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Marco Uchôa

MARCO ANTÔNIO UCHÔA
(36 anos)
Jornalista

* Ceará, (1969)
+ São Paulo, SP (23/11/2005)

Marco Uchôa foi um menino pobre, que deixou o Ceará para morar em São Paulo. Fez o colégio na Escola Dom Pedro I, em São Paulo, no bairro de São Miguel Paulista, vendeu balas nas esquinas e freqüentou uma instituição para crianças carentes. No Natal, Uchôa comandava uma ação solidária entre os colegas da TV Globo. Ele recolhia sacolinhas com presentes para quem teve uma infância parecida com a dele. 

Marco Uchôa formou-se nas Faculdades Integradas Alcântara Machado (FIAM). Seu primeiro trabalho foi aos 17 anos, na Folha de São Paulo. Atuou ainda no O Estado de São Paulo e foi colaborador da revista Marie Claire antes de seguir para a televisão.

Ao atuar como jornalista investigativo, Marco Uchôa fez, entre outras reportagens, uma que denunciou a fraude conhecida como "Dossiê Cayman", nas ilhas do Caribe.

Seu livro "Crack, O Caminho das Pedras", da Editora Ática, publicado em 1997, ganhou o Prêmio Jabuti como melhor livro-reportagem.

Na TV Globo, devido à semelhança de nomes, Marco Uchôa era confundido com outro repórter da emissora, Marcos Uchôa, correspondente em Londres, responsável por coberturas como a guerra no Iraque e o Tsunami. Apesar de nomes praticamente idênticos, eles não são parentes próximos.

Morte

Em 2003, Marco Uchôa descobriu ser portador de um agressivo tumor ósseo. Aos 34 anos, casado, pai de um filho e com uma carreira promissora - havia dez anos era repórter do "Fantástico" -, ele teve de parar. Lutou dois anos contra a doença. Suportou a quimioterapia, mais de 20 cirurgias, reaprendeu a andar, usou muletas.

O jornalista Marco Uchôa, morreu às 12:05hs de quarta-feira, dia 23/11/2005, em São Paulo, vítima de Câncer. Marco Uchôa estava internado no Hospital Alemão Oswaldo Cruz (HAOC), em São Paulo, desde o dia 7 de novembro de 2005. Ele estava em tratamento de osteossarcoma (tumor maligno nos ossos) há dois anos. Mais recentemente, o paciente enfrentava um quadro de metástases múltiplas ósseas e pulmonares.

Marco Uchôa trabalhava havia mais de dez anos na TV Globo, como repórter do "Fantástico". O jornalista, que além do programa "Fantástico", colaborava com "Jornal Nacional", "Globo Repórter" e com o canal Globo News. Marco Uchôa deixou mulher e um filho de 7 anos.

Quando morreu, aos 36 anos, deixou uma legião de amigos e um testemunho de rara coragem, na forma de um diário no qual registrou momentos de perplexidade, resgatou a importância do afeto dos que o cercavam e externou as coisas que queria que o filho soubesse. "É um diário feito com a alma de alguém que soube viver e morrer com idêntica dignidade", diz Anna Costa, mulher do jornalista por 15 anos. Leia, a seguir, trechos condensados dessa longa despedida, selecionados por Anna, sua esposa:

Primavera de 2003

Toca o celular. É Ana Holanda, mais uma amiga de Anna, minha mulher. Em menos de cinco minutos, o programa de domingo estava definido. É sempre assim. Mulheres são rápidas. Ana Holanda e a irmã, Patrícia, passariam o dia conosco. Muitas risadas, causos… Minha perna esquerda continuava do mesmo jeito. Dores constantes a ponto de impedir certos movimentos, principalmente os de abertura. Quase quatro meses de remédios, fisioterapia, acupuntura e poucos sinais de melhora. A preocupação era maior pelo fato de eu não poder mais correr, atividade física intensa que havia caído nas minhas graças. Nos últimos meses, as corridas nas manhãs de domingo e os treinos no meio de semana haviam sido suspensos.

Quando as irmãs foram embora, decidimos descansar. Não existe descanso sem água, sem banho. Victor, meu filho de 6 anos, foi primeiro, com todos os brinquedos possíveis, para dentro da banheira de nossa suíte. Só saiu dali para ficar enrolado numa toalha no meio de minha cama, de olho grudado no Fantástico. Chegou a minha vez. Abri o chuveiro, coloquei o pé direito dentro da banheira, mas o esquerdo, aos poucos, escorregou no tapete do banheiro. Aquela típica abertura de perna provocou muita dor e um grito seco imediato, estridente. Anna veio correndo da cozinha. Ao me ver naquele estado, chorando de dor, intimou: "Vamos para o hospital agora. Chega de sentir dor". Lembro a frase dela: "Não é possível você não melhorar depois de tantos remédios e todas essas sessões de fisioterapia e acupuntura. Tem alguma coisa errada…"

Seguimos para o pronto-socorro de um hospital, o mais próximo de casa. Victor levou brinquedos e a animação típica de um garoto. Ficha feita. O relógio marcava 10 horas da noite em ponto. O Fantástico seguia, com um cenário em homenagem à primavera. Vinte minutos depois, fui recebido com um sorriso por um médico plantonista japonês que, de bate-pronto, sacou a frase: "Você não é aquele repórter?" - "Sim, sou."

Ele pediu um raio X e sugeriu uma injeção para aliviar a dor. Quando a imagem foi revelada, tudo mudou. Não esqueço o espanto do médico e sua cara de preocupado com o que via: o osso esquerdo do púbis esfarelado. Qualquer um percebia por aquela imagem que havia um problema sério. Chamei Anna e não consegui disfarçar o impacto da notícia.

O médico, gaguejando, falava em inflamação ou em tumor no osso. Quando essa palavra foi pronunciada, fiz questão de traduzir - "Câncer?"

Ele preferiu pedir uma tomografia computadorizada. Os olhos de Anna, uma mulher forte e segura, estavam marejados. O pequeno Victor estava assustado. Fui obrigado a conter a emoção para não assustá-lo ainda mais. Fiquei sem chão por um tempo. Pensava como seria dali em diante. Como ficaria a minha Anna? E a educação do Victor, o meu bem maior? Minha vida, como seria? Naquela noite, Anna e eu ficamos grudados no meio da nossa enorme cama, como não fazíamos há tempos.

A Quimioterapia

A clínica de oncologia fica bem em frente ao Parque do Ibirapuera. Olho para as pessoas correndo e meu coração fica apertado. Será que um dia vou poder voltar a me exercitar desse jeito? Anna e eu entramos com o pé direito na clínica. Afinal, ali eu receberia as medicações que iriam combater o tumor e me devolver a saúde aos poucos, a cada novo frasco de soro com as substâncias químicas.

No consultório, o doutor Sérgio Petrilli, oncologista e diretor do GRAC , abriu a bolsa de couro e sacou vários artigos da internet e textos de simpósios de que seu grupo participara. Saí de lá confiante de que havia feito uma excelente escolha. Era uma sexta-feira e o tratamento já tinha data certa para começar: segunda-feira, dia 29 de setembro de 2003…

Outro Acidente

Outubro de 2003 - Minha mãe decidiu me acompanhar no tratamento. Fiquei feliz. Anna assumiu o volante. Ao fazer uma curva para a direita, olhei para trás e vi uma cena marcante. Minha mãe estava estranha. Passava mal. Fria, suada, com o rosto transformado.

Anna não teve dúvidas. Algo de errado com a saúde da Dona Sefisa, mulher forte, valente, que enfrentou inúmeras dificuldades para criar dois filhos na cidade grande. Tentei tranqüilizá-la, enquanto Anna se dirigia para o hospital mais próximo… Emergência. Minha mãe tivera um Acidente Vascular Cerebral (AVC). Não acreditei no que vi. Era uma carga pesada demais para nós. Por outro lado, pensei, isso poderia ter acontecido na casa dela. Teria sido muito pior, pois não estaríamos por perto… Uma frase me perseguia: "Não é possível! Não é possível! Não é possível!" Era.

O AVC atingiu um trecho grande do cérebro. Ela foi submetida a uma cirurgia para diminuir a pressão craniana. Foi direto para a UTI e passou pela semiintensiva até chegar a um quarto. Foram 21 dias de internação. Nauseado por causa das sessões de quimioterapia que começavam a dominar meu corpo, consegui visitá-la apenas duas vezes. Fiquei assustado com o que vi. Uma mulher pálida, careca, às voltas com o fantasma das seqüelas provocadas pelo AVC. Mexia pouco o braço direito. Falava com dificuldades. Não andava. Ela precisaria de acompanhamento permanente dali em diante. Home Care 24 horas, e na minha casa. Um time de enfermeiras para ficar com ela, ajudar no banho, dar os medicamentos… Foi duro acreditar que a rotina daquela casa sempre alegre e tranqüila havia se transformado tanto.

A Cirurgia

11 de janeiro de 2004. Mãos ao lado da maca e uma faixa apertada no pulso. A idéia era impedir que o paciente tentasse retirar o incômodo tubo que lhe garantia a respiração. Um homem preso a fios, eletrodos e máquinas para indicar o seu real estado de saúde. Os números eram acompanhados com atenção por um exército de homens e mulheres vestidos com uniforme azul na sala central de controle.

Enfermeiros, auxiliares, médicos da UTI do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo. Por mais que tentasse, eu não conseguia me mexer. Efeito das 14 horas de anestesia para a cirurgia que extirpara o tumor e colocara uma prótese em minha bacia. Conseguia, no máximo, mover os olhos. Deitado, a única visão possível era o respiro do ar-condicionado. Pelo reflexo no alumínio, lá no alto do teto, acompanhava o entra-e-sai. Foram quase dois dias nesse cenário. Por mais que tentem humanizar a UTI , a passagem por ela sempre deixa marcas profundas. Nem sempre no corpo, mas quase sempre na memória.

A primeira cena no quarto 1001: Anna colocara um cartaz na varanda: "Parabéns! Mais uma etapa vencida". Minha sogra, Venir, espalhara balões pelo quarto. Meu pequeno Victor trazia um desenho nas mãos - rabiscos coloridos sugeriam um passeio que fizemos à Praia do Espelho, na Bahia, um dos meus recantos preferidos. O quarto aos poucos foi humanizado. Numa mesa de canto, chocolates, flores, livros, CD s, porta-retratos. A idéia era trazer um pouco da minha casa para aquele lugar de parede bege e zero de charme.

Os Amigos Redescobertos

Sou obrigado a confessar: nunca fui muito preocupado com as amizades. Por vezes, Anna dizia: "Os meus amigos são seus amigos. Mas onde estão os seus, as pessoas conquistadas por você?" Silêncio... Na hora de quantificar os meus, faltavam nomes. A mão não enchia. Era como se tivesse sido reprovado por não ter sido capaz, durante todo esse tempo, de mobilizar pessoas. Elas estavam sempre em torno de Anna, por causa de sua dedicação, sinceridade, simpatia, amizade pura e simples. Eu, no caso, vinha no pacote.

Hoje eu encaro a amizade como um troféu. Ganha quem se dedica, quem está atento, quem faz por merecer. A maior prova de amizade que tive foi na véspera de ser operado. Ela veio numa caixa grande e colorida. Por volta das 16 horas, Jennifer Skipp, Karina Dorigo e Márcia Dal Prete, todas amigas do "Fantástico", entraram no quarto com ela. Ao abri-la, me deparei com a maior demonstração de carinho que já tive na vida. Bilhetes, recados, mensagens, desenhos feitos pelos meus amigos da TV. Profissionais de várias áreas com a mesma idéia: me dar um abraço de boa sorte antes da cirurgia.

