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Pedro Camargo

PEDRO GERALDO CAMARGO ROCHA
(74 anos)
Letrista, Publicitário, Tarólogo, Professor, Pianista, Ator e Cineasta

☼ São Paulo, SP (08/04/1941)
┼ Rio de Janeiro, RJ (24/06/2015)

Pedro Camargo foi um letrista, publicitário, tarólogo, professor, pianista, ator e cineasta. Nascido em São Paulo, em 08/04/1941, Pedro Geraldo Camargo Rocha foi para o Rio de Janeiro aos três anos. Era filho único do segundo casamento da mãe, mas teve cinco irmãos de um casamento anterior. O primeiro contato com a arte veio através da música, nas aulas de piano que a mãe insistia que fizesse. Aos 7 anos, foi apresentado ao cinema por uma amiga vizinha que trouxe uma câmera de 8 milímetros, ancestral da Super 8, e um projetor dos Estados Unidos.

Entre 1949 e 1952, estudou piano com Vera Bertucci, Nise Obino e Lúcia Branco.

Em 1959, compôs a trilha sonora para a peça "O Sol Gira Em Torno da Terra", de Andrej Widrzinski, com direção de Francisco Fernandes, encenada no Teatro do Pen Clube do Brasil, no Rio de Janeiro.

No início dos anos 60, mudou-se para Bauru, São Paulo, onde uma das irmãs morava. Estagiou na TV Bauru onde teve contato com Walter Avancini, Antonino Seabra, David Grinberg.

Em 1960, frequentou os seminários de dramaturgia do Teatro de Arena. Por essa época, integrou o elenco do Teatro Jovem no Rio de Janeiro.

No ano de 1961, escreveu, dirigiu e compôs as músicas da tele-peça "Para Viver Amanhã", apresentada no programa "Teledrama Continental", da TV Continental, canal 9 do Rio de Janeiro.

Em 1963, compôs o tema musical do programa de televisão "O Show é o Rio", escrito por Oduvaldo Vianna Filho, Dias Gomes, Armando Costa e Antônio Carlos Fontoura, com direção de Flávio Rangel, na TV Excelsior, canal 7 do Rio de Janeiro. Neste mesmo ano de 1963, compôs o tema musical do programa infantil "Brincando de Show", na TV Excelsior, canal 7.


Em 1964, teve a sua primeira música gravada "Sozinha de Você", em parceria com Durval Ferreira, interpretada por Tita. Nessa época, compôs com vários parceiros, entre eles, Durval Ferreira, Eumir Deodato, José Ari e Ugo Marota, diversos jingles para a agência de publicidade Tempo Produções Artísticas e seus clientes Coca-Cola, Manchete, Fatos & Fotos e Ponto Frio.

Em 1965, foi lançada a primeira gravação de "Chuva" (Pedro CamargoDurval Ferreira), no disco "Os Gatos", com arranjos de Eumir Deodato e solo de Maurício Einhorn. Neste mesmo ano, a música foi vertida para o inglês por Ray Gilbert com o nome "The Day It Rained". Mais tarde, a canção seria regravada por vários artistas, entre eles, Sylvia Telles, Wilson Simonal, Zimbo Trio, Samba Trio, Claudette Soares, Manfredo Fest Trio, Mitchel & Ruff, Dick Farney, Baden Powell, Maurício Einhorn, Maestro Gaya, Milt Jackson, Sarah Vaughn e Emílio Santiago.

No ano de 1966, compôs com Durval Ferreira a canção infantil "ABC" para o filme "Adorável Trapalhão", de J. B. Tanko, com Renato Aragão. Também em 1966 passou a integrar o quadro da American Society Of Composers And Publishers (ASCAP).

Em 1967, Roberto Carlos interpretou "É Tempo de Amar" (Pedro Camargo e José Ari) no disco "Roberto Carlos em Ritmo de Aventura". A música ainda ganhou uma versão para o italiano, "Tempo Di Sapere Amore", incluída no Lado B do compacto simples do "Festival de San Remo", vencido por Roberto Carlos com "Canzone Per Te".

No ano de 1968, Elizeth Cardoso no LP "Momentos de Amor", interpretou de sua autoria "Chuva".

Em 1969, sua composição "Chuva" foi tema do filme "Os Paqueras", de Reginaldo Farias.

Em 1976, entrou em contato com o tarô pelo livro "Um Novo Modelo do Universo", do filósofo russo P. D. Ouspensky.

No ano de 1979, escreveu, dirigiu e compôs a música para o curta-metragem "Celacanto Provoca Lerfá-um!", premiado no Festival de Brasília e no Festival de Penedo. Neste mesmo ano, compôs o tema musical "Circo", para seu filme "Amor e Traição", ou "A Pele do Bicho".

Em 1981, seu longa-metragem "Amor e Traição" representou oficialmente o Brasil na XVII Mostra Internacionale del Nuovo Cinema di Pesaro, na Itália. Mais tarde, o filme participou de 14 mostras internacionais.


Entre seus vários intérpretes estão Tito Madi e Dóris Monteiro, em "Verdade em Paz" (Pedro Camargo e Durval Ferreira); Os Gatos, em "O Show é o Rio", "Novo Sol", "Porque Somos Iguais" e "Verdade em Paz", todas em parceria com Durval Ferreira; Emílio Santiago, em "Porque Somos Iguais"; Capitão Aza e Martinha, em "ABC" (Pedro Camargo e Durval Ferreira); Rosana Toledo e Eumir Deodato, em "Encanto Triste" (Pedro Camargo e Durval Ferreira); Os Cariocas, em "Razão de Voltar" (Pedro Camargo e José Ari) e vários conjuntos da Jovem Guarda, inclusive Lafayette e Seu Conjunto, em "Tempo de Amar" (Pedro Camargo e José Ari).

Como publicitário, integrou os quadros das agências Organização Brasileira de Rádio (OBRA), Denison Propaganda e McCann-Erickson Publicidade, trabalhando como redator, diretor de comerciais e compositor de jingles.

Dirigiu cinco filmes de longa-metragem, entre eles "Amor e Traição" e alguns curtas-metragens, tendo sido contemplado com prêmios e menções honrosas no Brasil e no exterior.

Ministrou cursos de iniciação de cinema e foi o criador da primeira oficina de formação de atores para o cinema no Brasil.

Em 1983 começou a praticar o Tarô.

Em 1986, Pedro Camargo começou a dar aulas na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). Ele inicialmente substituiu o cineasta Sílvio Tendler na disciplina "Cinedocumentário". Depois, foi convidado pelo Departamento de Comunicação da universidade para assumir a cadeira "Introdução ao Cinema" que lecionou até 2011.

Lecionou também "Interpretação Para Cinema", no Curso de Formação de Atores da Faculdade da Cidade.

Também atuou como professor de Análise de Filmes e Prática Cinematográfica no Curso de Graduação em Cinema da Universidade Estácio de Sá, no Rio de Janeiro.

Em 1991, foi editor da versão brasileira da revista espanhol "Año Zero" por um ano. Frequentou encontros da Organização Nova Consciência, em Campina Grande, PB, entre outros eventos para debater a prática, como o Fórum Nacional do Tarô.

Em 1992 Pedro Camargo publicou, pela Editora Nova Era, "Iniciação ao Tarô", também traduzido para o espanhol.

Morte

Pedro Camargo morreu na madrugada de quarta-feira, 24/06/2015, aos 74 anos, vítima de complicações de cirrose hepática, doença da qual se tratava há anos. O velório ocorrerá a partir das 14:00 hs de quinta-feita, 25/06/2015, e a cremação às 18:00 hs, no Memorial do Carmo.

Indicação: Miguel Sampaio

Cristiano Araújo

CRISTIANO MELO ARAÚJO
(29 anos)
Cantor, Compositor e Instrumentista

☼ Goiânia, GO (24/01/1986)
┼ Goiânia, GO (24/06/2015)


Cristiano Melo Araújo foi um cantor, instrumentista e compositor brasileiro de música sertaneja. O cantor ficou famoso pela sua voz, com timbre forte, e por alguns singles que estouraram nas rádios como "Efeitos" (2011), "Mente Pra Mim" (2012), "Maus Bocados" (2013) e "É Com Ela Que Eu Estou" (2014).

1989 - 2009: Infância e Adolescência

Natural da cidade de Goiás, GO, Cristiano Melo de Araújo teve desde criança a influência da música sertaneja. Cantor por natureza, pois a música estava no sangue, vindo de família, desde seus bisavós, avós, pais e tios que sempre estiveram no meio da música, uma tradição que já dura quatro gerações.

Logo aos 3 anos, já mostrava o dom que fez com que seu pai percebesse que Cristiano Araújo teria um futuro artístico, pois mesmo sem falar direito, já era afinado, e conseguia cantar no compasso da melodia.

Era irmão de Ana Cristina Melo Araújo e Felipe Araújo. Era pai de João Gabriel e Bernardo.

Aos 6 anos de idade, ganhou dos seus pais, João Reis Araújo e Zenaide Melo, seu primeiro violão, no qual fez seus primeiros acordes, e aos nove anos, começou a fazer apresentações em público, participando de festivais, se apresentado em festas e comemorações.

Começou a compor muito cedo, e aos dez anos fez sua primeira composição, daí em diante, foi-se aperfeiçoando a cada dia escrevendo músicas, e assim passou a ser procurado por artistas interessados em suas composições.

Aos 13 anos, gravou seu primeiro CD com 5 músicas para participar do Festival do Faustão, onde ficou entre os seis melhores da região centro oeste, ganhando o direito de gravar uma faixa no CD "Jovens Talentos". Isso tudo fez com que as portas se abrissem para uma carreira promissora, fazendo shows em campanhas políticas, se apresentando em programas de televisão e participando de grandes eventos.

Continuou com sua carreira solo até os 17 anos, quando resolveu cantar em duplas, nesse período, que durou aproximadamente seis anos, gravou alguns trabalhos em vídeos e CDs, não conseguindo o êxito esperado, mas amadurecendo como artista a cada dia.

2010 - Presente: Consagração Nacional

Em 2010, resolveu seguir novamente carreira solo com um projeto mais ousado e diversificado, preparando a gravação de um CD e DVD com participações de grandes artistas de renome nacional.

Em janeiro de 2011, o projeto foi concretizado, intitulado "Efeitos", com participações de grandes cantores, como Jorge, da dupla Jorge & Mateus, Gusttavo Lima e Humberto & Ronaldo, dentre outros.

A partir daí, as coisas começaram a acontecer, com a explosão da música "Efeitos", de sua autoria, gravada com o amigo e companheiro de longa data Jorge, e já na primeira semana de divulgação na internet, as visualizações foram incontáveis, totalizando em pouco tempo, mais de 5 milhões de acesso, nos vários vídeos postados. Com isso, a procura de contratantes pelo Brasil aumentou, proporcionando a média de mais de 20 shows por mês em todo território nacional.

Agora, o mais novo fruto desse trabalho, foi a participação de Cristiano Araújo no programa "Domingão do Faustão", no qual foi premiado por votação direta do público e garantiu a sua participação em um dos maiores festivais sertanejos do Brasil, o Sertanejo Pop Festival 2012 realizado em São Paulo.

Em 2012, lançou seu segundo álbum ao vivo, intitulado "Ao Vivo em Goiânia", com participações de Bruno & Marrone, Fernando & Sorocaba, Israel & Rodolffo, seu pai João Reis, entre outros.

Em 02/08/2012, foi preso por excesso de barulho em festa em um condomínio horizontal de luxo na região sul de Goiânia. A polícia foi acionada às 4:30 hs da manhã devido ao som alto em uma festa em sua casa. Permaneceu por mais de sete horas na delegacia e foi solto mediante fiança. No momento da prisão, seu filho, na época com 4 anos, estava presente.

Em 2013, Cristiano Araújo, lançou o CD "Continua", com 20 novas músicas entre elas: "Maus Bocados", "Caso Indefinido", "Continua", dentre outras, e começou a fazer o Tour Continua pelo Brasil

Morte

Cristiano Araújo morreu na quarta-feira, 24/06/2015, vítima de um grave acidente automobilístico. Ele voltava de um show em Itumbiara, a 200 km de Goiânia, por volta das 3:00 hs, quando o veículo em que ele estava, um Range Rover, capotou, na BR-153, entre as cidades de Goiatuba e Morrinhos, em Goiás. A namorada do cantor, Allana Coelho Pinto de Moraes, de 19 anos, não resistiu aos ferimentos e faleceu no local.

Já o sertanejo foi socorrido em estado grave e levado ao Hospital Municipal de Morrinhos, onde recebeu os primeiros atendimentos. Em seguida, foi transferido em uma Unidade de Terapia Intensiva Móvel para o Hospital de Urgências de Goiânia (HUGO).

Ao dar entrada no Hospital de Urgências de Goiânia, foi confirmado o falecimento do cantor Cristiano Araújo. Os bombeiros fizeram atendimento emergencial e o transporte de Goiatuba para Goiânia, porém Cristiano Araújo não resistiu.

Além do sertanejo e da namorada, outras duas pessoas seguiam no veículo, o segurança Ronaldo Ribeiro, que dirigia o veículo, e o empresário Victor Leonardo, que tiveram ferimentos leves e passam bem.

Cristiano Araújo e a namorada Allana Moraes
O corpo de Allana Moraes foi levado ao Instituto Médico Legal (IML) de Morrinhos.

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou que as causas do acidente ainda são apuradas. "Fizemos um levantamento no veículo, que é do ano de 2015, e ele estava em perfeitas condições. A suspeita inicial é que o motorista tenha dormido ao volante, mas tudo isso ainda é devidamente apurado", afirmou o inspetor Newton Moraes.

Segundo o empresário, o cantor costumava viajar com um motorista particular para que "pudesse dormir após o show" e não precisasse dirigir. Ele ressaltou, ainda, que o condutor "é experiente e acostumado a guiar de madrugada".

O próximo show de Cristiano Araújo estava marcado para acontecer na noite de quarta-feira, 24/06/2015, em Caruaru, PE.

O velório de Cristiano Araújo ocorrerá por volta das 16:00 hs de quarta-feira, 24/06/2015, no palácio da música do Centro Cultural Oscar Niemeyer, em Goiânia. A cerimônia será aberta ao público, segundo informação da assessoria de imprensa da instituição. A princípio, a cerimônia iria acontecer no Ginásio Internacional Goiânia Arena, mas foi transferida por causa de reformas que acontecem no local, segundo a assessoria do cantor.

