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Vicente Leporace

VICENTE FIDERICE LEPORACE
(66 anos)
Radialista, Locutor, Ator e Apresentador de TV

* São Tomas de Aquino, MG (26/01/1912)
+ São Paulo, SP (16/04/1978)

Vicente Leporace foi um radialista muito popular do Brasil.

Nascido em São Tomas de Aquino, MG em 26 de janeiro de 1912, Vicente Leporace foi sem dúvida um dos mais discutidos profissionais do rádio brasileiro.

Em 3 de setembro de 1937, a Rádio Atlântica de Santos inaugurou o Teatro de Antena apresentando um jovem rádio-ator vindo da PRB-5 Rádio Clube Hertz de Franca, SP. Surgiu então o grande Vicente Leporace.

Em sua longa carreira pelo Rádio ele atuou como redator, locutor, programador, discotecário, radioator, apresentador de televisão, apresentando com Clarice Amaral no Canal 7 a "Gincana Kibon", foi também ator de cinema atuando nos filmes "Luar Do Sertão" (1947), "A Vida É Uma Gargalhada" (1950), "Sai Da Frente" (1952), "Sinhá Moça" (1953), "Uma Pulga Na Balança" (1954), "Nadando Em Dinheiro" (1954), "Na Cena Do Crime" (1954), "É Proibido Beijar" (1954), "Carnaval Em Lá Maior" (1955) e "O Gigante, A Hora E A Vez Do Cinegrafista" (1971).

Blota Junior e Vicente Leporace
Atuou também em 1966 na novela "Redenção" com o papel de Carlo.

Em 1941 foi convidado por Blota Júnior para atuar na sua amada cidade Franca, voltando assim a ecoar sua voz à Rádio Clube Hertz de Franca. Ficou na rádio até o final de 1950, quando no dia 01/04/1951, lançou-se pela ondas da PRB-9 a Rádio Record de São Paulo, passando então a apresentar o "Jornal da Manhã" um informativo de meia e meia hora que ele mesmo produzia e apresentava.

Depois de onze anos, transferiu-se para a PRH-9 a Rádio Bandeirantes de São Paulo onde lançou a grande paixão da sua vida, o programa "O Trabuco". Alguns livros, relatam que a saída de Vicente Leporace da Rádio Record foi por questões salariais.

O programa "O Trabuco"  era um informativo diário que veiculava os fatos importantes do país e Vicente Leporace expressava sem medo seus cometários e críticas.

Vicente Leporace assumia toda a responsabilidade sobre seus ditos. Ele sem dúvida nenhuma tornou se o defensor dos menos favorecidos. Uma vez questionado porque o "Trabuco", ele explicou que não se tratava de uma alusão a uma arma de ataque e defesa e sim pela corruptela nascida na Calábria, terra de seus pais, que, estando dominada por tropas invasoras, seus habitantes ao trocarem informações utilizavam-se do método de boca a boca, originando o neologismo "trabuque" entre boca, ou o que não podia ser dito em voz alta.


Vicente Leporace muitas das vezes apresentou seu programa sob mira de fortes armas de fogo. Mas na época, vivia-se o regime militar de 64, e ele foi se dúvida nenhuma um dos maiores frequentadores da extinta Delegacia de Ordem Política e Social (DOPS).

Mas toda esta pressão nunca o intimidou, a sua coragem e seu desprendimento o tornou um ícone na radiodifusão, não podendo esquecer de ressaltar seu amor à causa pública um defensor dos princípios morais e éticos.

Em 1969 apresentou pela TV Bandeirantes o jornal "Titulares da Notícia" ao lado de grandes nomes como Maurício Loureiro Gama, José Paulo de Andrade, Murilo Antunes Alves e Lourdes Rocha.

Vicente Leporace faleceu em São Paulo em 16 de abril de 1978 vítima de um Edema Pulmonar, deixando sem dúvida uma enorme brecha no rádio e na comunicação brasileira. Morreu sem concretizar seu maior sonho em editar um jornal em Santo Amaro, SP. Um jornal que circularia diariamente que chegou a ser constituído e registrado como "O Trabuco", mas infelizmente este sonho nunca chegou as bancas.

Como diria nosso grande Vicente Leporace: "Assino e Dou Fé!".

Cinema

  • 1971 - O Gigante, A Hora E A Vez Do Cinegrafista
  • 1955 - Carnaval Em Lá Maior
  • 1954 - É Proibido Beijar
  • 1954 - Na Senda Do Crime
  • 1953 - Nadando Em Dinheiro
  • 1953 - Uma Pulga Na Balança
  • 1953 - Sinhá Moça
  • 1952 - Sai Da Frente
  • 1950 - A Vida É Uma Gargalhada
  • 1947 - Luar Do Sertão

Televisão

  • 1966 - Redenção ... Carlo

Fonte: Memória do RádioWikipédia

Serginho Leite

SÉRGIO DE SOUZA LEITE
(55 anos)
Músico, Humorista e Radialista

* São Paulo, SP (03/09/1955)
+ São Paulo, SP (12/04/2011)

Serginho Leite sempre quis ser pianista, com dezoito anos ele se dedicava a música junto com Tom Zé, Carlinhos Vergueiro e outros, durante encontros em um bar.

Em 1978, Serginho Leite foi convidado por Estevam Sangirardi para apresentar o programa "Show de Rádio", na Rádio Jovem Pan. Junto com outros três colegas, ele apresentou o programa e trouxe grandes idéias para Estevam Sangirardi. Ficou muito conhecido após apresentar um quadro que parodiava o radialista Zé Béttio.

Enquanto esteve na rádio, ele ficou conhecido por fazer imitações de celebridades, como Pelé, Maguila, Vicente Matheus, Clementina de Jesus e Paulinho da Viola, e por paródias que criava com um violão.

Outros trabalhos do artista que também se tornaram muito conhecidos, foram os jingles e comerciais para rádio e TV do personagem Bond Boca, da Cepacol, do Tigre Tony, dos Sucrilhos Kellogg's, e do elefante Jotalhão, do molho de tomate Cica.

