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Corifeu

CORIFEU DE AZEVEDO MARQUES
(58 anos)
Jornalista, Radialista e Político

* (20/05/1907)
+ (29/08/1965)

Foi um expoente jornalista brasileiro da primeira metade do século XX, e importante militante e dirigente do Partido Comunista Brasileiro nos anos 1930, eleito para o seu Bureau Político durante a Conferência Nacional ocorrida em janeiro de 1934.

Desenvolveu uma carreira de radialista no O Grande Jornal Falado Tupi, como também atuou na Rádio Tupi, Diários Associados e na Rádio Difusora.

Nos últimos anos de sua carreira, ganhou respeito em todo o Brasil por seu envolvimento com o movimento muncipalista e, principalmente, pelos comentários profundos e abalizados que fazia no Grande Jornal Falado Tupi e no Matutino Tupi. Seus comentários eram perspicazes, curtos e, ao mesmo tempo, profundos, todos feitos de improviso.

Em sua homenagem, o seu nome foi utilizado para batizar a Avenida Corifeu de Azevedo Marques, no bairro do Butantã, São Paulo.

Fonte: Wikipédia

Doalcey Camargo

DOALCEY BUENO DE CAMARGO
(79 anos)
Radialista e Locutor Esportivo

* Itápolis, SP (1930)
+ Rio de Janeiro, RJ (29/08/2009)

Doalcey ganhou notoriedade nas grandes emissoras do Rio de Janeiro como Rádio Globo, Rádio Tupi, Rádio Nacional, Rádio Continental, Rádio Tamoio e Rádio Guanabara (atual Bandeirantes).

Desde 1965 estava na Super Rádio Tupi, onde acumulou o cargo de diretor do departamento de esportes. Atualmente não narrava mais, mais participava do programa Bola em Jogo aos domingos, que tem apresentação de Luiz Ribeiro.

Doalcey era torcedor confesso do America (RJ), começou sua carreira na Rádio Clube de Marília, no final da década de 1940. A convite do irmão Wolner Camargo, foi para o Rio de Janeiro, onde sua carreira deslanchou profissionalmente.

Narrou grandes clássicos dos clubes cariocas, copas do mundo, e foi ele quem criou a figura do comentarista de arbitragem. Por sinal, o primeiro que esteve ao seu lado na cabine de rádio foi o saudoso Mário Vianna. Outro comentarista que trabalhou ao lado de Doalcey, foi Benjamim Wright, pai do ex-árbitro José Roberto Wright.

Vários grandes locutores trabalharam ao lado de Doalcey, entre eles: Waldir Amaral, Júlio César Santana, Sérgio Moraes, Paulo César Tênius, José Carlos Araújo, Edson Mauro, César Rizzo, Garcia Júnior, Jota Santiago, entre outros.

Faleceu na madrugada do dia 29 de agosto de 2009, aos 79 anos, vítima de um Infarto.

Fonte: Wikipédia

Salimen Júnior

JOSÉ SALIMEN JÚNIOR
(77 anos)
Jornalista, Publicitário, Radialista, Ator, Empresário e Animador de Auditório

* Pelotas, RS (02/02/1934)
+ Porto Alegre, RS (30/07/2011)

Mais conhecido como Salimen Júnior, foi jornalista, radialista, publicitário, empresário, rádio-ator, animador de auditório e pioneiro na implantação da televisão em cores no Brasil, com a primeira transmissão em cores da Festa da Uva (Caxias do Sul, 19 de fevereiro de 1972), pela TV Difusora.

Infância

Filho de imigrantes sírios, começou a trabalhar muito cedo: com oito anos de idade já saia de bicicleta para fazer as entregas das compras feitas no armazém do pai, em Pelotas. Ainda menino começou a se revelar como comunicador: caçula de cinco filhos, costumava irradiar as partidas de botão dos irmãos.

Carreira Profissional

Salimen Júnior (Foto: Marco Quintana)
Aos 16 anos, estreou na Rádio Cultura, de Pelotas, como locutor esportivo e começou a trabalhar no vespertino Opinião Pública.

Em 1954, foi convidado a integrar a equipe da Rádio Farroupilha. Então, com 20 anos, mudou-se para Porto Alegre. Sua primeira função na rádio foi de locutor esportivo e, em seguida, ator de rádio-novelas.

Em 1957, virou animador de auditório, assumindo o comando do Vesperal Farroupilha, tendo como principal concorrente Maurício Sirotsky Sobrinho, da Rádio Gaúcha. Identificado como o "animador-galã", trazia grandes astros da música brasileira a Porto Alegre, como Maysa, Hebe Camargo, Dercy Gonçalves, Jamelão, Cauby Peixoto, Ângela Maria. Foi eleito, por quatro vezes consecutivas, o melhor animador de rádio do Rio Grande do Sul.

A carreira na Rádio Farroupilha terminou em 1963, quando foi contratado pela Rádio Gaúcha, para assumir o programa de seu antigo concorrente, Maurício Sirotsky Sobrinho, que passou a se chamar MS, "M" de Maurício e "S" de Salimen.

Depois de um ano passou a atuar, na TV Gaúcha nos três anos seguintes e, em 1968, protagonizou um momento marcante da história da imprensa gaúcha fundando a TV Difusora, com Walmor Bergesch.

Salimen Júnior (Foto: João Mattos - JC)
Como Diretor-Superintendente da TV Difusora, canal 10, hoje TV Bandeirantes, liderou a audiência no Rio Grande do Sul e foi pioneiro na implantação da transmissão em cores na televisão brasileira e na América Latina.

Honrando as origens gaúchas, o primeiro evento escolhido para ser transmitido em cores em rede nacional foi a Festa da Uva, de Caxias do Sul, em 19 de fevereiro de 1972. A primeira estação do país a se equipar inteiramente a cores entrou no ar no dia 10 de outubro de 1969 e teve, sob seu comando, destaques no Brasil como: Melhor Desempenho Empresarial (pela Revista Visão) e Melhor Emissora do Ano (pela Revista Propaganda).

Teve passagens ainda como conselheiro da Reemtsma Cigarettenfabriken-GM, da Alemanha, foi diretor do Grupo Construtora Maguefa e da empresa Crédito Imobiliário Sulbrasileiro. Atuou em propaganda nas agências Panam - Casa de Amigos, Salimen & Franchini, Publivar e Símbolo Comunicação, em Porto Alegre.

Salimen Júnior
Foi diretor de expansão do Jornal do Comércio, de Porto Alegre, onde também produzia uma página semanal, a "Business'n'Business", na qual eram apresentados nomes importantes do Rio Grande do Sul. Sua maior criação nesse veículo foi o "Caderno Dia do Médico", único da imprensa escrita brasileira.

Salimen foi Cidadão de Porto Alegre (1993, quando Tarso Genro era prefeito), Jovem Destaque da Câmara Júnior de Porto Alegre (1969), Publicitário do Ano (1971, pela ARP), Vice-presidente da Federasul, Conselheiro do Museu Júlio de Castilhos, de Porto Alegre, membro da Associação dos Amigos do Museu de Arte do Rio Grande do Sul (MARGS) e Irmão da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre.