O sepultamento de Cristiano Araújo ocorrerá na quinta-feira, 25/06/2015, às 11:00 hs no Cemitério Parque Jardim das Palmeiras, na Rua Armogaste José Silveira, 100 - Setor Centro Oeste, Goiânia, GO.

Discografia

Em Estúdio
  • 2013 - Continua

Ao Vivo
  • 2011 - Efeitos Tour 2011
  • 2012 - Ao Vivo em Goiânia
  • 2014 - In The Cities - Ao Vivo em Cuiabá

DVDs
  • 2011 - Efeitos Tour 2011
  • 2012 - Ao Vivo em Goiânia
  • 2014 - In The Cities - Ao Vivo em Cuiabá

Turnês
  • 2011 - 2012 - Efeitos Tour
  • 2013 - Maus Bocados Tour

Singles
  • 2011 - Efeitos
  • 2012 - Me Apego
  • 2012 - Você Mudou
  • 2012 - Bara Bara
  • 2012 - Mente Pra Mim
  • 2013 - Caso Indefinido
  • 2013 - Maus Bocados
  • 2014 - Faz a Felicidade Voltar! (Será)
  • 2014 - Cê Que Sabe
  • 2014 - É Com Ela Que Eu Estou
  • 2015 - Hoje Eu Tô Terrível

Fonte: Wikipédia
#FamososQuePartiram #CristianoAraujo

Vera Brasil

VERA LELOT
(80 anos)
Cantora, Compositora e Violonista

☼ São Paulo, SP (07/05/1932)
┼ Araçoiaba da Serra, SP (18/07/2012)

Vera Brasil, nome artístico de Vera Lelot, foi uma cantora, compositora e instrumentista brasileira.

Com o nome artístico de Vera Brasil, ideia do pai Ulysses Lelot Filho, um compositor que assinava suas músicas como Sivan Castelo Neto e que, mais tarde, acabaria sendo parceiro musical da própria filha, passou a compor na década de 1950, sendo logo associada à bossa nova.

Começou a estudar violão aos 16 anos de idade. Alguns anos depois, dedicou-se ao canto e ao estudo de teoria musical com Miguel Arguerons.

Teve seu primeiro trabalho registrado em 1954, quando seu samba-canção "Três Palavras", composto em parceria com seu pai Silvan Castelo Neto, foi gravado por Mário Martins.

Em 1958, sua música "O Menino Desce o Morro" foi gravada por vários intérpretes, como Myriam Ribeiro, Geraldo Cunha, entre outros.

Vera Brasil participou de diversos festivais de Música Popular Brasileira, no Brasil e em outros países da América do Sul. 

Ao todo, escreveu mais de cem canções, algumas gravadas por artistas ilustres, como Elis Regina ("Eu Só Queria Ser"), Maysa ("O Menino Desce o Morro"), Jair Rodrigues ("Inaê") e Elizeth Cardoso ("Canto de Partir").


Como cantora, fez sua estréia em 1964, com o LP "Tema do Boneco de Palha", lançado pela gravadora Farroupilha. O título deste LP foi tirado da faixa do mesmo nome, gravação de uma de suas mais conhecidas canções, composta em parceria com seu pai. A partir desta data, começou a apresentar-se em shows e programas de televisão.

Em 1965, classificou-se em 3º lugar no I Festival Nacional de Música Popular, na TV Excelsior de São Paulo, com "Eu Só Queria Ser" (Vera Brasil e Myriam Ribeiro), interpretada por Claudette Soares.

Em 1966 obteve o 2º lugar no II Festival Nacional de Música Popular, na TV Excelsior de São Paulo, com "Inaê" (Vera Brasil e Maricene Costa), interpretada por Nilson.

Em 1967, Vera Brasil viajou em turnê para Portugal.

Vera Brasil foi diretora musical do espetáculo "Musicanossa", apresentado no Teatro de Arena de São Paulo, em 1968.

Em 1983, com a cantora Márcia e a pianista Maria Eugênia Pacheco de Brito, criou a Escola Play (Centro Audiovisual de Música). 

Como arranjadora e violonista, abriu em São Paulo na década de 1980 uma escola na qual criou seu próprio método de ensino, onde dava aulas usando técnicas de audiovisual.


Em 2002, após trinta anos afastada dos palcos, apresentou-se no Vinicius Piano Bar, no Rio de Janeiro. Foi homenageada num show, por vários artistas, entre os quais Gilberto Gil.

Em 2008, gravou o programa "Ensaio", da TV Cultura.

Nos últimos anos de sua vida, viveu numa chácara em Araçoiaba da Serra, no interior paulista.

Vera Brasil, além de musicista, chegou a ser secretária, professora de inglês, decoradora de interiores, fotógrafa e astróloga. Fazia ioga e tinha interesse por esoterismo e ficção científica.

Vera Brasil havia quebrado a bacia numa queda. Morreu na quarta-feira, 18/07/2012, aos 80 anos, vítima de complicações de saúde. Solteira, não teve filhos. Deixou o irmão, Berto Filho, jornalista.

Ela foi sepultada em cerimônia simples, entre parentes e amigos, no cemitério de Araçoiaba da Serra, no interior paulista, no dia 19/07/2012.

"Fica a lembrança de sua cultura musical e intelectual imensa, da multiplicidade do seu talento nas várias atividades que empreendeu, da sua importância na bossa nova e a saudade de sua presença companheira e solidária, na defesa dos direitos dos músicos e compositores!"
(Berto Filho, irmão de Vera Brasil)

Berto Filho entregou partituras de 70 músicas de Vera Brasil, além do violão Del Vecchio e a flauta doce Armstrong, ao maestro Rubens Gouvea, diretor da Orquestra Sinfônica de Araçoiaba da Serra, com o objetivo de perenizar a obra da cantora.

Discografia

  • 1964 - Tema do Boneco de Palha (Gravadora Farroupilha, LP)

Indicação: Carlos da Terra

Luiz Carlos Vinhas

LUIZ CARLOS PARGA RODRIGUES VINHAS
(61 anos)
Compositor e Pianista

☼ Rio de Janeiro, RJ (19/05/1940)
┼ Rio de Janeiro, RJ (22/08/2001)

Luiz Carlos Vinhas começou a tocar piano aos quatro anos de idade. Estudou piano clássico até os oito. Em 1957, participava como pianista de reuniões que marcaram o surgimento da bossa nova.

Iniciou sua carreira artística em 1958, apresentando-se em pocket shows de bossa nova, realizados no Beco das Garrafas, no Rio de Janeiro. Participou, nessa época, da gravação de "O Barquinho", de Roberto Menescal e Ronaldo Bôscoli

Formou, juntamente com Tião Neto (baixo) e Edison Machado (bateria), um dos primeiros conjuntos instrumentais da bossa nova, o Bossa Três. Com o grupo, viajou para os Estados Unidos em 1962, apresentando-se no programa de Ed Sullivan e gravando três LPs, lançados pela Audio Fidelity em New York. Voltou ao Brasil dois anos depois.

Em 1966, com a nova formação do Bossa Três, constituída por Otávio Baily (baixo) e Ronie Mesquita (bateria), e a participação dos cantores Pery Ribeiro e Leny Andrade, montou o Gemini V. Atuou, com o grupo, em gravações e shows no Brasil e no exterior, destacando-se a bem sucedida temporada de três anos no México.

Em 1968, gravou seu primeiro LP solo, "O Som Psicodélico de Luiz Carlos Vinhas", lançado pela gravadora CBS.

Atuou como pianista em discos de Elis Regina, Maria Bethânia, Wilson Simonal, Jorge BenjorQuarteto em Cy, entre outros.


Gravou, ainda, "Luiz Carlos Vinhas no Flag", "Luiz Carlos Vinhas", "Baila Com Vinhas", "O Piano Mágico de Luiz Carlos Vinhas", "Piano Maravilhoso" e "Vinhas e Bossa Nova".

Entre 1969 e 1971, atuou como pianista do Flag, no Rio de Janeiro, onde teve a oportunidade de acompanhar artistas internacionais, como Sarah Vaughan, Ella FitzgeraldGeorge Benson, entre outros.

A partir de 1971, apresentou-se em outras casas noturnas cariocas e paulistas, como Macksoud Plaza, Vogue, Privê, Chico's Bar, entre outras. Realizou, no Rio Palace, shows de abertura em espetáculos de artistas internacionais como Frank Sinatra, Julio Iglesias e Barry White.

Em 1994, apresentou-se em temporada de seis meses no Vinicius Bar, no Rio de Janeiro, tocando e contando as histórias da bossa nova, no show "Noites Cariocas". O espetáculo, recomendado pelo jornal New York Times aos turistas norte-americanos como um dos melhores programas do verão carioca daquele ano, gerou o CD "Vinhas e Bossa Nova".

No ano seguinte, foi convidado para uma temporada de apresentações na Itália, onde morou durante um ano.

Em 1996, participou da coletânea "Tempo de Bossa Nova", lançada pela revista Caras.

No ano seguinte, em homenagem à sua escola de samba, lançou o CD "Piano na Mangueira", interpretando obras dos compositores da Mangueira.

Em 2000, apresentou-se com a cantora Wanda Sá no Vinicius Bar, no Rio de Janeiro. Ao lado de Tião Neto (baixo) e João Cortez (bateria), gravou, com Wanda Sá o CD "Wanda Sá & Bossa Três", registrando canções como "Errinho à Toa" (Roberto Menescal e Ronaldo Bôscoli), "Brisa do Mar" (João Donato e Abel Silva), "Canção Que Morre no Ar" (Carlos LyraRonaldo Bôscoli), "Zanga Zangada" (Edu Lobo e Ronaldo Bastos), entre outras, além de "In The Moonlight" (John Williams e A&M Bergman). O disco teve show de lançamento no Bar do Tom, no Rio de Janeiro.

Morte

Luiz Carlos Vinhas morreu às 10:00 hs de quarta-feira, 22/08/2001, aos 61 anos, no Hospital Samaritano, no Rio de Janeiro. Ele estava internado desde o sábado, 18/08/2001, na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital.

Luiz Carlos Vinhas foi internado depois de ter sofrido uma parada cardiorrespiratória em consequência de uma cirurgia reparadora feita no abdome, na região dos olhos e do pescoço, realizada no sábado, na Clínica Interplástica, também em Botafogo, Rio de Janeiro.

Os médicos disseram acreditar que o fígado não metabolizou os anestésicos aplicados para realizar as operações, que voltaram ao organismo. Na segunda-feira, dia 20/08/201, os exames comprovaram a morte cerebral do músico.

Luiz Carlos Vinhas tinha um filho e foi casado duas vezes.


Discografia

  • 2000 - Wanda Sá & Bossa Três (Abril Music, CD)
  • 1998 - Bossa Nova: O Amor, o Sorriso e a Flor (Castle Brasil, CD)
  • 1997 - Piano na Mangueira (CID, CD)
  • 1997 - Nouvelle Vibe (Japão, CD)
  • 1996 - Tempo de Bossa Nova (Edição da Revista Caras, CD)
  • 1995 - Bossa Nova: História, Som e Imagem (Ventura Music, CD)
  • 1994 - Vinhas e Bossa Nova (CID, CD)
  • 1994 - Forma: A Grande Música Brasileira (CD)
  • 1989 - Piano Maravilhoso (Som Livre, LP)
  • 1986 - O Piano Mágico de Luiz Carlos Vinhas (Som Livre, LP)
  • 1982 - Baila Com Vinhas (Polygram, LP)
  • 1979 - Wilson Simonal (RCA, LP)
  • 1977 - Luiz Carlos Vinhas (Odeon, LP)
  • 1970 - Luiz Carlos Vinhas no Flag (Odeon, LP)
  • 1970 - Chovendo na Roseira (Tapecar)
  • 1969 - Maria Bethânia (Odeon, LP)
  • 1968 - O Som Psicodélico de Luiz Carlos Vinhas (CBS, LP)
  • 1968 - Elis Regina (Philips, LP)
  • 1967 - Gemini 5 no México (Odeon, LP)
  • 1966 - Bossa Três (Odeon, LP)
  • 1966 - Gemini 5 (Odeon)
  • 1965 - Bossa Três em Forma (Forma, LP)
  • 1964 - Wilson Simonal (Odeon, LP)
  • 1964 - Jorge Ben (Philips, LP)
  • 1964 - Quarteto em Cy (Forma, LP)
  • 1964 - Meirelles e o Copa 5 (Philips, LP)
  • 1964 - Novas Estruturas (Forma, LP)
  • 1962 - Bossa Três e Lennie Dale (Elenco, LP)
  • 1962 - Bossa Três (Audio Fidelity, LP)
  • 1962 - Bossa Três & Jo Basile (Audio Fidelity, LP)
  • 1962 - Bossa Três e Seus Amigos (Audio Fidelity, LP)
  • 1958 - O Barquinho

Indicação: Miguel Sampaio

Pedro Sertanejo

PEDRO DE ALMEIDA E SILVA
(69 anos)
Compositor e Acordeonista

* Euclides da Cunha, BA (26/04/1927)
+ (03/01/1997)

Nascido no sertão da Bahia, em Euclides da Cunha, seguiu para a região sudeste a fim de tentar a carreira artística Em 1946 mudou para São Paulo. Seu pai Aureliano foi um grande mestre sanfoneiro na cidade de Euclides da Cunha, próxima da região de Canudos, Bahia. Pedro Sertanejo é pai de Osvaldinho do Acordeom.

Em 1956 realizou a primeira gravação, companhado de seu conjunto, pela Copacabana, interpretando o xote "Roseira do Norte" (Pedro Sertanejo e Zé Gonzaga) e a polca "Zé Passinho na Festa"  (Pedro Sertanejo).

Em 1958, já na gravadora Todamérica, gravou de sua autoria, o baião "Balaio do Norte" e o forró "Forró Brejeiro", tocando acordeom.

Em 1959 gravou a polca "Euclides da Cunha" (Pedro Sertanejo), em referência ao nome de sua cidade natal, e a rancheira "Caipirinha" (Nadim de Correia Marques).

Em 1960 gravou o forró "Forró de Aracaju" (Pedro Sertanejo) e o baião "Rancho Velho" (Pedro Sertanejo).