Serginho Leite em foto de 1984 (Foto: Agencia Estado)
Serginho Leite também trabalhou na televisão, no programa "A Praça é Nossa", do SBT, onde fez imitações e na TV Globo, onde ficou 2 anos (1998-2000) no quadro "Retratos de Domingo", do "Domingão do Faustão". Em 2006, Serginho Leite deu uma entrevista ao "Programa do Jô", que foi a sua última aparição na emissora.

Segundo informações de amigos, Serginho Leite tinha elaborado um espetáculo para o teatro e só aguardava a aprovação pela Lei Rouanet para estreá-lo.

Sergio de Souza Leite morreu aos 55 anos de idade, vítima de infarto. Ele foi levado ao Hospital das Clínicas de São Paulo, onde deu entrada às 11:15 hs da manhã de 12/04/2011 e faleceu às 14:50 hs vítima de Infarto do Miocárdio, informou a assessoria de imprensa do hospital.

Serginho Leite era casado com Tânia Leite e o casal tinha dois filhos: Pedro e João.

Fonte: Wikipédia e G1

Stanislaw Ponte Preta

SÉRGIO MARCUS RANGEL PORTO
(45 anos)
Cronista, Escritor, Radialista e Compositor

* Rio de Janeiro, RJ (11/01/1923)
+ Rio de Janeiro, RJ (30/09/1968)

Era mais conhecido por seu pseudônimo Stanislaw Ponte Preta.

Sérgio começou sua carreira jornalística no final dos anos 40, atuando em publicações como as revistas Sombra e Manchete, e os jornais Última Hora, Tribuna da Imprensa e Diário Carioca.

Nesse mesmo período Tomás Santa Rosa também atuava em vários jornais e boletins como ilustrador. Foi aí que surgiu o personagem Stanislaw Ponte Preta e suas crônicas satíricas e críticas. Uma criação de Sérgio juntamente com Santa Rosa - o primeiro ilustrador do personagem -, inspirado no personagem Serafim Ponte Grande de Oswald de Andrade.

Sérgio Porto também contribuiu com publicações sobre música e escreveu shows musicais para boates, além de compor a música "Samba do Crioulo Doido" para o Teatro Rebolado.

Foi também o criador e produtor do concurso de beleza As Certinhas do Lalau, onde figuravam vedetes de primeira grandeza, como Anilza Leone, Diana Morel, Rose Rondelli, Maria Pompeo, Irma Alvarez e muitas outras.

Conhecedor de Música Popular Brasileira e jazz, ele definia a verdadeira MPB pela sigla MPBB - Música Popular Bem Brasileira. Era boêmio, de um admirável senso de humor e sua aparência de homem sisudo escondia um intelectual peculiar capaz de fazer piadas corrosivas contra a Ditadura Militar e o moralismo social vigente, que fazem parte do Festival de Besteiras que Assola o País (FEBEAPA), uma de suas maiores criações.

FEBEAPA

Festival de Besteiras que Assola o País (FEBEAPA) tinha como característica simular as notas jornalísticas, parecendo noticiário sério. Era uma forma de criticar a repressão militar já presente nos primeiros Atos Institucionais (que tinham a sugestiva sigla de AI). Um deles noticiou a decisão da Ditadura Militar de mandar prender o autor grego Sófocles, que morreu há séculos, por causa do conteúdo subversivo de uma peça encenada na ocasião.

Satirizando o colunista Jacinto de Thormes (pseudônimo de Maneco Muller), Sérgio, na pele de Stanislaw Ponte Preta, criou uma seção chamada As Certinhas do Lalau, onde cada edição falava de uma musa da temporada, e muitas vedetes e atrizes foram eleitas Certinhas pela pena admirável do jornalista.

Alcançou a fama por seu senso de humor refinado e a crítica mordaz aos costumes nos livros Tia Zulmira e Eu e FEBEAPA. Sua jornada diária nunca era inferior a 15 horas de trabalho. Escrevia para o rádio, para a TV, onde chegou a apresentar programas, e também para revistas e jornais, além de idealizar seus livros. O excesso de obrigações seria demais para o cardíaco Sérgio Porto, que morreu vítima de um infarto aos 45 anos de idade.

Sérgio não viveu para presenciar o AI-5, mas em sua memória um grupo de jornalistas e intelectuais fundou o semanário O Pasquim, em 1969.

Frases

  • "Uma feijoada só é completa quando tem ambulância de plantão"
  • "Todos os dias são do caçador. Só o último dia do caçador é o da caça"
  • "A diferença entre ele mastigando e um boi ruminando está no ar distinto e no olhar inteligente do boi"
  • "A mulher ideal e sempre a dos outros"
  • "Algumas mulheres usam a altivez para esconder a burrice"
  • "As vezes eu tenho a impressão de que meu anjo da guarda esta gozando licença-prêmio"
  • "Dono de cartório de protesto e uma espécie de cafetão da desgraça alheia"
  • "Lavar a honra com sangue suja a roupa toda"
  • "Pelo jeito que a coisa vai, em breve o terceiro sexo estará em segundo"
  • "Cristão é o cara que crê em Cristo, carola é o que teme"
  • "Consciência é como a vesícula: a gente só se preocupa com ela quando dói"
  • "A melhor coisa que existe na televisão é o botão de desligar"
  • "O sol nasce para todos. A sombra para quem é mais esperto"
  • "Quem diz que futebol não tem lógica ou não entende de futebol ou não sabe o que é lógica"
  • "Basta ler meia página do livro de certos escritores para perceber que eles estão despontando para o anonimato"
  • "Homem que desmunheca e mulher que pisa duro não enganam nem no escuro"
  • "Política tem esta desvantagem: de vez em quando o sujeito vai preso em nome da liberdade"
  • "Televisão é uma máquina de fazer doidos"
  • "A prosperidade de alguns homens públicos do Brasil é uma prova evidente de que eles vêm lutando pelo progresso do nosso subdesenvolvimento"
  • "Mentia com tanta ênfase que até mesmo o contrário do que dizia estava longe de ser a verdade"


Gilberto Lima

GILBERTO LIMA
(40 anos)
Radialista e Locutor

* Varginha, MG (23/12/1942)
+ Rio de Janeiro, RJ (17/08/1983)

Gilberto Lima iniciou a carreira numa emissora de sua cidade, a Sociedade Rádio Clube de Varginha no programa infantil chamado "Petizada Alegre" que também revelou outro talento bastante conhecido, o cantor Sílvio Brito. Além da apresentação do programa ele fazia locução de vários comerciais dos patrocinadores: Palácio do Lar, Café Dubom, Pastifício Santa Maria e Macarrão Cristal.