Chorei como nunca. Antes, eu não conseguia fazer uma lista dos amigos. Hoje falta papel para encher o nome de tantas pessoas que surgiram durante essa caminhada. Uma caminhada que é só minha, mas acompanhada por vários olhares. Sou eternamente grato a todos…

Corpo Estranho

Quase um atleta. Era assim que me sentia antes do diagnóstico. Tinha uma vida agitada, horários confusos, irregulares, e o esporte combinava com tudo isso. Quando o médico fechou o diagnóstico de câncer, porém, o Marco Uchôa esportista não existia mais. Meus passos agora eram lentos e curtos. Eu fazia força e sentia dores para levantar a perna esquerda. Olhava pela janela do meu quarto, via aquele sol lindo e eu completamente limitado por causa da perna. Sem corrida, sem esportes… Só com dor.

Hoje me olhei no espelho. Fiquei nu. Não me reconheci mais. Magro. Pernas e coxas finas. Mudei rápido, em poucos meses. A massa muscular vigorosa não havia deixado vestígio em meu corpo. É assim quando essa doença bate na sua porta. Você precisa estar preparado para muitas mudanças. A primeira delas é na cabeça. Depois, seguem pelo corpo, pela alma. Cada passo, cada contração muscular é motivo para comemorar.

Preto, liso, brilhante, volumoso e farto. Esse era o meu cabelo, para agonia de meus amigos calvos. Para manter o corte, precisava apará-lo a cada 15 dias. Segundo Júlio Crepaldi, meu cabeleireiro, um mestre na arte dos cortes e penteados, "meu cabelo crescia como grama". Naquela manhã, ele estava curto, mas era necessário deixá-lo menor ainda. Na verdade, era preciso raspá-lo. Júlio não compreendeu no primeiro momento. Expliquei-lhe que a tal dor na perna era sinal de um tumor e que, com a quimioterapia, minha cabeleira perdera o sentido… Júlio não quis raspar, mas o deixou curtíssimo. Eu sabia que passaria pelo dia fatídico em que o ralo seria entupido pelos pequenos fios. Cai tudo mesmo. Não tem perdão.

Chuva em Família

Sexta-feira, abril de 2004. Anna e Victor estão com cara de chuva. Imagino ser por conta dessa batalha. Tantos dias de luta, idas e vindas ao hospital. A família toda se desgasta para segurar essa barra. Mas a doença também aproxima, e hoje sinto-me mais íntimo de todos. Um desafio como esse, às vezes, até faz chover dentro de nós. Vem aí um dilúvio.

Sentimento: aperto, receio, medo de voltar para o hospital.
Determinação: meditar e ter mais pensamentos positivos.
Vontade: abraçar meu filho, pegá-lo no colo.
Certeza: sairei vitorioso dessa luta. Faltam meses, mas vou saber esperar.
Necessidade: me alimentar melhor, comer mais e com maior freqüência para ficar mais forte.
Susto: quantidade de remédios aqui ao lado do criado mudo.
Desejo: voltar a ter autonomia.
Promessa: ser mais suave com tudo. Entender o tempo de cada um. Ser mais seguro e sereno ao mesmo tempo.
Amigos: Tê-los cada vez mais próximos.

Dia dos Pais

Outubro de 2005. Festa na escola do Victor. Animação, pizza… e eu de cadeira de rodas. Como o colégio é grande, foi a melhor solução. Abraços, beijos e fotos com a minha cria ao lado. Eu estava feliz. Depois da festinha, passei a tarde deitado. Senti dor. Apaguei com o potente Dimorf, remédio contra a dor à base de morfina. Acordei domingo com os pés formigando e uma sensação estranha de perda da força. Eu, que tinha esperança de voltar ao trabalho, não poderia imaginar que, naquele domingo, iniciaria mais uma batalha. Mais uma cirurgia…

Tirei as alianças, beijei minha Anna e pedi para avisar meus chefes na empresa. "Força, amor!" Saí do quarto com esta frase dela. Não suportava o vento gelado do corredor rumo ao centro cirúrgico. Cenas que aprendi a não gostar. Eu havia tido um recidiva do câncer, o tumor estava agora pressionando a vértebra T5 e eu corria risco de perder os movimentos das pernas. Acordei tranqüilo na UTI . Soube que tudo havia dado certo e que, aos poucos, recuperaria os movimentos. Que batalha!

Anna Costa, Marco Uchôa e Victor

A Última Carta

Domingo, 14 de novembro de 2005

Querido Victor,

Canário, por que canário? Ora, porque você é aquele garoto que chega da escola sujo, ensopado. Adoro esse cheirinho de moleque feliz. Victor, saiba que seu pai veio cumprir uma missão. Acho que chegou a hora de me despedir e virar uma estrela. Estarei sempre lá em cima no céu, pronto para te olhar, te ouvir e te apoiar em tudo. SEMPRE!

Sempre que se sentir aflito, indeciso, olhe para o alto. Outro jeito de me ver é se olhar no espelho. Estarei refletido nele. Você é uma parte de mim. Fruto do lindo amor meu e de sua mãe, a mulher que mais me ensinou nesta vida.

Conheci o amor verdadeiro com ela, conheci o mundo com ela. Anna é o meu brilhante! O amor de minha vida. Victor, torço para que você encontre uma Anna em sua vida. Quero, de verdade, que você seja feliz, não importa o jeito.

Lembro de você bagunçando em cima da cama. Morria de rir. Meu Tuco, Victor, Tutu, Canário: serei sempre seu, meu filho. Queria deixar mais e mais para você, mas acho que os valores mais importantes desta vida são: Seja correto com as pessoas. Faça com os outros o que gostaria que fizessem com você. Respeite sua mente, seus desejos, seu corpo. Acima de tudo, seja feliz, uma sensação ótima. Senti isso várias vezes ao lado de sua mãe.

 Filho, esses olhos puxados são seus, são nossos. São a nossa marca. Em você ficaram lindos! Você é belo por dentro, Victor. Sentirá saudades, claro, mas quando esse sentimento bom aparecer, lembre-se das nossas brincadeiras, do "canário", do "escatológico".

Papai encontrou uma princesa na terra. Com ela aprendeu a viver. Fizemos você com amor. Não se esqueça um só segundo de que, de onde estiver, eu estarei te olhando. E te abraçando, meu moleque querido.

Seja um homem de bem, feliz!

Seu sempre pai, papito,

Marco Uchôa

Suzy Arruda

SUZY ARRUDA
(88 anos)
Atriz

* Tietê, SP (24/05/1917)
+ São Paulo, SP (2005)

Suzy Arruda começou sua carreira na TV Tupi e foi uma das primeiras atrizes a interpretar, em 1952, a Dona Benta, personagem criado por Monteiro Lobato em "O Sítio do Pica-Pau Amarelo".

Seu primeiro papel importante em novela foi em "O Bem Amado", em 1973, como a Florzinha e também se destacou nas novelas "Escalada" e "Locomotivas", todas da TV Globo. Susy Arruda também participou do seriado "O Bem Amado".

Na década de 70, Suzy Arruda trabalhou em vários filmes nacionais, a maior parte deles, pornochanchadas. Em alguns trabalhos, foi creditada como Suzi Arruda.

Televisão

  • O Retrato de Laura (Tupi)
  • Enquanto Houver Estrelas (Tupi)
  • Selva de Pedra (Globo)
  • Tempo de Viver (TV Rio)
  • O Bem Amado (Globo)
  • Escalada (Globo)
  • Bravo (Globo)
  • Locomotivas (Globo)
  • Moinhos de Vento (Globo)
  • Sassaricando (Globo)
  • Chapadão do Bugre (Bandeirantes)

Cinema

  • 1979 - Vamos Cantar Disco Baby
  • 1978 - Nos Embalos de Ipanema
  • 1978 - As Aventuras de Robinson Crusoé
  • 1975 - O Flagrante
  • 1973 - Café na Cama
  • 1972 - Os Machões
  • 1972 - Eu Transo... Ela Transa
  • 1971 - Uma Pantera em Minha Cama
  • 1970 - Anjos e Demônios
  • 1970 - Uma Garota em Maus Lençóis
  • 1970 - O Bolão
  • 1967 - Adorável Trapalhão
  • 1966 - Nudismo à Força
  • 1966 - Rio, Verão & Amor
  • 1966 - Essa Gatinha é Minha
  • 1960 - Cidade Ameaçada
  • 1958 - O Grande Momento
  • 1957 - Absolutamente Certo

Fonte: Wikipédia

Rose Rondelli

ROSEMYR RONDELLI
(71 anos)
Atriz e Vedete

* Rio de Janeiro, RJ (01/08/1934)
+ Rio de Janeiro, RJ (01/01/2005)

Atuou como vedete das revistas de bolso do Teatrinho Jardel em Copacabana e dos shows de Carlos Machado nas boates Monte Carlo e Casablanca, trabalhando ao lado de estrelas como Walter D'Ávila, Oscarito, Grande Otelo, Silva Filho, Rosita Lopes, Vagareza, entre outros.

Na televisão mostrou seu lado de comediante brilhante, participando do humoristico "Noites Cariocas" em quadros famosos: "O Salão de Cabeleireiro" ao lado de Zélia Hoffman, Sandra Sandré, Isa Rodrigues e Antônio Carlos, e do famoso "Café Bola Branca", onde cantava e dançava.

Foi muitas vezes eleita Certinha do Lalau, concurso de beleza promovido pelo humorista Sérgio Porto, o Stanislaw Ponte Preta que homenageava as mais belas atrizes e vedetes da época.

Em 1984, Certinhas do Lalau foram tema de um musical que ficou em cartaz no horário alternativo do Teatro Rival, trazendo de volta ao palco, não só Rose Rondelli, como Irma Alvarez, Maria Pompeo, Diana Morel, Anilza Leone, entre outras, sob a direção de Emílio di Biasi.

Seu grande sucesso no rádio aconteceu no programa "Miss Campeonato", escrito por Sérgio Porto na Rádio Mayrink Veiga, em que era a própria Miss Campeonato, ao lado do colunista esportivo Ruy Porto e de um grande elenco de humoristas, como Zé Trindade, Germano, Apolo Correia, Duarte de Moraes e outros.

Participou do "Chico Anysio Show" até se casar com o humorista e se retirar da carreira.

Foi casada duas vezes, sendo a primeira com o figurinista Carlos Gil e a segunda com o humorista Chico Anysio. É mãe do músico Duda Anisio, o comediante Nizo Neto e o diretor de imagem Rico Rondelli.

Rose Rondelli faleceu vítima de insuficiência hepática decorrente de um câncer no pulmão. Ela foi cremada no Cemitério do Caju, na Zona Norte do Rio de Janeiro.

Fonte: Wikipédia

Estelita Bell

ESTER DANIOTTI BELL
(93 anos)
Atriz e Dubladora

* Rio de Janeiro, RJ (23/09/1911)
+ Rio de Janeiro, RJ (12/04/2005)

Filha da também atriz Renée Bell.

Adotou o nome artístico de Estelita Bell bem cedo. Na Televisão começou em 1957 na TV Rio e de lá não parou mais. Em 1970 entrou para a Rede Globo, aonde fez a novela "Irmãos Coragem" e "Assim na Terra Como no Céu", depois fez "Chega Mais" (1980), "Quatro Por Quatro" (1994), "O Fim do Mundo" e "Salsa e Merengue" (1996).

Em séries fez "Caso Verdade" (1982) na Rede Globo, e a partir de 1998 até 2000 participou de alguns episódios de "Você Decide", entre outros.

