agrários Luiz de Queiroz e/ou Cultura Artística de Piracicaba, sendo ainda lançado no mesmo ano em DVD independente.

Também com Roberto Correia, gravou o CD "Caipira de fato", em 1997,  interpretando "Caipira de Fato" (Adauto Santos), "Chico Mineiro" (Tonico e Francisco Ribeiro), "Adeus, Campina da Serra" (Cornélio Pires e Raul Torres), "Cuitelinho", tema folclórico mato-grossense adaptado por Paulo Vanzolini e Antônio Xandó, "Siriema" (Mário Zan e Nhô Pai), "A Coisa Tá Feia" e "A Viola e o Violeiro" (Tião Carreiro e Lourival dos Santos), "Benzim", adaptação de Roberto Corrêa, "Curitibana" (Tonico, Tinoco e Pirigoso), "Moda do Bonde Camarão" (Mariano da Silva e Cornélio Pires), De Papo Pro Ar" (Joubert de Carvalho e Olegário Mariano), "Oi, Vida Minha" (Cornélio Pires), "Burro Xucro" (Francisco de Assis), e "Roda Carreta" (Paulo Ruschel). No mesmo ano, recebeu o Prêmio Sharp de melhor cantora regional. Participou também com Mazinho Quevedo do espetáculo "Ao Som da Viola - A História de Cornélio Pires" gravado ao vivo no Teatro Municipal de Piracicaba e lançado em DVD independente.

Em 1998, participou juntamente com Zé Mulato & Cassiano, Paulo Freire e Pereira da Viola, do disco "Feito na Roça", de Bráz da Viola e Sua Orquestra de Violeiros, de São José dos Campos. Nesse CD interpretou "Encontro de Bandeiras" (Tavinho Moura e Xavantinho), "Lampião de Gás" (Zica Bergami), e "Rio de Lágrimas" (Tião Carreiro, Piraci e Lourival dos Santos).

Em 1999, lançou pelo selo CPC/UMES o CD "Sou Mais Brasil", interpretando, "Viola Enluarada" (Paulo Sérgio e Marcos Valle), "A Saudade Mata a Gente" (João de Barro e Antônio Almeida), "Isto é Papel, João" (Paulo Ruschel), "Cuitelinho", tema folclórico adaptado por Paulo Vanzolini e Antônio Xandó, "Nhapopé", tema folclórico com adaptação de Inezita Barroso, "Coco do Mané" (Luiz Vieira), "Procissão de Sexta-Feira Santa" (Paulinho Nogueira), "Ave Maria" (Erotides de Campos), "Segura Zé" (Israel Filho e Tiago Duarte), "Moda da Pinga" (Laureano), "No Bom do Baile" (Barbosa Lessa), "Pingo D'água" (Raul Torres e João Pacífico), "Meu Casório", tema folclórico, e "Lampião de Gás" (Zica Bergami). Nesse ano, participou do CD "Serenata na UMES - Gereba Convida", do selo CPC-UMES, interpretando o samba "Ronda" (Paulo Vanzolini).


Em 2000, pelo selo Inter CD lançou o CD "Perfil de São Paulo", gravado ao vivo com Izaias e Seus Chorões. Nesse CD interpretou "Ronda" (Paulo Vanzolini), "Serenata" (Martins Fontes e Mary Buarque), "Moda do Bonde Camarão" (Mariano da Silva e Cornélio Pires), "Viola Quebrada" (Mário de Andrade e Ary Kerner), "Canção da Guitarra" (Marcelo Tupinambá e Aplecina do Carmo), "A Moda dos Pau D'água", tema folclórico recolhido por ela e até então inédito, "O Batateiro" e "Lampião de Gás" (Zica Bergami), "Moda da Pinga" (Laureano), "Flor do Cafezal" (Luiz Carlos Paraná), e "Perfil de São Paulo" (Bezerra de Menezes). No mesmo ano, a EMI lançou o CD duplo "Bis Sertanejo - Inezita Barroso", uma coletânea com 28 interpretações suas. Ainda em 2000, participou do CD "Semente Caipira", do violeiro Pena Branca, lançado pelo selo Kuarup, interpretando o tema folclórico "Marcolino". Juntamente com o Coral Piracicabano e a Orquestra Sinfônica de Piracicaba, participou do espetáculo "Lendas do Brasil" gravado no Teatro Municipal de Piracicaba e lançado em DVD independente.