Ainda jovem foi para São Paulo e conseguiu ser contratado pela Rádio Piratininga. Nessa época, existe um fato curioso a ser relatado: Ele gravou um compacto com duas faixas em 1976 pela gravadora Continental mas desistiu da carreira de cantor. As duas músicas são "Dê-me Um Beijo" e "Você é Demaisss".

Foi para São Paulo contratado pela Rádio Globo do Rio de Janeiro em 15/11/1978 para cobrir férias dos comunicadores, até que conseguiu o seu próprio programa.

Gilberto Lima trabalhou com Sílvio Santos na Rádio Nacional. Em 1977, tornou-se narrador do programa de TV "Fantástico", da Rede Globo.

Foi casado com a cantora Bárbara Martins.

Sílvio Santos e Gilberto Lima
Morte

Gilberto Lima era epiléptico e morava sozinho em um apartamento próximo a Rádio Globo no Rio de Janeiro. E como ele não chegava ao local de trabalho, todo mundo desesperado começou a procura-lo. Logo depois tiveram a notícia que Gilberto Lima havia falecido vítima de asfixia. Estava dormindo e teve uma convulsão. Morreu em 17/08/1983 no auge da carreira aos 40 anos de idade.

Humberto Marçal

SEBASTIÃO HUMBERTO DE SOUZA
(56 anos)
Locutor e Radialista

* Batatais, SP (12/08/1936)
+ São Paulo, SP (14/08/1992)

Filho de Sebastião de Souza e Deonísia de Paula, nasceu em 12/08/1936, na cidade de Batatais, interior do estado de São Paulo. Depois sua família mudou-se para Marília e Humberto Marçal começou a trabalhar em rádio. Em Marília começou na Rádio Dirceu, do grupo da Rádio Piratininga.

Humberto Marçal era um jovem estudante, que estava ainda fazendo o 2º grau e foi convidado para apresentar um programa cultural, mas logo depois de um tempo foi chamado a integrar o corpo de locutores profissionais.

Seus pais não queriam com medo que isso atrapalhasse seus estudos. Mas Humberto Marçal bateu o pé e consegui permissão para trabalhar em alguns horários. Daí ele foi dilatando seus horários e dedicando-se cada vez mais ao rádio. Acabou realmente por reprovar no colégio e a ocupar todos os cargos que uma emissora do interior pode ter.

Depois, Humberto Marçal foi convidado para a Rádio ABC de Santo André, passando a seguir para a Rádio Cultura, em São Paulo.

Na Rádio Cultura fazia os programas Sucessos do Dia e É Só Pedir. Na Rádio Bandeirantes apresentou o "Jornal Primeira Hora" e o programa "Mil Discos é o Limite".

Trabalhou na Rádio Globo, Rádio Excelsior (Sistema Globo de Rádio), Rádio Nacional e Rádio Record.

Além de fazer rádio, Humberto Marçal gravou jingles, quase sempre na RGE, e fez a voz em comerciais como Café Seleto, Varig, Banco Real e outros.

De uma segurança e credibilidade que poucos profissionais conseguem conferir à voz, fez uma carreira de sucessos no rádio, na tv e na publicidade. Ele criou uma produtora de som Sonotec por onde passaram todos os melhores e maiores locutores de comerciais da época, alguns ainda entre nós, atuando a toda.

Durante anos foi o locutor dos comerciais da Varig, empresa aérea que fazia campanhas muito criativas e estava constantemente na mídia. Gravou muitos comerciais em toda a sua carreira e sua voz marcante será sempre uma referência do que é um bom profissional.

Humberto Marçal foi casado com Anna Maria de Mello com quem teve 2 filhos.

Escute aqui a voz de Humberto Marçal: Voz Humberto Marçal

Mário Garófalo

MÁRIO MIGUEL NICOLA GARÓFALO
(84 anos)
Radialista e Jornalista

* Fortaleza, CE (16/06/1920)
+ Brasília, DF (27/09/2004)

Mario Miguel Nicola Garófalo, filho dos italianos José Garófalo e Inês Bisceglia Garófalo, nascido em Fortaleza, Ceará em 16/06/1920.

Jornalista profissional desde 1946, como repórter do jornal Correio da Noite no Rio de Janeiro e criador da rádio-reportagem, no Brasil, pela Emissora Continental, no Rio de Janeiro, em 1948.

Foi diretor do Observatório Astronômico, da Escola Nacional de Engenharia da Universidade do Brasil, no Rio Janeiro, de 1957 à 1959. Membro da bancada de imprensa da Câmara dos Deputados de 1946 a 1970. Decano da Sala de Imprensa da Presidência da República desde 1946.

Em 1950 foi o primeiro e único rádio-repórter a acompanhar a primeira grande peregrinação brasileira com 1.500 passageiros a bordo do navio auxiliar de guerra Duque de Caxias de onde fazia transmissões diárias para o Brasil. Nessa mesma viagem, também transmitiu do cemitério militar brasileiro em Pistoia, Itália, a visita dos participantes da peregrinação brasileira à Roma.

Mário e o Papa João Paulo II
Em Roma transmitiu o encontro da peregrinação brasileira com S. S. o Papa Pio XII. Nessa mesma ocasião conseguiu fazer uma entrevista radiofônica com o mesmo Papa Pio XII.