Em minisséries fez "Memórias de Um Gigolô" (1970) na Rede Globo
.

Estelita também tinha uma veia cômica, e participou de vários programas do gênero em sua carreira, o mais conhecido foi "Chico City" (1973), no qual ela fez uma participação.

No Cinema fez "Massagista de Madame" (1958), "Mulheres Cheguei" e "Mulheres à Vista" (1959), "Bom Mesmo é Carnaval" (1962), "O Doce Esporte do Sexo" (1971), "O Mau Caráter" (1974), "O Caçador de Fantasma" e "As Aventuras de Um Detetive Português" (1975), "Tem Folga na Direção" (1976), "Quem Matou Pacífico?" e "Ódio" (1977), "J.J.J., o Amigo do Super Homem" (1978), "O Beijo No Asfalto" (1981) e "Tropclip" (1985).

Na dublagem começou no início dos anos 60 dublando para a Disney, ela foi a Tia Sarah na primeira dublagem do longa-metragem "A Dama e o Vagabundo", foi a Mendiga na segunda dublagem, que foi realizada nos anos 60 do longa-metragem "Branca de Neve e Os Sete Anões", a primeira dublagem foi feita no anos 30 e foi perdida, foi a Godofreda no longa-metragem "Mogli - O Menino Lobo", Matriarca dos Elefantes na segunda dublagem, realizada nos anos 60 de "Dumbo", a primeira como "Branca de Neve" foi dublada nos anos 30 e também foi perdida, foi a Carlotta no longa-metragem "A Pequena Sereia", Cigana no episódio "Os Fantasmas Galopantes" em Scooby-Doo, Cadê Você?, entre outros.

Em filmes fez Elizabeth Stroud interpretada por Thelma Ritter em "O Homem de Alcatraz", Terri interpretada por Carey More em "Sexta-Feira 13 - Parte 4 - O Capítulo Final", Sacerdotisa Vulcana interpretada por Judith Anderson em "Jornada nas Estrelas 3 - Á Procura de Spock", Tia Agatha interpretada por Ethel Griffies em "Bucha Para Canhão", Frau Schmidt interpretada por Norma Varden em "A Noviça Rebelde", entre outros.

Estelita não era uma constante dubladora, dublava de vez em quando porque dedicava-se mais a TV e ao cinema.

Faleceu em 12 de Abril de 2005 de Parada Cardíaca.

Laerte Morrone

LAERTE MORRONE
(72 anos)
Ator

☼ São Paulo, SP (16/07/1932)
┼ São Paulo, SP (04/04/2005)

Laerte Morrone foi um ator brasileiro nascido em São Paulo, SP, no dia 16/07/1932.

Ao longo de mais de 50 anos de carreira atuou em teatro e em televisão. De ascendência italiana, filho da pianista Ignez e do premiado escultor Luiz Morrone, apesar da resistência do pai, que não desejava ver seu filho seguindo a difícil carreira artística, começou cedo a fazer teatro amador.

Tentou entrar para a Escola de Arte Dramática (EAD), mas foi reprovado em português e partiu para a Europa onde ficou por quatro anos. De volta ao Brasil ganhou elogios da crítica por seu talento cômico nas peças "El Grande de Coca-Cola" e "Orquestra de Senhoritas". Depois consagrou-se no teatro, protagonizando uma bem-sucedida montagem de "Volpone", peça de Ben Jonhson, autor inglês contemporâneo de Shakespeare, sob direção de Antônio Abujamra.

Depois vieram outros sucessos como na peça "O Bebê Furioso" (1981), do espanhol Manuel Martinez Mediero, sob direção de Hugo Barreto, contracenando com a atriz Irene Stefânia, onde considerava como sua primeira oportunidade, no teatro, de unir os aspectos dramático e cômico.


A partir dos anos 70 iniciou seus trabalhos na televisão, onde também viveu grandes sucessos como na novela da TV Globo "A Gata Comeu" (1985). Além de outras novelas, na televisão, foi ainda o criador do primeiro Garibaldo, de "Vila Sésamo", sob direção de Ademar Guerra.

Atuando na Secretaria Estadual do Menor, chegou a criar espetáculos com 1,3 mil crianças carentes, como "A Independência do Menor", apresentado no Museu do Ipiranga.

Sob direção de Elvira Gentil, fez seu último trabalho nos palcos paulistanos, a peça "O Montador" (1994).

Laerte Morrone faleceu na madrugada de terça-feira, 04/04/2005, aos 72 anos, em São Paulo, SP, vítima de uma embolia pulmonar. Ele estava internado no Hospital São Paulo, para operar a vesícula. Apesar de ontem ter tido alta da cirurgia, o ator teve um mal súbito e faleceu.

Laerte Morrone foi sepultado no Cemitério do Araçá.

Carreira

Televisão
  • 1999 - Tiro e Queda ... Alfredo
  • 1998 - Estrela de Fogo ... Humberto
  • 1997 - O Desafio de Elias ... Yel
  • 1997 - A Sétima Bala
  • 1997 - Os Ossos do Barão ... Carlino
  • 1995 - Tocaia Grande ... Barão de Itauçú
  • 1990 - Brasileiras e Brasileiros ... Coriolano
  • 1990 - Gente Fina ... Agenor
  • 1989 - Que Rei Sou Eu? ... Gérard Laugier
  • 1987 - Bronco ... Carlos Augusto Oswaldo
  • 1987 - Sassaricando ... Aprígio
  • 1985 - A Gata Comeu ... Vitório
  • 1983 - Pão Pão, Beijo Beijo ... Giggio
  • 1982 - Elas por Elas ... Roberto
  • 1980 - Plumas e Paetês ... Padre
  • 1980 - Chega Mais ... Valdomiro
  • 1979 - Marron Glacé ... Valdomiro
  • 1978 - Salário Mínimo
  • 1976 - O Julgamento ... Frei Pontes
  • 1976 - Xeque-Mate ... Conde Aqua Santiera
  • 1975 - Vila do Arco ... Simão Bacamarte
  • 1975 - O Sheik de Ipanema ... Rocão
  • 1972 - Vila Sésamo ... Garibaldo
Cinema
  • 1975 - Ifigênia Dá Tudo Que Tem
  • 1964 - Seara Vermelha
  • 1952 - Tico-Tico no Fubá

Aurora Miranda

AURORA MIRANDA DA CUNHA
(90 anos)
Atriz e Cantora

* Rio de Janeiro, RJ (20/04/1915)
+ Rio de Janeiro, RJ (22/12/2005)

Aurora Miranda nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 20/04/1915. Cantava desde menina, em casa, com as irmãs Carmen Miranda e Cecília.

A pedido do compositor e violonista Josué de Barros, lançador de Carmen Miranda, cantou, antes de completar 18 anos, um número na Rádio Mayrink Veiga. Com o sucesso, passou a apresentar- se no "Programa Casé", na Rádio Philips.

Em 1933, gravou seu primeiro disco, pela Odeon, cantando em dupla com Francisco Alves a marcha "Cai, Cai, Balão" (Assis Valente) e o samba "Toque de Amor" (Floriano Ribeiro de Pinho).

O disco fez muito sucesso. Assim, no mês seguinte, novamente com Francisco Alves, lançou pela mesma etiqueta o fox-trot "Você Só... Mente" (Noel Rosa e Hélio Rosa), que se transformou também em grande êxito.

Sempre pela Odeon, gravou a seguir os sambas "Fala R.S.C." (José Evangelista) e "Alguém Me Ama" (Benedito Lacerda), e a marcha "Se a Lua Contasse" (Custódio Mesquita). Começou, então, a cantar em dupla com Carmen Miranda, apresentando-se em 1934 com ela, João Petra de Barros, Jorge MuradCustódio Mesquita na Rádio Record e no Teatro Santana, em São Paulo, SP.


Ainda em 1934, fez sucesso com o samba "Sem Você" (Sílvio Caldas e Orestes Barbosa) e o samba- canção "Moreno Cor de Bronze" (Custódio Mesquita), e lançou seu maior êxito, a marcha de André Filho, "Cidade Maravilhosa", em dueto com o autor, que obteve o segundo lugar no concurso oficial de Carnaval de 1935 e em 1960 se tornou o hino oficial do antigo Estado da Guanabara.

Estreou no cinema, em 1935, trabalhando no filme "Alô, alô, Brasil", dirigido por Wallace Downey, João de Barro e Alberto Ribeiro, no qual cantou "Cidade Maravilhosa", além de "Ladrãozinho" (Custódio Mesquita). Ainda nesse ano, gravou a marcha junina "Onde Está Seu Carneirinho?" (Custódio Mesquita), também cantada em 1935 no filme "Estudantes", de Wallace, e "Nego, Neguinho" (Custódio Mesquita e Luiz Peixoto), e foi uma das primeiras cantoras a lançar em disco o novo gênero samba-choro (choro cantado), interpretando "Fiz Castelos de Amores" (Gadé e Valfrido Silva).

No filme "Alô, Alô, Carnaval", de 1936, dirigido por Adhemar Gonzaga, cantou em dupla com Carmen Miranda, acompanhada pela Orquestra de Simon Bountman, a marcha "Cantores do Rádio" (João de Barro, Lamartine Babo e Alberto Ribeiro) e sozinha, com acompanhamento do regional de Benedito Lacerda, o samba "Molha o Pano" (Getúlio Marinho e A. Vasconcelos).

Nesse mesmo ano, gravou com sucesso o samba "Bibelô" (André Filho) e fez seu único disco em dueto com Carmen Miranda, interpretando "Cantores do Rádio" e o samba "Rancor" (Augusto Rocha e Paulo de Frontin Werneck).


Destacou-se, no carnaval de 1937, com a marcha "Trenzinho do Amor" (João de Barro e Alberto Ribeiro) e o samba "Deixa a Baiana Sambar" (Portelo Juno e Valdemar Pujol). Neste ano excursionou com Carmen Miranda à Argentina e ao Uruguai, apresentando-se com o Bando da Lua.

Em 1938 destacou-se com os sambas "Vem Pro Barracão" (Nelson Petersen e Oliveira Freitas), "Vai Acabar" (Nelson Petersen) e a marcha "Dia Sim, Dia Não" (Alberto Ribeiro).

Para o carnaval de 1939, gravou pela RCA Victor a marcha "Menina do Regimento" (João de Barro e Alberto Ribeiro), e cantou também no filme "Banana da Terra", de J. Rui. Fez sucesso com o samba-canção "Roubaram Meu Mulato" (Claudionor Cruz), o samba-choro "Teus Olhos" (Roberto Martins e Ataulfo Alves) e o samba "Acarajé... Ô" (Ademar Santana e Léo Cardoso), em dueto com Carlos Galhardo.

Com uma maneira própria de cantar um jeito contido, romântico e sentimental, foi a cantora que mais gravou no Brasil, na década de 1930, depois de Carmen Miranda.

Em 1940, em seu último disco na RCA Victor, lançou o samba "Paulo, Paulo" (Gadé), em dupla com Grande Otelo (cujo nome não figura na etiqueta), e o maxixe "Petisco do Baile" (Ciro de Sousa e Garcez).


Casando-se em 1940 com Gabriel Richaid, fixou residência nos Estados Unidos, deixando com 25 anos de idade, sua carreira em segundo plano.