Em 2001, cantando o tema folclórico "Tirana da Rosa", participou do CD "Viola Ética", lançado por Pereira da Viola.

Em 2003, aos 78 anos e completando 50 anos de carreira, lançou seu octogésimo disco, o CD "Hoje Lembrando", pela gravadora Trama. O disco, produzido por Fernando Faro, e com arranjos do maestro Théo de Barros, autor de "Disparada" e "Menino das Laranjas", traz para a contemporaneidade itens marcantes de seu próprio repertório, como "Amo-te Muito" (João Chaves), "Tamba-Tajá" (Waldemar Henrique), "Modinha" (Villa-Lobos e Manuel Bandeira), "Guacira" (Hekel Tavares e Joracy Camargo), "A Voz do Violão" (Francisco Alves e Horácio Campos), "Leilão" (Hekel Tavares e Joracy Camargo), "Roda Carreta" (Paulo Ruschel), "Maria Macambira" (Babi de Oliveira e Orádia de Oliveira), "Cais do Porto" (Capiba), "Ismália" (Capiba e Alphonsus de Guimarães), e "Maricota Sai da Chuva" (Marcelo Tupinambá), além de duas composições inéditas de Paulo Vanzolini, os sambas "Bem Iguais" e "Recompensa". Continuando a apresentar o programa "Viola, Minha Viola", pela TV Cultura de São Paulo, já tornado referência da musicalidade de raiz.

Em março de 2004, passou a apresentar o programa diário "Minha Terra", pela Rádio América, em São Paulo, indo ao ar de segunda a sexta, das 6:00 às 7:00 hs e , aos domingos, às 17:00 hs, programa que durou até novembro daquele ano. Também em 2004,  recebeu o prêmio Rival BR, na categoria Atitude, com o CD "Hoje Lembrando", lançado no ano anterior, pela gravadora Trama. Ainda no mesmo ano sua gravação para a "Moda da Pinga" (Laureano), foi incluída no CD "Viola, Minha Viola - Clássicos da Música Caipira - Vol. 1", lançado pela TV Cultura/Atração. Também em 2004, recebeu das mãos do presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva a Ordem do Mérito Cultural, "por suas relevantes contribuições prestadas à cultura do país" conforme publicação do Diário Oficial.


Em 2005, o programa "Viola, Minha Viola" completou 25 anos no ar. As comemorações contaram com um programa especial que reuniu a maioria dos artistas que por ele passaram e tiveram nele apoio em suas carreiras. O programa contou também com diversos depoimentos de artistas e jornalistas, falando da importância e significado dele. Nessa ocasião, o "Viola, Minha Viola" aumentou sua duração para 1:30 hs aos sábados à noite, sendo reprisado em compacto de 1:00 hs aos domingos, pela manhã. No mesmo ano, foi lançado pelo selo Revivendo o CD "Inezita Barroso - Ronda" com 21 interpretações consagradas da cantora, entre as quais, a música título, de Paulo Vanzolini, "Redondo Sinhá", música folclórica recolhida por Luiz Carlos B. Lessa, "Benedito Pretinho / Meu Barco é Veleiro" (Hekel Tavares e Olegário Mariano), "Marvada Pinga" (Laureano), "Coco do Mané" (Luiz Vieira), "O Canto do Mar" (Guerra Peixe e José Mauro de Vasconcelos), "Na Fazenda do Ingá" (Zé do Norte), "Isso é Papel, João?" (Paulo Ruschell), "Roda a Moenda" (Haroldo Costa), "Dança de Caboclo" (Hekel Tavares e Olegário Mariano), "Mestiça" (Gonçalves Crespo), "Iemanjá" (Nelson Ferreira e Luiz Lima), e "Os Estatutos da Gafieira" (Billy Blanco). Ainda em 2005, foi lançado pela TV Cultura/Atração o CD "Viola, Minha Viola - Clássicos da Música Caipira - Vol. 2", que incluiu sua gravação de "Lampião de Gás" (Zica Bergami).