No Congresso Internacional de Propaganda e Marketing realizado em New York em 1986, foi declarado numa das conferências pronunciadas naquele congresso pelo Srº Duailibe que o maior anúncio comercial radiofônico no rádio já feito, em todo mundo, foi feito pelo repórter Mario Garofalo em 31 de janeiro de 1951, quando transformou o presidente Getúlio Dorneles Vargas no dia de sua posse, em garoto-propaganda das Casas Gebara pela cadeia formada pela Agência Nacional, com todas as rádios do Brasil.

Convidado e intimado pelo presidente Juscelino Kubitschek, participou da Caravana de Integração Nacional, inaugurando a estrada de rodagem Belém–Brasília em janeiro 1960, prosseguindo até Porto Alegre, RS, atravessando o Brasil, pela primeira vez, do Norte ao Sul.

No dia 21 de abril de 1960, foi a primeira imagem e voz a sair de Brasília para o Brasil fazendo a transmissão da inauguração da nova capital do Brasil, pela TV Tupi Rio e Rádio Tupi, únicas emissoras naquela transmissão, através da mais extensa rede de microondas já feita no mundo.

Mário Garófalo e Juscelino Kubitschek
Foi diretor geral do Correio Braziliense e da TV Brasília de 1960 à 1965 e ajudou na criação e ensino do curso de astronomia na Universidade de Brasília de 1964 à 1969. Também foi editor do jornal Vanguarda de Brasília da Associação Comercial do Distrito Federal.

Mário Garófalo foi oficial de informações da Organização dos Estados Americanos (OEA) na década de 1970.

Como repórter conheceu quase todo o Brasil, além de outros países e recebeu o título de Pioneiro da Capital Federal no 19º aniversário de Brasília, em 1979.

Mário Garófalo é detentor de várias medalhas, placas de prata, diplomas, troféus e comendas de vários países. Foi fundador e diretor presidente da Brasília Super Rádio FM, que transmite em 89,9 MHz, há vários anos no ar.

Mario Garófalo e Lúcia Batista Garófalo
Recebeu em grande solenidade no Palácio do Planalto das mãos de sua excelência o presidente da República entre 27 personalidades brasileiras a comenda da Ordem do Mérito Cultural do Brasil, tendo sido o único do Distrito Federal, em novembro de 1999.

Era casado com Lúcia Batista Garófalo, segundo casamento, por 28 anos, e tem um filho, Mário Antonio, do primeiro casamento

Mário Garófalo faleceu em 27/09/2004 às 02:00 hs., no Hospital Santa Lúcia em Brasília vítima de Falência Múltipla dos Órgãos

Luiz Gallon

LUIZ GONZAGA NOGUEIRA GALLON
(73 anos)
Jornalista, Radialista e Homem de TV

* Ribeirão Preto, SP (25/11/1928)
+ Brasil (26/09/2002)

É um dos cinco filhos de Luiz e Minervina. Ela mineira, ele italiano, vindo de Veneza. Luiz era alfaiate, elegante, ela uma moça pacata, que gostava de cantar e cantava no coro da igreja. E foi na igreja que se conheceram e logo se casaram. Luiz Gallon, o caçula, nasceu em Ribeirão Preto, em 25 de novembro de 1928.

A família veio para São Paulo em 1930. Segundo Gallon, moraram em vários bairros. Gallon, seguindo o irmão Renato, que estava trabalhando em uma emissora de rádio, gostava de ouvir rádio-teatro ao lado de sua mãe. Foi um dia visitar a Rádio Tupi, era jovem e se enfurnou pelos corredores e salas. Gostou e começou a ir mais vezes. Na época estavam filmando Quase no Céu, e ele fez de tudo, ajudou no que pôde. Foi até figurante no filme.

Daí chegou o ano de 1950 e foi implantada a televisão. Gallon já estava contratado pelas Emissoras Associadas e foi em comitiva ao Porto de Santos buscar o material para a instalação da novidade. Ninguém sabia o que era, mas todos queriam participar.

Gallon esteve em todos os grandes e pequenos episódios para a implantação da televisão - "Uma aventura, que era sempre um sobressalto", disse Gallon. Foi contra-regra, decorador, programador de filmes, e chegou a diretor adjunto, ligado a Cassiano Gabus Mendes, o diretor artístico.

Luiz Gallon e seu Roquette Pinto de Ouro
Foi diretor de TV de muitos grandes teatros. Na época eles eram mais importantes que as novelas. E assim Gallon foi se aprimorando. Fez muita amizade com todos os "papas" da época: Walter Forster, Walter George Durst, Geraldo Vietri e J. Silvestre. Estes eram diretores de programas como o TV de Vanguarda e o TV de Comédia. Gallon era o diretor de TV, aquele que fazia a seleção das imagens, ficava na técnica e comandava os câmeras e todo o espetáculo.

Dedicou-se inteiramente ao que fazia. E tanto os colegas, como principalmente a crítica reconheceram seu trabalho. Ele recebeu inúmeros troféus, entre eles 7 Roquette Pinto. Este era um prêmio instituído pela TV Record, aos melhores profissionais do ano. Luiz Gallon era consecutivamente considerado o melhor diretor. Tanto que recebeu o 7º Roquette Pinto, que foi o Roquette Pinto de Ouro, depois do que ficou "hor’s concour".

Ganhou ainda o Prêmio Governador do Estado, sempre na mesma categoria. Este prêmio vinha acompanhado de um cheque do Banco do Estado de São Paulo. Também ganhou o Prêmio Helena Silveira, dado pelo Grupo Folha. O Prêmio Melhores da Semana, Gallon ganhou por 17 vezes e mais o Troféu Imprensa por diversas vezes.

Todos estes prêmios o deixaram muito feliz, mas o que gostava muito era de suas viagens pelo Brasil e de suas caçadas. Nunca se interessou por conhecer Europa e outros países. Por várias vezes, foi ao lado de seu amigo Orlando Villas Bôas, viajou até o Xingu para conhecer os índios e navegar nos rios ainda inexplorados.