José Salimen Júnior morreu na madrugada de sábado (30/07/2011) no Hospital Santa Rita, do Complexo Hospitalar da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, vítima de Câncer.

Fonte: Wikipédia

Walmor Bergesch

WALMOR BERGESCH
(73 anos)
Empresário, Jornalista, Radialista e Escritor

* Estrela, RS (10/04/1938)
+ Porto Alegre, RS (29/08/2011)

Walmor é considerado um dos pioneiros da televisão brasileira e junto com José Salimen Júnior, ajudou na primeira transmissão da televisão colorida, no Brasil, quando era diretor da TV Difusora de Porto Alegre, atual TV Bandeirantes.

Em 1955 iniciou sua carreira na Rádio Farroupilha e logo em seguida foi um dos selecionados por Assis Chateaubriand para realizar um curso sobre televisão na TV Tupi e retornando ao Rio Grande do Sul, instalou e inaugurou a TV Piratini em dezembro de 1959 e em 1962 ajudou a inauguração da TV Gaúcha.

Fonte: Wikipédia

Denis Brean

AUGUSTO DUARTE RIBEIRO
(52 anos)
Compositor, Jornalista e Radialista

* Campinas, SP (28/02/1917)
+ São Paulo, SP (16/08/1969)

Jovem ainda, interessou-se por música, formando com seus colegas do Colégio Ateneu Paulista, de Campinas, o Conjunto do Duarte, que tocava em festinhas.

Em 1934 mudou-se com a família para São Paulo, passando a trabalhar como escriturário. Ingressou na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo mas não chegou a fazer o curso, preferindo dedicar-se ao jornalismo. Dois anos depois, sua música Poesia da Uva obteve o primeiro prêmio na Festa da Uva de Jundiaí, gravada por Ciro Monteiro, em disco não comercial.

Em 1937, o Grupo X lançou em disco seu samba Brazilian Clipper, pela gravadora Columbia, e no ano seguinte, pela mesma gravadora, O Modelo de Beleza.

Em 1944 lançou a valsa carnavalesca No Tempo da Onça, gravada com enorme sucesso por Carlos Galhardo na RCA Victor. Mas seu maior sucesso foi obtido com Boogie-Woogie Na Favela, gravado por Ciro Monteiro em 1945 na gravadora RCA Victor, regravado nos anos seguintes por Zacarias e Sua Orquestra e pelos Anjos do Inferno, respectivamente.

Ainda em 1947, seu samba Bahia com H foi gravado com sucesso por Francisco Alves na gravadora Odeon.

Formou com Osvaldo Guilherme, que já conhecia há quatro anos, uma parceria que ia produzir dezenas de músicas, sendo a primeira Onde Há Fumaça, Há Fogo, gravada em 1947 por Joel e Gaúcho, tendo no outro lado do disco o sucesso Boogie-Woogie do Rato (de sua autoria). Na época, era um dos poucos compositores paulistas que gravavam no Rio de Janeiro.

Em 1950 compôs, com Raul Duarte, a toada Marrequinha, gravada por Isaura Garcia. Compôs ainda La Vie En Samba (com Blota Júnior), gravado na Odeon por Dircinha Batista (1951), a mesma cantora que lançou o baião Mambo Não (com Luiz Gonzaga), lançando no ano seguinte a marcha Grande Caruso (com Osvaldo Guilherme), grande sucesso carnavalesco, interpretado por João Dias.

Trabalhou ainda como jornalista em São Paulo, no City News, Shopping News, Diário de São Paulo (sob o pseudônimo de Ribeiro Maia) e finalmente em A Gazeta Esportiva, onde permaneceu por mais de vinte anos.

Foi produtor de rádio, televisão e discos, tendo lançado na Odeon, entre outros, Hebe Camargo e Mário Genari Filho.

Na CBS produziu o LP Brasil na Copa do Mundo (1958), com os principais gols da Seleção Brasileira e seis músicas de sua autoria e Osvaldo Guilherme: Aquarela da Vitória, Brasil, Campeão do Mundo, Copa Que Pedimos a Deus, Futebol em Tempo de Samba, Os Reis do Futebol e Vingamos o Maracanã.

O grupo Simonetti e Sua Orquestra gravou pela RGE um LP só com músicas suas, entre as quais Bahia com H, A Moda de Cavaquinho, Boogie-Woogie na Favela, Festa do Samba e Moleque Teimoso.

Morreu vítima de Leucemia na Santa Casa de Misericórdia.

Fonte: Letras.com.br, Pró-Memória de Campinas e Projeto VIP

Geraldo José

GERALDO JOSÉ DE ALMEIDA
(57 anos)
Radialista e Locutor Esportivo

* São Paulo, SP (12/03/1919)
+ São Paulo, SP (16/08/1976)

Foi um narrador esportivo e radialista brasileiro. Criador de um estilo próprio de locução esportiva, Geraldo José conquistou a fama entre os admiradores do gênero. A partir de 1954, acompanhou a Seleção Brasileira de Futebol em Copas do Mundo até 1974.

Começou sua carreira aos 17 anos na Rádio Record (São Paulo), ao vencer um concurso público realizado pela emissora, trabalhando junto com Murilo Antunes Alves, onde permaneceu vinte e oito anos na emissora. Como era menor de idade, o contrato profissional foi assinado pelo pai. Torcedor do São Paulo Futebol Clube, Geraldo não escondia sua paixão durante as transmissões.

Por um curto período, trabalhou na Rádio Panamericana (hoje Rádio Jovem Pan, de São Paulo) e na Rádio Nacional do Rio de Janeiro. Fez também duas rádionovelas na Rádio São Paulo e voltou para a Rádio Record.

De 1954 até 1966, Geraldo José de Almeida transmitiu todas as copas do mundo por rádio. A partir de 1954, passou a apresentar ao lado de Raul Tabajara o programa Mesa Redonda, que marcou época na história esportiva de São Paulo.

Em 1968, foi para a Rádio Excelsior, e logo em seguida para a TV Excelsior, iniciando ali sua carreira na televisão brasileira. Na Rede Excelsior fez dupla com o comentarista Mario Moraes.

Dois anos depois, foi para a Rede Globo, onde passou a ser conhecido nacionalmente. Fazendo dupla com o comentarista João Saldanha, Geraldo marcou sua carreira com a atuação na Copa do México, criando expressões como "Linda! Linda! Linda!", "Que que é isso, minha gente!", "Mata no peito e baixa na terra!", "Ponta de bota" e "Seleção Canarinho do Brasil". Também chamava os jogadores de maneira peculiar: Pelé era o "Craque Café", Rivellino o "Garoto do Parque" e Tostão de "Mineirinho de Ouro".

O duo Almeida-Saldanha se repetiu na Copa da Alemanha em 1974, mas em seguida, Geraldo José saiu da Rede Globo e ficou dois anos em Porto Alegre, onde trabalhou na Rádio Difusora e na TV Difusora (atual afiliada da Rede Bandeirantes na cidade).

Foi ainda presidente da Associação dos Cronistas Esportivos do Estado de São Paulo. Sua gestão foi marcada pela criação do jantar comemorativo, logo em seu primeiro ano comandando a entidade.