Desde então, passou a cantar esporadicamente, participando, em 1944, do filme "Você Já Foi à Bahia?", de Walt Disney, no qual cantou "Os Quindins de Iaiá" (Ary Barroso), fazendo seis gravações pela Decca norte americana, quatro lançadas em 1941 e as outras duas apenas em 1975, em um LP da MCA no Brasil, apresentando-se no rádio ao lado de Rudy Valee e Orson Welles, e realizando espetáculos no Teatro Roxy e boate Copacabana, em New York.

Voltou para o Brasil em 1952, quando lançou em disco "Risque" (Ary Barroso).

Em 1956 apresentou- se no show de Carlos Machado "Mr. Samba", em homenagem a Ary Barroso. No mesmo ano, regravou em LP pela Sinter oito antigos sucessos seus, e lançou dois discos pela Odeon, encerrando sua marcante carreira, em que deixou gravados 81 discos e 161 músicas em 78 rotações.

Em 1990 cantou o fox "Você Só... Mente", no filme "Dias melhores Virão", de Cacá Diegues.

Em 1994 regravou com Sílvio Caldas o samba "Quando Eu Penso Na Bahia" (Ary Barroso e Luís Peixoto), dueto lançado no CD "Songbook Ary Barroso" (Lumiar).

Em 1995 apresentou-se em espetáculo em homenagem a Carmen Miranda promovido pelo Lincoln Center, em New York.

Morte

Aurora Miranda morreu em 22/12/2005, às 15:00 hs, em sua residência, no Leblon, Zona Sul do Rio de Janeiro, onde morava com um filho e quatro netos. A família atribuiu a morte a causas naturais. Aurora Miranda estava com 90 anos e sofria nos últimos anos as sequelas de uma pneumonia.

O corpo de Aurora Miranda, irmã de Carmen Miranda, foi enterrado na sexta-feira, 23/12/2005, às 10:00 hs, no Cemitério São João Batista, em Botafogo, Zona Sul do Rio de Janeiro.

Ela deixou dois filhos e sete netos.


Cinema

  • 1935 - Alô, Alô, Brasil
  • 1935 - Estudantes
  • 1936 - Alô Alô Carnaval
  • 1939 - Banana-da-Terra
  • 1940 - Laranja-da-China
  • 1944 - Phantom Lady
  • 1944 - The Conspirators
  • 1944 - Brazil
  • 1944 - The Three Caballeros - Você Já foi à Bahia?
  • 1945 - Tell It To a Star
  • 1981 - Once Upon a Mouse
  • 1989 - Dias Melhores Virão
  • 1994 - Banana Is My Business

Kadu Carneiro

CARLOS EDUARDO CARNEIRO
(44 anos)
Ator

* Rio de Janeiro, RJ (20/06/1960)
+ Rio de Janeiro, RJ (20/05/2005)

O ator, considerado como um dos melhores da sua geração ganhou espaço na mídia e se tornou conhecido do público no início da década de 90 quando fez a co-produção cinematográfica "Lambada" e surgiu em um pequeno papel de escravo na minissérie da Tv Manchete, "Escrava Anastácia".

Mas o ator chamaria mesmo a atenção ao viver José do Patrocínio na novela "Sangue do Meu Sangue", realizada no SBT em 1995. A parti daí ganhou papéis de destaque como no filme "Cruz e Souza - O Poeta do Desterro" em que defendeu o papel título e na novela global "Força de um Desejo".

Seu último trabalho foi no filme "Filhas do Vento" e ao morrer não mereceu mais que poucas linhas na imprensa. Segundo o diretor Silvio Back, "ele foi um intérprete de fina e requintada sensibilidade".

Televisão

1999 - Força de Um Desejo ... Pedro
1995 - Sangue do Meu Sangue ... José do Patrocínio
1993 - Você Decide (Episódio: A Barganha)
1991 - Na Rede de Intrigas (1991)
1990 - A História de Ana Raio e Zé Trovão ... Capataz de Canjerê
1990 - Escrava Anastácia

Cinema

2005 - Filhas do Vento
2000 - Cronicamente Inviável
1998 - Cruz e Sousa - O Poeta do Desterro
1990 - Lambada

Teatro

1998 - Cárcere Privado
1997 - Rei Lear
2002 - Hamlet

O ator Kadu Carneiro morreu no hospital Miguel Couto, no Rio de Janeiro, em decorrência de uma Insuficiência Respiratória.

Fonte: Dramaturgia Brasileira - In Memoriam e Terra

César Lattes

CESARE MANSUETO GIULIO LATTES
(80 anos)
Físico

☼ Curitiba, PR (11/07/1924)
┼ Campinas, SP (08/03/2005)

César Lattes foi um físico brasileiro, co-descobridor do méson pi, nascido em Curitiba, PR, no dia 11/07/1924. César Lattes nasceu em uma família de judeus italianos imigrantes em Curitiba, PR, no Sul do Brasil. Fez os seus primeiros estudos naquela cidade e em São Paulo, vindo a graduar-se na Universidade de São Paulo, formando-se em 1943, em matemática e física.

César Lattes fazia parte de um grupo inicial de brilhantes jovens físicos brasileiros que foram trabalhar com professores europeus como Gleb Wataghin (1899-1986) e Giuseppe Occhialini (1907-1993). César Lattes foi considerado o mais brilhante destes e foi descoberto, ainda muito jovem, como um pesquisador de campo. Seus colegas, que também se tornaram importantes cientistas brasileiros, foram Oscar Sala, Mário Schenberg, Roberto Salmeron, Marcelo Damy de Souza Santos e Jayme Tiomno.

Com a idade de 23 anos, ele foi um dos fundadores do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas no Rio de Janeiro.

De 1947 a 1948, César Lattes começou a sua principal linha de pesquisa, pelo estudo dos raios cósmicos, os quais foram descobertos em 1932 pelo físico estadunidense Carl David Anderson. Ele preparou um laboratório a mais de 5.000 metros de altitude em Chacaltaya, uma montanha dos Andes, na Bolívia, empregando chapas fotográficas para registrar os raios cósmicos.


Viajando para a Inglaterra com seu professor OcchialiniCésar Lattes foi trabalhar no H. H. Wills Laboratory da Universidade de Bristol, dirigida por Cecil Frank Powell (1903-1969). Após melhorar uma nova emulsão nuclear usada por Cecil Frank Powell, pedindo à Kodak Co. para adicionar mais boro a ela, em 1947, realizou com eles uma grande descoberta experimental, de uma nova partícula atômica, o méson pi (ou pion), a qual desintegra em um novo tipo de partícula, o méson mu (muon).

Foi uma grande reviravolta na ciência. Até então, era aceito que os átomos eram formados por somente 3 tipos de sub-partículas ou partículas elementares (prótons, nêutrons e elétrons). Alguns cientistas contestaram os resultados, mas o apoio do dinamarquês Niels Bohr, um dos maiores físicos da época, pesou na aceitação da novidade que daria início a uma nova área de pesquisa, a Física de Partículas.

O jovem impetuoso César Lattes começou então a escrever um trabalho para a revista Nature sem se preocupar com o consentimento de Cecil Frank Powell. No mesmo ano, foi responsável pelo cálculo da massa da nova partícula, em um meticuloso trabalho. Um ano depois, trabalhando com Eugene Gardner (1913-1950) na Universidade da Califórnia em Berkeley, Estados Unidos, César Lattes foi capaz de detectar a produção artificial de partículas píon no ciclotron do laboratório, pelo bombardeio de átomos de carbono com partículas. Ele tinha somente 24 anos de idade.


Em 1949, César Lattes retornou como professor e pesquisador na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e no Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF). Depois de outra breve estada nos Estados Unidos, de 1955 a 1957, ele voltou para o Brasil e aceitou uma posição na sua alma mater, o Departamento de Física da Universidade de São Paulo (USP). Também nesse ano, César Lattes ingressou para a Academia Brasileira de Ciências (ABC).

Em 1967, César Lattes aceitou a posição de professor titular no novo Instituto Gleb Wataghin de Física na Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), nome que se originou de seu professor fundador, o qual ele também ajudou a fundar. Ele também se tornou o diretor do Departamento de Raios Cósmicos, Altas energias e Léptons.

Em 1969, ele e seu grupo descobriram a massa das co-denominadas bolas de fogo, um fenômeno espontâneo que ocorre durante colisões de altas-energias, e os quais tinham sido detectados pela utilização de chapas de emulsão fotográfica nucleares inventadas por ele, e colocadas no pico de Chacaltaya nos Andes Bolivianos.


César Lattes é um dos mais distintos e condecorados físicos brasileiros, e seu trabalho foi fundamental no desenvolvimento da física atômica. Ele também foi um grande líder científico dos físicos brasileiros e foi uma das principais personalidades por trás da criação de várias instituições importantes como Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

César Lattes figura como um dos poucos brasileiros na Biographical Encyclopedia Of Science And Technology de Isaac Asimov, como também na Enciclopédia Britânica. Embora tenha sido o principal pesquisador e primeiro autor do histórico artigo da Nature descrevendo méson pi, Cecil Frank Powell foi o único agraciado com o Prémio Nobel de Física em 1950 pelo "seu desenvolvimento de um método fotográfico de estudo dos processos nucleares e sua descoberta que levou ao descobrimento dos mésons".

A razão para esta aparente negligência é que a política do Comitê do Nobel até 1960 era dar o prêmio para o líder do grupo de pesquisa, somente. O brasileiro, no entanto, nunca foi contemplado. No museu de Niels Bohr, em Copenhague, Dinamarca, há uma carta em que está escrito "Por que César Lattes não ganhou o Prêmio Nobel - abrir 50 anos depois da minha morte". Como Bohr morreu em 1962, em 2012 seria o em que supostamente  saberíamos a resposta do enigma. Mas isso não aconteceu.

César Lattes e José Leite Lopes
Reconhecimento

Em sua homenagem, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) batizou o sistema utilizado para cadastrar cientistas, pesquisadores e estudantes como o nome de Plataforma Lattes. A Plataforma Lattes é uma base de dados de currículos e instituições das áreas de Ciência e Tecnologia (C&T). O Currículo Lattes registra a vida profissional dos pesquisadores sendo elemento indispensável à análise de mérito e competência dos pleitos apresentados, atualmente, a quase todas as agências de fomento no Brasil.

  • 1948 - Cavaleiro da Grande Cruz , outorgado pela Ordo Capitulares Stellae Argentae Crucitae;
  • 1951 - Prêmio Einstein, da Academia Brasileira de Ciências;
  • 1953 - Prêmio Ciências, do Instituto Brasileiro de Educação, Ciência e Cultura;
  • 1957 - Prêmio Evaristo Fonseca Costa, do Conselho Nacional de Pesquisas;
  • 1972 - Cidadão Honorário Boliviano;
  • 1973 - Medalha Carneiro Felipe, do Conselho Nacional de Energia Nuclear;
  • 1977 - Pelo governo da Venezuela, que lhe conferiu a Comenda Andrés Bello;
  • 1978 - Organização dos Estados Americanos (OEA) lhe outorgou o prêmio Bernardo Houssay;
  • 1987 - Prêmio em Física, da Academia de Ciências do Terceiro Mundo, no ICTP - The Abdus Salam International Centre For Theoretical Physics, sediado em Trieste, Itália;
  • 1989 - Medalha Santos Dumont;
  • 1992 - Símbolo do Município de Campinas;
  • Centro de Estudos Astronômicos César Lattes de Minas Gerais;
  • Biblioteca Central César Lattes (UNICAMP);
  • Centro de Nanociência e Nanotecnologia Cesar Lattes, Campus do Laboratório Nacional de Luz Síncrotron - Campinas;
  • Auditório César Lattes - Usina de Itaipú;
  • Grêmio Estudantil César Lattes (UTFPR);
  • Centro Acadêmico dos cursos de Matemática e Física da Universidade de Taubaté (UNITAU);
  • Associação Atlética Acadêmica César Lattes (AAACeL) - Atlética dos cursos de Física (bacharel e licenciatura) e do curso integrado em Física, Matemática e Matemática Aplicada Computacional da Unicamp.