Em 2006, por sua dedicação à preservação da memória da cultura de raiz e ao folclore nacional, recebeu, da Secretaria de Cultura e Turismo da cidade paulista de Pirassununga, através do Decreto nº 3.155, de 12/07/2006, o título de Madrinha de Honra da Semana Nenete de Música Sertaneja, evento que ocorre desde 1995, em homenagem ao cantor e compositor Nenete, tendo como caráter a manutenção da memória das tradições culturais do mundo rural, em especial do interior de São Paulo. Nesse ano, apresentou-se no evento, reunindo um público de cerca de 10 mil pessoas. No mesmo ano, foi lançado pela Som Livre o CD "Trilhas Globo Rural - Inezita Barroso e Roberto Corrêa", com as gravações feitas por eles em 1996 e 1997.

Prestes a completar 83 anos e fazendo uma média  de cinco shows por mês, além do programa semanal "Viola, Minha Viola", na TV Cultura de São Paulo, em março de 2007, apresentou-se no Centro Cultural Banco do Brasil, no Rio de Janeiro, na série "Líricas e Populares", cantando com a cantora lírica Nize de Castro Tank, soprano perita na obra de Carlos Gomes, em duas sessões. No show, interpretou composições clássicas do cancioneiro caipira e sertanejo, como "Luar do Sertão" (Catulo da Paixão Cearense). As duas cantoras, de gêneros tão diferentes já haviam cantado juntas, de maneira informal, num pequeno flash, no Sesc de São Paulo, onde estavam sendo premiadas, cada uma na sua área. No show, as duas cantaram seu seu próprio repertório e, ao final, fizeram um dueto, com variações sobre "Luar do Sertão" e "Romaria", esta última, de Renato Teixeira. Ainda no mesmo ano, apresentou-se, pela segunda vez na Semana Nenete de Música Sertaneja, na cidade de Pirassununga, acompanhada de seu regional, o mesmo do programa "Viola, Minha Viola", liderado pelo violonista Joãozinho Barroso, cantando para um público emocionado que lhe fez coro em diversos momentos. Foi lançado pelo selo TV Cultura/Atração Fonográfica o DVD "Inezita Barroso - Programa Ensaio", gravado em 1991 e apresentando algumas de suas gravações mais representativas. Participou do DVD Independente "Ao Som da Viola - As Ideias e as Canções do Jeca Tatu", juntamente com os violeiros Marcos e Joãozinho, em espetáculo realizado no Teatro Unimep, de Piracicaba.


Em 2009, em plena atividade de pesquisa do folclore musical brasileiro, continuou revigorando o programa "Viola, Minha Viola", no qual, além de receber convidados e trazer ao ar artistas representativos da música regional e caipira, sempre brindou o público com interpretações de clássicos da música popular e regional, como em programa especial de junho desse ano, quando cantou "De Papo Pro Ar" (Joubert de Carvalho e Olegário Mariano), "Burro Picaço" (Anacleto Rosas Jr.), marcando essas canções com seu estilo. No mesmo ano, lançou, de forma independente, o CD "Sonho de Caboclo" interpretando "Boiadeiro Errante" (Teddy Vieira), "Cavalo Preto" (Anacleto Rosas Jr.), "Flor do Cafezal" (Luiz Carlos Paraná), "O Que Tem a Rosa" (Serrinha), "Colcha de Retalhos", "Mineirinha" e "Moda da Mula Preta" (Raul Torres), "Paineira Velha" (José Fortuna), "Rio de Lágrimas" (Tião Carreiro, Piraci e Lourival dos Santos), "Perto do Coração" (João PacíficoRaul Torres), "Siriema" (Mário Zan e Nhô Pai), "Caipira de Fato" e "Sonho de Caboclo" (Adauto Santos), "Conversa de Caçador" (Edivina de Andrade), e "Lampião de Gás" (Zica Bergami).