Em 1976 voltou para São Paulo, para a Rede Record, onde trabalhou de abril a julho. O último grande evento narrado por Geraldo José de Almeida foi os Jogos Olímpicos de Montreal naquele mesmo ano. Faleceu um mês depois aos 57 anos.

Casado com Consuelo, teve quatro filhos. Um deles, Luís Alfredo, seguiu seus passos como narrador esportivo.

Em homenagem ao narrador, o Ginásio do Ibirapuera leva o nome de Ginásio Estadual Geraldo José de Almeida.

Fonte: Wikipédia

Carlos Aymard

AYMARD DEL CARLO
(54 anos)
Radialista e Comentarista Esportivo

* São Paulo, SP (28/12/1934)
+ São Paulo, SP (08/08/1989)

Um dos mais importantes comentaristas esportivos da história do rádio.

Paulistano, nascido em 28 de dezembro de 1934, Aymard Del Carlo trabalhou na extinta Rádio Nacional de 1969 a 1977. Depois se transferiu para a Rádio Globo, onde ficou até 1989.

Foi presidente da ACEESP (1976 a 1977) e no comando da Associação dos Cronistas Esportivos do Estadode São Paulo passou por situação difícil quando o Torneio Inicio, que tinha renda revertida para a entidade, foi extinto. Com isso a Associação passou a depender de uma indenização proveniente das rendas dos jogos do Campeonato Paulista de Futebol (Paulistão).

Cobriu várias Copas do Mundo de Futebol.

Era filho de Henrique Del Carlo e Maria. Deixou esposa, Nilza Prado, duas filhas, Mônica e Patrícia, e quatro netos.
Morte

Carlos Aymard Faleceu vítima de Câncer no dia 5 de agosto de 1989, aos 54 anos, quando exercia a função de comentarista principal da Rádio Globo.

Ferreira Netto

JOAQUIM ANTÔNIO FERREIRA NETTO
(64 anos)
Jornalista, Apresentador de TV, Radialista e Comentarista Político

* São Paulo, SP (02/01/1938)
+ São Paulo, SP (04/08/2002)

Ferreira Netto foi um jornalista, apresentador de TV, radialista e comentarista político nascico em São Paulo, SP, no dia 02/01/1938. Trabalhou na Folha da Tarde como colunista, e por inúmeras emissoras de televisão nas décadas de 1970, 1980 e 1990, onde apresentava um programa de debates, semanal ou diário, conforme o caso, que levava o nome "Programa Ferreira Netto".

"Programa Ferreira Netto" foi o primeiro da televisão brasileira a fazer um debate televisivo entre os dois principais candidatos ao governo paulista na eleição de 1982, Franco Montoro (PMDB) e Reynaldo de Barros (PDS), depois da abertura política de 1979, na TV Bandeirantes, onde manteve um programa de entrevistas políticas nos finais de noite.

Ferreira Netto costumava começar a atração conversando por um telefone vermelho com um suposto amigo, chamado de Léo. Usando desse estratagema, criticava e comentava as atualidades da política e da economia.

Ferreira Netto também era um crítico ferrenho do Partido dos Trabalhadores (PT) e do então presidente José Sarney.

Em outubro de 1970 Ferreira Netto invadiu o estudio da TV Excelsior e anúnciou o fim da TV durante um programa humorístico chamado "Adélia e Suas Trapalhadas".

Em 1990 candidatou-se ao Senado Federal pelo Partido da Reconstrução Nacional (PRN) do então presidente Fernando Collor de Melo, tendo perdido para Eduardo Suplicy (PT). No entanto, ficou à frente de nomes de vulto da política nacional, como o ex-governador Franco Montoro (PSDB) e do empresário Guilherme Afif Domingos (PL).

Ferreira Netto mantinha uma coluna com notícias de bastidores da televisão que era veiculada em vários jornais do Brasil, como O Dia, Folha da Tarde de Porto Alegre ou Jornal da Tarde de São Paulo.

Morte

Ferreira Netto faleceu em São Paulo, SP, aos 64 anos, às 21h25 do dia 04/08/2002, vítima de falência múltipla dos órgãos, após cirurgia para drenar um coágulo na cabeça e complicações hepáticas, em conseqüência de uma queda em sua casa.

Renato Murce

RENATO FLORIANO MURCE
(86 anos)
Radialista

☼ Rio de Janeiro, RJ (07/02/1900)
┼ Rio de Janeiro, RJ (26/01/1987)

Renato Floriano Murce foi um radialista brasileiro.

Diretamente do Pão de Açucar foi proferido discurso pelo Presidente da República Epitácio Pessoa e que foi ouvido no pavilhão central na Esplanada do Castelo, durante as comemorações do I Centenário da Independência do Brasil em 1922.

Roquette-Pinto escutando emocionado a primeira transmissão radiofônica, ficou apaixonado pela invenção e em 1923, resolveu montá-lo com toda a sua coragem. Renato Murce foi um dos que angariaram sócios contribuintes para manter a Rádio Clube, depois Rádio Sociedade, que sobreviviam com doações e associados.

Em 1930 criou na Rádio Nacional - PRE-8, atual CBN, do Rio de Janeiro o programa "Cenas Escolares".

O personagem central do programa se chamava Manduca, um garoto problema, que aprontava todo tipo de confusão na sala de aula. Por falarem de forma tão clara ou explícita sobre os problemas escolares da época, o programa foi vetado pelo Departamento de Imprensa e Propaganda do Governo Federal Getúlio Vargas.

Renato Murce não se deu por vencido, fazendo algumas alterações no roteiro, rebatizou-o de "Piadas do Manduca", conseguindo ficar "no ar" por 20 anos. No elenco do programa estavam Renato Murce (Drº Leão, um professor que sabia de tudo), Brandão Filho (Drº Fagundes), Castro Barbosa (Seu Ferramenta), Lauro Borges (Srº Alcebíades, um gago) e o herói Manduca.

Em 1941 a radionovela "Em Busca da Felicidade" ficou no ar durante três anos. Foi a primeira radionovela a ser gravada no Brasil.

A radionovela que conseguiu parar o país, depois do "Repórter Esso" foi "O Direito de Nascer", adaptado do texto cubano de Félix Caignet.

Haviam séries como "Anjo: O Homem Atômico", "Jerônimo - O Herói do Sertão", "Presídio de Mulheres", "Felicidade" e outras.

Alguns dos principais radioatores: Renato Murce, Yara Salles, Dayse Lúcidi, Floriano Faissal, Roberto Faissal, Celso Guimarães, Abigail Maia, Sônia Maria, Nélio Pinheiro, Vida Alves, Lima Duarte, Lolita Rodrigues, Mário Lago e outros.

No final da década de 1940, Renato Murce foi convidado para dirigir a Rádio Transmissora (emissora com vida curta), voltando para a Rádio Nacional em 25/03/1948 até a sua aposentadoria.

O programa de rádio "Almas do Sertão" (1954), da Rádio Clube à Nacional, era cheio de poesias, músicas sertanejas, moda de violas, descobrindo Manezinho Araújo, o Rei das Emboladas, Catulo da Paixão Cearense, e muitos poetas e compositores nordestinos como Luiz Vieira e interioranos. O programa ficou no ar por mais de trinta anos, sendo suas gravações distribuídas para as emissoras de rádio do interior do Brasil.