Em 1961 foi contratado pela gravadora Continental, que relançou no mesmo ano vários de seus antigos sucessos gravados principalmente na Todamérica, entre os quais a polca "Festa na Fazenda" e o xote "Arco-Verde", de sua autoria. Ainda no mesmo ano lançou a polca "Bela vista" (Pedro Sertanejo e Pedrinho), e o forró "Forró Pernambucano" (Pedro Sertanejo e Bernardo Lima).

Em 1962 passou a gravar na gravadora Caboclo, onde lançou com seu conjunto o forró "Forró Alagoano" (Pedro Sertanejo), o baião "Azulão" (Pedro Sertanejo e Milton Cristofani), e a quadrilha "Festa de São João" (Sertãozinho e Milton Cristofani), entre outras composições.

Em 1963 gravou de sua autoria o forró "Sete Punhá" e o chamego "Chuliado da Vovó" (Milton José).

Em 1964 fundou o selo Cantagalo, dirigindo a gravadora por toda a década de 60. Nesse período, convidou Dominguinhos, então iniciante, a gravar LP destinado ao público migrante nordestino.

Nos anos 70 gravou diversos LPs pela gravadora Continental, entre os quais "Forró Brejeiro", "Visite o Nordeste" e "Sanfoneiro do Norte", sempre cultuando a música de raiz nordestina, especialmente o forró.

Apontado por muitos como o iniciador da cultura do forró em São Paulo, ao longo de sua carreira, lançou mais de 40 discos e compôs cerca de 700 músicas. Criou o Salão Pedro Sertanejo em São Paulo, para a apresentação de show de forró.

Discografia

  • S/D - Forró Brejeiro (Continental)
  • S/D - Forró de Luna (Musicolor, LP)
  • S/D - Forró na Casa Grande (Musicolor, LP)
  • S/D - Meu Sabiá (Musicolor, LP)
  • S/D - Na Onda do Forró (Tropicana, LP)
  • S/D - Rato Molhado (Musicolor, LP)
  • S/D - Sanfoneiro do Norte (LP)
  • S/D - Sertão Brasileiro (Continental, LP)
  • S/D - Visite o Nordeste (Continental, LP)
  • S/D - Forró Pernambucano (Cantagalo, LP)
  • 1997 - Adeus Jacobina (RB Music, CD)
  • 1983 - Homenagem aos Conterrâneos (Sertanejo/Chantecler, LP)
  • 1982 - Forró na Capital (Sertanejo/Chantecler, LP)
  • 1979 - Forró da Gafieira (Musicolor/Continental, LP)
  • 1978 - Forró de Luna (Musicolor/Continental, LP)
  • 1978 - Forró na Casa Grande (Musicolor/Continental, LP)
  • 1977 - Meu Sabiá (Musicolor/Continental, LP)
  • 1975 - Forró Brejeiro (Musicolor/Continental, LP)
  • 1974 - Sertão Brasileiro (Musicolor/Continental, LP)
  • 1973 - Visite o Nordeste (Musicolor/Continental, LP)
  • 1973 - Sanfoneiro do Norte (Musicolor/Continental, LP)
  • 1972 - Na Onda do Forró (Tropicana/CBS, LP)
  • 1970 - Coração Do Norte (Musicolor/Continental, LP)
  • 1970 - Pedro Sertanejo (Musicolor/Continental, LP)
  • 1967 - Rato Molhado (Musicolor/Continental, LP)
  • 1967 - Chapéu de Couro (Musicolor/Continental, LP)
  • 1966 - Saudade de Itapoã (Continental, LP)
  • 1963 - Sete Punhá / Chuliado da Vovó (Continental, 78)
  • 1963 - Roseira do Norte / Zé Passinho na Festa (Sabiá, 78)
  • 1963 - Festa em Geremoabo / Coqueiro Seco (Sabiá, 78)
  • 1962 - Forró Alagoano / Azulão (Caboclo, 78)
  • 1962 - Sanfoneiro do Norte / Limeirinha (Caboclo, 78)
  • 1962 - Festa de São João / Coração do Norte (Caboclo, 78)
  • 1961 - Festa na Fazenda / Arco-Verde (Continental, 78)
  • 1961 - Diabo no Forró / Saudade de Jacobina (Continental, 78)
  • 1961 - Boa Esperança / Ladeira do Sabão (Continental, 78)
  • 1961 - Balaio do Norte / Forró Brejeiro (Continental, 78)
  • 1961 - Forró Nordestino / Euclides da Cunha (Continental, 78)
  • 1961 - Campo Formoso / Caipirinha (Continental, 78)
  • 1961 - O Rei do Sertão / Quadrilha do Norte (Continental, 78)
  • 1961 - Bela Vista / Forró Pernambucano (Continental, 78)
  • 1961 - Balão, Quadrilha e Quentão (Continental, LP)
  • 1960 - Rancho Velho / Forró de Aracajú (Todamérica, 78)
  • 1960 - Festa na Fazenda / Arco-Verde (Todamérica, 78)
  • 1959 - Forró Nordestino / Euclides da Cunha (Todamérica, 78)
  • 1959 - Campo Formoso / Caipirinha (Todamérica, 78)
  • 1959 - Diabo no Forró / Saudade de Jacobina (Todamérica, 78)
  • 1959 - Boa Esperança / Ladeira do Sabão (Todamérica, 78)
  • 1958 - Balaio do Norte / Forró Brejeiro (Todamérica, 78)
  • 1958 - O Rei do Sertão / Quadrilha do Norte (Todamérica, 78)
  • 1956 - Roseira do Norte / Zé Passinho na Festa (Copacabana, 78)
  • 1956 - Festa em Geremoabo / Coqueiro Seco (Copacabana, 78)

Indicação: Miguel Sampaio

Mangabinha

CARLOS ALBERTO MANGABINHA RIBEIRO
(73 anos)
Cantor, Compositor e Acordeonista

* Corinto, MG (16/03/1942)
+ Belo Horizonte, MG (23/04/2015)

Carlos Alberto Mangabinha Ribeiro foi um acordeonista, compositor, cantor, integrante do grupo musical Trio Parada Dura desde a sua primeira formação.

Trabalhou como bóia-fria no interior mineiro. Aos oito anos de idade começou a tocar a sanfona de oito baixos, apresentando-se em festas e forrós de sua região. Sua formação musical começou ainda na infância aprendendo a tocar a sanfona de oito baixos que pegava escondido de seu pai, seguindo a tradição musical em família de onde, musicalmente, sairia sua realização profissional através da música sertaneja, e, de onde varias parcerias seriam no Trio Parada Dura, o auge da sua carreira como músico e instrumentista.

Em 1950, passou a apresentar-se em festas e forrós, usando uma sanfona de 8 baixos.

Em 1970, mudou-se para Belo Horizonte e na capital mineira formou um trio juntamente com Gino & Geno com os quais lançou um LP.

Em 1973, mudou-se para São Paulo onde atuou na Rádio 9 de Julho. Nessa ocasião, atuou com Delmir & Delmon na primeira formação do Trio Parada Dura.


Em sua carreira solo gravou 21 LPs instrumentais como acordeonista nas gravadoras Chororó, Copacabana e Chantecler. Seus maiores sucessos como compositor foram "Furando o Couro", "Nova República", "Forró Número 2", "Chão Mato-Grossense", "Balaio de Gato" e "Com Amor e Com Carinho".

Em 1991, o Trio Parada Dura gravou de sua autoria as composições "Trovão Azul" (Mangabinha, Rossi e Alcino Alves), "Não Aceito Seu Adeus" (Mangabinha e Ronaldo Adriano), "Por Te Querer" (MangabinhaRossi e Alcino Alves), "Vestido Branco" ((MangabinhaRonaldo Adriano e Benedito Seviero), "Bebendo e Chorando" (Mangabinha e Ronaldo Adriano), "Adeus, Palavra Cruel" (MangabinhaAlcino Alves e Rosa Quadros), "Tentei Viver Sem Você" (MangabinhaAlcino Alves e Parrerito), "Me Guardando Pra Você" (Mangabinha Alcino Alves), "Coração Só Quer Você" (MangabinhaAlcino Alves e Rossi) e "Filho do Sertão" (Mangabinha Ronaldo Adriano).

Em 1992, o Trio Parada Dura se desfez e Mangabinha ficou cinco anos sem gravar.

Em 1997, retornou à carreira artística em nova formação do Trio Parada Dura.

Em 1999, a EMI na série Raízes Sertanejas lançou o CD "Mangabinha", com 20 sucessos do artista.

Atualmente Mangabinha gerenciava uma casa de festa com seu nome, mas não abandonou o acordeon e continuava tocando, mesmo com a recaída do sucesso conquistada pelo Trio Parada Dura.

Morte

Mangabinha morreu na manhã de quinta-feira, 23/04/2015, vítima de um infarto em decorrência de diabetes, em Belo Horizonte, MG.

Mangabinha estava internado no Hospital Socor desde o dia 13/04/2015 para tratar de diabetes, doença descoberta em 1982. Contudo, seu quadro de saúde piorou nos últimos dias após apresentar complicações médicas. O óbito foi confirmado por volta das 07:00 hs após ele sofrer um infarto.

Segundo a assessoria de imprensa do Hospital Socor, a família do cantor não autorizou a divulgação do prontuário.

Discografia

  • 1999 - Mangabinha - Raízes Sertanejas (EMI, CD)
  • 1999 - Dois Amigos no Forró - Mangabinha e Nhozinho (Atração Fonográfica, LP)
  • 1996 - O Sanfoneiro Parada Dura (MM Gravações, LP)
  • 1992 - Forró Brilhante (Alvorada/Chantecler, LP)
  • 1991 - Mangabinha (Alvorada/Chantecler, LP)
  • 1990 - Pagodão do Mangaba (Copacabana, LP)
  • 1988 - Festa Sertaneja (Copacabana, LP)
  • 1987 - Força Maior (Copacabana, LP)
  • 1985 - Forró no Barcelona (Copacabana, LP)
  • 1984 - Puxa o Fole Tesouro (Copacabana, LP)
  • 1983 - Baixei o Guatambu (Copacabana, LP)
  • 1983 - Outro Regaço (Copacabana, LP)
  • 1981 - Aperreado no Forró (Copacabana, LP)
  • 1980 - O Tal Regaço (Copacabana, LP)
  • 1978 - O Forró do Mangabinha (Som/Copacabana, LP)
  • 1975 - Pisão no Calo (Chororó, LP)
  • 1974 - Pé de Bode (Chororó, LP)

Indicação: Miguel Sampaio

Waldir Calmon

WALDIR CALMON GOMES
(63 anos)
Compositor e Pianista

* Rio Novo, MG (30/01/1919)
+ Rio de Janeiro, RJ (11/04/1982)

Waldir Calmon Gomes foi um pianista e compositor brasileiro de grande sucesso nos anos 50. Gravou dezenas de discos, entre eles, a famosa série "Feito Para Dançar" e a música tema do extinto Canal 100, "Na Cadência do Samba (Que Bonito É)". Também gravou com Ângela Maria o disco "Quando Os Astros Se Encontram", em 1958. Neste LP, encontra-se o maior sucesso da sapoti: "Babalu".

Waldir Calmon criou um estilo imitado por muitos pianistas que o sucederam.

No ano de 1941 já como Waldir Calmon fez sua primeira gravação acompanhando Ataulfo Alves em "Leva Meu Samba".

Depois formou o grupo Gentleman da Melodia e circulou por teatros e cassinos do Rio e São Paulo. Foi nessa época que começou a tocar o primeiro solovox, um pequeno teclado incorporado ao piano, precursor dos sintetizadores, trazido para o Brasil, popularizando o instrumento.

Na década de 50 gravou vários discos "Ritmos Melódicos", no selo Discos Rádio, "Para Ouvir Amando", "Chá Dançante" e "Feito para Dançar", na gravadora Copacabana. Waldir Calmon foi o pioneiro a gravar sucessos dançantes em faixas únicas, ininterruptas, adequados a animar festas, eternizando nos acetatos o som que produzia nas boates de então.


Em 1955 abriu sua própria casa noturna, a popular Arpège, no Leme, Rio de Janeiro, que funcionou até 1967 e onde atuaram João Gilberto, Tom Jobim, Vinicius de Moraes, além de Chico Buarque, que fez um de seus primeiros shows, em 1966, ao lado de Odete Lara e MPB-4.

Seu conjunto era formado nessa época por Paulo Nunes (guitarra), Milton Banana (bateria), Eddie Mandarino e Rubens Bassini (percussão), Gagliardi (contrabaixo) e o próprio Waldir Calmon, ao piano e solovox.

Entre 1970 e o começo de 1977, atuou com sua orquestra de baile no Canecão, no Rio de Janeiro, antes e depois do show principal.

Nos últimos anos de carreira, passou a tocar também sintetizadores.

Casou-se com a também artista Marta Kelly, que adotou o nome Marta Calmon após o casamento. Com o nascimento da primeira filha, em 1963, esta abandonou a carreira para dedicar-se apenas ao casamento.

Waldir Calmon morreu em 11/04/1982 vítima de um infarto do miocárdio. Dois anos após, sua viúva voltou à cena artística, cantando e administrando a Orquestra Waldir Calmon.