Com mais de 50 anos de carreira com grande reconhecimento do público como cantora, atriz e professora de folclore, carinhosamente referenciada pelos violeiros e artistas sertanejos em geral, dos mais antigos aos mais jovens, como "madrinha", em 2010, comemorou 30 anos do programa "Viola, Minha Viola", apresentando uma edição especial em cuja abertura interpretou "Cabocla Teresa" (João Pacífico e Raul Torres), com seu peculiar vigor e propriedade, acompanhada pelo já consagrado Regional do programa, liderado pelo violeiro Joãozinho. A escolha da composição ocorreu por esta ter sido a música de abertura da primeira edição do programa. Nessa edição festiva, Inezita Barroso recebeu convidados, na verdade, amigos de longa data, como As Galvão, o maestro Mário Campanha, Pedro Bento & Zé da Estrada, Liu & Léu, Léo Canhoto & Robertinho, Mococa & Paraíso, Zé Mulato & Cassiano, Craveiro & Cravinho, Lourenço & Lourival, todos participantes do programa, desde seus primeiros anos, além de artistas mais jovens como Gilberto & Gilmar, Irmãs Barbosa, Cézar & Paulinho e Daniel. Ainda em 2010, participou do show "Vamos Falar de Brasil - Homenagem a Alceu Maynard Araújo" com Joãozinho, Arnaldo Freitas e Grupo Catira Raiz de Piracicaba, realizado no Teatro Municipal de Piracicaba e lançado em DVD independente.

Em 2011, realizou participação especial no DVD "Alma Sertaneja", o segundo da carreira da dupla Cézar & Paulinho. No mesmo ano, a gravadora EMI Music, lançou a caixa "O Brasil de Inezita Barroso", com seis CDs, trazendo seus sete primeiros álbuns, gravados entre os anos de 1955 a 1962 na gravadora Copacabana. Com idealização, produção, textos e seleção de títulos de Rodrigo Faour, a caixa reuniu os LPs "Lá Vem o Brasil", "Vamos Falar de Brasil", "Inezita Apresenta", "Canto da Saudade", "Eu me Agarro na Viola" e "Danças Gaúchas". Também no mesmo ano, foi homenageada pelo jornalista Assis Ângelo com a publicação do livro "A Menina Inezita Barroso", dedicado ao público infanto juvenil.

Em 2012, participou com o Regional do Tico-Tico, que acompanha os artistas no programa "Viola, Minha Viola", do espetáculo "Clássicos da Música Caipira", realizado no Teatro Municipal Erotides de Campos, em, Piracicaba, SP, e lançado em DVD independente. No mesmo ano, foi publicado pela Imprensa Oficial de São Paulo, dentro da Coleção Aplauso o livro "Inezita Barroso: Com a Espada e a Viola na Mão", de Valdemar Jorge.


Em 2013, no Teatro Municipal Erotides de Campos, em Piracicaba, participou do espetáculo "Trajetória: Seis Décadas de Música Brasileira", cantando acompanhada pelo Regional do Tico-Tico, em show gravado ao vivo e lançado em DVD independente. No mesmo ano, foi lançado pela Editora 34 o livro "Inezita Barroso - A História de Uma Brasileira", de Arley Pereira. Também em 2013, foi lançado pela TV Cultura o DVD duplo "Inezita Barroso - Cabocla Eu Sou". No primeiro DVD, intitulado "Ao Vivo em São Paulo", a cantora apresentou-se acompanhada da Orquestra Fervorosa, gravação feita durante edição especial do programa "Viola, Minha Viola" e no qual ela interpretou "Engenho Novo" (Hekel Tavares), "Flor do Cafezal" (Luiz Carlos Paraná), "Guacyra" (Hekel Tavares e Joraci Camargo), "Festa de Ogum" (Baby de Oliveira), "Meu Limão, Meu Limoeiro" (José Carlos Burle), "Moda da Pinga" (Laureano), "Viola Quebrada" (Mário de Andrade e Ary Kerner), "Perfil de São Paulo" (Bezerra de Menezes), "Ronda" (Paulo Vanzolini), "Rio de Lágrimas" (Tião Carreiro, Lourival dos Santos e Piraci), "Pingo D'Água" (Raul Torres e João Pacífico) e "Lampião de Gás" (Zica Bergami). Já no DVD 2, foi feita uma compilação de apresentações suas ao longo de 60 anos de carreira com imagens de filmes e apresentações em diferentes programas de televisão, nos quais ela aparece interpretando as composições "Quem é?" (Marcelo Tupinambá), extraída do filme "Ângela" (1951), "Juízo Final" (Paulo Vanzolini), extraída do filme "Mulher de Verdade" (1954), "Lampião de Gás" e "O Batateiro" (Zica Bergami), "Soca Pilão", adaptação de José Roberto e J. Prates"Ronda" (Paulo Vanzolini), "Moda da Pinga (Marvada Pinga)" (Laureano), "Ismália" (Alphonsus de Guimarães e Capiba), "Cais do Porto" (Capiba), "Negrinho do Pastoreio" (Barbosa Lessa), e "Caboclo do Rio" (Babi de Oliveira), extraídas do especial "Música Brasileira", de 1969, o tema tradicional "Mocidade", "Cana Verde" (Tonico e Tinoco), e "Lampião de Gás" (Zica Bergami), extraídas do especial "Panorama" (1979), "Moda da Mula Preta" (Raul Torres), extraída do programa "Viola, Minha Viola" (1980), com participação de  Nonô Basílio, "Caipira de Fato" (Adauto Santos), extraída do programa "Viola, Minha Viola" (1992), com participação de Adauto Santos e Robertinho do Acordeon, "Chitãozinho e Chororó" (Serrinha e Athos Campos), extraída do programa "Viola Minha Viola" (2011), com participação da dupla Chitãozinho & Xororó, "Romaria" (Renato Teixeira), extraída do programa "Viola, Minha Viola" (2011), com participação de Renato Teixeira, e "Cabocla Tereza" (João Pacífico e Raul Torres), extraída do programa "Viola, Minha Viola" (2012), com participação do cantor Daniel.