Citações

"A ciência deve ser universal, sem dúvida. Porém, nós não devemos acreditar incondicionalmente nisto."
"A ciência universal seria o ideal. Mas a prática é bem diferente. Felizmente, todo segredo dura pouco."

Morte

César Lattes aposentou-se em 1986, quando recebeu o título de Doutor Honoris Causa e Professor Emérito pela Universidade de Campinas. Mesmo aposentado ele continuou a viver em uma casa no subúrbio próxima ao campus da universidade. Ele morreu vítima de um ataque cardíaco, aos 80 anos, no dia 08/03/2005.

Fonte: Wikipédia

Luís Delfino

LUÍS DELFINO
(83 anos)
Ator e Humorista

☼ Ouro Preto, MG (31/05/1921)
┼ Rio de Janeiro, RJ (25/05/2005)

Luís Delfino foi um ator e humorista brasileiro nascido em Ouro Preto, MG, no dia 31/05/1921. Ele entrou para o mundo das artes em 1946.

Luís Delfino era tio da atriz Maria Cláudia, e foi casado por mais de 10 anos com a cantora Marlene, Rainha da Rádio Nacional, com quem teve seu único filho, Sérgio Henrique.

Como comediante, integrou o elenco de vários programas humorísticos da TV Globo, trabalhando com Chico Anysio e Jô Soares em seus respectivos programas, "Chico City" e "Viva o Gordo", além de "Satiricom" e "Planeta dos Homens".

Luís Delfino fez parte também do elenco de apoio da "Escolinha do Professor Raimundo" na década de 1990, como o Xavier, o diretor da escola que tinha um tique nervoso "coça-coça".

Casou-se, em 1952 com a cantora Marlene, na Igrejinha do Outeiro da Glória. A cerimônia foi um acontecimento. Luiz DelfinoMarlene tinham se conhecido apenas três meses antes, durante a filmagem de "Tudo Azul", dirigido por Moacyr Fenelon.

Ao lado da cantora Marlene, Luiz Delfino, trabalhou em várias comédias no cinema e no teatro.

No rádio, na década de 50, dentre outros programas, Luiz Delfino trabalhou na Rádio Nacional no programa que consagrou Marlene e que tinha transmissão televisiva, intitulado "Marlene, Meu Bem", idealizado e produzido por Mário Lago, também autor da música-tema do programa, que apresentava esquetes satíricas da vida conjugal do casal.

Entre seus trabalhos mais populares na televisão, destacam-se a minissérie "Anos Dourados" (1986), "Viva o Gordo", "Linguinha", série infantil protagonizada por Chico Anysio de 1971 a 1972, "Escolinha do Professor Raimundo", "Chico Anysio Show", "Os Trapalhões", além de algumas participações no "Sítio do Pica-Pau Amarelo", todos na TV Globo.

No cinema, atuou em alguns filmes como "Mulher do Diabo" (1952), "Com o Diabo no Corpo" (1952), entre outros.

Seu último trabalho realizado na TV Globo foi no programa humorístico "Chico Total", em 1996.

Luís Delfino morreu na tarde de quarta-feira, 25/05/2005, no Rio de Janeiro, RJ, aos 83 anos. A causa da morte não foi informada.

Renato Corte Real e Luis Delfino
Cinema

  • 1975 - As Deliciosas Traições do Amor
  • 1974 - O Comprador de Fazendas
  • 1972 - Ali Babá e os Quarenta Ladrões
  • 1958 - O Cantor e o Milionário
  • 1952 - Com o Diabo no Corpo
  • 1952 - O Canto da Saudade
  • 1952 - Tudo Azul

Fonte: Wikipédia

Régis Cardoso

JOÃO RÉGIS DE SOUZA CARDOSO
(70 anos)
Ator e Diretor

* Porto Alegre, RS (24/06/1934)
+ Rio de Janeiro, RJ (03/04/2005)

Filho da atriz Norah Fontes, Régis cresceu no meio artístico, iniciando sua carreira no teatro aos 12 anos de idade. Participa das transmissões experimentais e de toda a implantação da TV Tupi, a primeira emissora brasileira, em 1950, dirigindo e produzindo os mais variados programas, paralelamente ao trabalho como contra-regra e "radioator" nas rádios Tupi e Nacional. Naquela época, trabalha também nas TVs Paulista e Record.

Foi casado com Suzana Vieira, atriz que descobriu em uma apresentação de balé na TV quando esta fazia parte do corpo de baile da Tupi, e com quem teve o filho Rodrigo, diretor-executivo da Sony.

Em 1967 é contratado pela Rede Globo, onde dirige várias telenovelas célebres da década de 1970, como Pigmalião 70 (1970), de Vicente Sesso, Os Ossos do Barão (1973), de Jorge Andrade, O Bem-Amado (1973) (a primeira novela colorida da televisão brasileira) e O Espigão (1974), ambas de Dias Gomes, Escalada (1975), de Lauro César Muniz, Estúpido Cupido (1976), de Mário Prata, Anjo Mau (1976) e Locomotivas (1977), ambas de Cassiano Gabus Mendes, entre outras.

Desliga-se da Rede Globo na década de 1980, depois de dirigir por quatro anos o seriado O Bem-Amado, inspirado na telenovela de mesmo nome. Muda-se para Portugal em 1992, quando se torna o primeiro estrangeiro a dirigir uma telenovela naquele país. De volta ao Brasil, em 1995, tem uma passagem pela Rede Manchete, na direção da novela Tocaia Grande - quando não consegue bons resultados com a trama e é substituído por Walter Avancini. Em 1999, lança um livro de memórias - No Princípio Era o Som, publicado pela editora Madras.

Fã de carnaval, foi presidente da escola de samba Acadêmicos do Salgueiro de 1982 a 1984.

Morreu aos setenta anos, vítima de um Acidente Vascular Cerebral combinado com uma Pneumonia, depois de mais de quatro meses de internação.

Fonte: Wikipédia e NetSaber Biografias

Emilinha Borba

EMÍLIA SAVANA DA SILVA BORBA
(82 anos)
Cantora

☼ Rio de Janeiro, RJ (31/08/1923)
┼ Rio de Janeiro, RJ (03/10/2005)

Emília Savana da Silva Borba, conhecida como Emilinha Borba, foi uma cantora nascida no Rio de Janeiro, RJ, no dia 31/8/1923. Emilinha Borba é considerada uma das mais populares intérpretes do século XX no Brasil.

Emilinha Borba nasceu no Rio de Janeiro, na Rua Visconde de Niterói, na Vila Savana, bairro da Mangueira. Filha de Eugênio Jordão Borba e Edith da Silva Borba.

Com uma família de seis irmãos, dentre os quais, José, seu irmão gêmeo, passou grande parte da sua infância na Mangueira. Em seguida, mudou-se com a família para o bairro de Jacarepaguá.

Desde menina, Emilinha gostava de cantar e imitar as grandes cantoras do rádio, como Carmen Miranda.

Em 31/08/1957, casou-se formalmente com Artur Sousa Costa, corredor automobilístico e filho do Ministro da Fazenda do governo Getúlio Vargas. Com ele teve seu único filho, Artur Emílio.

Dados Artísticos

Emilinha Borba começou frequentando programas de calouros, apesar da relutância de sua mãe. Ganhou seu primeiro prêmio, aos 14 anos, na "Hora Juvenil", da Rádio Cruzeiro do Sul. Cantou também no programa "Calouros de Ary Barroso", obtendo a nota máxima ao interpretar "O X do Problema" (Noel Rosa). Logo depois, começou a fazer parte dos coros das gravações da Columbia. Formou, na mesma época, uma dupla, "As Moreninhas", com Bidú Reis (Edila Luísa Reis), com a qual se apresentou em várias rádios, durante cerca de um ano e meio. Depois, gravou para a "Discoteca Infantil" um disco em 78 rpm com "A História da Baratinha", em adaptação de João de Barro.

Desfeita a dupla, foi contratada pela Rádio Mayrink Veiga, ocasião em que recebeu de César Ladeira o slogan Garota Nota Dez.

Em 1939, gravou sua primeira participação em disco pela Columbia, cantando a marchinha "Pirulito" (João de Barro), em dupla com Nilton Paz, depois de um convite do compositor João de Barro, autor da música. Em março de 1939, gravou seu primeiro disco solo pela Columbia, com acompanhamento de Benedito Lacerda e Seu Conjunto, com o samba-choro "Faça o Mesmo" (Antônio Nássara e Frazão) e o samba "Ninguém Escapa..." (Frazão). Na época, aparecia no selo do disco como Emília Borba. Ainda em 1939, gravou com acompanhamento de Napoleão Tavares e Seus Soldados Musicais, o choro-rumba "Vem Cantar Também" (Paulo Pinheiro e J. Ferreiro), o samba "Qual a Razão?" (Antônio Almeida e Mário Lago), e a marcha "Faça de Conta" (Custódio MesquitaMário Lago). Continuando 1939, conseguiu ser apresentada, por intermédio de Carmen Miranda, de quem sua mãe Edith da Silva Borba era camareira, ao empresário Joaquim Rolla, proprietário do Cassino da Urca, que a contratou como crooner. Na ocasião, Carmen Miranda emprestou-lhe um vestido e sapatos plataforma, para que ela, que era menor de idade, e que por isso, teve de alterar seu registro de nascimento, fizesse seu teste. Emilinha Borba passou no teste, tornando-se uma das principais atrações do Cassino da Urca. Também no mesmo ano, atuou no filme "Banana da Terra" (1939), de Alberto Bynton e Rui Costa.

Em 1940, gravou com acompanhamento de Radamés Gnattali e Sua Orquestra os sambas "O Cachorro da Lourinha" (Gomes Filho e Juraci Araújo) e "Meu Mulato Vai ao Morro" (Gomes Filho e Juraci Araújo). Nesse ano, apareceu nos filmes "Laranja da China", de Rui Costa e "Vamos Cantar", de Leo Marten.


Em 1941, assinou contrato com a Odeon, gravadora onde sua irmã, a cantora Nena Robledo, casada com o compositor Peterpan era contratada e lançou os sambas "Quem Parte Leva Saudades" (Francisco Scarambone) e "Levanta José" (Haroldo Lobo e Valdemar de Abreu). Nesse disco já apareceu com o nome artístico que a consagrou. Gravou ainda um segundo disco na Odeon com o samba "O Fim da Festa" (Nelson Teixeira e Nelson Trigueiro) e a marcha "Eu Tenho um Cachorrinho" (Georges Moran e Osvaldo Santiago).

Em 1942, foi contratada pela Rádio Nacional do Rio de Janeiro, desligando-se meses depois. Nesse ano participou das filmagens do filme inacabado "It's All True", de Orson Welles.

Em setembro de 1943, retornou ao cast da mesma emissora, a PRE-8 e durante os 27 anos que lá permaneceu consagrou-se como sua Estrela Maior. Na Rádio Nacional, tornou-se uma das cantoras mais queridas e populares do Brasil. Participou, efetivamente, de todos os programas musicais da PRE-8 e foi a campeã absoluta em correspondência por 19 anos consecutivos, até quando durou a pesquisa naquela emissora. Sua popularidade muitas vezes esteve associada ao programa de César de Alencar, que era transmitido para todo o Brasil, aos sábados à tarde. Ainda em 1943, apareceu no filme "Astros em Desfile", de José Carlos Burle, na Atlântida.