Discografia
  • Série Feito Para Dançar (Volumes 1 ao 12)
  • Série Novo Feito Para Dançar (Letras A a E)
  • Série Chá Dançante (Volumes 1 ao 3)
  • Série Mambos (Volumes 1 e 2)
  • Série Para Ouvir Amando (Volumes 1 e 2)
  • Série Ritmos Melódicos (Volumes 1 e 3)
  • Série Uma Noite no Arpége (Volumes 1 ao 3)
  • Sonhos e Melodias
  • Boleros
  • Samba, Alegria do Brasil
  • Rosita Gonzales Com Waldir Calmon
  • Hit Parade
  • O Sucesso, Hoje
  • Lembranças de Paris
  • Ritmos do Caribe
  • Quando os Astros Se Encontram - Waldir Calmon e Ângela Maria
  • Ritmos S. Simon
  • Romance Sin Palabras
  • E o Espetáculo Continua
  • Clássicos Para Dançar
  • Nos Requebros do Samba
  • Músicas de Herivelto Martins
  • Waldir Calmon e Seus Multisons
  • Discoteque - Feito Para Dançar
  • Waldir Calmon - Feito Para Dançar, de 1980

Fonte: Wikipédia
Indicação: Miguel Sampaio

Inezita Barroso

IGNEZ MAGDALENA ARANHA DE LIMA
(90 anos)
Cantora, Atriz, Apresentadora de Rádio e TV, Instrumentista, Bibliotecária, Folclorista e Professora

* São Paulo, SP (04/03/1925)
+ São Paulo, SP (08/03/2015)

Inezita Barroso, nome artístico de Ignez Magdalena Aranha de Lima, foi uma cantora, atriz, instrumentista, bibliotecária, folclorista, professora, doutora Honoris Causa em folclore e arte digital pela Universidade de Lisboa e apresentadora de rádio e televisão brasileira, atuando também em shows, álbuns, cinema, teatro e produzindo espetáculos musicais de renome nacional e internacional. Nascida no bairro da Barra Funda, em São Paulo, apesar de paulistana e descendente de família tradicional, apaixonou-se muito cedo pela cultura caipira. Começou a cantar aos sete anos de idade e por essa época começou a aprender a tocar violão.

Já durante as férias, em fazenda de parentes, começou a aprender a tocar viola e a cantar composições caipiras como a "Moda da Pinga" e a moda-de-viola "Boi Amarelinho". Aos oito anos de idade já fazia apresentações em recitais de violão no Clube Germânia. Aos nove, já admirava o poeta modernista Mário de Andrade, que morava ao lado de sua casa à Rua Lopes Chaves, na Barra Funda, em São Paulo, a quem esperava passar todo dia enquanto brincava de patins. Com nove anos, integrou a Turma de Violeiros do Pequenópolis, da professora Mary Buarque. Aos 11 anos, começou a estudar piano.

Fez o curso de Biblioteconomia e em 1947 adotou o sobrenome Barroso ao se casar, aos 22 anos, com o advogado cearense Adolfo Cabral Barroso.

De 1982 a 1996, lecionou Folclore na Universidade de Mogi das Cruzes. A partir de 1983, começou a lecionar na Faculdade Capital de São Paulo. Em 2014, foi eleita para a Academia Paulista de Letras, em substituição à folclorista Ruth Guimarães.

A Carreira

Em 1934, apresentou-se, levada pelo pai, no "Programa Cascatinha do Genaro", apresentado por Ariovaldo Pires, o Capitão Furtado, na Rádio São Paulo. Cantou e acompanhou-se ao violão recebendo elogios de Ariovaldo Pires. Nesse ano, como integrante do grupo de alunas da professora Mary Buarque, participou de espetáculo musical no Teatro Municipal de Campinas, SP. Na ocasião, interpretou a música infantil "O Gatinho", e o "Batuque", de Marcelo Tupinambá.

Em 1943, apresentou-se na Rádio Kosmos, de São Paulo, cantando três boleros, uma valsa e um fox.

Em 1946, como professora de música, promoveu apresentação de suas alunas no Colégio Caetano de Campos. Na ocasião, ela mesma interpretou "Rolete de Cana", tema folclórico, e "Na Baixa do Sapateiro", de Ary Barroso.

Em 1948, ainda de forma amadora, fez parte de uma caravana artística que se apresentou na cidade paulista de Franca, cantando e acompanhando-se ao violão.

Em 1950, participou do espetáculo "O Homem da Flôr na Boca", apresentado no Teatro Brasileiro de Comédia (TBC), em São Paulo, fazendo acompanhamento ao violão. Fez também apresentações no Teatro Castro Alves e no Teatro Colombo, ambos em São Paulo.

Iniciou a carreira artística profissionalmente em 1950, quando atuou como atriz no filme "Angela", de Tom Payne e Abílio Pereira de Almeida, da Companhia Vera Cruz. Nesse ano, foi convidada pelos amigos Vicente Leporace e Evaldo Ruy para participar na Rádio Bandeirantes, de São Paulo de um especial dedicado à Noel Rosa. Já o filme "Angela" foi lançado em agosto de 1951, e, nesse filme, interpretou a cantora Vanju e apareceu cantando as músicas "Quem é", de Marcelo Tupinambá, especialmente composta para o filme, e "Enquanto Houver", de Evaldo Ruy. Logo chamou a atenção de todos e nesse período, apresentou no Teatro Brasileiro de Comédia (TBC) um recital de música brasileira, dividido em três partes, interpretando na 1º parte uma seleção intitulada "Música Variada", com a "Canção da Guitarrada" (Marcelo Tupinambá e Aplecina do Carmo), a canção amazônica "Farinhada" (Valdemar Henrique e Ilná Portela de Carvalho), a toada sertaneja "Carreiro" (Hekel Tavares e Olegário Mariano), "Chove Chuva", com música de Hekel Tavares para poema de Ascenso Ferreira, a "Canção" (Gonçalves Crespo) com transcrição de J. Otaviano, a modinha antiga, conforme informação do disco, sobre tema popular, "Nhapopé" (Villa-Lobos), e a "Berceuse da Onda que Leva o Pequenino Náufrago" (Lorenzo Fernandes e Cecília Meireles). Na segunda parte interpretou os sambas "Quando o Samba Acabou", "Silêncio de um Minuto", "Não Tem Tradução", "Último Desejo" de Noel Rosa, e "Feitiço da Vila" de Noel Rosa e Vadico, e, na 3º parte, músicas afro-brasileiras: "Navio da Costa" e "Pergunte aos Canaviais", de Capiba, "Cantilena", canto de senzala ambientado por Villa-Lobos, "Abaluauiê", ponto ritual de Valdemar Henrique, "O Preto Velho Cambinda" (Hekel Tavares e Joracy Camargo), "Salve Ogum" (Pernambuco e Mário Rossi), e o "Funeral de um Rei Nagô" (Hekel Tavares e Murillo Araújo).

Ainda em 1951, gravou seu primeiro disco, pela gravadora Sinter. Depois de fazer uma rápida apresentação na Boate Vogue, no Rio de Janeiro, foi vista pelo dono da gravadora Sinter, que a convidou para um teste, apenas com voz e violão. Gravou então "Funeral de um Rei Nagô" (Hekel Tavares e Murillo Araújo), e "Curupira" (Waldemar Henrique). Esse disco, no entanto, não teve grande divulgação comercial. No mesmo ano, viajou com o marido para o Ceará e em seguida para Pernambuco, onde, na cidade de Recife, conheceu o compositor Capiba, que a convidou para realizar um recital no Teatro Santa Izabel, ocasião em que assinou seu primeiro contrato profissional. A partir de então, sua carreira iria deslanchar nos palcos, nos discos, em rádios, televisão e cinema.

Em 1952, assinou contrato com a Rádio Nacional de São Paulo, participando do espetáculo de inauguração da emissora. Ficou, no entanto, pouco tempo naquela rádio.


Em 1953, foi contratada para fazer parte do cast da Rádio Record onde iria apresentar programa com produção inicial de Thalma de Oliveira e, depois, de Blota Júnior, com arranjos orquestrais de Hervé Cordovil. Ingressou na gravadora RCA Victor, e, em seu primeiro disco na nova gravadora, interpretou "Isto é Papel, João" (Paulo Ruschel) e o tema folclórico "Catira", adaptado por R. de Souza. Em seguida, gravou "O Canto do Mar" e "Maria do Mar" (Guerra Peixe e José Mauro de Vasconcelos). Gravou dois de seus maiores sucessos, a moda "Marvada Pinga" (Cunha Jr.) e o samba "Ronda" (Paulo Vanzolini). Sobre essa última, ela mesma conta que ao dizer que gravaria um "samba paulista" houve uma reação negativa do maestro responsável pela gravação, que disse: "São Paulo não tem samba!". O referido maestro colocou o chapéu na cabeça e abandonou o estúdio, ao que parece bastante irritado. Segundo relato de Arley Pereira, no livro "Inezita Barroso - A História de Uma Brasileira":

"Como Vanzolini era muito desafinado, foi preciso que Inezita cantasse a canção para convencer os músicos, mas ela não havia decorado  a letra. Paulo rapidamente a escreveu para ela, tintin por tintim, e Inezita mostrou no violão, lendo os versos enquanto cantava. Os músicos do regional que a acompanhavam ficaram entusiasmadíssimos e logo se organizaram para bolar um arranjo de ouvido. Tinha de ser aquela música, não havia mais volta. Foi assim que os remanescentes do lendário Regional do Canhoto, os maiores 'cobras' da música popular que se conhecia, lançaram com Inezita a primeira gravação de "Ronda", hoje um clássico da música popular brasileira. O regional? Era formado apenas por Zé Menezes nas cordas dedilhadas (violão, cavaquinho e bandolim), Dino Sete Cordas no violão sete cordas, Garoto no violão-tenor, Chiquinho do Acordeon e Abel Ferreira nas clarinetas, sem usar percussionista. Uma seleção brasileira. Segundo os registros, a gravação foi realizada no dia 3 de agosto de 1953."

No selo do disco, o companhamento da gravação é anunciado como sendo apenas "Com Conjunto", sem nenhuma indicação do grande time de músicos que participou dessa emblemática gravação. Também em 1953, Inezita participou dos filmes "Destino em Apuros", de Ernesto Remani, e "O Craque", com direção de José Carlos Burle, primeiro filme brasileiro a ter o futebol como tema. Atuou no filme "Mulher de Verdade", direção de Alberto Cavalcanti, lançado comercialmente em 1955. Com sua atuação neste filme, recebeu o Prêmio Saci, de melhor atriz. Foi, ainda em 1953, que, por indicação de Millôr Fernandes e Antônio Maria, foi contratada para atuar na famosa Boate Vogue, do Rio de Janeiro, onde estreou em 07/04/1953. Provando não ter nenhum problema com o público chamado de sofisticado, foi um sucesso absoluto, cantando inclusive músicas caipiras, que, aliás, eram conhecidas por todos os frequentadores. No anúncio do show publicado nos jornais, aparecia a seguinte frase: "Inezita Barroso, da sociedade paulista  para a sociedade carioca", conforme informações de Arley Pereira em seu livro sobre a cantora.

Em 1954, gravou o samba "Estatutos da Gafieira" (Billy Blanco), e o tema folclórico "Soca Pilão", com adaptação de José Roberto, "Iemanjá" (Nelson Ferreira e Luiz Luna), "Pregão da Ostra", tema folclórico adaptado por José Prates, "Redondo Sinhá" (Barbosa Lessa), a modinha "Mestiça" (Gonçalves Crespo), o tema folclórico "Taieiras", adaptação de Luciano Gallet, "Retiradas" (Oswaldo de Souza), "Coco do Mané" (Luiz Vieira), e "Roda a Moenda" (Haroldo Costa). Nesse ano, recebeu o Prêmio Roquette Pinto, como melhor cantora de rádio da música popular brasileira, e o Prêmio Guarani como melhor cantora de disco. Participou ainda do filme "É Proibido Beijar", dirigido pelo fotógrafo italiano Ugo Lombardi. Nesse filme, interpretou o baião "João Baião" (Betinho). Também em 1954, fez sua primeira aparição na televisão ao ser convidada pela TV Tupi para participar do programa "Afro", um especial com música e danças afro-brasileiras. Em seguida, passou a apresentar na TV Record o programa "Vamos Falar de Brasil", primeiro programa da televisão brasileira inteiramente dedicado à música, pois até então, os cantores apareciam em programas de variedades. Atuou por oito anos como estrela da TV Record. Também em 1954, substituiu a cantora Linda Batista na Boate Esplanada, em São Paulo, no espetáculo "Clarins em Fá", uma criação de Carlos Machado e que tivera Linda Batista como estrela no Rio de Janeiro.


Em 1955, gravou as canções de domínio público, "Meu Casório" e "Nhá Popé", o pot-pourri "Benedito Pretinho / Meu Barco é Veleiro" (Hekel Tavares e Olegário Mariano), "Na Fazenda do Ingá" (Zé do Norte), "Dança de Caboclo" (Hekel Tavares e Olegário Mariano), e "Maracatu Elegante" (José Prates). Participou como atriz e cantora do filme "Carnaval em Lá Maior", de Adhemar Gonzaga, que representou o Brasil no Festival de Punta Del Este no Uruguai. Nesse filme, interpretou o samba "Estatutos da Gafieira" (Billy Blanco). Ainda em 1955, recebeu novamente o Prêmio Saci, como melhor atriz, por sua atuação no filme "Mulher de Verdade" e o Prêmio Roquette Pinto, como melhor cantora de música popular. Nesse período, realizou uma série de gravações de divulgação do folclore, que serviram para ilustrar um ciclo de conferências realizadas por professores da Universidade de São Paulo (USP). No mesmo ano de 1955, ingressou na gravadora Copacabana e lançou o samba "Moleque Vardemá" (Billy Blanco), a "Prece à São Bendito" (Hervé Cordovil), o tema folclórico "Mineiro Tá Me Chamando" (Zé do Norte), e a canção "Minha Terra" (Waldemar Henrique). Lançou pela gravadora Copacabana, seu primeiro LP, que teve seu nome como título, e no qual no lado A, com acompanhamento da orquestra de Hervé Cordovil, interpretou a "Prece à São Bendito" (Hervé Cordovil), com coro dos Titulares do Ritmo, "Banzo" (Hekel Tavares e Murilo Araújo), a seleção de canções "Nana Nanana" (Hekel Tavares, Ribeiro Couto e Manuel Bandeira), "Papa Curumiassú" (Hekel Tavares), "Sapo Cururú" (Dilu Melo), e "Fiz a Cama na Varanda" (Dilu Melo e Ovídio Chaves), e o "Funeral de um Rei Nagô" (Hekel Tavares e Murilo Araújo). No lado B, tocando violão e acompanhada de viola e sanfona, interpretou "Maria Julia", tema tradicional recolhido por ela mesma, "Viola Quebrada" (Mário de Andrade), "Minêro Tá Me Chamano", tema tradicional adaptado por Zé do Norte, e "Tirana de Vila Nova", outro tema tradicional recolhido por Waldemar Henrique. Ainda em 1955, participou, como atriz e cantora, do Festival de Punta Del Leste, no Uruguai.