Passou a dirigir atores, a dar a eles "aquele toque" necessário, para o bom resultado da peça. Luiz Gallon trabalhou também na TV Cultura, quando a TV Tupi de São Paulo teve seu transmissor lacrado, em junho de 1981.

Trabalhou em várias agências de propaganda como redator, criador de comerciais, diretor. Fez trabalhos free-lancer, e jamais se afastou inteiramente da televisão. Foi um dos vice-presidentes da Associação dos Pioneiros, Profissionais e Incentivadores da Televisão Brasileira, primeiro nome da Pró-TV.

Luiz Gallon casou-se por quatro vezes e nas últimas décadas esteve casado com a advogada trabalhista Maria Claudia de Carvalho Gallon. Ele tem filhos e netos de seu casamento com Patricia Mayo, atriz.

Luiz Gallon faleceu em 26 de setembro de 2002.

Fonte: Museu da TV

Homero Silva

HOMERO SILVA
(63 anos)
Apresentador de TV, Radialista e Político

* São Paulo, SP (30/01/1918)
+ São Paulo, SP (19/09/1981)

Foi o primeiro apresentador da televisão brasileira. Apresentava o programa TV Na Taba da TV Tupi. Foi também radialista das rádios Tupi e Difusora nas décadas de 40 e 50. Apresentava o programa de auditório Clube Papai-Noel, onde surgiram vários cantores e cantoras, entre as quais Wilma Bentivegna. Na cidade de São Paulo existe uma praça com o seu nome localizada no bairro da Pompéia, próximo à avenida de mesmo nome.

Homero Silva nasceu em São Paulo, no bairro do Cambuci. Descendente de italianos, seu pai era Eloi Domingues da Silva e a mãe Dona Cândida. Aos 18 anos Homero Silva perdeu o pai, e ele e mais um irmão menor, ficaram aos cuidados de Cândida.

O pai, fotógrafo, era pobre. E assim, Homero e o irmão Gilberto, acostumaram-se a dividir tudo, até um par de sapatos, pois a mãe comprava um número intermediário, que pudesse servir aos dois, na hora de irem à escola. E eles iam em turnos diferentes. Assim mesmo, ambos conseguiram entrar na Faculdade de Direito do Largo São Francisco, respectivamente em primeiro e segundo lugares.

Homero Silva e Assis Chateaubriand
Rapazes sérios, religiosos, extremamente inteligentes, eram admirados por todos. Gilberto, o mais novo, prosseguiu a carreira jurídica, mas Homero fez um concurso de locutor na Rádio Tupi de São Paulo, e passou, pois era dono de uma voz bonita e marcante.

E aí começou a carreira que, se não única, foi a mais importante de sua vida. Logo chegou a diretor da emissora. É preciso lembrar que seu grande sucesso deu-se à apresentação do programa infantil Clube do Papai Noel , onde ele era tão querido que as crianças o chamavam de Papai Noel. Nesse programa iniciaram a carreira artística: Hebe Camargo, Erlon Chaves, Wilma Bentivegna, Wanderley Cardoso, Vida Alves, e muitos outros.

Foi um acontecimento esse programa que começou na rádio e, mais tarde, transferiu-se para a televisão. Homero Silva, aliás, foi escolhido para ser o primeiro locutor, aquele que apresentou a PRF3-TV Tupi, aos telespectadores, no lançamento da primeira emissora de televisão da América Latina.

Homero Silva, alguns anos antes havia se casado com Yolanda. Desse casamento nasceram dois filhos: CéliaHomero Silva Filho. Na televisão Homero era super admirado pela perfeição de suas apresentações, por sua cultura, por sua verve. Apresentava também outros programas: Ponta de Lança, Boa Noite Amigos, e o famoso Clube dos Artistas, que foi uma criação de Airton Rodrigues, mas teve Homero Silva como apresentador por muitos anos.

Homero Silva, porém, não se satisfez somente com a vida artística, embora tivesse total sucesso. Foi para a política. Foi vereador da cidade de São Paulo, por duas vezes. Foi deputado, também por dois mandatos. Foi candidato à Prefeito, perdendo apenas por 50 votos, o que até suscitou muita polêmica, mas Homero, homem sério, quis deixar de lado e prosseguiu sua vida.

Quando deixou a TV Tupi, Homero Silva foi ser Presidente da Fundação Padre Anchieta e, posteriormente, diretor artístico da Rádio Cultura. Homero Silva, ainda desejoso de eternamente lutar, entrou para as lides universitárias e foi professor de Direito Constitucional na FMU e nas Faculdades de Bragança Paulista. Isso o fez rejuvenescer, pois adorava estar com os jovens, assim como tinha adorado trabalhar com crianças.

Uma das coisas que criou, com muito êxito foi a Campanha do Natal da Criança Pobre, que aconteceu por vários anos consecutivos e que revolucionou todo o bairro do Sumaré, que era chamado de A Cidade do Rádio, pois era a sede das Rádios Tupi, Difusora e da Televisão Tupi.

Assim foi Homero Silva, que faleceu em 19 de setembro de 1981. Ele havia se casado pela segunda vez com Mariinha, e com ela teve a filha Silvana, que é médica. Ele estava com Mariinha quando faleceu. Ao seu enterro compareceram centenas de amigos, entre artistas, advogados, professores, políticos e fãs.

Fonte: NetSaber Biografias e Wikipédia

Tico-Tico

JOSÉ CARLOS DE MORAES
(76 anos)
Jornalista, Radialista e Locutor

* Angatuba, SP (24/11/1922)
+ São Paulo, SP (15/09/1999)

Foi um dos primeiros repórteres da televisão brasileira.

José Carlos, ainda jovem, iniciou sua carreira de locutor montando o primeiro sistema de alto falantes da praça da matriz em Angatuba, depois seguiu a capital paulista onde formou-se em advogacacia pela Faculdade de Direito do Largo São Francisco.