Em 1944, estreou no selo Continental da gravadora Columbia com o choro "Infância" (J. Cravo Jr. e Carlito Moreno), a marcha "Ganhei Um Elefante" (Peterpan e Russo do Pandeiro) e o samba "Se Eu Tivesse Com Que..." (Afonso Teixeira e Peterpan), com acompanhamento de Napoleão Tavares e Seus Soldados Musicais. Nesse ano, apareceu nos filmes "Romance de um Mordedor", de José Carlos Burle, e "Tristezas Não Pagam Dívidas", de José Carlos Burle e Rui Costa, os dois na Atlântida.


Em 1945, gravou os sambas "Como Eu Sambei" (Peterpan e Afonso Teixeira), "Você e o Samba" (Peterpan e Ari Monteiro), "O Outro Palpite" (Grande Otelo e Garoto) e o choro "Divagando" (Nelson Miranda e Luiz Bittencourt). Nesse ano, atuou no filme "Não Adianta Chorar", da Atlântida, dirigido por Watson Macedo.

Em 1946, gravou para o carnaval de 1947 o samba "Madureira" (Peterpan e Jorge de Castro). Atuou ainda no filme "Segura Essa Mulher", da Atlântida, com direção de Watson Macedo.

Em 1947, fez sucesso com a rumba "Escandalosa" (Moacir Silva e Djalma Esteves). Gravou também a "Rumba de Jacarepaguá" (Haroldo Barbosa), o samba "Se Queres Saber" (Peterpan), "Já é de Madrugada" (Peterpan e Antônio Almeida), e a marcha "Telefonista" (Peterpan), todas sucesso, especialmente as duas primeiras.

Para o carnaval de 1948, lançou as marchas "Barnabé" (Haroldo Barbosa e Antônio Almeida) e "Que Carnaval" (Arlindo Marques Junior e Roberto Roberti). Nesse ano, lançou mais dois sambas "Quem Quiser Ver, Vá Lá" (Peterpan e René Bittencourt) e "Meu Branco" (Peterpan e René Bittencourt). Participou do filme de grande sucesso "Este Mundo é um Pandeiro", da Atlântida, dirigido por Watson Macedo. Com a orquestra de José Maria de Abreu gravou os sambas "Contraste" (José Maria de Abreu e Alberto Ribeiro) e "Esperar Por Quê?" (José Maria de Abreu e Alberto Ribeiro). Atuou nos filmes "Folias Cariocas", de Hélio Tys e "É Com Esse Que Eu Vou", dirigido na Atlântida por José Carlos Burle.

Em 1949, lançou para o carnaval um de seus maiores sucessos, a marcha "Chiquita Bacana" (João de Barro e Alberto Ribeiro). Fez-se presente nos filmes "Poeira de Estrelas", da Fenelon Produções, dirigido por Moacyr Fenelon e "Estou Aí", da Cinédia, direção de José Cajado Filho. Ainda em 1949, gravou a marcha "Boca Negra" (Antônio Almeida e Alberto Ribeiro), e os sambas "Porta Bandeira" (Antônio Nássara e Roberto Martins) e "Tem Marujo no Samba" (João de Barro), este último em dueto com Nuno Roland com acompanhamento de Severino Araújo e Sua Orquestra Tabajara. Continuando 1949, fez sucesso com o samba "Eu Sei Estar na Bahia" (José Maria de Abreu e Osvaldo Santiago), gravado em dueto com Blecaute. Ainda em 1949, em concurso tradicional para eleger a Rainha do Rádio do ano, perdeu o título para a grande rival Marlene. Na época, os jornais davam destaque para a polêmica criada pelos fã-clubes das duas estrelas.


Em 1950, Emilinha BorbaMarlene surpreendem o público ao gravarem em dueto "Eu Já Vi Tudo" (Peterpan), "Casca de Arroz" (Arlindo Marques Júnior e Roberto Roberti) e "A Bandinha do Irajá" (Murilo Caldas). Atuou no filme "Todos Por Um", dirigido na Cinédia por José Cajado Filho, mesmo ano em que gravou os baiões "Paraíba" (Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira) e "Baião de Dois" (Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira), que obtiveram grande sucesso, e os sambas "Boa" (Marília Batista e Henrique Batista) e "Jurei" (Antônio Nássara e Valdemar de Abreu).

Em 1951, lançou a marcha-baião "Bate o Bombo" (Humberto Teixeira), a marcha "Tomara Que Chova" (Paquito e Romeu Gentil), um de seus grandes sucessos carnavalescos, com acompanhamento de Guio de Moraes e Seus Parentes, a marcha "Festa Brava" (João de Barro) e o samba "Perdi Meu Lar" (Geraldo Pereira e Arnaldo Passos), com acompanhamento de Radamés Gnattali e Sua Orquestra. Participou ainda de outro filme de sucesso, "Aviso Aos Navegantes", dirigido na Atlântida por Watson Macedo. Atuou também em "Aí Vem o Barão", também na Atlântida, e do mesmo diretor. Com Ivon Curi gravou a toada "Noite de Luar" (José Maria de Abreu, Alberto RibeiroIvon Curi).

Em 1952, Emilinha Borba atuou em mais dois filmes, "É Fogo na Roupa", de Watson Macedo e "Barnabé Tu És Meu", da Atlântida, com direção de José Carlos Burle. Nesse ano, gravou o samba "Fora do Samba" (Peterpan, Amadeu Veloso e Paulo Gesta), a marcha "Nem de Vela Acesa" (Paquito e Romeu Gentil) e com Jorge Goulart, o samba "Sua Mulher Vai ao Baile Comigo" (Caribé da Rocha e Evenor).

Em 1953, participou dos filmes "O Destino em Apuros", da Multifilmes e "Aí Vem o General", de Alberto Atillio. Gravou as marchas "Bananeira Não dá Laranja" (João de Barro), "Catumbi Encheu" (Rutinalo e Norival Reis), os sambas "Você Sabe Muito Bem" (Lourival Faissal, Bené Alexandre e Getúlio Macedo) e "Pelo Amor de Deus" (Humberto Teixeira e Felícia Godoy). Gravou na Todamérica com Albertinho Fortuna a marcha "Felipeta" (Antônio Almeida) e o samba "Olha a Corda" (Antônio AlmeidaJoão de Barro). Ainda em 1953, foi eleita a Rainha do Rádio pela Associação Brasileira do Rádio apenas com o voto popular, sem patrocínio comercial obtendo praticamente o triplo dos votos da segunda colocada.


Atuou nos filmes "Caprichos do Amor", de H. Rangel e "O Petróleo é Nosso", de Watson Macedo em 1954, ano em que gravou com o Trio Madrigal o bolero "Vaya Com Dios" (Russel e Pepper - Versão de Joubert de Carvalho). Gravou também nessa época o samba "Parabéns São Paulo!" (Rutinaldo), a marcha "Aí Vem a Marinha" (Moacir Silva e Lourival Faissal), o samba-canção "Os Meus Olhos São Teus" (Peterpan) e o bolero "Noite de Chuva" (Peterpan e José Batista). Nesse ano, gravou na RCA Victor em dueto com o radialista César de Alencar a valsa "Noite Nupcial" (Peterpan) e o samba "Os Quindins de Iaiá" (Ary Barroso).

Em 1955, gravou a toada "Jerônimo" (Getúlio Macedo e Lourival), música tema da novela de aventuras "Jerônimo, o Herói do Sertão", de grande sucesso, apresentada na Rádio Nacional tornando-se assim, a primeira cantora a gravar, comercialmente, uma música tema de trilha sonora de novela radiofônica. Nesse ano, atuou em cinco filmes diferentes, "Eva no Brasil" de Pierre Caron, "Carnaval em Marte" de Watson Macedo, "O Rei do Movimento" de Vitor Lima, "Trabalhou Bem Genival" de Luiz de Barros, e "Guerra ao Samba" de Carlos Manga. Nesse período, gravou mais três composições de Peterpan: o cântico "Saudações aos Peregrinos", o samba "Nova Canaã" e a "Toada do Amor". Ainda em 1955, tornou-se a primeira cantora a cantar distante da orquestra quando estando em excursão ao Rio Grande do Sul cantou ao telefone nos estúdios da Rádio Gaúcha de Porto Alegre o bolero "Em Nome de Deus" acompanhada pela orquestra do maestro Ercolli Vareto que estava nos estúdios da Rádio Nacional no Rio de Janeiro. Nessa ocasião defendia o primeiro lugar desse bolero na "Parada dos Maiorais - Pastilhas Valda" do "Programa César de Alencar".

Em 1956, gravou com acompanhamento de Radamés Gnattali e sua orquestra, a valsa "Lembrando Paris" (Lourival Faissal e Jorge de Castro), e o samba "Insensato Coração" (Antônio Maria e Paulo Soledade). Em dueto com Bill Farr gravou o fox-marcha "Bate o Bife" (João de Barro), razoável sucesso naquele carnaval. Atuou também no filme "Vamos Com Calma", dirigido na Atlântida por Carlos Manga.


Em 1957, fez grande sucesso no carnaval com a maliciosa marcha "Vai Com Jeito" (João de Barro), que deu ensejo ao filme "Com Jeito Vai", dirigido na Herbert Richers por J. B. Tanko. Nesse ano, atuou também nos filmes "Garotas e Samba", dirigido na Atlântida por Carlos Manga e "De Pernas Pro Ar" de Vitor Lima, lançado pela Herbert Richers e Sino-Cinedistri. Tornou-se nesse ano, a primeira cantora a gravar, comercialmente, um samba-enredo de escola de samba, "Brasil Fontes das Artes" (Djalma Costa, Eden Silva e Nilo Moreira), do Grêmio Recreativo Escola de Samba Acadêmicos do Salgueiro, com acompanhamento da bateria dessa escola de samba.

Em 1958, atuou no filme "É de Chuá", dirigido na Herbert Richers e Sino-Cinedistri, por Vitor Lima. Fez sucesso nesse ano com o bolero "Botões de Laranjeira" (Getúlio Macedo e Lourival Faissal). Gravou também as marchas "Noites de Junho" (João de Barro e Alberto Ribeiro), e "Primavera no Rio" (João de Barro). Em seu disco na Continental, o LP "Calendário Musical", registrou sucessos como "Botões de Laranjeiras" (Lourival Faissal e Getúlio Macedo) e "Fevereiro" (João de Barro).

Após 13 anos, deixou a Continental e ingressou na Columbia estreando com o samba-canção "Outra Prece de Amor" (René Bittencourt) e o cha-cha-cha "Cachito" (Velesquez e Bourget). Com esta música, tornou-se a primeira cantora a gravar através do sistema de colocar a voz sobre a parte inicialmente gravada pela orquestra. Esta música foi lançada simultaneamente em dezenas de estações de rádio em todo o país.

Em 1959, gravou a marcha-rancho "Meu Santo Antônio" (Irani de Oliveira), o bolero "Em Meus Braços" (Irani de Oliveira e Almeida Rego), os sambas "Amor de Outrora" (Getúlio Macedo e Lourival Faissal) e "Renunciei" (Arsênio de Carvalho). Nesse ano, participou dos filmes "Mulheres à Vista", "Entrei de Gaiato", "Vai Que é Mole" e "Garota Enxuta", dirigidos na Herbert Richers, por J. B. Tanko.