Ao longo da carreira gravou quase uma centena de discos com cerca de 405 composições, sendo 29 discos em 787 RPM, com 53 músicas mais cinco regravações, 3 LPs de dez polegadas, com 26 músicas, em LPs de doze polegadas gravou 18 discos com 213 composições, finalmente, até 2014, lançou quinze CDs, com 98 novas gravações, isso sem contar as inúmeras coletâneas.

Fez apresentações na França, na antiga União Soviética, Itália, Estados Unidos, Israel, Paraguai e Uruguai, entre outros. Seu disco "Danças Gaúchas" é considerado por ela como um dos mais importantes de sua carreira, por ter sido incluído como material básico de estudo no currículo de muitas escolas brasileiras.

Uma das mais premiadas artistas brasileiras, recebeu inúmeros troféus e condecorações, sendo que nos anos 50 recebeu seis troféus Roquette Pinto, o que lhe valeu receber em 1960 o Roquette Pinto de Ouro sendo a partir de então considerada hors-concours.

Ficou conhecida como "A Rainha do Folclore" e é identificada com o que muitos definem como a "genuína música sertaneja". Por muitos críticos, é considerada uma das cinco cantoras mais importantes do Brasil, graças às suas centenas de gravações e sua firmeza e coragem em se manter sempre íntegra no seu repertório.

Morte

Inezita Barroso morreu na noite de domingo, 08/03/2015, aos 90 anos, vítima de insuficiência respiratória aguda, informou a assessoria do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. Inezita Barroso estava internada desde 19/02/2015 e completou 90 anos no último dia 04/03/2015. Ela deixou uma filha, Marta Barroso, três netas e cinco bisnetos.

Em dezembro de 2014, Inezita Barroso foi hospitalizada após cair dentro da casa em que estava hospedada em Campos do Jordão, no interior de São Paulo. Na ocasião, de acordo com o hospital, ela teria caído da cama e apresentava dores nas costas.

O velório da cantora ocorreu na segunda-feira, 09/03/2015, na Assembleia Legislativa de São Paulo. O velório foi aberto ao público após ficar reservado apenas para a família durante 30 minutos. O sepultamento aconteceu às 17:00 hs, no Cemitério Gethsêmani, no Bairro do Morumbi, Zona Sul da capital paulista.

Filmografia

  • 1951 - Ângela
  • 1953 - O Craque
  • 1953 - Destino em Apuros
  • 1954 - É Proibido Beijar
  • 1954 - Mulher de Verdade
  • 1955 - Carnaval em Lá Maior
  • 1956 - O Preço da Vitória
  • 1970 - Isto é São Paulo
  • 1978 - Desejo Violento