José Carlos de Morais tornou-se conhecido como sendo o repórter "em primeira mão". Trabalhou com Carlos Spera e Maurício Loureiro Gama, entre outros pioneiros da televisão. Seu pai, Cornélio Vieira de Morais durante a década de 30 foi prefeito de Angatuba. Sua mãe chamava-se Maria Zoraide e pelo lado materno, era neto de Cornélio Vieira de Camargo, conhecido político de Tatuí. Foi casado com Cidinha e tiveram 2 filhos. Um de seus irmãos foi secretário de justiça do prefeito de São Paulo na época de Jânio da Silva Quadros.

José Carlos conseguiu seu primeiro emprego na Agência Nacional. Foi também locutor de rádio. Seu sotaque "caipira" foi um primeiro entrave, mas Tico-Tico, já então com o codinome, conseguiu superá-lo.

Tico-Tico passou por vários jornais e emissoras de rádio. Esteve na Rádio Educadora Paulista, Rádio São Paulo, Rádio Panamericana, Rádio Record, Rádio Bandeirantes, Rádio Tupi. Fez reportagens marcantes, como entrevistas de campanhas eleitorais, posses de governadores e presidentes, nacionais e internacionais.

Tico-Tico entrevistou todos os Papas de sua época, assim como personalidades máximas, políticas do mundo inteiro. Foi capaz de colocar-se no paralama do carro do presidente americano Dwight D. Eisenhower, para entrevistá-lo. Também entrevistou Che Guevara, Fidel Castro, John Kennedy, e vários outros.

Esteve na União Soviética, ainda durante a Guerra Fria. Passou para a televisão e foi o primeiro a adptar um pequeno tape para agilizar as gravações. Com Maurício Loureiro Gama, iniciou os jornais verspertinos pela televisão. Fez, por vários anos, o jornal Edição Extra, na TV Tupi de São Paulo.

Faleceu em São Paulo em decorrência de uma Trombose Pulmonar. Tico-Tico está sepultado no Cemitério São Paulo, localizado na capital paulista.

Fonte: Wikipédia

César Ladeira

CÉSAR ROCHA BRITO LADEIRA
(58 anos)
Radialista e Produtor de Rádio

* Campinas, SP (11/12/1910)
+ Rio de Janeiro, RJ (08/09/1969)

Aluno da Faculdade de Direito quando, em 1931, quando ficou seduzido pelo rádio que começava a tomar um impulso extraordinário em todo o Brasil, e estreou como locutor na Rádio Record de São Paulo.

A Rádio Record de São Paulo, adquirida em 1931 por Paulo Machado de Carvalho, assume o papel de porta-voz do movimento insurrecional e pelas vozes de três locutores: César Ladeira, Nicolau Tuma e Renato Macedo, tendo por fundo musical a marcha Paris Belfort, levava a todo país o noticiário dos revoltosos paulistas furando o bloqueio da censura varguista.

Sua fama transpôs as fronteiras do estado de São Paulo e espalhou-se por todo o país em 1932, durante a Revolução Constitucionalista, quando sempre à meia-noite, transmitia com entusiasmo as idéias do movimento. César Ladeira causou impacto neste ano. Depois, com a vitória do governo central, quase foi deportado com Paulo Machado de Carvalho, criador do rádio-jornalismo.


Em 1933, chegava ao Rio de Janeiro para assinar contrato na Rádio Mayrink Veiga, como locutor e diretor artístico. Atuava como um embaixador da musica paulistana, trazendo para a então capital da república os novos valores lá revelados. Desta forma aqui chegou Zézinho em 1933, passando logo a integrar o famoso regional da Rádio Mayrink Veiga.

Mesmo com o término da revolução e tendo se mudado para o Rio de Janeiro, César Ladeira - campinense de nascimento - não encerraria sua ligação com o ideal dos bravos heróis de 1932.

Em 1957, na ocasião da celebração dos 25 anos da Revolução Constitucionalista, o locutor lançaria um LP chamado: São Paulo de 32.

Neste álbum totalmente narrado por ele, temos uma crônica de sua própria autoria chamada 25 Anos Depois além de poemas de Guilherme de Almeida e Oliveira Ribeiro Neto.

Em 1935 estréia no cinema em Alô, Alô Brasil.


Em 1936 é a vez de César Ladeira buscar uma turma da pesada: Aimoré, Garoto, Nestor Amaral e Laurindo Almeida.

O locutor brasileiro nasceu da voz de César Ladeira, plena de "erres" iniciais carregados, copiados dos argentinos que os empregam só para distingui-los dos "agás" aspirados do espanhol. A voz grave de César Ladeira já era a mensagem em si. Ele começava na Rádio Mayrink Veiga do Rio de Janeiro, depois da Hora do Brasil, e enfiava propaganda e cantores durante duas horas.

Deu novo ritmo à programação da emissora, dividindo-a em horários definidos e especializados, e um epíteto consagrador a cada artista do seu elenco. Desta forma, alguns cantores passaram a ser identificados: A Pequena Notável para Carmen Miranda, O Cantor Que Dispensa Adjetivos para Carlos Galhardo, O Caboclinho Querido para Sílvio Caldas, A Garota Grau Dez para Emilinha Borba e O Cantor das Mil e Uma Fãs para Ciro Monteiro.

Despertou o gosto dos ouvintes para a crônica vibrante, o editorial e o comentário. Difundiu programas literário-musicais de fim de noite, estimulando a cultura e colocando a Rádio Mayrink Veiga na preferência dos ouvintes.

Carlos Lacerda, César Ladeira, Luiz Vieira
Locutor mais imitado do rádio brasileiro, em 1948 transferiu-se para a Rádio Nacional do Rio de Janeiro, onde apresentou com grande sucesso o programa Seu Criado, Obrigado, ao lado de Daisy Lúcidi, durante dez anos, a Crônica da Cidade, por 20 anos e escreveu vários programas musicais.

César Ladeira participou ainda de alguns filmes brasileiros e criou a Empresa Brasileira de Comédias Musicais, produzindo o Café Concerto, espetáculo de luxo encenado nas boates cariocas Casablanca e Acapulco. Em 1967, apresentava-se em teatros de comédia na extinta TV Tupi Rio do Rio de Janeiro.