A veia humorística de Renato Murce esteve presente na televisão com "Papel Carbono" como "Piadas de Manduca", pela TV Rio nos programas de Flávio Cavalcanti, Jota Silvestre e PRK-30.

Parte dos programas que tem sido criado na TV inspiraram-se nos tipos e situações criados nos anos 1940 e 1950. Receberam influências os programas de televisão como o da "Escolinha do Professor Raimundo" da TV Globo e "Escolinha do Golias", da TV Rio e SBT.

O programa "Papel Carbono" foi inspirado num filme antigo assistido por Renato Murce, que fez uma adaptação depois para o rádio. Começou na Rádio Clube, contava com Ary Barroso e continuou depois na Rádio Nacional.

Renato Murce que acumulava a função de animador, tratava o iniciante com grande respeito, como também encaminhava os vitoriosos na vida artística. Chamava os calouros de "Ilustres Desconhecidos".

Se revelaram artístas como Os Cariocas, Dóris Monteiro, Alaíde Costa, Ângela Maria, Ellen de Lima, Claudete Soares, Ivon Curi, Ademilde Fonseca, Baden Powell, Chico Anysio, Agnaldo Rayol, Roberto Carlos, Luiz Vieira e tantos outros.

Ely Macedo de Sousa, nome de Eliana Macedo, atriz do cinema brasileiro. O nome artístico foi uma homenagem a uma amiga que se chamava Ana. Eliana se casou com Renato Murce em 1950, causando muitos comentários na época, pela diferença de idade entre os dois e por ela ser a "Namoradinha do Brasil", muito antes da atriz Regina Duarte, e a estrela dos musicais da Atlântida (as Chanchadas) sob a direção do diretor Watson Macedo, seu tio.

Renato Murce continuou à trabalhar depois da aposentadoria, quando sofreu um infarto, não mais se recuperando. Apresentou o programa de rádio "Ontem, Hoje e Sempre" com material produzido de arquivo, por muitos anos.

Depois da morte de Eliana Macedo, o acervo de Renato Murce foi doado ao Instituto Cultural Cravo Albin, pelo seu neto mais velho Ney Murce.

Fonte: Wikipédia

Miguel Gustavo

MIGUEL GUSTAVO WERNECK DE SOUZA MARTINS
(49 anos)
Compositor, Jornalista, Radialista e Poeta

☼ Rio de Janeiro, RJ (24/03/1922)
┼ Rio de Janeiro, RJ (22/01/1972)

Miguel Gustavo Werneck de Sousa Martins foi um compositor, jornalista, radialista e poeta brasileiro. Era um cronista musical e retratava em suas músicas o que de mais importante estava acontecendo nos meios sociais da época. Começou como discotecário da Rádio Vera Cruz em 1941. Mais tarde passou a escrever programas de rádio.

Em 1950 começou a compor jingles, tendo se notabilizado nesta atividade com vários de grande repercussão, podendo ser destacado o que foi composto para as Casas da Banha com aproveitamento da melodia de "Jesus, Alegria dos Homens" de Johann Sebastian Bach.

Sua primeira música gravada foi "Primeiro Amor", interpretada por Luiz de Carvalho, Os Tocantins e Dilu Melo gravado pela Gravadora Continental e lançada em julho e agosto de 1946.

Em 23/09/1947, Ataulfo Alves gravou na RCA Victor o samba "O Que é Que Eu Vou Dizer Em Casa", de sua autoria e Miguel Gustavo. Foi seu primeiro sucesso musical.

Em 1952 voltou a fazer sucesso com "A Valsa da Vovozinha" composta em parceria com Juanita Castilho e Edmundo de Souza, e gravada por Carlos Galhardo.

Ainda o ano de 1952 compôs com Celestino Silveira, seu companheiro de Rádio Globo, as canções relacionadas com Portugal: "Trigueirinha" e "Pregões de Portugal", escritas após uma viagem de Celestino Silveira àquele país amigo.

Em 1953 voltou a fazer sucesso com "É Sempre o Papai", um baião de sua autoria que Zezé Gonzaga gravou na Gravadora Sinter.

Em 1955 teve início o ciclo de crítica ao Café Society onde ele procurava ridicularizar os personagens que frequentavam as colunas sociais de Jacinto de Thormes e Ibrahim Sued.

Depois veio o ciclo da Brigitte Bardot onde ele declarava em música a sua admiração pela linda artista francesa.

No carnaval criticou as fanzocas de rádio, o presidente Juscelino Kubitschek e satirizou a Dona Gegé, o Chacrinha e outros programas de rádio ou televisão.

Mais tarde veio o ciclo dos sambas de breque com Moreira da Silva: "O Conto do Pintor", "O Rei do Gatilho", "O Último dos Moicanos", "O Sequestro de Ringo", "O Rei do Cangaço" e "Morengueira Contra 007".

Para a Copa de Futebol de 1970, no México, ele criou o extraordinário "Pra Frente Brasil" ao participar de um concurso organizado pelos patrocinadores das transmissões dos jogos. Os versos "Noventa milhões em ação, pra frente Brasil, do meu coração…" e a melodia, tornaram-se símbolo da Seleção Canarinho, encobrindo a intenção governista do slogan ufanista utilizado pela Ditadura Militar na época.

O sucesso foi tanto que no carnaval do ano seguinte a música figurou entre as mais cantadas e até hoje é lembrada com carinho pela torcida brasileira.

Mas ele tem letras magníficas em marchas e sambas maravilhosos cantados por Elizeth Cardoso como "Partido Baixo do Partido Alto" e "Achados e Perdidos", Dircinha Batista "Carnaval Prá Valer", Jorge Veiga "Independência ou Morte", Carminha Mascarenhas "Per Omnia Saecula Saeculorum", Isaura Garcia "O Samba do Crioulo", Aracy de Almeida "Conselho Inútil, E Daí?..." e muitos outros.

Sônia Ribeiro

NEYDE MOCARZEL
(56 anos)
Atriz, Apresentadora de TV e Radialista

* São Paulo, SP (20/03/1930)
+ São Paulo, SP (26/06/1987)

O nome da apresentadora Sônia Ribeiro era Neyde Mocarzel. Ela e a irmã, ainda meninas, foram trabalhar na Rádio Record, fazendo radioteatro. Sônia tinha voz bem grave para sua idade, e , às vezes, embora fosse criança, fazia papel de velha. Foi nesse emissora que ela conheceu Blota Júnior, que era um jovem inteligente, muito conceituado como profissional de rádio. Eles começaram a namorar e logo se casaram. Sônia estava com apenas 16 anos.

E aconteceu que as Redes CBS e NBC dos Estados Unidos os convidaram para fazer lá, um programa para os hispânicos e brasileiros. Eles aceitaram, mas a viagem foi complicada, pois Sônia, recém casada, engravidou e queria voltar ao Brasil. Ficaram nos Estados Unidos só alguns meses, pois tinham contrato a cumprir.

Voltaram e continuaram a carreira aqui no Brasil, sempre nas Emissoras Unidas. Já estavam então na TV Record e embora Sônia tivesse vocação para atriz, fez par com seu marido e isso lhe deu bastante conceito dentro da emissora e junto ao público.