Em 1956, lançou o LP  "Danças Gaúchas" no qual, acompanhada pelo Grupo Folclórico de Barbosa Lessa, Luis Gaúcho, na sanfona e Titulares do Ritmo no coral, interpretou os temas tradicionais "Levante", "Tirana do Lenço", "Pezinho", "Quero Mana", "O Anu", "Balaio", "Maçanico", "Chimarrita Balão" e "Meia-Cana Serrana", todas com adaptação de Barbosa Lessa e Paixão Cortes, além da "Rancheira de Carreirinha" (Barbosa Lessa). Juntamente ao disco, foi lançado, pela Editora Vitale, o "Manual de Danças Gaúchas", de Barbosa Lessa e Paixão Côrtes. No mesmo ano, lançou, pela gravadora Copacabana, o LP "Lá vem o Brasil", no qual, acompanhado-se ao violão, interpretou "Lá Vem o Brasil" (Nelson Ferreira e Rafael Peixoto), "Berceuse da Onda" (Oscar Lorenzo Fernández e Cecília Meireles), "O Carreteiro" (Barbosa Lessa), "Temporal" (Paulo Ruschell), "Sertão de Areia Seca" e "Rede da Sinhá" (Leyde Olivé), "Galope à Beira Mar" (Luiz Vieira), e "Cantilena", tema tradicional adaptado por Sodré Viana, e recolhido por Villa-Lobos. Ainda em 1956, a  RCA Victor lançou o LP "Coisas Do Meu Brasil", uma coletânea com as interpretações de Estatutos de Gafieira, de Billy Blanco, "Na Fazenda do Ingá" (Zé do Norte), o tema tradicional "Meu Casório", "Isto é Papel, João" (Paulo Rushell), a "Moda da Pinga (Marvada Pinga)" (Laureano), "Mestiça" (Gonçalves Crespo), "Iemanjá" (Nelson Ferreira e Luis Lima), e o tema tradicional "Pregão da Ostra", com adaptação de J. Prates. Recebeu o Prêmio Roquete Pinto, conferido pela crônica paulista como a melhor intérprete de música popular brasileira. Também no mesmo ano, publicou o livro "Roteiro de um Violão". Seus trabalhos ficaram conhecidos por Jean Louis Barrault, Marian Anderson, Vittorio Gasmann e Roberto Inglês, que, de passagem pelo Brasil, levaram seus discos para a Europa, onde obtiveram divulgação em diversas emissoras. Finalmente, em 1956, fez recitais em teatros como convidada oficial dos governos do Uruguai e do Paraguai.


Em 1957, participou do espetáculo "Ritmos e Cores", que deslumbrou plateias do Rio de Janeiro e São Paulo, no qual cantava, enquanto o grupo Jograis de São Paulo apresentava poesias e ao mesmo tempo, eram apresentados slides coloridos de Durval Rosa Borges. Nesse mesmo ano, segundo informações constantes na contra capa do LP "Vamos Falar de Brasil":

"Aproveitando suas férias, saiu espetacularmente de São Paulo num jipe e enfrentando chuva, lama e incríveis hotéis 'folclóricos' dos sertões de Minas e da Bahia, recolheu motivos deliciosos para enriquecer ainda mais o seu já vastíssimo repertório e, assim, retribuir, de alguma forma, o carinho de seus fãs sempre presentes".

Na época, havia sido convidada para estrelar o longa metragem "Jovita" que seria produzido pela Companhia Vera Cruz, que ficava na cidade paulista de São Bernardo onde também estava sendo lançado o primeiro veículo utilitário comercial do Brasil o jipe Willys. O presidente da empresa lhe emprestou o jipe para que pudesse realizar suas pesquisas pelo Brasil afora. A Companhia Vera Cruz resolveu fazer parte do empreendimento e pintou na lateral do carro o nome "Jovita", para promover o filme, que no entanto, não chegou a ser filmado.  Acompanhada do cunhado Maurício Barroso e do amigo Nelson Camargo, percorreu quase todo o Nordeste, antecipando a volta quando foi avisada que ganhara o Prêmio Roquette Pinto e precisava voltar para recebê-lo. Recebeu o Prêmio Roquette Pinto de melhor cantora da televisão, o Prêmio Guarani do Disco, como melhor cantora de folclore, e foi escolhida várias vezes como a melhor da semana em televisão, rádio, disco e teatro com a temporada de "Os Jograis de São Paulo e Inezita", além de receber a Medalha de Honra ao Mérito da Associação Paulista de Imprensa. No mesmo ano, gravou apenas um disco, em 78 rpm, com as composições "No Bom do Baile" (Barbosa Lessa), e "Nhô Leocádio" (Hervé Cordovil).

Em 1958, gravou o LP "Vamos Falar de Brasil", no qual, com arranjos de Hervé Cordovil e com acompanhamento do Regional do Miranda e da Orquestra e Coro da Rádio Record, sob direção de Hervé Cordovil, e com ela ao violão, interpretou "Retiradas" (Osvaldo de Souza), inspirado em motivo de aboio nordestino, "Peixe Vivo", motivo tradicional mineiro recolhido e adaptado por Rômulo Paes e Henrique de Almeida, "Engenho Novo", tema tradicional nordestino adaptado por Hekel Tavares"Zabumba de Nego", um jongo de Hervé Cordovil, "Lampião de Gás" (Zica Bergami), um de seus maiores sucessos, "Ismália", poema de Alphonsus de Guimarães musicado por Capiba, "Festa do Congado" (Juraci Silveira), "Temporal" (Paulo Ruschell), "Luá Luá", uma cantiga de feira de autoria de Catulo de Paula, a modinha  "Azulão" (Jaime Ovalle e Manuel Bandeira), "Seresta" (Georgina Erismann), e a "Moda da Pinga (Marvada Pinga)" (Laureano), talvez sua gravação de maior êxito. Ainda em 1958, gravou o LP "Inezita Apresenta", no qual cantou composições de Babi de Oliveira, Juraci Silveira, Zica Bergami, Leyde Olivé e Edvina de Andrade, do folclore paulista, mineiro e baiano. Desse disco, que contou com arranjos de Hervé Cordovil e acompanhamento da Orquestra e Coro da Rádio Record sob direção de Hervé Cordovil, com participação dos Titulares do Ritmo e Regional do Miranda, fizeram parte o tema de congada "Rainha Ginga", o batuque paulista "Batuque", e o samba-choro "Recado", os três de Leyde Olivé, o "Cateretê", a moda-de-viola "Conversa de Caçador" e a toada "O Carro Tombou", de Edvina de Andrade, o "Lamento", com arranjos para vozes de Francisco Nepomuceno de Oliveira, a toada "Adeus Minas Gerais" e "Sôdade da Loanda", da mineira Juraci Silveira, "O Batateiro" e "Chuvarada", de Zica Bergami, esta última, com arranjos vocais de Francisco Nepomuceno de Oliveira, além de "Seresta da Saudade" e o canto de trabalho "Caboclo do Rio", ambas de Babi de Oliveira, e "Maria Macambira" (Babi de Oliveira e Orádia Oliveira). Também em 1958, participou do LP "Cinco Estrelas Apresentam Inara", da gravadora Copacabana, com obras da compositora Inara. Nesse disco interpretou "Congada" e "É Iemanjá". No mesmo ano, participou do filme "O Preço da Vitória", de Oswaldo Sampaio, interpretando a canção "De Papo Pro Ar" (Joubert de Carvalho e Olegário Mariano).

Em 1959, lançou o LP "Canto da Saudade", que contou com arranjos, orquestra e coro de Hervé Cordovil e participação dos Titulares do Ritmo. Nesse LP interpretou "Canto da Saudade" (Alberto Costa), com arranjo de Gabriel Migliori, a "Cantiga (Vela Branca)" (Lina Pesce e Adelmar Tavares), com arranjo de Francisco Nepomuceno, a toada "Fiz a Cama na Varanda" (Dilu Melo e Ovídio Chaves), a canção "Na Serra da Mantiqueira" (Ary Kerner Veiga de Castro), a "Modinha" (Jaime Ovalle e Manuel Bandeira), com a cantora acompanhando-se ao violão, o samba "Na Baixa do Sapateiro" (Ary Barroso), a toada "Luar do Sertão" (João Pernambuco e Catulo da Paixão Cearense), a toada "Maringá" (Joubert de Carvalho), com arranjo à capela de Francisco Nepomuceno, "De Papo Pro Ar" (Joubert de Carvalho e Olegário Mariano), a canção "Sodade Ruim" (Georgette Cutait e Diva Jabor), o motivo tradicional "Meu Limão, Meu Limoeiro", com adaptação de José Carlos Burle, e a canção "Sussuarana" (Hekel Tavares e Luís Peixoto).


Em 1960, gravou, de Mariano da Silva e Cornélio Pires, a moda de viola "Moda do Bonde Camarão", que se tornou outro grande sucesso de sua carreira, e "Moda da Onça", do folclore  recolhido por ela. No mesmo ano, lançou o LP "Eu me Agarro na Viola", no qual, acompanhando-se à viola e ao violão, interpretou "Eu me Agarro na Viola (Tirana de Vila Nova)", uma cantiga de vaqueiro da Bahia, recolhida por Waldemar Henrique, "Urutáu" (Lamartine Paes de Barros Machado), a "Canção da Guitarra" (Marcelo Tupinambá e Aplecina do Carmo), "Meu Baralho" (Edvina de Andrade), "A Troco de Que" (Luiz Vieira), "Moda da Mula Preta" (Raul Torres), a "Moda do Bonde Camarão" (Mariano da Silva e Cornélio Pires), "A Voz do Violão", clássico de Francisco Alves e Horácio Campos, "Moda da Onça", motivo tradicional adaptado por ele mesma, "Boi Amarelinho" (Raul Torres), e "Leilão" (Hekel Tavares e Joracy Camargo). Ainda em 1960, voltou ao Uruguai para apresentar-se no I Festival Sul-Americano de Folclore, na cidade de Salinas, sendo considerada a melhor apresentação de todas, recebendo um troféu como homenagem.

Em 1961, foi lançado pela gravadora Copacabana o LP "Inezita Barroso Interpreta Danças Gaúchas" com as oito músicas gravadas por ela no LP "Danças Gaúchas", de 1955, acrescidas de "Tatu" (Barbosa Lessa e Paixão Cortes), e "No Bom do Baile" (Barbosa Lessa), contando com orquestra e arranjos de Hervé Cordovil. Na contra capa desse LP, assim escreveu, provavelmente Barbosa Lessa ou Paixão Cortes, uma vez que o texto não recebeu assinatura:

"Artisticamente, as danças gaúchas entraram na fase de competir com os bailados regionais de outros países, divulgados em categoria profissional. Precisam as danças gaúchas, portanto, se aparelharem o melhor possível para essa dura concorrência artística. Para este embate diante do exigente público, é que se destina o novo 'Danças Gaúchas'. O acordeão, a rabeca e o violãozinho foram deixados de lado para que entrassem os instrumentos que animam as orquestras internacionais. Ao som dessa música, os bailarinos podem convocar coreógrafos profissionais, pois há todo um mundo de sugestões rítmicas para inspirar as mais ousadas 'marcações'. Tudo é novo. Um único elemento permanece, todavia, relacionando aquele disco regional com este outro em roupagem internacional: a admirável voz de uma artista brasileira, capaz de identificar-se com o que há de mais puro e ingênuo em nosso folclore e, simultaneamente, comover a uma exigente plateia estrangeira em noite de gala - Inezita Barroso".

No mesmo ano de 1961, lançou o LP "Inezita Barroso", no qual interpretou "Sertão de Areia Seca" (Leyde Olivé), "Tamba-Tajá" (Waldemar Henrique), "Roda Carreta" (Paulo Ruschell), "Na Minha Terra Tem" e "Casa de Caboclo", ambas de Hekel Tavares e Luis Peixoto, "Carreteiro" (Barbosa Lessa), "Viola Quebrada" (Mário de Andrade), "Maria Julia", tema tradicional, "Minêro Tá Me Chamano", adaptação de Zé do Norte para um tema tradicional, "Galope à Beira Mar" (Luiz Vieira), e "Moleque Vardemá" (Billy Blanco).

Em 1962, pelo selo Sabiá/Copacabana, gravou o LP "Clássicos da Música Caipira", LP que seria relançado em 1968, pelo selo Beverly, e, em 1969, pelo selo Som. Nesse disco, interpretou as modas-de-viola "Chico Mineiro" (Tonico e Francisco Ribeiro), e "Sertão do Laranjinha" (Capitão Furtado), Tonico & Tinoco, as toadas "Boi de Carro" (Anacleto Rosas JúniorTinoco), "Pingo D'água" (Raul Torres e João Pacífico), e "Tristeza do Jeca" (Angelino de Oliveira), os  cateretês "Amor Impossível" (Anacleto Rosas Júnior), e "Vae Torna Vortá", de domínio público, as modas campeiras "Cavalo Preto" (Anacleto Rosas Júnior), "Baldrama Macia" (Arlindo Pinto e Anacleto Rosas Júnior), o recortado mineiro "Boiadeiro Apaixonado" (Raul Torres e Geraldo Costa), o arrasta pé "Mineirinha" (Raul Torres), e o valseado "Do Lado Que o Vento Vai" (Raul Torres). No mesmo ano, lançou o LP "Recital", no qual cantou os temas tradicionais "Cantilena", recolhida por Sodré Viana e Villa-Lobos, "Nhapopé", tema folclórico adaptado por ela, "Temas de Capoeira", "Prenda Minha", da música tradicional gaúcha, "Caninha Verde", música tradicional mineira, e "Tayeiras", além das canções "Uirapuru", "Boi Bumbá" e "O Que Ouro Não Arruma", as três de Waldemar Henrique, "Chove Chuva" (Hekel Tavares e Ascenso Ferreira), "Areia do Mar" (Orádia Oliveira e Babi de Oliveira), e "Três Pontos de Santo" (Jaime Ovalle e Manuel Bandeira). Ainda em 1962, saiu da Record e começou a enfrentar dificuldades para fazer gravações, em virtude da manutenção intransigente de uma linha de trabalho da qual não abriu mão. Mesmo gravando menos do que poderia e deveria, continuou lançando discos.