Foi marido da atriz Renata Fronzi. Seus filhos, Cesar Fronzi Ladeira e Renato Fronzi Ladeira, foram os criadores da banda de rock A Bolha.

É nome de rua em sua cidade natal.

Fonte: Pro-Memória de Campinas-SP, São Paulo Antiga e Wikipédia

Luiz Mendes

LUIZ PINEDA MENDES
(87 anos)
Jornalista, Radialista e Comentarista Esportivo

* Palmeira das Missões, RS (09/06/1924)
+ Rio de Janeiro, RJ (27/10/2011)

Luiz Mendes começou a carreira em dezembro de 1940, como speaker de um serviço de auto-falante na cidade de Ijuí, após ouvir o dono da principal loja da cidade comentar que precisava de um speaker, como eram chamados os locutores naquela época.

Cerca de três meses depois, Mendes, prestes a completar 17 anos, foi contratado pela Rádio Missioneira de Santo Ângelo. Em 1942, Mendes faz um teste para locutor esportivo na Rádio Farroupilha e, após narrar um Grenal imaginário é contratado e se transforma no "Menino de Ouro", pois só tinha 18 anos.

Em 1944, descontente com os constantes atrasos de salário e após ter sido enviado a São Paulo para uma cobertura sem o dinheiro de volta, Mendes abandona a Rádio Farroupilha e vem tentar a sorte no Rio de Janeiro. No dia 1º de dezembro de 1944, Mendes acerta com a Rádio Globo do Rio de Janeiro, que seria inaugurada no dia seguinte.

Na emissora, Mendes começou como locutor comercial, depois apresentador e por fim, locutor esportivo. Na emissora, Luiz Mendes conheceu a radioatriz Daisy Lúcidi, casando-se com ela no dia 08 de dezembro de 1947, logo depois de assumir o Departamento de Esportes da Rádio Globo.

Na emissora, Mendes ficou de 1944 a 1955. Entre seus feitos neste período estão à narração histórica da Copa do Mundo de 1950, na qual deu nove inflexões para o segundo gol do Uruguai. Narração esta que acabou matando um torcedor do coração e a transmissão com exclusividade para o Brasil da final da Copa do Mundo de 1954, além da criação do repórter de campo.

Em 1955, Mendes deixa a Rádio Globo para ser um dos fundadores da TV Rio, então, quinto canal de televisão do país a entrar no ar. Mendes ficou na TV Rio até 1977. Entre suas maiores façanhas na emissora está à criação da TV Rio Ringue e da primeira mesa redonda da tevê, a "Grande Revista Esportiva Facit", que contava com nomes como Nelson Rodrigues, João Saldanha, Armando Nogueira e José Maria Scassa.

Em 1969 mesmo na TV Rio, Mendes volta ao radio, mas como comentarista. Ele acerta com a Rádio Continental, onde ganha de Carlos Marcondes o slogan de "O Comentarista da Palavra Fácil".

Em 1970, Mendes retorna a Rádio Globo onde fica até 1977, quando vai para a Rádio Nacional junto com José Carlos Araújo e forma uma equipe memorável, que reunia, além dos dois, Washington Rodrigues e Denis Menezes e que lançou para o mercado Eraldo Leite, Elso Venâncio e Luiz Carlos Silva.

Em 1977, Mendes assume a TV Educativa, onde fica até 1999, quando deixa definitivamente a televisão e se dedica apenas ao rádio e as crônicas em jornais.

Em 1986, Mendes retorna a Rádio Globo onde fica até 1994, quando vai para a Tupi fazer a Copa do Mundo de 1994 nos Estados Unidos ao lado do amigo Doalcey Bueno de Camargo. Em 1996, no entanto, Mendes retorna para a rádio.

Luiz Mendes cobriu 16 Copas do Mundo, sendo 13 in loco. O comentarista era considerado a enciclopédia da crônica esportiva. Sempre teve, além de um comentário equilibrado, uma boa história para contar, seja em relação às Copas ou demais eventos internacionais que cobriu, seja em relação ao cotidiano do futebol.

Mendes foi um dos maiores amigos de João Saldanha e o amigo é um dos principais protagonistas da suas histórias. Entre as melhores estão as "Aventuras de João Sem Medo" na "Grande Revista Esportiva Facit", assim como as histórias de Nelson Rodrigues, Garrincha e dos colegas de profissão.

Mendes também lançou vários nomes na crônica esportiva, entre eles Léo Batista, Doalcey Camargo, Mário Viana e José Roberto Wright.

Morte

Luiz Mendes morreu na manhã de 27 de outubro de 2011 por volta das 10:15 hs, no Hospital São Lucas, em Copacabana, Zona Sul do Rio de Janeiro, aos 87 anos, após complicações decorrentes de uma Leucemia Linfoide Crônica. Ele estava internado no CTI (Centro de Tratamento Intensivo) da unidade desde o último dia 18/10/2011.


Gontijo Teodoro

GONTIJO SOARES TEODORO
(79 anos)
Radialista, Locutor e Apresentador de TV

* Araxá, MG (20/03/1924)
+ Rio de Janeiro, RJ (05/09/2003)

É conhecido por ter apresentado a versão carioca do Repórter Esso na TV Tupi.

Luiz, seu pai, é descendente de espanhóis. Gontijo nasceu em Araxá, Minas Gerais, em 20 de março de 1924. O pai era caixeiro viajante e a mãe, de família tradicional mineira, passou uma fase de dificuldades financeiras, ajudando a sustentar a família pedalando sua máquina de costura. O garoto Gontijo gostava de brincar de locutor numa latinha de massa de tomate.

Já no Rio de Janeiro, para onde a família havia se mudado, Gontijo imitava os grandes locutores da época: César Ladeira, Urbano Lóes e outros.

Tendo se mudado para Petrópolis, a primeira vez que Gontijo participou de um programa de calouros, cantou, e foi "gongado". Foi para Belo Horizonte, depois para a cidade de Formiga.

Conheceu o Capitão Furtado, grande nome da Rádio Bandeirantes de São Paulo, e que estava em turnê artística pelo interior. Gontijo acabou indo para aquela emissora paulista e aí começou realmente sua trajetória.