Ainda assim fazia carreira solo e tinha um programa de rádio na Rádio Bandeirantes, que se chamava O Clube abre às 5. Depois ficou só com o marido e ambos apresentavam programas de muito sucesso, como Alianças Para o Sucesso.

Também eram os apresentadores oficiais do Troféu Roquette Pinto, do Show do dia 7 e do Esta Noite se Improvisa. Eram perfeitos e todos os admiravam muito. Apresentaram também os festivais de Música Popular Brasileira.

Sônia fez algumas participações em teleteatros. Fez as novelas Os Fidalgos da Casa Mourisca e Seu Único Pecado. Participou também, num pequeno papel, do seriado A Família Trapo.

Sônia Ribeiro tinha muito prestígio dentro da sociedade paulistana, tanto que ela foi empossada como presidente de honra da Sociedade Pestalozzi de São Paulo.

De seu casamento com Blota Júnior nasceram 3 filhos.

Sônia Ribeiro foi acometida de um Câncer Linfático e veio a falecer em 26 de junho de 1987.

Fonte: Museu da TV

Geraldo Blota

GERALDO BLOTA
(83 anos)
Jornalista, Radialista e Compositor

☼ Ribeirão Bonito, SP (25/10/1925)
┼ São Paulo, SP (15/01/2009)

Jornalista e radialista, marcou a história do rádio com suas inesquecíveis coberturas jornalísticas. Filho de José Blota e Amélia Queiroz, nascido em Ribeirão Bonito, interior de São Paulo, em 25/10/1925, irmão do célebre e saudoso comunicador Blota Júnior.

Fiel escudeiro de Joseval Peixoto na Rádio Jovem Pan AM de São Paulo nos anos 60 e 70. Geraldo Blota marcou época na Rádio Tupi, Rádio Capital, Rádio Bandeirantes e na TV Record e TV Gazeta, onde, nesta última, ajudou a criar o clássico programa esportivo "Disparada no Esporte".

Sorridente, com espírito alegre e sempre disposto a uma brincadeira, tinha verdadeira adoração pelo Corinthians, a ponto de jogar o microfone para o alto e dar cambalhotas atrás do gol do adversário quando o timão fazia gol.

Numa carreira de cinco décadas, passou pela Rádio Tupi do Rio de Janeiro, onde trabalhou com Ary Barroso.

Geraldo Blota e Milton Peruzzi
Foi amigo de grandes personalidades do rádio da época, como Ary Silva e Sagramor de Scuvero. Ganhou todos os principais prêmios de sua época, incluindo 11 Troféus Roquette Pinto. Na TV, se destacou durante muitos anos na TV Record, em programas como "A Discoteca do GB" e "Geraldo Blota e as Estrelas".

Foi pela Rádio Jovem Pan que Geraldo Blota teve o momento mais marcante da sua carreira. Ele era repórter da Jovem Pan no histórico jogo do milésimo gol de Pelé no Maracanã contra o Vasco da Gama, junto com ele estava o seu grande parceiro de transmissões esportivas, Joseval Peixoto. Para quem já viu esse gol na TV, aquele repórter que invade primeiramente o campo e entra dentro do gol é o Geraldo Blota.

Compositor da MPB, escreveu mais de 20 músicas, junto com célebres parceiros, como Joseval Peixoto, "Ói Nóis Aqui Tra Veis" (gravado pelos Demônios da Garoa), Adoniran Barbosa, Mirabeu, o maestro Poly, Cláudio de Barros, dentre outros.

Milésimo gol de Pelé e Geraldo Blota estava lá. Foi o primeiro a entrevistar o jogador.
Teve músicas gravadas por Carmen Costa, Wilson Simonal, Dircinha Costa, Germano Mathias, o humorista Rony Rios, Tonico & Tinoco, Ademilde Fonseca, Carlos Gonzaga, Waldirene, dentre outros.

Ex-vereador eleito duas vezes por São Paulo, em 1992 foi vice-presidente da Câmara Municipal, na gestão de Paulo Kobayashi. Líder e porta voz da classe dos radialistas, foi diretor do Sindicato dos Radialistas, ainda na fase da ARESP e da AFEU-Emissoras Unidas.

Mesmo com a idade avançada Geraldo Blota manteve até o final uma voz envolvente e que ainda faria muito sucesso no rádio se continuasse em atividade. Casado com Aidê Vieira, Geraldo Blota deixou seis filhos, dentre eles o ator Blota Filho.

Geraldo Blota faleceu aos 83 anos devido um câncer no reto, em 15/01/2009.

Estevam Sangirardi

ESTEVAM VICTOR LEÃO BOURROUL SANGIRARDI
(71 anos)
Radialista, Comentarista Esportivo e Escritor

* São Paulo, SP (03/01/1923)
+ São Paulo, SP (27/09/1994)

Com cinquenta anos de rádio, trabalhou nas rádios Jovem Pan, Rádio Record, Bandeirantes e Tupi, e nas TVs Gazeta, Record e Tupi. Trabalhou nos jornais A Gazeta Esportiva e a Gazeta Esportiva Ilustrada. Foi colunista do Diário da Noite de 1975 a 1977.

Estevam Sangirardi foi um humorista que durante algumas décadas construiu diversos personagens para seu show de humor, que ia ao ar no final das partidas de futebol. Nomes como Didu Morumbi, o torcedor do tricolor, Joca, o corintiano representante das classes menos favorecidas, o palmeirense Comendador Fumagalli, corneteiro que freqüentava o Parque Antártica foram alguns dos personagens criados para divertir os ouvintes do programa "Show de Rádio". Estevam Sangirardi era chamado de "Rei do Rádio Esportivo-Humorístico".

No seu "Show de Rádio", que marcou a história radiofônica do país, Estevam Sangirardi e sua equipe comandavam a festa do futebol com suas imitações de jogadores e personalidades políticas e artísticas do Brasil nos anos 1970 e 1980. O programa começava após cada transmissão ao vivo dos jogos. 

A biografia de Estevam Sangirardi é também a narrativa da história do rádio no Brasil, porque as duas histórias caminham paralelas. Estevam Sangirardi nasceu no mesmo ano que nasceu o rádio no Brasil, 1923, e nele construiu a sua história de sucesso. 

Entre os humoristas revelados no programa Show de Rádio, estão: João Kleber, Beto Hora, Serginho Leite, Carlos Roberto Escova, Ciro "Biro" Jatene, Nelson "Tatá" Alexandre e Cassiano Ricardo.

Foi diretor de relações públicas da gravadora Odeon Discos nos anos 60.

Deixou a viúva Olga Sangirardi, e o filho médico cardiologista Carlos Alberto Pastore e duas netas.


"Um Show de Rádio: A Vida de Estevam Sangirardi"

Para conhecer mais sobre a vida de Estevam Sangirardi leia o livro "Um Show de Rádio: A Vida de Estevam Sangirardi". O livro tem prefácio de Paulo Machado de Carvalho Filho e orelha de Reali Jr.

O autor, Carlos Coraúcci, tem 47 anos, é ator de teatro e pesquisador histórico. Para escrever este livro trabalhou cinco anos com pesquisas, entrevistou mais de cem pessoas, e recuperou quinze horas de gravações do "Show de Rádio".