Em 1963, gravou com a Banda da Força Pública do Estado de São Paulo, sob a direção do maestro Capitão Alcides J. Degobbi, com produção de Hervé Cordovil, o LP "A Moça e a Banda - Inezita Barroso e a Banda da Força Pública do Estado de São Paulo", no qual interpretou o hino "Cisne Branco (Canção do Marinheiro)" (Antônio Manoel do Espírito Santo e Benedito Xavier de Macedo), o "Hino à Bandeira" (Francisco Braga e Olavo Bilac), o "Hino do Estudante Brasileiro" (Paulo Barbosa, Aldo Taranto e Raul Roulien), o "Hino do C F A" (Alcides Jacomo Degobbi e Edgar Pimentel Resende), "Hino da Independência" (Dom Pedro I e Evaristo Ferreira da Veiga), "Hino à Mocidade Acadêmica" (Carlos Gomes e Bittencourt Sampaio), e o "Hino da Proclamação da República" (Leopoldo Miguez e Medeiros e Albuquerque), as canções "Canção do Expedicionário" (Spartaco Rossi e Guilherme de Almeida), a "Canção do Soldado", de autor desconhecido, além do dobrado "Avante Camaradas" (Antônio Manuel do Espírito Santo). Nesse período de mudanças na música popular brasileira, pensou em largar a carreira artística e virar bibliotecária e professora. Irritada por perder os patrocínios para seu programa de televisão queimou os originais de seu estudo "Roteiro de um Violão". Por essa época, começou a dar aulas particulares de violão. Somente voltou a gravar três anos depois quando lançou o LP "Vamos Falar de Brasil, Novamente", no qual, com arranjos de Guerra Peixe, e acompanhada de Orquestra, Coral e Regional de Caçulinha, cantou "Cais do Porto" e "Nação Nagô" (Capiba), "Palavra de Peão", tema tradicional recolhido por Francisco de Assis Bezerra de Menezes, "Festa de Ogum" (Babi de Oliveira), "Burro Chucro" (Francisco de Assis Bezerra de Menezes), "Serenata" (Martins Fontes e Mary Buarque), "Soca Pilão", tema tradicional adaptado por José Roberto e J. Prates, "Maracatu Elegante" (José Prates), "Oração do Guerreiro" (Hekel Tavares e Luís Peixoto), "Piaba", tema tradicional adaptado por ela, "Peixinho do Mar", tema tradicional recolhido por Babi de Oliveira e Orádia Oliveira, e "Dança Negra" (Hekel Tavares e Sodré Viana).

Em 1966, interpretou a "Cantiga (Vela Branca)" (Lina Pesce e Adelmar Tavares), para o LP "Lina Pesce - Seus Grandes Sucessos", da gravadora Copacabana, contando ainda com nomes como Agnaldo Rayol, Elizeth Cardoso, Sivuca e Altamiro Carrilho, entre outros.

Em 1968, foi lançada a coletânea "O Melhor de Inezita", com clássicos de seu repertório como "Funeral de um Rei Nagô" e "Banzo" (Hekel Tavares e Murilo Araújo), "Rainha Ginga" (Leyde Olivé), a "Berceuse da Onda" (Oscar Lorenzo Fernández) com letra de Cecília Meireles, "Canto da Saudade" (Alberto Costa), "Lampião de Gás" (Zica Bergami), "Moda da Pinga (Marvada Pinga)" (Laureano), "Ô Luá, Ô Luá" (Catulo de Paula), "Viola Quebrada" (Mário de Andrade), "Cantilena", adaptação de Sodré VianaVilla-Lobos, "Maria Julia", tema tradicional, e "Cisne Branco (Canção do Marinheiro)" (Antônio Manoel do Espírito Santo e Benedito Xavier de Macedo).

Em 1969, gravou o LP "Recital Nº 2" com as músicas "Mestiça", adaptação de João Portaro sob poema de Gonçalves Crespo, "Coco Verde" (José Prates), "Morena Morena" (Francisco Mignone), "Canção Marinha" (Marcelo TupinambáMário de Andrade), "Benedito Pretinho" (Hekel Tavares e Olegário Mariano), "Falua" e "Jangada" (João de Barro e Alberto Ribeiro), "Trem de Alagoas" (Waldemar Henrique e Ascenso Ferreira), "Curupira" e "Hei de Seguir Teus Passos" (Waldemar Henrique), "Abôio" (Babi de Oliveira e Geraldo de Ulhôa Cintra), e "Dança Cabocla" (Hekel Tavares).

Em 1970, lançou o LP "Modinhas" interpretando as seguintes modinhas "Foi Numa Noite Calmosa" (Luciano Gallet), "O Gondoleiro do Amor" (Castro Alves e Salvador Fábregas), "Modinha" (Villa-Lobos e Manuel Bandeira), "Casinha da Colina", tema tradicional adaptado por Pedro de Sá Pereira e Luis Peixoto, "Último Adeus de Amor" e "Roseas Flores da Alvorada" (Mário de Andrade), "Nhapopé", tema tradicional, "Canção da Felicidade" (Barroso Neto e Nosor Sanches), "Coração Perdido", adaptação de Mário de Andrade, "Conselhos" (Carlos Gomes), "Hei de Amar-te Até Morrer", adaptação de Mário de Andrade, e "A Casa Branca da Serra" (Guimarães Passos). No mesmo ano, lançou compacto simples com as composições "Corinthians Meu Amor" (Idibal e Laura Maria), e "Festa no Coreto" (Gilda Brandi). Ainda em 1970, produziu para uma firma norte-americana um documentário que representou o Brasil na Exposição 70, no Japão, com cenas da música popular brasileira sendo exibido em 118 canais em todo o mundo. Também nesse ano, voltou às telas do cinema participando do documentário "Isto é São Paulo", que traçou a história da cidade desde sua fundação até aquele período. Ela fez a narração do filme acompanhada pelos Jograis. Nos anos 1970, dedicou-se a viajar, realizando pesquisas musicais, além de realizar recitais pelo interior do país e fazer gravações para programas especiais para diversos países, entre os quais, União Soviética, Israel e Estados Unidos.


Em 1972, dez anos depois do primeiro, lançou o segundo volume dos "Clássicos da Música Caipira", no qual interpretou, "Rio de Lágrimas" (Piraci, Lourival dos Santos e Tião Carreiro), "Saudades de Matão" (Jorge Galati e Raul Torres), "O Amor é Firme", tema tradicional adaptado por Inezita Barroso, "Campo Grande" (Raul Torres), "Poeira" (Luis Bonan e Serafim Colombo Gomes), "Moda do Bonde Camarão" (Mariano da Silva e Cornélio Pires), "Divino Espírito Santo" (Torrinha e Canhotinho), "Peão Bicharedo" (Francisco de Assis Bezerra de Menezes), "Chitãozinho e Chororó" (Serrinha e Athos Campos), "Rei do Café" (Teddy Vieira e Carreirinho), "Destinos Iguais" (Capitão Furtado e Laureano), e "O Menino da Porteira" (Teddy Vieira e Luisinho). Ainda em 1972, foi lançada pela Copacabana a coletânea "Inezita Barroso", com algumas de suas gravações mais representativas, tais como "Engenho Novo", tema tradicional adaptado por Hekel Tavares, "Lampião de Gás" (Zica Bergami), e "Moda da Pinga (Marvada Pinga)" (Laureano).

Em 1974, gravou um compacto simples com as músicas "Tô Como o Diabo Gosta" (Bráulio de Castro e José Wilson), e "1900 e Nada" (Léo Karan e Gilberto Karan).

Em 1975, lançou dois LPs. O primeiro, "Modas e Canções", no qual interpretou "Luar do Sertão" (João Pernambuco e Catulo da Paixão Cearense), "De Papo Pro Ar" (Joubert de Carvalho e Olegário Mariano), "Maringá" (Joubert de Carvalho), "A Voz do Violão" (Francisco Alves e Horácio Campos), "Prenda Minha", música tradicional gaúcha, "Fiz a Cama na Varanda",(Dilu Melo e Ovídio Chaves), "Pingo D'água" (Raul Torres e João Pacífico), "Tristeza do Jeca" (Angelino de Oliveira), "Cavalo Preto" (Anacleto Rosas Júnior), "Meu Limão, Meu Limoeiro", tema tradicional adaptado por José Carlos Burle, "Azulão" (Jaime Ovalle e Manuel Bandeira), e "Festa de Ogum" (Babi de Oliveira). O segundo LP lançado nesse ano se chamou "Inezita em Todos os Cantos", no qual interpretou pontos de candomblé, sambas anônimos do Rio de Janeiro e Niterói, números folclóricos de Mato Grosso. Estão nesse LP as composições "Pontos de Ogum (Temas de Candomblé)", recolhidos por Alceu Maynard Araújo, Roberval e por ela mesma, "Rosa", música tradicional matogrossense, "Seleção de Sambas", recolhidos no Rio de Janeiro e Niterói, "Temas de Cururús", recolhido em Piracicaba, SP, "Seleção de Maracatus", músicas tradicionais pernambucanas recolhidas por Irmãos Valença, Solano Trindade e J. Ayres, "É a Ti Flor do Céu", tema tradicional recolhido em Diamantina, MG, "Negrinho do Pastoreio" (Barbosa Lessa), "Divisão do Boi", música tradicional nordestina recolhido por Zé do Norte, "Amo Te Muito", tema tradicional recolhido em Ouro Preto, MG, "Capoeira do Salomão", música tradicional baiana, "Marabá", tema de garimpeiros do Pará, recolhido e adaptado por José Mauro de Vasconcellos, "Vô Deitá no Colo Dela", música tradicional mineira, e "Asa Branca" (Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira).

Em 1977, foi lançada a coletânea "Seleção de Ouro - Inezita Barroso".

Em 1978, gravou o LP "Jóia da Música Sertaneja" interpretando doze clássicos da música sertaneja, entre modas-de-viola, toadas, cateretês e pagodes, como "Mágoa de Boiadeiro" (Nonô Basílio e Índio Vago), "Paineira Velha" (José Fortuna), "Azul Cor de Anil" (Arlindo Santana), "Colcha de Retalhos" (Raul Torres), "Canoeiro" (Zé Carreiro), "Que Linda Morena" (Raul Torres), "Burro Picaço" (Anacleto Rosas Júnior), "Perto do Coração" (Raul Torres e João Pacífico), "Os Três Boiadeiros" (Anacleto Rosas Júnior), "Pagode em Brasília" (Teddy Vieira e Lourival dos Santos), "Cabocla Tereza" (João Pacífico e Raul Torres), e "Vingança do Chico Mineiro" (Tonico e Sebastião de Oliveira). Nesse ano, fez uma aparição no filme "Desejo Violento", de Roberto Mauro.

Em 1979, lançou, com Evandro do Bandolim, o LP "Inezita Barroso e Evandro e Seu Regional", trazendo as músicas "Ronda" (Paulo Vanzolini), "Último Desejo" (Noel Rosa), "Solavanco" (Evandro do Bandolim), "João Valentão" (Dorival Caymmi), "Chorinho Serenata" (Sivuca), "Castigo" (Dolores Duran), "Bodas de Prata" (Evandro do Bandolim), "Perfil de São Paulo" (Francisco de Assis Bezerra de Menezes), "Recordando Garoto" (Lúcio França), "Chão de Estrelas" (Sílvio Caldas e Orestes Barbosa), "Carinhoso" (Pixinguinha e João de Barro), "Pirilampo" (Oscar Bellandi e Nelson Miranda), "Quem Há de Dizer" (Lupicínio Rodrigues e Alcides Gonçalves), e "Segura Paes Leme" (Luperce Miranda).


Em 1980, lançou o LP "Joia da Música Sertaneja Nº 2" com os clássicos "Piracicaba" (Newton de Almeida Mello), "O Que Tem a Rosa" (Serrinha), "Travessia do Araguaia" (Dino Franco e Décio dos Santos), "Velho Candieiro" (José Rico e Duduca), "Siriema" (Mário Zan e Nhô Pai), "O Berrante de Madalena" (Faísca), "Barbaridade" (Walter Amaral), "João de Barroro" (Teddy Vieira e Muibo Cury), "História de um Prego" (João Pacífico), "Jorginho do Sertão" e "Oi, Vida Minha" (Cornélio Pires), e "Ferreirinha" (Carreirinho).

A partir de 1980, começou a apresentar, ao lado de Moraes Sarmento, o programa "Viola Minha Viola", aos domingos, pela TV Record de São Paulo. Por essa mesma época, realizou recitais e conferências pelo Brasil, além de apresentar-se com Oswaldinho do Acordeon em shows do Projeto Pixinguinha.

Entre 1980 e 1987, foi professora de Folclore no Conservatório de Pouso Alegre, Minas Gerais.

Em 1985, foi homenageada pela Escola de Samba Oba-Oba, de Barueri, em São Paulo, que cantou sua vida e obra em enredo de carnaval. Na mesma época, após cinco anos sem gravar, lançou, pelo selo independente Líder, o LP "Inezita Barroso: A Incomparável", cujo repertório foi escolhido pelos fãs. Fizeram parte desse disco as músicas "Vida Marvada" (Almirante e Lúcio Mendonça Azevedo), "Piazito Carreteiro" (Luiz Menezes), "Juazeiro" (Osvaldo de Souza), "Guacira" (Hekel Tavares e Joracy Camargo), "História Triste de Uma Praieira (Jangadeiro)" (Adelmar Tavares e Stefana de Macedo), "Chuá-Chuá" (Pedro de Sá Pereira e Ary Pavão), "Bolinho de Fubá" (Edivina de Andrade), "Querer Bem Não é Pecado" (Oswaldo de Souza), "É Doce Morrer no Mar" (Dorival Caymmi e Jorge Amado), e "Ontem ao Luar" (Catulo da Paixão Cearense e Pedro de Alcântara). Após o lançamento desse LP, como se recusava a gravar utilizando teclados eletrônicos, ficou onze anos sem gravar discos solos, apenas gravando esporadicamente em participações especiais.

Em 1988, participou do LP "Festas Juninas - Sucessos de Mário Zan com Bandinha e Coro", da Brasidisc, interpretando "Verdadeira Quadrilha" (Mário Zan). No mesmo ano, passou a apresentar na Rádio USP, da Universidade de São Paulo, o programa "Mutirão", no qual realizou memoráveis entrevistas, entre as quais com Patativa do Assaré, última dele antes de falecer, e Antenógenes Silva.

A partir de 1990, e durante nove anos, apresentou na Rádio Cultura AM o programa "Estrela da Manhã", das 5:00 às 7:00 horas da manhã.