Discografia


  • 2013 - Inezita Barroso - Cabocla Eu Sou
  • 2011 - O Brasil de Inezita Barroso
  • 2009 - Sonho de Caboclo
  • 2006 - Trilhas Globo Rural - Inezita Barroso e Roberto Corrêa (Coletânea)
  • 2005 - Inezita Barroso - Ronda (Coletânea)
  • 2003 - Hoje Lembrando
  • 2001 - A Música Brasileira Deste Século Por Seus Autores e Intérpretes - Inezita Barroso
  • 2000 - Perfil de São Paulo - Ao Vivo Com Izaías e Seus Chorões
  • 2000 - Bis Sertanejo - Inezita Barroso (Coletânea)
  • 1999 - Raízes Sertanejas - Vol. 2 (Coletânea)
  • 1999 - Sou Mais Brasil
  • 1998 - Raízes Sertanejas (Coletânea)
  • 1997 - Caipira de Fato - Inezita Barroso e Roberto Corrêa
  • 1996 - Voz e Viola - Inezita Barroso e Roberto Corrêa
  • 1993 - Alma brasileira (Coletânea)
  • 1985 - Inezita Barroso, a Incomparável
  • 1980 - Joia da Música Sertaneja Nº 2
  • 1979 - Inezita Barroso Canta e Evandro no Choro
  • 1978 - Jóia da Música Sertaneja
  • 1977 - Seleção de Ouro - Inezita Barroso
  • 1977 - Moda da Pinga (Marvada Pinga) / Tristeza do Jeca / Lampião de Gás / Meu Limão, Meu Limoeiro
  • 1975 - Modas e Canções
  • 1975 - Inezita em Todos os Cantos
  • 1974 - Tô Como o Diabo Gosta / 1900 e Nada
  • 1972 - Clássicos da Música Caipira - Vol. II
  • 1972 - Inezita Barroso
  • 1970 - Corinthians Meu Amor / Festa no Coreto
  • 1970 - Modinhas
  • 1969 - Recital Nº 2
  • 1968 - O Melhor de Inezita
  • 1966 - Vamos Falar de Brasil, Novamente
  • 1963 - Cavalo Preto / Mineirinha
  • 1963 - A Moça e a Banda - Com A Banda da Força Pública do Estado de São Paulo
  • 1962 - Clássicos da Música Caipira - Vol. I
  • 1962 - Recital
  • 1962 - Nhô Leocádio / Prece a São Benedito
  • 1962 - Baldrana Macia / Pingo D'Água
  • 1961 - A Voz do Violão / Moda do Bonde Camarão
  • 1961 - Tatu / Pezinho
  • 1961 - Balaio / No Bom do Baile
  • 1961 - Inezita Barroso Interpreta Danças Gaúchas
  • 1961 - Coisas do Meu Brasil
  • 1961 - Inezita Barroso
  • 1960 - Moda do Bonde Camarão / Moda da Onça
  • 1960 - Eu me Agarro na Viola
  • 1959 - De Papo Pro Ar / Oi Calango Ê
  • 1959 - Fiz a Cama na Varanda / Meu Limão, Meu Limoeiro
  • 1959 - Canto da Saudade
  • 1958 - Lampião de Gás / Engenho Novo
  • 1958 - Vamos Falar de Brasil
  • 1958 - Inezita Apresenta - Babi de Oliveira, Juracy Silveira, Zica Bergami, Leyde Olivé, Edivina de Andrade
  • 1957 - No Bom do Baile / Nhô Locádio
  • 1956 - Danças Gaúchas
  • 1956 - Coisas do Meu Brasil
  • 1956 - Lá Vem o Brasil
  • 1956 - O Gosto do Caipira / Casa de Caboclo
  • 1956 - Chimarrita-Balão / Quero Nana
  • 1956 - Balaio / Maçarico
  • 1956 - Estatutos de Boate / Ser Mãe é Dureza
  • 1955 - Meu Casório / Nhá Popé
  • 1955 - Benedito Pretinho / Meu Barco é Veleiro / Na Fazenda do Ingá
  • 1955 - Dança de Caboclo / Maracatu Elegante
  • 1955 - Moleque Vardema / Prece à São Benedito
  • 1955 - Minero Tá Me Chamando / Minha Terra
  • 1955 - Inezita Barroso
  • 1954 - Estatutos da Gafieira / Soca Pilão
  • 1954 - Iemanjá / Pregão da Ostra
  • 1954 - Redondo Sinhá / Mestiça
  • 1954 - Taieiras/Retiradas
  • 1954 - Coco do Mané / Roda a Moenda
  • 1953 - Isto é Papel, João? / Catira
  • 1953 - O Canto do Mar / Maria do Mar
  • 1953 - Moda da Pinga / Ronda
  • 1951 - Funeral de um Rei Nagô / Curupira Canção Amazônica