Fonte: Wikipédia e Libre (Liga Brasileira de Editoras)

Lourdes Mayer

MARIA DE LOURDES MAYER
(76 anos)
Atriz, Radialista e Dubladora

* Rio de Janeiro, RJ (13/03/1922)
+ Rio de Janeiro, RJ (25/07/1998)

De família de artistas, era filha da atriz e radialista Luiza Nazareth e irmã das atrizes Alair Nazareth e Zilka Salaberry. Foi esposa do ator Rodolfo Mayer, com quem teve dois filhos, Ricardo e Rodolfo.

Foi uma das estrelas da Era de Ouro do radioteatro, na década de 1950. Chefiou o setor de elenco da TV Educativa. Trabalhou em telenovelas como Vale Tudo, Anos Rebeldes e Xica da Silva. Era chamada pelos amigos artistas de Anjo Bom.

Lourdes Mayer morreu, aos 76 anos, vítima de Enfisema Pulmonar.

Fonte: Wikipédia

José Fernandes

JOSÉ FERNANDES
(54 anos)
Maestro, Discotecário, Produtor, Redator, Radialista e Jurado de TV

☼ Minas Gerais (1925)
┼ Rio de Janeiro, RJ (05/09/1979)

José Fernandes foi um maestro, discotecário, produtor, redator, jurado de televisão e apresentador de programas de rádio durante quase duas décadas, mas só se tornou famoso quando começou a aparecer, eternamente mal-humorado, nos júris de programas de televisão.

Fazia o tipo mal humorado, de poucas amizades e raramente dava um sorriso em frente às câmeras. E foram raras as vezes em que seu sorriso foi visto, mas aconteceu. Os calouros tremiam quando José Fernandes pegava o microfone e já sabiam que nota receberiam. Sua nota geralmente era 0 e quando estava de bem com a vida, dava 1.

Participou do "Programa Flávio Cavalcanti" e também foi jurado no "Show de Calouros" do "Programa Sílvio Santos".

Crítico feroz, costumava distribuir notas zero aos calouros e, em 13 anos, só concedeu nota 10 para os cantores Clara Nunes, Cláudia, Elis Regina, Maysa, Orlando Silva, Carlos José, Tito Madi e Dick Farney. Mesmo assim, recentemente acabaria confessando a um amigo seu arrependimento por três dessas notas.


Em 1976, Guilherme Arantes se apresentou no programa "Show de Calouros", com o seu primeiro sucesso "Meu Mundo e Nada Mais", que era tema da novela "Anjo Mau". O cantor recebeu nota máxima de todos os jurados, menos de José Fernandes, que deu 4,5 (a nota máxima era 5), alegando que o trecho da letra "Só Sobraram Restos", formava o cacófato "Sóçobraram Restos". Guilherme Arantes discutiu com José Fernandes e Sílvio Santos pôs panos quentes, dizendo que os candidatos não deveriam comentar as opiniões do júri.

Como músico, dirigiu uma orquestra dedicada especialmente a tangos.

Em 1976, pela RCA Camden, lançou o LP "Tangos Nota 10 - José Fernandes e Sua Orquestra Típica", com a interpretação dos tangos "Ojos Negros" (Vicente Greco), "Caminito" (Gabino Coria Peñaloza e Juan de Dios Filiberto), "Derecho Viejo" (Eduardo Arolas), "Nostalgias" (Juan Carlos Cobián e Enrique Cadícamo), "Ré-fá-si" (Enrique Delfino), "A Media Luz" (Edgardo Donato e Carlos César Lenzi), "Quejas de Bandoneon" (Juan de Dios Filiberto), "Tango Pra Teresa" (Jair Amorim e Evaldo Gouveia), "El Choclo" (Angel Villoldo, Enrique Santos Discépolo e Carlos Marambaio Catan), "Volver" (Carlos Gardel e Alfredo Le Pera), "La Maleva" (A. Buglione e M. Prado) e "Yira Yira" (Enrique Santos Discépolo).


Em 1977, lançou o LP "Tangos Nota 10 - Volume 2 - José Fernandes e Sua Orquestra Típica", com os tangos "Mi Refugio" (Juan Carlos Cobián e P. N. Córdoba), "La Útima Cita" (Agustin Bardi e Francisco Garcia Jimenez), "Uno" (Mariano Mores e Enrique Santos Discépolo), "Madreselva" (Francisco Canaro e Luis César Amadori), "Buen Amigo" (Julio de Caro e C. Marambio), "Felicia" (Enrique Saborido), "Noche de Reyes" (Jorge Curi e Pedro Maffia), "À Eduardo Arolas", (José Fernandes), "Cuesta Abajo" (Carlos Gardel e Alfredo Le Pera), "Tomo y Obligo" (Carlos Gardel e Manuel Romero), "Canaro" (José Martinez), "Esta Noche Me Emborracho" (Enrique Santos Discépolo), "Recuerdo" (Adolfo Pugliese) e "Maipo" (Eduardo Arolas).

Apesar de maestro, sua notoriedade se deveu, segundo a crítica especializada, ao tipo especial que criou no "Programa Flávio Cavalcanti": Carrancudo, mal-humorado, dando sempre notas baixas aos calouros. O que fez com que o seu nome, tal sua popularidade, ficasse sinônimo de pessoas de mal com a vida.

José Fernandes faleceu no dia 05/09/1979, aos 53 anos, no Rio de Janeiro, RJ, vítima de uma afecção renal.

Fonte: Wikipédia

Mário Eugênio

MÁRIO EUGÊNIO RAFAEL DE OLIVEIRA
(31 anos)
Radialista, Jornalista e Repórter Policial

☼ Comercinho, MG (03/01/1953)
┼ Brasília, DF (11/11/1984)

Mário Eugênio Rafael de Oliveira, conhecido por Mário Eugênio, o Gogó das Sete, foi um jornalista especializado em cobertura policial, nascido em Comercinho, MG, no dia 03/01/1953. Mário Eugênio foi uma lenda do jornalismo policial de Brasília nos anos 80.

Formou-se em comunicação social pela Universidade de Brasília (UNB). Era repórter policial, estava separado quando foi assassinado, aos 31 anos de idade, e não tinha filhos. Trabalhava no Correio Braziliense e comandava um programa na Rádio Planalto, o Gogó das Sete, líder de audiência na cidade, então com 500 mil habitantes, em 1984. Tinha alguns bordões que tornaram-se sua marca registrada: "Meninos, eu vi" e "Aqui a notícia é do tamanho da verdade, doa a quem doer!"

Mário Eugênio passou a incomodar pela ousadia com que denunciava os crimes. Não importava se cometidos por criminosos comuns ou poderosos. Com seu jornalismo investigativo, denunciou que policiais do Distrito Federal, sob o comando do então secretário de Segurança Lauro Rieth, atuavam como grupos de extermínio. Pagou com a própria vida pela denúncia. Foi assassinado com sete tiros na cabeça, em 11/11/1984, às 23:55 hs, quando deixava a Rádio Planalto, no Setor de Rádio e Televisão Sul, em Brasília.