Em 1991, fez participação especial em dois discos. No compacto duplo "Canção da Avenida Paulista" interpretou a música título de Mário Albanese e Geraldo Vidigal. Já no LP "Lamento Sertanejo", lançado por Jair Rodrigues, interpretou "Velho Pilão" (Jacobina e Jair Amorim).

Em 1992, apresentou-se no Teatro do Sesc, em São Paulo, ao lado da violeira Helena Meirelles e da dupla Pena Branca & Xavantinho.

Em 1993, a gravadora Copacabana lançou o primeiro CD da cantora, a coletânea "Alma Brasileira", com algumas de suas grandes interpretações.

Em 1995, interpretou "Boiadeiro Errante" (Teddy Vieira), para o LP "Áurea Fontes e Orquestra Violeiros de Ouro", uma produção independente.


Em 1996, gravou com o violeiro Roberto Corrêa, pela RGE, o CD "Voz e Viola", no qual interpretou, "Felicidade" (Lupicínio Rodrigues), "Flor do Cafezal" (Luis Carlos Paraná), "Fiz Uma Viagem" (Dorival Caymmi), "Perfil de São Paulo" (Bezerra de Menezes), "Peixe Vivo", do folclore mineiro, adaptação de Rômulo Paes e Henrique de Almeida, "Tamba-Tajá" (Waldemar Henrique), "Chalana" (Mário Zan e Arlindo Pinto), "Pagode em Brasília" (Teddy Vieira e Lourival dos Santos), "Prece ao Vento" (Gilvan Chaves, Alcyr Pires Vermelho e Fernando Lobo), "O Menino de Braçanã" (Armando Passos e Luiz Vieira), "Romaria" (Renato Teixeira), "Sussuarana" (Hekel Tavares e Luiz Peixoto), "Festa do Peão" (Bezerra de Menezes), "Lampião de Gás" (Zica Bergami), e "Moda da Pinga" (Ochelcis Laureano). No mesmo ano, gravou, de forma independente, com Izaías e Seus Chorões, o CD "Colhendo Pérolas da Obra Musical de Marcelo Tupinambá" no qual interpretou as composições "A Mesma Frase de Amor", "Rabicho", "Maricota Sai da Chuva", "Quem É?", "Canção de Amor", todas apenas de Marcelo Tupinambá, além de "Batuque" e "Balaio" (Marcelo Tupinambá e Sivan Castelo Neto), "Como da Primeira Vez" (Marcelo Tupinambá e Samuel de Mayo), "Quadras" (Marcelo Tupinambá e Vargas Neto), "Solidão" (Marcelo Tupinambá e Ribeiro Couto), "Pinto Pelado" e "Cabocla" (Marcelo Tupinambá e Arlindo Leal), "Canção Marinha" (Marcelo Tupinambá e Mário de Andrade), "Candonga" e "Linguinha de Cobra" (Marcelo Tupinambá e Ary Machado), "Canto Chorado" (Marcelo Tupinambá e F. Nascimento), "Viola Cantadêra" e "Canção da Guitarrada" (Marcelo Tupinambá e Aplecina do Carmo), "O Cigano" (Marcelo Tupinambá e João do Sul), e "O Passo do Soldado" (Marcelo Tupinambá e Guilherme de Almeida). Esse CD foi gravado ao vivo na cidade de Piracicaba, em espetáculo promovido pela Fundação de Estudos Agrários Luiz de Queiroz e/ou Cultura Artística de Piracicaba, sendo ainda lançado no mesmo ano em DVD independente.

Também com Roberto Correia, gravou o CD "Caipira de fato", em 1997,  interpretando "Caipira de Fato" (Adauto Santos), "Chico Mineiro" (Tonico e Francisco Ribeiro), "Adeus, Campina da Serra" (Cornélio Pires e Raul Torres), "Cuitelinho", tema folclórico mato-grossense adaptado por Paulo Vanzolini e Antônio Xandó, "Siriema" (Mário Zan e Nhô Pai), "A Coisa Tá Feia" e "A Viola e o Violeiro" (Tião Carreiro e Lourival dos Santos), "Benzim", adaptação de Roberto Corrêa, "Curitibana" (Tonico, Tinoco e Pirigoso), "Moda do Bonde Camarão" (Mariano da Silva e Cornélio Pires), De Papo Pro Ar" (Joubert de Carvalho e Olegário Mariano), "Oi, Vida Minha" (Cornélio Pires), "Burro Xucro" (Francisco de Assis), e "Roda Carreta" (Paulo Ruschel). No mesmo ano, recebeu o Prêmio Sharp de melhor cantora regional. Participou também com Mazinho Quevedo do espetáculo "Ao Som da Viola - A História de Cornélio Pires" gravado ao vivo no Teatro Municipal de Piracicaba e lançado em DVD independente.

Em 1998, participou juntamente com Zé Mulato & Cassiano, Paulo Freire e Pereira da Viola, do disco "Feito na Roça", de Bráz da Viola e Sua Orquestra de Violeiros, de São José dos Campos. Nesse CD interpretou "Encontro de Bandeiras" (Tavinho Moura e Xavantinho), "Lampião de Gás" (Zica Bergami), e "Rio de Lágrimas" (Tião Carreiro, Piraci e Lourival dos Santos).

Em 1999, lançou pelo selo CPC/UMES o CD "Sou Mais Brasil", interpretando, "Viola Enluarada" (Paulo Sérgio e Marcos Valle), "A Saudade Mata a Gente" (João de Barro e Antônio Almeida), "Isto é Papel, João" (Paulo Ruschel), "Cuitelinho", tema folclórico adaptado por Paulo Vanzolini e Antônio Xandó, "Nhapopé", tema folclórico com adaptação de Inezita Barroso, "Coco do Mané" (Luiz Vieira), "Procissão de Sexta-Feira Santa" (Paulinho Nogueira), "Ave Maria" (Erotides de Campos), "Segura Zé" (Israel Filho e Tiago Duarte), "Moda da Pinga" (Laureano), "No Bom do Baile" (Barbosa Lessa), "Pingo D'água" (Raul Torres e João Pacífico), "Meu Casório", tema folclórico, e "Lampião de Gás" (Zica Bergami). Nesse ano, participou do CD "Serenata na UMES - Gereba Convida", do selo CPC-UMES, interpretando o samba "Ronda" (Paulo Vanzolini).


Em 2000, pelo selo Inter CD lançou o CD "Perfil de São Paulo", gravado ao vivo com Izaias e Seus Chorões. Nesse CD interpretou "Ronda" (Paulo Vanzolini), "Serenata" (Martins Fontes e Mary Buarque), "Moda do Bonde Camarão" (Mariano da Silva e Cornélio Pires), "Viola Quebrada" (Mário de Andrade e Ary Kerner), "Canção da Guitarra" (Marcelo Tupinambá e Aplecina do Carmo), "A Moda dos Pau D'água", tema folclórico recolhido por ela e até então inédito, "O Batateiro" e "Lampião de Gás" (Zica Bergami), "Moda da Pinga" (Laureano), "Flor do Cafezal" (Luiz Carlos Paraná), e "Perfil de São Paulo" (Bezerra de Menezes). No mesmo ano, a EMI lançou o CD duplo "Bis Sertanejo - Inezita Barroso", uma coletânea com 28 interpretações suas. Ainda em 2000, participou do CD "Semente Caipira", do violeiro Pena Branca, lançado pelo selo Kuarup, interpretando o tema folclórico "Marcolino". Juntamente com o Coral Piracicabano e a Orquestra Sinfônica de Piracicaba, participou do espetáculo "Lendas do Brasil" gravado no Teatro Municipal de Piracicaba e lançado em DVD independente.

Em 2001, cantando o tema folclórico "Tirana da Rosa", participou do CD "Viola Ética", lançado por Pereira da Viola.

Em 2003, aos 78 anos e completando 50 anos de carreira, lançou seu octogésimo disco, o CD "Hoje Lembrando", pela gravadora Trama. O disco, produzido por Fernando Faro, e com arranjos do maestro Théo de Barros, autor de "Disparada" e "Menino das Laranjas", traz para a contemporaneidade itens marcantes de seu próprio repertório, como "Amo-te Muito" (João Chaves), "Tamba-Tajá" (Waldemar Henrique), "Modinha" (Villa-Lobos e Manuel Bandeira), "Guacira" (Hekel Tavares e Joracy Camargo), "A Voz do Violão" (Francisco Alves e Horácio Campos), "Leilão" (Hekel Tavares e Joracy Camargo), "Roda Carreta" (Paulo Ruschel), "Maria Macambira" (Babi de Oliveira e Orádia de Oliveira), "Cais do Porto" (Capiba), "Ismália" (Capiba e Alphonsus de Guimarães), e "Maricota Sai da Chuva" (Marcelo Tupinambá), além de duas composições inéditas de Paulo Vanzolini, os sambas "Bem Iguais" e "Recompensa". Continuando a apresentar o programa "Viola, Minha Viola", pela TV Cultura de São Paulo, já tornado referência da musicalidade de raiz.

Em março de 2004, passou a apresentar o programa diário "Minha Terra", pela Rádio América, em São Paulo, indo ao ar de segunda a sexta, das 6:00 às 7:00 hs e , aos domingos, às 17:00 hs, programa que durou até novembro daquele ano. Também em 2004,  recebeu o prêmio Rival BR, na categoria Atitude, com o CD "Hoje Lembrando", lançado no ano anterior, pela gravadora Trama. Ainda no mesmo ano sua gravação para a "Moda da Pinga" (Laureano), foi incluída no CD "Viola, Minha Viola - Clássicos da Música Caipira - Vol. 1", lançado pela TV Cultura/Atração. Também em 2004, recebeu das mãos do presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva a Ordem do Mérito Cultural, "por suas relevantes contribuições prestadas à cultura do país" conforme publicação do Diário Oficial.


Em 2005, o programa "Viola, Minha Viola" completou 25 anos no ar. As comemorações contaram com um programa especial que reuniu a maioria dos artistas que por ele passaram e tiveram nele apoio em suas carreiras. O programa contou também com diversos depoimentos de artistas e jornalistas, falando da importância e significado dele. Nessa ocasião, o "Viola, Minha Viola" aumentou sua duração para 1:30 hs aos sábados à noite, sendo reprisado em compacto de 1:00 hs aos domingos, pela manhã. No mesmo ano, foi lançado pelo selo Revivendo o CD "Inezita Barroso - Ronda" com 21 interpretações consagradas da cantora, entre as quais, a música título, de Paulo Vanzolini, "Redondo Sinhá", música folclórica recolhida por Luiz Carlos B. Lessa, "Benedito Pretinho / Meu Barco é Veleiro" (Hekel Tavares e Olegário Mariano), "Marvada Pinga" (Laureano), "Coco do Mané" (Luiz Vieira), "O Canto do Mar" (Guerra Peixe e José Mauro de Vasconcelos), "Na Fazenda do Ingá" (Zé do Norte), "Isso é Papel, João?" (Paulo Ruschell), "Roda a Moenda" (Haroldo Costa), "Dança de Caboclo" (Hekel Tavares e Olegário Mariano), "Mestiça" (Gonçalves Crespo), "Iemanjá" (Nelson Ferreira e Luiz Lima), e "Os Estatutos da Gafieira" (Billy Blanco). Ainda em 2005, foi lançado pela TV Cultura/Atração o CD "Viola, Minha Viola - Clássicos da Música Caipira - Vol. 2", que incluiu sua gravação de "Lampião de Gás" (Zica Bergami).

Em 2006, por sua dedicação à preservação da memória da cultura de raiz e ao folclore nacional, recebeu, da Secretaria de Cultura e Turismo da cidade paulista de Pirassununga, através do Decreto nº 3.155, de 12/07/2006, o título de Madrinha de Honra da Semana Nenete de Música Sertaneja, evento que ocorre desde 1995, em homenagem ao cantor e compositor Nenete, tendo como caráter a manutenção da memória das tradições culturais do mundo rural, em especial do interior de São Paulo. Nesse ano, apresentou-se no evento, reunindo um público de cerca de 10 mil pessoas. No mesmo ano, foi lançado pela Som Livre o CD "Trilhas Globo Rural - Inezita Barroso e Roberto Corrêa", com as gravações feitas por eles em 1996 e 1997.

Prestes a completar 83 anos e fazendo uma média  de cinco shows por mês, além do programa semanal "Viola, Minha Viola", na TV Cultura de São Paulo, em março de 2007, apresentou-se no Centro Cultural Banco do Brasil, no Rio de Janeiro, na série "Líricas e Populares", cantando com a cantora lírica Nize de Castro Tank, soprano perita na obra de Carlos Gomes, em duas sessões. No show, interpretou composições clássicas do cancioneiro caipira e sertanejo, como "Luar do Sertão" (Catulo da Paixão Cearense). As duas cantoras, de gêneros tão diferentes já haviam cantado juntas, de maneira informal, num pequeno flash, no Sesc de São Paulo, onde estavam sendo premiadas, cada uma na sua área. No show, as duas cantaram seu seu próprio repertório e, ao final, fizeram um dueto, com variações sobre "Luar do Sertão" e "Romaria", esta última, de Renato Teixeira. Ainda no mesmo ano, apresentou-se, pela segunda vez na Semana Nenete de Música Sertaneja, na cidade de Pirassununga, acompanhada de seu regional, o mesmo do programa "Viola, Minha Viola", liderado pelo violonista Joãozinho Barroso, cantando para um público emocionado que lhe fez coro em diversos momentos. Foi lançado pelo selo TV Cultura/Atração Fonográfica o DVD "Inezita Barroso - Programa Ensaio", gravado em 1991 e apresentando algumas de suas gravações mais representativas. Participou do DVD Independente "Ao Som da Viola - As Ideias e as Canções do Jeca Tatu", juntamente com os violeiros Marcos e Joãozinho, em espetáculo realizado no Teatro Unimep, de Piracicaba.