Em 1960, gravou os sambas "Gelo" (J. Piedade e Orlando Gazzaneo), "A Danada da Saudade" (Rutinaldo), as marchas "Pensar... Professor" (José Costa e Fernandinho), "Qual é o Pó" (João Roberto Kelly e G. Gonçalves), "Marcha do Pintinho" (Hilton Simões, Alventino Cavalcanti e Oldemar Magalhães), o bolero "Alguém" (Getúlio Macedo e Lourival Faissal). Nesse ano, atuou no filme "Cala a Boca Etelvina", de Eurides Ramos. Lançou o LP "Emília no País dos Sucessos", que tinha entre outras músicas, "Chiquita Bacana" (Alberto RibeiroJoão de Barro) "Música Divina" (Waldir Rocha), "Eu e o Samba" (Nelson Castro), e "Dez Anos" (Rafael Hernandes).

Emilinha Borba foi mais de 50 vezes capa da famosa "Revista do Rádio" e recordista em receber cartas de fãs. Possuiu as colunas "Diário da Emilinha", "Álbum da Emilinha", "Emilinha Responde" e "Coluna da Emilinha" através das quais se comunicava com os fãs nas "Revista do Rádio", "Radiolândia" e no jornal "A Noite". Foi a estrela principal de inúmeros programas na Rádio Nacional. Foi a primeira artista brasileira a realizar uma excursão nacional com patrocínio exclusivo. Foi eleita por três anos consecutivos a Melhor Cantora do Rádio.

Gravou em 1961 as músicas "Milhões de carinhos"; "Juntinhos é melhor", de Fernando Costa, Rossini Pinto e Fernando Barreto; os sambas "Demorei", de João de Oliveira e Oldemar Magalhães, e "Chora que eu vou gargalhar", de Claudionor Santos e Ivo Santos, e as marchas "Papai e mamãe" e "Meu cavalo não manca", de Rutinaldo e Brasinha. Atuou também no filme "Férias no Arraial", da produtora Arabela. Também nesse ano foi eleita a "Rainha do Jubileu de Prata da Rádio nacional". Entre meados da década de 1950 e 1960 teve marcante atuação na televisão cantando e apresentando programas. Apresentou "Emilinha canta", com Blota Júnior na TV Record, de São Paulo; "Emilinha canta", com Levy Freire na TV Itacolomi de Belo Horizonte; "Big show peixe", com César de Alencar na TV Record de São Paulo; "O show é ODD", com Paulo Gracindo na TV Rio; "Minha querida Emilinha", na TV Rio; "Emilinha aos sábados", na TV Excelsior, do Rio de Janeiro; "A grande premiada", com Aerton Perlingeiro na TV Tupi, Rio de Janeiro; "Festival de músicas para o carnaval", com João Roberto Kelly na TV Tupi do Rio. Por diversas ocasiões substituiu o apresentador Chacrinha no programa "Discoteca do Chacrinha", nas Tvs Excelsior e Rio. Fez shows nos Estados Unidos, Israel e Inglaterra entre outros países.


Em 1962, gravou três canções da dupla Rossini Pinto e Fernando Costa, "Filhinho querido", "Benzinho" e "Quero outra vez sentir", e também "Castigo meu amor", de Fernando Barreto e Fernando Costa. Gravou também a primeira composição de sua autoria "É brasa", parceria com Fernando Costa e Rossini Pinto.

No ano seguinte, fez sucesso no carnaval com a marcha "Pó de mico", de Dora Lopes, Renato Araújo e Arildo Souza. Nesse ano, lançou o LP "Benzinho", música título da dupla Fernando Costa e Rossini Pinto, da qual gravou também "Vem comigo dançar" e "Quero outra vez sentir teu coração", além de "Porque foi que voltei", de João Roberto Kelly. Fez sucesso no carnaval de 1964 com a "Marcha do remador", de Antônio Almeida e Oldemar Magalhães. Em 1965, foi eleita "Rainha do Quarto Centenário da Cidade do Rio de Janeiro". Nesse ano, fez sucesso no carnaval com a marcha "Mulata iê-iê-iê", de João Roberto Kelly. Gravou 117 discos, entre 1939 e 1965, tornando-se uma das cantoras de maior expressão nacional de todos os tempos. Atuou em 1966 nos filmes "007 1/2 no Carnaval", da Copafilmes Copacabana, com direção de Vitor Lima, e "Virou bagunça", da Cinedistri, com direção de Watson Macedo. Também no mesmo ano, lançou o LP "Amor da minha vida", música título de Rossini Pinto que incluía ainda "Amor maior do mundo", de sua autoria e Fernando Costa, "Viver sem teu amor não é viver", de Peterpan, e "Minha renúncia", de Média Vuelta e Neusa da Costa. No ano seguinte, atuou em "Carnaval barra-limpa", na Herbert Richers, filme de J. B. Tanko.

Em 1968, completou 13 anos consecutivos escolhida em primeiro lugar no concurso "Os Mais Queridos do Rádio e da Televisão". Nesse ano, afastou-se da vida artística por problemas de saúde. Teve edema nas cordas vocais, foi submetida a três cirurgias e passou por um longo período de estudo para reeducar sua voz. Seu retorno ocorreu em espetáculo realizado pelo Sistema Globo de Rádio, diretamente do campo de futebol do Clube de Regatas Vasco da Gama no Rio de Janeiro, exatamente no Dia dos Marinheiros, em 1972.

No início de 1973, em transmissão direta feita pela TV Tupi do Rio de Janeiro, apresentou-se no Canecão, no Festival de músicas para o carnaval, iniciativa do Museu da Imagem e do Som (MIS), e com a marcha "Israel" (João Roberto Kelly), venceu, mais uma vez.

Em 1975, apareceu no filme "Assim era a Atlântida", de Carlos Manga.

Emilinha Borba e Marlene
Em 1981, participou pela primeira vez de espetáculos culturais sobre a memória da Música Popular Brasileira, na Sala Sidney Miller da Funarte, estrelando os shows: "Oh! As Marchinhas", com o cantor Jorge Goulart, que seria convertido em LP com o mesmo nome e "Quero Kelly", com João Roberto Kelly, ambos criados e dirigidos por Ricardo Cravo Albin para a série "Carnavalesca". No LP "Oh! As Marchinhas", lançado pela Phonodisc, interpretou clássicos carnavalescos como "Balzaqueana" (Wilson Batista e Nássara), "O Teu Cabelo Não Nega" (Lamartine Babo e Irmãos Valença), "Pirata da Perna de Pau" (João de Barro), "Touradas em Madrid" (Alberto RibeiroJoão de Barro) e "As Pastorinhas" (João de Barro e Noel Rosa). No mesmo ano, gravou de maneira independente, o LP "Força Positiva" onde cantou "Meu Amor Não Envelhece" (Arthur Moreira e Osmar Navarro), "O Herói da Noite" (Renato Barbosa e Míriam Batucada), "Eu Vou Até de Manhã" (Lauro Maia), "O Milagre da Luz" (Esdras Silva e Klécius Caldas) e "Ninguém Fica Pra Semente" (Vovó Ziza e Noca da Portela).

Em 1988, participou do LP duplo "Há Sempre Um Nome de Mulher", do Banco do Brasil/ LBA, criado por Ricardo Cravo Albin para a Campanha do Aleitamento Materno, ocasião em que gravou novamente o repertório carnavalesco de sempre, ao lado da rival Marlene.

Em 1991, recebeu o prêmio de Cidadã Benemérita da Cidade do Rio de Janeiro".

Em 1995, recebeu o prêmio de Cidadã Paulistana.

Em 1996, foi laureada com o Troféu Imprensa.

Durante boa parte da década de 1990 participou, quase anualmente, do baile de carnaval brasileiro realizado no Woldorf Astória Hotel em Nova York.

Em 2003, lançou seu primeiro disco depois de 22 anos sem gravar, "Emilinha Pinta e Borda", que contou com as participações especiais de Ney Matogrosso na faixa "Não Existe Pecado ao Sul do Equador" (Chico Buarque e Ruy Guerra) e do grupo Forroçacana na faixa "ETC" (Nando Reis, Marisa Monte e Carlinhos Brown). Nesse ano, por ocasião dos seus 80 anos, concedeu longa entrevista ao Jornal do Brasil, conduzida por Ney Matogrosso, na qual falou sobre sua carreira.


No carnaval de 2004, apresentou-se no concorrido Baile Popular da Cinelândia, centro do Rio de Janeiro. No mesmo ano, gravações suas feitas entre 1939 e 1954 foram incluídas pelo selo Revivendo no CD "Se Queres Saber" entre as quais, "Rumba em Jacarepaguá", "Tico Tico na Rumba", "Escandalosa", "Dez Anos" e "Vem Cantar Também".

Emilinha Borba ficou conhecida como "A Favorita da Marinha", além de ser vista também por seus fãs como a "Eterna Rainha do Rádio".

Em setembro de 2008, pouco antes de se completarem 3 anos de sua morte, o Fã Clube Nacional Emilinha Borba realizou no Rio Scenarium na Lapa, a exposição "Emilinha: Um Acervo à Procura de Um Espaço". Na mesma época, o Jornal do Brasil publicou reportagem sobre a dificuldade do Fã Clube da cantora encontrar um espaço para alojar o acervo da artista:
"Quem diria: O legado da Favorita da Marinha está à procura de um porto seguro. Às vésperas do terceiro aniversário de morte de Emilinha Borba, lembrado em 3 de outubro, os objetos pessoais da cantora, que rivalizou com Marlene no auge da era do rádio, precisam encontrar alguém que cuide deles. São camisolas de cetim e algodão, o prato que Emilinha almoçou pela última vez, bijuterias, vestidos usados em shows, o estojo de maquiagem usado no dia em que morreu e ainda centenas de revistas, fotografias, discos, diplomas, prêmios e mais de 240 faixas dadas de presente à musa por fãs - itens típicos das décadas de 50 e 60."
Em 2010, Emilinha Borba foi a homenageada especial do show "Cantando a Era de Ouro do Rádio" apresentado no teatro Rival pela cantora, atriz e sua fã assumida, Tânia Alves.

Uma prova da vitalidade do culto à cantora é que seu fã clube, criado oficialmente em 1952, chegou a 2010, cinco anos após a morte da cantora contando com mais de dois mil fãs cadastrados.

Morte

Emilinha Borba faleceu por volta de 14h30 de segunda-feira, 03/10/2005, aos 82 anos, vítima de um infarto fulminante enquanto almoçava em sua casa, em Copacabana, Zona Sul do Rio de Janeiro.

Em junho de 2005, Emilinha Borba foi hospitalizada por causa de uma queda que provocou traumatismo craniano e hemorragia intracraniana, mas conseguiu se recuperar.

O velório, aconteceu no saguão de entrada da Câmara de Vereadores, no Centro do Rio de Janeiro.

O corpo de Emilinha Borba foi sepultado na terça-feira, 4/10/2005, no Cemitério do Caju, Zona Portuária do Rio de Janeiro, em uma cerimônia que contou com a presença de parentes, amigos, entre eles a cantora Alcione e o presidente da Mangueira, Álvaro Caetano, e uma multidão de fãs.

Carregado por integrantes da Marinha vestidos em traje de gala, o caixão de Emilinha Borba, coberto com a bandeira da Mangueira, deixou o velório na Câmara Municipal em meio a aplausos e seguiu em um carro do Corpo de Bombeiros, em cortejo, até o Cemitério do Caju.

O prefeito do Rio de Janeiro, César Maia, decretou luto de três dias na cidade do Rio de Janeiro. A missa de Sétimo Dia foi realizada na segunda-feira,  10/10/2005, às 10h00, na igreja da Candelária, no centro do Rio de Janeiro.