A seguir foi para a Rádio Nacional do Rio de Janeiro, sempre como locutor.

O rádio tinha grande importância na época e Gontijo Teodoro foi crescendo e logo passou a apresentador de programas. Cabia a ele anunciar os grandes cantores, as orquestras de até 200 figuras, coisa que nunca mais voltou a existir. Foi nessa época que a televisão foi inaugurada no Rio de Janeiro, um ano após São Paulo.

Gontijo pensou que não iriam chamá-lo para a televisão, mas aconteceu o oposto. Começou a apresentar Retratos da Semana, na TV Tupi Rio. Já era jornalista registrado, quando foi escolhido para ser o Repórter Esso, programa que já existia em rádio e que ia ser inaugurado na televisão.

Gontijo ficou à frente do Repórter Esso por 18 anos, 9 meses e 10 dias. Aquele era o verdadeiro Diário Oficial de toda população brasileira. Com sua voz possante e dicção perfeita, Gontijo Teodoro, às 20:00 hs. em ponto, dava o seu "Boa Noite" e passava a informar só notícias confirmadas. Sua credibilidade era tanta, que houve um tempo em que se dizia: "Se o Repórter Esso não deu, não aconteceu". Nunca foi necessário desfazer uma notícia. Não era um programa opinativo, era um jornal inteiramente informativo.

Quando o Repórter Esso acabou e Gontijo Teodoro teve dificuldade em ser aceito para outra emissora. Sua voz havia marcado demais. E aí ele começou a diversificar suas atividades. Publicou dois livros: Você Entende de Notícias e Jornalismo na TV. Por vários anos foi também editor do Jornal Messiânico, em São Paulo, mas de circulação nacional. Teve um programa no formato talk-show na Rádio Guanabara do Rio de Janeiro, com entrevistas, comentários e muitas coisas.

A sua frase escolhida era uma frase de Adolpho Bloch, dono da TV Manchete, que dizia: "O importante não é ser, nem ter, nem parecer, mas fazer".

Faleceu dia 5 de setembro de 2003 vítima de Infarto em sua casa em Copacabana no Rio de Janeiro.

Fonte: Wikipédia

Haroldo Barbosa

HAROLDO BARBOSA
(64 anos)
Jornalista, Compositor, Radialista e Humorista

* Rio de Janeiro, RJ (21/03/1915)
+ Rio de Janeiro, RJ (05/09/1979)

Nascido no Rio de Janeiro, no bairro de Laranjeiras, dia 21 de março de 1915, aos sete anos foi morar em Vila Isabel.

Durante o dia estudava no Colégio São Bento e à noite tocava cavaquinho nos bailes de Vila Isabel.

Aos 18 anos foi trabalhar como contra-regra na Rádio Philips, com o irmão, o futuro compositor Evaldo Rui, colaborando no Programa Casé, do qual participavam grandes nomes do mundo artístico.

Com esse programa transferiu-se para a Rádio Sociedade, onde, além de contra-regra, organizou a discoteca e foi locutor.

Passou depois a exercer essas funções na Rádio Transmissora e, logo em seguida, na Rádio Nacional, onde também foi locutor esportivo.

Usando sua experiência anterior, desenvolveu várias atividades na Rádio Nacional, que liderava a audiência na época: escreveu o enredo de O Grande Teatro, de César Ladeira, um dos maiores sucessos do rádio, organizou uma orquestra sinfônica com 68 integrantes que já atuavam na emissora, e criou, por volta de 1945, o programa A Canção Romântica, especialmente para Francisco Alves, que deu um novo impulso à carreira do cantor.

Mais tarde passou a dirigir o programa Um Milhão de Melodias, no qual vários cantores se apresentavam interpretando versões de sua autoria.

Ary Barroso (sem bigode) e Haroldo Barbosa
Seu primeiro sucesso como compositor foi a marchinha Barnabé com Antônio Almeida, uma sátira ao funcionalismo público, e que se tornou sinônimo de funcionário público de categoria modesta.

Seguiram-se outros sucessos, como os sambas De Conversa em Conversa (Lúcio Alves - 1943), gravado por Isaura Garcia na RCA Victor (1947), Adeus, América e Tintim Por Tintim, ambas com Geraldo Jacques, lançadas por Os Cariocas nas gravadoras Continental e Sinter, respectivamente.

Mais tarde, deixou a Rádio Nacional e foi para a Rádio Mayrink Veiga, onde se tornou responsável por diversos programas humorísticos, lançando inclusive Chico Anysio e Sérgio Porto, o Stanislaw Ponte Preta. Esse Norte é de Morte, A Cidade se Diverte e Alegria da Rua foram alguns de seus sucessos na programação da emissora.

Com Geraldo Jacques fez ainda o samba Joãozinho Boa Pinta, gravado por Fafá Lemos na RCA Victor em 1954 e, com seu mais bem sucedido parceiro, Luís Reis, compôs Palhaçada, samba lançado por Miltinho pela gravadora RGE, em 1963.

Miltinho gravou várias outras músicas desta dupla, entre as quais o Só Vou de Mulher, Devagar Com a Louça e Meu Nome é Ninguém.

Tiveram ainda composições gravadas por Elizeth Cardoso como Tudo é Magnifico, Nossos Momentos, entre outras. Com Dóris Monteiro, Fiz o Bobão. Aracy de Almeida gravou Não Se Aprende na Escola e Nora Ney. É autor de inúmeras versões: Trolley Song, Poinciana, Malagueña, Adios, Pampa Mia, Adios Muchachos.

Sua atividade de compositor diminuiu, quando foi para a TV Globo, onde passou a trabalhar na produção de programas humorísticos, ao lado de Max Nunes, seu parceiro em programas de humor desde os tempos da Rádio Nacional.

Era pai da escritora e roteirista Maria Carmem Barbosa.

Faleceu na Casa de Saúde São Sebastião, no bairro de Laranjeiras, Rio de Janeiro, vítima de Câncer.

Fonte: Collectors