Em 2009, em plena atividade de pesquisa do folclore musical brasileiro, continuou revigorando o programa "Viola, Minha Viola", no qual, além de receber convidados e trazer ao ar artistas representativos da música regional e caipira, sempre brindou o público com interpretações de clássicos da música popular e regional, como em programa especial de junho desse ano, quando cantou "De Papo Pro Ar" (Joubert de Carvalho e Olegário Mariano), "Burro Picaço" (Anacleto Rosas Jr.), marcando essas canções com seu estilo. No mesmo ano, lançou, de forma independente, o CD "Sonho de Caboclo" interpretando "Boiadeiro Errante" (Teddy Vieira), "Cavalo Preto" (Anacleto Rosas Jr.), "Flor do Cafezal" (Luiz Carlos Paraná), "O Que Tem a Rosa" (Serrinha), "Colcha de Retalhos", "Mineirinha" e "Moda da Mula Preta" (Raul Torres), "Paineira Velha" (José Fortuna), "Rio de Lágrimas" (Tião Carreiro, Piraci e Lourival dos Santos), "Perto do Coração" (João PacíficoRaul Torres), "Siriema" (Mário Zan e Nhô Pai), "Caipira de Fato" e "Sonho de Caboclo" (Adauto Santos), "Conversa de Caçador" (Edivina de Andrade), e "Lampião de Gás" (Zica Bergami).

Com mais de 50 anos de carreira com grande reconhecimento do público como cantora, atriz e professora de folclore, carinhosamente referenciada pelos violeiros e artistas sertanejos em geral, dos mais antigos aos mais jovens, como "madrinha", em 2010, comemorou 30 anos do programa "Viola, Minha Viola", apresentando uma edição especial em cuja abertura interpretou "Cabocla Teresa" (João Pacífico e Raul Torres), com seu peculiar vigor e propriedade, acompanhada pelo já consagrado Regional do programa, liderado pelo violeiro Joãozinho. A escolha da composição ocorreu por esta ter sido a música de abertura da primeira edição do programa. Nessa edição festiva, Inezita Barroso recebeu convidados, na verdade, amigos de longa data, como As Galvão, o maestro Mário Campanha, Pedro Bento & Zé da Estrada, Liu & Léu, Léo Canhoto & Robertinho, Mococa & Paraíso, Zé Mulato & Cassiano, Craveiro & Cravinho, Lourenço & Lourival, todos participantes do programa, desde seus primeiros anos, além de artistas mais jovens como Gilberto & Gilmar, Irmãs Barbosa, Cézar & Paulinho e Daniel. Ainda em 2010, participou do show "Vamos Falar de Brasil - Homenagem a Alceu Maynard Araújo" com Joãozinho, Arnaldo Freitas e Grupo Catira Raiz de Piracicaba, realizado no Teatro Municipal de Piracicaba e lançado em DVD independente.

Em 2011, realizou participação especial no DVD "Alma Sertaneja", o segundo da carreira da dupla Cézar & Paulinho. No mesmo ano, a gravadora EMI Music, lançou a caixa "O Brasil de Inezita Barroso", com seis CDs, trazendo seus sete primeiros álbuns, gravados entre os anos de 1955 a 1962 na gravadora Copacabana. Com idealização, produção, textos e seleção de títulos de Rodrigo Faour, a caixa reuniu os LPs "Lá Vem o Brasil", "Vamos Falar de Brasil", "Inezita Apresenta", "Canto da Saudade", "Eu me Agarro na Viola" e "Danças Gaúchas". Também no mesmo ano, foi homenageada pelo jornalista Assis Ângelo com a publicação do livro "A Menina Inezita Barroso", dedicado ao público infanto juvenil.

Em 2012, participou com o Regional do Tico-Tico, que acompanha os artistas no programa "Viola, Minha Viola", do espetáculo "Clássicos da Música Caipira", realizado no Teatro Municipal Erotides de Campos, em, Piracicaba, SP, e lançado em DVD independente. No mesmo ano, foi publicado pela Imprensa Oficial de São Paulo, dentro da Coleção Aplauso o livro "Inezita Barroso: Com a Espada e a Viola na Mão", de Valdemar Jorge.


Em 2013, no Teatro Municipal Erotides de Campos, em Piracicaba, participou do espetáculo "Trajetória: Seis Décadas de Música Brasileira", cantando acompanhada pelo Regional do Tico-Tico, em show gravado ao vivo e lançado em DVD independente. No mesmo ano, foi lançado pela Editora 34 o livro "Inezita Barroso - A História de Uma Brasileira", de Arley Pereira. Também em 2013, foi lançado pela TV Cultura o DVD duplo "Inezita Barroso - Cabocla Eu Sou". No primeiro DVD, intitulado "Ao Vivo em São Paulo", a cantora apresentou-se acompanhada da Orquestra Fervorosa, gravação feita durante edição especial do programa "Viola, Minha Viola" e no qual ela interpretou "Engenho Novo" (Hekel Tavares), "Flor do Cafezal" (Luiz Carlos Paraná), "Guacyra" (Hekel Tavares e Joraci Camargo), "Festa de Ogum" (Baby de Oliveira), "Meu Limão, Meu Limoeiro" (José Carlos Burle), "Moda da Pinga" (Laureano), "Viola Quebrada" (Mário de Andrade e Ary Kerner), "Perfil de São Paulo" (Bezerra de Menezes), "Ronda" (Paulo Vanzolini), "Rio de Lágrimas" (Tião Carreiro, Lourival dos Santos e Piraci), "Pingo D'Água" (Raul Torres e João Pacífico) e "Lampião de Gás" (Zica Bergami). Já no DVD 2, foi feita uma compilação de apresentações suas ao longo de 60 anos de carreira com imagens de filmes e apresentações em diferentes programas de televisão, nos quais ela aparece interpretando as composições "Quem é?" (Marcelo Tupinambá), extraída do filme "Ângela" (1951), "Juízo Final" (Paulo Vanzolini), extraída do filme "Mulher de Verdade" (1954), "Lampião de Gás" e "O Batateiro" (Zica Bergami), "Soca Pilão", adaptação de José Roberto e J. Prates"Ronda" (Paulo Vanzolini), "Moda da Pinga (Marvada Pinga)" (Laureano), "Ismália" (Alphonsus de Guimarães e Capiba), "Cais do Porto" (Capiba), "Negrinho do Pastoreio" (Barbosa Lessa), e "Caboclo do Rio" (Babi de Oliveira), extraídas do especial "Música Brasileira", de 1969, o tema tradicional "Mocidade", "Cana Verde" (Tonico e Tinoco), e "Lampião de Gás" (Zica Bergami), extraídas do especial "Panorama" (1979), "Moda da Mula Preta" (Raul Torres), extraída do programa "Viola, Minha Viola" (1980), com participação de  Nonô Basílio, "Caipira de Fato" (Adauto Santos), extraída do programa "Viola, Minha Viola" (1992), com participação de Adauto Santos e Robertinho do Acordeon, "Chitãozinho e Chororó" (Serrinha e Athos Campos), extraída do programa "Viola Minha Viola" (2011), com participação da dupla Chitãozinho & Xororó, "Romaria" (Renato Teixeira), extraída do programa "Viola, Minha Viola" (2011), com participação de Renato Teixeira, e "Cabocla Tereza" (João Pacífico e Raul Torres), extraída do programa "Viola, Minha Viola" (2012), com participação do cantor Daniel.

Ao longo da carreira gravou quase uma centena de discos com cerca de 405 composições, sendo 29 discos em 787 RPM, com 53 músicas mais cinco regravações, 3 LPs de dez polegadas, com 26 músicas, em LPs de doze polegadas gravou 18 discos com 213 composições, finalmente, até 2014, lançou quinze CDs, com 98 novas gravações, isso sem contar as inúmeras coletâneas.

Fez apresentações na França, na antiga União Soviética, Itália, Estados Unidos, Israel, Paraguai e Uruguai, entre outros. Seu disco "Danças Gaúchas" é considerado por ela como um dos mais importantes de sua carreira, por ter sido incluído como material básico de estudo no currículo de muitas escolas brasileiras.

Uma das mais premiadas artistas brasileiras, recebeu inúmeros troféus e condecorações, sendo que nos anos 50 recebeu seis troféus Roquette Pinto, o que lhe valeu receber em 1960 o Roquette Pinto de Ouro sendo a partir de então considerada hors-concours.

Ficou conhecida como "A Rainha do Folclore" e é identificada com o que muitos definem como a "genuína música sertaneja". Por muitos críticos, é considerada uma das cinco cantoras mais importantes do Brasil, graças às suas centenas de gravações e sua firmeza e coragem em se manter sempre íntegra no seu repertório.

Morte

Inezita Barroso morreu na noite de domingo, 08/03/2015, aos 90 anos, vítima de insuficiência respiratória aguda, informou a assessoria do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. Inezita Barroso estava internada desde 19/02/2015 e completou 90 anos no último dia 04/03/2015. Ela deixou uma filha, Marta Barroso, três netas e cinco bisnetos.

Em dezembro de 2014, Inezita Barroso foi hospitalizada após cair dentro da casa em que estava hospedada em Campos do Jordão, no interior de São Paulo. Na ocasião, de acordo com o hospital, ela teria caído da cama e apresentava dores nas costas.

O velório da cantora ocorreu na segunda-feira, 09/03/2015, na Assembleia Legislativa de São Paulo. O velório foi aberto ao público após ficar reservado apenas para a família durante 30 minutos. O sepultamento aconteceu às 17:00 hs, no Cemitério Gethsêmani, no Bairro do Morumbi, Zona Sul da capital paulista.

Filmografia

  • 1951 - Ângela
  • 1953 - O Craque
  • 1953 - Destino em Apuros
  • 1954 - É Proibido Beijar
  • 1954 - Mulher de Verdade
  • 1955 - Carnaval em Lá Maior
  • 1956 - O Preço da Vitória
  • 1970 - Isto é São Paulo
  • 1978 - Desejo Violento

Discografia


  • 2013 - Inezita Barroso - Cabocla Eu Sou
  • 2011 - O Brasil de Inezita Barroso
  • 2009 - Sonho de Caboclo
  • 2006 - Trilhas Globo Rural - Inezita Barroso e Roberto Corrêa (Coletânea)
  • 2005 - Inezita Barroso - Ronda (Coletânea)
  • 2003 - Hoje Lembrando
  • 2001 - A Música Brasileira Deste Século Por Seus Autores e Intérpretes - Inezita Barroso
  • 2000 - Perfil de São Paulo - Ao Vivo Com Izaías e Seus Chorões
  • 2000 - Bis Sertanejo - Inezita Barroso (Coletânea)
  • 1999 - Raízes Sertanejas - Vol. 2 (Coletânea)
  • 1999 - Sou Mais Brasil
  • 1998 - Raízes Sertanejas (Coletânea)
  • 1997 - Caipira de Fato - Inezita Barroso e Roberto Corrêa
  • 1996 - Voz e Viola - Inezita Barroso e Roberto Corrêa
  • 1993 - Alma brasileira (Coletânea)
  • 1985 - Inezita Barroso, a Incomparável
  • 1980 - Joia da Música Sertaneja Nº 2
  • 1979 - Inezita Barroso Canta e Evandro no Choro
  • 1978 - Jóia da Música Sertaneja
  • 1977 - Seleção de Ouro - Inezita Barroso
  • 1977 - Moda da Pinga (Marvada Pinga) / Tristeza do Jeca / Lampião de Gás / Meu Limão, Meu Limoeiro
  • 1975 - Modas e Canções
  • 1975 - Inezita em Todos os Cantos
  • 1974 - Tô Como o Diabo Gosta / 1900 e Nada
  • 1972 - Clássicos da Música Caipira - Vol. II
  • 1972 - Inezita Barroso
  • 1970 - Corinthians Meu Amor / Festa no Coreto
  • 1970 - Modinhas
  • 1969 - Recital Nº 2
  • 1968 - O Melhor de Inezita
  • 1966 - Vamos Falar de Brasil, Novamente
  • 1963 - Cavalo Preto / Mineirinha
  • 1963 - A Moça e a Banda - Com A Banda da Força Pública do Estado de São Paulo
  • 1962 - Clássicos da Música Caipira - Vol. I
  • 1962 - Recital
  • 1962 - Nhô Leocádio / Prece a São Benedito
  • 1962 - Baldrana Macia / Pingo D'Água
  • 1961 - A Voz do Violão / Moda do Bonde Camarão
  • 1961 - Tatu / Pezinho
  • 1961 - Balaio / No Bom do Baile
  • 1961 - Inezita Barroso Interpreta Danças Gaúchas
  • 1961 - Coisas do Meu Brasil
  • 1961 - Inezita Barroso
  • 1960 - Moda do Bonde Camarão / Moda da Onça
  • 1960 - Eu me Agarro na Viola
  • 1959 - De Papo Pro Ar / Oi Calango Ê
  • 1959 - Fiz a Cama na Varanda / Meu Limão, Meu Limoeiro
  • 1959 - Canto da Saudade
  • 1958 - Lampião de Gás / Engenho Novo
  • 1958 - Vamos Falar de Brasil
  • 1958 - Inezita Apresenta - Babi de Oliveira, Juracy Silveira, Zica Bergami, Leyde Olivé, Edivina de Andrade
  • 1957 - No Bom do Baile / Nhô Locádio
  • 1956 - Danças Gaúchas
  • 1956 - Coisas do Meu Brasil
  • 1956 - Lá Vem o Brasil
  • 1956 - O Gosto do Caipira / Casa de Caboclo
  • 1956 - Chimarrita-Balão / Quero Nana
  • 1956 - Balaio / Maçarico
  • 1956 - Estatutos de Boate / Ser Mãe é Dureza
  • 1955 - Meu Casório / Nhá Popé
  • 1955 - Benedito Pretinho / Meu Barco é Veleiro / Na Fazenda do Ingá
  • 1955 - Dança de Caboclo / Maracatu Elegante
  • 1955 - Moleque Vardema / Prece à São Benedito
  • 1955 - Minero Tá Me Chamando / Minha Terra
  • 1955 - Inezita Barroso
  • 1954 - Estatutos da Gafieira / Soca Pilão
  • 1954 - Iemanjá / Pregão da Ostra
  • 1954 - Redondo Sinhá / Mestiça
  • 1954 - Taieiras/Retiradas
  • 1954 - Coco do Mané / Roda a Moenda
  • 1953 - Isto é Papel, João? / Catira
  • 1953 - O Canto do Mar / Maria do Mar
  • 1953 - Moda da Pinga / Ronda
  • 1951 - Funeral de um Rei Nagô / Curupira Canção Amazônica