A homenagem dos militares lembrou que desde 1949 Emilinha Borba era a "Favorita da Marinha", espécie de madrinha da corporação. A cantora Marlene, considerada sua eterna rival nos palcos, é a "Favorita da Aeronáutica".

Discografia

LP e CD
  • 1959 - Calendário Musical (Continental)
  • 1960 - Emília no País dos Sucessos (CBS)
  • 1963 - Benzinho (CBS)
  • 1965 - Amor da Minha Vida (CBS)
  • 1969 - Os Grandes Sucessos de Emilinha Borba (CBS)
  • 1970 - Calendário Musical (Continental)
  • 1975 - Os Grandes Sucessos de Emilinha Borba (CBS)
  • 1976 - Ídolos da MPB (Continental)
  • 1981 - Força Positiva
  • 1982 - Oh! As Marchinhas (Continental / PhonoDisc)
  • 1984 - Sempre Emilinha (CBS)
  • 1988 - Ídolos do Rádio (Collector's)
  • 1988 - Sempre Favorita (Revivendo)
  • 1990 - O Maravilhoso Mundo Musical de Emilinha Borba, Vol. 2 (CBS)
  • 1990 - Presença de Emilinha (CBS)
  • 1991 - Emilinha Borba (Revivendo)
  • 2003 - Emilinha Pinta e Borda
  • 2004 - Se Queres Saber (Revivendo)

78 RPM
  • 1939 - Faça de Conta (Columbia)
  • 1939 - Faça o Mesmo / Ninguém Escapa (Columbia)
  • 1939 - Vem Cantar Também / Qual a Razão (Columbia)
  • 1940 - O Cachorro da Lourinha / Meu Mulato Vai ao Morro (Columbia)
  • 1941 - Quem Parte Leva Saudade / Levanta José (Odeon)
  • 1942 - O Fim da Festa / Eu Tenho Um Cachorrinho (Odeon)
  • 1944 - Ganhei Um Elefante / Se Eu Tivesse Com Que (Continental)
  • 1945 - Ai! Luzia (Continental)
  • 1945 - Como Eu Sambei / Você e o Samba (Continental)
  • 1945 - Infância (Continental)
  • 1945 - O Outro Palpite / Divagando (Continental)
  • 1946 - Antes Eu Nunca Te Visse / Acapulco (Continental)
  • 1946 - É Um Horror! / Madureira (Continental)
  • 1947 - Escandalosa / Rumba de Jacarepaguá (Continental)
  • 1947 - Já é De Madrugada / Telefonista (Continental)
  • 1947 - Tico Tico Na Rumba (Com Ruy Rey) / Se Queres Saber (Continental)
  • 1948 - Barnabé / Que Carnaval! (Continental)
  • 1948 - Chiquita Bacana / Porta Bandeira (Continental)
  • 1948 - Contraste / Esperar Porque? (Continental)
  • 1948 - Quem Quiser Ver, Vá Lá / Meu Branco (Continental)
  • 1949 - Boca Negra / Tem Marujo no Samba (Continental)
  • 1949 - Cabide de Molambo / Caramba! Isto é Samba (Continental)
  • 1949 - Capelinha de Melão / Dona Felicidade (Continental)
  • 1949 - Casca de Arroz / Eu Já Vi Tudo (Continental)
  • 1949 - Deixe Que Amanheça / Eu Sei Estar Na Bahia (Continental)
  • 1949 - Escocesa / Boca Rica (Continental)
  • 1950 - A Bandinha do Irajá (Continental)
  • 1950 - Baião de Dois / Paraíba (Continental)
  • 1950 - Bate o Bumbo / Tomara Que Chova (Continental)
  • 1950 - Boa / Jurei (Continental)
  • 1950 - Festa Brava / Perdi Meu Lar (Continental)
  • 1950 - Vizinho do 57 / Bico Doce (Continental)
  • 1951 - Canção de Dalila (Com Trio Madrigal) /Feliz Natal (Com Trio Madrigal e Trio Melodia) (Continental)
  • 1951 - Dançando a Rumba (Continental)
  • 1951 - Dez Anos / Mambo do Gato (Continental)
  • 1951 - Noite de Luar (Continental)
  • 1951 - Urubu Rei / O Beijo da Paz (Continental)
  • 1952 - Aconteceu / Bandolins ao Luar (Continental)
  • 1952 - Bananeira Não dá Laranja / Catumbi Encheu (Continental)
  • 1952 - Cacimbão / Filho de Mineiro (Continental)
  • 1952 - Filipeta / Olha a Corda (Todamérica)
  • 1952 - Fora do Samba / Nem de Vela Acesa (Continental)
  • 1952 - Mucho Gusto (Continental)
  • 1952 - Nosso Amor / Camponesa (Continental)
  • 1952 - Se Você Me Deixar / A Música Que Eu Não Ouvi (Continental)
  • 1952 - Sua Mulher Vai ao Baile Comigo (Continental)
  • 1953 - A Louca Chegou (Continental)
  • 1953 - Acende A Vela / Calúnia (Continental)
  • 1953 - Baião de São Pedro (Continental)
  • 1953 - É o Maior (Com Trio Madrigal) / Segure Teu Destino (Continental)
  • 1953 - Quando Tu Não Estás / Outono (Continental)
  • 1953 - Renunciei / Vai Fazer Um Mês (Continental)
  • 1953 - Semana Inteira / Caboclo (Continental)
  • 1953 - Você Sabe Muito Bem / Pelo Amor de Deus (Continental)
  • 1954 - A Melhor Fruta da Terra / Ninguém Bebe Por Prazer (Continental)
  • 1954 - Aí Vem a Marinha (Continental)
  • 1954 - Ai! Que Medo / Senhorita (Continental)
  • 1954 - Noite Nupcial / Os Quindins de Iaiá (RCA Victor)
  • 1954 - Os Meus Olhos São Teus / Noite de Chuva (Continental)
  • 1954 - Vaya Com Dios (Com Trio Madrigal) / Parabéns São Paulo (Continental)
  • 1955 - A Água Lava Tudo (Continental)
  • 1955 - Canta Canta Passarinho / Toada de Amor (Continental)
  • 1955 - Chega de Índio / Marcha do Varunca (Continental)
  • 1955 - Deixa Eu, Nego / Canto do Cisne (Continental)
  • 1955 - Em Nome De Deus / Jerônimo (Continental)
  • 1955 - Istambul / Lavadeira (Continental)
  • 1955 Pescador Granfino/Vou Me Acabar (Continental)
  • 1955 - Saudação aos Peregrinos / Nova Canaã (Continental)
  • 1956 - A Ordem do Rei / Vai Com Jeito (Continental)
  • 1956 - Bate o Bife (Continental)
  • 1956 - Brasil Fonte das Artes / Só Não Vejo Você (Continental)
  • 1956 - Fandango / Samba Moderno (Continental)
  • 1956 - Feliz Ano Novo / É Natal (Continental)
  • 1956 - Lembrando Paris / Insensato Coração (Continental)
  • 1956 - Meu Benzinho / Beijar (Continental)
  • 1956 - Não é Só o Luar / Jóia Rara (Continental)
  • 1956 - No Tempo do Vintém / Tarará Tarará (Continental)
  • 1957 - Aqueles Olhos Verdes / Desengano (Continental)
  • 1957 - Arranca Minha Vida / Três Caravelas (Continental)
  • 1957 - Canção das Fãs / Mentirosa (Continental)
  • 1957 - Chora na Lama / Fevereiro (Continental)
  • 1957 - Corre, Corre Lambretinha (Todamérica)
  • 1957 - Mulheres da Terceira Dúzia / Não Há Remédio (Continental)
  • 1958 - Férias de Julho / Canção de Agosto (Continental)
  • 1958 - Flor de Março / Chuvas de Abril (Continental)
  • 1958 - La Machicha / Patrícia (Columbia)
  • 1958 - Noites de Junho / Botões de Laranjeira (Continental)
  • 1958 - Outra Prece de Amor / Cachito (Columbia)
  • 1958 - Primavera no Rio / Em Outubro Vou Pagar (Continental)
  • 1958 - X9 - O Samba Impossível / Resolve (Columbia)
  • 1959 - Amor de Outrora / Renunciei (Columbia)
  • 1959 - Mamãe Eu Vou às Compras / Na Paz de Deus (Columbia)
  • 1959 - Maria das Dores / Serapião (Columbia)
  • 1959 - Menina Direitinha / Vedete (Columbia)
  • 1959 - Meu Santo Antônio / Em Meus Braços (Columbia)
  • 1959 - Não Comprem Este Disco / Fiorim Fiorelo (Columbia)
  • 1960 - A Danada da Saudade / Alguém (Columbia)
  • 1960 - Boa Noite Meu Bem / História da Minha Vida (Columbia)
  • 1960 - Gelo / Marcha do Pintinho (Columbia)
  • 1960 - Me Leva Pro Céu / Intriga (Columbia)
  • 1960 - Pensar... Professor / Qual é o Pó? (Columbia)
  • 1961 - Chora Que Eu Vou Gargalhar / Meu Cavalo Não Manca (Columbia)
  • 1961 - Milhões de Carinhos / Juntinhos é Melhor (Columbia)
  • 1961 - Papai e Mamãe / Demorei (Columbia)
  • 1962 - Alegria de Pobre / É Brasa (Columbia)
  • 1962 - Benzinho / Quero Outra Vez Sentir (Columbia)
  • 1962 - Castigo Meu Amor / Filhinho Querido (Columbia)
  • 1962 - Pó de Mico / E o Bicho Não Deu (Columbia)
  • 1963 - Juro Por Nossa Senhora / É Triste a Minha Canção (Columbia)
  • 1963 - Marcha do Remador / Até o Luar (Columbia)
  • 1963 - Minha Verdade / Choro Com Razão (Columbia)
  • 1963 - Retrato de Cabral / Cuidado Menina (Columbia)
  • 1964 - Menina da Areia / Quando Você Me Apareceu (CBS)

Filmografia
  • 1967 - Carnaval Barra Limpa
  • 1966 - 007 1/2 no Carnaval
  • 1960 - Virou Bagunça
  • 1959 - Garota Enxuta
  • 1959 - Mulheres à Vista
  • 1958 - É de Chuá!
  • 1957 - Garotas e Samba
  • 1957 - Com Jeito Vai
  • 1956 - De Pernas Pro Ar
  • 1956 - Eva no Brasil
  • 1956 - Guerra ao Samba
  • 1956 - Vamos Com Calma
  • 1955 - Trabalhou Bem, Genival
  • 1955 - Carnaval em Marte
  • 1954 - O Rei do Movimento
  • 1954 - O Petróleo é Nosso
  • 1952 - Barnabé, Tu És Meu
  • 1952 - É Fogo na Roupa
  • 1952 - Tudo Azul
  • 1950 - Aviso Aos Navegantes
  • 1950 - Todos Por Um
  • 1949 - Estou Aí
  • 1948 - É Com Este Que Eu Vou
  • 1948 - Folias Cariocas
  • 1948 - Poeira de Estrelas
  • 1947 - Este Mundo é um Pandeiro
  • 1946 - Fantasma Por Acaso
  • 1946 - Segura Esta Mulher
  • 1945 - Não Adianta Chorar
  • 1944 - Romance de um Mordedor
  • 1943 - The Story Of Samba
  • 1943 - Tristezas Não Pagam Dívidas
  • 1942 - Astros em Desfile
  • 1941 - Vamos Cantar
  • 1939 - Banana da Terra

Fonte: Dicionário Cravo Albin da MPB
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