O crime até hoje não foi totalmente esclarecido. Nem será, pois já prescreveu. Se falta alguém ser condenado pela morte dele, não há mais como ser julgado. O agente policial Divino José de Matos, o Divino 45, o único condenado a 14 anos de prisão, disse, em 2004, ao Correio Braziliense: "Eu não matei Mário Eugênio. Um dia a verdade vai aparecer".

Marão Era um Repórter Polêmico e Irrequieto

Mário Eugênio Rafael de Oliveira, ou Marão, como era chamado entre amigos, foi, durante muito tempo, o único repórter policial do jornal Correio Braziliense em um período de transição política em que o Brasil - e, por conseqüência, os jornalistas - tentava se livrar das amarras de 30 anos de ditadura, censura e torturas, para estabelecer as bases de uma democracia após os governos militares instalados com o golpe de 1964.

Brasília, sede da Presidência da República, não era a cidade que é hoje. "Na época, havia muita gente das Forças Armadas trabalhando na delegacia de polícia para colher informações", explica o policial civil Ivan Baptista Dias, o Ivan Kojak, falecido em 2010: "Muitos militares portavam carteira de policial civil e de delegado". Ivan Baptista Dias foi apelidado pelo próprio Mário Eugênio de Kojak pela semelhança com o personagem careca do seriado de TV. O jornalista criou vários apelidos para figuras públicas.

Naquela época, os crimes ganhavam muito mais destaque e por isso apareciam nas páginas escritas e editadas por Mário Eugênio, recorda a jornalista Ana Maria Rocha, que foi casada com ele de 1978 até 1980. O jovem repórter passou a ser conhecido na cidade por seu estilo contundente de apresentar a notícia. "Ele era constantemente ameaçado, porque expunha o lado marginal de Brasília, mas tinha um senso de justiça. Uma vez, foi criticado por ter mostrado o lado humano de um bandido, seus problemas familiares e a vida sofrida", lembra Ana Maria.

Na Rádio Planalto, Mário Eugênio ficou famoso com o Gogó das Sete, programa líder de audiência, que tinha este nome porque era patrocinado pelo Leite Gogó. Por este motivo também, a primeira emboscada planejada para eliminar Mário Eugênio (que falhou) foi chamada de Operação Leite. Às vezes, exagerava ao usar termos sensacionalistas no programa de rádio.

Foi processado, acusado de injúria, calúnia e difamação por delegados que denunciou. Nunca chegou a ser condenado. "Não defendo policial corrupto, não defendo policial ladrão, não defendo policial que bate em trabalhador. E lugar de bandido, para mim, é na cadeia ou na cova", registrou o Correio Braziliense como sendo uma das frases do jornalista.

As matérias de Mário Eugênio tinham muitos detalhes, mas ele também fazia alguns floreios, recorda o colega Carlos Honorato, que trabalhou no Correio Braziliense e é editor executivo do Jornal de Brasília. Alguns jornalistas criticavam Mário Eugênio pela relação promíscua estabelecida com suas fontes na polícia. "Ele assistiu a execuções e torturas, por isso escrevia com tantos detalhes", observou um repórter que preferiu não se identificar.

O delegado aposentado Paulo Cesar Tolentino diz que costumava sair freqüentemente com Mário Eugênio para beber à noite, e confirma que ele "chegou a fotografar algumas sessões de tortura e me mostrou as fotos. Mário Eugênio queria ter um furo de reportagem, pretendia publicar um livro. Estava fazendo um dossiê."

Tolentino foi responsável pela investigação da morte de Mário Eugênio na Delegacia de Homicídios, em Brasília. Depois do crime, o dossiê foi procurado na casa do repórter e na redação. Tolentino afirma que as anotações e fotos não foram encontradas.

Quando o jornalista entrou em atrito com o secretário Lauro Melchíades Rieth e começou a publicar denúncias envolvendo policiais e militares, Tolentino o avisou que sua vida estava em perigo. "Mário Eugênio tinha uma medalha de São Jorge e sempre dizia que o santo ia protegê-lo."

Ana Maria sabia que Mário Eugênio acompanhava de perto as operações policiais, embora ele não conversasse a respeito. Mas também ressalva que havia muito preconceito, na época, em relação aos setoristas de polícia. "Ele era discriminado pelos que se diziam da esquerda", observa. Ao candidatar-se a Deputado pelo Partido Democrático Social (PDS), considerado um partido de direita, Mário Eugênio reforçou esse estigma. "Mas ele não se metia com material político e ideológico, cobria 100% de polícia", afirmou Renato Riella, que foi editor executivo e chefe do jornalista no Correio Braziliense.


Mário Eugênio fazia toda a página policial no Correio Braziliense, desde foto (que ele às vezes tirava), texto, até edição. Próximo a sua mesa, colocou uma placa que dizia:  Editoria de Polícia - Distrito Zero, que virou a sua marca. Às vezes, irritado com os motoristas, assumia ele mesmo a direção do carro na hora de ir apurar os dados. Na semana de sua morte, tinha acertado tirar férias em dezembro. Depois de viajar, ele e Riella definiriam um novo esquema de trabalho, porque o editor o considerava sub-aproveitado. A idéia era que começasse a fazer reportagens maiores, mais profundas.

Ana Maria tem certeza de que, se estivesse vivo, Mário Eugênio estaria hoje denunciando os crimes de corrupção no governo. "Teria sido o mesmo repórter competente em qualquer editoria, porque respirava jornal o tempo inteiro", enfatiza. No início, até conciliava o trabalho com um hobby, o motociclismo. O estilo meio playboy desagradava alguns colegas. Filho de fazendeiros, dinheiro para ele não era problema. Bonito, tinha fama de conquistador. O programa na rádio lhe rendeu um fã-clube. Com o aumento da carga de trabalho, na rádio e no jornal, acabou diminuindo as saídas de moto. De madrugada, antes de se recolher, ia ver se estava tudo certo com sua página no jornal.

Desde criança, Mário Eugênio era uma pessoa inquieta e persistente e na vida adulta manteve a personalidade forte. "Foi esse temperamento que o levou à morte", acredita o irmão, Paulo Roberto Rafael de Oliveira. Todos sabiam que Mário Eugênio recebia ameaças de morte. Mas, como eram muito freqüentes, o jornalista não dava importância. Quando Paulo Roberto ficou sabendo que ele andava mexendo com gente poderosa, aconselhou-o a deixá-los "quietos". "Mário me disse que, se fosse eliminado, todos saberiam que foi por causa do Lauro (Lauro Rieth)", testemunhou Paulo.

A mãe de Mário Eugênio, Maria Eres Rafael de Oliveira, não entende por que não se chegou ao nome do responsável por planejar o assassinato. "Parece que a falha vem da Justiça. Se na época que estava todo mundo querendo saber quem foi não chegaram ao mandante, será que agora a Justiça vai agir?", questiona. Ela mesmo responde: "Minha esperança é só em Deus, porque aqui acho que não se consegue, não."

Como o Crime Ocorreu

Eram 23h55min do dia 11 de novembro de 1984. O repórter Mário Eugênio Rafael de Oliveira acabara de gravar mais uma edição do programa Gogó das Sete, que iria ao ar na manhã seguinte, uma segunda-feira. Estava saindo do prédio da Rádio Planalto, no Setor de Rádio e Televisão Sul de Brasília. Quando chegou ao estacionamento, próximo a seu carro Monza, recebeu sete tiros na cabeça.

O operador de rádio Francisco Resende, o Chiquinho, que havia gravado o programa com Mário Eugênio, ouviu os tiros e, de longe, avistou apenas um homem com chapéu, vestindo um casaco escuro, com uma arma comprida na mão, correndo. Depois viu um carro branco afastar-se rapidamente.

O inquérito policial apurou que os tiros saíram da espingarda calibre 12 e do revólver Magnum calibre 38, de Divino José de Matos, conhecido como Divino 45. O apelido, ironicamente, foi dado pelo próprio Mário Eugênio devido à reconhecida pontaria do policial e a sua habilidade com as armas. As balas especiais do revólver, do tipo Hollow Point, dilaceraram o crânio do jornalista. Seu corpo foi encontrado estendido próximo ao carro. A explosão provocada pelos tiros lançou pedaços da massa encefálica de Mário Eugênio para o asfalto e deixou resíduos na capa usada pelo matador.

Conforme apurou a polícia, Divino fugiu em um Fusca branco dirigido pelo cabo David Antônio do Couto. Ali perto, havia outros policiais que forneceram suporte para o crime. O agente policial Iracildo José de Oliveira e o sargento Antônio Nazareno Mortari Vieira acompanhavam tudo, no interior de um automóvel Fiat do Pelotão de Investigações Criminais do Exército (PIC). Estavam prontos para atuar no caso de uma eventualidade. Outra equipe de apoio era constituída pelos agentes de polícia Moacir de Assunção Loiola e Aurelino Silvino de Oliveira. Os dois simulavam estar no local para prender um suspeito de furto. Encontravam-se num carro Chevette preto, de procedência ilícita, normalmente usado pelo sargento Nazareno.

As investigações chegaram ao nome do coronel Lauro Melchíades Rieth, então Secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, como suspeito de ser o mandante do crime. De acordo com as apurações da polícia baseadas em depoimentos de testemunhas, Rieth teria pedido a um de seus auxiliares, o delegado Ary Sardella, na época titular da Coordenação de Polícia Especializada (CPE), para escolher os executores, e o sargento Nazareno foi encarregado de definir quem participaria da emboscada contra o jornalista. Tanto Iracildo como Divino eram subordinados à Coordenação de Polícia Especializada (CPE). Além disso, foi comprovado que todos os demais envolvidos no crime haviam participado de uma operação policial desastrada próximo à cidade de Luziânia, em que resultou morto, por engano, um chacareiro.

Mário Eugênio havia publicado matérias no Correio Braziliense e falado no programa Gogó das Sete, várias vezes, sobre esse crime. Dizia que o chacareiro havia sido assassinado por engano por militares do Pelotão de Investigações Criminais do Exército com a ajuda da Polícia Civil do Distrito Federal. Insistia que o secretário Rieth sabia de tudo e não tomava providências. Nos dias anteriores a sua morte, denunciou a utilização ilícita de carros roubados pela Polícia do Distrito Federal, e a atuação da polícia no que denominou de Esquadrão da Morte. O próprio Rieth admitiu a existência do Esquadrão em entrevista concedida 15 horas depois do crime.

Divino José de Matos, Divino 45 (Camiseta Preta)
Em outubro de 1984, o mesmo grupo já havia feito uma primeira tentativa de matar Mário Eugênio. Divino, Iracildo, Loiola, Nazareno, Couto, Aurelino e o cabo do exército, Dirceu Perkoski, foram até o estacionamento próximo à Rádio Planalto, mas o jornalista não apareceu. Além disso, o movimento no local era muito grande. Apelidada de Operação Leite (porque Mário Eugênio apresentava o programa Gogó das Sete, patrocinado pelo Leite Gogó), a investida foi transferida para o dia 11 de novembro. O cabo Perkoski ficou de fora na segunda vez.

Depoimentos colhidos pela equipe que investigou o crime indicam que a segunda Operação Leite foi organizada na casa do sargento Nazareno, no sábado, 10 de novembro de 1984, durante um churrasco de que participaram Iracildo, Couto e Aurelino. No dia seguinte, eles voltaram à casa do sargento, sob o pretexto de darem continuidade à churrascada, junto com Divino e Loiola. Dali saíram para cumprir a operação. Para despistar, passaram antes no Pelotão de Investigações Criminais do Exército. Simularam estar participando de uma missão oficial em que Nazareno e seus subordinados fariam uma campana para prender suspeitos de praticar assaltos na Praça dos Namorados. Na verdade, daquele lugar tinham uma boa visão do prédio do Correio Braziliense e poderiam ver quando Mário Eugênio saísse do jornal e fosse até a Rádio Planalto.

Um fato inesperado quase atrapalhou os planos e, mais tarde, foi decisivo para ajudar a desvendar o crime. Enquanto Nazareno e seu grupo faziam a campana, uma equipe do Grupamento de Operações Especiais (GOE), em sua ronda, estranhou a presença de quatro homens de boné no Chevette preto, uma vez que o lugar era freqüentado apenas por casais. Os três agentes do GOE abordaram os ocupantes do carro e reconheceram Iracildo. Como era "gente da casa", foram embora. Para evitar suspeitas, Nazareno pediu, pelo rádio, o envio de um outro veículo, que foi entregue a Loiola. No novo carro, um Fiat, Nazareno se dirigiu ao lugar onde Mário Eugênio seria morto para dar apoio aos policiais que estavam ali. O Chevette se manteve na Praça dos Namorados para manter a simulação anterior.

Relatos dos envolvidos confirmaram que Divino disparou os tiros contra Mário Eugênio e que lavou a capa e a peruca usadas no crime assim que chegou ao Pelotão de Investigações Criminais do Exército. Nazareno providenciou que o revólver fosse desmontado e suas peças jogadas no Lago Paranoá. A peruca, a capa e outros objetos ficaram escondidos num barracão.

No inquérito, fica claro que, quando souberam da morte de Mário Eugênio, os agentes do Grupamento de Operações Especiais que haviam avistado Iracildo e outros policiais no carro estacionado na Praça dos Namorados suspeitaram que isso pudesse estar relacionado ao crime e comunicaram o fato a seu superior, o delegado Ângelo Neto. Este, por sua vez, avisou o delegado Benedito Gonçalves e o secretário de Segurança, Lauro Rieth. Os agentes receberam a orientação de não comentar com ninguém sobre a presença de Iracildo e outros policiais naquela noite próximo ao local onde foi assassinado o jornalista.

O fato, porém, chegou ao conhecimento dos repórteres que cobriam o caso para o Correio Braziliense. O jornal recebia denúncias anônimas, por telefone e por escrito, praticamente todos os dias. Também os delegados amigos de Mário Eugênio se empenharam em ajudar. A constatação de que Rieth foi informado, mas não tomou nenhuma providência, sobre a presença de um grupo de policiais de campana no local, na noite do crime, serviu de base para o promotor denunciá-lo como suspeito de envolvimento no caso.

Divino 45 é Preso Em Taguatinga





Vida de Mário Eugênio Vira Livro



Fonte: Proyecto Impunidad (Crímenes Contra Periodistas) - Por: Clarinha Glock e Radar Satélite